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CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA AO PARTO DOMICILIAR

CONTRATADAS: Marinã de Sales Pitscer, brasileira, casada, parteira, RG n. 95002173014,


CPF n. 101.377.846-43, residente e domiciliada em Patrimônio da Penha, Serra do Caparaó
ES.
Joana Angelica Pinto dos Santos, brasileira, casada, parteira, CPF:034.981.175-05,
residente e domiciliada em Patrimônio da Penha, Divino de São Lourenço, ES.
CONTRATANTES:
Gestante:______________________________________________________
Nacionalidade:___________________ Estado civil: ____________________ Profissão:
_______________ RG:______________ CPF_______________ Endereço:
_____________________________________________________
_____________________________________________________________ Pai da
criança:_________________________________________________
Nacionalidade:___________________ Estado civil: ____________________ Profissão:
_______________ RG:______________ CPF_______________ Endereço:
_____________________________________________________
_____________________________________________________________
CLÁUSULA PRIMEIRA – OBJETO DO CONTRATO
1.1 O objeto do presente contrato consiste na disponibilidade para a prestação dos
seguintes serviços:
a) 2 consultas por vídeo-chamada até a 36a semana;
b) Consultas semanais presenciais na residência da contratada a partir das 38 semanas
c) Oferecer orientações via what's app em horário comercial em qualquer altura da gestação
e pós-parto;
d) Atender chamadas telefônicas 24h da 36a. semana de gestação até a 2a. Semana após
o parto; e) Assistência ao trabalho de parto e parto domiciliar natural e espontâneo de feto
único e cefálico;
f) Assistência ao pós-parto imediato;
g) Avaliação do recém-nascido com aferição de medidas e peso e realização de testes
neurológicos básicos não-invasivos;
h) 1 (uma) consulta pós-parto domiciliar;
i) Emissão de Declaração de Parto e Nascimento para registro civil da criança (caso o parto
efetivamente ocorra em domicílio)
j) Emissão de Prontuário de Parto e Nascimento para acompanhamento médico pós-parto
da mãe e acompanhamento pediátrico do bebê.
CLÁUSULA SEGUNDA – DEVERES DAS PARTES 2.1. São deveres dos
CONTRATANTES:
a) Informar à contratada sobre suas condições de saúde física e emocional, hábitos
alimentares, consumo de álcool, de drogas e/ou substâncias de alteração da consciência
(ainda que de origem natural), tabagismo, uso de medicamentos, especialmente os de tarja
preta, entre outros, não lhe omitindo qualquer informação;
b) Informar à contratada sobre doenças pré-existentes de qualquer natureza (física ou
mental), abortos anteriores provocados ou espontâneos, bem como sobre doenças,
disfunções e/ou intercorrências durante a gestação;
c) Realizar acompanhamento pré-natal com profissional habilitado conforme o
recomendado pelo Ministério da Saúde, bem como pré-natal paralelo com consultas com a
parteira contratada na frequência de pelo menos uma vez por mês até a 36ª. semana de
gestação e consultas semanais após a 36ª. semana de gestação;
d) Ser sincera e conversar abertamente sobre seus medos, traumas, bloqueios, dúvidas e
problemas pessoais e/ou familiares do presente ou do passado que sejam relevantes na
gestação, parto e amamentação;
e) Ter a consciência de que o vínculo entre a parteira contratada e a gestante contratante é
de natureza diferente do vínculo com médicos ou outros profissionais da saúde,
demandando intimidade e confiança para assuntos que vão além dos aspectos clínicos,
abarcando questões de caráter emocional, energética, espiritual e biográfica entre outras,
sendo, portanto, fundamental a nutrição e fortalecimento deste vínculo para que a parteira
contratada possa orientar a contratante de maneira a vivenciar plenamente a experiência da
gestação, parto e pós-parto como uma experiência profunda de cura e autotransformação;
f) Preparar-se, física e emocionalmente, para o parto da melhor forma possível;
g) Elaborar planejamento alternativo para a eventual possibilidade de transferência para
hospital e apresentá-lo para a avaliação e aprovação da parteira contratada;
h) Informar à contratada, o quanto antes, quando achar que seu trabalho de parto começou,
mesmo estando em dúvida;
i) Informar à contratada, o quanto antes, caso decidam rescindir este contrato;
j) Respeitar as orientações e prescrições oferecidas pela contratada referentes à condução
da gestação, parto e pós-parto;
k) Providenciar os itens indicados na lista de material para parto em casa fornecedia pela
contratada, estando com tudo dísponível a partir das 36 semanas de gestação;
l)Remunerar à contratada nos termos definidos neste contrato;
2.2. São deveres da CONTRATADA:
a) Cumprir o disposto no item 1.1 deste contrato;
b) Agir com o máximo de zelo, diligência, atenção e respeito, utilizando o melhor de sua
capacidade profissional e sabedoria na atenção à vida e à saúde da gestante e de sua
criança;
c) Guardar sigilo a respeito das informações de natureza íntima sobre as quais tome
conhecimento em relação à gestante contratante e/ou sua família, com exceção dos casos
previstos em lei;
d) Criar grupo de conversa no what’s app juntamente com o casal e a(s) doula(s) da equipe
com a finalidade de facilitar a comunicação entre a contratada e os contratantes;
e) Estar disponível, até a 36ª. semana de gestação, para consultas em horário comercial
por telefone ou What’s App; f) Estar disponível, a partir da 36ª. semana de gestação até a
2ª. semana pós-parto, para consultas por telefone durante 24 horas; g)
Chegar ao local de trabalho de parto ou parto em aproximadamente 90 minutos após a
solicitação, em caso de trabalho de parto ativo; h) Permanecer no local do parto por pelo
menos duas horas após o nascimento do bebê; i)
Induzir o trabalho de parto com métodos não-farmacológicos a partir de 41 e semanas e 5
dias de gestação ou em caso de bolsa rota;

CLÁUSULA TERCEIRA – DAS SITUAÇÕES QUE DEMANDAM ASSISTÊNCIA


MÉDICO-HOSPITALAR
3.1 São situações que podem ocorrer FORA do trabalho de parto que implicam na
necessidade de assistência médico-hospitalar:
a) pico hipertensório materno (pressão arterial igual ou superior a 14x9) durante a
gestação, mesmo que no momento do trabalho de parto a pressão esteja normal;
b) surgimento de enfermidades ou disfunções no final da gestação como diabetes
gestacional, anemia grave, problemas psiquiátricos etc;
c) diagnóstico ou suspeita de quadro sindrômico, má-formação ou disfunção fetal;
d) diagnóstico ou suspeita de má-formação e/ou disfunção do cordão umbilical ou placenta;
e) bebê em posição pélvica, podálica ou transverssa;
f) trabalho de parto prematuro ( 36,5 semanas ou menos);
g) rompimento prematuro da bolsa das águas ( 36,5 semanas ou menos); h) gestação de
41,5 semanas sem iminência de trabalho de parto; i) 18 horas de bolsa rota sem trabalho de
parto ativo, apesar das tentativas de indução; i) outras situações diversas.
3.2 São situações que podem ocorrer DURANTE o trabalho de parto que implicam na
necessidade TRANSFERÊNCIA para assistência médicohospitalar: a) constatação de que o
bebê não está em apresentação cefálica; b) constatação de que o bebê, apesar de cefálico,
está com a cabecinha defletida, está com a mãozinha no rosto ou outra situação que
impeça a fluidez, espontaneidade e segurança do parto; c) alteração dos batimentos
cardíacos fetais; d) eliminação de mecônio espesso; e) febre materna; f) pico hipertensório
materno (pressão arterial igual ou superior a 14x9); g) parada de progressão do trabalho de
parto por mais de 8h (presença de contrações com ausência de evolução na dilatação e
descida do bebê); h) prolapso de cordão umbilical; i) hemorragia materna; j) suspeita ou
constatação de descolamento de placenta; k) surto psiquiátrico materno; l) solitação da
contratante; m) trabalho de parto prematuro (idade gestacional 36,5 semanas ou menos) n)
outros motivos constatados pela parteira contratada como potenciais riscos à saúde e vida
da mãe e/ou bebê. 3.3 São situações que podem ocorrer APÓS o parto que implicam na
necessidade TRANSFERÊNCIA para assistência médico-hospitalar: a) laceração perineal
de 3o. ou 4o. grau; b) dificuldade respiratória do recém-nascido; c) anomalias no estado
geral do recém-nascido; d) hemorragia materna; e) prolapso uterino; f) surto psiquiátrico
materno; g) pico hipertensório materno; h) retenção de placenta ou de membranas; i) febre
materna; j) outras situações.
CLÁUSULA QUARTA – DOS HONORÁRIOS
4.1 Pelos serviços listados no item 1.1 deste contrato, o valor é de R$2.000,00 (dois mil
reais), acrescidos de R$400,00 (quatrocentos reais referente a adicional de distância),
totalizando R$2.400 (quantro mil e quatrocentos reais);
4.2 Consultas pré-natais ou pós-parto domiciliares EXTRAS custam R$250,00 (duzentos e
cinquenta reais)
CLÁUSULA QUINTA– DAS FORMAS DE PAGAMENTO
5.1 R$1.200,00 ( mil e duzentos reais) pagos na altura em que a gestante contratante
completar 36 semanas de gravidez;
5.2 R$1.200,00 (dois mil duzentos e cinquenta reais) pagos em até 10 (dez) dias após o
nascimento da criança;
5.3 Os pagamentos dos valores acima devem ser feitos por trasferência ou depósito
bancário para a conta das contratadas devendo ser metade para conta da caixa economica
00008698-4 Agencia: 3517 Operação: 013(nome: Marinã S. Pitsçer) e a outra metade na
Caixa economica , Agência 3206, Op:023 Conta Corrente 00.011-9153 ( no nome Joana
Angelica Pinto).
É possível a negociação de outras formas de pagamentos, inclusive com cartão de crédito,
com parcelamento em até 12x acrescidos os juros do cartão.
CLÁUSULA SEXTA – DAS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS
6.1 Caso haja alguma intercorrência na gestação a partir das 36 semanas ou mesmo no
período prodrômico que conta-indique o parto domiciliar e que, portanto, impeça que a
assistência domiciliar se inicie, implicando a necessidade de assistência médico-hospitalar,
a primeira metade do valor total da remuneração paga, ou seja, R$1.200,00, não será
devolvida e restará referente às consultas pré-natais, ao acompanhamento pré-natal, à
consulta pós-parto e, especialmente, à disponibilidade da parteira contratada para atender o
parto em casa;
6.2 Caso a assistência ao parto domiciliar se inicie, porém aconteça alguma intercorrência
que implique em transferência intraparto ou pós-parto para hospital, ou seja, indicação de
transferência durante o trabalho de parto ou nas primeiras horas após o parto, o valor da
remuneração das parteiras contratadas será integral (R$2.400,00), mesmo que o
nascimento do bebê se dê no hospital, de parto vaginal ou de cesárea;
6.3 Se, por qualquer razão, depois de firmado este contrato e após as 36 semanas de
gestação, os contratantes decidirem não querer mais a assistência ao parto domiciliar, a
parteira contratada será indenizada no valor referente à primeira parte da remuneração, no
valor de R$1.200,00. Portanto, se este valor já tiver sido pago, não será restituído; e, se por
qualquer motivo, ainda não tiver sido pago, deverá ser pago em, no máximo, uma semana,
uma vez que os compromissos pessoais e profissionais da parteira contratada são
planejados e organizados em função datas previstas dos partos que tem para atender,
então esta indenização é referente à assistência pré-natal e, principalmente, ao
compromisso de disponibilidade por parte da parteira contratada;
6.4 Caso o trabalho de parto ocorra de maneira atipicamente rápido e as parteiras
contratadas não consigam chegar ao local do parto a tempo para prestar assistência ao
nascimento em si, mas somente ao pós-parto imediato, a 2a. parcela de sua remuneração
será diminuída em R$800,00, ficando, assim, um valor total de R$1.600,00 (três mil e
quinhentos reais);
6.5 Se por motivo pessoal, por razão de força maior ou de caso fortuito, a parteira
contratada rescindir este contrato ou não estiver disponível para prestar a assistência ao
parto (situação excepcional raríssima), o valor pago pelos contratantes será devolvido,
descontando-se apenas o montante referente às consultas pré-natais já realizadas, no valor
de R$120,00 cada. E, ocorrendo consulta pós-parto avulsa, esta será cobrada no valor de
R$250,00.
CLÁUSULA SÉTIMA – DA CIÊNCIA DOS CONTRATANTES
7.1. Os contratantes declaram, para os devidos fins, que receberam todos os
esclarecimentos para as suas dúvidas e que tomaram a decisão pelo parto domiciliar de
livre e espontânea vontade, após ponderarem de maneira lúcida a respeito das vantagens,
desvantagens e eventuais riscos, por entenderem que sua residência é um lugar seguro
para dar à luz a uma criança e por estarem devidamente informados, através do repasse
preciso, claro e completo de esclarecimentos sobre como se dá a evolução fisiológica do
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato de forma natural, sem intervenções médicas.
7.2 Os contratantes declaram estar CIENTES de que a parteira contratada NÃO é médica,
nem enfermeira, nem obstetriz e NÃO possui formação acadêmica na área da saúde, sendo
habilitada como parteira por formação extra-acadêmica e por força de sua experiência de
(PRECISO DE AJUDA PRA FALAR SOBRE ISSO) mais de 10 anos no trabalho de
assistência ao parto;
7.3 Os contratantes declaram estar CIENTES de que apesar da boa saúde da gestante,
corroborada pelo acompanhamento pré-natal e exames de laboratório e de imagem,
entendem que as adversidades fazem parte da vida e que durante o período de gestação,
parto, nascimento e pós-parto, podem surgir situações indesejadas e imprevisíveis, pois que
todo procedimento relacionado à vida envolve riscos, estando sujeito a eventuais
complicações e/ou alterações no estado de saúde, sabendo que não pode a contratada
assegurar resultado, mas que se obriga a atuar com a devida prudência, diligência, perícia e
zelo, empregando o melhor de sua capacidade e habilidade na atenção à saúde da
gestante contratante e de sua criança.
7.4 Os contratantes declaram estar CIENTES de que em caso de perigo para a mãe ou
para a criança, a parteira contratada irá tomar as medidas que considerar adequadas,
informando-lhes da situação e da necessidade de uma possível transferência para uma
instituição hospitalar, podendo, inclusive, vir a ser a mais próxima da residência dos
contratantes, mesmo que não seja o hospital da preferência dos contratantes;
7.5 Os contratantes declaram estar CIENTES de que a parteira contratada, em caso de
transferência, poderá compartilhar informações sobre o histórico
e/ou prontuário do gestante com o médico obstetra de plantão e outros
especialistas ou profissionais da área, caso seja necessário ou solicitado;
7.6 Os contratantes declaram estar CIENTES de que NÃO compete à
parteira contratada acompanhá-los no hospital caso haja necessidade de
transferência;
7.7 Os contratantes declaram estar CIENTES de que o parto domiciliar
atendido por parteira sem formação acadêmica se encontra na esfera jurídica
da licitude e afirmam sua compreensão de que a Constituição da República
Federativa do Brasil, promulgada em 1988, não proíbe o parto e o
nascimento em ambiente extra-hospitalar atendido por parteira, desde que
sejam respeitados os limites fisiológicos e não haja risco evidente à vida,
direito maior também protegido por esta Lei;
7.8 Os contratantes declaram estar CIENTES de que, apesar da
fundamentação legal, estão sujeitos a sofrer algum tipo de constrangimento,
crítica ou assédio moral por escolherem um parto domiciliar, especialmente,
um parto domiciliar atendido por uma parteira sem formação acadêmica;
7.9 Os contratantes declaram estar CIENTES de que o presente contrato é
um contrato prestação de serviço o qual, para o Direito brasileiro, é aquele
em que uma das partes se obriga para com a outra a fornecer-lhe a
prestação de uma atividade profissional mediante o recebimento de uma
remuneração. O contrato de prestação de serviço é bilateral, pois gera
obrigação para ambas as partes; quem recebe o serviço deverá pagar a
remuneração a quem deverá prestar a atividade acordada e na forma como
foi estipulada. Neste sentido, o ponto central deste pacto é a prestação do
serviço de assistência ao parto domiciliar e, se esta for devidamente
realizada e a remuneração a ela correspondente for efetivada, o mesmo se
dará por encerrado, tendo cumprido a sua finalidade prevista no nosso
ordenamento jurídico.
7.10 Os contratantes declaram estar CIENTES de que esta relação
contratual, conforme o Direito Civil Brasileiro, consiste em uma obrigação de
meio e não em uma obrigação de resultado, o que significa que o que está
sendo contratado aqui é a assistência ao parto domiciliar e não o ‘resultado’
parto domiciliar, o que seria impossível, uma vez que se trata de um evento
futuro incerto. Assim, a parteira contratada se compromete a prestar
assistência cuidadosa, responsável e diligente, entretanto, desfechos
adversos indesejados podem ocorrer.
7.11 Os contratantes declaram estar CIENTES de seus direitos constituídos,
e, em pleno exercício de suas capacidades para os atos da vida civil,
exercem o livre arbítrio e assinam o presente documento como manifestação
do seu expresso consentimento e comprometimento;
7.12 Os contratantes declaram estar CIENTES de que este contrato
contempla apenas os serviços das parteiras contratada descritos na cláusula
primeira e que, portanto, não contempla os serviços da doula ou de outros
profissionais.

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MARINÃ DE SALES PITSCER
Parteira tradicional

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JOANA ANGÉLICA PINTO DOS SANTOS
Parteira tradicional

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Gestante/Cliente

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