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TÍTULO: | Ascensão e Declínio do Estado

AUTOR: | Martin van Creveld


EDITORA:| Martins Fontes EDIÇÃO: | 1.ed. ANO: | 2004
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (ABNT – NBR 6023): |
VAN CREVELD, Martin. Ascensão e Declínio do Estado. São Paulo: Martins
Fontes, 2004. 632 p. (Justiça e Direito). Tradução de Jussara Simões; Revisão
Técnica de Cícero Araújo.
ASSUNTO: | Estado e Política Mundial TEMA: | Formação do Estado
PALAVRAS CHAVES: | Estado; Ciência Política; História
RESUMO E CONTEÚDO DE INTERESSE:| Síntese das principais ideias contida nas obras,
elaborado com as próprias palavras. Deve reunir aquilo que é relevante (conceitos, fatos, ideias,
informações). Deve incluir a descrição dos tópicos abordados na obra, tema, problematização,
metodologia e conclusão, devendo responder as questões: sobre o que é o trabalho; Por que e qual a
sua importância; como foi produzido e quais as ferramentas utilizadas e quais os resultados mais
importantes obtidos. ABNT - NBR 6028 – Resumos – 100 e 500 palavras | ----------------------------
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O autor pretende “investigar o futuro do Estado por meio do exame de seu passado:
isto é, sua pré-história, seu desenvolvimento, sua maturidade e sua apoteose, e o
modo como se difundiu pelo mundo inteiro”

ANÁLISE TOPOGRÁFICA (SUMÁRIO – ABNT – NBR 6027): | Extrair a visão de conjunto


da obra, a partir da analise de seus Títulos, Capítulos, Seções e outras partes. Identificado os critérios
localizados para a remissão de informações e dados contidos no
texto.|--------------------------------
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Além do Prefácio e da Conclusão, a obra de 632 páginas é dividida em


6 (seis) capítulos de desenvolvimento. O prefácio (p. VII – IX) age como a introdução
e as notas propedêuticas, indicando a estruturação do pensamento a ser desenvolvido
para chegar a conclusão ao final e a metodologia utilizada, identificando-a por meio
do método histórico evolutivo.
O capítulo 1, denominado Antes do Estado: da pré-história a 1300 d.C.
(p. 1 – 82), subdivide-se em 5 sessões, a saber: Tribos sem governantes; Tribos com
governantes (chefia); Cidades-estado; Impérios, fortes e fracos; e os Limites das
sociedades sem Estado. Portanto, trata do período que compreende, na verdade, a
maior parte da história registrada e, em especial, da não registrada – em que não havia
Estados e, pelo menos originalmente, nem mesmo governo no sentido de poder
organizado que alguns exercem sobre os outros
O capítulo 2, denominado A ascensão do Estado: de 1300 a 1648 (p. 83
– 176), subdivide-se em 6 sessões a saber: A luta contra a Igreja; A luta ontra o
império; A luta contra a nobreza; A luta contra as cidades; O triunfo dos monarcas.
Portanto, trata do período de aproximadamente 1300 (a Res Publica Christiana em
seu apogeu) a 1648 (o Tratado de Westfália); mostra como o Estado emergiu da Idade
Média por meio de lutas e superando o universalismo eclesiástico e imperial, bem
como o particularismo urbano.
O capítulo 3 denominado O Estado como instrumento: de 1648 a 1789
(p. 177 - 268) dá prosseguimento à história de 1648 até a Revolução Francesa, e
subdivide-se em 5 sessões a saber: A construção da burocracia; A criação da
infraestrutura; O monopólio da violência; A evolução da teoria política; Por dentro do
Leviatã. Portanto, trata, desse período que levou à separação entre Estado e
“sociedade civil” e à criação de muitas de suas instituições mais características, entre
elas a burocracia, a infraestrutura estatística, as forças armadas, o aparato policial e as
prisões.
O capítulo 4 denominado O Estado como ideal: de 1789 a 1945 (p. 269
- 376), subdivide-se em 5 sessões, a saber: A Grande Transformação; Disciplinando o
povo; A conquista do dinheiro; O caminho para a guerra total; A apoteose do Estado.
Portanto, explica como os Estados, tendo descoberto as forças do nacionalismo, se
transforaram de instrumentos para a imposição da lei e da ordem em deuses seculares;
e como, tendo aumentado sua força de maneira desproporcional ao invadir a alma dos
cidadãos e, sistematicamente, pungueá-los, usaram essa força para lutar uns contra os
outros (1914 – 45) em tal escala, e com intensidade tão assassina, que quase acabaram
consigo mesmos.
O capítulo 5 denominado A propagação do Estado: de 1696 a 1975 (p.
377 - 480), subdivide-se em 5 sessões, a saber: Rum ao leste europeu; A experiência
anglo-saxônica; O experimento latino-americano; Frustração na Ásia e na África; e, O
que todos têm. Portanto, busca descrever a difusão do Estado, de seu berço na Europa
ocidental para outras partes do globo, entre elas o leste europeu, as colônias inglesas
na América do Norte e na Australásia, as espanholas e portuguesas na América Latina
e, por fim, os países da Ásia e da África.
O Capítulo 6 denominado O declínio do Estado: 1975 – (p. 481 – 594),
subdivide-se em 5 sessões, a saber: A decadência das grandes guerras; O recuo do
estado de bem-estar; A internacionalização da tecnologia; A ameaça à ordem interna;
A retirada da fé. Portanto, trata das forças que solapam Estados do mundo inteiro e
que, muito provavelmente, farão com que muitos deles desmoronem, abram mão de
parte de sua soberania e se integrem aos outros, ou descentralizem e afrouxem seu
poder sobre a vida dos cidadãos.
O capítulo denominado Conclusões: além do Estado (p.595 – 604).
Conclui pela diferença entre os conceitos de Estado e governo. Enquanto esse é
compreendido como uma pessoa ou grupo que pacifica, faz guerra, promulga leis,
exerce a justiça, eleva a receita, define a moeda e cuida da segurança interna em
nome de toda a sociedade com o fito de promover o bem-estar social. Aquele é
entendido apenas como uma das formas que, historicamente, a organização do
governo assume, identificando o início do seu desenvolvimento na Europa ocidental
por volta do ano de 1300, se consolidando por meio de um pequeno número de
monarcas absolutistas que consolidou os domínios territoriais e o poder político em
suas mão para administrar aspectos civis e militares deste poder por meio de uma
burocracia impessoal embasada em uma infraestrutura de impostos e informações
necessárias a sua existência. Todavia, que no período recente vem sofrendo ameaças
provenientes de corporações que tem natureza similar à de Estados, mas diferindo-se
desses em seu aspecto de controle sobre o território e ao exercício da soberania, ante
seu aspecto de afinamento com a tecnologia moderna, as comunicações e os
transportes, fazendo-as mais ricas que a maioria dos Estados e consequentemente
assumindo suas funções.
Encerra a obra com algumas previsões quanto ao Futuro do Estado,
compreendendo pelo seu inevitável recuo, tanto voluntário, como involuntário em
questões relativas a sua própria responsabilidade assim como por questões alheias a
sua vontade, derivadas de forças econômicas, tecnológicas e culturais implicando em
um futuro no qual ao contrário dos atuais membros da comunidade internacional,
todos soberanos, a maioria deles talvez não consiga exercer controle exclusivo sobre
determinado território; em vez disso, serão obrigados a repartir esse controle com
outras instituições que tenderão a realizar as funções de governo de forma mais
fragmentada e mais integrada entre si, de forma a tender a relações hierárquicas com
divisão da própria soberania.

PRESSUPOSTOS: |são ideias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode perceber a
partir de certas palavras ou expressões contidas na frase. Em geral advêm de advérbios (ainda, já), de
verbos (continuar, torna-se, chegar, fazer, etc), adjetivos. |--------------------------------------------
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A tese apresentada pelo autor pressupõe que o Estado que é a mais


importante e a mais característica das instituições modernas está em declínio. Alguns
estão se fundindo em comunidades maiores, outros desmoronando e neste contexto
suas funções estão passando às mãos de instituições que não são Estados. Este fato,
para o autor se reflete no sistema internacional, pois este, está se afastando da
configuração de Estados distintos, territoriais, legalmente iguais, rumo a estruturas
diferentes, mais complicadas e hierarquizadas que pode levar a uma indisposição e
uma incapacidade da parte dos Estados de controlar e proteger a vida política, militar,
econômica, social e cultural de seus cidadãos.
Entende que o Estado foi concebido principalmente como instrumento
de imposição da lei e da ordem sobre grupos e indivíduos; extraindo o seu teor ético
do clamor nacionalista. Identifica 3 características básicas da estrutura estatal, a saber:
(1) sendo soberano, recusa-se a repartir com outros as funções, concentrando-as todas
nas próprias mãos; (2) sendo territorial, exerce tais poderes sobre as pessoas que
vivem entre suas fronteiras e somente sobre elas; (3) é uma instituição abstrata, um
ser invisível conhecido como uma corporação que tem personalidade independente,
reconhecida por lei e capaz de se comportar como se fosse uma pessoa.

SUBTENDIDOS: |são insinuações contidas por trás de uma afirmação. Depende do ouvinte e/ou do
leitor.|------------------------------------------------------------------------------------------------
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VIÉS:| é o resultado da escolha dos fatos ou acontecimentos que se faz no momento da emissão de
uma mensagem. A ênfase que se atribui a determinados fatos ou pormenores gera o viés.| ------------
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CITAÇÕES:| Contextualização e Transcrição| PÁGINAS:


LOCAL/DISPONIBILIZAÇÃO:| DEDALUS – Acervo FDRP/USP 40100012124 –
320.1 V223a. Tombo 022/12 – Sysno 1411569. ISBN 85-336-2030-6. CDD 320.109
CONSIDERAÇÕES PESSOAIS: | Opinião e Crítica |
INDICAÇÃO DA OBRA: |

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