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1 – CONCEITO DE TRANSPORTES
2 – MODALIDADES DE TRANSPORTES
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Projeto e Construção de Estradas
- Dutoviário;
- Ferroviário;
- Hidroviário e
- Rodoviário.
Cada modalidade é mais adequada para o transporte de um determinado tipo de carga ou
passageiros em uma determinada faixa de distância, como se vê adiante.
2.1 – Aéreo
O transporte aéreo é o mais indicado para os seguintes casos:
- Passageiros a grande distância;
- Cargas de pequeno peso e volume e altos valores (ex.: jóias, medicamentos,
equipamentos eletrônicos, etc.);
- Cargas perecíveis;
- Situações de emergência (transporte de socorro, polícia, equipes médicas, tropas, etc.);
- Acesso a regiões inóspitas e despovoadas não servidas por meio de transporte.
2.2 – Dutoviário
Até algum tempo, o transporte dutoviário era utilizado apenas para líquidos e gases
(oleodutos e gasodutos). Atualmente ele se presta também para o transporte de alguns minerais
(minerodutos) que são pulverizados na água para poderem ser bombeados. O transporte em dutos
é mais adequado nas seguintes condições:
- Transporte por dutos em geral;
- Origem e destino constantes;
- Um só sentido de transporte.
2.3 – Ferroviário
O transporte ferroviário é realizado por comboios de veículos articulados entre si
tracionados por uma ou mais locomotivas. As rodas dos veículos e da locomotiva são de aço,
lisas e se apóiam em trilhos de aço para reduzir o coeficiente de atrito proporcionando menor
esforço de tração.
O transporte ferroviário é mais eficiente nas seguintes circunstâncias:
- Transporte de grandes massas de baixo valor unitário;
- Elevada concentração na origem e destino;
- Grandes distâncias;
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2.4 – Hidroviário
O transporte hidroviário abrange a navegação de longo curso, (realizada por navios de
grande porte através dos oceanos), a cabotagem, (navegação ao longo da costa) e navegação
interior (rios navegáveis, canais e lagos). Depende da existência de uma via navegável com
profundidade e dimensões adequadas para comportar as embarcações e portos para acostamento
das mesmas para carga e descarga. Para eficiência do transporte hidroviário observam-se as
mesmas circunstâncias relativas ao transporte ferroviário.
2.5 – Rodoviário
O transporte rodoviário, efetuado por veículos automotores sobre pneumáticos em vias
pavimentadas ou em leito natural teve uma evolução espetacular em todo o mundo devido a sua
grande flexibilidade e devido ao fato de ser o único modo de transporte que atende de porta a
porta. (Todos os outros modos dependem de um transporte de ponta e um transbordo).
O transporte rodoviário é mais adequado nos seguintes casos:
- Cargas de baixo valor unitário a pequenas distâncias;
- Carga geral a pequenas e médias distâncias;
- Passageiros a pequenas, médias e mesmo grandes distâncias;
- Passageiros em áreas urbanas.
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Outra informação importante quanto à matriz de transportes no Brasil, Fig. 3.1, é o que
projeta os estudos desenvolvidos pelo Centro de Excelência em Engenharia de Transportes
(CENTRAN) do Ministério dos Transportes, onde pela sistematização do Plano Nacional de
Logística de Transportes em 2007, projeta a seguinte alteração nesta matriz para o transporte de
carga nacional.
Como foi visto cada modo de transporte apresenta eficiência máxima para determinados
tipos de cargas e em determinadas faixas de distâncias. A figura abaixo ilustra a relação de
custos de transporte para as modalidades rodoviárias, ferroviárias e hidroviárias. Observa-se o
menor custo do transporte rodoviário para distâncias até 200 Km, daí até 1000 Km a modalidade
ferroviária oferece menor custo e a partir dessa distância prevalece a modalidade hidroviária.
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Consiste em utilizar dois ou mais modais para fazer o transporte, definindo rotas mais
econômicas.
A solução para contrapor aos altos custos do transporte agrícola passa pelo incentivo a
outros modais e pela interação entre eles, a multimodalidade. Será preciso vencer desafios para
que outras modalidades de transporte possam ser efetivamente utilizadas, melhorando a
eficiência da operação e diminuindo seus custos. Isto implica numa eficiente logística de
transporte.
A nomenclatura das rodovias é definida pela sigla BR, que significa que a rodovia é
federal, seguida por três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, de
acordo com as definições estabelecidas no Plano Nacional de Viação.
Os dois outros algarismos definem a posição, a partir da orientação geral da rodovia,
relativamente à Capital Federal e aos limites do País (Norte, Sul, Leste e Oeste).
Veja a seguir como são aplicadas essas definições:
Nomenclatura: BR-0XX
Primeiro Algarismo: 0 (zero)
Algarismos restantes:A numeração dessas rodovias pode variar de 05 a 95, segundo razão
numérica 05 e no sentido horário. Exemplo: BR-040.
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Nomenclatura: BR-1XX
Primeiro Algarismo: 1 (um)
Algarismos Restantes:A numeração varia de 00, no extremo leste do País, a 50, na Capital, e de
50 a 99, no extremo oeste. O número de uma rodovia longitudinal é obtido por interpolação entre
00 e 50, se a rodovia estiver a leste de Brasília, e entre 50 e 99, se estiver a oeste, em função da
distância da rodovia ao meridiano da Capital Federal. Exemplos: BR-101, BR-153, BR-174.
Nomenclatura: BR-2XX
Primeiro Algarismo:2 (dois)
Algarismos Restantes:A numeração varia de 00, no extremo norte do país, a 50, na Capital
Federal, e de 50 a 99 no extremo sul. O número de uma rodovia transversal é obtido por
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interpolação, entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte da Capital, e entre 50 e 99, se estiver ao
sul, em função da distância da rodovia ao paralelo de Brasília. Exemplos: BR-230, BR-262, BR-
290.
Nomenclatura: BR-3XX
Primeiro Algarismo: 3 (três)
Algarismos Restantes:A numeração dessas rodovias obedece ao critério especificado abaixo:
Diagonais orientadas na direção geral NO-SE: A numeração varia, segundo números pares, de
00, no extremo Nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste. Obtém-se
o número da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em função da distância
da rodovia a uma linha com a direção Noroeste-Sudeste, passando pela Capital Federal.
Exemplos: BR-304, BR-324, BR-364.
Diagonais orientadas na direção geral NE-SO: A numeração varia, segundo números ímpares,
de 01, no extremo Noroeste do país, a 51, em Brasília, e de 51 a 99, no extremo Sudeste. Obtém-
se o número aproximado da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em
função da distância da rodovia a uma linha com a direção Nordeste-Sudoeste, passando pela
Capital Federal. Exemplos: BR-319, BR-365, BR-381.
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Nomenclatura: BR-4XX
Primeiro Algarismo: 4 (quatro)
Algarismos Restantes:A numeração dessas rodovias varia entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao
norte do paralelo da Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta referência. Exemplos:
BR-401 (Boa Vista/RR – Fronteira BRA/GUI), BR-407 (Piripiri/PI – BR-116/PI e Anagé/PI),
BR-470 (Navegantes/SC – Camaquã/RS), BR-488 (BR-116/SP – Santuário Nacional de
Aparecida/SP).
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As rodovias com revestimento primário são capeadas com uma camada de material
granular (cascalho) que as tornam mais resistentes ao tráfego e às intempéries.
Finalmente as rodovias em leito natural não recebem nenhuma camada protetora
tornando-se facilmente intransitáveis em épocas de chuvas.
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Classe 0
Via expressa: rodovias do mais elevado padrão técnico, com controle total de acesso. O
critério de seleção dessas rodovias é de decisão administrativa dos órgãos competentes.
Classe I (A e B)
Classe IA – Pista dupla – rodovia com controle parcial de acesso. Sua necessidade
decorrerá quando o volume de tráfego causar níveis de serviço inferior a C numa pista simples.
O total de faixas de tráfego será função do volume de tráfego previsto para o horizonte de
projeto.
Classe IB – Pista simples – rodovia de elevado padrão suportando volume de tráfego
conforme o projetado para o 10º ano após a sua abertura, compreendido entre os seguintes
limites:
-limite inferior – 200 veículos horários bidirecionais ou volume médio diário
bidirecional de 1400 veículos mistos;
-limite superior – volume horário tal que o nível de serviço seja igual ou superior
ao nível C, vide Quadro 8.3.1.
Classe II
Rodovia de pista simples, suportando volume de tráfego conforme o projetado para o 10º
ano após a sua abertura, compreendido entre os seguintes limites:
- limite inferior – volume médio bidirecional de 700 veículos mistos;
- limite superior – volume médio bidirecional de 1400 veículos mistos.
Classe III
Rodovia de pista simples, suportando volume de tráfego conforme o projetado para o 10º
ano após a sua abertura, compreendido entre os seguintes limites:
- limite inferior – volume médio diário bidirecional de 300 veículos mistos;
- limite superior – volume meio diário bidirecional de 700 veículos mistos.
Classe IV (A e B)
Rodovia de pista simples, com características técnicas suficientes para atendimento a
custo mínimo de tráfego previsto no seu ano de abertura. Geralmente não pavimentada e faz
parte do sistema local, compreendendo as estradas vicinais e eventualmente rodovias pioneiras.
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Nível de Serviço – é definido como uma medida qualitativa das condições de operação –
conforto e conveniência de motoristas, e depende de fatores como: liberdade na escolha da
velocidade, finalidade para mudar de faixas nas ultrapassagens e saídas e entradas na via e
proximidade dos outros veículos.
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Figura 8.4.1 – Relação entre nível de acesso e nível de mobilidade do sistema funcional as
diferentes classes de rodovias
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Quadro 8.4.1 – Síntese das características dos sistemas funcionais das rodovias
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