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Resposta:
Nas fontes terciárias consultadas1,2,3,4,5,6, é descrito que o uso inicial de captopril em urgência
hipertensiva deve ser por deglutição1,2, pois a apresentação comercial e suas características
farmacocinéticas não permitem a absorção sublingual1.
No entanto, é relatado que doses sublinguais são utilizadas a partir de comprimidos orais de
produto disponível comercialmente nos EUA, contendo captopril 25mg a 50mg, para obter mudanças
hemodinâmicas e sintomáticas benéficas em crises hipertensivas, isquemia do miocárdio e insuficiência
cardíaca congestiva. O início de ação pode ser um pouco mais rápido que pela via oral, embora os efeitos
de pico e duração de ação pareçam manter-se inalterados. Captopril sublingual pode representar uma
alternativa eficaz se a administração oral não for possível3.
O efeito hipotensivo de captopril sublingual versus oral foi comparado em 40 pacientes com
hipertensão essencial. Comprimidos de 50mg foram administrados via sublingual para o grupo 1, enquanto
o grupo 2 tomou comprimidos dissolvidos em água. Não foram observadas diferenças significativas entre
os dois grupos quanto à diminuição da pressão sanguínea, aumento da atividade da renina plasmática, ou
inibição da enzima conversora da angiotensina. Estes parâmetros foram sobreponíveis, refutando a
hipótese de que captopril sublingual seja absorvido mais rápido3.
Embora o tratamento na terapia aguda com captopril sublingual tenha sido eficaz para a redução
rápida da pressão sanguínea em crises hipertensivas, inclusive em urgências e emergências hipertensivas,
não existem atualmente evidências claras definindo uma vantagem da via sublingual em relação à via
oral6.
REFERÊNCIAS
1. FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia Clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
2. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência
Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010 / Ministério da Saúde,
Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos
Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
3. DRUGDEX® System. Thomson MICROMEDEX, Greenwood Village, Colorado, USA. Disponível em:
http://www.thomsonhc.com/home/dispatch. Acesso em: 07 nov. 2012.
4. LACY, Charles F. et al. Drug Information Handbook International. 19. ed. Hudson: Lexi-comp, 2010.