Torção Parte 5

RESISTÊNCIA DOS
MATERIAIS
Prof. João Manoel Folador
eng.folador@gmail.com
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS TORÇÃO
Deformação por torção

▪ Exercício simples semanalmente para a validação de
frequência
▪ Atividade faseada com maior grau de complexidade e
peso de prova
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑆2 = 0,15 ∗ 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴𝑆 + 0,85 ∗ 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴𝐹
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑀é𝑑𝑖𝑎(𝑆1 + 𝑆2)
PROF. JOÃO MANOEL FOLADOR ENGENHARIA DE ALIMENTOS – 3° ANO


▪ Como entendemos a deformação por rotação de um
eixo circular?
TORQUE
▪ Torque é um momento que tende a torcer um elemento

em torno do seu eixo longitudinal
▪ Preocupação primária em projetos de eixos ou eixos de
acionamento utilizados em veículos, equipamentos e
estruturas diversas



▪ Torção faz com que os círculos
continuem como círculos
▪ Linhas longitudinais de grade
tornam-se hélices
▪ Interceptação dos círculos pela
linhas formam ângulos iguais
▪ Seções transversais
continuam planas


▪ Consideramos então que, se o ângulo de rotação for
pequeno, o comprimento e raio do eixo permanecerão
inalterados


▪ Se o eixo estiver preso em
uma das extremidades e um
torque for aplicado a outra
extremidade:
✓ Plano sombreado será
distorcido até uma forma
oblíqua
✓ Ângulo de torção φ(x)
aumenta em função de x


▪ Para entender: consideremos um
elemento localizado à uma
distância radial ρ da linha central
do eixo:


▪ Devido à deformação, as faces anterior e posterior do elemento
sofrerão rotação:
✓ Face posterior: φ(x)
✓ Face anterior: φ(x) + Δφ
▪ Devido a diferença entre

essas rotações, o elemento
é submetido a uma
deformação por
cisalhamento


▪ Cálculo da deformação:
▪ Ângulo γ pode ser relacionado com o comprimento Δx e com

a diferença no ângulo de rotação Δφ, portanto, temos:
𝑑∅ 𝛾 𝛾𝑚á𝑥
𝐶𝑜𝑚𝑜 = =
𝑑𝑥 𝜌 𝑐
𝒅∅
= cte em todos
𝒅𝒙
os elementos
*válido também para tubos circulares
A fórmula da torção
▪ Quando um torque externo é aplicado a um eixo, há a geração
de um torque interno correspondente
▪ Por isso, precisamos de equação que relacione esse torque
interno com a distribuição da tensão de cisalhamento na
seção transversal de um eixo circular

▪ Para um material linear-elástico, a lei de Hooke pode ser
aplicada:
✓ G: módulo de elasticidade de cisalhamento

✓ γ: deformação de cisalhamento (rad)

“uma variação linear na deformação por
cisalhamento resulta em uma variação
linear na tensão de cisalhamento”
▪ Portanto, aqui também a τ variará de
0 na linha central do eixo longitudinal
até τmáx na superfície externa:

▪ Para qualquer elemento de área dA localizado em ρ, teremos
uma força F = τ.dA
▪ O torque produzido por F será dT = ρ.τ.dA e para a seção

completa, teremos:

▪ Essa integral depende somente da geometria do eixo
▪ Ela representa o momento polar de inércia da área de
seção transversal do eixo calculada em torno da linha central
longitudinal do eixo
▪ Esse valor é representado pela letra J e a equação escrita
como:
ρ: distância intermediária
c: raio externo do eixo

▪ Cálculo do momento polar de inércia (J):
▪ Eixo maciço:
𝑑𝐴 = 2𝜋𝜌 𝑑𝜌
▪ Eixo tubular:
J [=] mm4 ou in4

Ex 6.1 O eixo maciço de raio c é submetido a um torque T.

Determine a fração de T à qual resiste o material contido no
interior da região externa do eixo, que tem raio interno c/2 e
raio externo c.

Ex 6.1
Torque dT’ no anel:
𝜌
𝑑𝑇 ′ = 𝜌(𝜏 𝑑𝐴) = 𝜌 𝜏𝑚á𝑥 (2𝜋𝜌 𝑑𝜌)
𝑐
𝑐
′
2𝜋𝜏 𝑚á𝑥
𝑇 = න 𝜌3 𝑑𝜌
𝑐 𝑐
2
𝑐
2𝜋𝜏𝑚á𝑥 1 4 න ⇒ 𝑇′=
15𝜋
′
𝑇 = . 𝜌 𝜏𝑚á𝑥 𝑐 3
𝑐 4 𝑐 32
2

Ex 6.1
Esse torque T’ pode ser expresso em termos do torque
aplicado T usando a fórmula de torção para determinar a
torção máxima no eixo:
𝑇𝑐 𝑇𝑐 2𝑇
𝜏𝑚á𝑥 = = 𝜋 ⇒ 𝜏𝑚á𝑥 = 3
𝐽 𝑐4 𝜋𝑐
2
Substituindo na equação anterior
15
𝑇′ = 𝑇
16

Ex 6.2 O eixo está apoiado em dois mancais e sujeito a três

torques. Determine a tensão de cisalhamento desenvolvida nos
pontos A e B localizados na seção a–a do eixo.

Ex 6.2
Torque interno:
✓ Reações nulas nos mancais
✓ Torques satisfazem o equilíbrio do momento em
torno do eixo x
෍ 𝑀𝑥 = 0
4250 𝑘𝑁. 𝑚𝑚 − 3000 𝑘𝑁. 𝑚𝑚 − 𝑇 = 0
𝑇 = 1250 𝑘𝑁. 𝑚𝑚

Ex 6.2
Propriedade da seção:
✓ Momento polar de inércia para o eixo
𝜋
𝐽 = 75 𝑚𝑚 4 = 4,97𝐸7 𝑚𝑚4
2
Tensão de cisalhamento
𝑇𝑐 1250 𝑘𝑁. 𝑚𝑚 . 75[𝑚𝑚] 𝑁

𝜏𝐴 = = = 1,89 2
= 1,89 𝑀𝑃𝑎
𝐽 4
4,97𝐸7 [𝑚𝑚 ] 𝑚𝑚
𝑇𝜌 1250 𝑘𝑁. 𝑚𝑚 . 15[𝑚𝑚] 𝑁

𝜏𝐵 = = = 0,377 2
= 0,377 𝑀𝑃𝑎
𝐽 4
4,97𝐸7 [𝑚𝑚 ] 𝑚𝑚

Transmissão de potência
▪ As máquinas e equipamentos transmitem sua força,
geralmente, por eixos e tubos de seções transversais
circulares
▪ Nesse caso, estão sujeitos a torques que dependem da
potência da máquina e a velocidade angular do eixo
▪ Potência é definida como o trabalho realizado em um
determinado período de tempo
▪ Trabalho transmitido por um eixo rotativo é igual ao produto
entre o torque aplicado e o ângulo de rotação

▪ Portanto, se durante um instante dt um torque T for aplicado e
provocar uma rotação dθ no eixo, a potência instantânea
será:
▪ Como a velocidade angular é ω = dθ/dt, temos:
P [=] W
ω [=] rad/s
▪ É usual informar a frequência (f) de rotação de um eixo em
máquinas rotativas
▪ A frequência é a medida do número de revoluções ou ciclos
que o eixo faz por segundo e é expressa em Hz (1 ciclo/s)
▪ Visto que 1 ciclo = 2π rad, temos:
ω = 2π.f P = 2π.f.T

Projetos de eixos
▪ Quando a potência transmitida por um eixo e sua frequência
são conhecidas, o torque desenvolvido no eixo pode ser
determinado por:
𝑃
𝑇 = 𝜋𝑓
2
▪ Se T e a tensão de cisalhamento admissível para o material

são conhecidos, pode-se determinar as dimensões da seção
transversal do eixo

Projetos de eixos
▪ Isso pode ser feito pela equação de torção, contanto que o
comportamento do material seja linear elástico:

Exercícios
Ex 6.3 Um eixo maciço de aço AB será usado para transmitir
3750 W do motor M ao qual está acoplado. Se o eixo girar a
175 rpm e o aço tiver uma tensão de cisalhamento admissível
100 MPa, determine o diâmetro exigido para o eixo com
precisão de mm.

Exercícios
Ex 6.3
Torque no eixo:
𝑃 = 𝑇𝜔
𝑚
𝑃 = 3750 𝑁.
𝑠
𝑟𝑒𝑣 2𝜋 [𝑟𝑎𝑑] 1 [𝑚𝑖𝑛] 𝑟𝑎𝑑

𝜔 = 175 . . ⇒ 𝜔 = 18,33
𝑚𝑖𝑛 [𝑟𝑒𝑣] 60 [𝑠] 𝑠
𝑚
𝑃 3750 𝑁.
𝑇= = 𝑠 ⇒ 𝑇 = 204,6 𝑁. 𝑚
𝜔 𝑟𝑎𝑑
18,33
𝑠
Exercícios
Ex 6.3
Diâmetro: 𝐽 𝜋 𝑐4 𝑇
= . =
𝑐 2 𝑐 𝜏𝑎𝑑𝑚
𝑚𝑚
3 2𝑇 3 2.204,6 𝑁. 𝑚 . 1000
𝑐= = 𝑚 ⇒ 𝑐 = 10,92 𝑚𝑚
𝜋𝜏𝑎𝑑𝑚 𝑁
𝜋. 100
𝑚𝑚2
Como o diâmetro é 2c:
𝑑 = 2𝑐 = 21,84 𝑚𝑚 ⇒ 𝑑 = 22 𝑚𝑚

Exercícios
Ex 6.4 Um eixo tubular com diâmetro interno de 30 mm e
diâmetro externo de 42 mm será usado para transmitir 90 kW
de potência. Determine a frequência de rotação do eixo de
modo que a tensão de cisalhamento na ultrapasse 50 MPa.
Torque máximo:
𝑇𝑐 𝑁 𝑇. 0,021 [𝑚]
𝜏𝑚á𝑥 = ⇒ 50𝐸6 =𝜋
𝐽 𝑚² [ 0,021 𝑚 4 − 0,015 𝑚 4]
2
⇒ 𝑇 = 538 𝑁𝑚

Exercícios
Ex 6.4 Um eixo tubular com diâmetro interno de 30 mm e
diâmetro externo de 42 mm será usado para transmitir 90 kW
de potência. Determine a frequência de rotação do eixo de
modo que a tensão de cisalhamento na ultrapasse 50 MPa.
Frequência de rotação:
𝑁. 𝑚
𝑃 = 2𝜋𝑓𝑇 ⇒ 90𝐸3 = 2𝜋𝑓. 538 [𝑁. 𝑚]
𝑠
⇒ 𝑓 = 26,6 𝐻𝑧

Exercícios
Ex 6.5 O eixo maciço de 32 mm
de diâmetro é usado para
transmitir os torques aplicados
às engrenagens. Se o eixo
estiver apoiado em mancais lisos
em A e B, que não resistem a
torque, determine a tensão de
cisalhamento desenvolvida no
eixo nos pontos C e D.

Exercícios 𝑐=
𝑑 𝜋 𝑑
𝐽= .
4
Ex 6.5 2 2 2
Torques:
𝑇1 = 185 𝑁. 𝑚
𝑇2 = −260 𝑁. 𝑚 𝑇𝐶 . 𝑐
𝜏𝐶 = ⇒ 𝜏𝐶 = 28,75 𝑀𝑃𝑎
𝑇3 = 75 𝑁. 𝑚 𝐽
𝑇𝐷 . 𝑐
𝑇𝐶 = 𝑇1 𝜏𝐷 = ⇒ 𝜏𝐷 = −11,66 𝑀𝑃𝑎
𝐽
𝑇𝐷 = 𝑇1 + 𝑇2

Ângulo de torção
▪ Em algumas situações, o projeto de um eixo depende de
restrições à quantidade de rotação em função do torque
▪ Assim, o ângulo de torção torna-se importante quando se
trata de reações em eixos estaticamente indeterminados
φ: ângulo de torção de uma extremidade em relação à outra

T(x): torque interno na posição arbitrária x
J(x): momento de inércia polar do eixo em função de x
G: módulo de elasticidade ao cisalhamento do material
Cálculo para A e T constantes

▪ Em geral, os materiais são homogêneos e, consequentemente,
G também é constante
▪ Isso também ocorre para a área de seção transversal e
torque aplicado
▪ Essas considerações tornam mais simples a equação de
ângulo de torção:

Cálculo para A e T constantes

▪ Se o eixo estiver sujeito à torques diferentes ou área de
seção ou G mudarem abruptamente de uma região para a
outra, o cálculo será dado por:

Convenção de sinais
▪ A partir da regra
da mão direita. T
e φ serão
positivos se o
sentido indicado
pelo polegar
esteja se
afastando do eixo

Eixo sujeito à vários torques

▪ Diagrama representativo

Exercícios
Ex 6.6 As engrenagens acopladas ao eixo de aço com uma
das extremidades fixa estão sujeitas aos torques mostrados na
figura. Supondo que G=80 GPa e o eixo tenha diâmetro de 14
mm, determinar o deslocamento do dente P da engrenagem
A. O eixo gira livremente no mancal B.

Exercícios
Ex 6.6
Torques internos:
TAC=150 Nm
TCD=-130 Nm
TDE=-170 Nm
150 Nm
150 Nm
150 Nm

Exercícios
Ex 6.6
Ângulo de torção:
𝜋 4 𝜋
𝐽 = 𝑐 = 0,007 [𝑚]4 ⇒ 𝐽 = 3,77𝐸 − 9 𝑚4
2 2
𝑇𝐿 150 𝑁𝑚 . 0,4 [𝑚] (−130) 𝑁𝑚 . 0,3 [𝑚]
𝜑𝐴 = ෍ = + +
𝐽𝐺 3,77𝐸 − 9 𝑚4 . 80𝐸9 𝑁 3,77𝐸 − 9 𝑚 4 . 80𝐸9 𝑁
𝑚2 𝑚2
(−170) 𝑁𝑚 . 0,5 [𝑚]

+ ⇒ 𝜑𝐴 = −0,212 𝑟𝑎𝑑
𝑁
3,77𝐸 − 9 𝑚4 . 80𝐸9
𝑚2
Exercícios
Ex 6.7 As extremidades estriadas e as engrenagens
acopladas ao eixo de aço A-36 estão submetidas aos torques
mostrados. Determinar o ângulo de torção da engrenagem C
em relação à engrenagem D. O eixo tem diâmetro de 40 mm.

Exercícios
Ex 6.7
Torques internos:
TAC=TA
TCD=TA+TC
TDB=TA+TC+TD
Ângulo de torção:
𝑇𝐶𝐷 . 𝐿𝐶𝐷 (𝑇𝐴 + 𝑇𝐶). 𝐿𝐶𝐷 −300 + 500 𝑁. 𝑚 . 0,4[𝑚]

𝜑𝐶/𝐷 = = =
𝐺. 𝐽 𝐺. 𝐽 𝑁 𝜋
75𝐸9 2 . . 0,02 𝑚 4
𝑚 2
𝜑𝐶/𝐷 = 0,0042 𝑟𝑎𝑑 = 0,2432°

Elementos estaticamente indeterminados

carregados com torque
▪ É comum determinarmos as forças atuando sobre um corpo a
partir de relações igualadas a zero
▪ Quando não é possível determinar as forças (torques) que
agem no eixo, chamamos de estaticamente indeterminados




▪ Nesse caso:
෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ 𝑇 − 𝑇𝐴 − 𝑇𝐵 = 0
▪ Como temos apenas uma equação e

duas incógnitas, esse problema é
estaticamente indeterminado


▪ Para obter uma solução é necessário considerar uma
condição de compatibilidade
▪ Aqui, ela exige que o ângulo de torção de uma extremidade do
eixo em relação à outra extremidade seja igual a zero
▪ Isso ocorre porque os apoios nas extremidades são fixos.
Portanto:
𝜑𝐴/𝐵 = 0


▪ Para escrever essa equação em termos dos torques
desconhecidos, considera-se que o material se comporta de
maneira linear inelástica
▪ Assim:
𝐿𝐵𝐶 𝐿𝐴𝐶
𝑇𝐴 = 𝑇 𝑇𝐵 = 𝑇
𝐿 𝐿

Exercícios
Ex 6.8 O eixo maciço de aço tem diâmetro de 20 mm. Se for
submetido aos dois torques, determine as reações nos apoios
fixos A e B.

Exercícios
TB TA
500 Nm
TB
TA+500 Nm
TA
TA

Exercícios
Equilíbrio:
෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇𝐵 + 800 𝑁𝑚 − 500 [𝑁𝑚] − 𝑇𝐴 = 0
Compatibilidade:
𝜑𝐴/𝐵 = 0
✓ Extremidades fixas
✓ Condição pode ser expressa em termos dos
torques desconhecidos pela relação carga-
deslocamento

Exercícios
Compatibilidade:
𝑇𝐵 0,2 𝑚 (𝑇𝐴 + 500 [𝑁𝑚] 1,5 𝑚 𝑇𝐴 0,3 [𝑚]

− + + =0
𝐽𝐺 𝐽𝐺 𝐽𝐺
1,8𝑇𝐴 − 0,2𝑇𝐵 = −750

𝑇𝐴 + 𝑇𝐵 = 300
𝑇𝐴 = −345 𝑁𝑚
𝑇𝐵 = 645 𝑁𝑚

Exercícios
Ex 6.9 O eixo é composto por um
tubo de aço unido à núcleo de
latão. Se um torque de T=250 Nm
for aplicado em sua extremidade,
faça uma representação gráfica
da distribuição da tensão de
10 mm
cisalhamento ao longo da linha
radial de sua área de seção
transversal. Considere Gaço=80
20 mm T=250 N.m
GPa e Glat=36 GPa

Exercícios
Ex 6.9
Equilíbrio:
෍ 𝑀𝑥 = 0 ⇒ −𝑇AÇO − 𝑇LATÃO + 250 [𝑁𝑚] = 0
Compatibilidade:
𝜑 = 𝜑AÇO = 𝜑LATÃO
✓ Ângulo de torção na extremidade A deve ser o
mesmo para o aço e o latão, já que estão unidos

Exercícios
Ex 6.9
Compatibilidade:
𝑇AÇO . 𝐿 𝑇LATÃO . 𝐿
=
𝜋 4 4 𝑁 𝜋 4 𝑁
20 𝑚𝑚 − 10 𝑚𝑚 . 80𝐸3 10 𝑚𝑚 . 36𝐸3
2 𝑚𝑚2 2 𝑚𝑚2
𝑇AÇO = 33,33. 𝑇LATÃO
𝑇AÇO = 242,72 𝑁𝑚
𝑇LATÃO = 7,28 𝑁𝑚

Exercícios
Ex 6.9
Tensão de cisalhamento mínima:
𝑚𝑚
7,28 𝑁. 𝑚 . 1𝐸3 . 10 [𝑚𝑚]
𝜏𝑙𝑎𝑡ã𝑜 𝑚 ⇒ 𝜏𝑙𝑎𝑡ã𝑜 = 4,63 𝑀𝑃𝑎
𝑚í𝑛 = 𝜋 𝑚í𝑛
[ 10 𝑚𝑚 4]
2
𝑚𝑚
242,72 𝑁. 𝑚 . 1𝐸3 . 10 [𝑚𝑚]
𝜏𝑎ç𝑜 𝑚 ⇒ 𝜏𝑎ç𝑜 = 10,30 𝑀𝑃𝑎
𝑚í𝑛 = 𝜋 𝑚í𝑛
[ 20 𝑚𝑚 4 − 10 𝑚𝑚 4]
2

Exercícios
Ex 6.9
Tensão de cisalhamento máxima:
𝑚𝑚
242,72 𝑁. 𝑚 . 1𝐸3 . 20 [𝑚𝑚]
𝜏𝑎ç𝑜 𝑚
𝑚í𝑛 = 𝜋
[ 20 𝑚𝑚 4 − 10 𝑚𝑚 4]
2
⇒ 𝜏𝑎ç𝑜 𝑚í𝑛 = 20,60 𝑀𝑃𝑎

Eixos maciços não circulares

▪ Existem casos onde os eixos não são simétricos, isto é, não
possuem seção transversal circular
▪ Por isso, quando o eixo sofrer torção, as seções transversais
ficarão abauladas ou entortadas
▪ Consequência disso é alta complexidade do estudo da torção
de eixos não circulares



▪ Em todos os casos, a tensão de
cisalhamento máx ocorre em um ponto
na borda da seção transversal mais
próxima da linha central do eixo
▪ Pontos em negrito
▪ O eixo de seção transversal circular é
mais eficiente, pois está submetido à
uma tensão de cisalhamento máx
menor e o ângulo de torção é menor

Exercícios
▪ 6.10 O eixo de alumínio
6061-T6 tem área de seção
transversal na forma de um
triângulo equilátero.
Determine o maior torque T
que pode ser aplicado à
extremidade do eixo se a
tensão de cisalhamento
admissível for 56 MPa e o
ângulo de torção na
extremidade estiver restrito a
0,02 rad. Gal=26 GPa.

Exercícios
▪ 6.10 Seção triangular:
20𝑇 46𝑇𝐿
𝜏𝑚á𝑥 = 3 𝜑= 4
𝑎 𝑎 𝐺
Para não ultrapassar a tensão admissível:
20𝑇 𝑁 20𝑇
𝜏𝑚á𝑥 = 3 ⇒ 56 2
= 3
⇒ 𝑇 = 179,2 𝑁𝑚
𝑎 𝑚𝑚 (40 𝑚𝑚 )
46𝑇𝐿 46𝑇(1,2 𝑚 )
𝜑 = 4 ⇒ 0,02 [𝑟𝑎𝑑] = ⇒ 𝑇 = 24,12 𝑁𝑚
𝑎 𝐺 4 𝑁
0,04 𝑚 26𝐸9
𝑚²
Exercícios
▪ 6.10 Seção circular:
1
𝐴𝑐í𝑟𝑐 = 𝐴𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔 ⇒ 𝜋𝑐² = (40 𝑚𝑚 )(40 𝑠𝑒𝑛(60°))
2
⇒ 𝑐 = 14,85 𝑚𝑚
𝑇𝑐 𝑇𝐿
𝜏𝑎𝑑𝑚 = 𝜑𝑎𝑑𝑚 =
𝐽 𝐽𝐺𝑎𝑙

Exercícios
▪ 6.10 Seção circular:
𝑇𝑐 𝑇𝐿
𝜏𝑎𝑑𝑚 = 𝜑𝑎𝑑𝑚 =
𝐽 𝐽𝐺𝑎𝑙
𝑇𝑐 𝑁 𝑇(14,85 [𝑚𝑚])
𝜏𝑎𝑑𝑚 = ⇒ 56 2
=𝜋 ⇒ 𝑇 = 288,06 𝑁𝑚
𝐽 𝑚𝑚 14,85 𝑚𝑚 4
2
𝑇𝐿 𝑇(1200 𝑚𝑚 )
𝜑= ⇒ 0,02 [𝑟𝑎𝑑] = ⇒ 𝑇 = 33,10 𝑁𝑚
𝐽𝐺𝑎𝑙 𝜋 4 26𝐸3 𝑁
14,85 𝑚𝑚
2 𝑚𝑚²
Tubos de paredes finas com seções

transversais fechadas
▪ A tensão de cisalhamento média para tubos com paredes
finas e seções transversais fechadas:

Tubos de paredes finas com seções

transversais fechadas
▪ O ângulo de torção é:

Exercícios
▪ 6.11 Um tubo quadrado de
alumínio tem as
dimensões como as
mostradas na figura.
Determine a tensão de
cisalhamento média no
tubo no ponto A se ele for
submetido a um torque de
85 Nm. Calcule também o
ângulo de torção devido a
esse carregamento.
Considere Gal=26GPa.

Exercícios
▪ 6.11
Tensão de cisalhamento média:
𝑇 = 85 𝑁𝑚 (𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒çã𝑜)
𝐴𝑚 = 50 𝑚𝑚 . 50 𝑚𝑚 ⇒ 𝐴𝑚 = 2500 𝑚𝑚²
𝑚𝑚
𝑇 85 𝑁𝑚 . 1𝐸3
𝜏𝑚é𝑑 = = 𝑚
2𝑡𝐴𝑚 2(10 𝑚𝑚 )(2500 𝑚𝑚2 )
⇒ 𝜏𝑚é𝑑 = 1,7 𝑀𝑃𝑎

Exercícios
▪ 6.11
Ângulo de torção
𝑇𝐿 𝑑𝑠 85000 𝑁. 𝑚𝑚 . 1500 [𝑚𝑚] 𝑑𝑠

𝜑= 2 ර = ර
4𝐴𝑚 𝐺 𝑡 2 2 𝑁 10 [𝑚𝑚]
4 2500 𝑚𝑚 26𝐸3
𝑚𝑚2
𝑑𝑠
= 0,196𝐸 − 4 [𝑚𝑚−1 ] ර
10 [𝑚𝑚]
= 0,196𝐸 − 4 [𝑚𝑚−1 ] (4 50 𝑚𝑚 )
= 3,92𝐸 − 3 𝑟𝑎𝑑

Exercícios
▪ 6.12 O tubo é feito de bronze C86100 e tem seção transversal
retangular. Se for submetido aos dois torques, determine a
tensão de cisalhamento média no tubo nos pontos A e B.
Determine também o ângulo de torção da extremidade C. O tubo
é fixo em E.

Exercícios
▪ 6.12
Tensão de cisalhamento média:
𝑇 = 35 𝑁𝑚 (𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒çã𝑜)
𝐴𝑚 = 0,037 𝑚 . 0,057 𝑚
𝐴𝑚 = 0,002 𝑚²
25 Nm
35 Nm
60 Nm

Exercícios
▪ 6.12
Para o ponto A, tA=5 mm, então:
𝑇 35 [𝑁. 𝑚]
𝜏𝐴 = = 2 = 1,75 𝑀𝑃𝑎
2𝑡𝐴𝑚 2(0,005 𝑚 )(0,002 𝑚 )
Para o ponto B, tA=3 mm, então:

𝑇 35 [𝑁. 𝑚]
𝜏𝐴 = = 2 = 2,92 𝑀𝑃𝑎
2𝑡𝐴𝑚 2(0,003 𝑚 )(0,002 𝑚 )

Exercícios
▪ 6.12
Ângulo de torção em C:
60 Nm
25 Nm
35 Nm 60 Nm
60 Nm

Exercícios
▪ 6.12
Ângulo de torção em C:
𝑇𝐿 𝑑𝑠
𝜑= 2 ර
4𝐴𝑚 𝐺 𝑡
60 𝑁. . 0,5 [𝑚] 57 𝑚𝑚 35 𝑚𝑚
𝜑 = ර 2 +2 +
𝑁 5 𝑚𝑚 3 𝑚𝑚
4 0,002 𝑚2 2 38𝐸9 2
𝑚
35 𝑁. . 1,5 [𝑚] 57 𝑚𝑚 35 𝑚𝑚
+ ර 2 +2
𝑁 5 𝑚𝑚 3 𝑚𝑚
4 0,002 𝑚2 2 38𝐸9 2
𝑚
𝜑 = 6,29𝐸 − 3 𝑟𝑎𝑑

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RESISTÊNCIA DOS

Deformação por torção

𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑆2 = 0,15 ∗ 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴𝑆 + 0,85 ∗ 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝐴𝐹

𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑀é𝑑𝑖𝑎(𝑆1 + 𝑆2)

PROF. JOÃO MANOEL FOLADOR ENGENHARIA DE ALIMENTOS – 3° ANO

Deformação por torção

▪ Torque é um momento que tende a torcer um elemento

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Deformação por torção

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Deformação por torção

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Deformação por torção

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Deformação por torção

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Deformação por torção

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Deformação por torção

▪ Devido a diferença entre

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Deformação por torção

▪ Ângulo γ pode ser relacionado com o comprimento Δx e com

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✓ G: módulo de elasticidade de cisalhamento

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▪ O torque produzido por F será dT = ρ.τ.dA e para a seção

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J [=] mm4 ou in4

Ex 6.1 O eixo maciço de raio c é submetido a um torque T.

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Ex 6.2 O eixo está apoiado em dois mancais e sujeito a três

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4250 𝑘𝑁. 𝑚𝑚 − 3000 𝑘𝑁. 𝑚𝑚 − 𝑇 = 0

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𝑇𝑐 1250 𝑘𝑁. 𝑚𝑚 . 75[𝑚𝑚] 𝑁

𝑇𝜌 1250 𝑘𝑁. 𝑚𝑚 . 15[𝑚𝑚] 𝑁

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▪ Como a velocidade angular é ω = dθ/dt, temos:

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▪ Se T e a tensão de cisalhamento admissível para o material

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𝑟𝑒𝑣 2𝜋 [𝑟𝑎𝑑] 1 [𝑚𝑖𝑛] 𝑟𝑎𝑑

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φ: ângulo de torção de uma extremidade em relação à outra

Cálculo para A e T constantes

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Cálculo para A e T constantes

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Eixo sujeito à vários torques

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