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JAN 1985 NBR 5425


Guia para inspeção por amostragem no
controle e certificação de qualidade
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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Procedimento
Origem: Projeto NB-309/1975
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
Copyright © 1985, CE-03:056.02 - Comissão de Estudo de Controle e Certificação de Qualidade
ABNT–Associação Brasileira Incorpora Errata de OUT 1989
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Amostragem. Inspeção 30 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO NBR 5427 - Guia de utilização da norma NBR 5426 -


1 Objetivo Planos de amostragem e procedimentos na inspeção
2 Documentos complementares por atributos - Procedimento
3 Definições
4 Condições gerais NBR 5428 - Procedimentos estatísticos para deter-
APÊNDICE - Exemplo da determinação do LQMR para minação da validade de inspeção por atributos feita
um dado plano de amostragem pelos fornecedores - Procedimento

NBR 5429 - Planos de amostragem e procedimentos


1 Objetivo na inspeção por variáveis - Procedimento
1.1 O objetivo geral desta Norma é consubstanciar as NBR 5430 - Guia de utilização da norma NBR 5429 -
regras e recomendações que devem ser aplicadas pelos Planos de amostragem e procedimentos na inspeção
órgãos responsáveis pelo Controle e Certificação de Qua- por variáveis - Procedimento
lidade. Para que o objetivo seja atingido, esta Norma
visa, especificamente, o seguinte: 3 Definições
a) descrever procedimentos básicos de amostragem; Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
de 3.1 a 3.15.
b) explicar os princípios fundamentais da inspeção
por amostragem; 3.1 Unidade de produto
c) demonstrar a maneira pela qual os planos de Elemento de referência na inspeção - o elemento ins-
amostragem estabelecidos em normas específicas pecionado no sentido de ser classificado como defeituoso
são usados, para que as formas adequadas de ou não.
inspeção e decisão fiquem convenientemente
definidas. Exemplo: a unidade de produto pode ser um artigo
simples, um par, uma dúzia, uma grosa ou qualquer
1.2 Esta Norma se aplica a todas as atividades de
quantidade preestabelecida. Pode ser uma medida em
Controle e Certificação de Qualidade.
termos de comprimento, área, volume, massa, etc. Pode
2 Documentos complementares ser um material bruto ou em processo de beneficiamento,
um componente de um produto final, o próprio produto
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: final ou, ainda, material em estoque.

NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimento Podem ser operações tais como produção, obtenção,
na inspeção por atributos - Procedimento manutenção e estocagem. Pode ser um processo admi-
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2 NBR 5425/1985

nistrativo, um cartão perfurado, uma taxa de imposto, um total de defeitos que esta possa conter. Será, portanto,
cartão de inventário, uma fita magnética com registros de possível que em cem unidades de produto sejam en-
dados. Pode, ainda, ser ou não a mesma que a unidade contrados mais do que cem defeitos. Este procedimento
de compra, de fornecimento, de produção ou de em- resulta em critérios de aceitação mais precisos, sendo,
barque. entretanto, necessário anotar as quantidades de defeitos
encontrados, separadamente, por classe (críticos, graves
3.2 Características de qualidade e toleráveis), para poder ser efetuada a comparação com
as quantidades permitidas, de cada uma destas classes,
Propriedades de uma unidade de produto, as quais po-
pelos planos de amostragem utilizados. Enquanto os
dem ser avaliadas em função dos requisitos determinados
custos de inspeção são proporcionalmente mais altos,
em um desenho, especificação, modelo ou outro padrão
esta expressão de não-conformidade pode ser mais van-
conveniente. Uma lista das diversas características de
tajosa quando a unidade de produto é complexa, como,
qualidade de uma unidade de produto pode ser elaborada
por exemplo, uma montagem completa, um equipamen-
com base na análise de seu projeto. As fontes de
to ou um registro de informações com muitas entradas.
informações sobre os requisitos aos quais as unidades
de produto devem atender para satisfazer às neces-
sidades do consumidor são, normalmente, as descrições 3.4 Defeito e defeituosa
de compra, especificações, descrições do projeto ou
desenhos. A qualidade do produto é determinada pela Defeito da unidade de produto: falta de conformidade
inspeção de uma ou mais características de qualidade, com qualquer dos requisitos especificados.
para verificar se há conformidade com os requisitos
especificados. As características de qualidade para as Defeituosa: unidade de produto que contém um ou mais
quais o produto está sendo inspecionado devem ser defeitos.
estipuladas e podem não ter a mesma importância sob o
aspecto de uma possível não-conformidade. Esta im- 3.4.1 Classificação de defeitos
portância relativa pode ser traduzida em termos de não-
conformidade crítica, grave, tolerável ou outras classes Os defeitos serão normalmente agrupados em uma ou
adequadas, conforme conveniência. Cada característica mais das classes mencionadas a seguir, as quais poderão
de qualidade deve ser avaliada para que seja possível ser desdobradas em subclasses.
fixar seu nível de importância.
3.4.1.1 Defeito crítico
3.3 Não-conformidade

Não atendimento a requisitos especificados para Defeito que pode produzir condições perigosas ou in-
qualquer característica de qualidade estabelecida. A não- seguras para quem usa ou mantém a unidade de produto,
conformidade do produto com as características de qua- ou defeito que pode impedir o funcionamento ou o de-
lidade requeridas pode ser expressa tanto em termos de sempenho de uma função importante de uma unidade
“porcentagem defeituosa” (PD) como em “defeitos por de produto mais complexa.
cem unidades” (DCU).
3.4.1.2 Defeito grave
3.3.1 Porcentagem defeituosa
Defeito considerado não crítico, que pode resultar em
É dada na inspeção por atributos, pela seguinte ex-
falha ou reduzir substancialmente a utilidade da unidade
pressão:
de produto para o fim a que se destina.

100 x número
3.4.1.3 Defeito tolerável
de unidades defeituosas
Porcentagem defeituosa =
número de unidades Defeito que não reduz substancialmente a utilidade da
inspecionadas unidade de produto para o fim a que se destina ou não
influi substancialmente no seu uso efetivo ou operação.
Esta expressão de não-conformidade possibilita uma rá-
pida decisão quanto à aprovação (ou rejeição) de uma 3.4.2 Classificação das unidades defeituosas
unidade de produto, considerando que basta a cons-
tatação de um único (e qualquer) defeito para encerrar o 3.4.2.1 Defeituosa crítica
exame da unidade. Em vista disso, portanto, são reque-
ridas instruções bem definidas quanto à quantidade Unidade de produto que contém um ou mais defeitos
inspecionada, número de unidades defeituosas e gravi- críticos. Pode conter defeitos toleráveis e graves.
dade das falhas.

3.3.2 Defeitos por cem unidades (DCU) 3.4.2.2 Defeituosa grave

É dado pela seguinte expressão: Unidade de produto que contém um ou mais defeitos
graves. Pode conter defeitos toleráveis, mas não críticos.
100 x número de defeitos
DCU =
número de unidades inspecionadas 3.4.2.3 Defeituosa tolerável

Para esta expressão de não-conformidade, cada unidade Unidade de produto que contém um ou mais defeitos
de produto deve ser examinada para ser determinado o toleráveis. Não contém defeitos graves nem críticos.
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3.5 Inspeção A inspeção por amostragem tem a vantagem da flexi-


bilidade, no que concerne ao total a ser inspecionado,
Processo de medir, ensaiar ou examinar a unidade de ficando apenas na dependência da qualidade do produto.
produto, no sentido de verificar se suas características O total de inspeção pode ser reduzido para um produto
estão de acordo com as especificações técnicas e con- de alta qualidade ou aumentado quando a qualidade do
tratuais. A inspeção visa precipuamente: produto está se deteriorando. A inspeção por amostragem
é mais econômica que a inspeção 100%, visto que não é
a) separar as unidades de produto aceitáveis das necessário inspecionar todas as unidades de produto
não aceitáveis; para determinar a conformidade com os requisitos de
qualidade especificados.
b) avaliar o grau de conformidade ou não-confor-
midade com os requisitos estabelecidos; 3.5.2 Métodos de inspeção

c) fazer chegar o mais breve possível aos respon- Existem, em princípio, dois métodos de inspeção para
sáveis (chefias de produção, diretoria, etc.) rela- avaliação das características de qualidade: inspeção por
tórios apontando as deficiências observadas; atributos e inspeção por variáveis.

d) assegurar que os requisitos desejados de qua- 3.5.2.1 Inspeção por atributos


lidade foram atendidos.
Atributo é uma característica ou propriedade da unidade
Os critérios de inspeção usados na determinação de de produto, a qual é apreciada em termos de “ocorre” ou
atendimento dos requisitos de qualidade, normalmente “não ocorre” um determinado requisito especificado. A
descritos em documentos apropriados, tais como: inspeção por atributo consiste na verificação, para cada
descrições de compras, descrições de projetos, instruções unidade de produto do lote ou amostra, da presença ou
de inspeções, boletins técnicos ou outros documentos ausência de uma determinada característica qualitativa e
similares. na contagem do número de unidades inspecionadas que
possuem (ou não) a referida característica. Os resultados
Nota: Os lotes de unidades de produto submetidos a uma ins- da inspeção por atributos são dados, portanto, em termos
peção específica devem ser de natureza homogênea, isto
de: “passa não passa”; “defeituosa ou não defeituosa”;
é, as unidades de produtos de que são compostos devem
ser do mesmo tipo, grau, classe, tamanho e composição
“dentro ou fora de tolerância”; “correta ou incorreta”; “com-
e devem ter sido fabricadas, essencialmente, sob as pleta ou incompleta”; etc.
mesmas condições e dentro de um mesmo período de
tempo. Aplicações: a inspeção por atributos é mais freqüente-
mente usada para exames visuais de unidades de pro-
3.5.1 Quantidade a ser inspecionada duto, em verificações de operações esquecidas, defeitos
de mão-de-obra, dimensões erradas (quando verificadas
Dependendo do tipo de produto a ser inspecionado, das com calibres “passa não passa”), deformações em ma-
características de qualidade a serem avaliadas e do teriais, embalagens e para ensaios ou exames onde a
histórico da qualidade do fabricante, consideram-se dois característica envolvida é verificada, para determinar
tipos de inspeção quanto à quantidade a ser inspecionada: somente se a mesma está ou não de acordo com os re-
inspeção 100% ou inspeção por amostragem. quisitos especificados.

3.5.1.1 Inspeção 100% Vantagens: a inspeção por atributos é mais simples do


que a inspeção por variáveis (ver 3.5.2.2), porque nor-
Inspeção de todas as unidades de produto (processo, malmente é mais rápida e requer registros menos
informações, operações, etc.). Cada unidade de produto detalhados. Sua administração é mais fácil e o custo mais
é aceita ou rejeitada, individualmente, para as respectivas baixo. Por exemplo: é mais econômico inspecionar
características de qualidade. Para certas características 100 unidades de produto para uma certa característica
de qualidade (as críticas, por exemplo), a inspeção 100% dimensional usando-se um calibrador fixo (tipo “passa
ou a utilização de grandes tamanhos de amostra é um não passa”) do que medir 60 ou 70 destas mesmas
procedimento recomendável para melhor assegurar a unidades com instrumentos padrões de medição (tipo
proteção da qualidade desejada. Tal procedimento pode paquímetro ou micrômetro).
ser exigido, excetuando-se os casos de inspeção
destrutiva ou excessivamente cara, tais como certos Quando a inspeção é por atributo, é comum agruparem-
ensaios de qualificação, desempenho ou ambientais. se todas as características de qualidade de importância
equivalente e estabelecer um nível de qualidade para o
3.5.1.2 Inspeção por amostragem grupo, considerado como um todo. A decisão de aceitar
ou não um lote do produto é tomada ao se determinar se
Tipo de inspeção na qual uma amostra constituída por as unidades da amostra satisfazem aquele nível de qua-
uma ou mais unidades de produto é escolhida aleato- lidade global e não baseando-se em características indivi-
riamente na saída do processo de produção e examinada dualizadas. Por outro lado, na inspeção por variáveis, é
para uma ou mais características de qualidade. A ins- usado um nível individual de qualidade para cada
peção por amostragem é o mais rápido e econômico meio característica e é tomada uma decisão em separado para
para determinar a conformidade ou não-conformidade, aceitar ou rejeitar o produto, em função de cada uma des-
do produto com os requisitos de qualidade especificados. tas características.
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3.5.2.2 Inspeção por variáveis 3.7 Lote de inspeção

Variável é uma característica ou propriedade que é Lote a ser amostrado para verificação de conformidade
apreciada em termos de valores escalares em uma escala (ou não-conformidade) com as exigências de aceitação
contínua. Inspeção por variáveis é aquela na qual certas especificadas.
características da unidade de produto são avaliadas com
respeito a uma escala numérica contínua e expressas 3.8 Amostra
como pontos precisos desta escala. Esta inspeção registra
o grau de conformidade (ou não-conformidade) da uni- Uma ou mais unidades de produto retiradas do lote de
dade de produto com os requisitos especificados, para a inspeção com o objetivo de fornecer informações, me-
característica de qualidade envolvida. diante inspeção, sobre a conformidade deste lote com as
exigências especificadas.
Aplicação: a inspeção por variáveis é usada quando a
característica de qualidade é determinada em termos de 3.9 Planos de amostragem
quantidades ou termos mensuráveis. Exemplo deste
método de inspeção inclui características tais como Planos segundo os quais uma ou mais amostras são
massa, força de tensão, dimensões, pureza química, etc. retiradas do lote de inspeção com o propósito de decidir
pela sua aceitação ou rejeição.
Exemplo específico: um requisito de especificação para
um tipo de ferramenta manual estipula uma leitura, na 3.10 Curvas características de operação
escala de dureza Rockwell C, entre 50 e 55. A dureza
medida em uma amostra de cinco peças tomadas ao aca- Curvas que, para um dado plano de amostragem, indicam
so foi a seguinte: 53, 50, 52, 51 e 50. Estes resultados as probabilidades de aceitação de um lote em função de
mostram claramente que as cinco unidades da amostra sua qualidade (porcentagem de defeitos nele existentes).
estão dentro dos limites de dureza especificados e até
3.11 Nível de qualidade aceitável (NQA)
que ponto estão dentro destes limites. Estes dados não
apenas mostram se os requisitos de qualidade foram
Máxima porcentagem defeituosa (ou o máximo número
atendidos, mas também dão uma indicação de seu grau
de defeitos por cem unidades - DCU) que, para fins de
de variação dentro do lote do qual a amostra foi retirada.
inspeção por amostragem, pode ser considerada satis-
fatória como média de um processo (ver 4.8.1).
Vantagens: comparando-se com o método de atributos,
a inspeção por variáveis fornece muito mais informações
3.12 Qualidade média resultante (QMR)
com respeito à conformidade (ou não-conformidade) de
uma característica particular de qualidade. Por esta razão
Qualidade média resultante de todo um processo de ins-
os planos de inspeção por amostragem por variáveis têm
peção por amostragem, incluídos os resultados de todos
a vantagem de, normalmente, requererem tamanhos de
os lotes aceitos e todos os lotes rejeitados após estes
amostra menores para uma correta decisão de aceitar ou
terem sido inspecionados em 100% e todas as unidades
rejeitar um lote. Entretanto, dependendo do número de
de produto defeituosas substituídas por não defeituosas
características de qualidade a ser avaliado, os custos
(ver apêndice A).
envolvidos na inspeção podem ser tão altos a ponto de
ficarem anuladas as vantagens oferecidas pela amos-
3.13 Limite da qualidade média resultante (LQMR)
tragem menor.
Valor máximo de QMR para um dado plano de amos-
3.5.2.3 Conversão de variáveis para atributos tragem (ver apêndice A).

A critério do responsável pela inspeção, a conversão pode 3.14 Qualidade limite (QL)
ser feita mesmo que o requisito esteja expresso como
uma variável. Por exemplo: uma especificação estabelece Máxima porcentagem defeituosa, além da qual a quali-
o comprimento de um eixo em 22 cm, com um afastamento dade é considerada não satisfatória para fins de inspeção
de ± 0,5 cm, como requisito de um certo tipo de máquina; por amostragem (ver 4.8.2).
considerando que uma característica mensurável está
envolvida, a inspeção por variáveis poderia ser empre- 3.15 Nível de qualidade indiferente (NQI) ou ponto de
gada. Se, por outro lado, uma inspeção por atributos for controle (Po)
requerida ou indicada, o procedimento será o seguinte:
os eixos com medidas entre (21,5 e 22,5) cm seriam Porcentagem defeituosa segundo a qual o produto tem
considerados como bons (aprovados) e os eixos com 50% de probabilidades de ser aceito (ou rejeitado) para
medidas menores do que 21,5 cm e maiores do que fins de inspeção por amostragem (ver 4.8.4).
22,5 cm seriam considerados como defeituosos
(rejeitados). Evidentemente, quando tal conversão for 4 Condições gerais
efetuada, os planos de amostragem deverão estar de
acordo com o novo procedimento. 4.1 Apresentação dos lotes para inspeção

3.6 Lote As unidades de produto podem ser apresentadas para


inspeção em base de fluxo contínuo, ou podem ser se-
Quantidade definida de unidades de produto em produção paradas para inspeção lote a lote, ou ainda em lotes sal-
ou produzidas sob condições uniformes. teados e lotes isolados.
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4.1.1 Lotes contínuos b) determinar na linha correspondente o código


literal do tamanho da amostra sob nível de ins-
As unidades de produto são em fluxo contínuo, apresen- peção II. Outros níveis (I, III, S1, etc.) também
tadas à inspeção, como, por exemplo, em uma esteira poderão ser utilizados se, posteriormente, menor
móvel tal qual saem de uma linha de produção. Esta freqüência de amostragem for desejável;
modalidade de apresentação poderá ser adotada quando:
c) na Tabela 2 e correspondente à letra-código
a) as instalações para estocagem são inadequadas, escolhida, determinar o número de lotes a ser
ou é impraticável acumular o produto em lotes para amostrado, na coluna “Tamanho da amostra”.
fins de inspeção;
Nota: O exemplo dado serve apenas para ilustrar a técnica, e
b) a formação de lotes individualizados aumenta o variações em torno deste procedimento ficam a critério do
trabalho de inspeção e resulta em aumento de responsável.
custos;
4.1.3.2 Seleção dos lotes salteados
c) existe inadequação entre as facilidades para
inspeção (capacidade limitada de equipamento e
pessoal, por exemplo) e o requerido por um pro- Para a escolha dos lotes que devem ser amostrados e
cesso de produção em função de suas exigências aqueles que não sofrerão inspeção, usa-se o método de
de inspeção e velocidade. Sob estas ou outras seleção aleatória, conforme explicado em 4.1.2.
circunstâncias similares poderá ser aconselhável
o uso de amostragem contínua para determinar a 4.2 Formação de lotes para inspeção
aceitação ou rejeição do produto.
Consiste no procedimento de agrupar as unidades de
4.1.2 Lote a lote produto em lotes, sublotes ou qualquer outra forma de
divisão, previamente determinada, desde que fique per-
A inspeção lote a lote exige que cada lote seja aceito ou feitamente identificável. Cada lote deve, na medida do
rejeitado, individualmente, com base nos resultados de possível, consistir em produtos homogêneos (ver nota de
inspeção obtidos de uma ou mais amostras retiradas, 3.5). Entre as vantagens em agrupar o produto em lotes
aleatoriamente, de cada lote. A inspeção por amostragem definidos para efeito de inspeção por amostragem, in-
lote a lote pode ser aplicada em produtos finais, lotes em cluem-se:
recebimento ou produto semi-acabados. A inspeção pode
ser desenvolvida pela retirada da amostra depois da
a) facilitar a manutenção do histórico da qualidade
apresentação total do lote (lotes estacionários) ou pela
do lote;
retirada de unidades para inclusão na amostra, simul-
taneamente com a produção do lote (lotes móveis).
b) possibilitar estabelecer um sistema, após o lote ter
4.1.3 Amostragem por lotes salteados entrado nas vias de fornecimento, para controle
do estado de utilização das unidades de produto,
Sob a inspeção por amostragem por lotes salteados, as tanto em estoque como em uso.
amostras podem ser retiradas de apenas uma fração dos
lotes submetidos a inspeção como, por exemplo: um em 4.2.1 Lotes de inspeção móveis
cada três lotes, três lotes em 25 ou qualquer outra fração
conveniente. O principal propósito da amostragem por Consiste na apresentação, em seqüência contínua, de
lotes salteados é reduzir a freqüência de inspeção por unidades de produto, para fins de inspeção, tão logo sejam
amostragem e reduzir o custo total de inspeção. Um fator estas produzidas ou recebidas, à semelhança do pro-
na decisão de que a amostragem por lotes salteados cedimento para amostragem contínua. O tamanho dos
seja aplicada é a capacidade do fornecedor de submeter lotes é determinado em função de tempo: por exemplo, a
produtos sempre de alta qualidade, comprovada pelo produção durante 1 h, de uma turma, etc., ou em função
histórico de qualidade do produto, durante longo tempo. de uma quantidade previamente estabelecida, como,
por exemplo, 100 unidades, uma grosa, 500, etc. Como
4.1.3.1 Planos de amostragem para lotes salteados as unidades de produto passam pelo inspetor pratica-
mente peça por peça, a tarefa de amostrar aleatoria-
Planos de amostragem baseados em procedimentos de mente o lote é muito menos trabalhosa do que amostrar
lotes salteados normalmente requerem amostragem lote um lote grande, estacionário. Lotes móveis facilitam, de
a lote, inicialmente. Quando um número especificado de um modo geral, a produção e a inspeção, e tendem a
lotes consecutivos for aceito sem nenhum lote rejeitado, diminuir os custos por unidade inspecionada, compara-
a freqüência de amostragem poderá ser reduzida de acor- tivamente aos métodos convencionais.
do com procedimentos prescritos. Por exemplo: depois
dos primeiros cinco ou dez lotes terem sidos aceitos, a
4.2.2 Tamanhos de lote
redução da freqüência da amostragem pode ser baseada
nas Tabelas da NBR 5426, com o seguinte procedimento:
O lote de inspeção é uma coleção de unidades de pro-
a) entrar na Tabela 1, coluna “Tamanho do lote”, com dutos, da qual a amostra é retirada e inspecionada para
o número de lotes que serão produzidos (ou determinar se há conformidade com os critérios de acei-
recebidos) durante, por exemplo, um mês; tação, e pode diferir de uma coleção designada como
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um lote ou partida para outros propósitos, tais como lotes não precisam ser isolados no sentido físico antes
produção, embarque, compra, etc. O tamanho do lote ou da aplicação destes conceitos aos procedimentos de
partida é um dos fatores determinantes do tamanho da inspeção por amostragem.
amostra para fins de inspeção.
4.5 Tipo de planos de inspeção por amostragem
a) lotes grandes: em geral, a relação entre o tamanho contínua
da amostra e o tamanho do lote diminui à medida
que o tamanho do lote aumenta. Assim, a formação Foram feitas, em seções anteriores, referências na
de lotes de tamanhos maiores tende a reduzir os inspeção de lotes móveis à “inspeção contínua”. Tecni-
custos de inspeção. Lotes pequenos podem ser camente falando, é a produção que é contínua; a ins-
combinados, quando as condições de homo- peção não precisa, necessariamente, ser contínua.
geneidade são satisfeitas, para formar um lote
maior chamado “um grande lote”, sendo o mesmo 4.5.1 A inspeção por amostragem contínua envolve, em
inspecionado por amostragem como se fosse um princípio, uma amostragem contínua (unidade por
lote único; unidade) que permite, porém, uma redução ou aumento
sistemático nas quantidades amostradas, dependendo
b) lotes pequeno: a formação de lotes muito grandes da qualidade do produto apresentado. A inspeção por
pode ser indesejável, desde que possa criar pro- amostragem contínua requer usualmente inspeção 100%
blemas de custo de armazenagem e perturbar o no princípio e até que o número especificado de unidades
fluxo do produto ao consumidor, baseado em consecutivas seja inspecionado e achado livre de de-
entregas regulares prefixadas, nos casos de haver feitos, após o que é estabelecida a inspeção de apenas
rejeição. Em lotes grandes, as dificuldades de uma fração da quantidade de unidades apresentada. Se
acesso a todas as unidades do lote podem dificul- o número adicional consecutivo de unidades inspecio-
tar a obtenção da amostra aleatória. Em certas nadas estiver sem falhas, uma redução adicional de
condições, este problema pode ser minimizado, inspeção poderá ser estabelecida. Entretanto, a des-
subdividindo o lote em sublotes para a inspeção coberta de unidades defeituosas pode implicar um
por amostragem. Por exemplo, se o lote representa acréscimo na fração de unidades a ser inspecionada, in-
uma semana de cinco dias de produção, cada sub- cluindo um possível retorno à inspeção 100%. Outros
lote poderá ser constituído da quantidade planos de inspeção por amostragem contínua podem
produzida em um dia e ser amostrado aplicando também ser aplicados de modo a eliminar a possibilidade
um plano simples individualmente, ou fazendo de retorno à inspeção 100%, desde que não tenha ocor-
uma única amostragem, baseada no lote global, rido uma deterioração significativa na qualidade do pro-
tomando, proporcionalmente, 1/5 da amostra para duto. Planos de inspeção por amostragem contínua
cada sublote. Os critérios de aceitação/rejeição possíveis de oferecer considerável flexibilidade no total
serão aplicados, então, tomando-se como base da inspeção, dependendo da qualidade do produto e
os resultados de inspeção acumulados durante a dos resultados obtidos de sucessivas inspeções por
semana. amostragem, são objeto da NBR 5430.

4.6 Tipos de planos de amostragem por lotes


4.3 Identificação de lotes

Plano de amostragem por lote é a fixação do tamanho ou


A identificação adequada e o registro de resultados de tamanhos de amostra a ser usado e os critérios de acei-
inspeção de cada lote são essenciais. Com a identificação tação e rejeição associados. O número de aceitação é o
dos lotes e respectivas amostras, serão evitadas as mis- máximo número de defeitos ou unidades defeituosas na
turas de produtos rejeitados com outros produtos não amostra que permitirá a aceitação do lote ou partida em
inspecionados, ou com produtos aprovados aguardando inspeção. O número de rejeição é o mínimo número de
embarque. A maneira mais simples de manter a iden- defeitos ou unidades defeituosas na amostra que causará
tidade do lote é por separação física. Tal procedimento rejeição do lote representado pela amostra. Os planos
facilita o destino do produto inspecionado, quer a decisão de inspeção por amostragem de lotes podem ser agru-
seja a de aceitar ou de rejeitar o lote. Em caso de acei- pados em quatro tipos básicos: simples, duplo, múltiplo e
tação, os lotes separados são mais facilmente marcados seqüencial. A utilização de qualquer um destes planos
para embarque; se houver rejeição, os lotes separados de amostragem usualmente requer o agrupamento da
podem ser identificados de forma visível e reapresentados produção em lotes ou partidas, os quais serão aceitos ou
à inspeção, se este for o caso. rejeitados dependendo dos resultados da inspeção por
amostragem. Deve ser entendido que os termos “aceito e
4.4 Lotes isolados rejeitado” indicam uma decisão estatística fixada nas
bases do plano de amostragem e dos critérios utilizados.
O termo lote isolado é usado, de um modo geral, para Esta decisão, por si só, não dita ou garante a aceitação
descrever lotes que, embora produzidos sob as mesmas ou rejeição final, se outras considerações, tais como
condições, em razão de seus destinos, perdem sua con- cláusulas contratuais, admistrativas ou técnicas estiverem
dição de homogeneidade entre si. Por exemplo: quando envolvidas. O propósito primário da inspeção por amos-
cinco lotes consecutivos são enviados a cinco depósitos tragem é obter informações no sentido de buscar uma
diferentes, cada lote será considerado um lote isolado decisão estatística sobre o julgamento dos lotes ou par-
naquele depósito para onde foi enviado. Outro exemplo tidas (aceitos, se atenderem a um ou mais requisitos de
é a produção de apenas um lote, o qual seja também o qualidade especificados, ou rejeitados, se não aten-
lote de inspeção, tornando-o assim um lote isolado. Os derem).
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4.6.1 Planos de amostragem simples amostragem seqüencial é do tipo “truncado”, pois fixa a
quantidade de unidades a ser inspecionada após o que
São aqueles nos quais os resultados de uma amotra uma decisão deve ser tomada. Para uma grande maioria
simples (única) de um lote de inspeção já são conclusivos de lotes, o tamanho médio da amostra sob amostragem
na determinação de sua aceitabilidade. O número de sequencial será menor do que sob amostragem simples
unidades de inspecionado deve ser igual ao tamanho da ou dupla.
amostra indicado no plano e é normalmente designado
pela letra “n”. Se o número de defeitos encontrado na 4.6.5 Curvas de tamanho médio de amostras
amostra for igual ou menor que o número de aceitação
“Ac”, o lote ou partida pode ser considerado aprovado, e São meios gráficos de demonstrar o tamanho médio de
se o número de defeitos for igual ou maior que o número amostras que se espera possam ocorrer sob os vários
de rejeição “Re”, será considerado rejeitado (para exem- planos de amostragem para uma dada qualidade do
plo, ver NBR 5426 - Anexo B). produto. Em média, os planos de amostragem dupla e os
planos de amostragem múltipla, normalmente, requerem
4.6.2 Planos de amostragem dupla menos inspeção que os planos de amostragem simples.
Normalmente o total de inspeção requerido para amostra-
São aqueles nos quais a inspeção da primeira amostra gem simples é igual ao número de unidades da amostra,
nos leva a decidir pela aceitação ou rejeição ou tomada requerido pelo plano, não obstante a qualidade do pro-
de segunda amostra. A inspeção da segunda amostra, duto, considerando que a inspeção não é encerrada ou
quando feita, nos leva a decisão de aceitar ou rejeitar o truncada, tão logo o número de rejeição é obtido. Para
lote. Planos de amostragem dupla são operados da planos de amostragem dupla e múltipla, o total de ins-
seguinte forma: peção é minimizado quando o produto for de muito má ou
muito boa qualidade. Planos de amostragem seqüencial
a) uma primeira amostra de “n1” unidades é retirada podem resultar em uma redução de inspeção ainda maior.
aleatoriamente do lote e inspecionada. Se o nú-
mero de defeitos for igual ou menor que o primeiro 4.7 Escolha de planos de amostragem
número de aceitação “Ac1”, o lote é aceito, e se o
número de defeitos for igual ou maior que o Nas seções anteriores, foram descritos diferentes tipos
primeiro número de rejeição “Re1”, o lote é rejei- de planos de amostragem e foi mostrado que dispõe-se
tado. Se o número de defeitos é maior que “Ac1”, de planos opcionais para situações específicas. A escolha
porém menor do que “Re1”, o procedimento é o de um plano particular de amostragem depende de uma
seguinte; série de fatores. Geralmente, esta escolha envolve consi-
derações tais como:
b) uma segunda amostra de “n2” unidades é retirada
aleatoriamente do lote e inspecionada, e os núme-
a) propriedades do plano de amostragem;
ros de defeitos encontrados na primeira e na se-
gunda amostra devem ser acumulados. Se o
b) facilidade da parte administrativa do plano;
número acumulado de defeitos for igual ou menor
que o segundo número de aceitação “Ac2”, o lote
é aprovado, e se o número acumulado de defeitos c) proteção oferecida;
for igual ou maior que o segundo número de rejei-
ção “Re2”, o lote deve ser rejeitado (para exemplo, d) total da amostra requerida;
ver NBR 5426 - Anexo C).
e) custo de inspeção.
4.6.3 Planos de amostragem múltipla
Em aditamento a estas necessidades, para consideração
É um tipo de inspeção no qual a decisão de aceitar ou adequada destes fatores, é preciso reconhecer que o
rejeitar o lote pode ser obtida após certo número definido plano adotado para um tipo de produto pode não ser o
de amostras ter sido inspecionado. O procedimento é si- melhor para outro tipo. Isto é particularmente verdadeiro
milar ao desenvolvido em amostragem dupla, exceto quando a submissão do produto à inspeção depende do
quanto ao número de amostras sucessivas, que deve ser lay-out de uma operação de produção e/ou dos métodos
maior do que 2 (para exemplo, ver NBR 5426 - Anexo D). de produção. Além disso o histórico de qualidade do for-
necedor, fonte ou processo define uma regra importante
4.6.4 Planos de amostragem seqüencial na escolha do plano de amostragem apropriado. Quando
o histórico denota um produto de alta qualidade, o plano
Envolve um plano no qual as unidades da amostra são de amostragem escolhido deverá, com um mínimo de
escolhidas uma por vez. Depois que cada unidade é inspeção, conduzir a uma decisão sobre a conformidade
inspecionada, é tomada a decisão de aceitar, rejeitar ou do produto com as especificações de qualidade reque-
inspecionar outra unidade. A amostragem é concluída ridas, e pelo contrário, para fornecedores, fontes ou
quando os resultados acumulados das inspeções das processos com históricos de relativa baixa qualidade, um
unidades de amostra são suficientes para determinar a total muito grande de inspeção poderá ser completamente
decisão de aceitação ou rejeição. O tamanho da amostra justificado.
não é fixado em princípio, mas depende dos resultados
da inspeção e pode ser possível continuar a amostragem 4.8 Agrupamento ou relação de planos de amostragem
seqüencial até todas as unidades terem sido inspecio-
nadas. Do ponto de vista prático, tal procedimento não é Foram apontados de forma sucinta, nas seções an-
desejável e raramente é feito. A maioria dos planos de teriores, os riscos envolvidos nos planos de amostragem
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8 NBR 5425/1985

e outros fatores a eles associados. Para um dado tipo de freqüentemente rejeitados do que aceitos. Os riscos de
plano de amostragem, por exemplo, amostragem simples, amostragem são iguais (50%) tanto para o fornecedor
pode ser visto que existe um número grande de planos quanto para o consumidor, se os lotes apresentados para
específicos. Do ponto de vista prático, faz-se necessário inspeção tiverem qualidade igual ao Po ou a média do
usar algum método para agrupar ou catalogar logicamente processo estiver neste nível. Uma expressão aproximada
os vários planos de forma padronizada. Para este pro- para determinação de um plano de amostragem simples
pósito, os planos de amostragem são geralmente clas- por atributo baseado no critério de Po é a seguinte:
sificados ou agrupados com base no que segue:
n = (100 Ac + 67)/porcentagem defeituosa
a) nível de qualidade aceitável - NQA;
Onde:
b) proteção de qualidade limite - QL;
n = tamanho da amostra
c) limite de qualidade média resultante - LQMR;
Ac= número de aceitação
d) nível de qualidade indiferente - (Po = 0,5).
Por exemplo, se um produto cujos lotes fornecidos apre-
4.8.1 Nível de qualidade aceitável (NQA) sentam uma porcentagem defeituosa de 3%, deve ser
inspecionado com uma probabilidade de aceitação de
Definido em 3.11, os planos de amostragem que tomam 50%, baseada em um número de aceitação (Ac) de duas
por base o NQA, procuram garantir que os produtos, cuja peças defeituosas; o tamanho da amostra requerido será
qualidade seja igual ao valor de NQA, terão uma proba- calculado da seguinte forma:
bilidade de aceitação muito elevada. O risco do fornecedor
de ter lotes de boa qualidade rejeitados será, portanto, n = (100.2 + 67)/3 = 89
pequeno. O risco do consumidor em aceitar lotes de
qualidade inferior é considerado apenas indireta- Assim, retira-se de cada lote, aleatoriamente, 89 unidades
mente e avaliado através de curva característica de ope- de produto; se duas ou menos unidades defeituosas forem
ração do plano escolhido (ver 4.10 em diante). encontradas o lote será aceito. Se o número de unidades
defeituosas for três ou mais, o lote será rejeitado. Um dos
4.8.2 Proteção de qualidade limite (QL) inconvenientes deste tipo de planos de amostragem resi-
de no fato de oferecer uma impressão excesivamente
Ver definição em 3.14. Planos de amostragem baseados otimista sobre a qualidade do produto, quando são utili-
neste critério estão publicados na NBR 5427 e são acon- zados tamanhos de amostra pequenos e o produto em si
selháveis para inspeção de lotes isolados (produção possui baixa porcentagem de refugo. Outro inconve-
única ou intermitente com grandes intervalos de tempo), niente seria o de não ser possível, tanto para o consu-
os quais, devido a esta circunstância, pouco ou nenhum midor quanto para o fornecedor, atender de maneira
controle sofreram durante o processo de fabricação. Estes precisa seus requisitos específicos de qualidade.
planos visam oferecer, de forma mais direta, proteção ao
consumidor. Uma aplicação típica deste tipo de plano 4.9 Seleção do nível de qualidade
decorre, por exemplo, da exigência de um consumidor
não querer aceitar lotes com mais do que 3% de peças Conforme já foi mencionado em seções anteriores, existe
defeituosas (LQ = 3%) com risco de 5% (ver 4.10 em uma grande variedade de planos de amostragem, alguns
diante). desenvolvidos para proteger o fornecedor no sentido de
ser evitada a rejeição de produtos cuja qualidade é boa
Nota: Valores de 5% ou 10% para risco do consumidor são os (NQA), outros visando a proteção do consumidor, evi-
mais comumente utilizados. tando que lotes de má qualidade sejam facilmente aceitos
(QL e LQMR), e outros, ainda, baseados no nível de quali-
4.8.3 Limite de qualidade média resultante (LQMR) dade indiferente, oferecendo riscos iguais para o forne-
cedor e o consumidor. Os três níveis de qualidade podem,
Ver definições em 3.12 e 3.13. Os planos de amostragem finalmente, ser combinados, dois a dois, associados aos
segundo este critério são baseados no princípio de que respectivos riscos de consumidor ou produtor.
os lotes rejeitados devem ser submetidos a uma nova
inspeção selecionadora ou depuradora, não podendo, Por exemplo: um plano de amostragem poderá ser
obviamente, ser utilizados quando a determinação da desenvolvido de modo a assegurar ao fornecedor que os
conformidade depende de ensaios destrutivos. Os planos produtos com um dado nível satisfatório de qualidade
baseados no LQMR protegem o consumidor dentro de (NQA) terão uma probabilidade muito pequena de ser
uma margem de riscos especificada, oferecendo baixa rejeitados (baixo risco para o fornecedor) e, ao mesmo
probabilidade de aceitação de lotes cuja qualidade ex- tempo, assegurar ao consumidor uma baixa probabi-
ceda o LQMR requerido. lidade de aceitação, estando abaixo de um determinado
nível, a qualidade do produto recebido (QL), o que se
4.8.4 Nível de qualidade indiferente ou ponto de controle traduziria em baixo risco para o consumidor. Para que
(Po) tais planos sejam práticos, deve, obviamente, haver uma
diferença razoável entre os valores de NQA e QL envol-
Ver definição de 3.15. Dentro deste critério, os lotes de vidos - níveis de 1% e 6,5%, por exemplo, para NQA
melhor qualidade são aceitos mais freqüentemente do e QL, respectivamente, seriam valores típicos. Se os
que rejeitados e os lotes de qualidade inferior são mais dois níveis forem muito próximos entre si, poderá ser
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NBR 5425/1985 9

necessária inspeção 100% para uma seleção de peças 4.9.5 Custo de inspeção
de boa e má qualidade.
Os valores de nível de qualidade têm freqüentemente um
4.9.1 A seleção de um valor de nível de qualidade resulta efeito direto no custo da inspeção, especialmente quando
da consideração de inúmeros fatores, entre os quais estes níveis de qualidade são extremamente altos ou
destacam-se: requisitos de projeto, proteção de qualidade baixos. Se o nível de qualidade é muito baixo (por exemplo,
necesária, custo do produto, custo de inspeção, capa- 650 defeitos por cem unidades), uma amostra muito pe-
bilidade do processo, tipos de defeitos, dados disponíveis quena será requerida a fim de se determinar aceitação
sobre a qualidade do produto, etc. A correta ponderação ou rejeição do produto. Se o nível de qualidade exigido é
destes fatores determinará o valor do nível de qualidade muito alto (por exemplo, 0,015% de defeitos), um tamanho
a ser especificado. A escolha de níveis de qualidade muito de amostra muito grande será necessário, a fim de
rigorosos pode resultar em exagerada elevação do custo se determinar a aceitação ou rejeição do produto. Um
de inspeção e do produto, freqüentes rejeições e, por- aumento ou diminuição no tamanho da amostra, conforme
tanto, eventuais recusas do fornecedor em aceitar pedidos determinado pelo nível de qualidade especificado, resul-
ou assinar contratos. Por outro lado, a escolha de níveis tará em acréscimo ou decréscimo nos custos de inspeção,
de qualidade muito liberais poderá resultar no forne- respectivamente.
cimento de grandes quantidades de produtos satisfatórios.
4.9.6 Níveis de qualidade variáveis
4.9.2 Riscos associados
Os níveis de qualidade especificados para a maioria das
Para cada nível de qualidade especificado, deverá condições de inspeção não precisam, necessariamente,
também ser especificado, direta ou indiretamente, o risco ser considerados como requisitos de qualidade fixos ou
associado, independentemente do nível selecionado. permanentes. Uma administração adequada de sistemas
Para cada nível de qualidade elevado, o risco associado de inspeção ou programas de controle de qualidade é
do fornecedor deve ser especificado explicitamente (ou aquela que oferece características de flexibilidade no
subentendido como no caso dos planos de amostragem sentido de fazer variar os níveis de inspeção conforme se
NQA). Para cada nível de qualidade baixo, o risco alteram os níveis de qualidade do produto inspecionado,
associado do consumidor deve ser especificado expli- em razão da influência de fatores, tais como: mudanças
citamente (ou subentendido como no caso dos planos de nas especificações, aperfeiçoamento de equipamentos
amostragem QL ou LQMR). Isto entretanto, não é o bas- ou máquinas, novas técnicas de inspeção, reclamações
tante para especificar um determinado nível de qualidade. de consumidores e outros.
A probabilidade de aceitação do produto com este nível
de qualidade deve também ser especificada direta ou 4.10 Riscos de amostragem e curvas características
indiretamente. As curvas características de operação de operação (CCO)
(CCO) para o plano de amostragem resultante deter-
minam graficamente a relação entre os níveis de qualidade Sem levar em consideração o plano de inspeção usado
especificados e seus riscos associados, para o fornecedor (amostragem ou inspeção 100%) há sempre um risco ou
e o consumidor (ver 4.10 em diante). chance de que uma pequena porcentagem de unidades
defeituosas venha a passar. Por causa de erros pessoais,
4.9.3 Capabilidade do processo de má interpretação das tolerâncias de qualidade, do uso
impróprio de equipamentos de inspeção ou da incorreta
condução dos ensaios, deve-se levar em consideração
A capabilidade de um processo para produzir a unidade
que há sempre algum risco de que unidades defeituosas
de produto pode trazer limitações na escolha de um valor
possam ser aprovadas sob inspeção 100% e até mesmo
de nível de qualidade. Uma análise histórica da qualidade
sob inspeção (200 ou 300)%. Não se deve concluir com
do fornecedor para um dado produto ou produtos si-
isto que tais erros não apareçam sob inspeção de amos-
milares poderá fornecer uma estimativa da qualidade do
tragem, mas que, mesmo quando as circunstâncias
produto a ser esperada sob as condições de fabricação
requerem seu uso, na inspeção 100% ocorre o risco de
existentes.
passar unidades defeituosas. A título de informação, os
estudos têm mostrado que a inspeção 100% sob con-
4.9.4 Seqüência de montagem dições ótimas é somente 85% - 95% efetiva em separar o
mau produto do bom produto (isto na ausência de pro-
Se nos estágios iniciais de uma seqüência de montagem cessos completamente automáticos). Se isto ocorre com
a utilização ou instalação de unidades de má qualidade inspeção 100%, logicamente com a inspeção por amos-
resultar em grandes perdas de tempo e materiais, em tragem nunca se pode garantir que o material que passa
fases subseqüentes do processo, obviamente, os níveis estará completamente livre de defeitos. Em adição dos
de qualidade envolvidos nos planos de inspeção destas erros ou falhas de julgamento nos quais o inspetor pode
unidades deverão ser mais rigorosos do que normal- incorrer, quando se usa a inspeção por amostragem, há
mente se poderia estimar. A seleção do valor adequado sempre um risco “estatístico” adicional, que é a “sorte na
dependerá do tipo de produto final e das perdas fi- escolha”, o qual deve ser levado em consideração.
nanceiras envolvidas.
4.10.1 Considerações estatísticas relativas à amostragem
Por exemplo: é muito mais oneroso localizar e trocar um
resistor dentro de um equipamento eletrônico complexo A primeira consideração que deve ser tomada ao se
do que substituir um “Knob” defeituoso em seu painel decidir se a inspeção por amostragem pode ser usada
externo. para uma característica de qualidade particular, é “qual
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10 NBR 5425/1985

deverá ser o resultado da passagem de um defeito?”. Se seu “poder discriminante”. Embora não se possa desen-
o defeito de tal natureza que: possa causar uma falha de volver um plano de amostragem que se comporte de
segurança, resultar em grandes perdas, resultar em uma maneira exatamente igual ao plano ideal como será
eficiência operacional muito baixa ou acarretar reparações mostrado adiante, os planos de amostragem podem variar
onerosas, a conclusão lógica será de que a inspeção dentro de margens que se aproximam bem do conceito
por amostragem não poderá ser usada, pois a presença de plano ideal.
de tais defeitos não seria tolerável. Segue-se que, mesmo
com as suas limitações aparentes, a inspeção 100% 4.10.4 Riscos de amostragem
poderia ainda ser prescrita (ver 3.5.11). Se, por outro lado,
o defeito não se enquadrar em qualquer das categorias
Foi mostrado anteriormente que existem certos riscos
descritas acima, conclui-se que é possível ser aplicada
inerentes à inspeção. No caso de inspeção por amos-
inspeção por amostragem.
tragem, além do erro atribuído ao desempenho humano,
existe uma espécie de risco que pode ser atribuída à
4.10.2 Plano de amostragem ideal “sorte na escolha”, que resulta em decisões errôneas com
relação aos “bons” e “maus” lotes. Em outras palavras,
Presumindo-se que a inspeção 100% das unidades de todas as vezes que se tratar de amostragem, existe
produto, conforme requisitos especificados, não é obri- sempre o risco (ou chance) de que bons lotes possam
gatória, os riscos (estatísticos) inerentes aos planos de ser rejeitados e maus lotes aceitos. Em geral, quanto
amostragem tornam-se um fator de importância. Antes menor o tamanho da amostra, maior será o risco em
de considerar a natureza destes riscos, é necessário pri- cometer um julgamento errôneo. Já que os riscos são
meiramente estabelecer um padrão que defina a “qua- inerentes aos planos de amostragem, esta afinidade pode
lidade aceitável”. Considera-se normalmente que a única ser claramente entendida. A significação desses riscos
qualidade de produto desejável, apresente zero por cento pode ser explicada da seguinte maneira: “Supondo que
de defeitos (ou zero defeitos por cem unidades). Uma um certo lote possua uma determinada porcentagem
norma de qualidade de produto que estabelece uma de defeitos, qual é a chance (probabilidade) de que o
“qualidade aceitável” menor que a de um produto perfeito, lote possa ser aceito ou rejeitado pelo plano de amos-
resulta de um compromisso entre o consumidor, o qual tragem?”. Quando a porcentagem de defeitos está na
deseja uma qualidade de produto perfeita, porém não região considerada de boa qualidade, o interesse estará
pode pagar os custos relativamente altos, e o fornecedor fixado na probabilidade de que o lote tem que ser aceito
que deseja entregar um produto de qualidade perfeita, e, quando a porcentagem de defeitos está na região de
mas é limitado pelas capacidades dos homens e das má qualidade, o interesse mudará para a probabilidade
máquinas. Mesmo quando tal compromisso é assumido, que o lote tem de ser rejeitado. Isto pode ser determinado
uma inspeção 100% não pode assegurar uma completa pela curva de desempenho, ou curva característica de
separação entre unidades de produto aceitáveis e não operação (CCO) do plano de amostragem. A curva mos-
aceitáveis (conforme 4.10). Desde que, por conseguinte, trada na Figura 2 para o plano de amostragem simples
o padrão “qualidade aceitável” assuma um valor absoluto indica a probabilidade dos lotes de qualidade variável
de qualidade maior que zero, expresso na prática por (porcentagem de defeitos) serem aceitos. Devido a va-
um valor numérico (tal como “porcentagem de defeitos” riações na amostra, todavia, um plano de amostragem
ou “defeitos por cem unidades”), este padrão representará poderá algumas vezes conduzir a decisões incorretas de
o grau de não-conformidade das unidades de produto, aceitação ou rejeição. Isto é, o plano de amostragem pode
que pode ser tolerado e, conseqüentemente, consi- rejeitar uma pequena porcentagem de bons lotes (comu-
derado aceitável. O plano de amostragem “ideal” é o mente referido como o risco do fornecedor ou risco “alfa”)
único que rejeita todos os lotes piores que o padrão e e da mesma forma o plano de amostragem poderá aceitar
aceita todos os lotes iguais ou melhores que o padrão. uma pequena porcentagem de maus lotes (comumente
Por exemplo: suponha-se que um plano de amostragem referido como o risco do consumidor ou risco “beta”).
ideal possa ser idealizado, de tal modo que todos os
grupos do produto com menos de 5% de defeitos venham 4.10.5 Curvas características de operação (CCO)
a ser aceitos e todos os grupos do produto com mais de
5% de defeitos venham a ser rejeitados. Um plano de
A proteção fornecida por um plano de amostragem, isto
amostragem com tal discriminação é mostrado gra-
é, sua capacidade em discriminar os vários graus de boa
ficamente na Figura 1. Na prática, todavia, um plano de
ou má qualidade, pode ser cuidadosamente calculada.
amostragem tal como é mostrado na Figura 1, o qual
O fato de que esses riscos podem ser quantificados torna
aceita todos os lotes bons e rejeita todos os lotes maus,
possível determiná-los estatisticamente (numericamente)
não pode ser desenvolvido. Mesmo a inspeção 100%
com antecedência e descrever com bastante precisão as
altamente controlada, sob condições ideais, não pode
quantidades do produto que se espera sejam aceitas, se
fornecer uma discriminação perfeita entre o mau e o bom
o padrão de qualidade for satisfatório, e rejeitadas, se o
produtos.
padrão não for satisfatório. Tais cálculos baseados na
teoria matemática das probabilidades fornecem as bases
4.10.3 Poder discriminante para construção da curva mostrada na Figura 2. Como
no caso do “plano ideal de amostragem”, o desempenho
A extensão segundo a qual qualquer plano de amos- de qualquer plano de amostragem pode ser mostrado
tragem dado pode se aproximar de uma discriminação graficamente por estas curvas. A Figura 2 compara o plano
“absoluta” entre os bons e os maus lotes (como no plano da amostragem simples com um tamanho de amostra de
ideal de amostragem) é geralmente definida como o 50 unidades de produto e um número de aceitação igual
“poder discriminante” do plano. Cada plano de amos- a 2, com o teórico “plano ideal de amostragem”. A curva
tragem pode, portanto, ser caracterizado ou indicado pelo da Figura 2 indica a relação entre os possíveis níveis de
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qualidade dos lotes submetidos a inspeção e a vertical do gráfico, a porcentagem de lotes que se espera
probabilidade de aceitação, e é identificada como a curva sejam aceitos pelo plano de amostragem particular é
característica de operação do plano, ou CCO. As CCO mostrada também, partindo do zero até 100%. Obvia-
são um meio gráfico de mostrar a relação entre a mente, os lotes que possuem zero por cento de defeitos
qualidade dos lotes submetidos à inspeção por amos- serão aceitos 100% das vezes por qualquer plano de
tragem (usualmente expressas em porcentagem de amostragem e os lotes que são 100% defeituosos nunca
defeitos, podendo também ser expressas em defeitos por serão aceitos; conseqüentemente, os pontos extremos
cem unidades) e a “probabilidade de aceitação”. Ao se do gráfico podem ser fixados, sem necessidade de cál-
traçar a CCO, a porcentagem defeituosa dos lotes culo. Os pontos da curva são obtidos por intermédio de
submetidos é geralmente mostrada graficamente na cálculo de probabilidade. Vários livros de controle es-
escala horizontal, partindo do zero, para algum valor de tastístico de qualidade descrevem o exato procedimento
porcentagem de defeitos convenientemente seleciona- para a construção destas curvas.
dos (mas que não exceda 100%). Ao longo da escala

Figura 1 - Diagrama de desempenho para um plano ideal de amostragem

Figura 2 - Comparação de um plano teórico “ideal” de amostragem com um plano dado de amostragem com
n = 50.c = 2
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4.10.5.1 Seleção do plano de amostragem 4.10.5.5 Alterações simultâneas do tamanho da amostra e


do número de aceitação
Cada plano de amostragem possui um modelo próprio
de risco característico, o qual é representado pela CCO
Se for requerida uma classificação mais acurada de lotes
do plano. Portanto, as CCO diferem uma das outras,
cujas porcentagens de defeitos estejam próximas do nível
propriedade que fornece um meio efetivo de mostrar o
de qualidade especificado, o tamanho da amostra deverá
efeito das variações nos tamanhos de amostra e números
ser aumentado para assegurar melhor discriminação (ver
de aceitação, na aceitação ou rejeição dos lotes. O
Figura 6).
próprio plano de amostragem pode ser determinado a
partir do estudo de sua CCO. Pelo estudo das curvas é
possível comparar os riscos relativos de dois ou mais O número de aceitação deverá também ser selecionado
planos de amostragem para uma determinada situação de modo a permitir a correta posição da CCO com res-
de amostragem. Devido às propriedades das CCO é peito às coordenadas desejadas de nível de qualidade e
possível construir tabelas de amostragem nas quais os porcentagem defeituosa. Assim, se o grau de discrimi-
riscos de decisões incorretas são determinados a priori, nação de um plano dado, for considerado muito baixo ou
tornando possível a seleção de planos cujos fatores de muito alto para um dado nível de qualidade, uma correção
risco serão aceitáveis tanto do ponto de vista do for- adequada poderá ser feita, alterando-se o número de
necedor quanto do consumidor. A CCO pode ser usada aceitação para um valor conveniente. A fim de que as al-
para classificar planos de amostragem que dizem res- terações resultem corretas, entretanto, os efeitos de cada
peito à proteção do fornecedor, do consumidor, ou de uma devem ser cuidadosamente analisados.
ambos, tomando-se como base o NQA (risco do for-
necedor), o QL (risco do consumidor), ou ambos. Uma 4.10.5.6 CCO como base para seleção de planos de
das principais vantagens da inspeção por amostragem, amostragem
com relação à inspeção 100%, é, portanto, a capacidade
de avaliar o risco de decisões incorretas.
Uma das vantagens da inspeção por amostragem, para
4.10.5.2 Efeitos das mudanças do plano de amostragem a qual são usados planos matematicamente determi-
sobre a CCO nados, consiste na facilidade de serem determinados os
riscos de uma decisão incorreta, através de padrões de
Um plano de amostragem e seus riscos associados são riscos conhecidos, definidos pela CCO. Do que foi ex-
completamente definidos pelo tamanho do lote, tamanho posto, verifica-se que as probabilidades envolvidas na
da amostra e número de aceitação. Exceto em casos de tomada de decisões incorretas, na aplicação de um dado
lotes pequenos, o tamanho do lote, na maioria dos casos, plano de amostragem, ficam completamente determi-
tem pequena importância na determinação dos riscos nadas pela CCO deste mesmo plano. Estudando as CCO,
associados com qualquer plano de amostragem dado. portanto, é possível comparar a eficácia de dois ou mais
Assim, os tamanhos das amostras e números de aceitação planos a serem usados em uma dada situação, ou
são os dois fatores importantes que influenciam o padrão construir tabelas de amostragem nas quais os riscos de
de risco dos planos de amostragem. Pelo exame da curva uma decisão incorreta tenham sido racionalmente
da Figura 3 verifica-se que os lotes a serem inspecionados determinados. Em uma dada situação particular, o grau
são 2% defeituosos, aproximadamente 90% dos lotes desejado de discriminação pode resultar na exigência
são esperados de serem aceitos, enquanto que, se os lo- de tamanhos de amostra muito grandes, porém, se es-
tes submetidos são 8% defeituosos, espera-se que cerca tiverem envolvidos custos muito elevados de ensaios
de 10% sejam aceitos. Se 2% e 8% defeituosos represen- e/ou ensaios destrutivos, isto pode ser antieconômico,
tam lotes de boa e má qualidades, respectivamente, os devendo-se, nestes casos, buscar uma solução de com-
lotes bons serão rejeitados na razão de 10% das vezes promisso. Na realidade, esta solução de compromisso
(100 - 90 = 10) e os lotes maus serão aceitos na razão de está implícita em todos os planos de inspeção por
10% das vezes. Esta freqüência de rejeição/aceitação amostragem. O consumidor, naturalmente, prefere uma
ocorrerá ao acaso. Se esta freqüência não for satisfatória, qualidade perfeita; todavia, para um tal nível de qualidade
são necessárias mudanças apropriadas do plano de seria necessária uma inspeção 100% (talvez 200% ou
amostragem. 300%). Para características que possam resultar em
condições perigosas, isto deve ser garantido e neces-
4.10.5.3 Alterações nos tamanhos da amostra sário. Para outras, uma certa quantidade de imperfeições
é usualmente aceita e a decisão será a de um balanço
Um aumento no tamanho da amostra resulta em uma
entre o custo de inspeção e o custo resultante das imper-
modificação da CCO, conforme indicado na Figura 4.
feições a serem aceitas pela forma de amostragem.
A inclinação da curva representa a maneira pela qual o
plano de amostragem discrimina entre “boa” e “má” qua- 4.10.6 Volume de inspeção
lidades. A Figura 4 ilustra claramente o efeito que o aumen-
to do tamanho da amostra tem ao fazer a CCO mais Em geral, planos de amostragem dupla requerem menor
íngrime. volume de inspeção do que os planos de amostragem
simples. Os planos de amostragem múltipla requerem
4.10.5.4 Alterações no número de aceitação/rejeição
menor volume de inspeção do que os planos duplos ou
A Figura 5 ilustra o efeito das alterações dos números de simples. Normalmente o número de verificações reque-
aceitação/rejeição nas CCO. ridas para uma amostragem simples é igual ao número
de itens da amostra, independentemente da qualidade
De um modo geral, ao ser aumentado o número de do produto, visto que a inspeção geralmente não é trunca-
aceitação, a CCO sofre um deslocamento para a direita. da (isto é, concluída imediatamente) logo que o número
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de rejeição tenha sido atingido. Para planos de amos- qualidade. Os planos duplos podem, entretanto, exigir
tragem dupla ou múltipla, a economia no volume de ins- maior média de inspeções do que planos de amostragem
peção é maior em produtos de muito boa ou muito má simples, quando o produto é de qualidade duvidosa.

Tamanho da Aceitação Rejeição


amostra

80 3 4

Figura 3 - CCO para um plano de amostragem típico

Plano de Tamanho da Aceitação Rejeição


amostragem amostra

A 32 1 2

B 50 1 2

C 123 1 2

Figura 4 - Efeito de mudança do tamanho da amostra na CCO


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Plano de Tamanho da Aceitação Rejeição


amostragem amostra

A 80 1 2

B 80 2 3

C 80 3 4

Figura 5 - Efeito da variação do número de aceitação da CCO

Plano de Tamanho da Aceitação Rejeição


amostragem amostra

A 32 1 2

B 200 7 8

Figura 6 - Efeito da variação simultânea do tamanho da amostra e do número de aceitação na curva CO


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NBR 5425/1985 15

4.11 Severidade da inspeção 4.12.1 Amostragem aleatória

A severidade de inspeção depende do volume total, es- A amostra consiste em uma ou mais unidades de produto,
pécie e extensão da inspeção determinados pela garantia retiradas de um lote ou de uma partida. A amostragem
de qualidade da unidade do produto ou ditada pela his- aleatória é o procedimento usado para retirar unidades
tória da qualidade do produto. A maior parte dos planos de um lote de inspeção, de modo que todas as unidades
de inspeção estabelece três graus de severidade de ins- do lote tenham oportunidades iguais, independente de
peção: normal, severa e atenuada. Estes graus de seve- sua qualidade, de serem incluídas na amostragem. Uma
ridade são aplicados aos planos de inspeção por amos- exigência básica da inspeção é a de certificar-se de que
tragem tanto por atributos como por variáveis. a amostra representa efetivamente a qualidade do lote
de onde foi retirada. Se as unidades de um lote foram
4.11.1 Inspeção normal convenientes misturadas, selecionadas ou ordenadas sem
considerar a sua qualidade, uma amostra retirada de
qualquer lugar do lote atenderá aos requisitos exigidos
É utilizada quando não há evidência de que a qualidade
de aleatoriedade. Na retirada de uma amostra deve ser
do produto considerado é melhor ou pior do que o nível
evitada toda e qualquer tendência óbvia. Por exemplo:
de qualidade especificado. A inspeção normal é usual-
se as unidades estiverem estocadas em camadas, a amos-
mente posta em prática no início da inspeção e é conti-
tra será tendenciosa se for retirada somente da camada
nuada enquanto perdurar a evidência de que a qualidade
superior. É possível reduzir a influência destas tendências
do produto está de acordo com as exigências especi-
evitando procedimentos tais como: retirar unidades da
ficadas. A inspeção severa é instituída de acordo com
mesma posição em recipientes, montes ou pilhas; sele-
normas específicas, quando se torna evidente que a qua-
cionar amostras na saída de uma mesma máquina e não
lidade do produto está se deteriorando. A inspeção
de outras, ou selecionar unidades que pareçam ou não
atenuada pode ser instituída de acordo com procedi-
defeituosas.
mentos estabelecidos em normas específicas, quando é
evidente que a qualidade do produto é muito boa.
4.12.1.1 Tabela de números aleatórios

4.11.2 Inspeção severa


Uma tabela de números aleatórios pode ser utilizada para
programar a retirada de uma amostra aleatória. Cada
A inspeção severa no plano de inspeção de amostras
unidade do lote deverá ser identificada por um número
usa o mesmo nível de qualidade que a inspeção normal,
diferente. Isto pode, muitas vezes, ser feito colocando-se
mas requer maior severidade no critério da aceita-
as unidades em prateleiras onde as fileiras e colunas
ção. Isto é usualmente conseguido, determinando-se um
sejam numeradas distintamente. Se as unidades possuem
número de aceitação menor para a amostra. No caso de
números de série, estes podem ser usados. A posição tri-
evidente melhoria na qualidade do produto, é permitido
dimensional de cada unidade (fileira, coluna, profundi-
voltar à inspeção normal, de acordo com procedimentos
dade) em um grande agrupamento de produtos também
estabelecidos em normas específicas.
pode ser usada. Uma tabela de números aleatórios, tal
como a Tabela 1, poderá então ser usada para selecionar
4.11.3 Inspeção atenuada a retirada das unidades de produto que constituirão a
amostra requerida.
A inspeção atenuada usa um nível de qualidade similar
ao da inspeção normal, porém requer uma amostra Exemplo 1 - Seleção de números aleatórios: uma amostra
menor para inspeção. As exigências ao se efetuar a co- de cinco unidades deve ser selecionada aleatoriamente
mutação de inspeção normal para atenuada são muito de um lote de inspeção contendo 50 unidades numeradas
mais rigorosas do que ao se mudar de inspeção normal de 1 a 50. Para escolher cinco números da Tabela 1, um
para a severa. Um resumo histórico da qualidade do pro- método seria o de deixar cair um lápis às cegas sobre
duto é essencial para a decisão de uma possível comu- qualquer número da Tabela e partir deste ponto. Lança-
tação de inspeção normal para atenuada. A comutação se, então, uma moeda para decidir qual o caminho a
de inspeção normal para a severa é usualmente obriga- seguir; cara, para cima; coroa, para baixo. Suponha-se
tória, sendo que a transferência da normal para atenuada que o lápis tenha caído na coluna 5 e fileira 17 e que a
é permissível, sob certas condições. Quando a qualidade decisão foi a de seguir a coluna para baixo e tomar so-
do produto evidencia sinais de deterioração, a transfe- mente os dois primeiros dígitos em cada número de cinco
rência da inspeção atenuada para normal torna-se dígitos. A seleção dos números aleatórios é feita, então,
obrigatória. da seguinte maneira: (ver Tabela 1) rejeita-se a dezena
89, visto que o tamanho do lote é 50; tomam-se os núme-
4.12 Retirada de amostras ros a seguir: 31, 23, 42, 09 e 47. As unidades numeradas
9, 23, 31, 42 e 47 são retiradas do lote e formarão uma
É básico para a inspeção por amostragem a certeza de amostra aleatória de cinco unidades.
que a amostra selecionada de uma certa quantidade de
unidades (lote) represente a sua qualidade; por esta ra- 4.12.1.2 Aplicações adicionais
zão, o procedimento usado para selecionar unidades de
um lote deve ser tal que assegure uma amostragem não As tabelas de números aleatórios devem possuir dígitos
tendenciosa. O processo de seleção de amostras que suficientes no mínimo iguais ao número de unidades no
atende a estas exigências chama-se amostragem alea- lote de inspeção. Dois dígitos serão suficientes para lotes
tória. que possuam menos que cem unidades. Cinco dígitos
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serão suficientes (Tabela 1) para os lotes que possuem tórios. Todas as outras unidades na amostragem são
menos do que 100000 unidades. Para lotes de maior retiradas a intervalos constantes após a primeira unidade.
tamanho, a Tabela 1 pode ainda ser usada, ignorando- O número de intervalos constantes é determinado divi-
se o espaço entre colunas. Por exemplo, se uma série de dindo-se o tamanho do lote pelo tamanho da amostra.
seis dígitos é desejada, os cinco dígitos da coluna 1 podem
ser ligados ao primeiro dígito da coluna 2; ou os últimos Exemplo 2 - Amostragem a intervalo constante: suponha-
quatro dígitos da coluna 1 podem ser ligados aos dois se que o tamanho do lote seja 20000 unidades e uma
primeiros dígitos da coluna 2 e assim por diante. Os núme- amostra de 315 unidades deve ser retirada. O intervalo
ros aleatórios da Tabela 1 foram gerados de tal modo constante é calculado dividindo-se o tamanho do lote
que cada dígito de zero a nove tem igual chance de ser pelo tamanho da amostra: 20000 ÷ 315 = 63).
selecionado. A aleatoriedade dos números na Tabela 1
fica preservada, qualquer que seja o metodo de leitura:
O primeiro passo é selecionar um número aleatório de 1
em diagonal, para cima ou para baixo ao longo das
a 63 da tabela de números aleatórios ou por outros
colunas.
métodos apropriados. Após a retirada da primeira uni-
dade, as unidades restantes serão retiradas, selecio-
4.12.1.3 Métodos alternativos
nando-se cada 63ª unidade do lote até que se alcance
um total de amostras igual a 315.
a) retirar todos os coringas e todas as cartas figu-
radas (valete, dama e rei) de um baralho. Fazer o
10 valer zero e o ás valer 1. Embaralhar as 40 4.12.3 Amostragem estratificada
cartas restantes e cortar o conjunto como em um
jogo de bridge ou pôquer. Distribuir as cartas uma Sob certas condições, torna-se necessário dividir o lote
de cada vez para produzir uma série de números em sublotes, de modo que a informação possa ser obtida
aleatórios de zero a nove. Se um número de dois de partes específicas ou de camadas do lote. A divisão
dígitos é desejado, a primeira carta será o primeiro do lote em sublotes estratificados requer do responsável
dígito e a segunda carta o segundo dígito do pri- conhecimentos profundos das características do produto
meiro número aleatório; a terceira carta será o pri- e grande discernimento na capacidade de julgar. Uma
meiro dígito e a quarta carta o segundo dígito do amostra é retirada de cada sublote como se este fosse
segundo número aleatório, e assim por diante. O um lote independente. As decisões estatísticas relativas
mesmo método poderá ser utilizado para produzir à aceitação ou rejeição do produto podem ser feitas para
três, quatro ou mais dígitos de números aleatórios. cada sublote, individualmente.
Este procedimento não é tão seguro quanto usar-
se tabelas de números aleatórios, mas pode ser Exemplo 3 - Amostragem estratificada: suponha-se que
aceito se não se dispuser daquelas tabelas; o lote consiste em 38100 unidades produzidas em cinco
máquinas diferentes (ou operadores) e a inspeção por
b) uma série de dois dígitos de números aleatórios amostragem é feita para determinar aceitação ou rejeição
pode ser gerada usando-se os números das pá- do produto, para cada máquina (ou operador). Os tama-
ginas de um livro que contenha mais de 300 pá- nhos dos sublotes para cada máquina (ou operador) e os
ginas, tal como uma lista telefônica. O livro deve relativos tamanhos de amostra podem ser os seguintes:
ser aberto ao acaso e os dois últimos dígitos do
número da página deverão ser anotados. Deve-
Número da Tamanho do Tamanho da
se tomar cautela se as páginas tenderem a abrir-
máquina sublote amostra
se freqüentemente em um mesmo número, o que
contraria a lógica de produção de números aleató-
1 30000 315
rios; isto acontece quando a encadernação está
defeituosa, ocasionando a abertura freqüente de
uma página específica. Esses números arbitrários 2 4000 200
de dois dígitos podem ser acumulados em pares
ou em unidades para desenvolver números de três, 3 3000 125
quatro ou mais dígitos. O uso das tabelas de núme-
ros aleatórios é preferido, mas pode-se usar esse 4 1000 80
método, tomando-se as devidas precauções.
5 100 20
4.12.2 Amostragem a intervalo constante
Total: 38100 740
Quando as unidades do produto estão ordenadas inde-
pendentemente de sua qualidade, para inspeção (tal Embora a aceitação ou rejeição do lote inteiro
como informações gravadas em fitas magnéticas ou uni- (38100 unidades) pudesse ser determinada através de
dades de produto em uma prateleira), a amostra pode uma amostra simples de 500 unidades retiradas aleatoria-
ser tirada, usando-se a técnica de intervalo constante. mente do lote inteiro, muito mais informação é obtida for-
Por esse método um intervalo constante é mantido entre mando-se sublotes (um para cada máquina ou ope-
as unidades retiradas para a amostra. Sendo assim, por rador) e aceitando ou rejeitando o produto de cada máqui-
exemplo, cada 8ª, 17ª ou 23ª unidade dos lotes ordenados na ou operador. Uma ou mais máquinas ou operadores
consecutivamente poderá ser selecionada. A primeira em particular podem ser identificados como responsáveis
unidade de um lote a ser selecionada pode ser deter- pela produção de unidades de qualidade aceitável ou
minada por intermédio de uma tabela de números alea- rejeitável.
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Tabela 1 - Números aleatórios

Coluna
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14)
Linha

1 10480 15011 01536 02011 81647 91646 69179 14194 62590 36207 20969 99570 91291 90700
2 22368 46573 25595 85393 30995 89198 27982 53402 93965 34095 52666 19174 39615 99505
3 24130 48360 22527 97265 76393 64809 15179 24830 49340 32081 30680 19655 63348 58629
4 42167 93093 06243 61680 07856 16376 39440 53537 71341 57004 00849 74917 97758 16379
5 37570 39975 81837 16656 06121 91782 60468 81305 49684 60672 14110 06927 01263 54613
6 77921 06907 11008 42751 27756 53498 18602 70659 90655 15053 21916 81825 44394 42550
7 99562 72905 56420 69994 98872 31016 71194 18738 44013 48840 63213 21069 10634 12952
8 96301 91977 05463 07972 18876 20922 94595 56869 69014 60045 18425 84903 42508 32307
9 89579 14342 63661 10281 17453 18103 57740 84378 25331 12566 58678 44947 05585 56941
10 85475 36857 53342 53988 53060 59533 38867 62300 08158 17983 16439 11458 18593 64932
11 28918 69578 88231 33276 70997 79936 56865 05859 90106 31595 01547 85590 91610 78188
12 63553 40961 48235 03427 49626 69445 18663 72695 52180 20847 12234 90511 33703 90322
13 09429 93969 52636 92737 88974 33488 36320 17617 30015 08272 84115 27156 30613 74952
14 10365 61129 87529 85689 48237 52267 67689 93394 01511 26358 85104 20285 29975 89868
15 07119 97336 71048 08178 77233 13916 47564 81056 97735 85977 29372 74461 28551 90707
16 51085 12765 51821 51259 77452 16308 60756 92144 49442 53900 70960 63990 75601 40719
17 02368 21382 52404 60268 89368 19885 55322 44819 01188 65255 64835 44919 05944 55157
18 01011 54092 33362 94904 31273 04146 18594 29852 71585 85030 51132 01915 92747 64951
19 52162 53916 46369 58586 23216 14513 83149 98736 23495 64350 94738 17752 35156 35749
20 07056 97628 33787 09998 42698 06691 76988 13602 51851 46104 88916 19509 25625 58104
21 48663 91245 85828 14346 09172 30168 90229 04734 59193 22178 30421 61666 99904 32812
22 54164 58492 22421 74103 47070 25306 76468 26384 58151 06646 21524 15227 96909 44592
23 32639 32363 05597 24200 13363 38005 94342 28728 35806 06912 17012 64161 18296 22851
24 29334 27001 87637 87308 58731 00256 45834 15398 46557 41135 10367 07684 36188 18510
25 02488 33062 28834 07351 19731 92420 60952 61280 50001 67658 32586 86679 50720 94953
26 81525 72295 04839 96423 24878 82651 66566 14778 76797 14780 13300 87074 79666 95725
27 29676 20591 68086 26432 46901 20849 89768 81536 86645 12659 92259 57102 80128 25280
28 00742 57392 39064 66432 84673 40027 32832 61362 98947 96067 64760 64584 96096 98253
29 05366 04213 25669 26422 44407 44048 37937 63904 45766 66134 75470 66520 34693 90449
30 91921 26418 64117 94305 26766 25940 39972 22209 71500 64568 91402 42416 07844 69618
31 00582 04711 87917 77341 42206 35126 74087 99547 81817 42607 43808 76655 62028 76630
32 00725 69884 62797 56170 86324 88072 76222 36086 84637 93161 76038 65855 77919 88006
33 69011 65795 95876 55293 18988 27354 26575 08625 40801 59920 29841 80150 12777 48501
34 25976 57948 29888 88604 67917 48708 18912 82271 65424 69774 33611 54262 85963 03547

17
/continua
Cópia não autorizada

18
/continuação

Coluna
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14)
Linha

35 09763 83473 73577 12908 30883 18317 28290 35797 05998 41688 34952 37888 38917 88050
36 91567 42595 27958 30134 04024 86385 29880 99730 55536 84855 29080 09250 79656 73211
37 17955 56349 90999 49127 20044 59931 06115 20542 18059 02003 73708 83517 36103 42791
38 46503 18584 18845 49618 02304 51038 20655 58727 28168 15475 56942 53389 20562 87338
39 82157 89634 94824 78171 84610 82834 09922 25417 44137 43413 25555 21246 35509 20468
40 14577 62765 35605 81263 39667 47358 56873 56307 61607 49518 89656 20103 77490 18062
41 98427 07523 33362 64270 01638 92477 66969 98420 04880 45585 46565 04102 46880 45709
42 34914 63976 88720 82765 34476 17032 87589 40836 32427 70002 70663 88863 77775 69348
43 70060 28277 39475 46473 23219 53416 94970 25832 69973 94884 19661 72828 00102 66794
44 53976 54914 06990 67245 68350 82948 11398 42878 80287 88267 47363 46634 06541 97809
45 76072 29515 40980 07391 58745 25774 22987 80059 39911 96189 41151 14222 60697 59583
46 90725 52210 83974 29992 65831 38857 50490 83765 55657 14361 31720 57375 56228 41546
47 64364 67412 33339 31926 14883 24413 59744 92351 97473 89286 35931 04110 23726 51900
48 08962 00358 31662 25388 61642 34072 81249 35648 56891 69352 48373 45578 78547 81788
49 95012 68379 93526 70765 10592 04542 76463 54328 02349 17247 28865 14777 62730 92277
50 15664 10493 20492 38391 91132 21999 59516 81652 27195 48223 46751 22923 32261 85653
51 16408 81899 04153 53381 79401 21438 83035 92350 36693 31238 59649 91754 72772 02338
52 18629 81953 05520 91962 04739 13092 97662 24822 94730 06496 35090 04822 86774 98289
53 73115 35101 47498 87637 99016 71060 88824 71013 18735 20286 23153 72924 35165 43040
54 57491 16703 23167 49323 45021 33132 12544 41035 80780 45393 44812 12515 98931 91202
55 30405 83946 23792 14422 15059 45799 22716 19792 09983 74353 68668 30429 70735 25499
56 16631 35006 85900 98275 32388 52390 16815 69298 82732 38480 73817 32523 41961 44437
57 96773 20206 42559 78985 05300 22164 24369 54224 35083 19687 11052 91491 60383 19746
58 38935 64202 14349 82674 66523 44133 00697 35552 35970 19124 63318 29686 03387 59846
59 31624 76384 17403 53363 44167 64486 64758 75366 76554 31601 12614 33072 60332 92325
60 78919 19474 23632 27889 47914 02584 37680 20801 72152 39339 34806 08930 85001 87820
61 03931 33309 57047 74211 63445 17361 62825 39908 05607 91284 68833 25570 38818 46920
62 74426 33278 43972 10119 89917 15665 52872 73823 73144 88662 88970 74492 51805 99378

NBR 5425/1985
63 09066 00903 20795 95452 92648 45454 09552 88815 16553 51125 79375 97596 16296 66092
64 42238 12426 87025 14267 20979 04508 64535 31355 86064 29472 47689 05974 52468 16834
65 16153 08002 26504 41744 81959 65642 74240 56302 00033 67107 77510 70625 28725 34191
66 21457 40742 29820 96783 29400 21840 15035 34537 33310 06116 95240 15957 16572 06004
67 21581 57802 02050 89728 17937 37621 47075 42080 97403 48626 68995 43805 33386 21597

/continua
Cópia não autorizada

NBR 5425/1985
/continuação

Coluna
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14)
Linha

68 55612 78095 83197 33732 05810 24813 86902 60397 16489 03264 88525 42786 05269 92532
69 44657 66999 99324 51281 84463 60563 79312 93454 68876 25471 93911 25650 12682 73572
70 91340 84979 46949 81973 37949 61023 43997 15263 80644 43942 89203 71795 99533 50501
71 91227 21199 31935 27022 84067 05462 35216 14486 29891 68607 41867 14951 91696 85065
72 50001 38140 66321 19924 72163 09538 12151 06878 91903 18749 34405 56087 82790 70925
73 65390 05224 72958 28609 81406 39147 25549 48542 42627 45233 57202 94617 23772 07896
74 27504 96131 83944 41575 10573 08619 64482 73923 36152 05184 94142 25299 84387 34925
75 37169 94851 39117 89632 00959 16487 65536 49071 39782 17095 02330 73401 00275 48280
76 11508 70225 51111 38351 19444 66499 71945 05422 13442 78675 84081 66938 93654 59894
77 37449 30362 06694 54690 04052 53115 62757 95348 78662 11163 81651 50245 34971 52924
78 46515 70331 85922 38329 57015 15765 97161 17869 45349 61796 66345 81073 49106 79860
79 30986 81223 42416 58353 21532 30502 32305 86482 05174 07901 54339 58861 74818 46942
80 63798 64995 46583 09785 44160 78128 83991 42865 92520 83531 80377 35909 81250 54238
81 82486 84846 99254 67632 43218 50076 21361 64816 51202 88124 41870 52689 51275 83556
82 21885 32906 92431 09060 64297 51674 64126 62570 26123 05155 59194 52799 28225 85762
83 60336 98782 07408 53458 13564 59089 26445 29789 85205 41001 12535 12133 14645 23541
84 43937 46891 24010 25560 86355 33941 25786 54990 71899 15475 95434 98227 21824 19585
85 97656 63175 89303 16275 07100 92063 21942 18611 47348 20203 18534 03862 78095 50136
86 03299 01221 05418 38982 55758 92237 26759 86367 21216 98442 08303 56613 91511 75928
87 79626 06486 03574 17668 07785 76020 79924 25651 83325 88428 85076 72811 22717 50585
88 85636 68335 47539 03129 65651 11977 02510 26113 99447 68645 34327 15152 55230 93448
89 18039 14367 61337 06177 12143 46609 32989 74014 64708 00533 35398 58408 13261 47908
90 08362 15656 60627 36478 65648 16764 53412 09013 07832 41574 17639 82163 60859 75567
91 79556 29068 04142 16268 15387 12856 66227 38358 22478 73373 88732 09443 82558 05250
92 92608 82674 27072 32534 17075 27698 98204 63863 11951 34648 88022 56148 34925 57031
93 23982 25835 40055 67006 12293 02753 14827 23235 35071 99704 37543 11601 35503 85171
94 09915 96306 05908 97901 28395 14186 00821 80703 70426 75647 76310 88717 37890 40129
95 59037 33300 26695 62247 69927 76123 50842 43834 86654 70959 79725 93872 28117 19233
96 42488 78077 69882 61657 34136 79180 97526 43092 04098 73571 80799 76536 71255 64239
97 46764 86273 63003 93017 31204 36692 40202 35275 57306 55543 53203 18098 47625 88684
98 03237 45430 55417 63282 90816 17349 88298 90183 36600 78406 06216 95787 42579 90730
99 86591 81482 52667 61582 14972 90053 89534 76036 49199 43716 97548 04379 46370 28672
100 38534 01715 94964 87288 65680 43772 39560 12918 86537 62738 19636 51132 25739 56947

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4.13 Destino do produto defeituoso não devem ser misturadas com os lotes de produção. A
critério do responsável, as peças defeituosas podem ser:
Na inspeção por amostragem, o lote inteiro pode ser re-
jeitado quando o número de rejeições for atingido ou ex- a) reparadas e acumuladas durante algum tempo
cedido, segundo o plano de amostragem. A probabilidade para constituirem um lote misto para subseqüente
de serem rejeitados lotes de qualquer qualidade está reapresentação à inspeção de todas as caracte-
indicada nas CCO do plano de amostragem. Quanto pior rísticas;
for a qualidade dos lotes submetidos ao plano de amos-
b) reparadas e reapresentadas com o lote do qual
tragem, maior será a probabilidade de rejeição. A rejeição
foram segregadas;
de lotes inteiros sob inspeção por amostragem terá um
impacto maior sobre o fornecedor do que a rejeição de
c) apresentadas pelo fornecedor em um pedido de
peças defeituosas sob uma inspeção na base de 100%.
aprovação com desvio de características;
A rejeição de muitos lotes gera outros problemas, tais co-
mo: o destino dos lotes rejeitados, a determinação quanto d) destinadas ao refugo pelo fornecedor;
à ação corretiva a ser tomada, a disponibilidade de espaço
de armazenamento, o tempo requerido para reparações, e) destinadas a outro fim qualquer, conforme acordo
o destino do material inservível, as dificuldades em cum- entre o fornecedor e o responsável pela inspeção.
prir programas de fornecimento, além da carga financei-
ra adicional do fornecedor. A impossibilidade do for- 4.13.2.3 Severidade de inspeção
necedor em corrigir a situação pode mesmo forçá-lo a
paralisar a produção, particularmente quando se acumula Quando for permitida a reapresentação de lotes, uma de-
um grande número de lotes rejeitados. As vezes o consu- cisão deve ser tomada quanto à severidade de inspeção
midor pode concordar em comprar o lote rejeitado a um necessária para assegurar a suficiência da seleção e re-
preço reduzido, especialmente quando há grande de- paro. Um lote reapresentado somente poderá sofrer ins-
manda do produto e pequena disponibilidade. Segundo peção normal ou severa, nunca inspeção atenuada. Po-
a prática mais costumeira, os lotes rejeitados podem ser dem ser usados também planos de amostragem cujos
revisados, as peças defeituosas ser consertadas ou números de aceitação sejam - zero. Inspeções menos ri-
substituídas, e o lote ser reapresentado pelo fornecedor. gorosas poderão ser feitas a critério dos responsáveis.

4.13.1 Defeitos óbvios 4.13.2.4 Classes de defeitos

A decisão a ser tomada na inspeção de lotes reapre-


Ao retirar uma amostra o inspetor deve identificar todas sentados quanto à necessidade de analisá-los, para to-
as peças que são, obviamente, defeituosas à observação. dos os tipos ou classes de defeitos ou apenas para o tipo
Naturalmente, as peças visivelmente defeituosas não ou classe de defeito que causou a rejeição inicial, depen-
devem ser deliberadamente incluídas na amostra colhida derá até certo ponto da possiblidade dos defeitos serem
ao acaso ou dela ser excluídas. Depois que a amostra correlatos e da natureza do reprocessamento do lote an-
tiver sido retirada do lote e inspecionada, as peças teriormente à reapresentação. Se só foi necessária uma
previamente observadas e identificadas como obvia- seleção, a reinspeção pode ser limitada à classe de de-
mente defeituosas, mas não incluídas na amostra, devem feitos que causam a rejeição; por outro lado, se o lote foi
ser retiradas do lote para terem o destino de produto reprocessado, há possibilidade de terem sido introduzidos
defeituoso, conforme regras preestabelecidas. novos defeitos. Em tais casos, a reinspeção deve abran-
ger todas as classes de defeitos. Quando a reinspeção
4.13.2 Lotes reapresentados for limitada à classe de defeitos que causou a rejeição, é
possível que se encontrem defeitos de outras classes du-
4.13.2.1 Seleção e reapresentação rante a mesma. Nestes casos as unidades que contêm
esses outros defeitos devem ser devolvidas ao fabricante
para substituição, se for justificável em função dos custos
Seleção é o processo pelo qual cada peça do produto
envolvidos. O aparecimento dessas peças defeituosas,
dos lotes rejeitados é inspecionada com a finalidade
entretanto, não deve ser computado nos resultados da
de separar todas as defeituosas. Lote reapresentado é
reinspeção, pois, se o fosse, colocaria o fornecedor em
aquele que foi rejeitado, submetido a seleção e em
dupla penalidade, visto que a inspeção por amostragem
seguida apresentado novamente para inspeção. Quando
não se destina a assegurar produtos inteiramente livres
o consumidor rejeita o lote, o fornecedor pode proceder a
de peças defeituosas.
uma seleção e reprocessamento das unidades de pro-
duto e reapresentar o lote à nova inspeção, desde que tal
4.14 Média do processo estimada
procedimento não contrarie nenhuma cláusula de
contrato. Estas seleções e reapresentações devem ser A média de processo é a porcentagem média de defeitos
encorajadas, pois isso fará com que o LQMR se aproxime ou número médio de “defeitos por cem unidades” (DCU)
do valor do NQA (exceto quando o número de aceitação encontrado em amostras dos lotes apresentados para
for zero sob a inspeção normal). inspeção original. Entende-se por inspeção original a
primeira inspeção realizada em cada lote. A finalidade
4.13.2.2 Destino das peças defeituosas principal de calcular a média de processos estimada é a
de avaliar a qualidade média dos produtos submetidos a
As peças defeituosas encontradas, quer ao se realizar a inspeção e, baseados nesta estimativa, determinar se a
amostragem, quer durante a seleção dos lotes rejeitados, qualidade está se deteriorando, melhorando ou se man-
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NBR 5425/1985 21

tendo estável. As médias de processo estimadas consti- ginal (isto é, excluindo-se as inspeções dos lotes repre-
tuem dados imprescindíveis na elaboração de gráficos sentados). Calcula-se, a seguir, para cada cinco lotes
de controle baseados em porcentagem defeituosa, co- subseqüentes ao décimo, mas pode ser calculada para
nhecidos por “graficos p”. Estes gráficos mostram as cada lote subseqüente se a qualidade do produto estiver
tendências dos níveis de qualidade e podem servir de se alterando rapidamente. Calcula-se a média de
guia para elaboração de medidas corretivas, se for o caso. processo estimada, separadamente, para cada tipo ou
São muito úteis também para comparar a qualidade de classe de defeitos para os quais tenha sido especificado
diferentes fornecedores do mesmo produto. A média de um NQA separado. Devem ser computados os dados de
processo estimada pode também ser empregada pelo todas as amostras inspecionadas, quando forem usados
consumidor para especificar ou alterar os NQA nas espe- os planos de amostragem dupla ou múltipla. Podem ser
cificações ou contratos. A verdadeira média do processo excluídos do cômputo da média de processo estimada os
nunca pode ser conhecida, considerando-se que a ins- resultados de inspeção de produtos manufaturados sob
peção é feita por amostragem e, portanto, só uma parte condições que não sejam típicas dos procedimentos
do lote é inspecionada. Em conseqüência, a média de usuais de produção (conhecidos como resultados
processo do lote deverá ser estimada partindo-se dos anormais). A simples suspeita de que os dados parecem
resultados da inspeção por amostragem e, para este fim, não razoáveis não é base suficiente para excluí-los. Deve-
a inspeção não pode ser interrompida ao ser atingido o se ter uma razão definida, como uma falha dos fornos
número de rejeição. (como no caso de tratamentos térmicos), uma falta de
energia elétrica ou outra razão equivalente. Para se usar
4.14.1 Cálculo da média do processo estimada a fórmula acima quando a expressão de não-conformi-
dade estiver em termos de defeitos por cem unidades
(DCU), muda-se a palavra “defeituosos” no numerador
Usa-se a seguinte fórmula em inspeção por atributos para para “defeitos”.
se calcular a média de processo estimada em termos de
porcentagem defeituosa:
Exemplo 4 - Média estimada de processos: considere-se
o produto a ser submetido ao controle de qualidade em
100 x número total defeituoso lotes de 2500 unidades. O plano de amostragem usado
nas amostras de " x" lotes pede retirada de uma amostra única de 125 unidades
Média de processo estimada = de cada lote com um número de aceitação de 3 e um nú-
Número total de peças nas
amostras tiradas dos " x" lotes mero de rejeição de 4. A média de processo estima-
da deve ser computada com base nos resultados de cinco
lotes consecutivos em inspeção original. Sabe-se que o
Onde “x” é o número de lotes dos quais se tiraram lote número 3 foi danificado por água de chuva e, por-
amostras. tanto, os resultados de inspeção refletem essa condição
anormal. Os resultados de inspeção por amostragem fo-
ram tabulados como segue:
De preferência, a estimativa da média de processo deve
ser baseada em 10 lotes consecutivos em inspeção ori-

Tabela 2 - Média de processo estimada (n = 125, Ac = 3, Re = 4)

Número Tamanho Tamanho da Defeituosos Decisão do


do lote do lote amostra observados inspetor

1 2500 125 2 Aceito


2 2500 125 1 Aceito
(3) (2500) (125) (9) Rejeitado
(Anormal)
4 2500 125 0 Aceito
5 2500 125 4 Rejeitado
(5) (2500) (125) (0) (Aceito)
6 2500 125 1 Aceito

Total 625 8

100 x 8
Média de processo estimada = = 1,28% defeituosos
625

Notar que o lote número 5 foi rejeitado em inspeção de processo estimada, mas somente os resultados da
original. Quando tiver sido expurgado dos defeituosos e inspeção original. O lote número 3 foi também excluído
reapresentado à inspeção, os resultados dessa nova do cálculo devido à condição anormal encontrada.
inspeção não devem ser incluídos nos cálculos da média
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4.14.2 Limites superiores e inferiores c) combinando-se os dois limites, pode-se fazer o


seguinte enunciado sobre a provável qualidade
Os limites superiores e inferiores de controle para média do lote: quando se encontrar 10 defeituosas em
de processo estimada são dados na Tabela 3. Esses uma amostra de 125 unidades, o lote poderá conter
limites de controle são úteis na construção de mapas entre 3,34% e 19,1% de unidades de produto de-
(gráficos) de média de processo, conhecidos como feituosas, em média.
“gráficos p”. Esses limites superiores e inferiores de con-
trole podem também ser usados para determinar limites 4.15 Histórico da qualidade
de confiança para a porcentagem defeituosa observada
nas amostras inspecionadas (a média provável do lote). O histórico da qualidade é a compilação dos registros
de inspeção, do controle de qualidade e/ou de confia-
Exemplo 5 - A média provável do lote: suponha-se que bilidade, de uma unidade de produto, ou de um gru-
uma amostra de 125 unidades foi retirada ao acaso de po de unidades, de modo a poder avaliá-los em uma
um lote e foram encontradas 10 defeituosas na amos- base seqüencial de tempo. O histórico da qualidade
tra. A porcentagem defeituosa na amostra será de de fornecedores que produzem o mesmo produto pode,
100 x 10 desta forma, ser desenvolvida e seus comportamen-
= 8%. A amostra pode ser sido retirada de um
125 tos com relação a qualidade poderão ser avaliados. Os
lote cuja qualidade, em termos de NQA (em porcentagem), estudos da capabilidade de processo e da variabilida-
pode se situar entre os seguintes limites: de de projeto podem ser feitos para que se tenha uma
base real para a efetivação de mudanças necessárias
a) limite inferior: 19,1% de defeituosas para que atendam aos requisitos de qualidade ou exi-
gido desempenho. As deficiências da unidade de pro-
duto ou do projeto de sistemas podem ser submeti-
O limite inferior é encontrado entrando-se na Ta-
das a apreciação das atividades de engenharia de
bela 3 com o tamanho da amostra de 125 uni-
desenvolvimento, de produto ou de sistemas, pa-
dades. A fileira inferior de números para este
ra ação corretiva. Quando o histórico da qualidade é
tamanho de amostra é seguida verificando-se que
muito bom (o produto é consistentemente de alta qua-
a porcentagem de 8% de defeituosas observada
lidade em todas as características), será necessária
fica entre duas leituras: 5,07 sob um NQA de
menor quantidade de inspeção e os custos de inspe-
15,0 e 12,18 sob um NQA de 25,0. Por interpo-
ção serão reduzidos tanto para o fornecedor quanto
lação linear, 8% de defeituosas é 41% do cami-
para o consumidor.
nho entre 5,07 e 12,18:

4.15.1 Registros de inspeção


8,00 - 5,07
= 0,41
12,18 - 5,07 Os registros de inspeção consistem em dados regis-
trados relativos a resultados de inspeção com a ade-
Aplicando-se este número a diferença nos valores quada informação identificadora como, por exemplo,
de NQA correspondentes aos limites inferiores a característica ou classe de características inspe-
5,07 e 12,18: cionadas. O registro de dados de inspeção por amos-
tragem permite a manutenção e a continuidade do
histórico da qualidade. Pela análise desses dados
15,0 + 0,41 (25,0 - 15,0) = 19,1% de defeituosas
podem ser detectadas tendências adversas da quali-
dade, possibilitando a tomada de medidas corretivas. Isto
Portanto, o limite inferior de confiança da provável evita freqüentes rejeições do produto, custosas de-
média do lote é 19,1% de defeituosas. Isto significa moras no atendimento às programações de produ-
que, na pior hipótese, o lote poderá ter 19,1% de ção e aumenta a responsabilidade do fornecedor quan-
defeituosas quando uma amostra de 125 unidades to a produtos de qualidade. Um melhor controle sobre
contiver 10 unidades defeituosas; a qualidade pode ser feito quando os fatos são co-
nhecidos e registrados. Para a elaboração de um histó-
b) limite superior: 3,34% de defeituosas rico da qualidade, é necessário coletar e manter dados
relativos aos resultados de inspeção. Esses dados
permitem que se avalie a capabilidade do processo, sen-
Do mesmo modo, o limite superior é encontrado do que o ponto de partida é o cálculo da média do
entrando-se na Tabela 3 com o tamanho da amos- processo estimada. É essencial que sejam mantidos
tra de 125 unidades. A fileira superior de números registros adequados realativos aos resultados de todos
é seguida para se achar que os 8% de defeituosas os tipos de inspeção executados, recomendando-se o
observadas fica entre 6,55 (NQA = 2,5) e 9,13 uso de formulários padrões. Os registros devem forne-
(NQA = 4,0). Fazem-se os seguintes cálculos: cer identificação completa do produto ou operação ins-
pecionados e, quando for o caso, informações tais co-
8,00 - 6,55 mo: identificação do fornecedor, número de contra-
= 0,56 to, especificação, instruções ou disposições de proje-
9,13 - 6,55
to, tipo de amostragem usada, tamanho do lote, tama-
nho da amostra, níveis da qualidade e resultados com-
2,5 + 0,56 (4,0 - 2,5) = 3,34% de defeituosas pletos de inspeção inclusive as decisões sobre acei-
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NBR 5425/1985 23

tação ou rejeição. Tais registros de inspeção serão úteis finalidade de verificar a inspeção efetuada pelo for-
ainda a numerosos outros propósitos como por exemplo: necedor e não de repetir a inspeção de origem. A ins-
peção para verificação de conformidade feita pe-
a) determinar a severidade de inspeção necessária lo consumidor consiste em exames e ensaios execu-
para contratos correntes ou contratos subseqüentes tados a fim de se determinar se o produto está de acor-
com o mesmo fabricante; do com os padrões estabelecidos em documentos de
aquisição, especificações técnicas, etc.

b) indicar a competência e a integridade da quali-


dade do fornecedor; podem ser usados no jul- 4.16.2 Responsabilidades do fornecedor
gamento e nas decisões de contratos subse-
qüentes; O fornecedor é responsável pelo controle do proces-
so de produção, pelos registros de dados de produ-
c) apoiar cancelamento de pedidos de revisão de ção e pela tomada de ações necessárias para regu-
projetos de engenharia e na investigação de recla- lar ou prevenir a ocorrência de defeitos. É neces-
mações de produtos declarados defeituosos. sário que o forneceder execute toda a inspeção, a
não ser que haja determinação em contrário no con-
trato. A quantidade mínima de inspeção exigida é
4.15.2 Informação retrospectiva sobre desempenho geralmente determinada por intermédio de espe-
cificações, descrições de compra ou outros docu-
A informação retrospectiva consiste na compilação ou mentos contratuais. Baseado nos resultados de sua
recepção de relatórios de dados de qualidade perti- inspeção, o fornecedor determinará se os produtos
nentes ao produto e é mais comumente gerada pelo atendem ou não aos requisitos de qualidade dese-
usuário quando um produto falha, deixando de satis- jados. Os esforços do fornecedor com relação à quali-
fazer às suas necessidades sob condições ambientais dade dependem de fatores, tais como: a importância
reais de funcionamento; entretanto, são incluídos também do produto, sua complexidade, o uso para o qual está
relatórios satisfatórios, dados de desempenhos favorá- destinado e seu custo unitário. Para que tais fatores
veis, dados de uso em serviço, etc. O inspector também de influência fiquem sob controle e bem definidos pa-
fornece informação retrospectiva sobre um produto an- ra orientação dos trabalhos de inspeção, poderá ser
tes que ele seja recebido pelo consumidor. A informa- necessário ao fornecedor a obediência às especifica-
ção retroativa pode servir de base para a tomada ções previstas em normas ou documentos comple-
de decisões relativas a correções, no produto ou do mentares que tratem de assuntos pertinentes aos
processo para enquadrá-lo dentro dos requisi- fatores de influência, acima mencionados.
tos prescritos, através de alerta dado à supervisão,
assim que ocorre qualquer desempenho não satisfa- 4.16.3 O consumidor e o fornecedor
tório. Os resultados de inspeção por amostragem, bem
como da freqüência e da natureza das queixas do
consumidor, são fatores dos mais importantes para As inadequações da inspeção feita pelo fornece-
efeito de reajustamento dos níveis de qualidade e po- dor devem ser demonstradas por evidência bem obje-
dem dar uma medida realista e atualizada da capaci- tiva, constatada durante a inspeção do produto. Entre-
dade que um fornecedor tem de manter a qualidade tanto, como podem ocorrer variações nas amostra-
de seus produtos, e são ainda de muito valor na gens, é importante determinar se eventuais diferen-
determinação de bases para contratos que envol- ças entre os resultados de inspeções do fornecedor
vem prêmios de incentivo. e do consumidor são significativas ou se podem ser
consideradas como acidentais. Foram desenvolvidos
procedimentos que permitem uma comparação entre
4.16 Responsabilidades dados de inspeção do fornecedor e os do consumidor
para se determinar a evidência de diferenças estatís-
4.16.1 Responsabilidades do consumidor ticas significativas (ver NBR 5428). Esses métodos po-
dem também ser usados na aquisição, nas operações
de inspeção de armazenagem e de manutenção,
As responsabilidades básicas do consumidor são as
ou sempre que for desejada uma verificação indepen-
de estabelecer requisitos realistas de qualidade, pro-
dente da validade de dados fornecidos sobre porcen-
ceder a um volume de inspeção adequado para ga-
tagem defeituosa. Sempre que existir uma diferença
rantir que a qualidade do produto esteja de acordo
significativa entre os resultados da inspeção feita pelo
com os requisitos, e operar um sistema baseado em
fornecedor e pelo consumidor, poderá ser necessária uma
dados retroativos, os quais possam levar o fornecedor
investigação para determinar se esta diferença é devi-
a melhorar o projeto do produto e/ou seus requisitos
da ou não a um erro de interpretação dos requisitos
de qualidade. A inspeção feita pelo consumidor é nor-
de inspeção. Os problemas decorrentes de tais situa-
malmente executada para determinar a suficiência do
ções podem ser minimizados se forem tomadas certas
sistema de inspeção ou do programa de qualidade
ações administrativas (por parte do consumidor). Es-
do fornecedor, salvo casos de inspeções destina-
tas ações devem garantir que tanto o pessoal de inspe-
das exclusivamente a desempenho. Normalmente is-
ção do fornecedor quanto o do consumidor tenham
to é realizado pela inspeção de produtos que já te-
perfeito conhecimento do seguinte:
nham sido inspecionados pelo fornecedor e apresen-
tados ao consumidor para inspeção de aprovação. A
inspeção feita pelo consumidor tem normalmente a a) da formação e controle adequados do lote;
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24 NBR 5425/1985

b) da retirada da amostra de unidades de produto de f) da aplicação uniforme dos requisitos de quali-


maneira aleatória; dade na classificação das unidades de amostra;

c) da descrição clara de um defeito ou unidade g) da preparação e manutenção adequadas dos


defeituosa; registros de resultados de inspeção;

d) da aplicação correta do plano de amostragem h) da interpretação adequada dos requisitos rela-


usado; tivos à quantidade de inspeção a ser executada.

e) da manutenção e calibração adequadas do equi-


pamento de inspeção;

Tabela 3 - Valores (em %) dos limites superior e inferior da média do processo estimada

Tamanho de NQA
amostras
acumuladas 0,015 0,035 0,065 0,10 0,15 0,25 0,40 0,65

(B) (B) (B) (B) (B) (B) (B)


25-34 ............ 5,103
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

(B) (B) (B) (B) (B) (B)


35-49 ............ 3,328 4,383
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

(B) (B) (B) (B) (B)


50-74 ............ 2,155 2,810 3,722
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

(B) (B) (B) (B)


75-99 ............. 1,396 1,858 2,434 3,243
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

(B) (B) (B)


100-124 ......... 0,996 1,248 1,667 2,193 2,935
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

(B) (B) (B)


125-149 ......... 0,911 1,143 1,532 2,021 2,716
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

(B) (B)
150-199 ......... 0,644 0,818 1,030 1,380 1,836 2,481
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

(B)
200-249 ......... 0,410 0,575 0,733 0,926 1,251 1,666 2,264
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

(B)
250-299 ......... 0,374 0,527 0,673 0,851 1,155 1,545 2,110
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

300-349 ......... 0,219 0,347 0,490 0,627 0,795 1,083 1,453 1,993
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

350-399 ......... 0,205 0,325 0,460 0,590 0,750 1,025 1,380 1,900
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

400-449 ......... 0,193 0,307 0,436 0,561 0,714 0,978 1,321 1,824
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

450-549 ......... 0,179 0,286 0,407 0,525 0,670 0,921 1,249 1,732
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

550-649 ......... 0,165 0,264 0,377 0,488 0,625 0,863 1,175 1,638
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

/continua
Cópia não autorizada
NBR 5425/1985 25

/continuação

Tamanho de NQA
amostras
acumuladas 0,015 0,035 0,065 0,10 0,15 0,25 0,40 0,65

650-749 ......... 0,151 0,247 0,354 0,459 0,589 0,817 1,117 1,564
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

750-899 ......... 0,143 0,231 0,331 0,430 0,555 0,772 1,061 1,492
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

900-1099 ....... 0,131 0,213 0,307 0,400 0,518 0,724 1,000 1,415
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

1100-1299 ..... 0,121 0,197 0,286 0,374 0,485 0,683 0,948 1,348
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

1300-1499 ..... 0,113 0,185 0,270 0,354 0,461 0,651 0,907 1,296
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)
0,004

1500-1699 ..... 0,107 0,175 0,256 0,337 0,440 0,625 0,874 1,255
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)
0,045

1700-1899 ..... 0,102 0,167 0,245 0,324 0,424 0,604 0,847 1,220
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)
0,080

1900-2249 ..... 0,096 0,158 0,233 0,308 0,405 0,579 0,817 1,181
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)
0,119

2250-2749 ..... 0,089 0,147 0,218 0,290 0,383 0,550 0,779 1,134
(A) (A) (A) (A) (A) (A)
0,021 0,166

2750-3499 ..... 0,081 0,136 0,202 0,270 0,358 0,518 0,739 1,083
(A) (A) (A) (A) (A) (A)
0,061 0,217

3500-4999 ..... 0,071 0,121 0,182 0,246 0,328 0,480 0,691 1,021
(A) (A) (A) (A) (A)
0,020 0,109 0,217

5000-6999 ..... 0,062 0,108 0,164 0,222 0,300 0,444 0,645 0,962
(A) (A) (A) (A) (A)
0,056 0,155 0,338

7000-8999 ..... 0,056 0,098 0,151 0,206 0,280 0,418 0,612 0,920
(A) (A) (A) (A)
0,020 0,082 0,188 0,380

9000-10999 ... 0,052 0,091 0,142 0,195 0,266 0,400 0,590 0,892
(A) (A) (A)
0,005 0,034 0,100 0,210 0,408

11000-13499 .. 0,048 0,085 0,133 0,185 0,254 0,384 0,570 0,866


(A) (A) (A)
0,015 0,046 0,116 0,230 0,434

13500-17499 .. 0,044 0,080 0,127 0,176 0,243 0,371 0,552 0,844


(A) (A)
0,003 0,024 0,057 0,129 0,248 0,456

17500-22499 .. 0,041 0,075 0,119 0,167 0,232 0,356 0,534 0,821


(A) (A)
0,011 0,033 0,068 0,144 0,266 0,479

22500 and up .. 0,036 0,067 0,109 0,155 0,217 0,337 0,510 0,790
(A)
0,003 0,021 0,045 0,083 0,163 0,290 0,510

/continua
Cópia não autorizada
26 NBR 5425/1985

/continuação

Tamanho de NQA
amostras
acumuladas 1,0 1,5 2,5 4,0 6,5 10,0 15,0 25,0

25-34 ......... 6,52 8,27 11,23 15,05 20,58 27,47 36,39 52,62
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

35-49 ......... 5,63 7,17 9,82 13,26 18,30 24,64 32,93 48,14
(A) (A) (A) (A) (A) (A) (A) (A)

50-74 ......... 4,81 6,17 8,52 11,62 16,21 22,05 29,75 44,05
(A) (A) (A) (A) (A) (A)
0,25 5,95

75-99 ......... 4,22 5,44 7,59 10,43 14,70 20,17 27,46 41,08
(A) (A) (A) (A) (A) (A)
2,54 8,92

100-124 ......... 3,83 4,97 6,98 9,67 13,73 18,96 25,98 39,17
(A) (A) (A) (A) (A)
1,04 4,02 10,83

125-149 ......... 3,56 4,64 6,55 9,13 13,03 18,11 24,93 37,82
(A) (A) (A) (A)
1,89 5,07 12,18

150-199 .......... 3,27 4,28 6,09 8,54 12,29 17,18 23,80 36,36
(A) (A) (A) (A)
0,71 2,82 6,20 13,64

200-249 .......... 3,00 3,95 5,67 8,00 11,60 16,63 22,76 35,01
(A) (A) (A) (A)
1,40 3,67 7,24 14,99

250-299 .......... 2,81 3,72 5,36 7,62 11,12 15,73 22,01 34,05
(A) (A) (A)
0,33 1,88 4,27 7,99 15,05

300-349 .......... 2,67 3,54 5,13 7,33 10,75 15,27 21,45 33,33
(A) (A) (A)
0,67 2,25 4,73 8,55 16,67

350-399 ......... 2,55 3,40 4,95 7,10 10,45 14,90 21,00 32,75
(A) (A)
0,05 0,90 2,55 5,10 9,00 17,25

400-449 ......... 2,46 3,28 4,80 6,91 10,21 14,60 20,64 32,28
(A) (A)
0,20 1,09 2,79 5,40 9,36 17,72

450-549 ......... 2,34 3,14 4,62 6,68 9,92 14,24 20,20 31,71
(A) (A)
0,38 1,32 3,08 5,76 9,80 18,29

550-649 ......... 2,23 3,00 4,44 6,45 9,62 13,87 19,75 31,13
(A) (A)
0,56 1,55 3,38 6,13 10,25 18,87

650-749 ......... 2,18 2,89 4,29 6,27 9,39 13,59 19,39 30,67
(A)
0,11 0,71 1,73 3,61 6,41 10,61 19,33

750-899 ......... 2,04 2,78 4,15 6,09 9,16 13,30 19,05 30,22
(A)
0,22 0,85 1,91 3,84 6,70 10,95 19,78

900-1099 ......... 1,95 2,66 4,00 5,90 8,92 13,00 18,68 29,74
0,05 0,34 1,00 2,10 4,08 7,00 11,32 20,26

1100-1299 ....... 1,87 2,56 3,87 5,73 8,71 12,74 18,36 29,33
0,13 0,44 1,13 2,27 4,29 7,26 11,64 20,67

1300-1499 ....... 1,80 2,48 3,77 5,60 8,54 12,54 18,11 29,01
0,20 0,52 1,23 2,40 4,46 7,46 11,89 20,99

/continua
Cópia não autorizada
NBR 5425/1985 27

/continuação

Tamanho de NQA
amostras
acumuladas 1,0 1,5 2,5 4,0 6,5 10,0 15,0 25,0

1500-1699 ....... 1,75 2,42 3,69 5,50 8,41 12,37 17,91 28,75
0,25 0,58 1,31 2,50 4,59 7,63 12,09 21,25

1700-1899 ....... 1,71 2,37 3,59 5,41 8,30 12,24 17,74 28,54
0,29 0,63 1,41 2,59 4,70 7,76 12,26 21,46

1900-2249 ...... 1,66 2,31 3,54 5,32 8,18 12,08 17,55 28,29
0,34 0,69 1,46 2,68 4,82 7,92 12,45 21,71

2250-2749 ...... 1,60 2,23 3,45 5,20 8,03 11,90 17,32 28,00
0,40 0,77 1,55 2,80 4,97 8,10 12,68 22,00

2750-3499 ..... 1,54 2,16 3,35 5,07 7,87 11,70 17,08 27,68
0,46 0,84 1,65 2,93 5,13 8,30 12,92 22,32

3500-4999 ..... 1,46 2,06 3,23 4,92 7,67 11,46 16,78 27,30
0,54 0,94 1,77 3,08 5,33 8,54 13,22 22,70

5000-6999 ..... 1,39 1,97 3,11 4,77 7,49 11,22 16,50 26,94
0,61 1,03 1,89 3,23 5,51 8,78 13,50 23,06

7000-8999 ..... 1,34 1,91 3,03 4,67 7,36 11,06 16,30 26,68
0,66 1,09 1,97 3,33 5,64 8,94 13,70 23,32

9000-10999 ... 1,30 1,87 2,97 4,60 7,27 10,95 16,16 26,50
0,70 1,13 2,03 3,40 5,73 9,05 13,84 23,50

(C)
11000-13499 .. 1,27 1,83 2,92 4,54 7,18 10,85 16,04
(C)
0,73 1,17 2,08 3,46 5,82 9,15 13,96

(C) (C)
13500-17499 ... 1,24 1,80 2,88 4,48 7,11 10,76
(C) (C)
0,76 1,20 2,12 3,52 5,89 9,24

(C) (C) (C)


17500-22499 ... 1,21 1,76 2,84 4,42 7,04
(C) (C) (C)
0,79 1,24 2,16 3,58 5,96

(C) (C) (C) (C)


22500 and up ... 1,17 1,71 2,77 4,35
(C) (C) (C) (C)
0,83 1,29 2,23 3,65

Tamanho de NQA
amostras
acumuladas 40,0 65,0 100,0 150,0 260,0 400,0 650,0 1000,0

25-34 ......... 74,93 109,53 155,2 217,6 337,3 510,5 790,8 1174,7
5,07 20,47 44,8 82,4 162,7 289,5 500,2 825,3

35-49 ......... 69,28 102,33 146,3 206,7 323,2 492,6 768,0 1146,4
10,72 27,67 53,7 93,3 176,8 307,4 532,0 853,6

50-74 ........ 64,10 95,72 138,1 196,7 310,2 476,2 747,1 1120,5
15,90 34,28 61,9 103,3 189,8 323,8 552,9 879,5

75-99 ........ 60,34 90,93 132,2 189,4 300,9 464,3 732,0 1101,7
19,66 39,07 67,8 110,6 199,1 335,7 568,0 898,3

100-124 ..... 57,93 87,86 128,3 184,7 294,8 456,7 722,3 1089,6
22,07 42,14 71,7 115,3 205,2 343,3 577,7 910,4

/continua
Cópia não autorizada
28 NBR 5425/1985

/continuação

Tamanho de NQA
amostras
acumuladas 40,0 65,0 100,0 150,0 260,0 400,0 650,0 1000,0

125-149 .... 56,21 85,67 125,6 181,4 290,5 451,3 715,3 1081,1
23,79 44,33 74,4 118,6 209,5 348,7 584,7 918,9

150-199 .... 54,36 83,31 122,7 177,8 285,9 445,4 707,9 1071,8
25,64 46,69 77,3 122,2 214,1 354,6 592,1 928,2

200-249 ... 52,66 81,14 120,0 174,5 281,7 440,0 701,0 1063,3
27,34 48,86 80,0 125,5 218,3 360,0 599,0 936,7

250-299 ... 51,45 79,60 118,1 172,2 278,6 436,2 696,2 1057,3
28,55 50,40 81,9 127,8 221,4 363,8 603,8 942,7

300-349 ... 50,53 78,43 116,7 170,4 276,3 433,3 692,5 1052,7
29,47 51,57 83,3 129,6 223,7 366,7 607,5 947,3

350-399 ... 49,83 77,50 115,5 169,0 274,5 431,0 689,5 1049,0
30,17 52,50 84,5 131,0 225,5 369,0 610,5 951,0

400-449 ... 49,21 76,74 114,6 167,8 273,0 429,1 687,1 1046,0
30,79 53,26 85,4 132,2 227,0 370,9 612,9 954,0

450-549 ... 48,49 75,82 113,4 166,4 271,2 426,8 684,2 1042,4
31,51 54,18 86,6 133,6 228,8 373,2 615,8 957,6

550-649 ... 47,75 74,88 112,3 165,0 269,4 424,5 681,2 1038,7
32,25 55,12 87,7 135,0 230,6 375,5 618,8 961,3

650-749 ... 47,17 74,14 111,3 163,9 267,9 422,7 678,9 1035,9
32,83 55,86 88,7 136,1 232,1 377,3 621,1 964,1

750-899 ... 46,61 73,42 110,4 162,8 266,5 420,9 676,6 1033,0
33,39 56,58 89,6 137,2 233,5 379,1 623,4 967,0

900-1099 ......... 46,00 72,65 109,5 161,6 265,0 419,0 674,2 1030,0
34,00 57,35 90,5 138,4 235,0 381,0 625,8 970,0

1100-1299 ...... 45,48 71,98 108,7 160,6 263,7 417,3 672,1 1027,4
34,52 58,02 91,3 139,4 236,3 382,7 627,9 972,6

1300-1499 ...... 45,07 71,47 108,0 159,8 262,7 416,0 670,4 1025,4
34,93 58,53 92,0 140,2 237,3 384,0 629,6 974,6

1500-1699 ..... 44,74 71,05 107,5 159,2 261,9 415,0 669,1 1023,7
35,26 58,95 92,5 140,8 238,1 385,0 630,9 976,3

(C)
1700-1899 ..... 44,47 70,70 107,1 158,7 261,2 414,1 668,0
(C)
35,53 59,30 92,9 141,3 238,8 385,9 632,0

(C) (C)
1900-2249 ..... 44,17 70,31 106,6 158,1 260,4 413,2
(C) (C)
35,83 59,69 93,4 141,9 239,6 386,8

(C) (C) (C)


2250-2749 ..... 43,79 69,84 106,0 157,3 259,5
(C) (C) (C)
36,21 60,16 94,0 142,7 240,5

(C) (C) (C) (C)


2750-3499 .... 43,39 69,33 105,4 156,6
(C) (C) (C) (C)
36,61 60,67 94,6 143,4

/continua
Cópia não autorizada
NBR 5425/1985 29

/continuação

Tamanho de NQA
amostras
acumuladas 40,0 65,0 100,0 150,0 260,0 400,0 650,0 1000,0

(C) (C) (C) (C) (C)


3500-4999 .... 42,91 68,71 104,6
(C) (C) (C) (C) (C)
37,09 61,29 95,4

(C) (C) (C) (C) (C) (C)


5000-6999 .... 42,55 68,12
(C) (C) (C) (C) (C) (C)
37,55 61,88

(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)


7000-8999 .... 42,12
(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)
37,88

(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)


9000-10999 ..
(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)

(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)


11000-13499 ..
(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)

(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)


13500-17499 ..
(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)

(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)


17500-22499 ..
(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)

(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)


22500 and up ..
(C) (C) (C) (C) (C) (C) (C) (C)

(A)
O tamanho de amostra é insuficiente para determinação de limite inferior.
(B)
O tamanho da amostra é incompatível com o NQA indicado.
(C)
O tamanho de amostras acumuladas para estimar a média do processo é demasiadamente grande para este NQA. Reduzir o total
acumulado a um valor para o qual exista previsão de limites na Tabela, desconsiderando, por exemplo, informações mais antigas.

/APÊNDICE
Cópia não autorizada
30 NBR 5425/1985

APÊNDICE - Exemplo da determinação do LQMR para um dado plano de amostragem

Se os valores de QMR forem plotados para um dado NQA - 1%


plano, em função das porcentagens de unidades de-
feituosas (p) que os lotes amostrados podem conter (den- Nível - II
tro dos limites coerentes com o plano adotado), resultará Amostragem - normal, simples.
uma curva cuja origem será zero quando (p) for igual a
zero, passará por um máximo e tenderá a zero novamente Recorrendo-se à Tabela 51 (correspondente ao plano
quando (p) for tão grande que, teoricamente, todos os lo- escolhido) da NBR 5426 ou a qualquer outra tabela de
tes seriam rejeitados e controlados 100% e, conse- valores da função de distribuição cumulativa de Poison
qüentemente, ficariam isentos de defeitos. O ponto (publicada em muitos livros de controle de qualidade),
máximo da curva corresponderia ao que convencionou- obtém-se a seguinte Tabela:
se chamar limite da qualidade média resultante (LQMR),
definido em 3.13. A QMR tem a seguinte expressão: Tabela 4

p.Pa N' p.Pa


 n p(%) Pa(%) QMR = =
QMR =  1 -  . p . Pa (1) 100 100
 N 
p.Pa
0,96 (%)(A)
Onde: 100
N = tamanho do lote 0 100 0 0
0,893 99 0,884 0,85
n = tamanho da amostra
1,31 95 1,244 1,20
p = porcentagem defeituosa existente no lote 1,58 90 1,422 1,36
2,11 75 1,582 1,52
Pa = probabilidade de aceleração do lote (%)
2,84 50 1,420 1,36
3,71 25 0,927 0,90
n
Fazendo 1 - = N' (constante para cada plano de 4,64 10 0,464 0,45
N
amostragem), pode-se escrever: 5,26 5 0,263 0,25
6,55 1 0,065 0,06
QMR = N' p.Pa (2)
(A)
n
Para ilustração do levantamento da curva da QMR, N' = 1 - , que para este exemplo fica:
N
suponha-se o seguinte plano de amostragem (conforme
a NBR 5426): 200
N' = 1 - = 0,96
5000
Tamanho dos lotes - 5000 (N)
Tomando-se os valores de (p) e (QMR) da Tabela 4 como
Tamanho da amostra - 200 (n) coordenadas, obtém-se a seguinte curva:

O LQMR é, portanto, aproximadamente igual a 1,5% e representa, teoricamente, a pior qualidade dentro do plano considerado,
supondo-se obedecidos todos os procedimentos recomendados para uma inspeção por amostragem.

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