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AO TCC
(TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO)
AULA - 2
Unidade 2.
A PESQUISA:
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Sumário
Unidade 2
PESQUISA: CONCEITOS, APLICABILIDADE E
ELEMENTOS PRÓPRIOS DE UMA PESQUISA 4
O PROBLEMA NA PESQUISA 11
Exercícios Propostos 16
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Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade, trataremos da pesquisa, seus concei-
tos, importância e finalidades. O estudo trata tam-
bém dos elementos necessários para realizar uma
investigação e dos aspectos principais de um projeto
de pesquisa.
BOM ESTUDO!
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2.01.
PESQUISA: CONCEITOS, APLICABILIDADE E
ELEMENTOS PRÓPRIOS DE UMA PESQUISA
Ao pensarmos em pesquisa, podemos defini-la como
o procedimento racional e sistemático, cujo objetivo é
proporcionar respostas aos problemas de interesse a
serem solucionados e que são propostos pelo pesqui-
sador. Busca-se através da pesquisa elementos e res-
postas, quando não se dispõe de informação suficiente
para responder a um problema, ou então quando a in-
formação disponível não apresenta uma estrutura ade-
quadamente relacionada ao problema.
Gil (2002) apresenta de forma clara algumas con-
siderações importantes sobre pesquisa. É interessante
iniciar conceituando a pesquisa, que se dá por meio de
conhecimentos disponíveis e a utilização criteriosa de
métodos, técnicas e outros procedimentos científicos.
Além disso, a pesquisa desenvolve-se por meio de pro-
cesso composto por inúmeras fases, que começa funda-
mentalmente pela formulação do problema percorren-
do caminhos até chegar na apresentação dos resultados.
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2.02.
POR QUE FAZER PESQUISA?
Existem basicamente dois grandes grupos que deter-
minam a realização de uma pesquisa: por questões e
interesses de ordem intelectual e de ordem prática. Ou
seja, no primeiro caso, o pesquisador envolve-se com
a investigação simplesmente pela própria satisfação de
conhecer. Nas questões práticas, existem interesses em
conhecer e aprofundar assuntos que possam contribuir
com melhoras e soluções em todas as áreas para bene-
fícios à sociedade de um modo geral.
Pode-se dizer que as pesquisas originadas desses dois
grupos são conhecidas como “puras” e “aplicadas” e
discuti-las como se fossem mutuamente exclusivas e
tanto o conhecimento em si mesmo, quanto as contri-
buições práticas resultantes desse conhecimento são de
interesse da ciência (GIL, 2002).
Pode ocorrer de em uma pesquisa sobre proble-
mas práticos resultar em princípios científicos, bem
como uma pesquisa pura pode fornecer conhecimentos
passíveis de aplicação prática imediata. É importante
refletir sobre estratégias e táticas de pesquisa adequadas
aos objetivos tanto das pesquisas “puras” quanto das
“aplicadas”. Desse modo, daremos atenção aos estu-
dos básicos tanto das pesquisas acadêmicas, quanto das
pesquisas elaboradas para a solução de problemas.
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2.03.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA FAZER
UMA PESQUISA
Em um sentido geral, apontamos questões a serem es-
tudadas ao elaborar-se um projeto de pesquisa, que en-
globam qualquer investigação na sua totalidade. Alguns
itens são importantes e devem fazer parte do perfil de
um pesquisador, o que resultará no êxito ou não da pes-
quisa. Por exemplo:
a) conhecimento do assunto a ser pesquisado;
b) curiosidade;
c) criatividade;
d) integridade intelectual;
e) atitude autocorretiva;
f) sensibilidade social;
g) imaginação disciplinada;
h) perseverança e paciência;
i) confiança na experiência.
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que não é um trabalho fácil. Demanda tempo, disponi-
bilidade e empenho para enfrentar as dificuldades, que
certamente surgem em todo percurso investigativo.
2.03.1.
OS RECURSOS HUMANOS, MATERIAIS E
FINANCEIROS
De acordo com Gil (2002), o pesquisador tem papel
fundamental no processo de produção científica, no
entanto, é preciso pensar também nas questões relacio-
nadas aos recursos de que dispõe o pesquisador no de-
senvolvimento e na qualidade dos resultados da pesqui-
sa. Isso indica que no campo da ciência não devemos
associar invenções e descobertas como exclusividade
da genialidade do cientista. A organização com amplos
recursos tem maior probabilidade de ser bem sucedida
num empreendimento de pesquisa, que outra cujos re-
cursos sejam deficientes.
Para ser bem sucedido, qualquer empreendimento
de pesquisa, deverá levar em consideração a questão dos
recursos disponíveis. É necessário pensar nos equipa-
mentos e materiais necessários ao desenvolvimento da
pesquisa. Estar atento aos gastos que possam ocorrer na
trajetória da investigação. Por isso, o pesquisador deve ter
noção do tempo a ser utilizado. Em um projeto de pes-
quisa, é preciso prever e considerar os recursos humanos,
materiais e financeiros necessários a sua efetivação.
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2.04.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA FAZER
UMA PESQUISA
Toda pesquisa precisa ser devidamente planejada. O pla-
nejamento, portanto, é a primeira fase, que deve com-
por: a formulação do problema, a especificação dos ob-
jetivos, a construção de hipóteses e a operacionalização
dos conceitos. No planejamento, deve constar também
os aspectos referentes ao tempo a ser despendido, os
recursos humanos, materiais e financeiros necessários
para sua realização.
Existe uma concepção de planejamento sustenta-
da por quatro elementos necessários a compreensão do
pesquisador: processo, eficiência, prazos e metas. En-
tão, podemos conceber o planejamento como um pro-
cesso sistematizado, cuja base pode dar mais eficiência à
investigação, para que em um determinado prazo alcan-
ce o conjunto das metas estabelecidas. O planejamento
de uma pesquisa fica assim explicitado por Gil:
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de pesquisa e determinar os procedimentos de cole-
ta e análise de dados. Deve, ainda, esclarecer acerca
do cronograma a ser seguido no desenvolvimento
da pesquisa e proporcionar a indicação dos recursos
humanos, financeiros e materiais necessários para
assegurar o êxito da pesquisa.” (2002, p. 19)
2.05.
ELEMENTOS DE UM PROJETO DE
PESQUISA
Para a elaboração de um projeto de pesquisa não exis-
tem regras específicas. A estrutura do projeto é deter-
minada principalmente pelo tipo de problema a ser pes-
quisado. Basicamente, é preciso que o projeto descreva
como se processará a pesquisa, esclarecendo quais as
etapas que serão desenvolvidas e os recursos que devem
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ser viabilizados para atingir os objetivos. O projeto pre-
cisa estar detalhado para proporcionar a avaliação do
processo de pesquisa.
Na base de um projeto de pesquisa devem constar
os seguintes itens:
a) formulação do problema;
b) construção de hipóteses ou especificação dos obje-
tivos;
c) identificação do tipo de pesquisa;
d) operacionalização das variáveis;
e) seleção da amostra;
f) elaboração dos instrumentos e determinação da es-
tratégia de coleta de dados;
g) determinação do plano de análise dos dados;
h) previsão da forma de apresentação dos resultados;
i) cronograma da execução da pesquisa;
j) definição dos recursos humanos, materiais e financeiros
a serem alocados (LAKATOS E MARCONI, 2003, p. 20).
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participação política de uma população, a elaboração do
projeto torna-se bastante complexo, pois é difícil deter-
minar com precisão os procedimentos que serão adota-
dos para a obtenção de respostas significativas.
É possível que, nesse caso, seja necessário elabo-
rar um anteprojeto, que deverá passar por alterações
significativas para se chegar à elaboração definitiva do
projeto. Outros inúmeros casos semelhantes devem ser
analisados (GIL, 2002).
O problema da pesquisa precisa estar bem defini-
do, para que se proceda a elaboração do projeto. Tam-
bém, é preciso ter clareza dos objetivos e da metodolo-
gia a ser utilizada.
2.06.
O PROBLEMA NA PESQUISA
Um problema ou uma indagação é o início de toda pes-
quisa. O que Gil (2002) nos coloca é que nem todo pro-
blema é passível de tratamento científico. Então, para
realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar,
verificar se o problema levantado pode se inserir na ca-
tegoria de científico.
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um problema é de natureza científica quando en-
volve variáveis que podem ser tidas como testáveis:
“Em que medida a escolaridade determina a prefe-
rência político-partidária?” “A desnutrição determi-
na o rebaixamento intelectual?” Todos esses proble-
mas envolvem variáveis suscetíveis de observação
ou de manipulação. É perfeitamente possível, por
exemplo, verificar a preferência político-partidária
de determinado grupo, bem como seu nível de es-
colaridade, para depois determinar em que medida
essas variáveis estão relacionadas entre si.” (GIL,
2002, p. 24)
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quente professores sugerirem aos alunos a formulação
de problemas com o objetivo de treiná-los na elabora-
ção de projetos de pesquisa”.
Existe uma diversidade de interesses em pesquisas
de ordem intelectual que levam à formulação de proble-
mas de pesquisa, principalmente quando um pesquisa-
dor volte sua atenção para um objeto pouco conhecido.
Freud, por exemplo, destacou-se quando pesquisou so-
bre o inconsciente, uma área pouco explorada.
Áreas já exploradas, também, são de interesse de
pesquisadores, cuja finalidade é aprofundar a temática,
abordando novos aspectos, com o objetivo de determi-
nar ou especificar melhor as condições em que certos
fenômenos ocorrem, ou como podem ser influenciados
por outros.
Um pesquisador pode também se interessar em
testar uma teoria específica. Gil (2002) aponta um
exemplo nesse sentido: Wardle (1961) um pesquisa-
dor estudou crianças que frequentavam uma clínica de
orientação infantil e constatou que os que furtavam, ou
apresentavam outros comportamentos anti-sociais, pro-
vinham, com frequência significativa, de lares desfeitos,
observou que apresentavam incidência mais elevada de
separação da mãe e com maior frequência tinham pais
que provinham também de lares desfeitos.
O interesse de um pesquisador pode residir apenas
na descrição de determinado fenômeno. Exemplo: veri-
ficar as características socioeconômicas de uma popula-
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ção ou traçar o perfil do adepto de determinada religião.
Diversos fatores influenciam na escolha de problemas
de pesquisa. Contudo, não é fácil formular um problema
científico. Lakatos reconhece: “Para alguns, isso implica
mesmo o exercício de certa capacidade que não é muito
comum nos seres humanos. Todavia, não há como dei-
xar de reconhecer que o treinamento desempenha papel
fundamental nesse processo”. (2010, p. 53)
O exercício da pesquisa possibilita aos pesquisa-
dores um domínio na elaboração de regras práticas que
auxiliam na formulação de problemas científicos. São
“dicas” simples e objetivas que direcionam o pesqui-
sador na formulação do problema de pesquisa, quais
sejam:
a) o problema deve ser formulado como pergunta;
b) o problema deve ser claro e preciso;
c) o problema deve ser empírico;
d) o problema deve ser suscetível de solução;
e) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viá-
vel. (LAKATOS, 2010, p. 135)
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pessoas, que acumulam muita experiência prática no
campo de estudo.
Em linhas gerais, as considerações sobre a pes-
quisa serviram de base para tratarmos em seguida das
questões ou elementos específicos e próprios, em que
teremos a oportunidade de observar as especificidades
de uma pesquisa monográfica.
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Exercícios Propostos
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