Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Stature Estimate of Children with Cerebral Palsy Through Segmental Measure: A Systematic
Revision
Autores: Andrade MR, Calixto CA, Marteletto NM, Lamounier JA, Tibúrcio JD
RESUMO
Carrying out the direct stature measurement in physically impaired children seems to present
itself as a practical difficulty. Instead, segmental measurements are used to this end.
OBJECTIVE: We aim at verifying the correspondence between the segmental and stature
measurements specifically involving children with Cerebral Palsy. METHODS: A Systematic
Revision is to be used by using PubMed, BVS, MEDLINE and Lilacs database guided by the
PICO Model (Participants, Intervention, Comparison, Outcome) for the selection of references
and the PRISMA Criteria (Preferred Reporting Items for Systematic Review and
Meta-Analyses) for identification, selection and inclusion. RESULTS: The analyses of the 7
selected articles allowed room for observing the variation of the tools used for the corporal
segments measurement. The segments under measurement analyses were the Tibia Length (TL),
the Upper Arm Length (UAL) and the Knee Length (KL). Most studies that have estimated the
stature through formulas, for instance the one proposed by Stevenson, and when measuring two
segments from one individual alone the results came out as a no-match to the estimated stature.
A study carried out on 50 children with Cerebral Palsy in 2014, using the estimated height from
TL and comparing it to the real height (calculated by the sum of the linear segments), resulted in
a new equation which was validated in Japanese children. DISCUSSION: As the Body Mass
Index (BMI) is paramount to the nutritional state evaluation, the height measurement has to be
accurate. With patients with limb spasticity and scoliosis, the height estimate has been difficult
to meet since such factors modify the segmental measures. CONCLUSION: Taking these results
into account, an investigation comparing the directly measured heigh with the estimated one,
through the segmental lengths, in physically impaired patients should prove to be useful.
Consequently, The public health care services that provide these patients with multidisciplinary
assistance ought to benefit substantially from these studies.
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
Os descritores e expressões utilizados nas buscas foram: anthropometry, cerebral palsy, child e
body height. Estes integram a lista de descritores em Ciência da Saúde (DeCs) e da Medical
Subject Headings (MeSH) e foram combinados por meio do operador booleano AND.
A busca das referências bibliográficas foi realizada de acordo com as seguintes etapas:
Primeira Etapa: foram identificados 159 trabalhos nas bases de dados analisadas.
Segunda Etapa: excluídos 2 artigos no idioma alemão (apenas o resumo estava em inglês e,
além disso, não apresentavam compatibilidade com o objetivo deste estudo), após a utilização
do filtro de idiomas (português, inglês e espanhol), permanecendo elegíveis 157 referências.
Terceira Etapa: Selecionou-se o período de interesse: entre janeiro de 1995 a abril de 2018. O
limite inferior desse intervalo foi escolhido em função do ano de publicação da equação
proposta por Stevenson que é utilizada na pratica clínica para a estimativa da altura em crianças
com paralisia cerebral.7 A aplicação desse filtro acarretou a exclusão de 41 trabalhos.
Quarta Etapa: Das 116 referências restantes foram excluídas 29 por estarem repetidas nas bases
de dados pesquisadas, restando 87 referências.
A partir deste ponto, os artigos foram selecionados com base em sua compatibilidade de
conteúdo, considerando uma pergunta norteadora, elaborada conforme descrito nas etapas
seguintes.
A utilização dos critérios PICO permite a elaboração de uma questão de pesquisa que torne mais
eficaz as buscas nas bases de dados, uma vez que foca no objetivo do estudo, evitando análises
desnecessárias. Sendo assim, ao considerar a questão guia “Existe correlação entre a altura
estimada por meio de equações em crianças com paralisia cerebral e as medidas diretas de
altura?” os critérios PICO foram: participantes - crianças com paralisia cerebral; intervenção -
altura estimada por meio de equações; controle - não intervenção e resultados (outcomes) -
correspondência entre as medidas diretas de altura e aquelas estimadas por meio de equações.
A análise guiada pela pergunta norteadora foi realizada a partir da leitura dos resumos dos 87
trabalhos que restaram após a exclusão das 29 referências repetidas nas bases de dados.
Sexta Etapa: nesta etapa explicamos o motivo da exclusão de cada trabalhos analisado à luz da
questão guia. Foram encontrados artigos em diversos eixos temáticos que diferiam da finalidade
desta pesquisa. 21 artigos versam especificamente sobre análise do índice de massa corporal
(IMC), composição corporal e estudo sobre gráficos de crescimento em indivíduos com
distúrbios motores. Outros 21 artigos tratam de nutrição, disfagia alimentar, consequências da
gastrostomia, dificuldades alimentares e/ou estado nutricional de pacientes com
comprometimento motor. 8 artigos abordam a respeito da paralisia cerebral em relação ao
comprometimento ósseo, densidade óssea e presença de escoliose. Outros 8 artigos tratam de
comprometimentos neurais em pacientes prematuros ou recém-nascidos de baixo ou muito
baixo peso. 7 artigos referem alterações motoras, classificação da função motora e desempenho
funcional em pacientes com comprometimento neural. 6 artigos discorrem sobre atividade
física, sedentarismo e gasto energético em pacientes com paralisia cerebral. Um trabalho
discorre sobre a temática de paralisia cerebral em formato de capítulo de livro, não se
encaixando, portanto, na seleção de artigos proposta pela pergunta norteadora. Os demais 9
trabalhos excluídos, tratavam de temáticas bastante específicas como: Hipopituitarismo,
deficiência de vitamina D, efeitos da equoterapia na marcha de crianças com paralisia cerebral,
análise de crescimento de crianças pós rizotomia dorsal, análise de anticorpos em crianças com
paralisia cerebral, tratamento com hormônio do crescimento, níveis de prostaglandina e baixa
estatura em casos de hidrocefalia.
Sétima Etapa: Finalmente, pós a exclusão das 80 referências que não responderam à questão
guia, foram selecionados sete artigos que atenderam aos critérios estabelecidos. Estes, por sua
vez, foram lidos na íntegra e as informações mais relevantes de cada um deles foram extraídas
para subsidiar a construção de quadros, a fim de facilitar a visualização e a interpretação dos
resultados.
Oitava Etapa: Foram produzidos dois quadros (Quadro 1 e Quadro 2), que possibilitaram a
síntese das informações mais relevantes de cada artigo. Para tanto, foram criadas colunas com
os seguintes títulos: autor e local do estudo, tamanho da amostra, faixa etária, medidas
antropométricas de interesse, instrumentos de medidas, cálculo da altura estimada, conclusões
sobre as medidas antropométricas e limitações do estudo.
Décima Etapa: após a seleção dos artigos foi feita busca secundária nas referências
bibliográficas de cada um dos artigos selecionados. No entanto, os artigos que responderam à
pergunta norteadora foram os mesmos encontrados na busca primária. Sendo assim, a discussão
dos resultados se limitou aos sete artigos localizados no rastreamento inicial.
O escopo do trabalho foi guiado pelo checklist de itens a serem incluídos no relato de revisão
sistemática, também proposto no referido método.9
RESULTADOS
As etapas seguidas para a seleção dos sete artigos analisados neste estudo estão descritas na
forma de fluxograma na figura 1. Os resultados obtidos nesta revisão sistemática foram
sumarizados nos quadros 1 e 2.
Bases de dados: PubMed, BVS, MEDLINE, Lilacs.
159 referências identificadas
2 referências em alemão excluídas após utilização do filtro de idiomas para inglês, espanhol e
português
87 referências elegíveis
7 artigos incluídos na revisão
Excluídas 80 referências por não responderem à pergunta norteadora
Faixa
Tamanho
Autor Local etária Segmento medido instrumentos de medidas
da amostra
(anos)
Iñiguez México 108 2 - 16 CT, CJ e CB Fita métrica para o
et al. com PC comprimento da tíbia;
(2017) Segmômetro Rosscraft
para CJ e para CB.
Haapala Estados 137 2 - 25 Altura, Estadiômetro e fita métrica
et al. Unidos com PC comprimento flexível de aço.
(2015) medido em
decúbito,
CJ, CT e CU.
Amezquita Chile 60 3 - 15 CT e CJ. Calibrador de Ross para
et al. com PC medida de CJ; fita métrica
(2014) inextensível para medida de
CT.
Kihara Japão 50 3 - 12 CT e comprimento Fita métrica.
et al. com PC e corporal dividido
(2014) 38 em segmentos.
saudáveis
Teixeira e Brasil 14 0-3 CJ Antropômetro horizontal para
Gomes com PC medida do comprimento;
(2014) fita milimetrada inextensível
para medida de CJ
Bell e Austrália 17 5 - 12 CJ Estadiômetro de parede
Davies com PC e para medida da altura e
(2006) 20 Antropômetro
saudáveis para medida de CJ.
Hogan Canadá 34 6 - 30 CJ Calibrador antropométrico;
(1999) com PC não foi informado
instrumento para medida do
comprimento em decúbito.
DISCUSSÃO
As dificuldades em aferir a altura de pacientes com PC é objeto central de estudo neste artigo de
revisão. Isso ocorre devido a diversos fatores relacionados à fragilidade, à debilidade ou às
alterações fenotípicas e posturais dos indivíduos com PC, impedindo a aplicação da técnica e o
uso dos instrumentos habituais para aferir a estatura.12,15,18 Exemplos desses fatores limitantes,
referidos em grande parte dos artigos estudados, são: presença de escoliose, atrofia muscular,
incapacidade de se manter em posição ortostática, espasticidade e contratura muscular de
articulações, características muito comuns nesses pacientes.12,13,15,16,18
A alternativa mais utilizada para superar essas dificuldades é o uso de equações propostas por
vários pesquisadores para estimar a altura com base na medida de segmentos corporais. Porém,
este é um padrão de referência bastante questionável por diversos autores.13-15 Sendo assim, o
uso dessas equações não é bem estabelecido na literatura atual.14 Entretanto, dois trabalhos
realizaram comparação entre crianças saudáveis e crianças com Paralisia Cerebral.13,14 Bell e
Davies realizaram comparação entre 17 crianças com PC e 20 saudáveis, utilizando equações
descritas por Chumlea et al. (1994) e Stevenson (1995). A estimativa de altura foi por meio de
CJ. A equação de Stevenson foi mais adequada para crianças com quadro leve de PC, sem a
mesma correspondência para pessoas portadoras de limitação graves. Há limitações pela
amostra pequena e variações de estimativa, que diferiram de 9 a 10%. Os autores Kihara et al.
(2014) realizaram um estudo comparativo entre 50 indivíduos com PC e 38 saudáveis,
estimando altura a partir de CT. Foram incluídas crianças com PC, de moderada à grave, bem
como portadoras de contraturas graves e/ou escoliose. Nesse caso, a altura real desses pacientes
pôde ser considerada bastante precisa, uma vez que os pesquisadores realizaram medidas
corporais utilizando um método de divisão. A partir desse método o comprimento corporal foi
dividido em segmentos contíguos lineares, que, quando somados, representariam a altura real.
Assim, esses autores elaboraram equações de regressão inovadoras para o cálculo da altura
estimada tanto para crianças saudáveis como para crianças com comprometimento neural. A
medida do CJ é dificultada ou impossibilitada em crianças com CP que possuem severa
contratura do tornozelo. Por essa razão o estudo padronizou o uso do CT para uso nas equações
para facilitar sua aplicação em pacientes com PC grave.14 Este trabalho foi realizado apenas em
pacientes japoneses.
Em cinco estudos - Iñiguez et al. (2017); Haapala et al. (2015); Hogan (1999); Teixeira e
Gomes (2014) e Amezquita et al. (2014) - que são descritos nos quadros 1 e 2, a estimativa de
altura foi realizada por meio de segmentos corporais, apenas em indivíduos com limitações
motoras. Estes estudos investigaram, ao total, 353 indivíduos, com faixa etária entre zero e trinta
anos. Os autores utilizaram a equação proposta por Stevenson (1995) e/ou por Chumlea et al.
(1994). Não houve comparação com população saudável da mesma faixa etária. Considera-se
que a realização dessa comparação é importante para validação das equações utilizadas na
estimativa da estatura, também em população saudável, uma vez que as curvas de crescimento
da Organização Mundial da Saúde – OMS, são baseadas em crianças hígidas e com nutrição
adequada. Na prática clínica, essas mesmas curvas são aplicadas para avaliação do estado
nutricional de crianças com limitações físicas.19 Haapala et al. (2015) em 137 indivíduos com
PC investigou a validade das equações de Stevenson (1995), Chumlea (1994) e Gauld (2004).
Embora os estudos demonstrassem a validade dessas equações para estimar a altura, tal
associação não ficou evidente em um amplo grupo de pacientes ambulatoriais com PC, quando
comparou-se a altura real com a altura medida testada.12 Realizou-se estudo transversal com 108
crianças portadoras de PC e concluiu-se que as medidas antropométricas variam de acordo com
o segmento corporal mensurado e o tipo de disfunção motora. De maneira semelhante, Haapala
et al. (2015) mostraram que o grau de comprometimento neurológico gera variações no padrão
de crescimento. Em relação a classificação motora, por exemplo, Garcia-Iñiguez et al. (2017)
observaram que a altura era significantemente maior em indivíduos com paralisia espástica, se
comparados a indivíduos com outros tipos de paralisia cerebral.
Kihara et al. (2014) também retrataram o fato de que crianças com Paralisia Cerebral tendem a
ter menores estaturas que crianças com desenvolvimento típico. Nesse estudo mexicano, os
autores estratificaram os pacientes por idade e compararam a altura estimada pelo CT, CJ e CB.
Encontraram-se diferenças significativas entre a altura estimada pela técnica de Stevenson para
cada um desses segmentos. Na comparação entre faixas etárias houve variação de 12 cm (em
crianças até 71 meses) a 15,2cm (em indivíduos iguais ou acima de 120 meses).12
Haapala et al. (2015) também encontraram em seu estudo diferenças entre altura estimada pela
equação de Stevenson usando o CJ e altura real medida por antropômetro ou pela soma de
segmentos do corpo (em casos de escoliose ou contratura muscular). Essa variação foi de
-1,77cm a +5,4 cm. Em relação ao uso do CT, a variação foi de -2,97 a +5,9. Em ambos os casos
essa diferença foi maior na comparação dos pacientes com grau de comprometimento motor
mais severo.15
O estudo de Haapala et al. (2015) validou a equação de Stevenson usando CJ apenas para níveis
de comprometimento motor leves, sem contraturas ou deformidades espinhais. Acredita-se que
isso se deva ao comprometimento hipotrófico da musculatura de membros inferiores à medida
em que aumenta a severidade da paralisia.15 Iñiguez et al. (2017) também salientam sobre a
possibilidade de erros no cálculo do IMC em pacientes portadores de doença neural, que
variavam de acordo com o segmento de escolha para o cálculo da altura. Nesse aspecto, o
estudo encontrou diferenças de até 6,1 Kg/m2 quando comparou o IMC medido a partir do CT,
CJ e CB. Segundo Haapala et al. (2015), o IMC é calculado baseado na altura ao quadrado.
Sendo assim, pequenas variações na estimativa da altura podem gerar erros exponenciais no
cálculo do IMC. Esses autores também concluíram que há uma pobre correlação entre a altura
estimada e a real, quando aferida por medidas segmentares.
As equações propostas por Stevenson (1995), Chumlea et al. (1994) e Gauld et al. (2004)
podem gerar desacordos entre o resultado da altura estimada e a altura real. Como consequência,
haveria erro no cálculo de IMC, ocasionando diagnósticos e abordagens equivocadas sobre a
situação nutricional desses pacientes.
Em 2014, no Chile, um estudo encontrou concordância entre altura estimada pelos segmentos
CJ e CT e a altura medida.16 No entanto, houve impossibilidade de estimativa da altura em 40%
da amostra devido à dificuldade de realizar medidas diretas, pois se utilizou apenas a altura em
posição supina para verificar a altura real dos pacientes. Esses 40% coincidem justamente com
portadores de paralisias moderadas à severas, em que os pacientes não conseguem se manter em
posição ortostática. Esse é um fator limitante do estudo, já que a análise da correspondência das
equações somente contemplou pacientes com paralisias leves.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
5. Garza C. New growth standarts for the 21st century: a prescriptive approach. Nutr. Rev.
2006;64: S55-9.
8. Santos CMC, Pimenta CAM, Nobre MRC. A estratégia PICO para a construção da pergunta
de pesquisa e busca de evidências. Rev. Latino-am Enfermagem 2007; 15(3): 508-511.
10. Chumlea WMC, Guo SS, Steinbaught ML. Prediction of stature from knee height for black
and white adults and children with application to mobility- impaired or handicapped persons. J
Am Diet Assoc. 1994; 94(12):1385-1388. 1391.
11. Gauld LM, Kappers J, Carlin JB, Robertson CF. Height prediction from ulna length. Dev
Med Child Nurol. 2004; 46(7):475-480.
12. Iñiguez JAG, Vásquez-Garibay EM, Contreras AG, Romero-Velarde E, Sanromán RT.
Assessment of anthropometric indicators in children with cerebral palsy according to the type of
motor dysfunction and reference standard. Nutrición Hospitalaria [serial on the Internet].
2017;34(2) [cited 2018 May 22]. Avaiable from:
http://revista.nutricionhospitalaria.net/index.php/nh/article/view/353
13. Bell KL, Davies PSW. Prediction of height from knee height in children with cerebral palsy
and non-disabled children. Annals of Human Biology. 2006; 33(4): 493-499.
14. Kihara K, Kawasaki Y, Yagi M, Takada S. Relationship between stature and tibial length for
children with moderate-to-severe cerebral palsy. Brain Dev. 2015;37(9):853-857.
15. Haapala H, Peterson MD, Daunter A, Hurvitz EA. Agreement between actual height and
estimated height using segmental limb lengths for individuals with cerebral palsy. American
Journal of Physical Medicine and Rehabilitation. 2015; 94(7):539-546.
18. Teixeira JS, Gomes MM. Anthropometric evaluation of pediatric patients with
nonprogressive chronic encephalopathy according to different methods of classification. Rev.
paul. Pediatr. [serial on the Internet]. 2014;32(3):194-199. [cited 2018 May 22]. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010305822014000300194&script=sci_arttext&tlng=en
19. WHO Multicentre Growth Reference Study Group [homepage on the Internet]. WHO Child
Growth Standards: Length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height
and body mass index-for-age: Methods and development. Geneva: World Health Organization,
2006 (312 pages) [cited 2018 May 22]. Avaiable from:
http://www.who.int/childgrowth/standards/technical_report/en