Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FRANÇOIS OST
FRANÇOIS OST
• Nasceu em 17 de fevereiro de 1957
(62 anos) em Bruxelas, Bélgica;
• Jurista e filósofo;
• Especialista dos direitos humanos e
do meio ambiente;
• Leciona na Faculdade universitária Saint Louis,
Bruxelas;
• Dirige a academia européia de teoria do direito;
Publicações
O Tempo do direito
• O objetivo principal do livro é estudo da relação entre direito
e o tempo;
• Começa com um relato da história de Kronos;
• Esta história é caracterizada tanto pela violência quanto pela
negação do tempo;
• Em suma, assinala a verdadeira tirania do tempo: negação do
passado (quando Kronos corta os genitais de seu pai Urano) e
não desenvolvimento futuro (quando Kronos devorava seus
próprios filhos).
• Diante esta perspectiva, torna-se completamente estéril o
presente, ou seja, o presente fica sem memória e sem ter um
projeto.
• As manifestações deste não tempo
(sem memória e sem projeto),
podem ser percebidas em países
como Ruanda onde o passado nunca passa
• Ost começa afirmando não saber o que é o tempo, nem qual a sua verdadeira medida. O
• Ost conclui que a medida do tempo social nunca vai se impor por si mesma, mas terá que
• A democracia, segundo o autor, faz parte desse contexto, pois é marcada pela
indeterminação de suas certezas e empurrada por acontecimentos imprevistos.
Risco de discronia
• Enquanto certas esferas ganham velocidade e o seu
ritmo se acelera formalmente, outras, pelo contrário,
parecem abrandar e mesmo parar.
• Trata-se da fragmentação do tempo contemporâneo, ou
seja, a sociedade avança em várias velocidades e não há
um mecanismo regulador dessas diversas forças.
• Nesse contexto, uma tentativa de retemporalização
seria o "direito ao tempo" ou " direito ao seu tempo", ao
"seu ritmo".
• Isso significa que cada sociedade deveria descobrir sua
diagonal inédita entre duração e momento e reconstruir
um passado segundo suas experiências e um futuro
segundo suas expectativas.
• François Ost afirma que há inúmeras escalas temporais que se
sobrepõem sem que tenham necessariamente os mesmos princípios
de encadeamento.
• o tempo é policrónico e híbrido.
• Basta comparar o tempo estagnado de centenas de milhões de seres
humanos que vivem abaixo do limiar de pobreza com o tempo das
trocas comerciais entre países industrializados, e sobretudo o
tempo das trocas financeiras que operam em (tempo real) na bula
especulativa de praças bolsistas interligadas 24 horas por dia.
• Para o Autor é evidente que a sincronização dos ritmos sociais se
tornou uma das maiores apostas da regulação: quer se trate de
partilhar o tempo de trabalho, de redistribuir o tempo livre e o
tempo profissional, de repensar a solidariedade entre jovens, ativos
e pessoas de idade, de regular as velocidades do crescimento entre
regiões do globo, ou ainda de impor as condições de um
desenvolvimento durável, em todos os casos de sincronia que se
trata, afirma François.
As quatros figuras da retemporalização
• Memória: Liga o passado assegurando-lhe um registro, uma fundação e uma
transmissão. Surge como a projeção da promessa no passado. O respeito à
memória constitui a própria condição de um perdão sensato. É pela memória que
a sociedade mergulha nas suas raízes, que lhe asseguram identidade e
estabilidade.