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FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Brasília – DF
2008
VITOR SILVA MACHADO
Brasília - DF
2008
ii
VITOR SILVA MACHADO
Banca Examinadora
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
Brasília - DF
2008
iii
DEDICATÓRIA
iv
AGRADECIMENTOS
v
RESUMO
vi
ABSTRACT
The aim of this paper is the description and analysis of the recommended site
tests and the special performance tests of a synchronous generator during the
commissioning phase.
This is an exploratory project, aimed to analyze and identify the main tests
conducted in a synchronous generator before its commercial operation, through visits
to the place of commissioning, to follow up and collect the results obtained in the
field.
Initially, references will be presented for the concepts of the main parameters
that describe the model of the equivalent circuit of a synchronous machine operating
in steady and transitory state, giving basis for the analysis of the obtained results. In
the sequence, the methodological procedures are approached, through definitions,
descriptions and schematic. A presentation and justification of the principles
described in the standards will be made. It will also be made a description of the
procedure adopted in a considered book of electric machines for the determination of
the characteristics of the machine in study for a real situation of load.
Finally the conclusion of the project is presented, exposing the ideas about the
obtaining of the data collected in field during the commissioning, on the part of the
responsible team for the supplied generating unit.
vii
LISTA DE FIGURAS
ix
LISTA DE TABELAS
x
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
xi
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
1.1 Filosofia do Comissionamento ...................................................................... 2
1.2 Estrutura do Trabalho ................................................................................... 3
2 CARACTERÍSTICAS E ASPECTOS CONSTRUTIVOS ...................................... 5
2.1 Estrutura do Estator ...................................................................................... 5
2.2 Estrutura do Rotor ......................................................................................... 6
2.3 Dados Técnicos ............................................................................................ 6
2.3.1 Descrição ............................................................................................... 6
2.3.2 Dados Nominais de Projeto ................................................................... 6
3 ENSAIOS ........................................................................................................... 22
3.1 Ensaios Estáticos ........................................................................................ 22
3.1.1 Ensaio de medição da resistência de isolamento e verificação do Índice
de Polarização do estator (IP). ........................................................................... 22
3.1.2 Ensaio de tensão aplicada no enrolamento do Estator. ....................... 32
3.1.3 Medição da resistência ôhmica do enrolamento do Estator. ................ 37
3.1.4 Medição da resistência de isolamento do Rotor. ................................. 43
3.1.5 Ensaio de tensão aplicada no enrolamento do Rotor. ......................... 47
3.1.6 Medição da resistência ôhmica do enrolamento de campo. ................ 51
3.2 Ensaios Dinâmicos...................................................................................... 56
3.2.1 Ensaio a vazio...................................................................................... 56
3.2.2 Ensaio em curto-circuito. ..................................................................... 63
3.2.3 Verificação da seqüência de fase. ....................................................... 70
3.2.4 Ensaio de rejeição de carga ativa. ....................................................... 72
3.2.5 Curva de Fator de Potência Zero e determinação da corrente de
excitação nominal. ............................................................................................. 77
4 EXEMPLO DE CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS DO GERADOR .............. 83
5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 90
APÊNDICE ................................................................................................................ 92
xii
1 INTRODUÇÃO
1
1.1 Filosofia do Comissionamento
2
equipamentos da central geradora, como turbina, mancais e eixos, e poderão
ocorrer, se devidamente acordado com a montadora, em paralelo com as atividades
de montagem.
3
no capítulo 4, mostrando os conceitos e metodologia desenvolvidos em um
conceituado livro de máquinas elétricas. No final, é feita uma análise dos valores
obtidos para uma situação real de carga.
4
2 CARACTERÍSTICAS E ASPECTOS CONSTRUTIVOS
5
2.2 Estrutura do Rotor
2.3.1 Descrição
6
Os principais valores nominais da máquina em estudo são descritos a seguir.
Sabendo que a máquina é um gerador síncrono de pólos salientes conforme descrito
anteriormente, temos:
• Tensão Nominal
• Freqüência
120 f
ωs = ( 2.1)
Np
(120)(60)
ωs = = 163,64 rpm
44
• Potência Nominal
7
Um dos principais dados de projeto de uma máquina síncrona é a sua
potência instalada, ou seja, a sua potência aparente. O seu valor pode ser calculado
como:
__ __ __
S 3φ = 3 V nomi nal I a * ( 2.2)
__
S 3φ = 3Vnominal I a cos φ + 3Vnominal I a senφ ( 2.3)
onde:
S 3φ 74200
Ia = = ⇒ I a = 3104,3 A
Vnomi nal 3 13,8 3
8
fasores da tensão e corrente nominal da seguinte forma (tomando como referência a
tensão):
__ __
V nominal = 13800∠0° V e I a = 3104,3∠ − 18,2° A
Logo,
__
__ __
S φ = 3V
3 nomi nal I a* = 74200∠18,2ο = 70487,92 + j 23175,25
___ __ __ __ ___
E f = Ra I a + jX d I d + jX q I q + Vn ( 2.4)
__ __ __
Ia = Id + Iq ( 2.5)
pela relação entre a tensão nominal e a corrente de armadura obtida com a mesma
corrente de campo no ensaio de curto-circuito. O valor de projeto é dado por:
X dn = 0,947 pu
10
A reatância síncrona de eixo direto saturada X ds depende das condições de
operação da máquina e está relacionada à saturação do circuito magnético. O valor
nominal de projeto é dado por:
X ds = 0,757 pu
X q = 0,60 pu
→ Reatância de dispersão X l
X l = 0,104 pu
→ Resistência de campo R f .
respectivamente tem-se:
11
VCC 173
Rf = = = 151 mΩ
If 1140
→ Resistência de armadura Ra .
Ra = 7,31 mΩ
De acordo com a norma [4], para o cálculo das perdas nos enrolamentos
estatórico e rotórico, a resistência do enrolamento deve ser corrigida para a
temperatura de referência para cada tipo de classe de isolamento. A tabela 2.1
mostra essa temperatura para as duas principais classes de isolamento para uma
máquina síncrona de pólos salientes.
12
( K + T2 )
R2 = xR1 ( 2.6)
( K + T1 )
onde:
→ Perdas no núcleo.
Pnúcleo = 275 kW
Pexterna = 25,00 kW
14
máquina é conduzida à sua velocidade nominal sem que esta esteja excitada,
mantendo as escova em contato. Para a máquina em estudo tem-se:
Patrito = 90,00 kW
→ Perdas rotacionais.
• Rendimento η
Pout 70487,92
η= = = 0,9834
Pind 71671,39
Logo,
η = 98,34 %
15
• Dados Mecânicos
→ Torque.
P
Tn = [Nm] ( 2.7)
ωs
P 70487,92
Tn = = = 4114,8 kNm
ωs 17,13
16
o comportamento da máquina é um pouco diferente. Esse período entre o estado
permanente inicial e final é denominado de Estado Transitório.
X ' d = 0,278 pu
X ' q = 0,600 pu
17
→ Reatância Sub-transitória – eixo direto X "d
X " d = 0,24 pu
X " q = 0,24 pu
Sabendo que o valor de X "d e X "q são iguais, tem-se que a máquina em
T ' do = 6,25 s
18
→ Constante de tempo transitória em curto-circuito – eixo direto T 'd
T "do = 0,043 s
T "d = 0,037 s
19
→ Constante de Tempo sub-transitória em curto-circuito – eixo em quadratura
T "q
T "q = 0,064 s
→ Relação de curto-circuito Rc
Rc = 1,32 pu
→ Momento de Inércia J
J = mr 2 [tonelada m 2 ] ( 2.9)
onde:
m : massa do corpo
20
Para a máquina em estudo tem-se:
J = mr 2 = 1610 tm 2
H = 3,1857 s
21
3 ENSAIOS
Os ensaios estáticos são todos aqueles testes que não implicam no giro da
unidade geradora. Dentre esses ensaios, alguns não possuem interfaces com os
demais equipamentos da central geradora podendo ser efetuados em paralelo com
as atividades de montagem.
22
enrolamentos. Geralmente, a resistência de isolamento varia proporcionalmente com
a camada de isolamento e inversamente com a área da superfície do condutor.
→ Objetivo do ensaio.
→ Método do ensaio.
23
Tabela 3.1: Ajuste da tensão no aparelho de medição.
onde:
IP : Índice de Polarização.
Risol (10 min) : Valor da resistência de isolamento medida após dez minutos.
24
Risol (1 min) : Valor da resistência de isolamento medida após um minuto.
Figura 3.1:
.1: Esquema de ligação
ligação para medição da resistência de isolamento e índice de
polarização do estator.
Legenda:
F2 Enrolamento do rotor.
M Megôhmetro.
25
• Resistência de isolamento:
onde
( 40 −T )
K isol = (0,5) 10
(3.3)
onde
26
40°C , for maior ou igual ao nível do isolamento (em kV) somando-se a unidade, ou
seja:
onde
• Índice de Polarização:
Classe A 1,5
Classe B 2,0
Classe F 2,0
Classe H 2,0
27
→ Análise dos resultados.
Conexões
Tempo
MΩ MΩ MΩ MΩ
1 min. 725 692 687 337
2 min. 1170 1160 1070 635
3 min. 1510 1430 1430 882
4 min. 1730 1670 1670 969
5 min. 1920 1870 1850 1280
6 min. 2040 2040 1970 1430
7 min. 2200 2160 2080 1520
8 min. 2260 2200 2160 1690
9 min. 2300 2290 2260 1720
10 min. 2400 2370 2330 1890
Temp. Amb. : ºC 27 27 27 27
Umid. Rel. Ar. % 73,5 73,5 73,5 73,5
R (10 min)
IP = isol 3,31 3,42 3,39 5,61
Risol (1 min)
28
para que essas moléculas se reorientem, e, conseqüentemente, para que a energia
de polarização da corrente gerada se reduz a zero.
10000
Resistência de Isolamento [MΩ]
1000
100
10
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo[min.]
Fase U1 Fase V1 Fase W1 Fase U1V1W1
29
Tabela 3.4: Valores da resistência de isolamento e I.P. do estator corrigidos para 40°C .
Conexões
Tempo
MΩ MΩ MΩ MΩ
1 min. 294 281 279 137
2 min. 475 471 435 258
3 min. 613 581 581 358
4 min. 703 678 678 394
5 min. 780 759 751 520
6 min. 828 828 800 581
7 min. 893 877 845 617
8 min. 918 893 877 686
9 min. 934 930 918 699
10 min. 975 963 946 768
R (10 min) 3,31 3,42 3,39 5,61
IP = isol
Risol (1 min)
30
1000
10
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo [min.]
31
Conforme descrito no capítulo 2 deste trabalho, a classe térmica do
isolamento do enrolamento estatórico é F. Assim, analisando os resultados obtidos
tem-se:
→ Objetivo do ensaio.
32
→ Método do ensaio.
O ensaio em CA deve ser iniciado com uma tensão que não exceda a metade
2 xVnominal + 1000 V
do valor da tensão total aplicada, ou seja, menor que . Então,
2
deve-se elevar o valor da tensão a uma velocidade de 0,5 kV / s , que corresponde a
aproximadamente 2% da tensão total aplicada, até atingir o valor especificado,
permanecendo neste nível por um minuto, sendo então reduzida a zero volt, também
com a mesma velocidade. Essa velocidade de elevação da tensão aplicada permite
obter grande acurácia nos valores medidos pelo equipamento de medição utilizado.
[8]
33
Após o final do teste, conforme descrito em [10],
[10], a máquina deve permanecer
aterrada por um tempo quatro vezes maior que o de ensaio. Isso garante que
nenhum resquício de energia seja encontrado no enrolamento após a execução do
ensaio. Deve-se
se evitar desligar a fonte com tensões superiores a 40% em relação à
tensão nominal do enrolamento em teste.
As seguintes observaçõ
observações
es devem ser consideradas para um melhor
monitoramento do ensaio realizado.
Figura 3.4:
.4: Esquema de ligação para ensaio com tensão alternada no enrolamento
estatórico.
Legenda:
34
TP Transformador de potencial.
V Voltímetro CA.
A, B e C Fases do estator.
F Enrolamento do rotor.
Figura 3.5: Esquema de ligação do ensaio com tensão contínua no enrolamento estatórico.
Legenda:
kV Voltímetro.
A, B e C Fases do estator.
F Enrolamento do rotor.
mA Miliamperimetro.
35
aplicada. Para garantir que a tensão de teste não seja afetada pela corrente de fuga,
o TP deve fornecer uma corrente de curto-circuito suficiente para manter um nível de
tensão em 3% durante uma eventual descarga elétrica.
36
3.1.3 Medição da resistência ôhmica do enrolamento do Estator.
→ Objetivo do ensaio.
→ Método do ensaio.
37
Para os dois métodos, deve-se monitorar a temperatura do enrolamento, pois
de acordo com [6], o aumento da temperatura do enrolamento não deve ultrapassar
1 K durante a realização do ensaio. Se o monitoramento da temperatura não for
feito, o valor da corrente, que passa pelo enrolamento em teste, não deve
ultrapassar 10% do valor da corrente nominal do enrolamento e o tempo de
aplicação não deve ser maior que 1 minuto.
Esse método consiste em fazer circular uma corrente contínua, que pode ser
ajustada através de um reostato ligado em série com a fonte CC e o enrolamento,
medindo-se a queda de tensão nos terminais do enrolamento. Com alterações no
valor do reostato obtêm-se diferentes valores de corrente e tensão.
38
Legenda:
F Fonte CC.
V Voltímetro.
mV Milivoltímetro.
S Shunt.
R Reostato variável.
• Método da Ponte:
39
Figura 3.7: Esquemático para o método da Ponte.
Legenda:
P Ponte de Thomson.
( K + T2 )
R2 = xR1 ( 3.5)
( K + T1 )
onde:
40
- K = 234,5 para o cobre ou K = 228 para o alumínio.
Tabela 3.5: Valores medidos da resistência ôhmica do enrolamento estatórico para cada
fase.
Resistência Ôhmica ( Ω
Corrente (A) Fase
)
A 0,007300
10,00 B 0,007292
C 0,007303
A 0,007300
7,50 B 0,007293
C 0,007305
A 0,007303
5,00 B 0,007292
C 0,007306
41
A 0,007301
Média B 0,007292
C 0,007305
Temperatura de medição 28,96 °C
• Fase B: ∆Ra = Ra projeto − Ra médio = 0,00731 − 0,007292 = 1,8 x10 −5 ⇒ ∆Ra = 0,25% .
42
3.1.4 Medição da resistência de isolamento do Rotor.
43
→ Objetivo do ensaio.
Este ensaio visa obter informações sobre o estado em que o material isolante
se encontra, podendo indicar se a estrutura rotativa da máquina está em condições
de ser submetida aos ensaios dielétricos.
→ Método do ensaio.
Legenda:
U, V, W Fases do estator.
M Megôhmetro.
Resistência isolamento
Tempo
(M Ω)
1 min. 1650
Temp. de medição ( °C ) 27
Resistência isolamento
Tempo
(M Ω)
1 min. 670
Temperatura Base ( °C ) 40
46
RUVW = 670 MΩ > (Vaparelho ( kV ) + 1)
→ Objetivo do ensaio.
→ Método do ensaio.
47
Para a máquina em estudo, utilizou-se o mesmo aparelho descrito
anteriormente no ensaio no enrolamento do estator, o HIPOT.
onde
O ensaio em CA deve ser iniciado com uma tensão que não exceda a metade
10 xV f
do valor da tensão total aplicada, ou seja, menor que . Então, deve-se elevar
2
o valor da tensão a uma velocidade suficientemente pequena para garantir grande
acurácia nos valores medidos, mais não muito pequena para não causar stress na
máquina durante o ensaio. Quando o valor da tensão atingir o especificado, deve-se
permanecer neste nível por um minuto, sendo então reduzida a zero volt. Essa
redução não pode ser imediata, para não causar uma mudança brusca no transitório
da máquina, podendo causar danos na estrutura do enrolamento. [8]
48
Figura 3.9: Esquema de ligação para ensaio com tensão alternada no enrolamento de
campo.
Legenda:
TP Transformador de potencial;
V Voltímetro CA;
A, B e C Fases do estator;
F Enrolamento do rotor.
Figura 3.10: Esquema de ligação do ensaio com tensão contínua no enrolamento de campo.
49
Legenda:
A, B e C Fases do estator.
F Enrolamento do rotor.
mA Miliamperimetro.
50
3.1.6 Medição da resistência ôhmica do enrolamento de campo.
→ Objetivo do ensaio.
Este ensaio visa obter a resistência ôhmica dos enrolamentos, a qual poderá
ser usada para calcular as perdas no enrolamento de campo ( I f R f ), e determinar a
2
→ Método do ensaio.
Esse método consiste em fazer circular uma corrente contínua, que pode ser
ajustada através de um reostato ligado em série com a fonte CC e o enrolamento,
medindo-se a queda de tensão nos terminais do enrolamento. Com alterações no
valor do reostato obtêm-se diferentes valores de corrente e tensão. O valor da
corrente não deve ultrapassar a 10% da corrente nominal do enrolamento, sendo
suficiente para garantir uma perda pequena que não irá causar uma significativa
mudança na temperatura do enrolamento durante o tempo de aplicação.
52
Figura 3.11: Esquemático do método corrente e tensão para o enrolamento de campo.
Legenda:
V Voltímetro.
mV Milivoltimetro.
S Shunt.
R Reostato variável.
53
Ao determinar o valor médio, o valor da resistência em cada medição que
diferir de ± 0,01 desse valor médio calculado, deve ser desconsiderado e uma nova
medição é realizada.
Legenda:
P Ponte de Thomson.
54
Os resultados obtidos para os diferentes valores de corrente, juntamente com
a média, são descritos na tabela 3.8.
∆R f = R f projeto
− R f médio = 0,11400 − 0,112890 = 1,1x10 −3 ⇒ ∆R f = 1% .
55
3.2 Ensaios Dinâmicos
56
Figura 3.13: Característica teórica do Gerador Síncrono W42.
→ Objetivo do ensaio.
57
saturada. Além disso, permite-se comparar as características encontradas em
campo com os valores específicos de projeto.
→ Método do ensaio.
elevado, faz-se necessário uma correção. Deve-se prolongar a parte reta da curva,
chamada de linha de entreferro, até a sua intersecção com o eixo das abscissas, o
que ocorre do lado direito do eixo das ordenadas. O comprimento do segmento de
eixo das abscissas, limitado pela intersecção do eixo com o prolongamento da curva
até o ponto zero, representa o valor da correção a ser somado a todos os valores
medidos da corrente de excitação.
58
Figura 3.14:
.14: Esquemático para o levantamento da característica à vazio.
Legenda:
TP Transformador de potencial.
S Shunt.
mV Milivoltímetro CC.
59
Tabela 3.9: Dados do ensaio à vazio coletados em campo.
feita a partir da intersecção da parte linear da curva, linha de entreferro, com o eixo
das abscissas na sua parte negativa. O comprimento do segmento do eixo das
abscissas até a intersecção com o eixo das ordenadas representa o valor da
correção.
60
Característica à vazio
150
125
100
Tensão de armadura (%)
75
50
25
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Corrente de excitação (A)
61
Linha de entreferro
150
125
100
Tensão de armadura (%)
75
50
25
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Corrente e excitação (A)
− 231,2
E f = 23,62 I f + 231,2 sendo E f = 0 ⇒ ∆I f = = −9,78 A
23,62
62
A correção feita em todos os valores da corrente de excitação para se obter a
curva característica a vazio corrigida é ∆I f = −9,78 A .
E f = 13800 V ⇒ I f = 682,1 A
→ Objetivo do ensaio.
→ Método do ensaio.
63
De acordo com [13], as leituras das correntes devem ser feitas decrescendo o
valor da excitação, começando com um valor que produzirá uma máxima corrente
de armadura permitida, isto é, 120% da corrente nominal do enrolamento.
Legenda:
TC Transformador de corrente.
TP Transformador de potencial.
64
V1,V2 e V3 Voltímetro de CA.
S Shunt.
mV Milivoltimetro CC.
I a (%) Corrente
Corrente de Armadura Tensão
Excitação
Excitação
Teórico Fase A Fase B Fase C I a media I f (A)
(medido) (medido) (medido) calculada V f (V)
120,25 3732,21 3735,84 3731,05 3733,03 678,70 83,44
111,49 3460,15 3463,70 3459,28 3461,04 623,60 77,04
100,21 3110,17 3113,29 3109,29 3110,92 557,95 69,12
90,26 2801,41 2804,10 2800,60 2802,04 501,11 62,32
80,39 2495,09 2497,46 2494,19 2495,58 445,04 55,69
69,11 2144,89 2147,08 2144,28 2145,42 381,53 48,01
60,67 1882,85 1884,78 1882,29 1883,31 334,14 42,33
50,63 1571,35 1573,00 1570,90 1571,75 278,21 2441
31,15 966,78 967,84 966,47 967,03 170,91 22,24
26,23 814,07 814,96 813,87 814,30 142,80 18,72
18,05 560,15 560,82 560,09 560,35 97,92 12,86
9,72 301,81 302,12 301,72 301,88 51,57 6,91
1,33 41,24 41,30 41,24 41,26 0,00 0,00
65
Característica de curto-circuito
140
120
Corrente de armadura (%)
100
80
60
40
20
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Corrente de excitação (A)
66
Logo,
I a = 3104,3 A ⇒ I f cc = 558,2 A
E f = 23,62 I f + 231,2 [V ]
Para E f = 13800 V :
13.568,8
13800 = 23,62 I f + 231,2 ⇒ If = = 574,46 A
23,62
558,2
X dn = = 0,97 pu
574,46
I fo
Kc = ( 3.9)
I fc
se:
67
1 = 0,001772 I f + 0,010846 ⇒ I fc = 558,2 A
Logo,
684,1
Kc = = 1,22 pu
558,2
• Relação de curto-circuito:
68
Características Gerador W42
125
100
75
50
25
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Corrente de excitação (A)
69
3.2.3 Verificação da seqüência de fase.
→ Objetivo do ensaio.
→ Método do ensaio.
• Método 1: Seqüencímetro.
Legenda:
S Seqüencímetro;
TP Transformador de potencial.
71
fase com a rede. Se as lâmpadas acenderem uma depois da outra ou
permanecerem apagadas, quer dizer que a máquina está na seqüência oposta.
72
→ Objetivo do ensaio.
→ Método do ensaio.
73
Figura 3.21: Esquemático de ligação do ensaio de rejeição de carga.
Legenda:
74
Tabela 3.11: Dados do ensaio de rejeição de carga.
Carga 25 % 50 % 75 % 100 %
75
• Freqüência.
→ Carga 25%.
→ Carga 50%.
→ Carga 75%
→ Carga 100%.
• Tensão de armadura.
→ Carga 25%.
→ Carga 50%.
→ Carga 75%.
76
→ Carga 100%.
→ Objetivo do ensaio.
→ Método do ensaio.
77
De acordo com [16], geralmente não é necessário obter a Curva de Fator de
Potência Zero por completo. Dois pontos são suficientes, sendo que o primeiro é
obtido perto da tensão nominal de armadura, fazendo com que a potência ativa de
saída seja aproximadamente zero com o ajuste do RV. E o segundo é obtido com as
características em curto-circuito para uma tensão terminal zero.
• Triângulo de Potier.
78
Da figura 3.22 têm-se que o comprimento do seguimento OF é dado pela
corrente de excitação necessária para gerar a tensão de excitação do modelo de
circuito equivalente descrito pela figura 1.1. O seguimento RF é dado pela
componente da corrente de excitação responsável por gerar a reação de armadura e
o seguimento OR é dado pela componente da corrente de excitação responsável por
produzir o fluxo de dispersão no entreferro.
De acordo com [15], para uma máquina de pólos salientes tem-se que a
reatância de Potier é 3 vezes o valor da reatância de dispersão.
• Diagrama ASA.
79
Figura 2.23: Diagrama ASA
onde
entreferro.
nominal de excitação.
ensaio em curto-circuito.
3450
Xp = = 0,64 Ω
3104,3 x 3
0,64
Xp = = 0,25 pu
2,56658
81
0,25
∴ Xl = = 0,08 pu
3
∴ I fn = 932,75 A
82
4 EXEMPLO DE CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS DO
GERADOR
Ef
E f = K ag I f ⇒ K ag = ( 4.1)
If
E f = 2735,3 V → I f = 115,59 A
Daí,
Ef 2735,3
K ag = ∴ K ag = = 23,66 V / A .
If 115,59
E f = 23,66 I f
Ef
( 4.2)
Bx E f
If = + Ax e
K ag
83
O primeiro termo representa a parte linear da curva (linha de entreferro), e o
segundo termo a parte exponencial que caracteriza a saturação magnética da
máquina. Para encontrar os coeficientes desta expressão ( Ax e Bx ), devem-se
utilizar os seguintes artifícios matemáticos.
385,54 Ax e16532,8 Bx
= 8107 , 7 B x
⇒ 55,23 = e Bx 8425,1 ∴ B x = 0,000476 V −1 e Ax = 0,00266
6,98 Ax e
__
jX q I a + Vnom inal = j (1,539)(3104,3∠ − 18,2°) + (7990,12∠0°) = 10512,37∠25,57°
Logo,
__
Este resultado confirma que o fasor E f está localizado sobre o eixo em
quadratura.
12446,3
If = + 0,00266e 0, 000476 x12446,3 ⇒ I f = 527,04 A
23,66
83,02
I f = 667,49 A → V f = 83,02 V ⇒ R f = = 124 mΩ
667,49
85
Logo,
V f = I f R f = (592,96)(0,124) ∴ V f = 73,52 V
__
__ __
De acordo com [6], para o cálculo das perdas dos enrolamentos, utiliza-se o
critério descrito na tabela 2.1. Os valores das demais perdas foram tirados dos
valores nominais de projeto descritos no capítulo 2.
( K + T2 ) ( 234,5 + 115)
Rf 2 = xR f 1 para K = 234,5 ⇒ R f 2 = 0,124 = 164 mΩ
( K + T1 ) ( 234,5 + 50)
( K + T2 ) (234,5 + 115)
Ra 2 = xRa1 para K = 234,5 ⇒ Ra 2 = 0,00731 = 8,98 mΩ
( K + T1 ) (234,5 + 50)
PRL = 312,00 kW .
86
Perda por atrito e ventilação:
Patrito = 90,00 kW
Pexterna = 25,00 kW
Perdas no núcleo:
Pnúcleo = 275,00 kW
Perdas Totais:
Potência desenvolvida:
Potência de entrada:
Torque:
Pdev 70487,9
Tdev = = = 4114,88 Nm .
ω rm 17,13
87
Perdas rotacionais:
PRL 312
TRL = = = 18,21 Nm .
ω rm 17,13
Logo,
~
P in = Pm + FWL + Pexterna + Pnucleo + Patrito = 71240,00 kW
Pout 70487,92
η= ~
= ∴ η = 98,9%
P in 71240,00
88
5 CONCLUSÃO
89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[3] IEEE Std 100, “The Authoritative Dictionary of IEEE Standards Terms”. 7. ed. NY,
2000.
[5] SEN, P. C. “Principles of Electric Machines and Power Electronics”. New York,
John Wiley and Sons, 1996.
[6] IEC 60034-4 – “Rotanting Electrical Machines – Part 4: Methods for determining
synchronous machine quantities from tests”. Genebra, 1985.
[7] IEEE Std 43-2000 (R2006), “IEEE Recommended Practice for Testing Insulation
Resistance of Rotanting Machinery”. NY, 2000.
[8] IEEE 4-1995, “IEEE Standard Techniques for High-Voltage Testing”. NY, 1995.
[9] IEC 60034-1 – “Rotanting Electrical Machines – Part 1: Rating and performance”.
11. ed. Genebra, 2004.
[10] IEEE Std 95-2002, “IEEE Recommended Practice for Testing Insulation of AC
Electric Machinery (2300 V and Above) With High Direct Voltage”. NY, 2002.
[11] MOSES, G. L., “AC and DC Voltage Endurance Studies on Mica Insulation for
Electric Machinery”, AIEE Transactions, 1951.
90
[12] IEEE Std 118-1978, “IEEE Standard Test Code for Resistance Measurement”.
NY, 1978.
[13] IEEE Std 115-1995, “IEEE Guide: Test Procedure for Synchronous Machines –
Part 1: Acceptance and Performance Testing. Part 2: Test Procedures and
Parameter Determination for Dynamic Analysis”. NY, 1995.
[14] IEEE Std c57.13-1993 (R2003), “IEEE Standard Requirements for Instrument
Transformers”. NY, 1993.
[16] GROSS, Charles A. “Electric Machines”. New York, CRC Press, 2007.
[17] IEEE Std 1095-1989, “IEEE Guide for Installation of Vertical Generators and
Generator/Motors for Hidroelectric Applications”. NY, 1989.
91
APÊNDICE
Figura A1: Vista do Vertedouro e da Casa de Força da UHE Capim Branco II, durante a fase
de comissionamento da Unidade Geradora 1.
92
Figura A2: Estrutura do núcleo magnético do estator.
93
Figura A4: Vista do entreferro da máquina.
94
Figura A6: Vista panorâmica da máquina em fase final de comissionamento.
95