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Deturpante maldade é o que sinto

E precinto que definitivamente

Sentirás o mesmo néctar agridoce correr-lhe as veias

Surja-lhe a alma

Pois brota um feto insípido por entre as pernas da alegria

E se chama desejo

Daí em diante a coisa muda de cenário

E é impossível não rir quando é tendencioso chorar

É impossível não deixar-se ser guiado pela agonia

E em cada gesto deixar expressa a vontade

De ver a felicidade alheia lhe dando um eterno adeus

De ver o mundo se curvar sobre seus joelhos

E num movimento intenso

Perguntar qual seria tua vontade?

Matar a culpa ao final da tarde

O respeito pela manhã

E fazer de tristeza do outro um grande circo,

Panes et circum,

Puro afã.

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