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Formador Alimentacao2
Formador Alimentacao2
XXI
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
FICHA TÉCNICA
FICHA TÉCNICA
INTERGERACIONALIDADE,
REDES DE APOIO E PRESTAÇÃO DE
CUIDADOS AO IDOSO DO SÉC. XXI
ENTIDADE PROMOTORA
Santa Casa da Misericórdia de Mértola
EQUIPA TÉCNICA
Santa Casa da Misericórdia de Mértola
IFH - Instituto de Formação para o Desenvolvimento Humano
AUTORIA
Cristina Coelho
GESTÃO E COORDENAÇÃO
Emília Colaço (Santa Casa da Misericórdia de Mértola)
José Silva e Sousa e Cláudia Miguel (IFH)
CONSULTORES
Cristina Coelho
Marta Simões
Ana Assunção
PRODUÇÃO VÍDEO
IFH - Instituto de Formação para o Desenvolvimento Humano
EDIÇÃO
IFH - Instituto de Formação para o Desenvolvimento Humano
MANUAIS TÉCNICOS
“A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO”
CONCEPÇÃO
Marta Simões
DESIGN, PRODUÇÃO GRÁFICA, PAGINAÇÃO Produção apoiada pelo Programa Operacional de Emprego, Formação e
E REVISÃO Desenvolvimento Social (POEFDS)
IFH / PSSdesigners
Medida: 4.2. Desenvolvimento e Modernização das Estruturas e Serviços
de Apoio ao Emprego.
2
PREFÁCIO
Nos países tidos como mais desenvolvidos assistimos, presentemente, a um fenómeno curioso: o envelhe-
cimento da população idosa.
Como consequência, o sector da prestação de cuidados a idosos sofreu um incremento de actividade, mul-
tiplicando-se os serviços disponibilizados e diversificando-se o tipo de oferta dos mesmos.
A nível nacional é importante apostar no desenvolvimento de redes sociais de apoio, eficazes e eficientes,
em contexto institucional e a nível familiar.
Para que tal se verifique, é através da formação qualificada que se poderão dotar os seus intervenientes,
profissionais ou cuidadores, das competências necessárias para lidar com as problemáticas inerentes ao
aumento da esperança média de vida e à crescente dependência dos nossos idosos, potenciando e facilitan-
do o envolvimento dos familiares na tarefa.
Neste sentido, e tendo já uma vasta experiência neste ramo de actividade, não só em termos formativos
como também na intervenção diária em estruturas de prestação de cuidados, a Santa Casa da Misericórdia
de Mértola propôs-se desenvolver o projecto “INTERGERACIONALIDADE, REDES DE APOIO E
PRESTAÇÃO DE CUIDADOS AO IDOSO DO SÉC. XXI”, constituído por manuais técnicos do formador e
do formando e vídeos sobre a mesma temática a utilizar de forma integrada.
Temas:
• A alimentação do idoso
• Cuidar do idoso com demência
• Animação intergeracional
• Construção de uma rede de cuidados: Intervenção com a família e o meio social do idoso
Pretende-se, como tal, colmatar, as dificuldades que os cuidadores, profissionais de saúde ou familiares, sen-
tem diariamente, potenciando, em última consequência, o atraso da institucionalização dos idosos e con-
tribuindo para o aumento da sua qualidade de vida.
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ÍNDICE
ÍNDICE
5. ASPECTOS PARTICULARES DA
NUTRIÇÃO DO IDOSO PÁG. 45
Planificação, Orientação metodológica
e Actividades formativas
Avaliação
Enunciados
7. PREPARAR A FAMÍLIA E AS
INSTITUIÇÕES PARA PRESTAR APOIO
NA ALIMENTAÇÃO DO IDOSO PÁG. 63
Planificação, Orientação metodológica
e Actividades formativas
Avaliação
Enunciados
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OBJECTIVOS GERAIS
OBJECTIVOS GERAIS
Este manual deve compilar um conjunto de indicações teóricas e práticas, conferindo ao formador ferramen-
tas de trabalho para uma formação estruturada. Simultaneamente visa permitir uma adaptação ao estilo
próprio de quem o utiliza e ao público alvo.
• Disponibilizar actividades e exercícios práticos que consolidem a aprendizagem através do método activo,
fichas de avaliação que permitam avaliar os conhecimentos teóricos e listas de verificação para proce-
dimentos.
• Dar a conhecer uma lista de recursos como bibliografia, contactos úteis, textos de aprofundamento temáti-
co, diapositivos e outros recursos complementares, para facilitar a preparação dos temas e o seu aprofun-
damento.
Ao estruturar este guia para o formador, tentou-se ter em consideração o ritmo ternário da formação, estando
o planeamento modular concebido de modo a sequenciar a recolha, tratamento e aplicação da informação a
abordar.
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PRÉ-REQUISITOS
DO FORMANDO
PRÉ-REQUISITOS DO FORMANDO
Os formandos devem estar ligados à prestação de cuidados aos idosos, quer enquanto cuidadores formais
ou informais, quer enquanto profissionais que desenvolvam um trabalho de formação ou informação com
estes, ou com a comunidade.
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PERFIL DO FORMADOR
PERFIL DO FORMADOR
Apresentamos, em linhas gerais, um perfil para os formadores que trabalhem na área da prestação de
cuidados a idosos especificamente relacionados com alimentação.
Em termos pedagógicos:
• Capacidade para motivar e incentivar os formandos, para que estes invistam e trabalhem os conteúdos
propostos, facilitando a sua apreensão.
• Competência para demonstrar procedimentos, desenvolvendo e conduzindo a prática na formação através
de situações ilustrativas, dinamizando e facilitando o processos de aprendizagem.
• Domínio de estratégias pedagógicas devidamente adequa das às temáticas abordadas e à promoção do
transfer destas para a prática diária dos formandos.
• Capacidade para proceder à avaliação da formação e do formando, desenvolvendo com estes uma rotina
de auto-avaliação às práticas em contexto real.
Em termos técnicos:
O formador não necessita de ter conhecimentos ou experiência em todas as áreas apontadas. A estrutura
modular dos conteúdos viabiliza a existência de vários profissionais com competências nas diferentes áreas
para ministrarem a formação.
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DESENVOLVIMENTO
PLANO GERAL DE
DE TEMAS
Factores que afectam o consumo de nutrientes • Identificar os factores que afectam o consumo de
nos idosos nutriente nos idosos;
3. ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
Tipos de alimentos utilizados na alimentação • Preparar uma refeição para ser administrada por
entérica sonda;
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DESENVOLVIMENTO
PLANO GERAL DE
DE TEMAS
TEMAS OBJECTIVOS GERAIS
6. A PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES
Actuar em situações particulares: vómito, engas- • Utilizar os procedimentos para a alimentação dos
gamento idosos dependentes e semi-dependentes.
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Salienta-se que as planificações apresentadas de
seguida são modulares e flexíveis, pretendendo
servir como auxiliares ao formador na estruturação
das suas sessões. Este deverá ajustá-las me-
diante o objectivo da acção (informar ou formar), o
público-alvo (técnicos ou cuidadores informais) e o
tempo disponível, considerando o modelo de ritmo
ternário da formação. Os exercícios e actividades
apresentadas foram desenhados considerando
um grupo de doze formandos, devendo ser
adaptados caso este número difira.
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NOÇÕES BÁSICAS DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 1
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
1
1. NOÇÕES BÁSICAS
DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO
PLANIFICAÇÃO
• Indicar os grupos alimentares e definir a sua • Distingue Roda dos Alimentos, Nova Roda dos
constituição; Alimentos e Pirâmide Alimentar, identificando pelo
menos 2 diferenças entre elas, utilizando os con-
ceitos que constam no Manual do formando no
capítulo correspondente.
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1. NOÇÕES BÁSICAS
DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO
ITINERÁRIO DE ACTIVIDADES MATERIAL TEMPO
13
1. NOÇÕES BÁSICAS
DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO
14
1. NOÇÕES BÁSICAS
DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO
FICHA DE AVALIAÇÃO
A presente Ficha de Avaliação destina-se a verificar a aprendizagem dos conteúdos abordados ao longo do
primeiro capítulo deste manual.
2. Qual a principal inovação da Nova Roda dos Alimentos em relação à "velha" Roda dos Alimentos?
Hortícolas
Fruta
Lacticínios
Leguminosas
Gorduras e óleos
4. Coloque o nome correcto dos nutrientes à frente da descrição da sua função no organismo.
4.1. ________________ - Regulam grande parte dos processos que nele ocorrem, mantêm o seu equi-
líbrio e são indispensáveis para o crescimento.
4.4. ________________ - Principais responsáveis pelo crescimento, conservação e reparação dos órgãos,
tecidos, e células.
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1. NOÇÕES BÁSICAS
DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO
FICHA DE AVALIAÇÃO
4.6. ________________ - São muito importantes para a regulação do organismo. Não fornecem ener-
gia, mas actuam ao nível do intestino, prevenindo a obstipação.
4.7. ________________ - Serve de meio de transporte de todos os outros nutrientes, ajuda na regu-
lação da temperatura e proporciona o meio onde ocorrem as reacções ao nível do organismo.
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1. NOÇÕES BÁSICAS
DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO
ENUNCIADOS
Imagine que pode escolher livremente o que vai fazer na sua “velhice”. Indique o que o faria ter uma velhice
óptima e o que isso significa para si.
1. Compare as necessidades alimentares dos idosos com as das crianças e dos adultos. Utilize os
sinais: + , - e = para preencher os espaços em branco no quadro seguinte.
Exemplo: Ao colocar + na 1º coluna significa que considera que as crianças precisam por exemplo de mais
pão que os idosos; se colocar = está a considerar que têm a mesma necessidade; e se optar por - avalia a
necessidade das crianças como menor do que a dos idosos.
Pão
Carne
Batatas
Feijão
Azeite
Peixe
Frutas
Leite
Ovos
Hortaliça
Água
Arroz
Queijo
Bolachas
2. Compare os resultados com os dos colegas e discuta quais os motivos das diferenças.
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1. NOÇÕES BÁSICAS
DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO
ENUNCIADOS
1. Analise atentamente os seguintes provérbios populares. Tente recordar-se de mais algum que se rela-
cione com água e com o seu consumo.
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MÁ NUTRIÇÃO: CAUSAS, SINTOMAS, 2
CONSEQUÊNCIAS E AVALIAÇÃO
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
2
CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS
2. MÁ NUTRIÇÃO:
E AVALIAÇÃO
PLANIFICAÇÃO
• Identificar os factores que afectam o consumo de • Indica factores psicológicos, culturais e sócio-
nutriente nos idosos; -económicos, que afectam o consumo de nutri-
entes (pelo menos dois de cada);
• Reconhecer factores de risco para a má nutrição • Identifica 11 factores de risco para o aparecimento
no idoso e sinais a ela associados; da má nutrição especificamente na população idosa;
20
CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS
2. MÁ NUTRIÇÃO:
E AVALIAÇÃO
ITINERÁRIO DE ACTIVIDADES MATERIAL TEMPO
E AVALIAÇÃO
22
CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS
2. MÁ NUTRIÇÃO:
E AVALIAÇÃO
Método activo 7
Questionário de Avaliação do Estado Nutricional
O formador agrupa os formandos dois a dois e
entrega o "Questionário de Avaliação do Estado
Nutricional," pedindo que o apliquem mutuamente.
No final são discutidos os resultados.
AVALIAÇÃO
Sugere-se a avaliação através da Ficha de avalia-
ção que se apresenta de seguida.
ENUNCIADOS
Apresenta-se o enunciado da Ficha de avaliação,
Estudo de Caso: BI, Exercício: "Construa uma
história", Exercício: "Entrevista e Folha de
Registo" e Questionário de Avaliação do Estado
Nutricional.
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CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS
2. MÁ NUTRIÇÃO:
E AVALIAÇÃO
FICHA DE AVALIAÇÃO
A presente Ficha de avaliação destina-se a verificar a aprendizagem dos conteúdos abordados ao longo do
segundo capítulo deste manual.
2. Aponte factores fisiológicos do foro digestivo e não digestivo para a má nutrição. Explique pelo menos dois
deles (um de cada).
3. Indique pelo menos duas doenças que podem estar na base de uma situação de má nutrição.
6. De que forma a astenia e anorexia podem ser simultaneamente causa e consequência da má nutrição?
7.1. Osteoporose
7.2. Obstipação
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CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS
2. MÁ NUTRIÇÃO:
E AVALIAÇÃO
ENUNCIADOS
ESTUDO DE CASO: BI
Idalina Barradas
• 82 anos
• Viúva, sem filhos
• Costureira reformada
• Fractura do colo de fémur, há 3 anos. Anda com ajuda técnica (andarilho).
• Osteoporose, artroses
• Lúcida e capaz de realizar as actividades da vida diária.
Notas:
Vive sozinha, o marido faleceu à 15 anos.
Mora num 2º andar sem elevador, num prédio com apenas 2 moradores, com quem tem pouco contacto.
Tem uma sobrinha, que a visita mensalmente para tratar das contas e arranjar a medicação.
Manuel Patrão
• 74 anos
• Casado, com Cecília Patrão de 78 (acamada)
• Comerciante, reformado
• Autónomo
• Hipertenso
• Lúcido e capaz de realizar as actividades da vida diária incluindo as compras.
Notas:
Vive com a mulher. Os filhos vivem no estrangeiro.
Mora numa vivenda, numa vila pequena. Recusa o apoio de terceiros: só recentemente recebem apoio
de uma ajudante domiciliária para tratar da esposa. Visita-os 1 vez por dia.
2. Indique quais os factores de ordem psicológica, cultural e sócio-económica que poderão contribuir e
afectar o consumo de alimentos.
3. Indique factores fisiológicos que possam, nestes casos alterar, uma alimentação adequada.
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CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS
2. MÁ NUTRIÇÃO:
E AVALIAÇÃO
ENUNCIADOS
Tendo em conta os seguintes factores de alerta para uma situação de má nutrição, construa um caso sufi-
cientemente congruente para que, ao apresentá-lo aos colegas, eles os consigam identificar.
1. Rendimentos insuficientes
2. Obstipação
Tendo em conta os seguintes factores de alerta para uma situação de má nutrição, construa um caso sufi-
cientemente congruente para que, ao apresentá-lo aos colegas, eles os consigam identificar.
3. Dietas
Tendo em conta os seguintes factores de alerta para uma situação de má nutrição, construa um caso sufi-
cientemente congruente para que, ao apresentá-lo aos colegas, eles os consigam identificar.
Tendo em conta os seguintes factores de alerta para uma situação de má nutrição, construa um caso sufi-
cientemente congruente para que, ao apresentá-lo aos colegas, eles os consigam identificar.
2. Qualquer doença.
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CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS
2. MÁ NUTRIÇÃO:
E AVALIAÇÃO
EXERCÍCIO: ENTREVISTA E FOLHA DE REGISTO
• Um guião de entrevista para avaliação do estado nutricional do idoso com base nos seguintes dados:
• orçamento destinado à alimentação;
• capacidade para fazer compras e armazená-las em casa;
• preparação e confecção dos alimentos;
• número de refeições diárias;
• se o idoso está ou não a fazer alguma dieta específica;
• preferências alimentares;
• outros que considere relevantes
• Uma folha de registo para ser preenchida pelos próprios ou pelos cuidadores onde conste:
• alimentos ingeridos
• a quantidade (pesagem se for necessário)
• a frequência
• outros aspectos que considere relevantes
Nota:
Recorde-se que a população a que se destinam estes instrumentos tem alguns tipos limitações (visuais, audi-
tivas) e assegure-se que a aplicação é viável.
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CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS
2. MÁ NUTRIÇÃO:
E AVALIAÇÃO
Responda à primeira parte do questionário, indicando a pontuação adequada para cada questão. Adicione os pesos
da parte Despistagem - se o resultado for igual ou inferior a 11, complete o questionário para obter a apreciação pre-
cisa do estado nutricional.
A. O doente apresenta perda de apetite? Comeu menos J. Quantas refeições (de verdade) toma o doente por dia?
nos últimos 3 meses, por falta de apetite, problemas 0 - 1 Refeição
digestivos, dificuldades de mastigação ou de deglutição? 1 - 2 Refeições
0 - Anorexia Grave 2 - 3 Refeições
1 - Anorexia Moderada
2 - Não há anorexia K. Consome:
0 - Lacticínios, pelo menos uma vez por dia?
B. Perda recente de peso (inferior a 3 meses). 1 - Lacticínios, pelo menos uma vez ou duas por
0 - Perda de peso > a 3kg semana?
1 - Não sabe 2 - Diariamente, carne, peixe ou carne de
2 - Perda de peso entre 1 e 3 kg aviário?
3 - Não há perda de peso Sim Não
0 = se 0 sim
C. Motricidade 0,5 = se 1 sim
0 - Da cama para o sofá 1 = se 2 sim
1 - Autonomia no interior
2 - Sai de casa L. Consome, pelo menos duas vezes por dia fruta ou
legumes?
D. Doença Aguda ou stress Psicológico nos três últimos 0 - Sim
meses? 2 - Não
0 - Sim
2 - Não M. Quantos copos de bebidas bebe por dia? (água, sumo,
café, chá, leite, vinho, cerveja,...)
E. Problemas Neuropsicológicos 0 = menos de 3 copos
0 - Demência ou depressão grave 0,5 = 3 a 5 copos
1 - Demência ou depressão moderada 1= mais de 5 copos .
2 - Não há problemas psicológicos
N. Forma de se alimentar
F. Índice de Massa Corporal (Imc=peso/(altura)2, em kg/m2 0 = Necessita de assistência
0 - IMC < 19 1 = Alimenta-se sozinho com dificuldade
1 - 19 ≤ IMC <21 2 = Alimenta-se sozinho sem dificuldade
2 - 21≤IMC < 23
3 - 23≤IMC O. O doente considera-se bem alimentado?
0 = Má nutrição grave
1 = Não sabe, ou má nutrição moderada
Pontuação de Despistagem 2 = Sem problemas de nutrição
(sub total máximo: 14 pontos)
P. O doente considera-se mais ou menos saudável que
12 ou superior: normal, não é necessário continuar a maior parte das pessoas da sua idade?
com a avaliação. 0 = menos saudável
11 ou inferior: possibilidade de má nutrição, continue a 0,5 = não sabe
avaliação. 1 = tão saudável
2 = mais saudável .
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ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA 3
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
3
3. ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
PLANIFICAÇÃO
• Preparar uma refeição para ser administrada por • Prepara uma refeição para ser administrada
sonda. através de sonda, seguindo os procedimentos que
constam no Quadro 3.1 do Manual de formando,
sem auxílio.
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3. ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
ITINERÁRIO DE ACTIVIDADES MATERIAL TEMPO
31
3. ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
Método expositivo 6
O formador resume as conclusões resultantes do
exercício anterior e apresenta diapositivos que sin-
tetizam as vantagens e limitações destas formas de
alimentação entérica.
Método demonstrativo 1
O formador mostra o videograma e em seguida faz
a demonstração dos procedimentos necessários
para preparar o doente. Os formandos, após obser-
varem o vídeo e o formador, praticam utilizando os
colegas como modelos.
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3. ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
FICHA DE AVALIAÇÃO
ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
A presente Ficha de avaliação destina-se a verificar a aprendizagem dos conteúdos abordados ao longo do
terceiro capítulo deste manual. É composta por uma componente teórica e uma componente prática.
Parte Teórica
3. A alimentação entérica pode ser exclusiva ou parcial. Em que situações são usadas e quais as vantagens
ou desvantagens?
Parte Prática
1. Administre uma refeição através de sonda nasogástrica, não esquecendo os procedimentos de higiene,
de vigilância e manutenção.
2. Prepare uma refeição simples para administrar por sonda com os seguintes ingredientes:
• Leite
• Bolacha
• Fruta
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3. ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
ENUNCIADOS
ACTIVIDADE:
PREPARAR REFEIÇÕES PARA A ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
UTENSÍLIOS INGREDIENTES
RECEITAS
Receita 1 Receita 5
Leite - 2,5 dl -1/2 lata de leite condensado
Fruta - 1 peça Fruta - 1 peça
Açúcar - q.b. Bolachas 3 a 4
Receita 2 Receita 6
Iogurte -1 Batata
Fruta - 1 peça Cenoura
Bolachas - 2 ou 4 Abóbora
Açúcar Nabo
Cebola
Receita 3 Alho francês
Batido de leite com bolachas e fruta Legumes verdes
leite - 2,5dl Azeite
Fruta - 1 peça Carne limpa de carneiro, frango, vaca, ou coelho
Bolachas - 3 ou 4 Cozer a carne e os legumes em água suficiente de
Açúcar - q.b. modo a que depois de tudo bem cozido e triturado
fique um creme homogéneo e aveludado.
Receita 4
Fruta - 2 peças Receita 7
Bolachas - 3 a 4 Juntar a um creme de legumes um prato de peixe
Sumo de fruta q.b. triturado, envolvido em molho bechamel, branco ou
Açúcar qualquer que goste. Pode acompanhar com
massa, arroz, puré de batata a esparregado de
nabiças, desde que seja triturado.
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A NUTRIÇÃO DO IDOSO: 4
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E DIETAS ADEQUADAS
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
4
4. A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
E DIETAS ADEQUADAS
PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS
PLANIFICAÇÃO
• Reconhecer os passos para preparar uma emen- • Indica qual a equipa multidisciplinar (nutricionista,
ta para idosos, numa instituição; cozinheiro, responsável geral, responsável pelo
economato e representantes dos utilizadores) que
deve estar implicada na elaboração de uma emen-
ta para uma população de idosos em contexto
institucional;
• Identificar quais os factores a ter em conta ao • Indica cuidados a ter ao nível da constituição de
elaborar uma ementa; uma ementa para idosos (nº de refeições a incluir
e forma de como se apresentam), numa instituição
geriátrica e os aspectos importantes para o seu
sucesso;
• Elaborar uma ementa para um grupo específico, • Elabora uma ementa de acordo com as indi-
adaptada às suas necessidades. cações que constam no Manual do formador,
adaptada a um público-alvo específico, com o
auxílio de uma lista de indicações.
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4. A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
E DIETAS ADEQUADAS
PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS
ITINERÁRIO DE ACTIVIDADES MATERIAL TEMPO
37
4. A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
E DIETAS ADEQUADAS
PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS
Método activo 3
O formador divide a turma em grupos e propõe a
elaboração de uma "ficha de gostos", com o objecti-
vo de recolher dados sobre a preferência dos
utentes. O exercício é feito após a exposição teóri-
ca, podendo no entanto o formador optar se por
fazer o reforço daquilo que pretende ver incluído:
- pratos eleitos
- aqueles que não são tolerados
- alimentos que não podem comer
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4. A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
E DIETAS ADEQUADAS
PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS
FICHA DE AVALIAÇÃO
A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E DIETAS ADEQUADAS
A presente Ficha de avaliação destina-se a verificar a aprendizagem dos conteúdos abordados ao longo do
quarto capítulo deste manual.
1. Quais os aspectos psicossociais da alimentação do idoso? Distinga entre contexto domiciliar e o contexto
institucional.
2. Imagine que tem a seu cargo a elaboração de uma ementa num centro dia. Quem vai chamar para reunir
consigo sobre o assunto?
3.1. Não é aconselhável perguntar aos idosos o que acham da alimentação e que tipo de pratos prefe-
rem pois só vai levantar dúvidas e fazer-lhes confusão.
3.2. Deve-se perguntar aos idosos o que desejam comer todos os dias. Mesmo que não se faça o que
eles querem, eles ficam contentes por lhes terem perguntado.
3.3. Os idosos devem participar activamente na elaboração das ementas e a sua opinião deve ser reco-
lhida regularmente. Os seus gostos devem ser alvo de levantamento, para poderem ser tidos em consi-
deração.
4.1. Que medidas tomaria para conseguir o sucesso na elaboração das ementas e a melhoria da satis-
fação geral em relação à alimentação?
39
4. A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
E DIETAS ADEQUADAS
PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS
ENUNCIADOS
No Centro de Dia "Aqui não há tristeza!", a D. Júlia e a sua amiga D. Ilda, são as mais antigas frequenta-
doras. Por volta do meio dia. lá aparecem as duas, faça chuva ou faça sol. De manhã tratam das suas
vidas e o almoço, é no Centro. O único dia em que não comparecem é ao Domingo e porque ambas vão
almoçar com as suas famílias: Uma com os seus filhos e a outra com uma irmã e o cunhado. Só dizem
bem, gostam imenso da comida e até dão sugestões para as ementas, fornecendo as suas preciosas
receitas, principalmente as que antigamente obtiveram melhores resultados.
Antes de abrir o Centro era uma tristeza! A D. Júlia viúva, comia sozinha e na maior parte dos dias não co-
zinhava uma única refeição. A D. Ilda, solteira, comprava comida a peso, no sítio mais barato que encon-
trava e recorria muito a torradas e peixe cozido. Agora recomendam sempre aos amigos para se juntarem
a elas e já conseguiram arranjar mais convivas para os almoços animados.
Mas nem tudo são rosas: o centro de dia tem também uma valência de lar, e os utentes internos estão
quase sempre descontentes com as refeições. Dizem que a comida não tem apresentação nenhuma e que
chega sempre fria e, no entanto, a cozinha e a comida são exactamente as mesmas.
Pretende-se com esta actividade compreender bem o papel de cada um dos intervenientes na equipa que
decide a ementa.
Leia a personagem que vai interpretar e compenetrer-se no papel. Não se esqueça que para convencer
os colegas, tem que estar convicto das suas posições. Seja coerente.
Bom trabalho!
Personagem
Nutricionista
Dra. Mariana
É uma jovem profissional muito interessada pela problemática da alimentação dos idosos. Gosta de pla-
near bem as refeições e não deixa que os pratos se repitam. Zela para que a comida seja saudável: fritos,
só de vez em quando; muitos grelhados e cozidos e muita verdura. Quer que os velhinhos ultrapassem
todos os 100 anos. Fica furiosa quando trocam as suas opções.
A Dra. Mariana é muito competente, mas torna-se muito intransigente quando se trata das suas escolhas
alimentares ao nível profissional. Geralmente não muda de opinião.
Vai ter uma reunião com a restante equipa para elaborar a ementa da próxima semana. Mas já ouviu dizer
que há algumas outras questões por resolver. Parece que tem havido reclamações por parte dos utentes.
Da sua parte vai insistir para que alimentação se mantenha o mais saudável possível e fritos à noite nem
pensar. Também pensa dizer que é necessário introduzir opções diferentes nas ementas como o caso dos
mariscos.
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4. A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
E DIETAS ADEQUADAS
PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS
ENUNCIADOS
Pretende-se com esta actividade compreender bem o papel de cada um dos intervenientes na equipa que
decide a ementa.
Leia a personagem que vai interpretar e compenetrer-se no papel. Não se esqueça que para convencer os
colegas, tem que estar convicto das suas posições. Seja coerente.
Bom trabalho!
Personagem
Cozinheira
D. Idalina
Cozinheira há mais de 20 anos, a D. Idalina trabalha durante muitos tempo para cantinas de operários fabris.
Só há cerca de 6 meses está nesta instituição. Os seus pratos eram muito apreciados pelos operários. Fazia
petiscos de se lhe tirar o chapéu. A sua especialidade são as pataniscas com arroz de feijão. É afamada pela
comida apimentada. Anda muito cansada pois praticamente não tem ajuda na cozinha, principalmente aos
jantares, altura em que tem que recorrer a coisas rápidas. Refila bastante porque "não se podem fazer omele-
tas sem ovos" e por vezes não tem matéria-prima à altura para fazer os seus cozinhados.
É muito boa senhora, mas conhecida pelo seu mau feitio, quando tentam meter a colherada na "sua cozi-
nha".
A D. Idalina vai reunir com a restante equipa para decidir a ementa da próxima semana. Mas sabe que há
mais qualquer coisa para tratar. Talvez aproveite para reclamar com a nutricionista por esta nunca prever/
programar rissóis para o jantar, quando os fritos são o que lhe dá mais jeito fazer.
Pretende-se com esta actividade compreender bem o papel de cada um dos intervenientes na equipa que
decide a ementa.
Leia a personagem que vai interpretar e compenetrer-se no papel. Não se esqueça que para convencer os
colegas, tem que estar convicto das suas posições. Seja coerente.
Bom trabalho!
Personagem
Responsável geral
Dr. Barradas
O Dr. Barradas já anda nesta vida há muito tempo e sabe muito bem que há sempre queixas e defeitos a
apontar. Da sua parte tenta sempre gastar o mínimo possível pois nem sempre as verbas dão para bifes ou
douradas... por isso, faz-se hambúrgueres! Camarões? Tudo bem, mas só nos rissóis.
Vai presidir à reunião de equipa por causa das ementas e já sabe os pontos a tratar:
- Conter os custos das refeições;
- Acabar de vez com os fritos ao jantar e não fazer mais do que uma vez fritos por semana como indica a
nutricionista;
- Falar sobre as queixas de alguns utentes que dizem que a comida é demasiso pesada e picante;
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4. A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
E DIETAS ADEQUADAS
PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS
ENUNCIADOS
Pretende-se com esta actividade compreender bem o papel de cada um dos intervenientes na equipa que
decide a ementa.
Leia a personagem que vai interpretar e compenetrer-se no papel. Não se esqueça que para convencer os
colegas, tem que estar convicto das suas posições. Seja coerente.
Bom trabalho!
Personagens
Vai estar na reunião e vai colocar a questão à equipa que costuma decidir as ementas.
42
4. A NUTRIÇÃO DO IDOSO:
E DIETAS ADEQUADAS
PSICOSSOCIAIS
ASPECTOS
EXERCÍCIO: COMO FAZER UMA EMENTA?
1. Construa uma ementa semanal, para um centro de dia de uma aldeia de uma região a definir pelo grupo.
A população a que se destina tem entre os 75 e os 95 anos, a maior parte deles com problemas de masti-
gação devido ao número de dentes insuficiente e falta de prótese.
“Por dia os idosos devem fazer 5 a 6 refeições: pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e ceia. Esta organi-
zação depende da hora de levantar e de comer. Pode acontecer que se a hora de levantar for às 7.00 horas
e a hora de almoço às 13.00, a meio da manhã deve ser feito um pequeno lanche.
As refeições principais devem incluir, sopa, prato e sobremesa e devendo constar assim nas ementas cuja
estrutura e constituição deve seguir algumas directivas, para que se possam adequar às necessidades dos
idosos a quem se destinam:
1. Haver alternância diária entre o peixe e carne, ao almoço e ao jantar (se ao almoço é carne, ao jan-
tar deve ser preferido o peixe).
2. O peixe deve ser preferencialmente consumido ao jantar;
3. A carne não deve ser consumida em excesso, e as escolhas devem recair sobre as magras (peru, coe-
lho, frango). A gordura visível deve ser removida dentro do possível;
4. Não existem restrições ao nível do tipo de peixe, no entanto é necessário estar atento, principalmente
nos casos em que os seniores estão no domicílio, porque na sua preparação (grelhado, assado), tendem
a salgá-lo em demasia.
5. A carne e o peixe podem ser substituídos pelos ovos algumas vezes;
6. Os acompanhamentos devem ser alternados, o arroz, a batata e a massa não devem ser repetidos ao
longo do dia. A sobremesa escolhida, também não deve repetir o alimento, por exemplo: arroz de frango
ao almoço e a sobremesa do jantar, arroz doce.
7. As leguminosas devem ser utilizadas preferencialmente na sopa (feijão, grão, ervilhas, favas). No
entanto, podem ser consumido enquanto acompanhamento sob a forma tradicional, cozinhado com
receitas saborosas e que podem ser do agrado dos seniores (ovos com ervilhas);
8. Os legumes escolhidos devem ser da época e as repetições evitadas;
9. Todas as refeições devem ser acompanhadas por salada ou legumes;
10. As sopas devem ser de legumes e o mais variadas possível, tentando ir ao encontro dos gostos e
das tradições;
11. A gordura de eleição é o azeite, tanto para a confecção dos alimentos, como para adição no prato;
12. A sobremesa deve ser fruta crua, o mais variada possível, e em alguns casos pode ser cozida ou
assada;
13. A sobremesa doce não deve exceder as três vezes por semana e preferencialmente deve ser láctea
(leite-creme, arroz-doce, pudim, aletria) ou gelatina;
14. O consumo dos produtos lácteos deve ser feito com a periodicidade de duas a três vezes por dia sob
a forma de leite, queijo, iogurte, doces de colher e outro tipo de preparados;
15. Dos tipos de confecção e de preparação dos alimentos, devem ser preferidos os cozidos e estufados
em cru, bem como grelhados e assados (no capitulo seis serão abordados os procedimentos e técnicas
para os elaborar);
16. Os fritos devem ser consumidos esporadicamente e preferencialmente ao almoço;
17. A forma de de confecção deve se variada, evitando, por exemplo, assados para o almoço e o jantar
18. Ter atenção ao tipo de associação de alimentos como, por exemplo, panados com batata frita;
19. Combinar a consistência dos preparados culinários utilizando, por exemplo passados e triturados”.
43
44
ASPECTOS PARTICULARES 5
DA NUTRIÇÃO DO IDOSO
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
5
NUTRIÇÃO DO IDOSO
PARTICULARES DA
5. ASPECTOS
PLANIFICAÇÃO
• Indicar os cuidados nutricionais específicos a ter • Especifica os cuidados a ter com a alimentação
com determinadas doenças; de um diabético referindo o nº de refeições por dia,
quantidade de água a ingerir, tipo de hidratos de
carbono a consumir e a sua importância, alimentos
ricos em gorduras a evitar, consumo de fruta e
hortícolas, restrições e o consumo de produtos
com substitutos do açúcar;
46
NUTRIÇÃO DO IDOSO
PARTICULARES DA
5. ASPECTOS
ITINERÁRIO DE ACTIVIDADES MATERIAL TEMPO
47
NUTRIÇÃO DO IDOSO
PARTICULARES DA
5. ASPECTOS
Método expositivo 2
O formador apresenta os diapositivos e expõe AVALIAÇÃO
sobre os cuidados alimentares específicos para a Sugere-se a avaliação através da Ficha de avalia-
obstipação, as escaras, osteoporose, doenças ção que se apresenta de seguida.
cardiovasculares e gota úrica.
Método expositivo 3
O formador apresenta a definição de anorexia e
possíveis causas, utilizando diapositivos como
auxílio.
Método activo 2
Estudo de Caso: Falta de Apetite
O formador distribui o enunciado (Estudo de Caso:
"Falta de Apetite) e propõe a tarefa aos formandos
já com os grupos formados. O enunciado contém
uma situação de anorexia e eles terão que retirar
as causas e identificar estratégias para lidar com a
situação.
48
NUTRIÇÃO DO IDOSO
PARTICULARES DA
5. ASPECTOS
FICHA DE AVALIAÇÃO
A presente Ficha de avaliação destina-se a verificar a aprendizagem dos conteúdos abordados ao longo do
quinto capítulo deste manual.
Os diabéticos devem:
1.1. Fazer 6 refeições por dia (pequeno-almoço, lanche matinal; almoço, lanche, jantar e ceia).
1.2. O doente não deve ficar mais de 2 a 3 horas sem comer durante o dia e durante a noite.
1.3. A ingestão de hidratos de carbono não deve ser inferior a 180g/dia.
1.4. Os hidratos de carbono de absorção rápida (açúcar, doces, refrigerantes, mel, compotas, frutas
cristalizadas, passas) devem ser consumidos apenas duas vezes por dia.
1.5. O consumo de frutas e hortícolas é indispensável para o equilíbrio alimentar e revestem-se de parti-
cular importância no diabético.
1.6. As gorduras em excesso podem aumentar os níveis de glicemia
1.7. A ingestão de água não deve ser inferior a cerca de 2,5l.
1.8. Os alimentos com denominação liga contêm adoçantes e não devem ser preferidos por estes
doentes.
Obstipação Beber muita água de forma regular ao longo do dia (nunca menos de 1,5l);
Ingerir alimentos ricos em fibras, por exemplo farelo de trigo (faz aumentar o peso
das fezes, melhorando o trânsito intestinal). Determinados frutos como kiwi, a
ameixa e a laranja são conhecidos pelas suas propriedades laxantes.
Escaras Deve haver um aporte hipercalórico (com elevado teor de calorias) e hiperproteico
(com elevado teor proteico). Os doentes devem ter acesso a suplementos ricos em
calorias e proteínas. Caso a alimentação oral esteja comprometida, deve ser
avançada a hipótese da nutrição entérica.
Osteoporose Uma alimentação rica em cálcio é essencial e este deve ser proveniente do leite e
produtos lácteos, dos vegetais de folha verde (espinafres, bróculos) e peixes com
muitas espinhas. Também os amendoins, as amêndoas e figos secos contêm uma
quantidade elevada de cálcio, apesar de conterem mais gordura.
Doenças O consumo excessivo de sal é dos principais factores que do ponto de vista alimen-
cardiovasculares tar interfere com os problemas cardiovasculares, como a hipertensão arterial. Nos
idosos, quer por uma questão cultural, quer pela diminuição do paladar, este é um
mau hábito difícil de corrigir. Também as gorduras devem ser evitadas, especial-
mente carne gorda, salsichas, queijo e leite gordo. No caso de obesidade ou exces-
so de peso, deve ser feita uma alimentação menos calórica, com vista a perder peso
e reduzir o risco deste tipo de doenças.
Gota úrica Deve haver um cuidado acrescido com a hidratação. As bebidas alcoólicas devem
ser evitadas, ou eliminadas. A carne de animais jovens e de caça, bem como os
mariscos, devem ser abolidos ou consumidos com muita moderação.
49
NUTRIÇÃO DO IDOSO
PARTICULARES DA
5. ASPECTOS
FICHA DE AVALIAÇÃO
3.1. Indique qual o efeito que a perda de alguém importante tem na alimentação do idoso.
3.2. Que outros factores podem estar na base da anorexia?
50
NUTRIÇÃO DO IDOSO
PARTICULARES DA
5. ASPECTOS
ENUNCIADOS
Produza panfletos ou cartazes apelativos sobre a alimentação específica a seguir na diabetes, obstipação,
escaras, osteoporose, doenças cardiovasculares e gota úrica.
Lembre-se que a população a que se destina a mensagem são idosos que têm algumas limitações ao
nível visual. É importante pensar como sintetizar a informação e torná-la de fácil compreensão.
Bom trabalho!
O Sr. Justino anda sem apetite, nunca quer comer nada desde que partiu o colo do fémur. Ainda não se
recuperou totalmente, embora o prognóstico para voltar a deslocar-se autonomamente seja bom. Anda em
baixo porque está há muito tempo imobilizado, logo ele que gosta tanto de uns passeios. Por vezes gosta-
va de comer um bom bife, mas a dentadura também não deixa. Tem pouca paciência para as próprias
refeições e acaba por gostar mais de "petiscos" do que de se sentar à mesa para almoçar ou jantar.
51
52
A PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES 6
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
6
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
PLANIFICAÇÃO
• Indicar cuidados a ter na aquisição de alimentos, • Averigua o tipo de recursos que os idosos pos-
bem como no seu armazenamento e conservação; suem e encontra alternativas para auxiliar na
aquisição de bens alimentares, tal como é descrito
no manual do Formando, no capítulo respectivo;
54
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
ITINERÁRIO DE ACTIVIDADES MATERIAL TEMPO
55
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
56
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
FICHA DE AVALIAÇÃO
A PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES
A presente Ficha de avaliação destina-se a verificar a aprendizagem dos conteúdos abordados ao longo do
sexto capítulo deste manual. É composta por uma componente teórica e uma componente prática.
2. Apresente pelo menos cinco cuidados a ter para que os alimentos adquiridos estejam em perfeitas
condições e constituam boas escolhas.
4. Complete o seguinte quadro indicando qual a nome do método de confecção a que corresponde.
Métodos de Confecção
57
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
ENUNCIADOS
EXERCÍCIO: ENTREVISTA
Tendo em conta que muitos idosos enfrentam dificuldades ao nível da aquisição de alimentos, e esta é uma
das razões que pode levar a uma alimentação insuficiente, elabore uma pequena entrevista informal, cujo
objectivo é analisar as necessidades do idoso com base nos seguintes pontos:
• Quem é que faz as compras (mercearias, carne, peixe, fruta, legumes)
• Forma de se deslocar
• Lojas onde vai
• Periodicidade com que entram os bens alimentares em casa
• Que tipo de produtos é que geralmente preferem
• os mais baratos
• os que gostam mais
• Dificuldades em relação a esta tarefa
• Vontade ou necessidade de ajuda para as compras
• Proximidade ou visitas de filhos, netos ou sobrinhos
• Contacto regular com a família, amigos, ou outro tipo de rede de suporte
Depois da entrevista feita, os formandos devem produzir um pequeno relatório com um resumo dos dados e
um plano de intervenção a curto ou médio de prazo no que diz respeito às compras.
Observe a quadro seguinte. Faça corresponder a cada um dos tipos de confecção descritos o nome correcto.
• Cozido a vapor
• Estufado
• Assado
• Salteado
• Fritos
• Gratinados
• A vácuo
• "Au sal"
• Em papillote
58
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
TIPOS DE CONFECÇÃO DE ALIMENTOS
TIPO
DESCRIÇÃO
DE CONFECÇÃO
Esta técnica requer a imersão do produto num liquido, que depois é aquecido.
59
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
ENUNCIADOS
INGREDIENTES MATERIAL
• Mangas • Colher
• Sumo de 1/2 limão • Espremedor
• 2 Folhas de gelatina • Batedeira eléctrica
• 2 Claras de ovo
• 50 g Açúcar
CONFECÇÃO
Triturar a polpa das mangas (também se pode utilizar uma lata de concentrado de manga) e juntar sumo
de limão e açúcar. Dissolver a gelatina e juntar à pasta obtida. Bater as claras em castelo, acabar de mis-
turar tudo, deitar em taças e deixar arrefecer.
Para o idoso autónomo, o grau de dificuldade é baixo e portanto é simples de a colocar em prática so-
zinho. Bater as claras em castelo e misturar os ingredientes, são funções ao alcance das pessoas
séniores.
NOTA
Confeccionada com fruta, é fresca e nutritiva, sem levar um grande aporte calórico. A manga pode ser
substituída, por maracujá ou ananás.
60
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
RECEITA: ROLO DE CARNE (4 PORÇÕES)
INGREDIENTES MATERIAL
CONFECÇÃO
Num recipiente juntam-se todos os ingredientes, à excepção da margarina e do bacon, amassa-se tudo
muito bem e reserva-se no frigorifico por cerca de 1 hora e meia.
Passado este tempo retira-se e, num tabuleiro de ir ao forno, molda-se o rolo, dispõem-se por cima no-
zinhas de margarina e cobre-se com as fatias de bacon, de modo a que a carne fique sem se ver.
Este é um prato simples cuja preparação é fácil de colocar em prática sem auxílio. Recomenda-se que
os cuidadores insistam na questão da higiene das mãos na manipulação da carne, pois é um produto que
tem um elevado risco de contaminação. Se por acaso se tornar difícil fazer um rolo, podem sugerir-se
outros formatos.
NOTA
A mastigação é facilitada, não deixando de ser um prato saboroso e com consistência. Pode-se estimu-
lar os idosos a colocarem outros condimentos: ervas aromáticas ou legumes.
61
6. A PREPARAÇÃO
DE REFEIÇÕES
ENUNCIADOS
INGREDIENTES MATERIAL
CONFECÇÃO
Cozer o peixe na água, já com sal e louro. Após a cozedura, a água deve ser coada e colocada de parte.
O peixe deve ser desfeito às lascas e as espinhas retiradas.
Picar a cebola e os alhos e refogar no azeite, juntamente com a malagueta. Deixar alourar. Juntar a polpa
de tomate e deixar cozinhar um pouco. Regar com água da cozedura do peixe e quando levantar fervu-
ra, juntar a massa. Deixar 10 minutos após levantar fervura e juntar o peixe. Deixar ferver mais 5 minu-
tos e juntar os coentros picados.
Este é um prato que os idosos facilmente podem confeccionar. Sendo feito em conjunto com o cuidador,
pode colaborar a arranjar o peixe, e picar a cebola e os alhos. Caso se utilizem tomates frescos, pode
ainda pelá-los e esmagá-los.
No caso do idoso a elaborar sozinho, pode ser sugerido que ao cozer peixe por exemplo para a refeição
do jantar, coza uma posta a mais e reserve a água no frigorífico, para que ao almoço possa fazer este
prato.
NOTA
Este é um prato apetitoso e que deixa os idosos bem alimentados com os nutrientes de que necessitam.
Pode ser acompanhado com uma salada de alface. O facto de ser uma sopa e poder servido como prato
principal, torna-o uma boa opção para dias de calor em que o risco de desidratação é maior.
62
PREPARAR A FAMÍLIA E AS INSTITUIÇÕES PARA 7
PRESTAR APOIO NA ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
7
E AS INSTITUIÇÕES PARA
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
7. PREPARAR A FAMÍLIA
PRESTAR APOIO NA
PLANIFICAÇÃO
64
E AS INSTITUIÇÕES PARA
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
7. PREPARAR A FAMÍLIA
PRESTAR APOIO NA
ITINERÁRIO DE ACTIVIDADES MATERIAL TEMPO
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
7. PREPARAR A FAMÍLIA
PRESTAR APOIO NA
66
E AS INSTITUIÇÕES PARA
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
7. PREPARAR A FAMÍLIA
PRESTAR APOIO NA
• Tipo de bebida (chá, sumo, café..)
• Locais onde as bebidas vão ser dadas
Método expositivo 7
O formador passa o videograma que contém ima-
gens dos procedimentos de alimentação de idosos
dependentes ou semi-dependentes.
Método activo 6
Alimentação de idosos
O formador junta os formandos dois a dois e
solicita que repitam os procedimentos. É possível
que seja necessário repetir a visualização do
videograma.
AVALIAÇÃO
Sugere-se a avaliação através da Ficha de avalia-
ção que se apresenta de seguida.
ENUNCIADOS
Apresentam-se os enunciados da Ficha de avalia-
ção, estudo de caso "D. Luísa" e o exercício "Sr.
Amílcar".
67
E AS INSTITUIÇÕES PARA
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
7. PREPARAR A FAMÍLIA
PRESTAR APOIO NA
FICHA DE AVALIAÇÃO
A presente Ficha de avaliação destina-se a verificar a aprendizagem dos conteúdos abordados ao longo do
sexto capítulo deste manual. É composta por uma componente teórica e uma componente prática.
1. Quais os aspectos que o cuidador pode verificar no domicilio do utente, para se aperceber da quantidade
de alimentos de que dispõe e se enfrenta ou não dificuldades económicas?
2. Que alterações podem ser feitas em casa dos idosos de forma a facilitar a funcionalidade das suas cozi-
nhas e permitir que mantenham as actividades culinárias?
3. Imagine que ficou responsável por tratar do serviço das refeições de um lar, desde a decoração ao ves-
tuário dos empregados, serviço de quartos e outros pormenores.
4.1. Estes sinais e sintomas: fazem parte de que quadro? Lábios, olhos e mucosas secas; Língua seca
e com crostas; Pele seca, com pouca elasticidade; Ritmo cardíaco acelerado; Diminuição da pressão
arterial; Redução do volume de urina; Extremidades frias; fazem parte de quadro?
4.2. Quando há risco de engasgamento que tipo de medidas se podem tomar para manter a ingestão de
líquidos, de forma mais segura'
4.3. Para que serve um registo de ingestão de líquidos?
5. Classifique como verdadeiro ou falso as seguintes afirmações. Em caso de vómitos, não se deve:
5.1. Apoiar a testa do idoso com a mão,para que consiga fazer o esforço mais facilmente.
5.2. Deitar o idoso para evitar piorar os vómitos e acalmar o estômago.
5.3. Dar líquidos nem alimentos, até que o idoso se sinta melhor, e se houver complicações, transmitir a
situação aos técnicos de saúde e aguardar instruções.
5.4. Lavar de imediato os dentes com pasta dentífrica e escova de dentes.
6. Numa situação de engasgamento em que o idoso tosse e faz um esforço para desimpedir a via respi-
ratória, indique quais os procedimentos a tomar.
68
E AS INSTITUIÇÕES PARA
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
7. PREPARAR A FAMÍLIA
PRESTAR APOIO NA
Parte prática
Preparação o idoso
Procedimento
69
E AS INSTITUIÇÕES PARA
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
7. PREPARAR A FAMÍLIA
PRESTAR APOIO NA
FICHA DE AVALIAÇÃO
CUIDADOS ESPECÍFICOS
70
E AS INSTITUIÇÕES PARA
ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
7. PREPARAR A FAMÍLIA
PRESTAR APOIO NA
ENUNCIADOS
A D. Luísa tem 76 anos e começa agora a notar os sinais da idade. No outro dia teve que se sentar duas
vezes durante a preparação do almoço, ficando muito triste porque antigamente isso nunca acontecia.
Há seis meses teve outro percalço na sua cozinha: tropeçou na passadeira e caiu. Não foi nada de grave,
só duas noites com muitas dores e umas nódoas negras. Uma coisa que a intriga muito é que parece que
os armários da sua casa estão a subir cada vez mais. Os tachos e as panelas também estão mais pesa-
dos e difíceis de tirar dos armários. Até as torneiras lhe custam mais a fechar. O fogão é novo, mas tem
alguma dificuldade em acender os queimadores, e já apanhou um susto no outro dia, pois estava a ten-
tar acender o bico do lado.
As filhas dizem-lhe que ela já não tem condições para fazer comida e que o melhor é ir comer ao centro
de dia ou virem-lhe trazer comida a casa. A D. Luísa nem quer pensar nisso. Adora cozinhar, é a sua
maior distracção e faz o almoço para os netos duas vezes por semana , gostando sempre de ir às com-
pras.
1. Ajude a D. Luísa a não ter que mudar de hábitos, pelo menos por enquanto. Elabore uma lista de
alterações a produzir na sua cozinha.
O Sr. Amílcar é residente de um lar há dois anos, e tem vindo a travar uma das maiores batalhas da sua
vida. No início até gostou da comida, mas entretanto o director mudou e as coisas também se alteraram
lá pelo refeitório. Pelo menos uma vez por mês o Sr. Amílcar preferia jantar no seu quarto para ver um
jogo de futebol e poder estar à sua vontade. As directivas agora são de que ninguém pode fazer refeições
no quarto, mesmo que esporadicamente. Antes também se podia escolher os parceiros de mesa e agora
dizem que são normas da casa não poder sair dos mesmos lugares.
O Sr. Amílcar também gostava de fazer algumas sugestões de pratos, tem sempre umas óptimas ideias
mas ninguém o ouve. A maior parte das pessoas queixa-se de jantar muito cedo, isso o que faz com que
se deitem muito cedo, se torna aborrecido, principalmente de Verão que ainda é de dia.
1. Suponha que vai substituir o director do lar onde reside o Sr. Amílcar. Que mudanças implementaria
para tornar os momentos das refeições mais agradáveis?
71
72
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
S
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
CAPÍTULO 1
NOÇÕES BÁSICAS DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
1. Roda dos Alimentos, Nova Roda dos Alimentos e 2. A "velha" roda apresentava 5 grupos alimentares,
Pirâmide Alimentar. enquanto que a nova roda é constituída por sete: cereais,
1.2. A pirâmide alimentar assenta numa lógica de fre- seus derivados e tubérculos; hortícolas; fruta; lacticínios;
quência de consumo, apresentando no to-po os alimentos carne, pescado e ovos; leguminosas; gorduras e óleos.
que devem ser consumidos mais esporadicamente. Já a Contém também a água no centro da roda, lembrando a
Roda dos Alimentos, não os hierarquiza. Pode-se com- sua importância.
parar a um prato o que permite uma percepção rápida das
proporções. 3.
Alimentos Percentagem
na alimentação
Leguminosas Ervilhas 4%
Favas
Grão
4. O chocolate não se inclui em nenhum dos grupos ali- ponde de forma nenhuma à realidade. Pelo contrário, as
mentares. proteínas têm um papel fundamental, principalmente
4.1. Vitaminas quando os idosos enfrentam situações que os vulnerabi-
4.2. Sais minerais e oligoelementos lizam, como infecções e intervenções cirúrgicas, fre-
4.3. Hidratos de carbono quentes neste grupo. As necessidades proteicas são até
4.4. Proteínas ligeiramente superiores do que as de um adulto jovem,
4.5. Lípidos daí que seja necessária pelo menos uma refeição de
4.6. Fibras alimentares carne, peixe ou ovos diariamente, pois estes são os ali-
4.7.Água mentos que contêm maior teor de proteínas de origem
animal, que são as mais adequadas às neste caso.
5. A frase expressa um mito que foi criado, e não corres-
74
SOLUÇÕES
6. 4.
6.1. Aparentemente, o principal factor foi a diminuição da 4.1.
sensação de sede. Houve claramente uma falha ao nível
da auto-regulação do seu organismo. 5.
6.2. Outras situações que podem levar a um estado de 5.2. Sim
desidratação são: demências ou limitações físicas que 5.3. A solidão, o facto de fazer apenas duas refeições por
podem fazer com que o acesso aos líquidos seja dificul- dia, os fracos recursos económicos, e o facto de tomar
tado. mais do que três medicamentos por dia, são factores de
6.3. As perdas de líquidos fazem-se através: do suor, risco que em associação podem potenciar a má nutrição.
cerca de 500ml em situações normais (aumenta substan- A nível de sinais propriamente ditos, as queixas da queda
cialmente no caso de haver febre); da respiração, cerca do cabelo, bem como a secura dos olhos, podem consti-
de 500ml num dia, (aumenta no caso de haver por exem- tuir factor de preocupação.
plo dispneia ou ventilação mecânica);da urina, o volume
deve rondar os 500ml, embora difira consoante os líqui- 6. No caso de existir uma patologia aguda, o consumo de
dos consumidos e da medicação; do aparelho digestivo, calorias e proteínas aumenta substancialmente, sendo
pela boca no caso de haver vómito ou pelo ânus através que, se o aporte destes nutrientes não for rápido e efi-
das fezes. ciente, surge o risco de novos episódios. A anorexia e a
astenia, podem ter contribuído para causar a situação, ou
podem aparecer só como reacção ao estado geral do
CAPÍTULO 2 organismo.
MÁ NUTRIÇÃO: CAUSAS, SINTOMAS,
CONSEQUÊNCIAS E AVALIAÇÃO 7.
7.1. Carência de sais minerais - cálcio e vitamina D
1. 7.2. Carência de fibras alimentares e água
1.1 Sim, a depressão conduz à anorexia. As situações de
depressão, motivadas pela perda progressiva de autono- 8. A história dietética, medidas antropométricas (medi-
mia, pela solidão, desaparecimento de entes queridos e ções corporais) e parâmetros bioquímicos.
sentimento de inutilidade, dão origem a falta de apetite.
1.2. A solidão leva a um desinvestimento em si e ao
desleixo na preparação de comida, argumentando, CAPÍTULO 3
muitas vezes, que cozinhar só para si não vale a pena. ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA
1.3 As mulheres culturalmente dominam a culinária e
muitos homens têm pouco contacto com a preparação da 1.
refeição. O que faz com que na ausência da mulher a ali- 1.1. Não.
mentação fique comprometida. 1.2. Não porque:
• É uma forma de nutrição artificial;
2. Factores fisiológicos digestivos: alterações do gosto • Não se administram alimentos sólidos, mas sim
e do olfacto; problemas na deglutição; alterações ao nível
do estômago e intestino e diminuição da capacidade masti- preparados líquidos ou pastosos;
gatória; a alteração da dentadura é o principal motivo para • É também utilizada quando o idoso se encontra em
a perda progressiva da capacidade de mastigar e ensali- coma ou semi-consciente, em situações de pós-
var. O aparecimento de cáries, a osteoporose das gengi- -operatório e anorexia grave;
vas, as próteses mal ajustadas ou a inexistência de dentes
• A sua utilização só é possível uma vez que o tubo
faz com que os idosos recorram amiúde a alimentos.
Factores fisiológicos não digestivos: decréscimo de digestivo se mantenha intacto.
massa corporal e hídrica conduz a que a necessidade de 2. Abastecimento alimentar via enteral
comer e beber aumente, de modo a prevenir a escassez
de reservas no caso de doença, exposição a situações de força da gravidade ou
stress, entre outros. A insuficiente capacidade de concen- Contínuo
tração de urina por parte dos rins; alterações motoras cor- por impulso de bomba infusora
respondem a outro factor fisiológico que dificulta os movi-
mentos e a possibilidade de alimentar-se facilmente. Intermitente - através de seringa
3. A diabetes, por desconhecimento dos idosos e de 3. A exclusividade é inevitável se houver impedimento
alguns cuidadores, leva a dietas desadequadas, supri- para a admissão oral dos alimentos. É parcial quando o
mindo alimentos que são essenciais. Doenças do foro idoso, mesmo com dificuldade, consegue comer, por
gástrico como esofagite de refluxo (azia crónica) e muito pouco que seja. Este deve ser estimulado e caso
úlceras gástricas têm grande prevalência entre os idosos seja necessário, através de sonda fornecer o complemen-
e são também condicionantes. to. Pode, inclusive, optar-se por manter durante o dia o
esquema das refeições normais (pequeno-almoço,
almoço, lanche e jantar) e recorrer à nutrição entérica
75
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
como suplemento nocturno, através de uma adminis- 4.3. A colocação é simples, sem ser necessária inter-
tração gota a gota por força da gravidade. venção cirurgia.
4.4. Quando há intolerância em relação à sonda nasogástri-
A vantagem da manutenção da via oral é permitir que as ca ou quando se prevê uma utilização prolongada.
rotinas sejam conservadas e que a mobilidade se man-
tenha, aspectos fundamentais quando se pretende mini- Parte Prática
mizar os impactos da doença e da limitação. Sugere-se ao formador a observação para avaliação das
tarefas. Para isso são apresentadas check-lists, que se
4. baseiam na ficha de procedimentos.
4.1. Nariz
4.2. Na barriga, através da pele a cânula entra directa- 1.
mente no estômago.
Preparação do doente
Procedimento
Higiene e Segurança
76
SOLUÇÕES
Executa Não executa/
CHECKLIST
correctamente /executa
PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS PARA ADMINSTRAÇÃO ENTÉRICA
incorrectamente
Preparação do local
Procedimento
CAPÍTULO 4 Podem ainda ser levadas a cabo iniciativas, que lhe per-
A NUTRIÇÃO DO IDOSO: ASPECTOS PSICOSSOCI- mitem chegar mais próximo dos hábitos alimentares dos
AIS E DIETAS ADEQUADAS indivíduos. Uma das hipóteses é a feitura de uma ficha de
"gostos" onde são indicadas as preferências dos idosos
1. A Região onde vivem, as crenças religiosas e a cultura que utilizam determinado serviço. Aqui podem ser regis-
dominante, fazem variar a representação que os idosos tados, os pratos eleitos, bem como aqueles que não são
têm da alimentação. Também a mudança das condições tolerados, alimentos que não podem comer, estrutura das
sociais é responsável pelo maior acesso à alimentação, o refeições (ex.: jantar só sopa, ou beber só leite manhã),
que para muitos idosos levou a um consumo excessivo formas preferenciais de confecção de alimentos e outros
de alimentos que anteriormente eram escassos como aspectos que ajudem a personalizar os menus e a ir ao
bolos, carnes, peixe. A componente intergeracional é encontro das expectativas.
importante pois estimula o apetite e a vontade de partilhar
momentos, já que comer sozinho tornar-se num acto 4.
penoso a ser evitado. Relativamente às limitações nas 4.1. Conhecer os gostos e hábitos dos idosos consumi-
instituições a despersonalização do atendimento, a fraca dores das refeições; Preparar especialidades típicas,
apresentação dos pratos, e a qualidade dos mesmos, são recorrendo a receitas antigas e a alimentos menos utiliza-
factores que levam a queixas e insatisfação com a ali- dos, por exemplo: migas, mangusto, roupa velha; Utilizar
mentação. No domicilio o facto de comer sozinho, as pratos sazonais, adaptando as escolhas às estações do
refeições incompletas, não equilibradas e variadas o sufi- ano, por exemplo: saladas e grelhados no verão, e cozi-
ciente, a falta de vontade de cozinhar para si leva uma ali- do à portuguesa no Inverno; Aproveitar as festas (Natal,
mentação cada vez mais incorrecta. Páscoa, dias comemorativos) para oferecer uma diversi-
dade maior de iguarias, permitindo satisfazer o desejo
2. Nutricionista, cozinheiro, responsável geral, responsá- expresso pelos utentes; Criar sempre uma alternativa de
vel pelo economato e representantes dos utilizadores. "dieta" para quem pontualmente não possa fazer a
São os elementos que se recomenda que façam parte da refeição estabelecida, nestes casos é também salva
equipa que elabora a ementa. guardada a hipótese de, se alguém não gostar ou não lhe
apetecer, poder pedir outra coisa;
3.
3.3. É importante escutar quais são as preferências e As comidas devem ser ricas em nutrientes e atractivas
expectativas em relação à alimentação e, levá-las em (bem apresentadas e a uma temperatura adequada);
conta, para que as opções sejam do agrado daqueles a Afixar as ementas em local visível e com uma apresen-
quem se dirigem. tação cuidada.
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SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
5.
5.1.
2ª Feira Almoço Jantar
Sopa Lombardo Canja
Prato Cozido à portuguesa Bife de frango com natas e cogumelos
Sobremesa Fruta da época Gelatina de Morango
Dieta Pescada cozida com batata e cenoura Frango grelhado
3ª Feira Almoço Jantar
Sopa Creme de cenoura Couve portuguesa
Prato Frango guisado Pescada frita com arroz de tomate
Sobremesa Fruta da época (maçãs) Fruta da época
Dieta Abrótea cozida Pescada Corada
4ª Feira Almoço Jantar
Sopa Juliana Canja
Prato Frango estufado com esparguete Bacalhau com natas
Sobremesa Maçã assada Fruta da época
Dieta Bife de frango grelhado Pescada cozida
5.2. Na resposta devem ser referidos seis dos seguintes • A sobremesa deve ser fruta crua, o mais variada
cuidados: possível, e em alguns casos pode ser cozida ou
• Haver alternância diária entre o peixe e carne, ao assada;
almoço e ao jantar (se ao almoço é carne, ao jantar • A sobremesa doce não deve exceder as três vezes
deve ser preferido o peixe). por semana e preferencialmente deve ser láctea
• O peixe deve ser preferencialmente consumido ao (leite-creme, arroz-doce, pudim, aletria) ou gelatina;
jantar; • O consumo dos produtos lácteos deve ser feito com
• A carne não deve ser consumida em excesso, e as a periodicidade de duas a três vezes por dia sob a
escolhas devem recair sobre as magras (peru, coe- forma de leite, queijo, iogurte, doces de colher e
lho, frango). A gordura visível deve ser removida den- outro tipo de preparados;
tro do possível; • Dos tipos de confecção e de preparação dos ali-
• Não existem restrições ao nível do tipo de peixe no mentos devem ser preferidos: os cozidos e estufados
entanto, é necessário estar atento, principalmente em cru, bem como grelhados e assados (no capitulo
nos casos em que os seniores estão no domicílio, 6 serão abordados);
porque na sua preparação (grelhado, assado), ten- • Os fritos devem ser consumidos esporadicamente e
dem a salgá-lo em demasia. preferencialmente ao almoço;
• A carne e o peixe podem ser substituídos pelos ovos • A forma de confecção deve ser variada evitando,
algumas vezes; por exemplo, assados ao almoço e ao jantar;
• Os acompanhamentos devem ser alternados: o • Ter atenção ao tipo de associação de alimentos, por
arroz, a batata e a massa não devem ser repetidos ao exemplo panados com batata frita;
longo do dia. A sobremesa escolhida, também não • Combinar a consistência dos preparados culinários,
deve repetir o alimento, por exemplo: arroz de frango por exemplo utilizar passados e triturados
ao almoço e a sobremesa do jantar, arroz doce.
• As leguminosas devem ser utilizadas preferencial-
mente na sopa (feijão, grão, ervilhas, favas), no
entanto, podem ser consumidos enquanto acompan-
hamentos sob a forma tradicional, cozinhados com
receitas saborosas e que podem ser do agrado dos
seniores (ovos com ervilhas);
• Os legumes escolhidos devem ser da época e as
repetições evitadas;
• Todas as refeições devem ser acompanhadas por
salada ou legumes;
• As sopas devem ser de legumes e o mais variadas
possível, tentando ir ao encontro dos gostos e das
tradições;
• A gordura de eleição é o azeite, tanto para a con-
fecção dos alimentos, como para adição no prato;
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SOLUÇÕES
CAPÍTULO 5
ASPECTOS PARTICULARES DA NUTRIÇÃO DO
IDOSO
2.
Obstipação Beber muita água de forma regular ao longo do dia (nunca menos de 1,5l);
Ingerir alimentos ricos em fibras, por exemplo farelo de trigo (faz aumentar o
peso das fezes, melhorando o trânsito intestinal).
Doenças cardiovasculares O consumo excessivo de sal é dos principais factores de risco. No caso de
obesidade ou excesso de peso, deve ser feita uma alimentação menos calóri-
ca, com vista a perder peso e reduzir o risco deste tipo de doenças.
3.1. Neste caso, o que está evidenciado é a anorexia. casos, tocar levemente nos seus lábios com uma colher
3.2. Existem patologias que são responsáveis pela pode resolver a situação.
anorexia, como problemas bucodentários; patologias 5.3. Em alguns idosos existe a propensão para se
digestivas como úlceras, ou tumores; infecções, ou engasgarem e é importante como medida de pre-
reacções inflamatórias; problemas deglutição devidos a caução tornar mais cremosos os líquidos que ingerem.
patologias neurológicas; alcoolismo; entre outras. A Adicionando gelatina, maizena, ou pós espessantes, a
demência conduz também à falta de apetite. Alguns consistência modifica-se e diminui a probabilidade de
medicamentos actuam de forma a que o paladar seja engasgamento. Também as compotas e os batidos
diminuído, ou a alterações a nível da digestão, o que podem substituir os sumos, assim como o iogurte
pode contribuir para a fraca vontade de comer. Algumas substitui o leite.
dietas exageradas reduzem a alimentação à ingestão de
pratos pouco saborosos.
CAPÍTULO 6
4. Não é fácil lidar com estas situações, sendo por isso A PREPARAÇÃO DE REFEIÇÕES: CUIDADOS NA
preferível acompanhá-las com uma equipa multidiscipli- AQUISIÇÃO, ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO
nar, para que se possa identificar a causa e agir de forma DE ALIMENTOS E TÉCNICAS DE CONFECÇÃO
rápida, para evitar o culminar da situação na morte. A
intervenção deve estimular o interesse pelos alimentos, 1.
melhorando o aspecto, e o paladar e oferecendo poucas 1.1. Dependendo dos seus recursos, pode-se ponderar
quantidades. Deve ser admitido e respeitado o facto de uma ida de táxi ao hipermercado onde ia. Na loja do
esta ser uma expressão da vontade do doente, assegu- bairro pode-se averiguar a possibilidade de entregarem
rando, que esse é um direito, mas que vai conduzir a uma as compras em casa.
destruição, pelo que se deve motivar para a vida. 1.2. O cuidador pode sugerir a encomenda telefónica
em lojas. Também pode sugerir as compras on-line, com
5. auxílio dos filhos ou dos netos. Pode ainda acompanhá-
5.1. Manter a calma e paciência e providenciar um prato -lo mensalmente para as compras maiores, ou de cada
térmico, para que a comida não arrefeça. vez que se desloca ao supermercado.
5.2. Em algumas patologias, nomeadamente a demência,
pode acontecer que o doente não abra a boca, nestes
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SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
2. Deve referir-se: devidamente fechadas e sem gelo por dentro que é sinal
• Ter em atenção o estado da embalagem, se apresenta que já foram descongeladas e voltaram a congelar.
rasgões ou vestígios de humidade. • O peixe seco e salgado não deve apresentar coágulos
• Verificar sempre a validade, que se pode perguntar a de sangue e excesso de sal ou uma cor ligeiramente
alguém caso não se consiga ler. avermelhada.
• Adquirir os tubérculos, incluindo a batata, sem estarem • Comprar apenas os mariscos frescos de concha quan-
grelados ou apresentar uma cor esverdeada. do esta esteja fechada e, se possuírem antenas, caudas
• Preferir os produtos hortícolas e as frutas da época, pois e tenazes, em que estas se movimentem.
são os mais nutritivos e sujeitos a menor tratamento.
• Averiguar se as verduras apresentam sinais de con- 3. Desidratação, salga, pasteurização, sendo as mais
tusões e mantêm um aspecto fresco. comuns a refrigeração e a congelação.
• Escolher fruta não tocada ou com bolor e examinar 3.1. Consiste em submeter o produto a baixa temperatu-
brevemente o cheiro, a cor e a textura. ra sem chegar à rigidez. É o método de conservação
• O leite, o iogurte e os enlatados devem ter as embala- mais utilizado. Os microrganismos necessitam de uma
gens em perfeitas condições. temperatura mais amena para se reproduzirem. Ao
• Recusar a carne escurecida, esverdeada, muito mole e baixar a temperatura estes e as bactérias, retardam a sua
com um cheiro intenso e desagradável, pois não está em reprodução.
condições de ser consumida.
• Comprar sempre ovos devidamente acondicionados e É o método através do qual a acção do frio é tal que os
verificar sempre se algum está partido. alimentos chegam á rigidez. Tal como na refrigeração os
• Reservar a compra de peixe fresco apenas para locais microrganismos param a sua reprodução. Existem dife-
que ofereçam garantias de higiene e da confiança ou rentes métodos: a congelação tradicional, em que os
recorrer a peixe congelado. géneros alimentícios são submetidos a uma temperatura
• Examinar o peixe fresco: consistência firme e rija, olhos de -20ºC, o tempo necessário para a sua rigidez (depen-
salientes e brilhantes, as escamas bem aderentes à pele e dendo do tamanho da peça); a ultra congelação que se
também brilhantes, as guelras húmidas, e vermelhas vivas caracteriza pela rapidez com que se submete o alimento
e o cheiro deve ser característico e não a "amoníaco". a uma temperatura de -40ºC. É depois conservado a uma
• Rejeitar as embalagens de congelados que não estejam temperatura de -18ºC, como qualquer outro congelado.
4.
Métodos de Confecção
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SOLUÇÕES
5. As principais fontes de contaminação são: numa bancada baixa por exemplo). Deixar nos
• o homem - é portador de bactérias na boca, mãos, armários mais acessíveis os utensílios que necessita
nariz, intestinos e pode assim contaminar os alimen- mais frequentemente: pratos, copos, talheres;
tos, ao tossir, espirrar e manipular os alimentos; tachos, panelas. As mercearias devem estar também
• Insectos e roedores - transportam bactérias, algu- alcançáveis, bem como o frigorifico e deve abrir para
mas delas perigosas. As moscas por exemplo, ao um lado que o idoso tenha apoio e não corra o risco
poisarem em cima do lixo e em seguida no alimento, de queda;
representam um risco elevado. • Devem ser colocados diversos pontos de apoio,
• animais domésticos e aves - no pêlo e nas penas onde o sénior se possa apoiar em caso de desequi-
transportam bactérias nocivas, por isso a sua pre- líbrio, e onde se possa sentar para descansar,
sença muito próximo do local onde é manuseada a enquanto desempenha alguma tarefa como descas-
comida, deve ser evitada. Ao nível institucional é car batatas;
mesmo proibida. • Também podem ser considerada a aquisição de aju-
• Contaminação cruzada - é a contaminação de ali- das técnicas, geralmente à venda em casas da espe-
mentos sãos por alimentos contaminados, directa (ali- cialidade: tábuas para o pão, abre-latas, abre-cápsulas
mento com alimento) ou indirectamente (através do com fixação; base antiderrapante para tachos, pratos
contacto com superfícies, utensílios e equipamentos). com rebordo antiderrapante, entre outros;
• Se a utilização do fogão a gás, for uma preocu-
6. pação para o idoso, ou constituir um risco, deve ser
1. Manipular (mexer) o menos possível os alimentos; considerada a hipótese de colocar uma placa de
2. Utilizar pinças ou luvas sempre se que se justi- indução, ou fogão eléctrico. Sendo sempre
fique; necessário o ensino dos procedimentos adequados e
3. Evitar o contacto directo das mãos com os alimentos; dos recipientes que podem ser utilizados;
4. Separar os alimentos crus dos cozinhados; • As torneiras de preensão facilitam o acesso, não
5. Separar os alimentos de origem vegetal, dos de sendo necessário fazer força;
origem animal; • A escolha de produtos passíveis de serem cozi-
6. Não utilizar os mesmos utensílios (faca, tábua de nhados no micro-ondas, também pode constituir uma
corte, garfo) para a preparação de alimentos crus e opção acertada, caso o idoso de mostre receptivo à
cozinhados; aprendizagem ou esteja já habituado a funcionar com
7. Não provar os alimentos com o dedo, utilizar uma ele;
colher ou garfo e lavá-los em seguida; • Por uma questão de segurança deve ser colocado
8. Manter os alimentos em recipientes com tampa um telefone na cozinha de fácil acesso, ou no caso
para evitar a contaminação com poeiras e insectos; de haver um telefone portátil estimular o idoso a
9. Utilizar preferencialmente papel para limpar as andar sempre com o telefone no bolso (bolso do
mãos. No domicílio, os panos devem ser trocados de avental ou bata se usarem).
3 em 3 dias;
10. Cozinhar bem os alimentos 3.
11. Manter os alimentos abaixo dos 5ºC; Quanto às instalações da sala de refeições:
12. Evitar o contacto dos alimentos com superfícies • Deve ser acolhedor e atractivo, para além de limpo
de trabalho sujas (utensílios, bancadas); e funcional, deve ter em conta os seguintes aspectos;
13. Limpar bem e desinfectar o equipamento, uten- • Evitar a cor branca, e preferir cores como laranja,
sílios e superfícies, depois de os utilizar. pêssego ou amarelo, pois estimulam o apetite;
• Colocar quadros consonantes com o estilo da de-
coração (podendo até ser elaborados pelos próprios
CAPÍTULO 7 utentes em ateliers de animação);
PREPARAR A FAMÍLIA E AS INSTITUIÇÕES PARA • Distribuir a iluminação para que não dique dema-
PRESTAR APOIO NA ALIMENTAÇÃO DO IDOSO siado forte e crie um ambiente mais intimista, poden-
do optar-se por pontos de luz na parede.
1. Averiguar quais as refeições que são tomadas e o que • Privilegiar a luz natural, desimpedindo as janelas e
é ingerido; portas vidradas, protegendo os utentes do sol directo
• Observar a despensa e o frigorifico; e distribuindo os lugares de modo a que quem tiver
• Fornecer ajuda, ou contactar a rede comunitária e dificuldades acrescidas de visão fique de costas;
solicitar ajudas com alimentos ou com as refeições. • Garantir boas condições de insonorização, sobretu-
do relativamente aos barulhos provenientes da cozi-
2. nha que podem incomodar principalmente quem uti-
• Facilitar a circulação aos diferentes lugares da co- liza próteses auditivas, demasiado agressivos;
zinha, retirar tapetes e objectos que permaneçam no • Manter a temperatura constante, afastando as
chão; fontes de calor e frio de quem está a comer.
• Organizar a cozinha de uma forma prática e
acessível, sem ser necessário subir a bancos ou
estar muito tempo baixo (inclinado para a frente
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SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
Iniciativas:
• transformar a sala de refeições num restaurante
podem fazer a diferença e motivar para os momentos
da refeição.
• pormenores como colocar candeeiros nas mesas,
uma jarra com flores, mudar as toalhas ou arranjar
um menu mais requintado que se destaque do habi-
tual, enriquecem o dia-a-dia quebrando a monotonia
• transformar o refeitório mensalmente num restau-
rante por um dia. Os utentes terão que mudar de
roupa e arranjar-se de forma especial para o
jantar/almoço. Os menus podem ser temáticos,
sendo que a decoração poderá estar de acordo com
o tema indicado. Por exemplo o jantar pode ser comi-
da francesa e a decoração poderá ser à base de
velas, com música francesa a criar ambiente e os
clientes, poderão também estar em consonância
• Planear, saídas para comer fora, quer com fami-
liares, quer em pequenos grupos, em locais escolhi-
dos pelos próprios, fazendo pequenos roteiros após a
refeição.
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APROFUNDAMENTO
TEXTOS DE
TEMÁTICO
TEXTOS DE APROFUNDAMENTO TEMÁTICO
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
t
APROFUNDAMENTO
TEXTOS DE
TEMÁTICO
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
A Essencial para o crescimento, funciona- Fígado, peixes "gordos" (salmão, arenque,
(Retinol) mento do sistema imunitário (defesas do atum, sardinha,...) gema de ovo, lacticínios
organismo) e dos órgãos reprodutores, for- "gordos", manteiga, hortícolas de cor verde
mação de ossos e dentes e processo de escura ou alaranjada (couves, brócolos,
visão. cenoura, abóbora,...).
Protege a pele e as mucosas de infecções.
E Contribui para a recuperação dos tecidos, Óleos de origem vegetal, frutos gordos
(Tocoferol) na protecção dos glóbulos vermelhos e anti- (avelãs, nozes e amêndoas), cereais e
corpos. Tem uma acção antioxidante. derivados pouco refinados, hortícolas
(principalmente de folha verde escura),
gema de ovo e queijo.
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APROFUNDAMENTO
TEXTOS DE
TEMÁTICO
VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
C Fundamental para a formação e Frutos (especialmente laranja, limão e
(Ácido manutenção de alguns tecidos (vasos san- outros citrinos, kiwi, morangos, papaia,
ascórbico) guíneos, ossos, dentes,...). Acelera os manga, uvas, melão e hortícolas (couve-
processos de cicatrização. Essencial para a -galega, espinafres, agrião, pimentos ver-
resistência a infecções. Tem uma acção melhos, brócolos, tomate,...), batata.
antioxidante. Promove a absorção do ferro.
B8, H Essencial à actividade de enzimas que Levedura de cerveja, fígado, gema de ovo,
(Biotina) intervêm na decomposição dos ácidos gor- frutos gordos, cogumelos, frutos (banana,
dos e dos hidratos de carbono. Importante toranja e melancia).
na eliminação de produtos do metabolismo
das proteínas.
B12 Indispensável para muitas reacções en- Vísceras (fígado e rim), carnes, marisco,
(Cobalamina) zimáticas. Fundamental para a produção do ovos, produtos lácteos (excepto manteiga).
material genético das células e para o
metabolismo do ácido fólico.
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APROFUNDAMENTO
TEXTOS DE
TEMÁTICO
Magnésio Participa na formação e crescimento dos Cereais e derivados pouco refinados, legu-
(Mg) ossos e dentes. Intervém no relaxamento minosas (feijão, grão de bico, soja), cas-
dos músculos e em processos que per- tanha, frutos gordos (avelãs, nozes, amên-
mitem a actividade do sistema nervoso. doas), frutos frescos (banana, figo,...).
Potássio Contribui para a manutenção do equilíbrio Frutos (banana, laranja,...), batata, legumi-
(K) hídrico e electrolítico. Essencial para a con- nosas (feijão e grão), frutos gordos, pesca-
tracção muscular, manutenção da pressão do, cacau.
sanguínea e nos processos que permitem a
actividade do sistema nervoso.
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APROFUNDAMENTO
TEXTOS DE
TEMÁTICO
QUADRO DE MINERAIS E OLIGOELEMENTOS
Ferro Indispensável na formação de hemoglobina Carnes, vísceras (fígado, rins), gema de
(Fe) e na actuação de determinadas enzimas. ovo, pescado, leguminosas, frutos gordos
(nozes,...), hortícolas de folha verde escu-
ra, cereais e derivados pouco refinados.
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APROFUNDAMENTO
TEXTOS DE
TEMÁTICO
Funcho bravo (sementes, caules e folhas; fresco Peixes (especialmente grelhados), caldo para
ou seco) cozer peixe.
Louro (folhas; seco) Vasta utilização: peixe, carne e caça, feijão, mo-
lhos, ovos e batata.
Manjericão (folhas; fresco ou seco) Carnes, peixes, sopas, massas e cozinhados com
tomate.
Açafrão (partes da planta não maduras e secas) Sopas, pratos de peixe, caldeiradas, arroz e mo-
lhos.
Canela (casca do tronco da caneleira; Bolos, doces com características regionais, produ-
em bocados ou em pó tos de confeitaria, licores e sobremesas.
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APROFUNDAMENTO
TEXTOS DE
TEMÁTICO
QUADRO DE ESPECIARIAS E ERVAS AROMÁTICAS
Baunilha (vagem seca) Leites aromatizados, batidos, sobremesas à base
de leite, produtos de pastelaria e licores.
Colorau ou pimentão (polpa do pimento doce Guisados, ensopados, carne de porco, bacalhau e
maduro em pó) outros pratos de peixe.
Paprika (pimento maduro, seco e reduzido a pó) Molhos, pratos de queijo, guisados, sopas e
carnes.
89
APROFUNDAMENTO
TEXTOS DE
TEMÁTICO
O texto seguinte foi retirado de: É preciso preconizar instrumentos adaptados (copo
com fundo de chumbo, com asas ou bico, abre-
Ferry, M. & Alix, E. A nutrição da pessoa idosa. -latas, loiça ergonómica, etc.) destinadas a respon-
Aspectos fundamentais, clínicos e psicossociais. der ás necessidades das pessoas idosas atingidas
Loures: LUSOCIÊNCIA - Edições Técnicas e por reumatismo e outros distúrbios e para quem
Científicas, lda. gestos simples da vida quotidiana são um ver-
dadeiro teste. Estes utensílios de cozinha adapta-
dos "facilitando a preensão" podem ajudar as pes-
GUIA PARA INTERPRETAÇÃO soas que têm algumas limitações para a prepa-
DOS RESULTADOS DO QAEN ração das suas refeições. Com efeito, as pessoas
que já não podem cozinhar em boas condições têm
A pontuação QAEN é superior ou igual a 24 uma alimentação menos variada, consomem menos
O doente apresenta um bom estado nutricional, o nutrientes essenciais e expõem-se deste modo a um
peso deve ser vigiado de três m três meses. São risco acrescido de carências alimentares.
úteis conselhos de base sobre o equilíbrio alimentar.
Podem reeducar-se as pessoas idosas que apre-
A pontuação QAEN está entre 17 e 23,5 sentem dificuldades de preensão ou disfagia.
A pessoa idosa apresenta um risco de desnutrição;
uma intervenção precoce será de bom prognóstico. Em caso de feridas na pele (questão 1), os conse-
Os resultados do QAEN devem ser analisados para lhos para enriquecer as preparações em calorias e
identificar as causas da baixa pontuação. É preciso proteínas deverão ser acentuados. Um inquérito ali-
considerar os diferentes itens que proporcionam a mentar preciso será realizado, se possível, e o
perda de pontos QAEN, por exemplo, se a pessoa QAEN será repetido num prazo de três meses para
toma mais de três medicamentos por dia, é avaliar a evolução do estado nutricional.
necessário ver com o médico a possibilidade de
aligeirar a prescrição (questão H). se não tem mais A pontuação QAEN é inferior a 17
que duas refeições por dia ou sofre de anorexia O indivíduo apresenta uma desnutrição proteico-
(questões A e J) é preciso procurar a presença de -calórica. O QAEN é analisado como anteriormente
perturbações do comportamento alimentar. Se a se descreveu. Recomenda-se um inquérito alimen-
família não se pode ocupar das refeições da pessoa tar. Devem procurar-se outras causas de desnu-
idosa, deve considerar-se a hipótese de recorrer trição como a depressão, uma perda de autonomia
aos serviços de distribuição de refeições ao ou a diminuição das funções cognitivas. Serão
domicílio e/ou aos de cuidados domésticos. Se a dados conselhos adaptados aos resultados do
pessoa idosa não consome alimentos dos vários QAEN e ao inquérito alimentar: fraccionar a alimen-
grupos (frutas, legumes, lacticínios, carnes - tação (refeições principais e lanches mais fre-
questões K, L, e N), dão-se conselhos para variar e quentes, menos lautos, mas de alta densidade
equilibrar a sua alimentação; também se pode pro- nutritiva, misturas nutritivas hiper proteicas).
por os serviços de cuidados domésticos e/ou dis- Levar-se-á a cabo um levantamento dos factores
tribuição de refeições ao domicilio. Se o QAEN etiológicos da desnutrição. O QAEN será repetido
detecta uma insuficiência de bebidas (questão M), é num prazo de três meses.
preciso aconselhar a pessoa idosa a ter á mão uma
garrafa de água, para ir bebendo regularmente ao
longo do dia. Pode sugerir-se uma grande va-
riedade de bebidas: água canalizada, água de
nascente, água mineral (com gás ou natural), gelati-
nas (em caso de dificuldades de deglutição ou de
"falsos trajectos"), água por um pulverizador para
hidratar a boca, café, chá, infusões. As bebidas
nutritivas como os sumos de frutas, o leite, os cal-
dos de legumes e as sopas são particularmente
recomendados.
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DIAPOSITIVOS
DIAPOSITIVOS
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
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DIAPOSITIVOS
DIAPOSITIVOS
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INFORMAÇÃO ÚTIL
OUTRA INFORMAÇÃO ÚTIL
A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO
MANUAL DO FORMADOR
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ACONSELHADA
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA
http://www.portaldasaude.pt
http://www.consumidor.pt
www.gastronomias.com
http://www.ese.ips.pt/nonio/maletacre/recursos/guiao_al
imentos.pdf
http://www.nutricaoempauta.com.br/
http://www.fda.gov/
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OUTROS AUXILIARES
COMPLEMENTARES
DIDÁCTICOS
OUTROS AUXILIARES
DIDÁCTICOS COMPLEMENTARES
Videograma
A alimentação do idoso
Manual do formando
A alimentação do idoso
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CONTACTOS ÚTEIS
CONTACTOS ÚTEIS
SPCNA
Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e
Alimentação
Apartado 2528
4202-401 Porto
Tel.: 225 074 320
Fax: 225 074 329
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AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
ENTIDADE PARCEIRA