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Universidade Federal Do ABC (UFABC)

Bacharelado em Ciências e Humanidades

Bruno de Souza Ramos


RA: 11201920480

Aristóteles e Schopenhauer: A busca pela felicidade e o sofrimento como


realidade intrínseca ao homem.

Temas e Problemas da Filosofia


Profa. Alexia Bretas | 1º quad. 2020
Introdução
O presente trabalho busca fazer uma volta pelos conceitos de eudaimonia de
Aristóteles, apresentados em sua obra “Ética a Nicômaco”, e pelo o que o filósofo
Arthur Schopenhauer entende de felicidade e sofrimento, elaborando pensamentos e
máximas para alcançar essa felicidade, ou que mais se aproxima dela, em seu livro
lançado em 1887, “A Arte de ser Feliz”.

O tema felicidade foi escolhido pois é impossível negar sua relevância nos tempos
atuais. A felicidade pode ser considerada um assunto que transcende a passagem de
tempo, sendo foco de estudos em muitos momentos da nossa história, seja
atualmente, seja no passado. As próprias dos autores citados e que serão trabalhos
nesse trabalho podem ser usadas como exemplo para demonstrar essa importância.
No entanto, resolvi anexar nessa introdução, dois artigos de filósofos contemporâneos
que estudam a felicidade.

O primeiro seria o doutor em psicologia Tal Ben-Shahar, que foi trabalhado em sala
de aula, afirmando que o estresse, uma vez que impede a vida boa, pode ser
considerado como a nova pandemia global, caracterizando-o como um inimigo
silencioso. O texto traduzido do autor pode ser encontrado numa matéria do jornal El
País, cujo o título séria “A obsessão por ser feliz o tempo todo faz as pessoas se
sentirem péssimas”, em que o link estará na referência bibliográfica. Outro pensador
contemporâneo que também trabalhará a felicidade será o Mario Sergio Cortella, mais
precisamente em seu livro “Vida e Carreira — Um Equilíbrio Possível?”, onde o autor
tenta responder algumas perguntas sobre vida e trabalho, em uma tentativa de
conciliar a felicidade no meio de trabalho.
Em sua obra de título “Ética a Nicômaco”, Aristóteles, um filosofo da antiguidade,
dedica seus escritos e estudos para indicar que o homem é um ser moldável e
aspirante ao bem por natureza e assim desenvolve seu conceito de felicidade ou
eudaimonia. Na teoria aristotélica, a felicidade só é possível para o homem que saiba
deliberar as possíveis naturezas do bem, sendo, portanto, um homem virtuoso, em
que a sabedoria e a contemplação, seriam as atividades mais perfeitas do homem,
visto que a razão pertence propriamente a humanidade. A finalidade natural do
homem então seria a felicidade, além de ter uma vida boa e justa, e essa felicidade
seria diferente da inteligência, da honra e da riqueza pois ela é autossuficiente
(autárkeia), ou seja, apesar dela poder ser alcançada por bens exteriores, não existe
apenas esse meio de conquista-la.

Sendo assim, Aristóteles traça um contraponto, dizendo que a eudaimonia não deve
ser associada ao prazer, honraria ou riquezas, pois esses geralmente levam às
vicissitudes, porém, a riqueza e o poder são bens que podem ser usados como
instrumentos para alcançar a felicidade proposta por ele, “(...) a felicidade necessita
igualmente dos bens exteriores, pois é impossível, ou pelo menos não é fácil, praticar
ações nobres sem os devidos meios” (ARISTÓTELES, Livro I, 8, 1099 a, 2010).

Desse modo, Aristóteles irá alertar sobre alguns equívocos cometidos pelo homem
para alcançar a felicidade, que em alguns casos, tratava-a como advinda dos deuses,
como obra do acaso ou como resultado da aprendizagem:

Contudo, mesmo que a felicidade não seja uma graça concebida pelos
deuses, mas nos venha como resultado da virtude e de alguma espécie
de aprendizagem ou exercício, ela parece incluir-se entre as coisas
mais divinas, pois aquilo que constitui o prêmio e a finalidade da virtude
parece ser o que de melhor existe no mundo, algo de divino e
abençoado (ARISTÓTELES, Livro I, 9, 1099 b, 2010).

Assim, a eudaimonia, é vista por Aristóteles como um bem supremo, autossuficiente


que é prazível de si mesmo, e, portanto, seria um meio de nos aproximarmos do divino
e do que seria nobre.

(...) a felicidade é a vida plenamente realizada em sua excelência


máxima. Por isso não é alcançável imediata nem definitivamente, mas
é um exercício cotidiano que a alma realiza durante toda a vida. A
felicidade é, pois, a atualização das potências da alma humana de
acordo com sua excelência mais completa, a racionalidade (CHAUÍ,
2002. p. 442)
Dessa maneira, o homem feliz deve agir, e agir bem, uma vez que a eudaimonia é
uma atividade da alma onde a razão e a virtude agem em conformidade, e
basicamente nesse modo de agir virtuosamente prudente - aquele que, em todas as
situações, é capaz de julgar e avaliar qual a atitude e qual a ação que melhor
realizarão a finalidade ética - e bom que a eudaimonia se consiste. E a razão, por sua
vez, é necessária para que o homem possa controlar a paixão e os impulsos.
Isso posto, Aristóteles vai definir a ética como um saber prático em que a ação humana
serve como objeto, e quando o homem age, ele atualiza a sua forma e busca
excelência em todo espectro de sua existência. Portanto, irá acontecer em sua teoria
a diferenciação da ciência prática (ética e política), que usa o saber para uma ação ou
com a finalidade moral, das ciências teoréticas (artes ou técnicas), que buscam o
saber pelo saber, independente de um fim ou utilidade. Essas atividades, no entanto,
possuem um aspecto comum, ambas buscar o bem como finalidade do ser humano.
O bem, então seria a forma harmoniosa de convivência entre os cidadãos que vivem
na pólis.

[...] razão, ética e política são elementos inseparáveis, constitutivos do


homem em Aristóteles. Por um lado, a característica de ser racional o
conduz à vida política. A vida política, por sua vez, norteará o bem viver
ou o viver ético deste homem, que terá como expressão mais própria
desta boa vida a própria vida racional. Conclui-se, assim, um círculo
virtuoso que para existir não pode prescindir de nenhum destes três
elementos que lhe são constitutivos (PANSARELLI, 2009, p. 14).

A ética tem como objetivo mostrar o caminho que o homem deve fazer para buscar a
felicidade na pólis, investigando não somente o que seria o bem, e sim como o homem
se torna bom. O bem é diferente da felicidade, pois essa seria o resultado de uma
conquista de uma vida inteira. É o que a filósofa Marilena Chauí diz em seu livro
Introdução à História da Filosofia no seguinte trecho:

O bem ético pertence ao gênero da vida excelente e a felicidade


é a vida plenamente realizada em sua excelência máxima. Por
isso não é alcançável imediata nem definitivamente, mas é um
exercício cotidiano que a alma realiza durante toda a vida (…) de
acordo com a sua excelência mais completa, a racionalidade.”
Marilena Chauí, Introdução à história da filosofia, 1, p. 442.

Ele irá se constituir em três formas, sendo elas a substância (atividade pura; intelecto);
a qualidade (excelência ou virtude); e a quantidade (justo meio). A partir daqui é
possível traçar uma linha entra à obra “Ética a Nicômaco” de Aristóteles, e o conceito
de eudemonismo proposto por Schopenhauer, uma vez que para ele, a finalidade da
vida seria a eudaimonia. O eudemonismo aristotélico ensina ao homem a maneira
mais fácil de se viver feliz, sem precisar usar objetos ou pessoas para alcançar a
felicidade. Porém, apesar de apresentar possíveis semelhanças, as obras de ambos
os autores apresentam diferentes aspectos, pois, no caso de Aristóteles, “Ética a
Nicômaco” recebe uma forte influência das doutrinas orientais como o Budismo e do
Hinduísmo, e também em relação as premissas dele sobre a felicidade e ao esforço
de se evitar o sofrimento.

Arthur Schopenhauer será um filósofo que ficará conhecido como pessimista por conta
de suas ideias sobre vida, sofrimento e felicidade. A compreensão de vida para
Schopenhauer é que sua essência é o sofrimento, ou seja, todo ser humano, sendo
rico ou pobre, importante ou não importante, se encontra num estado
inconscientemente doente. Sendo assim, o diferencial do sofrimento de cada indivíduo
é o grau do quanto esse sofrimento é sentido, pois apesar do todo ser humano sofrer,
alguns seres vivos encontram um grau maior e outros encontraram um grau menor de
sofrimento, sendo que, o grau de sofrimento pode oscilar, dessa forma, ele seria maior
ou menor em algum momento. Schopenhauer então definirá essência da nossa
existência como a Vontade, sendo ela a essência mais intima de todo ser humano,
dizendo que ela é o em si de cada coisa que percebemos, fazendo-se a essência
metafísica de tudo o que existe (todos os animais, vegetais e minerais) não
significando que a Vontade por si própria é uma força e sim que toda a força tem por
essência uma Vontade. O sofrimento será uma expressão da Vontade. Portando,
Schopenhauer vai definir a noção de felicidade como “a satisfação sucessiva de todo
o nosso querer”.

Há apenas um erro inato, e este é o de que nós existimos para sermos


felizes. Ele é inato em nós porque coincide com a nossa própria
existência e porque, de fato, todo nosso ser é apenas a sua paráfrase,
assim como nosso corpo é o seu monograma: nós somos justamente
Vontade de viver, e na satisfação sucessiva de todo o nosso querer é
em que pensamos mediante a noção da felicidade. Enquanto nós
persistimos neste erro, e ainda por cima corroboramo-lo com dogmas
otimistas, o mundo nos parece cheio de contradições. Assim, a cada
passo, nas grandes ou nas pequenas coisas, somos obrigados a
experimentar que o mundo e a vida estão completamente arranjados de
modo a não conterem a existência feliz (...) neste sentido, seria mais
correto colocar o objetivo da vida em nossas dores do que nos
prazeres... A dor e a aflição trabalham em direção ao verdadeiro objetivo
da vida, a supressão da Vontade dela. WWV II, p. 813.

Portanto, Schopenhauer em sua obra “A Arte de ser Feliz”, que surge no século XIX,
é evidente uma mudança da ênfase de um otimismo bastante hegemônico no século
XVIII, irá colocar sua percepção da doutrina da felicidade entre o estoicismo – que
acredita na inexorabilidade do destino e o sofrimento serve como fortalecedor de
caráter, ou seja, o indivíduo não deve evitar a dor e sim suporta-los com coragem,
pois seria dali que viria nossa a força - e o maquiavelismo. Ao dizer isso,
Schopenhauer não cultiva a dor como algo que nos faça crescer, e também não quer
que o indivíduo siga um caminho individualista, que obtém a felicidade às custas de
outros indivíduos, descartando “os fins justificam os meios”, proposto por Maquiavel
em O Príncipe.
O termo criado pelo pensador para se referir a essa doutrina foi a eudemonologia ou
eudemonismo:

O eudemonismo deveria ensinar a viver da maneira mais feliz


possível, solucionando essa tarefa sob duas condições: não
pretender nem uma postura estoica, nem um agir maquiavélico.
SCHOPENHAUER, A arte de ser feliz, pp. 3-4.

Schopenhauer, em um primeiro momento, está interessado em conceituar a


felicidade, e responder as perguntas: Em que residiria a felicidade humana
considerada possível?” “O que seria ideal para alcança-la”. Postas as perguntas, o
filosofo irá elaboras máximas que deveram responder a segunda pergunta. Dessa
maneira, ele elabora um sumário contendo o que é preciso alcançar a tal da felicidade
humanamente possível. Em primeiro lugar seria preciso a Serenidade, adquirida por
meio de um temperamento ou de uma constituição feliz. A saúde do corpo seria o
segundo requisitado, em que o autor dedica algumas máximas de sua obra a
exaltação da saúde, concluindo que, sem saúde, é praticamente impossível que o ser
humano seja feliz. O terceiro elemento seria a paz de espírito, que advém da
constatação de que a doçura está em não ter nenhuma preocupação. E por fim, os
bens exteriores, postos em quarto lugar pois para Schopenhauer é o elemento menos
importante. Sendo assim, a arte de felicidade proposta por ele, é uma arte que convida
o ser a encontrar em seu interior, a riqueza da vida, fazendo com que ele se desprende
de fatores externos para a felicidade e isenta de sofrimento.
Todos nós nascemos na Arcádia, todos viemos ao mundo cheios
de pretensões de felicidade e prazer, e conservamos a insensata
esperança de fazê-las valer, até o momento em que o destino
nos aferra bruscamente e nos mostra que nada é nosso, mas
tudo é dele, uma vez que ele detém um direito incontestável não
apenas sobre nossas posses e nossos ganhos, mas também
sobre nossos braços e nossas pernas, nossos olhos e nossos
ouvidos, e até mesmo sobre nosso nariz no centro do rosto. A
experiência vem em seguida e nos ensina que a felicidade e o
prazer não passam de uma quimera, mostrada a distância por
uma ilusão, enquanto o sofrimento e a dor são reais e
manifestam-se diretamente por si só, sem a necessidade da
ilusão e da espera. A. Schopenhauer, op. cit., p. 10-11.

Essa seria a primeira máxima proposta por Schopenhauer, que funciona como uma
síntese de alguns elementos trabalhos nas máximas posteriores. Segundo ele, todo o
ser nasce na Arcádia, dito como um lugar imaginário de prazer e felicidade eterna,
onde o homem acalenta por uma vida de felicidade eterna, o que para Schopenhauer
não é possível.

Dessa forma, Schopenhauer dirá que duas coisas atrapalham a vida, que seriam o
divertimento e o tédio. O divertimento é a lógica da saciedade infinita e ocorre quando
o homem deseja muito algo e quando a conquista, ele passa a desejar outras coisas,
e assim o indivíduo passa a vida desejando aquilo que não tem. O segundo problema
da vida seria o tédio (enfado) que é caracterizado por uma rede de utilidades. Sendo
assim, o filósofo Clóvis de Barros Filho faz uma análise da felicidade como sendo algo
perfeitamente inútil, em que as coisas úteis e inúteis da vida recebem a noção de bom
e ruim, respectivamente, das pessoas na sociedade. Quando o valor de útil é atribuído
a algo, esse valor será exterior ao objeto, ou seja, toda utilidade faz com que o valor
das coisas esteja fora delas. Portanto, ao atribui o conceito de inútil a algo ou alguém,
você estará dizendo que o valor dessa pessoa está nela mesmo, assim como a
felicidade, que também seria inútil.

A reflexão sobre o caráter humano também está presente nos escritos de


Schopenhauer, e esse caráter é adquirido individualmente com a prática cotidiano e a
partir do julgamento que fazemos sobre o que é bom ou mau em determinado
indivíduo. Existe o caráter empírico e o caráter inteligível, em que o último seria o
modo de manifestação do primeiro, sendo um fenômeno natural é imutável, e se
fossemos considerar o aspecto natural, o homem então iria mostrar-se sempre da
mesma forma. No entanto, o caráter empírico é irracional, mas suas manifestações
são provocadas pela razão, fazendo-se necessário o aumento da reflexão e da força
de pensamento. Portanto, “o homem deve saber o que quer e saber o que pode:
somente assim mostrará caráter e somente então poderá cumprir algo de bom”
(SCHOPENHAUER, 2005, p.12).

Assim sendo, é através da experiência que o ser humano pode aprender o que quer
aprender, e enquanto isso não ocorrer, ele irá se dispor do caráter e levar duros golpes
externos da vida, de modo que aí o homem deve adentrar ao mundo do caráter que
ele adquiriu em sua vida, caráter que, em síntese, é o conhecimento de sua própria
individualidade e qualidades de seu caráter empírico, tal como a medida de sua força,
permitindo o desenvolvimento de sua reflexão e método, impedindo que o indivíduo
se deixe levar pelas pressões externas ou um algum estado de espírito. É o que o
filósofo explica em sua obra O mundo como vontade e representação:

O caráter inteligível coincide, portanto, com a Ideia ou, dizendo


mais apropriadamente, com o ato originário da Vontade que nela
se objetiva. Em verdade, não é apenas o caráter empírico de
cada homem, mas também o caráter empírico de cada espécie
animal, sim, de cada espécie vegetal e até mesmo de cada força
originária da natureza inorgânica que deve ser visto como
fenômeno de um caráter inteligível, isto é, de um ato indiviso e
extra temporal da Vontade. SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo
como vontade e representação. p. 221-22.

Desse modo, a concepção de caráter para Schopenhauer se aproxima de certa


maneira aos sentidos de virtude de Aristóteles, uma vez que a partir do conhecimento
dessa virtude, há uma otimização do agir humano. Portanto, a felicidade para
Schopenhauer se expressa na ausência de dor, que se mostra intrínseca a vida, por
conta da constante busca do homem por saciar os seus desejos. Esse homem está
sempre desatento e inconsciente, e ele só deve sair desse estado quando algo se
chocar contra a sua vontade. A partir dessa afirmação, o homem vive em constante
sofrimento, em que a dor é o único sentimento positivo, e quando ele se deparar com
a felicidade, que seria um sentimento negativo, ele irá ter consciência do estado em
que vive. Ou seja, a ausência de dor possibilita a medição da felicidade ou intensidade
de um prazer. Também é importante para filósofo nos desprendemos da imaginação
fictícia em lugares como a Arcádia por exemplo, e concentrarmos essa imaginação na
realidade, pois, uma vez que imaginar possíveis acasos felizes e suas consequências,
tornamos a realidade ainda mais indigesta e dolorosa, afirmando que para se chegar
na eudaimonia, é necessário viver da maneira menos infeliz possível, e por conta
disso, vivemos uma vida suportável.

Aristóteles em seus pensamentos sobre escolha, desejo e opinião, afirma que prazer
e dor não devem ser critérios de deliberação, visto que é o homem que tem o poder
de escolher pode atualizar o vício, sustentado na escolha ou rejeição, em função do
prazer ou dor que essa escolha possa vir a oferecer para ele. Para Schopenhauer, a
dor não é uma escolha consciente, e nem um vício, e sim é a realidade do homem, e
a busca pela eudaimonia, é na verdade uma ilusão de interrupção, ou uma possível
redução do que de fato é intrínseco ao homem: o sofrimento humano.
Conclusão

Ambos os autores apresentam seus argumentos para os seus respetivos pontos de


vista. Enquanto Aristóteles defende que a virtude será o método para alcançarmos a
eudaimonia, conceito que ele criou para trabalhar a felicidade, Schopenhauer vai
colocar a dor como o único sentimento positivo, sendo que o homem é dotado de
vontade, sendo essa vontade o fator que leva o homem sempre a buscar mais,
ocasionando na sua dor.

Aristóteles, por sua vez, conclui que o bem é a forma harmoniosa de convivência entre
os cidadãos que vivem na pólis, e que ele se difere da felicidade, por ser o resultado
da busca de uma vida inteira. A ética, portanto, deve demonstrar o caminho que o
homem deve seguir para conquistar a felicidade.

Assim sendo, Schopenhauer apresenta em sua obra o conceito de eudemonologia ou


eudemonismo, que se aproxima do conceito grego de eudaimonia. Nesta obra
apareceram máximas propostas por ele de como o homem deve alcançar a felicidade.
Outra obra importante do autor é “O mundo como vontade e representação”, em que
o autor trabalho suas visões de Vontade tem o sofrimento como uma forma de
expressão. Essa Vontade é a essência mais intima de todo ser humano, fazendo-se
a essência metafísica de tudo o que existe.
Referência Bibliográfica

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. E. Bini. 2ª ed. São Paulo: Edipro, 2007.

SCHOPENHAUER, Arthur. A arte de ser feliz: exposta em 50 máximas. 2ª ed. São


Paulo: Martins Fontes, 2005.

CHAUI, M. Introdução à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Vol. 1.


2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 328-486.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Trad.


Jair Barboza. São Paulo: Editora Unesp, 2005.
Matéria sobre Mario Sérgio Cortella:

https://exame.com/carreira/felicidade-carreira-e-maratona/
Matéria sobre Tal Ben-Shahar:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/03/estilo/1570124407_210391.html

Clóvis de Barros – A Felicidade é Inútil


https://www.youtube.com/watch?v=4IMSYDGo6mA

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