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Procedimento de Rotina PR-SEG-26


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Programa de Controle da Poluição 00

INTRODUÇÃO

O Programa de Controle da Poluição (PCP) é composto por um conjunto de recomendações e


diretrizes a serem consideradas pelo Consórcio SPC, que tem por finalidade controlar os
aspectos ambientais da obra, estabelecendo procedimentos e medidas para a prevenção ou
minimização dos impactos ambientais provenientes da emissão dos poluentes atmosféricos,
efluentes líquidos e resíduos sólidos, cujas destinações finais devem ocorrer em locais
adequados, conforme as normas e exigências ambientais legais aplicáveis para a execução das
obras do empreendimento que abrange os serviços de construção e montagem das unidades:
UPGN II (U-211), UPCGN IV (U-301), Coletor de Condensado (U-302), URCO2 I (U-303),
URCO2 II (U-304), UTC II (U-305), URHG (U-306) e seus OFF SITES para o Terminal de
Cabiúnas, localizado no município de Macaé/RJ, integrante do Projeto PLANSAL – TECAB.

JUSTIFICATIVA

Com a implementação do PCP, pretende-se previnir e/ou minimizar a ocorrência de impactos


ambientais negativos decorrentes da geração de resíduos sólidos, efluentes e outros tipos de
emissões provenientes das obras de ampliação do TECAB.

OBJETIVOS E METAS

O Programa de Controle da Poluição objetiva a manutenção da qualidade ambiental do


empreendimento, principalmente por meio do controle e minimização das fontes de poluição
identificadas e do adequado gerenciamento dos resíduos sólidos, efluentes líquidos e das
emissões atmosféricas gerados nas atividades construtivas.

As principais metas a serem seguidas no PCP são as seguintes:

 Orientar todos os trabalhadores envolvidos na obra a consumir de forma racional


os insumos durante as obras de ampliação do TECAB;
 Realizar o inventário de todos os efluentes e resíduos produzidos, por tipo e
quantidade;
 Coletar, armazenar corretamente, transportar de maneira segura e dispor todos os
resíduos provenientes das atividades cotidianas ou daquelas decorrentes de
resposta a emergência;
 Reciclar todos os resíduos passíveis de passarem por esse processo;
 Tratar previamente ao descarte ou destinar para uma solução final adequada
todos os efluentes gerados na obra;

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 Garantir que todos os motores e máquinas a serem utilizados pela obra estejam
com a manutenção em dia, de forma a diminuir suas emissões atmosféricas.

PÚBLICO ALVO

O público alvo envolve o empreendedor, os trabalhadores, as cooperativas de resíduos


recicláveis, as empresas especializadas no transporte, tratamento e destinação final de resíduos,
o órgão ambiental licenciador e a população do entorno.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Gerenciamento de Resíduos Sólidos

A geração de resíduos é inerente às atividades de construção de qualquer empreendimento e,


portanto, a implantação do PCP é fundamental para reduzir os resíduos produzidos durante a
obra, uma vez que trata de recomendações e procedimentos que orientam a redução, a
separação e o correto manejo dos resíduos, além de promover a destinação final
ambientalmente adequada aos resíduos atendendo aos padrões determinados pela legislação
vigente.

Os procedimentos e diretrizes referentes ao gerenciamento de resíduos sólidos deverão ser


aplicados pela TMSA e suas subcontratadas para a instalação do empreendimento. Estes, por
sua vez, devem incorporar às suas rotinas operacionais tais diretrizes, desde o inicio das obras,
mantendo-se até a conclusão das mesmas.

Etapas de Execução

Etapa 1 – Classificação dos Resíduos

Todos os resíduos serão identificados, segregados e quantificados, conforme sua classificação,


para que sejam dispostos em locais adequados.

Quanto aos seus potenciais riscos ambientais, para que os resíduos possam ter manuseio e
destinação adequados, obedecerão à norma de classificação NBR 10.004:2004:

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 Classe I – Resíduos perigosos;


 Classe IIA – Resíduos não-inertes;
 Classe IIB – Resíduos inertes.

Os Resíduos Classe I são aqueles que apresentam periculosidade, ou seja, risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, quando manuseados ou destinados de forma incorreta; por
exemplo: lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, latas de aerossóis, hospitalares e óleos
usados, ou apresentam uma das seguintes características: inflamabilidade; corrosividade;
reatividade; toxicidade; e patogenicidade.

Os resíduos Classe IIA são aqueles que não se enquadram nas classificações de Resíduos
Classe I ou IIB. Os Resíduos Classe IIA podem ter propriedades próprias, como:
combustibilidade; biodegradabilidade; ou solubilidade em água. Como exemplo desses
materiais, citam-se: madeira, papel e papelão.

Os Resíduos Classe IIB são quaisquer que, quando amostrados e submetidos a um contato com
água destilada, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água. Como exemplo desses materiais, podem-se
citar rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas, que não são decompostos
prontamente.

Se necessário, ao longo da geração dos resíduos, estes serão ensaiados de acordo com as
normas específicas para o enquadramento e classificação nas classes determinadas pela ABNT.

Os Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde serão classificados de acordo com a norma técnica
da ABNT NBR 12.808:1993.

O manejo dos resíduos seguirá o disposto nas Resoluções CONAMA nº 307/02 e 348/04, que
classifica os resíduos da construção civil e a Norma NBR 10.004:2004, da ABNT, que classifica
os resíduos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública.

Portanto, os resíduos da construção civil serão classificados da forma descrita a seguir:

 Classe A – são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais


como:
- de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras
obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplenagem. Também

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se incluem nesta Classe os sólidos retirados do sistema fechado de fluido de


perfuração;

- de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto


(blocos, tubos, estacas, etc.) produzidas nos canteiros de obras.

 Classe B – são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:


plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, isopor e embalagens tetrapak,
etc.
 Classe C – são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias
ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação/reutilização, tais como os produtos oriundos do gesso,
entre outros.
 Classe D – são resíduos perigosos, tais como tintas, solventes, óleos, graxas e
outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou
outros produtos nocivos à saúde, ou qualquer resíduo contaminado com um
destes.

Etapa 2 – Segregação e Acondicionamento dos Resíduos

A segregação será realizada pelo gerador na origem, ou será realizada nas áreas de
acondicionamento, respeitando-se as classes de resíduos.

Os resíduos não-perigosos, Classes IIA e IIB, poderão ser reutilizáveis, recicláveis ou


descartáveis. Vale ressaltar que alguns resíduos Classe I (óleos, baterias e lâmpadas
fluorescentes) poderão ser tratados e reciclados, desde que sejam corretamente segregados e
manuseados.

Como forma de padronização, todas as instalações contarão com placas e cartazes que
orientarão a correta segregação dos resíduos gerados. Essa comunicação visual será baseada
em formas de codificação já adotadas pelas empresas em outros empreendimentos e deverão
atender ao sistema padrão de cores estabelecido pela Resolução CONAMA Nº 275/01,
apresentado no Quadro 5.1.1-1, a seguir.

QUADRO 5.1.1-1 – Padrão de cores para as caixas coletoras, conforme Resolução


CONAMA Nº 275/01.

Padrão de Cores conforme Resolução CONAMA Nº 275/01

Papel / Papelão

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Padrão de Cores conforme Resolução CONAMA Nº 275/01

Vidro

Madeira

Resíduos de serviços de saúde

Metal

Resíduos radioativos

Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação

Resíduos perigosos

Plástico

Resíduos orgânicos

Etapa 3 – Coleta e Transporte Interno dos Resíduos

Quando atingida a capacidade máxima dos coletores ou o tempo máximo de permanência dos
resíduos, este será esvaziado e seu conteúdo será disposto em um recipiente adequado e
identificado e em seguida, transportado para a área de armazenamento temporário.

O correto armazenamento dos resíduos após a geração, até a etapa de coleta e transporte
deverá garantir as condições de reutilização e de envio para reciclagem sem que haja a
deterioração ou contaminação entre os diversos tipos de resíduos.

O transporte dos resíduos dentro do canteiro deverá ser feito com equipamentos seguros e
adequados ao final de cada serviço. Os resíduos serão então encaminhados até o local de
armazenamento temporário.

A limpeza dos locais de serviço será executada pelo próprio operário ou grupo que produzir o
resíduo. Haverá necessidade de dispor rapidamente os resíduos nos locais indicados para a
coleta, evitando comprometimento da limpeza e da organização dos espaços, decorrentes da
dispersão dos resíduos. A frequência da limpeza está diretamente ligada ao resultado final, com
redução do desperdício de materiais e ferramentas de trabalho, melhoria da segurança nas
obras e aumento da produtividade dos operários.

O acondicionamento terá que acontecer o mais próximo possível dos locais de geração dos
resíduos, dispondo-os de forma compatível com seu volume e preservando a boa organização
dos espaços nos diversos setores das obras e da planta.

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A coleta e o transporte interno serão efetuados por funcionários treinados e de posse dos
devidos EPIs (capacetes, luvas, botas, óculos e uniformes). Os EPIs estarão sempre
higienizados e em boas condições de utilização. Estes funcionários terão a responsabilidade de
trocar os sacos plásticos dos recipientes e transportar os resíduos até o local de armazenamento
temporário.

A logística de transporte interno será implantada de forma a minimizar a possibilidade de


formação de “gargalos”, ou seja, evitando que certas áreas não recebam a coleta no momento
adequado e haja acúmulo de resíduos. O transporte interno utilizará os meios convencionais e
disponíveis (carrinhos, giricas, transporte manual).

Etapa 4 – Armazenamento temporário

O armazenamento temporário dos resíduos deverá atender ao disposto nas normas da ABNT
NBR 11.174:1990 e a NBR 12.235:1992 e obedecerá aos seguintes critérios básicos a seguir:

 Classificação;
 Frequência de utilização;
 Empilhamento máximo;
 Distanciamento entre as fileiras;
 Alinhamento das pilhas;
 Distanciamento do solo;
 Separação, isolamento ou envolvimento por ripas, papelão, isopor, etc. (no caso
de louças, vidros e outros materiais delicados, hospitalares, passíveis de riscos,
trincas e quebras pela simples fricção); e
 Preservação da limpeza e proteção contra a umidade do local.
Os resíduos serão armazenados em área adequada (área bem identificada, segura, com
pavimentação impermeável, drenagem, cobertura e ventilação), onde os dispositivos de
estocagem serão dispostos com a capacidade suficiente para atender a qualquer demora no
recolhimento para transporte.

Destaca-se que os resíduos perigosos gerados durante as obras serão coletados e


transportados para áreas de armazenamento temporário no canteiro, onde não houver restrições
ambientais para tal. A área de armazenamento temporário ficará afastada de águas superficiais,
áreas alagadas ou alagáveis e áreas agrícolas. Tais resíduos serão posteriormente coletados e
transportados para empresas de tratamento e destinação final.

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Etapa 5 – Coleta e Transporte Externo dos Resíduos

A coleta e o transporte externos serão realizados em conformidade com as etapas anteriores e


atenderá ao disposto nas normas da ABNT NBR 13.463:1995 e NBR 13.221:2005 e NBR
12.810:1993

Os resíduos serão coletados diariamente ou de acordo com frequência pré-estabelecida


segundo o tipo de resíduo e obedecendo ao tempo máximo que cada resíduo poderá ser
estocado.

Os aspectos que serão considerados nos contratos para prestação de serviços de coleta e
remoção são os seguintes:

 Quando da utilização de caçambas estacionárias, obediência às especificações


da legislação municipal, notadamente nos aspectos relativos à segurança;
 Disponibilização de equipamentos em bom estado de conservação e limpos para
uso;
 Observação das condições de qualificação do transportador (regularidade do
cadastro junto ao órgão municipal competente);
 Estabelecimento da obrigatoriedade do registro da destinação dos resíduos nas
áreas previamente qualificadas e cadastradas pelo próprio gerador dos resíduos
(observadas as condições de licenciamento quando se tratar de Áreas de
Transbordo e Triagem, Áreas de Reciclagem, Áreas de Aterro para Resíduos da
Construção Civil ou Aterros de Resíduos Perigosos);
 Condicionamento do pagamento pelo transporte à comprovação da destinação
dos resíduos.
Os resíduos serão armazenados de maneira a permitir uma coleta rápida e sem conflitos com as
atividades no canteiro de obras.

A coleta de resíduos orgânicos poderá ser feita por empresa contratada devidamente licenciada
ou pela coleta regular do município desde que a quantidade não exceda ao permitido pela
legislação municipal. Outros resíduos poderão ser coletados por empresas com as quais foram
estabelecidos acordos/convênios para a utilização de equipamentos e instalações de
tratamento/destinação de resíduos.

As empresas contratadas para o transporte e para as destinações finais dos resíduos têm que
estar cadastradas nos órgãos municipais e estaduais competentes, devidamente licenciadas e
isentas de quaisquer restrições cadastrais.

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Etapa 6 – Tratamento de Destinação Final dos Resíduos

O tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos serão calculados de acordo com as
seguintes diretrizes deste Programa:

 Reduzir os desperdícios e o volume de resíduos gerados;


 Segregar os resíduos por classes e tipos;
 Reutilizar materiais, elementos e componentes que não requisitem
transformações, ou recuperá-los;
 Enviar para reciclagem os resíduos possíveis, da própria obra, transformando-os
em matéria-prima para a produção de novos produtos (ex: sobras de concreto e
cimento);
 Coletar, transportar e destinar os resíduos de acordo com a legislação brasileira.
Os resíduos da construção civil serão destinados das formas descritas a seguir:

 Os resíduos classificados como Classe A (materiais escavados – solos e rochas –


solos de terraplenagem, peças pré-moldadas em concreto, etc.) serão reutilizados
nas atividades construtivas, na forma de agregados, ou dispostos em bota-foras,
ou mesmo encaminhados a aterros de resíduos da construção civil, sendo
dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura;
 Os resíduos recicláveis, Classe B, serão reutilizados, reciclados ou encaminhados
a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua
reutilização ou reciclagem futura, ou encaminhados às empresas de reciclagem.
Estes não poderão estar contaminados com qualquer outro tipo de resíduos, como
os orgânicos ou oleosos, antes de seu armazenamento, a ser feito em recipientes
com tampas e protegidos das intempéries;
 Para a disposição final, os resíduos Classe C serão encaminhados para um aterro
de construção civil. Também poderão ser contratadas empresas privadas para
dispor esses resíduos num aterro industrial. Pelas características desses
resíduos, será evitada a mistura com resíduos Classe A ou resíduos
biodegradáveis;
 O manejo e a disposição de resíduos perigosos, Classe D, serão conduzidos e
documentados em cumprimento aos dispositivos legais e/ou à boa prática de
gerenciamento ambiental. Para sua retirada, transporte e disposição final num
aterro industrial ou num incinerador, serão contratadas empresas privadas
licenciadas, que ficarão responsáveis pela obtenção do manifesto de transporte
no órgão ambiental competente. Os resíduos Classe D, como pilhas e baterias,
lâmpadas fluorescentes, hospitalares e latas de aerossóis, dentre outros, serão
acondicionados em recipientes especiais e que assegurarão o seu isolamento do
meio ambiente, até que cheguem às suas devidas destinações finais. Registre-se
que alguns resíduos perigosos também poderão ser recicláveis, como lâmpadas
fluorescentes e baterias.

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Vale lembrar que a atual legislação ambiental proibiu, a partir de julho de 2004, o
encaminhamento de resíduos sólidos de construção para aterros sanitários.

A formalização da destinação dos resíduos será iniciada com a identificação e o cadastramento


dos destinatários. O inventário de resíduos deverá atender à Resolução CONAMA Nº 313/02,
que estipula as informações relevantes para o rastreamento dos resíduos. Estas são algumas
informações relevantes que farão parte desse cadastro:

data do cadastramento;
Razão Social do destinatário;
CNPJ;
nome do responsável pela empresa;
telefone;
endereço da destinação;
atividade principal do destinatário;
resíduo(s) que será (ão) destinado(s);
descrição do processo a ser aplicado ao(s) resíduo(s).

Uma vez cadastrado o destinatário, cada coleta implicará a emissão de um manifesto de


resíduos que registrará a destinação dos resíduos coletados com as informações já citadas.

Esse manifesto poderá ser preenchido pelo gerador ou emitido pelo receptor. Ambos ficarão com
cópias para arquivamento e controle.

Gerenciamento de Efluentes Líquidos

Os diversos efluentes líquidos gerados pelas obras de ampliação do TECAB, se não tratados e
devidamente destinados, poderão ocasionar a contaminação das águas superficiais e do solo e
afetar a saúde humana. Nesse sentido, serão executados pela TMSA os procedimentos de
controle da geração, tratamento, transporte e destinação final de todos os efluentes gerados na
obra, como descrito nos itens a seguir.

Implantação de Sistema de Drenagem Superficial

Nas vias a serem construídas dentro da área a receber as novas unidades, serão instalados
sistemas de drenagem segregados, de forma a separar as águas que entrem em contato com
equipamentos provenientes da área de unidades de processo das águas da chuva, de forma a
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evitar a contaminação de drenagens naturais e corpos d’água receptores localizados no entorno


do empreendimento.

Coleta e Tratamento dos Efluentes Gerados nos Canteiros de Obras

No Canteiro de Obras da TMSA foi instalada uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)
provisória que irá tratar os efluentes sanitários gerados pelas instalações, comportando Vazão
Nominal de até 285 m³/dia.

A ETE possui Sistema Eletrolítico constituído por medidor controlador de vazão, reator
eletrolítico de fluxo ascendente, decantador secundário, adensador de lodo e sistema dosador
com ajuste de pH, além de sistema de desinfecção por cloração e/ou ultra violeta, de modo a
promover uma eficiência final em redução de DBO 5 e DQO que proporcione condições de reuso
específico aos efluentes tratados, destacando-se os elevados índices de remoção de nitrogênio
e fósforo.

Ao longo da operação do Canteiro de Obras, serão previstas manutenções e limpezas periódicas


em seu sistema de tratamento de efluentes, além do monitoramento mensal por meio de
análises dos efluentes por laboratório credenciado pelo INEA. Se for identificada a presença de
grande quantidade de lodo no sistema, será realizada a sucção por meio de caminhão a vácuo e
o encaminhamento para tratamento por empresa especializada e licenciada para este tipo de
atividade.

Para verificar a eficiência do sistema de tratamento de efluentes, os pontos de amostragem para


o monitoramento são:

 Afluente (Efluente Bruto 1): chegada do efluente bruto à elevatória intermediária.


 Efluente (Efluente Bruto 2): após a cloração, na saída do sistema eletrolítico.
 Efluente (Efluente Tratado): nos tanques de reuso.

Os parâmetros a serem avaliados são: vazão, pH, temperatura, série de sólidos presentes, DBO,
DQO, OD. O efluente final deverá atender integralmente ao padrão de emissão estabelecido na
Resolução CONAMA Nº 357/2005 e ao disposto na Resolução Nº CONAMA 430/2011. (DZ 215
REV4 – INEA/RJ).

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Coleta e Tratamento dos Efluentes Provenientes da Produção de Concreto

Os efluentes provenientes da lavagem das máquinas e equipamentos que utilizem concreto


(betoneiras, caminhões-betoneira, outros) serão enviados para um tanque de decantação, sendo
a água reaproveitada na atividade de concretagem ou na umidificação dos acessos não
pavimentados e os sólidos decantados destinados como resíduos sólidos inertes.

Cabe ressaltar que o efluente proveniente desta atividade só poderá ser descartado em corpos
d’água se os valores atenderem aos parâmetros estabelecidos nas Resoluções CONAMA N°
357/2005 e 430/2011.

Coleta e Tratamento dos Efluentes Provenientes do Teste Hidrostático

Os efluentes gerados a partir do teste hidrostático poderão ser reaproveitados mediante


tratamento e análise físico-química. Os valores deverão estar em conformidade com os
parâmetros exigidos pela Resolução CONAMA Nº 357/2005 e 430/2011, assim, estes efluentes
serão reaproveitados na umidificação das vias de acesso não pavimentadas, na rega da
cobertura vegetal e demais usos apropriados.

Caso os parâmetros não atendam o estabelecido na legislação ambiental vigente, os efluentes


deverão ter destinação e tratamento adequados por empresa devidamente licenciada.

Coleta e Tratamento dos Efluentes Oleosos

Todos os lugares onde haverá a realização de atividades que envolvam produtos perigosos
serão impermeabilizados e dotados de sistema de drenagem com caixa separadora de água-
óleo (SAO), sendo todos os efluentes oleosos encaminhados para tratamento e destinação final
adequados.

Deverão ser diponibilizados nesses locais kits de mitigação no caso de haver algum vazamento
de produto perigoso. O solo e materiais contaminados devem ser identificados, acondicionados
de maneira apropriada e transportados para área definida dentro do canteiro.

Coleta e Tratamento dos Efluentes de Decapagem Química

Os efluentes decorrentes da decapagem química e hidrojateamento serão tratados


adequadamente e sua disposição final deve atender ao estabelecido na legislação vigente.

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Deverá ser priorizado o uso de reagentes químicos de composição menos impactante ao meio
ambiente e a saúde ocupacional dos colaboradores.

Os efluentes específicos que não possam ser tratados na ETE serão destinados para tratamento
externo em empresa especializada licenciada.

Controle de Emissões Atmosféricas

Durante as obras de implantação do empreendimento serão geradas emissões atmosféricas


provenientes da queima de combustiveis fósseis proveniente de máquinas, veículos e
equipamentos utilizados na obra, bem como materiais particulados provenientes da
movimentação de terra para a terraplenagem e escavação, entre outros.

As medidas aqui apresentadas visam reduzir os efeitos negativos da poluição atmosférica


ocasionada pelas obras de implantação de empreendimento de modo a assegurar a qualidade
ambiental local e evitar incômodos ao bem estar social.

Redução das Emissões Atmosféricas

Para minimizar os impactos provenientes da emissão de gases e particulados em suspensão


gerados durante a operação e circulação de veículos, máquinas e equipamentos utilizados na
implantação do empreendimento, a adotará as seguintes medidas:

 Durante as atividades de escavação de solo e terraplenagem, será potencializada


a aspersão de água nas vias de acesso e no material extraído, evitando a geração
de poeira nos dias secos;
 Os veículos que realizarem o transporte de solo serão cobertos por lonas e
dotados de sistema de proteção das rodas, evitando a queda de material e
geração de poeiras. Durante o tráfego, serão respeitados os limites de velocidade
e de carga permitida;
 A queima de materiais combustíveis, de lixo e de matéria orgânica deve ser
proibida.

Monitoramento das Emissões Atmosféricas

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Todos os veículos, máquinas e equipamentos movidos à diesel, envolvidos com os serviços,


deverão seguir rigorosamente os requisitos estabelecidos pelo plano de manutenção individual.
A emissão de fumaça será monitorada e avaliada pelo profissional de Meio Ambiente com base
no método de medição definido para o Estado do Rio de Janeiro (DZ-572.R-4, aprovado pela
Deliberação CECA/CN Nº 4.814 de 17/04/2007);

Indicadores ambientais
O indicador ambiental é uma ferramenta proposta para avaliar a correta implantação do
gerenciamento de resíduos sólidos, efluentes e emissões atmosféricas, refletindo, desta forma, o
sucesso do Programa.

Abaixo são propostos os seguintes indicadores:

 Percentual da força de trabalho participante nos programas de treinamento;


 Percentual de resíduos e efluentes inventariados, por tipo e quantidade;
 Percentual de resíduos coletados e armazenados;
 Percentual de resíduos encaminhados para a reciclagem;
 Percentual dos efluentes gerados, tratados previamente ao descarte, ou
encaminhados para destinação adequada;
 Percentual de resíduos adequadamente destinados;
 Percentual de resíduos transportados adequadamente desde a origem até o seu
destino final;
 Planilhas de rastreamento de resíduos; e
 Percentual de máquinas e equipamentos com suas manutenções em dia.

Atendimento a Requisitos Legais e/ou outros requisitos

Este Programa seguirá o disposto na legislação em vigor a seguir:

a) Legislação Federal
Lei Nº 12.305 de 02/08/10 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
Resolução CONAMA Nº 275 de 25/04/01 – Código de cores para os diferentes tipos de
resíduos;
Resolução CONAMA Nº 307 de 05/07/02 – Gestão dos Resíduos da Construção Civil;
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Resolução CONAMA Nº 313 de 29/10/02 – Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos


Sólidos Industriais;
Resolução CONAMA Nº 348 de 17/08/04 – Complementação da Resolução CONAMA Nº
307;
Resolução CONAMA Nº 358 de 29/04/05 – Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos
Resíduos de Saúde;
Resolução CONAMA Nº 362 de 23/06/05 – Dispõe sobre uso, reciclagem, destinação re-
refino de óleos lubrificantes;
Portaria MINTER Nº 53 de 01/03/79 – Dispõe sobre o destino e tratamento de resíduos
sólidos;
RDC ANVISA 306 de 07/12/04 – Estabelece o Regulamento Técnico para o gerenciamento
dos resíduos de serviços de saúde.

b) Legislação Estadual
Lei N° 2.011 de 10/07/92 – Dispõe sobre a obrigatoriedade da implementação de Programa
de Redução de Resíduos;
Lei Nº 3.007 de 09/07/98 – Dispõe sobre o transporte, armazenamento, e queima de
resíduos tóxicos no Estado do Rio de Janeiro;
Lei Nº 4.191 de 30/09/03 – Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá
outras providências;
DZ.949 FEEMA – Bolsa de Resíduos;
DZ.1310 FEEMA – Diretriz de Implantação do Sistema de Manifesto de Resíduos
Industriais;
DZ.1311 FEEMA – Diretriz de Destinação de Resíduos;
DZ-572.R-4 - Diretriz do Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta por
Veículos Automotores do Ciclo Diesel – PROCON FUMAÇA PRETA

c) Normas Técnicas
NBR 10.004:2004 – Resíduos sólidos – Classificação;
NBR 10.005:2004 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos;
NBR 10.006:2004 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos
sólidos;
NBR 10.007:2004 – Amostragem de resíduos sólidos;

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Código

Procedimento de Rotina PR-SEG-26


Revisão

Programa de Controle da Poluição 00

NBR 7.500:2011 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e


armazenamento de produtos;
NBR 7.501:2011 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Terminologia;
NBR 9.735:2012 – Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de
produtos perigosos;
NBR 11.174:1990 – Armazenamento de resíduos Classe II – Não-Inertes e Classe III
Inertes;
NBR 12.235:1992 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos;
NBR 13.969:2007 – Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição
final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação;
NBR 15.112:2004 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de
transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação;
NBR 15.113:2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros –
Diretrizes para projeto, implantação e operação;
NBR 15.114:2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de reciclagem – Diretrizes
para projeto, implantação e operação;
NBR 15.115:2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil –
Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos;
NBR 15.116:2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil –
Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos.

INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este Programa apresenta uma inter-relação com o Sistema de Gestão Ambiental e, através dele,
com o Programa Ambiental para Construção - PAC e com o Programa de Educação Ambiental.

CRONOGRAMA FÍSICO

A implementação do PCP será realizada durante todo o período de instalação do


empreendimento, estimado em 37 meses, conforme apresentado no Quadro 9-1.

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Programa de Controle da Poluição 00

Quadro 9-1: Cronograma de execução do programa.

Fonte: PBA - TECAB, 2011.

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Programa de Controle da Poluição 00

REFERÊNCIAS

 CONTRATANTE/MINERAL. Projeto Pré-Sal – Rota Cabiúnas (Ampliação do TECAB): Projeto


Básico Ambiental. Rio de Janeiro, 2011.

 CONTRATANTE/HABTEC. Plano Diretor de Dutos de São Paulo – : Plano Básico Ambiental.


São Paulo, 2010.

Documento Controlado Elaboração: Adilson Ferraz Aprovação: Rodrigo Barcelos Data: 20/06/16 Pág.
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