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Introdução aos processos de usinagem

APRESENTAÇÃO

A usinagem é um processo de fabricação de grande importância para a indústria, pois permite a


geração das mais diversas geometrias em peças. Esta Unidade de Aprendizagem é dedicada ao
estudo das definições e dos conceitos dos processos de usinagem e aborda as etapas do
planejamento desses processos.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar os processos de fabricação.


• Reconhecer os conceitos da usinagem.
• Construir o planejamento de processos de usinagem.

DESAFIO

Muitos dos equipamentos que manuseamos diariamente têm peças usinadas. É o caso dos eixos
ou das peças que foram produzidas com uma matriz de injeção de plástico, a qual foi usinada
para dar forma à peça plástica. Identificar o tipo de processo em que a peça foi produzida é uma
informação importante para o dia a dia do engenheiro.

1 - Escolha uma peça que utilize os processos de fabricação com e sem remoção de cavaco para
sua execução.

2 - Desenhe a peça, identifique e explique quais as formas geradas com e sem remoção de
material.

INFOGRÁFICO
Usinagem é a liberdade de dar forma e acabamento às ideias. Com a aplicação de planejamento,
ferramentas de corte, máquinas e pessoas, transforma-se materiais em bens de consumo.

Acompanhe o infográfico.

CONTEÚDO DO LIVRO

Uma das etapas mais importantes da usinagem é o planejamento dos processos, no qual muitos
detalhes precisam ser considerados.

Acompanhe um trecho do capítulo 8 Planejamento de trabalho do livro Introdução aos


processos de usinagem.

Boa leitura!
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Equipe de tradução
Alexandre Augusto Castello Andrade
Atos Rodrigues da Silva
Caio César Valdevite Pinto
Eduardo Iacona de Bello
Eduardo Vargas da Silva Salomão
Fernando de Sousa Ghiberti
Henrique de Oliveira Franco
Igor Kendi Kondo
Pablo Andrés Kamienomostki
Paulo Henrique Carvalho Parada
Tamires Yurie Mori

F559i Fitzpatrick, Michael.


Introdução aos processos de usinagem [recurso eletrônico] /
Michael Fitzpatrick ; [tradução: Alexandre Augusto Castello
Andrade ... et al.] ; revisão técnica: Sergio Luís Rabelo de
Almeida, Carlos Oscar Corrêa de Almeida Filho. – Dados
eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.

Editado também como livro impresso em 2013.


ISBN 978-85-8055-229-4

Usinagem. 2. Tecnologia mecânica. I. Título.

CDU 621.7

Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052


capítulo 8

Planejamento de
trabalho
A fabricação de uma única peça com o formato mais simples requer escolhas cuidadosas
antes de ser colocada em operação. Mais precisamente, se não planejar o mais simples
ou qualquer trabalho, fácil ou complexo, será difícil completar o trabalho, ou ele será de
baixa qualidade, inútil, ou até mesmo perigoso!
O operador que se destaca no planejamento tem grande oportunidade para avançar,
pois possui uma das maiores habilidades em nossa atividade. Mas é difícil ganhar essa
competência, isso é diferente daquelas discutidas anteriormente, por quatro razões.
Primeira, planejar soluções muitas vezes é como uma matriz na qual qualquer trabalho
pode tomar caminhos muito diferentes pela oficina em seu modo de concluir o
trabalho. Algumas sequências são mais rápidas, enquanto outras levam a uma precisão
mais repetitiva, algumas reduzem os custos ou tempo, e por aí vai. Cada trabalho
apresenta um quebra-cabeça com um conjunto quase infinito de soluções, cada uma
com vantagens e desvantagens na realização. Não há uma resposta única ou perfeita.
Segunda, o planejamento muitas vezes requer um pensamento inventivo além
das soluções convencionais. Alguns projetos novos geram um novo desafio: como
segurar um objeto de formato estranho quando ele se aproxima da conclusão ou
qual é a quantidade de material suficiente para o desbaste, mas não demais para
ter uma fabricação econômica.

Objetivos deste capítulo


Responder as sete perguntas principais que levam a planos bem-sucedidos.
Escrever um plano de trabalho para a eficiência e a qualidade de quatro trabalhos.
Achar e corrigir sequências operacionais que não são seguras.
Encontrar e organizar sequências que levam à baixa qualidade.
Terceira, os planos nunca estão completamente balhos pela oficina simultaneamente. Sem pla-
concluídos. Mesmo o melhor projeto pode mudar nejamento, as peças chegam às estações críticas
após o trabalho estar em andamento. À medida de trabalho (exemplo: torno CNC ou lixadeira de
que meios mais seguros são descobertos ou que superfície) ao mesmo tempo. Quando elas en-
novas ideias aparecem, nós as introduzimos como tram em conflito, deve ser dada prioridade a uma,
parte de operações normais para melhorar a capa- enquanto as outras são paradas, redirecionadas
cidade. Na indústria, vi um mesmo trabalho passar ou enviadas para outra oficina. Manter a carga de
pela oficina dezenas de vezes e, antes de cada ope- trabalho total movimentando-se eficientemente
ração, são implementadas melhorias com base na também pode ser denominado carga da oficina ou
última operação. planejamento de chão de fábrica. Sendo uma tarefa
Quarta, escrever projetos requer uma compreen- de gerenciamento, o fluxo de oficina está além dos
são completa de todos os tipos de máquinas e de objetivos do Capítulo 8, mas ocupa uma grande
todas as operações que elas podem realizar. Se parte nas operações.
você seguiu a sequência do livro, está nesse ponto O fluxo de oficina é vital. A maioria das grandes
agora. Agora, você pode ver um quadro maior – companhias empregam especialistas nesta área.
que a oficina funciona como uma unidade. Eles mantêm planilhas de trabalho e quadros na
Neste capítulo, depois de algumas dicas para o su- parede em que eles alteram marcações para ras-
cesso, apresentamos seis quebra-cabeças sobre trear tudo. Mas mesmo os especialistas recorrem
fabricação de peças para os quais nossas soluções frequentemente a um programa de gerenciamen-
(revisadas por vários instrutores) são oferecidas. to, quando os recursos visuais não podem resolver
Quatro trabalhos não foram planejados ainda e dois a matriz. O gerenciamento baseado em PC prevê
já estão feitos, mas eles podem necessitar de me- pontos de gargalo, assim como programas, e ajusta
lhoramentos. Você precisará comparar sua solução sequências para evitá-los.
com a nossa, discuti-la com outros, e então decidir O fluxo de oficina é descrito perfeitamente como
por si mesmo se seus planos são a melhor solução. um rio de trabalhos fluindo. Novos trabalhos en-
trarão rio acima todos os dias. Cada um tem sua
TRÊS TIPOS DE SUCESSO PLANEJADO própria prioridade e potencial de afetar aqueles
Na oficina, há três tipos diferentes de planejamento. já em atividade. Muitas vezes, a prioridade de um
Eles trabalham juntos para manter tudo funcionan- trabalho mudará no meio do circuito. De repente,
do perfeitamente: ele passará de normal à alta prioridade: o cliente
precisa disso agora! Isso muda tudo na sua rotina.
• fluxo de trabalho; Isso causa turbulência, o que então perturba ou-
• fluxo de oficina; tros trabalhos de baixa prioridade. Você pode ver
Introdução aos processos de usinagem

• sequência de operações. que apenas um computador com programação


Decisão 1 Fluxo de trabalho Este é o caminho específica poderá reagendar o fluxo, quando as
de qualquer peça, única ou em lotes, pela oficina. coisas não saem como planejadas, que é quase
Por exemplo, lixaremos a superfície da peça antes sempre!
ou depois do tratamento térmico? Será que o tra- Ausências e avarias As duas piores barragens
balho vai primeiro para a fresadora e depois para no fluxo ocorrem quando o operador falta ao
o torno mecânico? Esses planos devem ocorrer trabalho naquele dia ou uma máquina quebra,
primeiro. especialmente se essa estação é um dos garga-
Fluxo de oficina Esta é a operação do dia a dia los! Se estiver disponível, outro operário poderá
da oficina. Ela cronograma e movimenta os tra- substituí-lo ou o trabalho será movido para “pu-

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lar” outro trabalho. No entanto, toda uma série de abaixo como uma lista de verificação para escrever
perturbações dispara. o seu projeto.
Sequências operacionais O terceiro tipo de  Qual máquina entra em primeiro?
planejamento é o problema do operador, o qual é A resposta vai depender do número e da com-
uma sequência lógica de operações. Elas são ins- plexidade de peças no lote e dos tipos de má-
truções passo a passo, destinadas a alcançar as di- quinas disponíveis para este trabalho. A prio-
mensões e especificações do desenho. ridade do trabalho também afeta a decisão,
Sendo uma das maiores habilidades em nossa ati- uma vez que um trabalho de alta prioridade
vidade, o operador que se destaca no planejamen- pode pular à frente de outros de determina-
das máquinas.
to tem grande oportunidade de avançar. Aqui está
o que vamos aprender no Capítulo 8 para melhorar  Como é a peça a ser fixada e posicionada du-
essa habilidade. rante a usinagem?
Muitas vezes ignorada pelos iniciantes, essa
deve ser resolvida logo após você decidir qual
Unidade 8-1 máquina realizará o primeiro trabalho. Uma
escolha incorreta pode levar uma variação
desnecessária ser introduzida no trabalho.
Planejando o trabalho  O trabalho precisa de retenção da peça e sobre-
corretamente metal de material para referência?
Introdução Aprender com a prática é a única O sobremetal de material bem planejado
maneira de aprender a planejar. Com um pouco para prender ou para criar superfícies de refe-
de orientação, na Unidade 8-1 você está prestes a rência temporárias pode economizar tempo
planejar quatro trabalhos, cada um mais comple- e dinheiro.
xo que o outro. Então, ao compilar suas melhores  Os primeiros cortes conduzem a uma referência
ideias, compare-as com as minhas. Essa é a chave confiável?
aqui, tentar e, em seguida, comparar. Os primeiros cortes vitais devem criar referên-
cias que serão utilizadas para mover as peças
Termos-chave entre as etapas.
Referência temporária  A sequência global é eficiente?
Planejar uma sequência de cortes que crie uma re- Várias operações podem ser realizadas em
ferência para ser eliminada, quando não for mais uma etapa?
Planejamento de trabalho

necessária.
 Fixações ou ferramentas de corte especiais são
Sobremetal para prender justificadas?
Sobremetal aplicado para fixar uma barra no mandril Essa decisão se baseia em dois fatores: o
do torno, além do que é necessário para a peça. tamanho do lote e a probabilidade de com-
pletar o trabalho usando apenas fixações
Questões primárias ou ferramentas de corte padronizadas. Por
Um plano consistente deve responder a seis ou exemplo, são justificadas castanhas macias
sete perguntas, dependendo se será ou não usina- para a morsa ou o mandril? Esta decisão fun-
do por métodos CNC. Todas têm de ser respondidas damenta-se frequentemente na quantidade
capítulo 8

ao mesmo tempo ou quase, e estão interligadas, de peças, mais peças no lote justificam ferra-
cada uma afetando as outras. Use as informações mental especializado.

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 Ponto de referência (apenas para trabalhos em Sobremetal para fixação da peça
CNC)
Aqui está um exemplo de material para fixação da
Uma vez que nossos projetos são limitados a
peça para um trabalho de torno (chamado de so-
máquinas operadas manualmente, não usare-
bremetal de material para prender no trabalho
mos este fator no Capítulo 8. Mas deve estar
de torno).
na lista de perguntas ao planejar um trabalho
que será usinado a partir de um programa. Você está prestes a tornear cinco pesos de bronze
Deve ter um ponto zero escolhido, um lugar para prumo (ponteiros oscilantes para indicar uma
onde todas as coordenadas são definidas para linha vertical) (Fig. 8-1). Eles são feitos a partir de
X = 0,0, Y = 0,0 e Z = 0,0. uma barra de bronze de diâmetro de 1 pol., um
material relativamente caro. Esse material não
Este ponto de referência é aplicável para o progra-
se encaixa no orifício do eixo-árvore do torno, de
ma, o conjunto de ferramentas de fixação e a con-
modo que a alimentação por barra e corte da peça
figuração da máquina. Todos no circuito têm de
não é uma opção, mas há duas outras:
saber onde ele está localizado na peça ou no mé-
todo de retenção. Escolher sabiamente esse ponto 1. Serrar tarugos em comprimentos determi-
é uma decisão primária que deve ser feita no mo- nados (Fig. 8-2)
mento em que as outras questões são decididas. Tornear a forma até a metade, invertendo para
terminar o trabalho.
Os próximos desafios chamam a atenção para
essas questões. Eis algumas dicas sobre como 2. Serrar com material de aperto (Fig. 8-3)
respondê-las. Segurar um comprimento extra, usinando o
formato inteiro em uma etapa.
Sobremetal de material Ambas as opções requerem que a barra seja cor-
Planejar para fixação e operações tada em pedaços antes da usinagem. Mas o sobre-
metal para prender (plano 2) incluiria 2 pol. de ma-
intermediárias
terial adicional por peça. Vamos comparar.
Embora o sobremetal deva ser transformado em
1. Cortar para 3,100 pol. de comprimento. Pri-
cavaco, o que consome tempo e dinheiro, às vezes,
meiro, vamos tornear a ponta e a seção re-
por planejar a quantidade certa no lugar certo, os
cartilhada, deixando um pequeno ressalto
custos dos materiais adicionados são compensa-
entre o diâmetro da barra e o diâmetro de
dos por maior segurança e qualidade, ou o sobre-
1,437 pol. Isso pode ser feito em um mandril
metal fornece uma maneira muito mais eficiente
padrão de três pinças. Em seguida, vamos
para segurar e cortar a peça. Até agora, neste tex-
revertê-la empurrando o ressalto contra a
to, o sobremetal tem sido apresentado como um
Introdução aos processos de usinagem

castanha macia (Fig. 8-2). As castanhas ma-


mínimo admissível para usinar completamente a
cias ajudam a garantir a concentricidade dos
superfície. Mas há mais dois aspectos.
segundos cortes e não estragam as recarti-
lhas acabadas. Com o ressalto temporário
Ponto-chave: apoiado nas castanhas, é possível terminar
Há momentos em que é muito rentável planejar a forma.
o sobremetal para além de um corte mínimo de 2. Por outro lado, que tal cortar a barra em peda-
limpeza. É usado para trabalho de fixação de ob- ços de 5 pol. de comprimento? (Veja a Fig.
jetos difíceis e planejar uma referência temporá-
8-3.) Isso deixa uma distância mínima de 1,5
ria para iniciar o trabalho corretamente.
pol. para apertar no mandril a fim de que a

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3,000 (Ref)

2,8125
Chanfro 45° × 0,1 0,250

0,725
1,437
60°

R 0,500 0,250
A 0,875

Fabricado com tarugo de bronze 1,000 B


amarelo com diâmetro de 1,5” 1,750

Ponteiro de Prumo – Grande


Line Dance - Survey Company

Figura 8-1 Existem várias maneiras diferentes de planejar sequências operacionais para este ponteiro de prumo.

forma inteira possa ser torneada e cortada no Segunda operação


final da operação. Não é necessária nenhuma Duas operações separadas
ferramenta especial e todo o perfil pode ser Custo adicional para ferramenta especial
Problemas potenciais de concentricidade
torneado em uma só etapa.
3,050
Questão de pen-
Conversa de chão de samento críti-
fábrica co O plano 2 é Após a primeira operação

No plano 2, um fato mais econômico?


pequeno, mas significante, Provavelmente, Figura 8-2 Opção 1 – A segunda de duas etapas.
tem de ser considerado embora um pouco
Planejamento de trabalho

quando lotes se tornam de bronze seja per-


grandes: o sobremetal será
dido em cada parte. Ponto-chave:
cortado fora como uma
ponta sólida. Um pedaço Contudo, é mais Neste exemplo, é provável que o plano 2 seja mais
de metal sólido obtém um rápido e seguro, e econômico, mas há situações em que projetos si-
preço melhor quando é a forma terá maior milares ao plano 1 poderiam funcionar melhor.
reciclado, assim, compensa concentricidade en-
em parte o custo adicional tre os extremos. Po-
de sobremetal.
rém, o tarugo extra Cortes iniciais a partir da
de bronze também referência básica do projeto
é caro. A resposta final poderia ser Tempo de estudo A decisão de como criar um(s) ponto de referência
capítulo 8

versus Custo da matéria-prima. (Veja a Conversa de confiável no início do trabalho está relacionada com
chão de fábrica.) o sobremetal de material. A menos que as peças pos-
sam ser terminadas em uma etapa, como o plano 2,

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4,500 Recorde o enquadramento de uma peça na fresa-
dora (Capítulo 4). Depois de estabelecer um ele-
Sobremetal perdido
mento confiável de referência, todos os cortes se-
quenciais foram feitos colocando aquela superfície
contra a castanha fixa da morsa.

Método e ferramental de fixação


A próxima pergunta primordial é: como o traba-
lho será fixado nessa máquina para fazer os pri-
meiros cortes? Isso deve ser respondido antes de
Bedame escrever as sequências de cortes ou um progra-
ma. A razão óbvia é a segurança e eficiência, mas
Figura 8-3 Opção 2: Corte todas as características em
uma etapa, depois tire a peça fora do trabalho acabado. a razão sutil é para controlar a variação. Sua esco-
lha do método de fixação elimina ou causa varia-
ção no trabalho? Em vez de discutir isso aqui, um
essas terão de ser movidas de uma etapa para a pró-
problema foi criado especialmente para desafiar
xima ou para outra máquina. O ressalto no plano 1,
seu pensamento neste aspecto de planejamento.
que nos permitiu inverter as peças para podermos lo-
calizá-las nas castanhas macias com relação à extre-
midade pontiaguda, era uma referência temporária. Ponto-chave:
Sempre analise o método de fixação e pergunte
Referência temporária se ele causa alguma variação desnecessária.
Assim, a terceira razão para o sobremetal planeja-
do é criar uma referência temporária para os próxi- Note também que cada problema exige que você
mos cortes. Essa etapa extra é usada quando não usine diferentes números de peças. A quantidade
se consegue cortar a referência real para começar no lote muda um pouco o pensamento, especial-
o trabalho. Ela é usinada no início do projeto e, de- mente em ferramentas de fixação. Maiores peças
pois etapas sequenciais ou cortes são referencia- podem justificar ferramentas especiais (mandril,
dos a ela até que uma referência (detalhe) de alta castanha da morsa ou dispositivo macio de fixa-
prioridade possa ser cortada. A superfície tempo- ção), enquanto pequenos lotes são resolvidos mais
rária então simula uma referência de alta priori- economicamente utilizando morsas padrão e man-
dade até poder ser criada uma. Em seguida, após dris, apesar de demorarem mais tempo.
conformar a peça, se a superfície temporária não
Introdução aos processos de usinagem

for mais necessária, é removida. É claro que o obje- Problema 1 Ferro fundido |
tivo é sempre minimizar essa quantidade prevista.
Cantoneiras
Agora é a sua vez! Planeje e escreva um conjunto de
Ponto-chave: operações para usinar estas quatro cantoneiras de
Bons projetos começam com primeiros cortes precisão, incluindo fresamento de semiacabamento
vitais que geram controle sequencial durante e retificação final em todas as superfícies marcadas
as operações restantes. O primeiro conjunto de com indicação de 64 μpol. (Fig. 8-4).
operações pode ser tão simples quanto endirei-
tar dois lados de um bloco ou facear no torno, Instruções
mas é o ponto de referência a partir do qual to-
• Usinar apenas elementos que têm superfícies
das as operações sequenciais se originam.
com dimensões acabadas.

450
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR

A dica do professor traz as definições básicas da usinagem, as classificações dos processos de


fabricação e os passos de execução do planejamento dos processos de usinagem.

Confira!

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

EXERCÍCIOS

1) Qual a diferença entre usinagem convencional e não convencional?

A) Os dois processos têm o mesmo princípio, mas são executados em máquinas diferentes.

B) Usinagem convencional utiliza processo puramente mecânico para remoção de material,


enquanto o processo não convencional utiliza outros princípios para removê-lo.

C) O tipo de cavaco gerado é a principal diferença.

D) Usinagem não convencional utiliza processo puramente mecânico para remoção de


material, enquanto o processo convencional utiliza outros princípios de remoção de
material para fabricação da peça.

E) A diferença é o tipo de material usinado: para materiais macios, a usinagem é


convencional; para resistentes, é não convencional.

2) Qual a definição de cavaco e de ferramenta de corte?

A) Ferramenta de corte e cavaco são tipos de máquinas utilizadas para a usinagem.


B) Ferramenta de corte é o processo de remoção de material para formação de uma peça.
Cavaco é a porção de material removida da peça e que possui formato irregular.

C) Ferramenta de corte é o dispositivo que remove o material excedente da peça. Cavaco é o


nome dado à peça acabada, pronta para uso.

D) Cavaco é a porção de material removida da peça e que possui formato irregular.


Ferramenta de corte é o dispositivo que remove o material excedente da peça.

E) Ferramenta de corte é o dispositivo que remove o material excedente da peça. Cavaco é a


parte da ferramenta que faz contato com a peça em usinagem.

3) Quais as etapas do planejamento da usinagem?

A) 1 - Projeto da peça com as especificações de material e acabamento.


2 - Identificação dos processos necessários.
3 - Parâmetros de corte e cálculos de esforço.
4 - Definição das máquinas e ferramentas necessárias.

B) 1 - Identificação dos processos necessários.


2 - Projeto da peça com as especificações de material e acabamento.
3 - Quantidade de peças necessárias.
4 - Parâmetros de corte e cálculos de esforço.
5 - Definição das máquinas e ferramentas necessárias.
6 - Cálculo de custos.

C) 1 - Projeto da peça com as especificações de material e acabamento.


2 - Quantidade de peças necessárias.
3 - Identificação dos processos necessários.
4 - Parâmetros de corte e cálculos de esforço.
5 - Definição das máquinas e ferramentas necessárias.
6 - Cálculo de custos.
7- Execução.
D) 1 - Comprar o material.
2 - Abastecer a máquina.
3 - Executar a peça.

E) 1 - Parâmetros de corte e cálculos de esforço.


2 - Definição das máquinas e ferramentas necessárias.
3 - Cálculo de custos.

4) Qual a diferença entre operação de desbaste e operação de acabamento?

A) Operação de acabamento é destinada a criar as dimensões finais e acabamento superficial


especificado, ou ambos.
Operação de desbaste é anterior ao acabamento, visando a gerar na peça a forma e as
dimensões próximas das finais.

B) Operação de debaste é a porção do material removida da peça em usinagem.


Operação de acabamento é o dispositivo que executa a remoção do cavaco da peça.

C) Operação de desbaste é destinada a criar as dimensões finais e o acabamento superficial


especificado, ou ambos.
A operação de acabamento visa a gerar na peça a forma e as dimensões próximas das
finais.

D) A operação de acabamento é destinada a criar as dimensões finais e o acabamento


superficial especificado, ou ambos.
A operação de debaste é a porção do material removida da peça em usinagem.

E) Operação de desbaste é anterior ao acabamento, visando a gerar na peça a forma e as


dimensões próximas das finais.
Operação de acabamento é o dispositivo que executa a remoção do cavaco da peça.

5) Qual alternativa cita três processos de usinagem convencional com ferramenta


definida?

A) Torneamento, aplainamento e tamboreamento.

B) Jato d'água, eletroerosão e lixamento.

C) Lixamento, jateamento e tamboreamento.

D) Torneamento, fresamento e furação.

E) Furação, jateamento e fresamento.

NA PRÁTICA

Os processos de usinagem estão vinculados com a nossa vida! Para exemplificar essa ligação,
será utilizado o exemplo do automóvel.
SAIBA MAIS

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:

Usinagem como referencial pré-histórico - Centro de Informação Metal Mecânica

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Fresamento Frontal

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Operações de Usinagem - TORNEAMENTO

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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