Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 – Planejamento da obra
O planejamento de montagem é uma atividade que já nasce na época da
estimativa de custos da obra, quando da elaboração da proposta ao cliente. Nesta fase já
se tem um cronograma básico estimado, o dimensionamento de pessoal e equipamentos
necessários ao fiel cumprimento dos serviços.
Muitos são os fatores que influem na determinação da metodologia de montagem,
tais como:
- Tipo de obra;
- Recursos locais;
- Localização da obra;
- Interferências;
- Equipamentos disponíveis;
- Mão de obra;
- Custos.
Quando a obra se transforma em encomenda, o próximo passo será detalhar o
plano de montagem, nesse caso, é necessário que o montador já tenha em mãos o
projeto, o que incluem:
- Desenhos de fabricação (detalhes);
- Desenhos de montagem (diagramas);
- Lista de parafusos;
- Listas de tirantes.
E outros acessórios que sejam indispensáveis pois, daí se obtém dados
necessário para a previsão do ferramental básico, à correta execução da montagem,
exemplos:
- Desenhos de fabricação, o montador extrai informações das dimensões e
pesos das peças, o que lhe proporcionará conhecimentos para previsão de
estropos, cintas de poliéster, manilhas, talhas catracas e outras ferramentas
de carga.
- Desenhos de montagem, além de ser primordial a sua existência durante a
montagem, o seu estudo antecipado, faz com que o plano de trabalho seja
mais enriquecido, e os recursos para a montagem, mais completos. Dele se
obtém dados característicos da obra (altura, largura, comprimento, tipos de
ligações e etc.).
- Lista de parafusos, conhecendo-se as bitolas dos parafusos, a previsão de
ferramentas de aparafusamento e torque será mais precisa.
1
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
2
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
Implantação canteiro
Descarga e Manuseio
Topografia
Pré-montagem
Montagem
Cobertura e Tapamento
Retoques pinturas
Outras atividades (escopo)
Desmobilização
3
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
4
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
0.60
J2 J2 J2 J2
SALA 3,00m
2.44
FC4mm
100/100 MADEIRA
J1
60/80 MADEIRA
PADRÃO
104,56 m²
ALMOXARIFADO DEPÓSITO 133,52 m²
6.10
6.28
7.48
ESCRITÓRIO
3.66
J1
0.60
J2 J2
9
2.44 1.22 8.54 4.27
9 16.47 9
17.85
Almoxarifado (madeira)
ALPENDRE
9
1.00
J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J2
1.22
1.22
DORM.01 02 03 04 05 06 07 08
4.27
3,00m
FC4mm
1.22
100/100 MADEIRA
60/80 MADEIRA
10.72
1.22
8.54
8.72
PADRÃO
315,81 m²
328,68 m²
1.22
09 10 11 12 13 14 15 16
4.27
1.22
1.22
J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J2
1.00
ALPENDRE
9
9 29.28 9
30.66
Alojamento (madeira)
5
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
J1 J2 J2 J1
SALA SALA
2,50m
FC4mm
100/100 MADEIRA
60/80 FERRO
PADRÃO
62,42 m²
83,33 m²
ESPERA
SALA
J1 J1
Ambulatório (madeira)
J1
CHAPEIRA
CHAPEIRA
CHAPEIRA
APONTADORIA
J1
PÉ DIREITO: 2,50m
COBERT.: FC4mm
ÁREA ÚTIL = 28,80 m² JANELA J1: 100/100 MADEIRA
ÁREA TOTAL = 43,85 m² JANELA J2: 60/80 FERRO
ESP.TÉC.: PADRÃO
6
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
J2 J2 J2 J1 J1 J1 J1
2,50m
FC4mm
100/100 MADEIRA
60/80 MADEIRA
COPA SALA SALA PADRÃO
100,73 m²
SALA
J1
128,95 m²
CIRCULAÇÃO
SALA
J1
SALA RECEPÇÃO SALA
J1 J1 J1 J1 J1
Escritório (madeira)
J1 PÉ DIREITO: 2,50m
COBERT.: FC4mm
JANELA J1: 100/100 MADEIRA
JANELA J2: 60/80 FERRO
ESP.TÉC.: PADRÃO
Guarita (madeira)
7
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
0.60
2.44 1.22
9
J2 J2 J1 J1 J1
DEPÓSITO
1.83
3,00m
FC4mm
100/100 MADEIRA
60/80 MADEIRA
ET-ST/EC/ST-PRÁTICO
77,75 m²
101,58 m²
REFEITÓRIO
7.48
6.10
6.28
COZINHA
J2 J2 J1 J1 J1 4.27
3.66 8.54 9
9 12.20 9 0.60
13.58
Refeitório (madeira)
J2 J2 J2
J2
CHUVEIROS
J2
VESTIÁRIO
BLOCO BLOCO BLOCO BLOCO BLOCO BLOCO BLOCO BLOCO
SANITÁRIOS
J2 J2 J2 J2 J2 J2
2,50m
FC4mm
100/100 MADEIRA
60/80 MADEIRA
PADRÃO
108,39 m²
138,08 m²
8
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
10.72
0.60
9 3.66 9 9 2.44 9
9
J1 J1 J1 J1 J1 J1
6.10
6.28
7.88
J1 J1 J1 J1 J1 J1
1.00
ALPENDRE
9
J2
J1
2,50m
2.44
APOIO FC4mm
J2
100/100 MADEIRA
4.88
5.06
60/80 FERRO
J2
PADRÃO
COPA
2.44
366,48 m²
J2
J2
423,08 m²
ALPENDRE
1.00
9
J1 J1 J1 J1 J1 J1
7.88
6.10
6.28
J1 J1 J1 J1 J1 J1 9
9 21.96 9
23.34
VISTA LATERAL
VISTA FRONTAL
DORM. 1 02 03 04
4.55
4.69
PLANTAS
9
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
Alojamento (bloco)
CORTE ESQUEMÁTICO
VISTA FRONTAL
1.45
SALA DE REIDRAT.
3.85
1.20
REUNIÃO ORAL DESP.
1.20
1.35
1.35
9.19
GINECOLOGIA
3.85
3.85
2.95 3.35 2.85 1.35 2.95 2.95 3.35 1.75 3.35 3.35
28.34
PLANTA
Ambulatório (bloco)
VISTA FRONTAL
CORTE ESQUEMÁTICO
17.59
2.66 1.60 1.60 2.00 4.40 5.20
2.55
2.55
1.05
6.29
6.29
3.60
2.55
PLANTA
10
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
Escritório (bloco)
Escritório (Container)
Banheiro (Container)
11
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
3.2 – Documentação
Caberá ao supervisor de segurança, juntamente com o administrativo da obra,
prover a obra de toda a documentação necessária, exigida pelo Ministério do Trabalho,
tais como: atestado de saúde, audiometria, etc..
12
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
13
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
5 – Topografia da Obra:
Dependendo do porte da obra, é necessário e fundamental a permanência de
topografia em tempo integral no canteiro. Garantindo à montagem os níveis,
alinhamentos, verticalidade e eixos de projeto, tornando-se assim uma grande parceira
do montador.
Exemplos de atividades topográficas:
- Conferência da locação e projeção dos chumbadores;
- Traçar eixos de colunas, vigas, trilhos, pontes rodoviárias e ferroviárias, etc.;
- Verificação do alinhamento de colunas, vigas de rolamento, trilhos, monovias,
pontes, etc.;
- Verificação de prumos de colunas, tesouras, pórticos, etc.;
- Verificação de contraflecha;
- Emissão de relatórios de serviços para montagem de “Data Book”.
Todas as ferramentas de topografia, deverão estar com os seus respectivos
certificados de aferição atualizados e arquivados no escritório da obra (Teodolito, nível,
distanciômetro, trena, mira, etc.).
14
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
15
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
1 2
h h
500
b) Contraflecha
Não deverá ser superior a 6 mm, para vãos de 15 m sobre aquele indicado no
desenho de projeto.
L A
16
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
L 15 m
C1
A
C1
L 15 m
C2
B
C2
C1 e C2 6 mm
C1 + C2 12 mm
Estas tolerâncias deverão ser mantidas em todas as colunas, por meio de calços
na mesa inferior das vigas de rolamento.
g) Excentricidade do trilho
17
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
Os trilhos deverão estar centrados, sempre que possível, nas vigas de rolamento.
e
e 0,75 tw
tw
Em nenhuma hipótese a excentricidade do trilho deverá ser maior que 0,75 da espessura
da alma.
B1
+
A2
A1
-
B2
F 1% L 20 mm
18
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
1- Havendo nichos para receber os chumbadores, suas paredes deverão ser ásperas e
o concreto de enchimento deverá ter fck 180 kgf / cm2, ser vibrado e evitar retração.
2- Nivelamento das bases – O nivelamento das bases deverá ser feito por meio de
calços num mínimo de quatro, ou por meio de parafusos calantes presos às placas de
base. Após o nivelamento, com a coluna montada e aprumada, o espaço entre o
fundo da placa de base e o topo de concreto (25 mm a 50 mm) (fig. abaixo) deverá
ser preenchido por uma argamassa (Grout) com traço areia cimento 1:2 e possuir
resistência igual ou maior que a do concreto da fundação.
Em casos de bases de grandes dimensões e sujeitas a grandes cargas, usar um
agente expansor, “Sika Grout” ou similar, de forma a evitar os vazios e a retração, e
deixar um furo próximo ao centro de base de aproximadamente 50 mm, para facilitar
o enchimento e a saída de ar (fig. abaixo).
~50 mm
25 a 50 mm
A A
SECÇÃO "A-A"
3- Todos os chumbadores devem ser pintados após a concretagem dos blocos, exceto
roscas. Especial atenção deve ser dada à junção do chumbador com o concreto, que
é o ponto provável de início de corrosão. Se o chumbador ficar sujeito a ataques das
intempéries ou agentes químicos, usar mastique de asfalto na junção (fig. abaixo).
PONTO MASTIQUE DE
CRÍTICO ASFALTO
19
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
6 – Pré - Montagem
Por questões técnicas ou econômicas muitas peças são recebidas no canteiro de
obra em partes separadas ou em vários conjuntos que formarão uma peça principal
(treliças, tesouras, colunas, etc.).
Torna-se importante uma pré-montagem em paralelo às outras atividades da obra.
Conhecendo esta necessidade, o montador já deve ter em mãos o planejamento desta
atividade, com as prioridades determinada, de modo que abasteça a montagem, sem
causar ociosidade de equipamento e mão de obra e principalmente levar em
consideração que o controle de qualidade deverá ser dentro dos procedimentos
estabelecidos com rigor, principalmente no que tange ao dimensionamento, contraflecha,
solda e aparafusamento. Para que as peças sejam liberadas para a montagem, as
mesmas deverão estar com os respectivos laudos de inspeção. Sabendo que as ligações
podem ser aparafusadas ou soldadas, a obra já deve estar munida dos certificados de
qualidade dos lotes de parafusos e eletrodos estocados no canteiro.
Por conveniência e dentro do possível, muitas peças deverão ser pré-montadas o
mais próximo possível de seu eixo de montagem, principalmente as de maior robustez e
peso, tais como: vigas de rolamento, colunas, tesouras e pórticos, evitando-se assim o
seu remanejamento com mais distância, o que acarretaria mais custo e cuidados
especiais.
7 - Parafusagem
A parafusagem é o processo mais usado na montagem de campo, pela facilidade
de sua execução. Os parafusos ASTM A307, também conhecidos como parafusos
comuns, são geralmente utilizados em conexões de peças secundárias, não sujeitas a
esforços dinâmicos, como terças, vigas de tapamento etc.. As porcas correspondentes a
estes parafusos devem ser apertadas de acordo com as especificações, de modo a evitar
o seu afrouxamento. Para tanto, quando necessário, pode-se usar arruelas de
travamento, porcas de travamento, porcas de obstrução, amassamento da rosca, ponto
de solda etc.
Os parafusos de alta resistência ASTM A325, A490 ou equivalentes, são
geralmente usados em ligações muito solicitadas ou sujeitas a cargas dinâmicas. Podem
ser empregados em conexões a esmagamento, em que o esforço se transmite pelo
contato do corpo do parafuso com a parede do furo, ou em conexões tipo fricção, pelo
20
MANUAL DE MONTAGEM OUTUBRO/2002
atrito entre as peças. Em conexões a esmagamento, as roscas podem estar incluídas nos
planos de cisalhamento ou fora deles.
21