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A Dialética Hegeliana-Uma Tentativa de Compreensão PDF
A Dialética Hegeliana-Uma Tentativa de Compreensão PDF
RESUMO
O presente artigo, preocupado com a influência simplificadora do senso
comum, objetiva apresentar, de forma sintética, a noção de dialética
utilizada no sistema hegeliano, não como um mero sistema argumentativo,
mas como um sistema de compreensão da realidade, em que os elementos
constituidores de sua tríade (tese – antítese – síntese) não possuem
caráter de exclusão, mas de superação e conservação, na busca de uma
interminável e crescente determinação. É esclarecido, ainda, de que forma
a lógica dialética hegeliana supera os limites da dialética tradicional
grega, ao realizar a percepção racional e filosófica do mundo, permitindo
compreender a forma do desenvolvimento histórico da realidade.
Palavras-chave: Sistema dialético hegeliano. Conceito. Dialética grega.
ABSTRACT
This paper, concerned with the simplifying influence of common sense,
aims to present, in summary form, the notion of dialectic used in the
Hegelian system, not as a mere argumentative system, but as a system of
reality understanding, in which the building elements of his triad (thesis -
antithesis - synthesis) do not have not character of exclusion but of resilience
and conservation, in search of an endless and growing determination. It is
clear, though, how the Hegelian dialectic logic overcomes the limits of
traditional Greek dialectic, to make rational and philosophical perception
of the world, allowing understand the historical development of reality.
Keywords: Hegelian dialectic system. Concept. Greek dialetics.
1 Mestre em Direito pela PUCRS (2006). Bacharel em Direito pela UFRGS (1989).
Procurador-Geral da Assebleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
1 INTRODUÇÃO
4 DIALÉTICA EM HEGEL
6 “A passagem de Aristóteles para Hegel faz-se pela circularidade ou reflexão, pela flexão
que volta para trás para reencontrar-se consigo mesma. Pois no pensamento aristotélico
todas as coisas, toda lógica, toda a linguagem baseiam-se, em última análise, no primeiro
movente imóvel. O princípio, o primeiro fundamento, a ‘arkhé’ de tudo e de todos é a
imobilidade eterna do primeiro movente imóvel. O imóvel é o não-movido. Em Hegel,
o primeiro e o último princípio não é o não-movido, mas o auto-movido. A passagem do
negativo, o não-movido, para a reflexão do auto-movente-que-se-move-a-si-mesmo é a
chave de compreensão do pensamento de Hegel, é a diferença entre o sistema lógico-
analítico de Aristóteles e o sistema lógico-dialético de Hegel”.
5 CONCLUSÃO
12 Na visão de Warat, as falácias não formais seriam “um conjunto estereotipado de formas
metodológicas que funcionam como princípios de inteligibilidade dos raciocínios
persuasivos” (1994, p. 156), em outras palavras, “um repertório de lugares persuasivos
com os quais se pretende indicar as maneiras em que se trabalham as opiniões
generalizadas ou crenças” - formas ideológicas do senso comum – “para conseguir que
cheguem a ser aceitos” como logicamente demonstrados pontos de vista em realidade
não demonstrados. Importante acrescentar que, atuando o efeito de persuasão no âmbito
das crenças e valores ideologicamente determinados, o processo de adesão ao discurso
falacioso dá-se, frequentemente, de forma totalmente inconsciente. As falácias não
formais, assim, são raciocínios argumentativos que, para alcançarem a persuasão e
consequente adesão do receptor ao discurso proferido, lançam mão de valores, crenças
ou intuições ideologicamente respaldadas. A mecânica não textual da construção dessa
espécie de falácia dá-se pela inserção, no discurso, através de associações evocativas,
de afirmações não demonstradas, mas que tenham a aparência de pertencerem a um
“domínio conotativo comunitariamente aceito” (WARAT, 1994, p. 157).
REFERÊNCIAS