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Resumo:
1. O que é o ‘Timor Gap’ ?
2. Austrália e Indonésia partilham o Timor Gap
3. Continuação do tratado com outros titulares ou novo acordo?
4. As fronteiras
5. Royalties
6. As companhias petrolíferas
7. O Governo de Canberra pressionado em casa
8. O petróleo na economia de Timor Leste
Conclusões:
Nota:
4. As fronteiras
Em Junho 2000, o CNRT declara que uma nova fronteira a igual distância entre
Timor Leste e a Austrália é um ponto de partida para as negociações (The
Australian, 15-6-00). A Austrália aceita discutir a repartição das royalties, mas
não as fronteiras. A razão é clara: muitos peritos prevêem que a revisão das
fronteiras pode, muito simplesmente, colocar todo o Timor Gap, e talvez mais,
sob controlo exclusivo de Timor Leste.
5. Royalties
Conclusões:
John Pilger*
O terror que se seguiu tem poucos paralelos: nem mesmo Pol Pot conseguiu
matar proporcionalmente tantos cambodjanos como Suharto e os seus amigos
generais mataram em Timor oriental. De uma população de quase um milhão,
um terço desapareceu.
Foi o segundo holocausto do qual Suharto foi responsável. Uma década antes,
em 1965, Suharto tomou o poder na Indonésia com um banho de sangue que
eliminou mais de um milhão de vidas. A CIA referiu: «Em termos de número de
mortos, os massacres estão entre os piores assassínios em massa do séc. XX.»
Este acontecimento foi saudado na imprensa ocidental como “um raio de luz na
Ásia” (Time). O correspondente da BBC no sueste asiático, Roland Challis,
descreveu mais tarde o encobrimento dos massacres como um triunfo da
cumplicidade e silêncio dos media, A “linha oficial” era que Suharto tinha “salvo”
a Indonésia de um assalto comunista.
Como pessoa que relatou e filmou as provas do genocídio, acho esta última
observação especialmente profana. A «propaganda» da Fretilin que ele
ridiculariza era rigorosa. O relatório subsequente das Nações Unidas sobre
Timor Leste descreve milhares de casos de execução sumária e violência contra
mulheres pelas forças especiais Kopassus de Suharto, muitas delas treinadas na
Austrália. «Violação, escravatura sexual e violência sexual foram instrumentos
usados como parte da campanha programada para infligir uma profunda
experiência de terror, impotência e desespero nos apoiantes pró-
independência,» diz a ONU.
Tentativas de negociação