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Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

DIREITO DO TRABALHO – ESTABILIDADE

*Dirigente sindical – aquele que compõem a diretoria – a pessoa tem estabilidade


do registro da candidatura até um ano após o mandato. Pode ser titular ou suolente.
Art. 8º, VIII CR - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro
da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.
Art. 543, § 3º CLT - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou
associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou
representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano
após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se
cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta
Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 7.543, de 2.10.1986)
*O DIRIGENTE SINDICAL SOMENTE PERDE A ESTABILIDADE SE COMETER
FALTA GRAVE DEVIDAMENTE APURADA PELO INQUÉRITO DE APURAÇÃO DE
FALTA GRAVE.
*No sindicato tem-se:
1. Assembleia geral
2. Diretoria – será composta por no mínimo 03 e no máximo 07 membros –
composta pelo dirigente sindical
3. Conselho Fiscal
Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no
máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto
de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembleia Geral. (Vide ADPF 276)
§ 1º A diretoria elegerá, dentre os seus membros, o presidente do sindicato.
§ 2º A competência do Conselho Fiscal é limitada à fiscalização da gestão financeira
do sindicato.
§ 3º - Constituirão atribuição exclusiva da Diretoria do Sindicato e dos Delegados
Sindicais, a que se refere o art. 523, a representação e a defesa dos interesses da
entidade perante os poderes públicos e as empresas, salvo mandatário com poderes
outorgados por procuração da Diretoria, ou associado investido em representação
prevista em lei. (Incluído pelo Decreto-lei nº 9.502, de 23.7.1946)
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*Maria se candidatou e não foi eleita – possui estabilidade somente do registro da


candidatura até a eleição.
Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra
empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por
escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da
suspensão do empregado.
*O empregador não pode imediatamente dispensar o empregado – o empregador
tem a obrigação de ajuizar o inquérito para apuração de falta grave – juiz que decide
se é ou não uma falta grave que dá direito a dispensa por justa causa.
Art. 8º CR - É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:.
(Princípio da liberdade sindical – uma vez criado o sindicato esse sindicato possui
autonomia – o Estado não pode intervir ou intergerir nessa organização sindical)
Súmula nº 369 do TST
DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I
alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012,
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda
que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja
realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT (quando se tiver o
registro da candidatura do empregado, o sindicato tem a obrigação de
comunicar ao empregador dentro de 24 h e por escrito que o empregado
registrou a candidatura) (ainda que a comunicação do registro, da eleição e da
posse, não seja feita ao empregador no prazo de 24h, por escrito pelo
sindicato, essa comunicação pode ser feita por qualquer pessoa, por qualquer
meio de comunicação, desde que seja eficaz, a comunicação tem que se dar
durante a vigência do contrato), desde que a ciência ao empregador, por qualquer
meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica
limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes
sindicais e igual número de suplentes. (os 07 titulares e os 07 suplentes terão
estabilidade, os demais não terão estabilidade) (Se Maria foi eleita a 15
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representante sindical ela não possuirá estabilidade pois somente os 07 titulares e


os 07 suplentes que possuem estabilidade)
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de
estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do
sindicato para o qual foi eleito dirigente. (categoria diferenciada = categoria por
força do estatuto da profissão ou por condições de vida singulares) (essa
categoria somente possui estabilidade se ela tiver sido eleita para representar
a categoria que é a atividade que ela exerce naquela empresa)
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do
sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. (se a empresa encerrar sua
atividade, não há que se falar em estabilidade)
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o
período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade,
visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do
Trabalho. (empregado possui estabilidade até um ano após o término do
mandato – essa pessoa foi dispensada e cumpre o aviso prévio – correu no
sindicato e registrou a sua candidatura – se a candidatura ocorrer dentro do
aviso prévio seja ele trabalhado ou indenizado não dá direito a estabilidade)
(estabilidade da gestante é da confirmação da gravidez até 05 meses após o parto)
– se a empregada foi dispensada, está cumprindo o aviso prévio e confirmou a
gravidez no aviso prévio – ela ainda assim possui estabilidade por ser gestante.
Art. 543, § 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à
empresa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da
candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo,
outrossim, a êste, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho e
Previdência Social fará no mesmo prazo a comunicação no caso da designação
referida no final do § 4º. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
OJ-SDI1-365 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DE CONSELHO FISCAL
DE SINDICATO. INEXISTÊNCIA (DJ 20, 21 E 23.05.2008)
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos
arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na
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defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à


fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).
OJ-SDI1-369 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DELEGADO SINDICAL. INAPLICÁVEL
(DEJT divulgado em 03, 04 e 05.12.2008)
O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º,
VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem
cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo.
1. Dirigente sindical – possui estabilidade
2. Membro do conselho fiscal – não possui estabilidade
3. Delegado sindical – não possui estabilidade
Súmula nº 379 do TST
DIRIGENTE SINDICAL. DESPEDIDA. FALTA GRAVE. INQUÉRITO JUDICIAL.
NECESSIDADE (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 114 da SBDI-1) -
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a
apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT. (ex-OJ
nº 114 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)
CIPEIRO – aquele que compõe a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
acidentes)
CIPA será composta por:
1. Representantes dos empregados – serão eleitos
2. Representantes do Empregados - serão designados
*O mandato dos membros da CIPA = 01 ano, permitida uma reeleição. Dentro da
CIPA se tem titulares e suplentes – os suplentes da CIPA que participar de menos
da metade das reuniões NÃO PODERÁ SER REELEITO.
Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos
empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. (Redação dada
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
designados. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
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§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em


escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano,
permitida uma reeleição. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de
reuniões da CIPA. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o
Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-
Presidente. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
*O presidente da CIPA ele será designado pelo empregador – o vice presidente da
CIPA ele Serpa eleito.
Art 10, II ADCT - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do
empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção
de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de
seu mandato;
*SOMENTE TÊM ESTABILIDADE DENTRO DA CIPA OS ELEITOS.
Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de
reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos
mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o
empregado. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Súmula nº 339 do TST


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CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988 (incorporadas as


Orientações Jurisprudenciais nºs 25 e 329 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22
e 25.04.2005
I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do
ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 -
Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996)
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia
para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando
em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida
arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período
estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) (Cipeiro que trabalha em
uma empresa que foi extinta, este não possui estabilidade, somente possui
estabilidade enquanto a empresa estiver em atividade – não se aplica a
demissão arbitrária, sendo impossível a reintegração, bem como não será
devida a indenização) (se o empregado ajuíza a ação durante o período de
estabilidade – se tiver acabado o período de estabilidade ele não possui direito
a ser reintegrado, mas somente a ser indenizado)
Súmula 676 STF - A garantia da estabilidade provisória prevista no art. 10, II, "a", do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, também se aplica ao suplente do
cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA).
ESTABILIDADE DA GESTANTE
*Da confirmação até 05 meses após o parto.
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de
trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado,
garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na
alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias. (Incluído pela Lei nº 12.812, de 2013)
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante
ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. (Incluído pela
Lei nº 13.509, de 2017)
 Mesmo que a confirmação se de durante o aviso prévio seja ele indenizado
ou trabalhado a gestante terá a estabilidade.
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Art. 10 ADCT. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º,
I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após
o parto. (Vide Lei Complementar nº 146, de 2014)

Súmula nº 244 do TST

GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na


sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao
pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der
durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários
e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (Gestante que foi
dispensada durante o período de estabilidade – se a empregada ajuíza a ação
na Justiça do Trabalho – durante o período de estabilidade de até 05 meses
após o parto – ele terá o direito de ser reintegrada) (se já tiver passado o
período de estabilidade, ela não possui o direito de ser reintegrada, entretanto
cabe a ela a indenização)
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10,
inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na
hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. (via de
REGRA em um contrato por prazo determinado não existe estabilidade, salvo
em duas hipóteses: em caso de gestante (no contrato de experiência que é
uma das formas de contrato por prazo determinado a gestante ganha
estabilidade) e empregado contratado por prazo determinado que sofre
acidente de trabalho)
EMPREGADO ACIDENTADO – empregado que sofreu acidente de trabalho
Súmula 378/TST - 20/04/2005 - Seguridade social. Acidente de trabalho. Garantia
de emprego. Estabilidade provisória. Pressupostos. Auxílio-acidente. Lei 8.213/1991,
art. 118 (constitucionalidade). Lei 8.213/1991, art. 86.
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«I - É constitucional o art. 118 da Lei 8.213/1991 que assegura o direito à


estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença
ao empregado acidentado. (ex-OJ 105/TST-SDI-I - Inserida em 01/10/97).
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15
dias e a consequente percepção do auxílio doença acidentário, salvo se constatada,
após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a
execução do contrato de emprego. (Primeira parte - ex-OJ 230/TST-SDI-I - Inserida
em 20/06/2001).(Requisitos para a estabilidade: empregado permaneça afastado por
mais de 15 dias e que ele receba o auxílio doença acidentário)
III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da
garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art.
118 da Lei 8.213/1991. »
Lei 8213 (lei previdenciária) - Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho
tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente. (empregado que sofreu
acidente no ambiente de trabalho quando do seu retorno terá estabilidade de 12
meses)
DIRETOR ELEITO DE SOCIEDADE COOPERATIVA
OJ-SDI1-253 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA. LEI Nº 5.764/71.
CONSELHO FISCAL. SUPLENTE. NÃO ASSEGURADA (inserida em 13.03.2002)
O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos
empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros
suplentes.
Lei 5764/71 - Art. 55. Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de
sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garantias asseguradas
aos dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho
(Decreto-Lei n. 5.452, de 1° de maio de 1943). (mesmo período de estabilidade do
dirigente sindical – do registro da candidatura até 01 após o termino do
mandato) (diretor eleito pode ser titular ou suplente) (o suplente não terpa
estabilidade)
EMPREGADO PÚBLICO
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Súmula nº 390 do TST


ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA. ADMINISTRAÇÃO DIRETA,
AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL. APLICABILIDADE. EMPREGADO DE
EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL
(conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 229 e 265 da SBDI-1 e da
Orientação Jurisprudencial nº 22 da SBDI-2) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e
25.04.2005
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJs
nºs 265 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002 - e 22 da SBDI-2 - inserida em
20.09.2000)
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista,
ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é garantida a
estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ nº 229 da SBDI-1 - inserida em
20.06.2001)
Art. 41 CR. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
(empregado que tiver mais de 03 anos de efetivo exercício ele terá
estabilidade)
OJ 247 da SDI-I nos seguintes termos:
“SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA IMOTIVADA.
EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. POSSIBILIDADE.
1. A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de economia
mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para
sua validade; (não possuem a estabilidade do Art, 41 CR) (dispensa desses
empregados independe de motivação)
2. A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos (ECT) está condicionada à motivação, por gozar a empresa do mesmo
tratamento destinado à Fazenda Pública em relação à imunidade tributária e à
execução por precatório, além das prerrogativas de foro, prazos e custas
processuais.” (Empresa de correio e telégrafos para sua demissão é necessária)
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

motivação, por gozar a empresa do mesmo tratamento dado a Fazenda


Pública)
MEMBRO DA CCP (COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA) – tem por função
tentar uma conciliação prévia (antes do ajuizamento da ação na justiça) os membros
desta comissão também terão estabilidade. Tem-se representantes dos empregados
(eleitos) e dos empregadores
Art. 625-B. § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros
da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do
mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. (Incluído pela Lei nº
9.958, de 12.1.2000)
COMISSÃO DE REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS
 As empresas que possuírem mais de 200 empregados ela fará a eleição de
empregado para que tenha contato direto com o empregador para que possa
haver esse dialogo direto de representação.
Art. 11 CR. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a
eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores.
Art. 510-D, § 3º CLT - Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do
mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados (empregados
terão estabilidade desde o registro da candidatura até 01 ano após o término
do mandato) não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que
não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
MEMBRO DO CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA
Art. 3º, § 7º Lei 8213 - Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos
trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no
emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação,
somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada
através de processo judicial. (os empregados de representação do CNP terão
estabilidade da nomeação até 01 ano após o término do mandato) (só possui
estabilidade os representantes dos trabalhadores)
MEMBROS DO CONSELHO CURADOR DO FGTS
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Art. 3º, § 9º Lei 8036 - Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes
dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da
nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente
podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através
de processo sindical. (também existiram representantes dos trabalhadores,
esses representantes sejam titulares ou suplentes terão estabilidade) (período
de estabilidade da nomeação até 01 ano após o término do mandato) (somente
possuem estabilidade os representantes dos trabalhadores)
Súmula nº 396 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO
SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO.
INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das
Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e 116 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20,
22 e 25.04.2005
I – Exaurido (terminado) o período de estabilidade, são devidos ao empregado
apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do
período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-
OJ nº 116 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) (se a pessoa for dispensada
durante o período de estabilidade e ajuíza a ação – essa pessoa tem o direito a
ser reintegrada) (se a pessoa deixar para ajuizar a ação depois de terminado o
período de estabilidade – a pessoa não mais terá direito a reintegração, mas
somente a indenização – a indenização será do período em que ela foi
dispensada até o termino da estabilidade)
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário
quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº
106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997) (princípio da extra petição – quando o
juiz dá um direito que não foi requerido pela parte, desde que autorizado por
lei)
Art. 496. Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o
grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o
empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação
em indenização devida nos termos do artigo seguinte. (se o juiz verificar que a
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reintegração é desaconselhável, ele pode converter a reintegração em


indenização) (Ex.: empregada gestante que ajuizou a ação dentro do período de
estabilidade – seu direito é ser reintegrada – ela ajuizou a ação e fez um único
pedido (reintegração) quando saiu a sentença o juiz falou ao invés de reintegração
ela receberá indenização)
Dispensa discriminatória
Súmula nº 443 do TST
DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE
DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO -
Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de
outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado
tem direito à reintegração no emprego.

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