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01 (2012) Para uma alimentação saudável, devemos considerar as Leis da Alimentação.

Asso-
cie cada Lei ao respectivo “princípio” básico, numerando a segunda coluna de acordo com a
primeira.

(1) Lei da Adequação. (2) Lei da Harmonia. (3) Lei da Qualidade. (4) Lei da Quantidade.

( ) Quantidade de alimentos necessária para o funcionamento do organismo e a manuten-


ção da saúde.
( ) Ingestão de todos nutrientes necessários ao organismo.
( ) Consideração de peso, estatura, clima, idade, sexo, disponibilidade de alimentos, estados
fi siológicos do indivíduo.
( ) Equilíbrio na ingestão de nutrientes.

A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 1, 3, 4, 2. b) 2, 4, 3, 1. c) 4, 3, 1, 2. d) 1, 4, 3, 2. e)


4, 2, 3, 1.

DICA DO AUTOR: As Leis da Alimentação ou Leis de Escudero foram defi nidas por Pedro Es-
cudero em 1937, e ainda hoje, são consideradas como a base de uma alimentação saudável.
Alternativa 1 - Lei da Adequação: Adequar a alimentação aos diversos fatores que interferem
na alimentação do indivíduo, como idade, peso, altura, atividade física e de trabalho, sexo,
poder aquisitivo, gasto energético, estado fi siológico (gestante, nutriz, criança, idoso, enfer-
mo) e coletividade.
Alternativa 2 - Lei da Harmonia: Manter equilíbrio entre a ingestão de alimentos e a quantidade
necessária ao organismo que recebe, respeitando a distribuição de nutrientes e o seu valor
energético total.
Alternativa 3 - Lei da Qualidade: Fornecer, em quantidades sufi cientes, alimentos com todos
os nutrientes indispensáveis para uma boa saúde.
Alternativa 4 - Lei da Quantidade: Fornecer diariamente quantidade de alimentos sufi ciente
para dar saciedade para o bom funcionamento orgânico, suprir as energias e manutenção da
saúde do individuo.

02 (2013) Quanto às Leis da Alimentação, é CORRETO afirmar que:

Ⓐ São denominadas, também, de Grupos Básicos da Alimentação; foram classificadas em


número de quatro e estabelecidas pelo médico argentino Pedro Escudero em 1937.
ⒷOs seus enunciados se adequam, apenas, à alimentação de uma pessoa saudável.
Ⓒ A lei da adequação afirma que cada indivíduo necessita de quantidades específicas para
manter suas funções orgânicas e atividades diárias.
Ⓓ A relação de proporção que deve existir entre os nutrientes, por exemplo, Cálcio/Fósforo,
refere-se à lei da quantid ade.
ⒺA lei da qualidade afirma que o regime alimentar deve ser completo em sua composição,
para oferecer ao organismo, que é uma unidade indivisível, todas as substâncias que o inte-
gram.

Alternativa A: FALSA. As leis da alimentação não são denominadas de Grupos Básicos da ali-
mentação.
Alternativa B: FALSA. Somente a lei da adequação é universal, pois é aplicável, sem exceção, a
indivíduos enfermos ou sãos. As demais, devido ao regime dietoterápico indicado, poderão
ser alteradas ou eliminadas.
Alternativa C: FALSA. A lei da adequação diz que a dieta deve ser adequada ao individuo, le-
vando em consideração os fatores que interferem no cálculo de uma dieta, ao estado fisioló-
gico do individuo, bem como a coletividade. A dieta deve ser individualizada.
Alternativa D: FALSA. A relação de proporção que deve existir entre os nutrientes se refere à
lei da Harmonia.
Alternativa E: VERDADEIRA. A lei da qualidade afirma que o regime alimentar deve fornecer
diariamente ao individuo a qualidade de nutrientes necessários ao organismo, considerar o
grau de maturação e conservação, bem como as condições de consumo dos alimentos.

03 (2012) As doenças resultantes da carência nutricional de niacina, retinol e acido ascórbico


são respectivamente:

Ⓐ Beribéri, Anemia perniciosa, Pelagra.


Ⓑ Pelagra, Beribéri, Escorbuto.
Ⓒ Pelagra, Cegueira noturna, Escorbuto.
Ⓓ Xeroftalmia, Cegueira noturna e Pelagra

Alternativa A: FALSA. A anemia perniciosa resulta da deficiência de vitamina B12 devido a um


defeito no mecanismo de absorção intestinal da vitamina.
Alternativa B: FALSA. O beribéri resulta da deficiência de tiamina (vitamina B1). O beribéri seco
está ligado a uma deficiência mais prolongada e menos grave, em geral associada a uma
baixa ingestão alimentar de carboidratos, ao passo que a alta ingestão de carboidratos e a
atividade física predispõem ao beribéri úmido.
Alternativa C: VERDADEIRA. A pelagra resulta da deficiência de niacina, a cegueira noturna é
consequência da deficiência de vitamina A (retinol) e o escorbuto resulta da deficiência de
ácido ascórbico (vitamina C).
Alternativa D: FALSA. A xeroftalmia (cegueira noturna) resulta da deficiência de vitamina A e
consiste na queratinização da conjuntiva, provocando ressecamento, enrugamento e espes-
samento da córnea.

04 (2012) Relacione os sintomas e sinais clínicos nutricionais, numeradas de 1 a 5 às suas res-


pectivas deficiências nutricionais de:

1. Mancha de Bitot. 2. Estomatite angular 3. Hipogeusia. 4. Hiperpigmentação. 5. Petéquias.

( ) Vitamina C
( ) Vitamina A
( ) Zinco
( ) Niacina
( ) Riboflavina

A sequência correta é:

Ⓐ 1, 4, 5, 2, 3.
Ⓑ 4, 1, 2, 5, 3.
Ⓒ 1, 5, 2, 4, 3.
Ⓓ 5, 1, 3, 4, 2.
Ⓔ 5, 1, 4, 3, 2.

Alternativa 1: Vitamina A. A deficiência moderada de vitamina A resulta em dificuldade de


adaptação ao escuro podendo levar a xerose conjuntival, e, posteriormente, formar as man-
chas de bitot, caracterizada por um depósito de material espumoso.
Alternativa 2: Riboflavina. A deficiência de riboflavina é caracterizada por lesões nos cantos da
boca e nos lábios, conhecidas como estomatite angular.
Alternativa 3: Zinco. A defi ciência do mineral zinco pode levar a hipogeusia, caracterizada pela
diminuição do paladar.
Alternativa 4: Niacina. A deficiência de Niacina leva à pelagra. Esta é caracterizada por derma-
tite com pigmentação, descamação e rachaduras nas partes expostas a radiações solares.
Alternativa 5: Vitamina C. Os primeiros sintomas de deficiência em vitamina C são equimoses e
petéquias. Resposta: Alternativa D

05 (2013) Uma alimentação variada e equilibrada garante ao organismo o fornecimento ne-


cessário das diversas vitaminas, evitando as avitaminoses, nome que se dá às doenças causa-
das por carência vitamínica. Sendo assim, analise a alternativa INCORRETA:

Ⓐ Vitamina A: problemas de visão, como a cegueira noturna e problemas de pele escamosa e


seca.
Ⓑ Vitamina D: alterações no sistema nervoso, lesões na pele, anemia, fadiga, dormência.
Ⓒ Vitamina C: causa o escorbuto, doença que provoca infl amação e sangramento das gengi-
vas, lesão na mucosa intestinal e fraqueza.
ⒹVitamina K: difi culdade em coagular o sangue.

DICA DO AUTOR: Atenção, questões sobre defi ciência de micronutrientes são muito cobradas
em concursos.
Alternativa A: VERDADEIRA. A vitamina A atua na proteção da pele e mucosas. Sua defi ciência
pode provocar problemas de visão, como a cegueira noturna e a xerose conjuntival, além de
problemas na pele, como hiperqueratose folicular.
Alternativa B: FALSA. A vitamina D atua na homeostasia do cálcio e fósforo, coagulação san-
guínea, transporte intestinal de cálcio, ressorção óssea e na pele. Sua defi ciência resulta em
ossos fracos e aumenta a ocorrência de fraturas.
Alternativa C: VERDADEIRA. A defi ciência de vitamina C, diferentemente da maioria das vitami-
nas, está associada a doenças específi cas, sendo o escorbuto a principal delas.
Alternativa D: VERDADEIRA. A vitamina K atua no processo de coagulação sanguínea

06 (2014) A alimentação enteral requer a administração das soluções com nutrientes através
de um tubo para dentro do trato gastrintestinal superior. Existem duas categorias principais
– aquelas que entram do nariz (tubos nasogástricos ou nasoenterais) e aqueles que entram
através da parede abdominal (gastrostomia, duodenostomia ou jejunostomia). A escolha do
método para administração da enteral deve considerar os seguintes aspectos:

Ⓐ Os tubos (sondas) nasogástricas são geralmente usados para alimentação enteral a curto
prazo, tubos nasojejunais (sondas) devem ser usados quando houver risco de aspiração ou
motilidade gástrica alterada, a gastrostomia ou jejunostomia são vantajosos para pacientes
que necessitam da alimentação enteral a longo prazo.
Ⓑ Os tubos (sondas) nasogástricas geralmente são usados para alimentação enteral a longo
prazo, tubos nasojejunais (sondas) devem ser usados quando houver risco de aspiração ou
motilidade gástrica alterada, a gastrostomia ou jejunostomia são vantajosos para pacientes
que necessitam da alimentação enteral a curto prazo.
Ⓒ A gastrostomia ou jejunostomia não são vantajosos para pacientes que necessitam da ali-
mentação enteral a longo prazo, os tubos (sondas) nasogástricas são geralmente usados para
alimentação entenral a curto prazo, tubos nasojejunais (sondas) devem ser usados quando
houver risco de aspiração ou motilidade gástrica alterada.
Ⓓ A gastrostomia ou jejunostomia são vantajosos para pacientes que necessitam da alimen-
tação enteral a médio prazo, os tubos (sondas) nasogástricas são geralmente usados para
alimentação enteral a curto prazo, tubos nasojejunais (sondas) devem ser usados quando
houver risco de aspiração ou motilidade gástrica alterada.

Alternativa A: VERDADEIRA. A TNE de curto prazo (menos de seis semanas) é realizada utilizan-
do sondas nasoenterais (em posição gástrica, duodenal ou jejunal). Entre os critérios utiliza-
dos para determinar o posicionamento da sonda nasoenteral estão a velocidade de esvazia-
mento gástrico, motilidade gástrica alterada e risco de aspiração. Para terapia nutricional de
longo prazo (mais que seis semanas) preferem-se estomias de nutrição, gástrica ou jejunal.
Alternativa B: FALSA. As sondas nasogastricas são ultilizadas na TNE de curto prazo e as esto-
minas na de longo prazo.
Alternativa C: FALSA. A gastrostomia ou jejunostomia são indicadas para TNE de longo prazo.
Alternativa D: FALSA. As estomias, gastrostomia ou jejunostomia, são indicadas para TNE de
longo praz

07 (2012) A nutrição parenteral tem a fi nalidade de garantir o adequado funcionamento dos


processos metabólicos, mas, de acordo com Waitzberg, 2009;

Ⓐ Não é possível manter permanentemente um paciente nesta modalidade de alimentação


Ⓑ É indicada nos casos de incapacidade de absorção de nutrientes pelo trato gastrointesti-
nal.
Ⓒ Deve ser substituída por dieta líquida restrita, especialmente formulada para ser adminis-
trada por via intravenosa.
Ⓓ Somente o nutricionista é o profi ssional habilitado para selecionar e armazenar os produ-
tos necessários ao seu preparo.
Ⓔ Os resultados mais satisfatórios são apresentados quando a administração intravenosa
ocorre por períodos inferiores a cinco dias.

DICA DO AUTOR: O tempo de duração da NPT pode ser curto (<1 mês), médio (1-3 meses) e
uso por tempo prolongado (>3 meses). Resposta: Alternativa A.

08 (2013) A nutrição parenteral consiste na administração de solução de glicose, lipídios,


aminoácidos, eletrólitos, oligoelementos e vitaminas, por via intravenosa, com o objetivo de
recuperar ou manter o estado nutricional do paciente, nos casos em que a via digestiva não
puder ser utilizada ou for insufi ciente para atender às suas necessidades. Assinale a alterna-
tiva correta:

Ⓐ A osmalidade máxima tolerada por veias periféricas é de 630mOm/L


Ⓑ A osmalidade máxima tolerada por veias periféricas é de 500mOm/L
Ⓒ A osmalidade máxima tolerada por veias periféricas é de 320mOm/L
Ⓓ A osmalidade máxima tolerada por veias periféricas é de 360mOm/L
ⒺA osmalidade máxima tolerada por veias periféricas é de 900mOm/L

DICA DO AUTOR: O limite para via de administração periférica é até 900 mOm/L, acima disto,
recomenda-se a via de administração central, a fi m de se prevenir o surgimento de fl ebites
no paciente. Resposta: Alternativa E.

09 (2012) Em relação à indicação de terapia nutricional parenteral, é CORRETO afi rmar que:

Ⓐ É indicada quando o trato gastrointestinal está funcionante.


ⒷEm casos de fístulas de baixo débito, seu uso é obrigatório. c) É o método mais fi siológico
que nutre o doente.
Ⓓ É indicada quando não é possível o acesso gastrointestinal ou, ainda, quando a alimenta-
ção enteral é de difícil tolerância

Alternativa A: FALSA. Para pacientes com o trato gastrintestinal funcional ou parcialmente fun-
cional é indicada a nutrição enteral. A NP esta indicada quanto trato gastrintestinal não esta
funcionando.
Alternativa B: FALSA. Ela é indicada no caso de fístulas de alto debito com impossibilidade de
colocar um cateter de nutrição enteral distal a fístula.
Alternativa C: FALSA. A terapia de nutrição enteral é uma opção mais fi siológica que a NP.
Alternativa D: VERDADEIRA. A NP está indicada quando os pacientes não conseguem atender
às suas necessidades nutricionais por via enteral, seja por ingestão oral ou por cateteres de
alimentação enteral, devido ao comprometimento do trato gastrintestinal.

10 (2011) Em uma determinada Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) com 200 comen-
sais, tem-se disponíveis 60 Kg de um tipo de alimento. Considerando que o fator de correção
deste alimento é de 1,5 e a perda com a cocção é de 40%, a porção a ser oferecida a cada um
dos comensais é de:

Ⓐ110 gramas.
Ⓑ 114 gramas.
Ⓒ 100 gramas.
Ⓓ 120 gramas

DICA DO AUTOR: Cálculos: Peso bruto (PB) = 60 Kg Fator de correção (FC) = 1,5 Fator de coc-
ção = 40% = 0,4. Peso líquido (PL) = Peso do alimento, após os procedimentos de pré-preparo,
pronto para o preparo ou cocção. Para obter-se o peso liquido, divide-se o peso bruto pelo
fator de correção. PL = PB/FC = 60/1,5 = 40 Kg Considerando que houve uma perda de 40%
na cocção: 40 x 0,4 = 16 Kg Ou seja, 16 Kg foram perdidos com a cocção, então subtraindo 16
Kg do peso líquido do alimento (40 Kg) restam apenas 24 Kg para serem divididos entre 200
comensais. Assim: 40 Kg/200 comensais = 120 g para cada comensal. Resposta: Alternativa D.
SAÚDE
PÚBLICA

|ED|| 01. A introdução da propaganda e educação na técnica rotineira de ação da


Saúde Pública brasileira é atribuída à reforma :
A) Osvaldo Cruz.
B) Carlos Chagas.
C) Barros Barreto.
D) Almeida Machado.
E) N.R.A.
Resposta:
(B) Marco importante da evolução da saúde pública brasileira foi a refor-
ma Carlos Chagas que, reorganizando os serviços de saúde pública pelo
Decreto Legislativo Nº 3.987, de 2 de janeiro de 1920, criou o Depar-
tamento Nacional de Saúde Pública. Na administração, Carlos Chagas
ocorreu a introdução da propaganda e educação sanitária na técnica
rotineira de ação, ao contrário do critério puramente fiscal e policial até
então utilizado.
Ref.: Rodrigues. Fundamentos de administração sanitária. p.31.

|ED|| 02. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, da receita de impostos


da União o Governo Federal deverá dispor para o Setor Educação:
A) 3%.
B) 5%.
C) 12%.
D) 18%.
E) 25%.
Resposta:
(D) A Constituição Federal de 1988, consoante Artigo 212 da Seção I
– da Educação Capítulo III do Título VII, determina que 18% da receita
116 Marcelo Gurgel Carlos da Silva

resultante de impostos da União sejam destinados ao Setor Educação.


Para os municípios brasileiros, a alocação de recursos para a educação,
conforme estipula a Constituição retromencionada, deverá comprome-
ter 25% de suas arrecadações tributárias.
Ref.: Brasil. Constituição Federal.

|ED|| 03. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, das arrecadações tri-
butárias municipais, o município deverá dispor para o Setor Educação:
A) 5%.
B) 12%.
C) 18%.
D) 25%.
E) 30%.
Resposta:
(D) A Constituição Federal de 1988, conforme o Artigo 212 da Seção I –
da Educação – Capítulo III do Título VII, dispõe que para os municípios
brasileiros, a alocação de recursos para a educação, deverá fixar 25% de
suas arrecadações tributárias.
Ref.: Brasil. Constituição Federal.

|ED|| 04. Nos indicadores sociais e econômicos relacionados com a saúde, a OMS,
em sua proposta de indicadores para acompanhar os progressos de
“Saúde Para Todos no Ano 2000”, recomendava na área de educação:
A) a proporção de crianças do primeiro ano escolar que alcança a uni-
versidade.
B) a proporção de crianças do primeiro ano escolar que alcança a escola
secundária.
C) o índice de alfabetismo de adultos.
D) o número de técnicos por 1.000 habitantes.
E) a taxa de repetência no primeiro ano escolar.
Resposta:
(C) Nos progressos para a “Saúde Para Todos”, provavelmente, se farão
sentir profundamente dois fatores sociais que, em geral, não se conside-
ram como partes integrantes do Setor Saúde: a educação e a moradia.
Um possível indicador da contribuição da educação à saúde é o índice
de alfabetismo, comumente definido como percentagem da população
de 15 ou mais anos que sabe ler e escrever em qualquer idioma; outros
possíveis indicadores educacionais são: número (%) de alunos de 5 a 19
anos matriculados nas escolas, número de alunos por professor e gastos
por aluno.
Ref.: OMS. Saúde para todos no ano 2000. p.19, 26.
Cap. 4 • EDUCAÇÃO Em SAÚDE 117

|ED|| 05. A área de educação está representada no Indicador de Qualidade Mate-


rial da Vida (IQMV) por:
A) percentagem de população de 5 a 19 anos matriculadas nas escolas.
B) nº de técnicos por 1.000 habitantes.
C) percentagem de alfabetismo da população adulta.
D) taxa de repetência no primeiro ano escolar.
E) nº de alunos que chegam à universidade entre os que ingressaram na
escola primária.
Resposta:
(C) A procura de um indicador ideal que traduzisse por um valor nu-
mérico o “nível de vida” ou, em menor abrangência, o nível de saúde de
uma população sempre foi uma meta de estudiosos da área da saúde e
da economia. Grant propôs o uso de um indicador que reúne de forma
combinada os valores da mortalidade infantil, da esperança de vida à
idade de um ano e da taxa de alfabetismo; é conhecido por Indicador de
Qualidade Material de Vida (IQMV) e tem recebido ampla aceitação em
vários organismos internacionais.
Ref.: Laurenti. In: Gonçalves. p.93-7.

|ED|| 06. Segundo Morris, dentre os diferentes usos da Epidemiologia incluem-


-se:
I. identificação de grupos mais vulneráveis.
II. ajuda a completar o quadro clínico.
III. identificação de novas síndromes.
IV. identificação dos fatores etiológicos.
Desses usos, estão mais vinculados à educação médica
A) somente III e IV.
B) somente II e III.
C) somente II, III e IV.
D) somente I, III e IV.
E) todos (I a IV).
Resposta:
(C) Classicamente, Morris distinguiu sete usos importantes da Epide-
miologia; desses usos, três estavam mais vinculados à Educação Médica,
a saber: 1. ajuda a completar o quadro clínico; 2. identificação de novas
síndromes; 3. identificação dos fatores etiológicos. A identificação de
grupos mais vulneráveis relaciona-se mais ao planejamento em saúde.
Ref.: Armijo. Epidemiología. p.37-40.
Português

1 - FUNÇÃO DA PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são sinais gráficos que marcam pausas e tentam também transcrever ritmo e
melodia da língua.
1. Fundamentalmente, servem para marcar pausas sintáticas:
a. Ponto (pausa longa)
b. Vírgula (pausa curta)
c. Ponto-e-vírgula (pausa intermediária)

▍Observação: O ponto determina final de período e/ou de parágrafo. Vírgula e ponto-e-vírgula não de-
terminam final de período.

2. Possuem a função essencial de marcar a melodia e entoação:


a. dois-pontos
b. ponto de interrogação
c. ponto de exclamação
d. reticências
e. aspas
f. parênteses
g. travessões

▍Observação: Uma vírgula pode mudar tudo...


Voz do pessimista: “Não vou passar no concurso!”
Voz do otimista: “Não, vou passar no concurso!”

Observe, a seguir, uma situação em que podem ser aceitas duas pontuações diferentes. A mudança gera-
rá uma interpretação completamente diferente e produzirá uma nova sintaxe no período.
"Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria se rastejando à sua procura."
"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria se rastejando à sua procura."
Observe a pontuação: no 1º período, a vírgula colocada demonstra que o sujeito da forma verbal “tem”
é o termo “o homem”, enquanto o sujeito da forma verbal “andaria” é “a mulher”. No 2º período, a vírgula
colocada demonstra que “a mulher” é sujeito da forma verbal “tem”, enquanto o “o homem” é sujeito da
forma verbal “andaria”.

Leia atentamente o pequeno texto abaixo:


“Sentenciou o rei:
- O júri condenou. Eu não, absolvo.
Escreveu o distraído escrivão:
216 ▕ Pontuação

- O júri condenou, eu não absolvo.”


Percebe-se uma total mudança de sentido com a retirada da vírgula após o vocábulo “não”. A mensagem,
após a mudança, transmite o oposto do que havia transmitido inicialmente.

(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA FEDERAL DO MARANHÃO - EBSERH) Considere os períodos abaixo.

I. A pessoa que não é preconceituosa, não discrimina ninguém.


II. É necessário meu amigo, ter consciência deste problema.
III. João, meu colega de classe, está internado.

A pontuação está correta somente em:

Ⓐ I.
Ⓑ II.
Ⓒ III.
Ⓓ I e III.
Ⓔ II e III.

Análise das alternativas

Pontuação é um assunto presente nas provas, entretanto o sinal de pontuação mais cobrado é a vírgula.
Vamos nos lembrar de que a vírgula é uma pausa de caráter sintático: muitos atrelam a vírgula ao ato de
respirar – algo completamente fora da regra gramatical. Atenção para as vírgulas que isolam aposto, adjun-
to adverbial deslocado e termos intercalados.
Assertiva I: INCORRETA. A vírgula utilizada no período está incorreta, pois, ao usá-la, o sujeito está sendo sepa-
rado do predicado. Nesse caso, deveria haver duas vírgulas, isolando a oração adjetiva explicativa –“que
não é preconceituosa” -, ou deveria ser retirada a vírgula que foi utilizada após “preconceituosa”. Resumin-
do: usam-se duas vírgulas ou usa-se nenhuma.
Assertiva II: INCORRETA. O termo “meu amigo” deveria estar entre vírgulas, por se tratar de um vocativo. Lem-
bre-se de que o vocativo é um termo isolado, que indica chamamento, apelo.
Exemplo: “É necessário, meu amigo, ter consciência deste problema”
Assertiva III: CORRETA. O termo “meu colega de classe” está corretamente isolado por vírgulas, pois se trata de
um aposto explicativo.
▍Resposta: Ⓒ

2 - REGRAS PRÁTICAS DE PONTUAÇÃO


Não se usa pontuação:
• Entre sujeito e predicado;
• Entre verbo e complementos verbais (objetos);
• Entre nomes e complementos nominais;
• Nas locuções verbais, separando verbo auxiliar e principal;
• Entre o substantivo e o adjunto adnominal.

Conclusão:
• Não se usa pontuação entre termos que estiverem em sua ordem direta:

Sujeito + Verbo Complemento + Verbal + Adjunto Adverbial


Paula Barbosa ▏ 217

▍Observação: Em termos intercalados ou explicativos, as vírgulas podem ser substituídas por travessões
ou parênteses, sem alteração de ordem sintática ou de ordem semântica.
Observe a oração intercalada:
A vida, disse o homem sentado à mesa, é bela!
A vida – disse o homem sentado à mesa – é bela!
A vida (disse o homem sentado à mesa) é bela!
Observe o termo explicativo:
Aqueles políticos, frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais, não se preocupam com os
interesses do povo.
Aqueles políticos - frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais - não se preocupam com os
interesses do povo.
Aqueles políticos (frequentadores assíduos dos grandes eventos sociais) não se preocupam com os
interesses do povo.

(UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - EBSERH) No período “O trabalho, no decorrer da história, foi ocupando a
maior parte do tempo do ser humano”, o uso das vírgulas justifica-se para:

Ⓐ marcar a intercalação do adjunto adverbial.


Ⓑ marcar a inversão do adjunto adverbial.
Ⓒ marcar a elipse do verbo.
Ⓓ isolar o aposto.
Ⓔ marcar uma enumeração.

Análise das alternativas

O conhecimento sintático que o candidato trouxer será fundamental para facilitar a resolução dessa ques-
tão. Perceba que, embora o assunto seja pontuação, sem conhecer a sintaxe e os termos da oração, prin-
cipalmente a localização desses, ficará muito complicado alcançar um gabarito com segurança. O adjunto
adverbial é o termo que mais possibilidades possui de ocupar vários espaços na sentença.
Alternativa A: CORRETA. O adjunto adverbial está deslocado porque a posição que ele deve ocupar é no final
da sentença. Observe que ele está quebrando a linearidade sintática do período. Desse modo, percebe-se
claramente que o adjunto adverbial está intercalado no período.
Alternativa B: INCORRETA. O período apresenta uma inversão, mas não é uma inversão do adjunto adverbial.
A inversão é do período. Como a posição original do adjunto adverbial é no final da sentença e ele está
posicionado no meio do período, fica claro que a vírgula é de deslocamento. Logicamente, as alternativas
“a” e “b” foram criadas para confundir o raciocínio do candidato.
Alternativa C: INCORRETA. Não há, no período, elipse da forma verbal. Todos os termos estão explícitos; não há
termos implícitos na sentença.
Alternativa D: INCORRETA. O aposto é um termo que explica o substantivo antecedente. Observe que, no perío-
do apresentado, não há aposto presente.
Alternativa E: INCORRETA. Não há enumeração no período apresentado. Quando há enumeração, estamos
diante de aposto enumerativo.

Colocando a teoria em prática...

Observe com atenção o período a seguir:


O fato de as pessoas não demonstrarem muito interesse pelo sofrimento alheio é um sinal de que a
sociedade está cada vez mais fria e egoísta.
218 ▕ Pontuação

É fundamental observar a estrutura sintática da sentença acima.


Sujeito: O fato de as pessoas não demonstrarem muito interesse pelo sofrimento alheio
Verbo de ligação: é
Predicativo do sujeito: um sinal de que a sociedade está cada vez mais fria e egoísta
A maioria dos alunos sentirá a necessidade de usar uma vírgula após o termo “alheio”, mas cometeria um
erro bastante valorizado, inclusive em provas de concurso: separaria o sujeito do verbo.

(PREFEEITURA DE ARMAÇÃO DE BÚZIOS/RJ - FUNCAB) Assinale a opção cuja reescrita do trecho “Abandonou-o por
negócios urgentes, voltou à leitura quando regressava de trem à fazenda; deixava-se interessar lentamente
pela trama, pelo desenho dos personagens” mantém o seu sentido original e a pontuação correta.

Ⓐ Abandonou-o. Por negócios urgentes, voltou à leitura, quando regressava de trem à fazenda: deixava-se
interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.
Ⓑ Abandonou-o por negócios urgentes. Voltou à leitura, quando regressava de trem à fazenda. Deixava-se
interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.
Ⓒ Abandonou-o por negócios urgentes. Voltou à leitura quando regressava de trem. À fazenda, deixava-se
interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.
Ⓓ Abandonou-o por negócios urgentes: voltou, à leitura, quando regressava de trem à fazenda, deixava-se
interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.
Ⓔ Abandonou-o por negócios urgentes: voltou à leitura. Quando regressava de trem à fazenda deixava-se
interessar lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens.

Análise das alternativas

A mudança de pontuação pode gerar tanto uma infração à norma gramatical, como também pode manter
a obediência à norma, entretanto modificar completamente o sentido da sentença original. É fundamental
ficar atento às duas situações, principalmente porque o enunciado pode estar trazendo alguma dessas
especificidades.
Alternativa A: INCORRETA. Observe que, ao colocar um ponto de segmento após “abandonou-o”, muda-se com-
pletamente o sentido original de que alguém o abandonou por negócios e passa-se a ter a ideia de que
esse alguém “voltou à leitura” por causa dos negócios, o que foge completamente ao sentido original da
sentença.
Alternativa B: CORRETA. O conteúdo semântico está mantido através da substituição do ponto e vírgula por um
ponto de segmento. Além disso, todo o restante da estrutura mantém tanto a correção gramatical quanto
o sentido original do período.
Alternativa C: INCORRETA. Com a colocação de um ponto de continuidade entre os termos “trem” e “à fazenda”,
altera-se o sentido original da sentença. Inicialmente o sujeito voltou “de trem” para a fazenda; após a nova
pontuação, a sentença transmite a ideia de que “na fazenda” o sujeito “deixava-se interessar lentamente
pela trama”.
Alternativa D: INCORRETA. A ausência de pontos de continuação deixa a redação confusa e não mantém a ideia
transmitida inicialmente. Observe, inclusive que, ao fazer determinada alteração, a própria leitura impossi-
bilita o entendimento do texto.
Alternativa E: INCORRETA. A mudança da pontuação compromete a sequência dos fatos. Observe que inicial-
mente, o sujeito “voltou à leitura, quando regressava da fazenda”. Após a mudança da pontuação, a ideia
expressa é de que ele “deixa-se interessar pela trama, quando volta da fazenda”.

▍Observação: Muitos aprendem que o uso da vírgula está atrelado a uma pausa para respirar. Saliente-se
que a vírgula é justificada por uma pausa sintática. Respirar ou não é um procedimento desvinculado da
colocação do sinal de pontuação. Cabe, portanto, construir um bom conhecimento sintático para saber
usar os sinais de pontuação.
5 História

Matheus Buente

01. Questão ⒶⒶ Somente I está correta


ⒷⒷ Somente II está correta
(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a eco- ⒸⒸ Somente III está correta
nomia açucareira no período colonial, em ⒹⒹ Somente I e II estão corretas
particular na segunda metade do século ⒺⒺ Somente II e III estão corretas
XVIII, analise as afirmativas abaixo e, a se-
guir, assinale alternativa. Grau de Dificuldade

I. Nas áreas do Nordeste e Rio de Janeiro Assertiva I: CORRETA. No século XVIII, a eco-
é possível identificar uma situação de nomia açucareira já enfrentava forte con-
recuperação, marcado pelo surgimen- corrência do açúcar produzido no Caribe,
to de um novo mercado consumidor o que causou uma crise no Nordeste e Rio
nas regiões mineradoras, a partir do de Janeiro. Com a mudança do polo eco-
"renascimento agrícola". nômico para a região das Minas Gerais,
II. A política pombalina marca o referido foi necessário um empenho econômico
contexto, uma vez que proporcionou a para abastecer as cidades mineiras que
instalação de refinarias em Portugal e começaram a crescer e dispunham todos
a criação das companhias de Comércio os seus recursos para a extração mineral,
do Grão-Pará e Maranhão. dessa maneira Rio e Nordeste tiveram o
III. Em paralelo ao contexto da economia seu "renascimento agrícola", agora com
açucareira na América Portuguesa, as uma produção voltada para o abasteci-
colônias francesas vivenciaram um mento do mercado interno.
aumento da produção de açúcar, era Assertiva II: CORRETA. As medidas de Pom-
decorrência da queda do produto nas bal visavam aumentar o controle político,
Antilhas. econômico e administrativo da metrópole
sobre o Brasil. Objetivavam também au- consultivo cederam espaço aos Conselhos para a estabilidade política do período e IV. A Confederação do Equador foi um
mentar a exploração dos recursos eco- Provinciais, agora com amplos poderes de para demonstrar um tom descentralizador momento crítico daquele período e se
nômicos, principalmente de ouro, para legislação nas áreas civil e militar. por parte do novo modelo de regência. caracterizou pela liderança das elites
transformar Portugal numa potente na- ⒹⒹ A vitaliciedade do Senado foi extinta, Alternativa E: INCORRETA. Os regressistas de Pernambuco, Rio Grande do Norte,
ção europeia. Logo, refinar o açúcar em promovendo o declínio dos restauradores eram contra a eleição de Feijó e inclusive Ceará, Paraíba e Bahia, atingidos pela
Portugal era um fator para cumprir seu e a resposta aos anseios dos exaltados. opunham a regência Una, principalmen- crise dos produtos típicos da região
objetivo, assim como a criação de com- ⒺⒺ A vitória de Feijó representou a vitória te considerarem os posicionamentos do como o açúcar e o algodão.
panhias de comércio nas novas províncias do regressistas e a estabilidade entre as Padre muito progressistas e/ou liberais,
do Grão-Pará e Maranhão a fim de viabili- principais forças políticas. como por exemplo a proposta dele de ⒶⒶ Somente I e II estão corretas.
zá-las financeiramente. acabar com o celibato do clero. ⒷⒷ Somente II e IV estão corretas.
Assertiva III: INCORRETA. As Antilhas se tor- Grau de Dificuldade ⒸⒸ Somente I, II e III estão corretas.
naram em pouco tempo grandes concor- 03. Questão ⒹⒹ Somente I, III e IV estão corretas.
rentes da América Portuguesa na produ- Alternativa A: CORRETA. Com o Ato Adicional ⒺⒺ Somente II, III e IV estão corretas.
ção e venda do açúcar durante o século de 1834, a organização do Estado Imperial (OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) O processo
XVIII. Logo, não é correto associar uma durante a menoridade de Pedro de Alcân- de constituição do Estado nacional bra- Grau de Dificuldade
queda do produto justamente no período tara passaria a ser administrada por uma sileiro estendeu-se pelo século XIX, após
em que ele rompeu com a predominância Regência Una, cujas eleições ocorreriam ter sido iniciado pelo imperador D. Pedro Assertiva I: CORRETA. Após o emblemático
portuguesa. a cada quatro anos. Os Progressistas de I. Sobre o referido processo analise as Grito do Ipiranga, Dom Pedro I teria de to-
Resposta: Ⓓ fato eram a favor da Regência e anos mais afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a mar diversas ações que pudessem assegu-
tarde seriam a base do Partido Liberal. Já alternativa correta. rar a autonomia política da nação brasilei-
02. Questão os Regressistas se opunham ao Ato Adi- ra, entre elas, o Tratado de Paz e Aliança
cional e mais tarde formariam o Partido I. O Brasil assinou o Tratado de Paz e finalmente oficializou o reconhecimento
(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a Re- Conservador, grandes apoiadores da Mo- Aliança com Portugal que, entre ou- lusitano. Segundo esse acordo, o governo
gência Una e a eleição de Feijó, assinale a narquia. tros fatores, obrigava D. Pedro I a ce- brasileiro deveria pagar uma indenização
alternativa correta. Alternativa B: INCORRETA. Apesar de cen- der o título honorário de Imperador do de dois milhões de libras esterlinas para
tralizar o poder em um único regente, no Brasil a D. João VI e a não aceitar com que Portugal aceitasse a independência
ⒶⒶ O contexto que antecede a eleição de aspecto político, a regência de Feijó ficou qualquer outra colônia portuguesa. do Brasil. Além disso, Dom João VI, rei de
Feijó como regente único está marcado marcada pela autonomia conseguida pe- II. Foi adotada uma política livre-cambis- Portugal, ainda preservaria o título de im-
pela divisão política em dois grupos: os las províncias. ta que, apesar da tentativa de fomen- perador do Brasil. Essa última exigência,
progressistas, que apoiavam a Ato Adicio- Alternativa C: INCORRETA. Na realidade eram tar a indústria nacional, fracassou em na verdade, manifestava o interesse que
nal de 1834 e aqueles que se opunham a os Conselhos que possuíam caráter con- função dos baixos preços dos produ- o monarca lusitano tinha em reunificar os
ele, os regressistas. sultivo e com a eleição de Feijó, esses Con- tos britânicos. dois países em uma só coroa.
ⒷⒷ O Ato adicional que viria a orientar selhos perderam espaço para as Assem- III. A Constituição outorgada em 1824, Assertiva II: CORRETA. Em 1828, Dom Pedro
as ações políticas da Regência Una tinha bleias que gozavam de amplos poderes. classificou, para fins eleitorais, os ci- I estabeleceu uma política livre-cambista
como proposta a centralização do poder Alternativa D: INCORRETA. Quando a Re- dadãos em: cidadãos passivos – não ao estender a taxa alfandegária de 15%,
em mãos de um regente único, ao passo gência Trina foi transformada em Regên- alcançavam renda suficiente para ter anteriormente exclusiva aos ingleses, a
que buscava a mesma unidade centraliza- cia Una eleita por voto direto e com um direitos políticos; cidadãos ativos vo- todas as demais nações do mundo. Por
dora para as províncias através do com- mandato temporário a cumprir. Foi criado tantes – os que possuíam renda sufi- fim, essa medida se instituiu como um
bate à autonomia local. o Município Neutro na cidade do Rio de ciente para votar; cidadãos ativos elei- novo obstáculo para a modernização da
ⒸⒸ Com a eleição de Feijó, as Assembleias Janeiro e a manutenção da vitaliciedade tores elegíveis – os que tinham renda nossa economia. Uma vez que os produtos
Legislativas que possuíam caráter apenas do Senado, algo que era muito importante suficiente para ser eleito.

128 História Matheus Buente 129


ingleses continuam com melhores preços III. Os jesuítas foram expulsos da Capita- ⒶⒶ as relações de trabalho advindas da nos tinham posse perpétua da terra, já os
e que dificultava a produção interna. nia de São Vicente porque os colonos mão de obra livre eram baseadas no sis- brasileiros ocupavam terras do governo.
Assertiva III: CORRETA. A constituição de os denunciaram por transformar índios tema capitalista de assalariamento. Alternativa A: INCORRETA. A relação de tra-
1824 tinha como principal característica aldeados em escravos da Companhia. ⒷⒷ o sul de Goiás, por ter sido ocupado balho com mão de obra livre teve seu mo-
eleitoral o voto censitário, que era uma por pequenos trabalhadores livres, teve delo capitalista de assalariamento pos-
regulação sobre quais brasileiros pode- ⒶⒶ somente I está correta suas relações de trabalho marcadas pelo terior ao século XIX, sendo consolidado
riam ou não votar e se candidatar aos ⒷⒷ somente II está correta re¬gime de colonato e de parcerias. apenas no governo Vargas.
cargos públicos de acordo com sua ren- ⒸⒸ somente III está correta ⒸⒸ o trabalho livre foi implantado para Alternativa B: INCORRETA. O sistema de par-
da, gerando assim uma categorização de ⒹⒹ somente I e II estão corretas acompanhar o avanço da agricultura de cerias foi utilizado muito pouco, tendo em
cidadãos no que diz respeito aos direitos ⒺⒺ somente II e III estão corretas alimentos, da agropecuária e, sobretudo, vista os elevados juros cobrados sobre
eleitorais. da pecuária extensiva voltada para o mer- as dívidas dos colonos para o tratamento
Assertiva IV: INCORRETA. A Confederação do
Grau de Dificuldade cado interno. da terra, bem como da produção agrícola
Equador não contou com a participação ⒹⒹ o declínio do número de escravos no que era pouco valorizada.
da Bahia, além disso o grande objetivo do DICA DO AUTOR: Ordem Inaciana é referência Centro-Oeste decorreu do tráfico inter- Alternativa C: CORRETA. Realmente houve o
movimento era a emancipação da região a Companhia de Jesus, ordem religiosa a provincial, uma vez que boa parte dos uso do trabalho livre para acompanhar a
Nordeste e sua consequente independên- qual pertenciam os Jesuítas. cativos dessa região foi levada para as la- demanda da economia interna crescente
cia de Portugal, deixando essa questão Assertiva I: CORRETA. De maneira prática vouras de café do Sudeste. no Brasil.
econômica sobre o açúcar e o algodão em não havia nenhuma oposição por parte da ⒺⒺ a ocupação decorrente do avanço da Alternativa D: INCORRETA. Como existia um
segundo plano. Coroa ou dos Jesuítas a escravização dos pecuária nessa região, implementada por mercado interno crescente e latente no
Resposta: Ⓒ índios, porém a insistência no cativeiro migrações de mineiros e paulistas, nas Centro-Oeste, existiam dificuldades com
começou a "atrapalhar" os ideais de con- primeiras décadas do séc. XIX mudou as mão de obra, gerando demanda por tra-
04. Questão versão religiosa dos inacianos. relações de trabalho, ao voltar-se para o balhadores. E essa mão de obra foi encon-
Assertiva II: CORRETA. As atividades eco- mercado de exportação de carnes. trada nos trabalhadores livres que chega-
(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Sobre as re- nômicas coloniais principalmente na vam, portanto não houve debandada de
lações entre colonos e jesuítas, no que diz produção da cana de açúcar na Bahia se Grau de Dificuldade mão de obra escravizada, uma vez que a
respeito ao uso da mão de obra indígena, firmaram fortemente através da escravi- economia do Centro-Oeste se desenvol-
analise as afirmativas abaixo e, em segui- zação dos povos nativos (indígenas). E os DICA DO AUTOR: Quando se fala do trabalho veu com baixa presença de escravos.
da, assinale a alternativa correta. Jesuítas tinham como prioridade na rela- e da ocupação da região Centro-Oeste é Alternativa E: INCORRETA. De forma geral
ção com os indígenas a catequese e não muito comum usarem o termo COLONATO, a dinâmica econômica ainda se voltava
I. O uso da mão de obra escrava pelos o trabalho. porém esse termo representa um anacro- para o mercado interno.
colonos não conflitava com os inte- Assertiva III: INCORRETA. Os jesuítas não nismo, uma vez que o termo foi cunhado
resses da Coroa e nem com os dos je- tinham como ideal a prática de mão de para designar trabalhadores do interior 06. Questão
suítas, mas ao insistirem no cativeiro obra indígena. Italiano que iriam ocupar terras até então
indígena, os colonos despertaram a Resposta: Ⓓ "desocupados", contudo, no caso brasi- (OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Analise as
oposição dos inacianos. leiro, essa é a única semelhança. O Cen- afirmativas sobre a economia brasileira
II. As relações contrárias aos padres je- 05. Questão tro-Oeste era pouco ocupado e pessoas do século XIX e, em seguida, assinale a
suítas por parte dos colonos acen- foram incentivas a ir para lá, porém com opção correta.
tuou-se pelo fato de os lusos acredi- (OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Sobre a uma estrutura material e uma relação
tarem que os inacianos retardavam o transição do trabalho escravo para o livre com a terra muito próprias e diferentes I. O desinteresse do sudeste cafeeiro
desenvolvimento de suas atividades na região Centro-Oeste do Brasil, é corre- da italiana. Como por exemplo: os italia- pela escravidão foi uma forte motiva-
econômicas ao dificultar o uso da mão to afirmar:
de obra indígena.

130 História Matheus Buente 131


6 Geografia

Thor Fascio

I. GEOGRAFIA FÍSICA: CLIMATOLOGIA – Alternativa A: INCORRETA. A massa Equato-


CLIMAS DO BRASIL rial Atlântica, quente e úmida, tem forte
atuação nas regiões Norte e Nordeste do
01. Questão Brasil, sendo responsável pelas chuvas de
verão nessas regiões. Atua ainda em boa
(OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Em relação parte da região Centro-oeste e norte da
às massas de ar no Brasil, assinale a alter- região Sudeste. Ela não atua na região Sul
nativa correta. do Brasil.
Alternativa B: INCORRETA. Por ter altos ín-
ⒶⒶ A massa Equatorial Atlântica origina- dices de umidade, a massa Equatorial
-se no Oceano Atlântico setentrional e Continental, formada sobre a Amazônia,
influencia diretamente o clima na região intensifica as chuvas nas regiões Centro-
Sul do país. -oeste e no sertão nordestino nos meses
ⒷⒷ A massa Equatorial Continental origi- de novembro a março.
na-se na porção norte do país e influen- Alternativa C: INCORRETA. A massa Polar
cia diretamente o clima seco no Nordeste Atlântica, originada no extremo sul da
Brasileiro. América do Sul, ganha força no inver-
ⒸⒸ A massa Polar Atlântica tem atuação no com o deslocamento da zona de alta
apenas na região Sul do país. pressão para o norte, estacionando nas
ⒹⒹ A massa Tropical Continental forma-se proximidades do Uruguai. Atua na região
na depressão do Chaco e é responsável Sul, fazendo cair muito as temperaturas. É
pelas chuvas frontais na região Nordeste. responsável pela formação de geadas em
ⒺⒺ A massa Tropical Atlântica influencia áreas da região Sul e do interior do Esta-
diretamente o clima na faixa leste do país. do de São Paulo. Desloca-se em direção
ao sul da Amazônia, provocando a queda
Grau de Dificuldade nas temperaturas, num fenômeno conhe-
cido como “friagem” e é responsável pe- ⒹⒹ Clima litorâneo úmido – Maceió. além dos verões chuvosos, característi- Alternativa A: INCORRETA. O Brasil tem parte
las chuvas frontais no litoral do Sudeste ⒺⒺ Clima tropical típico – Cuiabá. cas da tropicalidade. As chuvas aparecem de seu território, cerca de 60%, formado
e Nordeste. com intensidade no inverno e outono, por planaltos que se distribuem por duas
Alternativa D: INCORRETA. A massa Tropical
Grau de Dificuldade graças a ação das frentes frias oriundas grandes áreas: o Planalto das Guianas, na
Continental, quente e seca, dificulta a for- da atuação da massa polar atlântica. região Norte, e o Planalto Brasileiro, co-
mação de nuvens nas áreas onde atua, DICA DO AUTOR: apesar da questão apre- Alternativa E: INCORRETA. O clima tropical brindo a maior parte do Brasil, em des-
intensificando a aridez, em áreas da re- sentar uma baixa complexidade de reso- típico é o de maior abrangência no ter- taque para o Centro-oeste. O território
gião Centro-oeste, e na porção oeste das lução, ela exige do candidato o conhe- ritório brasileiro. Observa-se claramente apresenta ainda formação de planaltos na
regiões Sul e Sudeste. cimento prévio de características bem duas estações, alternando verões quen- região Nordeste, destaque para o Planalto
Alternativa E: CORRETA. A massa Tropical específicas de climatologia, o que sugere tes e úmidos com invernos frios e secos. de Borborema, além de várias formações
Atlântica, formada no Atlântico Sul, é quen- uma fixação maior do assunto. Tem média térmica anual na casa dos sedimentares conhecidas como mesões e
te e úmida. Ela amplia os índices de plu- Alternativa A: INCORRETA. O clima equato- 22°C e índices pluviométricos em torno chapadas.
viosidade atuando no litoral das regiões rial úmido é caracterizado por altos índi- de 1800 mm. Alternativa B: INCORRETA. A formação do
Sudeste e Nordeste o ano todo. No verão, ces pluviométricos com chuvas intensas relevo brasileiro é muito antiga, algumas
intensifica as chuvas no interior da região em boa parte do ano. Apresenta umida- II. GEOGRAFIA FÍSICA: estruturas remontam ao período pré-
Sudeste e parte da região Centro-oeste. No de relativa do ar muito elevada, em torno GEOMORFOLOGIA – FORMAS DE -cambriano, como os escudos cristalinos
inverno, ao encontrar-se com a massa Po- dos 80%; médias térmicas anuais acima RELEVO NO BRASIL e aos períodos paleozoico e mesozoico,
lar Atlântica, intensifica as chuvas frontais dos 25°C, com a menor amplitude térmi- como as bacias sedimentares. A maior
no litoral do Sudeste e do Nordeste. ca anual. 03. Questão parte dos terrenos onde se localizam as
Alternativa B: INCORRETA. O clima tropical planícies de fato, remontam ao período
02. Questão de altitude caracteriza-se pela sazonali- (OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Em relação cenozoico sendo, portanto, muito mais
dade das chuvas, alternando uma estação às planícies brasileiras, pode-se afirmar: recentes.
(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Os meses úmida (Verão) e uma estação seca (Inver- Alternativa C: CORRETA. Pela classificação de
mais chuvosos ou de maior índice pluvio- no). As médias térmicas ficam em torno de ⒶⒶ Correspondem a 59% do território, relevo proposta pelo professor Jurandyr
métrico ocorrem no outono e no inverno, 16°C e os índices pluviométricos próximos sendo que os planaltos, ocupam os 41% Ross, boa parte das planícies observadas
quando se dá o avanço da mPA (Massa aos 1200 mm. restantes. pelo critério da altitude foi reclassifica-
Polar Atlântica) e o encontro desta com a Alternativa C: INCORRETA. O clima subtro- ⒷⒷ São formadas por estruturas geológi- da como depressão relativa, diminuindo
mTa (Massa Tropical Atlântica), provocan- pical úmido tem sua ocorrência nas mé- cas antigas do período terciário e quater- muito sua incidência no território brasi-
do as chuvas frontais. Essas chuvas são, dias latitudes, atuando, principalmente, nário (cenozoico). leiro. Entre as terras em torno dos rios,
muitas vezes, intensas e que provocam na região sul do Brasil. Apresenta índice ⒸⒸ Ocupam extensões menores que os denominadas de planícies típicas, o des-
grandes transtornos nas cidades onde pluviométrico por volta dos 1500 mm, planaltos, apesar da sua grande expres- taque fica para planície amazônica.
ocorrem. com chuvas bem distribuídas durante são na Amazônia. Alternativa D: INCORRETA. As áreas de for-
o ano. Tem média térmica em torno dos ⒹⒹ Equivalem em área aos planaltos, pois mação de planícies são menores que as
A associação correta entre o tipo climáti- 15°C e apresenta a maior amplitude tér- as áreas classificadas como depressões, de formação de planaltos. Planícies e
co brasileiro correspondente às caracte- mica anual dentre os climas brasileiros. fazem parte do conjunto de planícies. depressões são classificados separada-
rísticas descritas e o exemplo de cidade Também é o único a apresentar as quatro ⒺⒺ São consideradas superfícies nas quais mente, por causa dos diferentes fatores
onde ele ocorre está na opção: estações bem definidas. predominam o processo de desgaste, e de formação. Enquanto na formação das
Alternativa D: CORRETA. O clima litorâneo consequentemente, são as áreas mais planícies predominam os fatores de sedi-
ⒶⒶ Clima equatorial úmido – Belém. úmido ou tropical úmido tem o segundo baixas do território. mentação, nas depressões predominam a
ⒸⒸ Clima tropical de altitude – São Paulo. maior índice pluviométrico entre os climas denudação de sedimentos.
ⒸⒸ Clima subtropical úmido – Curitiba. brasileiros, por volta de 2000 mm anuais, Grau de Dificuldade

142 Geografia Thor Fascio 143


Alternativa E: INCORRETA. Com base na madeira acontece em áreas de manejo maior parte de madeira negociada a par- ⒶⒶ Somente II está correta.
nova classificação do relevo brasileiro florestal. tir da extração dessa região é de origem ⒷⒷ Somente IV está correta.
proposta pelo professor Jurandyr Ross, ⒺⒺ forte demanda por recursos naturais irregular. A situação se agrava com o cres- ⒸⒸ Somente I e IV estão corretas.
as planícies são terras baixas onde pre- no Brasil e no exterior, a visão de desen- cimento da atividade de grilagem (apro- ⒹⒹ Somente II, III e IV estão corretas.
dominam os fatores de sedimentação. As volvimento em curto prazo, associada ao priação ilegal de terras) por conta da va- ⒺⒺ Todas estão corretas.
áreas que são classificadas a partir da rápido enriquecimento, tem norteado po- lorização econômica da região.
predominância dos processos de desgas- líticas predatórias. Alternativa E: CORRETA. Sendo a maior re- Grau de Dificuldade
te são os planaltos. serva de recursos naturais do Brasil e uma
Grau de Dificuldade das maiores do mundo, a exploração da Assertiva I: INCORRETA. As hidrelétricas
04. Questão região amazônica carece de uma legis- brasileiras são concentradas na região
Alternativa A: INCORRETA. A Amazônia legal lação específica, fiscalização eficiente e Sudeste e a maior de todas, Itaipu, fica
(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Leia o texto vem se consolidando como a última fron- proteção ambiental para evitar a degra- na região Sul. A região Centro-oeste tem
abaixo. teira agrícola brasileira atraindo o avanço dação da floresta. Com a modernização do um elevado potencial hidrelétrico, porém
dos sistemas agrícolas mecanizados, vol- campo brasileiro e a expansão de práticas pouco utilizado por causa da irregulari-
Estão no território brasileiro perto de 16% tados para a produção de commodities de exploração predatórias a situação se dade das cheias de suas principais bacias
das reservas florestais mundiais, que possuem, para a exportação, o plantation. Esta ex- agrava, chegando a níveis alarmantes de hidrográficas.
como sumidouros, grande importância no ci- pansão é responsável, em grande parte, desmatamento e degradação ambiental. Assertiva II: CORRETA. Para aumentar a efi-
clo do carbono. Todavia, tal fato, que poderia pelo aumento dos índices de desmata- ciência da captação do potencial hidrelé-
ser uma condição favorável, constituindo-se mento da região. III. GEOGRAFIA HUMANA: FONTES DE trico, o governo brasileiro, a partir da dé-
numa grande desvantagem, à medida que Alternativa B: INCORRETA. A queimada ou ENERGIA – FONTES DE ENERGIA NO cada de 1980, passou a adotar a utilização
a comunidade internacional não crê que o coivara é geralmente usada para a limpe- BRASIL de turbinas verticais o que possibilitou a
governo brasileiro possa deter as queimadas za do terreno e está presente nas técnicas construção de usinas de menor porte em
vinculadas ao desmatamento da Amazônia. mais rudimentares de plantio itineran- 05. Questão maior número ao invés de usinas de gran-
te que coexistem com o agronegócio na de porte. O uso de 92% do potencial hi-
(TAVARES, C. A. In VITTE, Carlos Antonio; GUERRA, Teixeira J. A., (org.) Reflexões sobre a
geografia física no Brasil. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 2004. (pág 144).). Amazônia. Os sistemas de produção sus- (OFICIAL – EXÉRCITO – ESAEX – 2010) Sobre a pro- drelétrico das bacias do Sudeste associa-
tentável condenam o uso da queimada, dução de energia no Brasil, analise as afir- do ao alto custo das usinas, foram cruciais
Baseando-se no texto e em seus conheci- pois seu uso indiscriminado e de forma mativas e, a seguir, assinale a alternativa para a adoção deste modelo.
mentos sobre a Amazônia Legal, pode-se constante acaba exaurindo o solo, per- correta. Assertiva III: CORRETA. Cerca de 25% da ge-
afirmar que a (o) (s): dendo-se aquela área agricultável. ração de energia do brasil são oriundos de
Alternativa C: INCORRETA. A legislação bra- I. A concentração de hidroelétricas na usinas termelétricas. Na região sudeste,
ⒶⒶ desmatamento tem proporcionado à sileira determina regras de diminuição do região Centro-oeste ocorreu pela forte as termelétricas são movidas a gás natu-
introdução em larga escala da produção impacto ambiental causado pela ativida- demanda da fronteira agrícola. ral, proveniente do gasoduto Bolívia-Bra-
agroecológica de alimentos. de mineradora. Questões ligadas a falta II. O esgotamento de possibilidades de sil, Gasbol. Na região Sul, as termelétricas
ⒷⒷ queimadas ajudam na abertura de no- de fiscalização e mesmo o descaso das construção de grande hidroelétricas são movidas a carvão mineral das jazidas
vas áreas para a implantação de sistemas empresas com relação a legislação fazem na região Sudeste levou a uma mudan- existentes na região. Na região Norte, as
de produção sustentável. com que os danos ambientais sejam agra- ça para modelos menores. termelétricas são movidas a derivados de
ⒸⒸ mineração, por meio de empresas vados, contribuindo para a imagem nega- III. As termoelétricas hoje existentes petróleo e não estão conectadas ao siste-
multinacionais, tem ajudado a melhorar a tiva do Brasil perante organismos interna- funcionam com matrizes energéticas ma elétrico nacional.
imagem do Brasil perante grupos interna- cionais de defesa do meio-ambiente. como o carvão e gás natural. Assertiva IV: CORRETA. O Brasil foi o pri-
cionais de defesa do meio ambiente. Alternativa D: INCORRETA. Apesar de uma IV. Os chamados biocombustíveis têm sua meiro país do mundo a introduzir na sua
ⒹⒹ madeiereiras ilegais são quase inexis- significativa parcela de madeira extraída matriz em programas anteriores como matriz energética com eficiência um bio-
tentes na atualidade e a exploração da da Amazônia ser de áreas reflorestadas, a o Proálcool, criado em 1975. combustível. Pressionado pela crise do

144 Geografia Thor Fascio 145


petróleo de 1973, já que na época o Brasil Remanso, Casa Nova, Sento Sé e Pilão Ar- hidrelétrica de Tucuruí, na bacia dos rios Grau de Dificuldade
tinha uma forte dependência de petróleo cado no estado da Bahia. Tocantins-Araguaia.
importado, foi criado o Nacional do Ál- Alternativa E: CORRETA. As áreas alagadas Alternativa A: INCORRETA. O consumo total
cool (Proálcool), onde linhas de crédito e Grau de Dificuldade pela construção das hidrelétricas geram de energia elétrica das regiões Sul e Su-
incentivos fiscais foram criados para esti- uma série de transtornos para as popula- deste do Brasil correspondem a cerca de
mular a mudança do combustível de auto- Alternativa A: INCORRETA. A salinização é ções ribeirinhas como o seu deslocamen- 70% da geração total de eletricidade do
móveis da gasolina para o álcool. consequência do desequilíbrio entre pre- to, a destruição de sítios históricos como país. São responsáveis por parte significa-
Resposta: Ⓓ cipitação e evaporação da água sobre o os pertencentes à Canudos e cidades cen- tiva da geração, onde somente Itaipu na
solo. É um fenômeno observado em ativi- tenárias, como as citadas pela alternativa, bacia do rio Paraná corresponde a cerca
06. Questão dades agrícolas onde o projeto de irriga- inundadas em 1974 pela formação do lago de 20% da geração de eletricidade.
ção não leva em conta o índice de aridez, artificial de Sobradinho, afetando mais de Alternativa B: CORRETA. Com a implemen-
(OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2015) Além de fazendo com que a terra seja molhada 70 mil moradores da região. tação do projeto desenvolvimentista no
ser um recurso renovável, a água é uma com uma quantidade menor de água do Brasil a partir do governo de Juscelino
das poucas fontes utilizadas para a pro- que o necessário. A evaporação decor- 07. Questão Kubitscheck, é feita a “opção rodoviária”
dução de energia que não contribui para rente da exposição do solo ao sol intenso com vultosas quantias investidas na aber-
aquecimento global – um dos problemas leva ao depósito de resíduos salinos dei- (OFICIAL – EXÉRCITO – ESFCEX – 2011) Em relação tura de estradas e na atração de empresas
ambientais mais discutidos na atualidade xados pelo processo. às fontes de energia no Brasil podemos automobilísticas multinacionais. A partir
(ALMEIDA; RIGOLIN, 2013, p. 711). Contudo, Alternativa B: INCORRETA. O processo de afirmar: deste momento o petróleo torna-se insu-
as hidrelétricas, inclusive as brasileiras, construção de hidrelétricas alaga exten- mo fundamental para o país, ampliando a
apresentam uma série de desvantagens, sas áreas de fauna e flora. Essas áreas ⒶⒶ As regiões Sudeste e Sul juntas parti- demanda e tornando o país dependente
entre elas: passam a emitir o gás metano graças a cipam com quase 75% da produção e 30% da importação do produto, condição ape-
decomposição da matéria orgânica reti- do consumo total de energia elétrica. nas superada em 2006.
ⒶⒶ salinizam os solos com as grandes da abaixo da linha da água. Vale ressaltar ⒷⒷ O petróleo, devido à opção pelo trans- Alternativa C: INCORRETA. O programa nu-
concentrações de sais que se acumulam que o metano provoca 21 vezes mais im- porte rodoviário, transformou-se em in- clear brasileiro, criado em 1975, com a as-
nos reservatórios em regiões semiáridas, pacto na atmosfera sobre o aquecimento sumo energético fundamental para a sinatura de um acordo estratégico com a
como no lago de Sobradinho. global do que o gás carbônico. economia. Alemanha Ocidental, previa a instalação
ⒷⒷ promovem a liberação de gás butano Alternativa C: INCORRETA. Não há alteração ⒸⒸ O programa nuclear, para atender às de oito usinas termonucleares das quais
em grande quantidade com a decompo- no regime dos rios que, no caso brasilei- necessidades de ampliação da base in- apenas duas entraram em operação, am-
sição da vegetação nas áreas de floresta ro, são de regime pluvial (exceção para a dustrial, instalou suas usinas em diferen- bas em Angra dos Reis, no estado do Rio
inundada, como no caso de Balbina. bacia amazônica de regime misto). O re- tes pontos do território. de Janeiro.
ⒸⒸ alteram os regimes dos rios, que pas- presamento causa alargamento do curso ⒹⒹ O aproveitamento dos nossos rios Alternativa D: INCORRETA. O aproveitamento
sam a ser de regime lacustre, segundo a do rio à jusante (abaixo) e aumento do as- de planalto é de aproximadamente 92%, das bacias hidrelétricas brasileiras está
abertura ou fechamento das comporta soreamento à montante (acima). onde se conclui que o Brasil deve buscar aquém do seu potencial. Estima-se que a
das usinas, como no caso dos que com- Alternativa D: INCORRETA. A navegação em outras fontes energéticas, como as nu- capacidade instalada represente menos
põem o sistema de Furnas. rios de planalto é viabilizada a partir da cleares e as alternativas. de 60% do potencial hidrelétrico total. A
ⒹⒹ inviabilizam a navegação fluvial ao re- instalação de eclusas que transpõem os ⒺⒺ O carvão mineral é uma importante bacia do rio Paraná é a de maior utilização
presarem e criarem desníveis, necessários desníveis presentes no curso. Muitas des- fonte de energia, sendo que as principais tendo 92% de utilização do seu potencial.
à geração de energia, em rios de planícies, sas eclusas são instaladas nas barragens vantagens das jazidas brasileiras são os A bacia hidrográfica com menor utilização,
como no caso de Araguaia. das usinas hidrelétricas, como é o caso da baixos custos de produção, porém tais cerca de 40%, é a bacia do rio Amazonas.
ⒺⒺ inundam cidades e eliminam heranças eclusa instalada nas imediações da usina recursos são insuficientes para atender a Alternativa E: INCORRETA. As jazidas de car-
históricas, como no caso das cidades de demanda interna. vão mineral no Brasil ficam concentradas

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