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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO E


FUNDAÇÕES

LEANDRO CHAGAS OLIVEIRA

COMPARAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS


RÍGIDAS ENTRE O METODO CLÁSSICO E O SOFTWARE
EBERICK V10

SALVADOR
2017
LEANDRO CHAGAS OLIVEIRA

COMPARAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS


RÍGIDAS ENTRE O METODO CLÁSSICO E O SOFTWARE
EBERICK V10

Monografia apresentada à Pós-graduação


em Estruturas de Concreto e Fundações,
da Universidade Cidade de São Paulo,
como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista.

SALVADOR
2017
LEANDRO CHAGAS OLIVEIRA

COMPARAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS


RÍGIDAS ENTRE O METODO CLÁSSICO E O SOFTWARE
EBERICK V10

Monografia apresentada à Pós-graduação


em Estruturas de Concreto e Fundações,
da Universidade Cidade de São Paulo,
como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista.

Aprovados em ___/_____/______
Nota:______.

BANCA EXAMINADORA:

Prof. D.Sc. Roberto Chust Carvalho


_______________________________________
Universidade Cidade de São Paulo

Profª. M.Sc. Regina Barros Leal __________________________________________


Universidade Cidade de São Paulo
Dedico este trabalho aos meus familiares,
amigos e colegas de Pós-Graduação.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me fazer retomar a anseio por conhecimento; à minha


família em ter paciência em dividir os fins de semana de lazer com estudo; aos
professores, por passarem conhecimento de forma a unir a prática à teoria.
“Quanto mais aumenta nosso
conhecimento, mais evidente fica nossa
ignorância. ”
Jonh. F. Kennedy
RESUMO

Pesquisa bibliográfica analítica tendo por objetivo comparar o dimensionamento


estrutural de sapatas segundo os critérios utilizados nas normas NBR 6118:2014 e
NBR 6122:2010 e o software comercial Eberick V10 versão plena. Sendo
apresentados a teoria de sapatas rígidas e o método de dimensionamento das
Normas e do software comercial. Para isso foi utilizado um projeto de residência
unifamiliar como base de referência. É apresentado o dimensionamento individual
das sapatas de cada um dos métodos apresentados com quantitativos de concreto e
aço para cada sapata. Fazendo-se ao final um comparativo dos resultados, para
melhor entendimento dos processos. Os resultados obtidos mostram que apesar do
modelo de bielas resultar em menores áreas de aço e volumes de concreto, não são
levados em consideração todos os esforços que chegam as sapatas. Sendo o
software comercial mais completo, pois se utiliza de todos os esforços e considera a
possibilidade da sapata ser rígida ou flexível.

Palavras-chave: Sapatas rígidas. Dimensionamento geotécnico e estrutural.


ABSTRACT

An analytical bibliographical search aiming to compare the structural dimension of


shoes according to the criteria used in the norms NBR 6118: 2014 and NBR 6122:
2010 and commercial software Eberick V10 full version. Being presented the theory
of rigid shoes and the method of sizing Norms and commercial software. For this, a
single-family residence project was used as a reference base. The individual sizing of
the shoes of each one of the methods presented with quantitative concrete and steel
for each shoe is presented. Finally, a comparison of the results is made to better
understand the processes. The results show that although the connecting rod model
results in smaller areas of steel and concrete volumes, not all the efforts that reach
the shoes are taken into account. The commercial software is more complete
because it uses every effort and considers the possibility of the shoe being rigid or
flexible.

Keywords: Rigid shoes. Geotechnical and structural design


SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2.CONCEITO DE SAPATA ....................................................................................... 11

2.1 Conceitos Gerais ............................................................................................... 11

2.2 Definição ............................................................................................................ 11

2.3 Classificações ................................................................................................... 12

2.4 Recalque ............................................................................................................ 14

3. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO .................................................................... 19

3.1 Apresentação do projeto .................................................................................. 19

3.2 Dados da Superestrutura.................................................................................. 19

3.3 Dados do solo.................................................................................................... 20

3.3.1. Perfil Geológico do Terreno ......................................................................... 20

3.4 Dados da fundação ........................................................................................... 22

3.5 Carregamentos .................................................................................................. 22

3.5.1 Alvenaria ......................................................................................................... 22

3.5.2 Sobrecarga...................................................................................................... 22

3.5.3 Revestimento .................................................................................................. 22

3.5.4 Vento ............................................................................................................... 23

3.5.5 Combinações .................................................................................................. 23

3.6. Plantas Baixas da Edificação .......................................................................... 25

3.7. Plantas de locação dos pilares ....................................................................... 25


4. DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS CLÁSSICOS PARA ANÁLISE DE SAPATAS ... 27

5. DESCRIÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO SOFTWARE .................... 33

6.ANÀLISE DE CASO PELO SOFTWARE .............................................................. 34

6.1 Relatorio de cálculo das sapatas do Eberick V10 .......................................... 40

6.2 Detalhamento das sapatas pelo software ....................................................... 41

7. ANALISE DE CASO PELO METODO CLASSICO .............................................. 46

7.1 Memorial de Cálculo pelo Método Clássico .................................................... 47

7.1.1 Sapata Pilar P1 .............................................................................................. 47

7.1.2 Sapata Pilar P2 ............................................................................................... 50

7.1.3 Sapata Pilar P3 ............................................................................................... 52

7.1.4 Sapata Pilar P4 ............................................................................................... 55

7.1.5 Sapata Pilar P5 ............................................................................................... 57

7.1.6 Sapata Pilar P6 ............................................................................................... 59

7.1.7 Sapata Pilar P7 ............................................................................................... 62

7.1.8 Sapata Pilar P8 ............................................................................................... 64

7.1.9 Sapata Pilar P9 ............................................................................................... 67

8. ANALISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS ................................................. 70

9. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 73

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 74
10

1.0 INTRODUÇÃO

Fundações são elementos estruturais que tem por função transmitir as cargas
da estrutura ao terreno onde ela está apoiada. São destinadas a suportar qualquer
tipo de estruturas como edifícios, pontes, etc. Devem apresentar resistência
adequada para suportar as tensões causadas pelas cargas provenientes da
estrutura, bem como a estabilidade da mesma. O solo ao qual estão apoiadas deve
ter rigidez e resistência para que não sofra ruptura, assim não ocorrendo
deformações exageradas e/ou deformações diferentes entre as mesmas.
Este trabalho tem por objetivo principal comparar a solução calculada por um
software comercial com a solução calculada através de um método clássico
consagrado na literatura para o dimensionamento das sapatas de uma edificação
unifamiliar de dois (2) pavimentos.
O software comercial em questão é o Eberick V10 versão Plena que é um
software para cálculo, dimensionamento e detalhamento de estruturas de concreto
armado. Sendo possível trabalhar com ampla gama de elementos estruturais,
verificando a estrutura em diversas situações, fornecendo ao engenheiro uma
solução completa sem a necessidade de calcular manualmente situações como:
reservatórios, muros de arrimo, e outros. O software é composto por vários módulos
que possibilitam ao profissional analisar vários tipos de estruturas ou avaliar diversas
soluções estruturais alternativas.
O dimensionamento é realizado de acordo com as seguintes normas:
• Concreto armado - NBR 6118
• Fundações - NBR 6122
• Carregamentos - NBR 6120
• Vento - NBR 6123
• Barras - NBR 7480
• Ações e Combinações - NBR 8681
11

2.0 CONCEITO DE SAPATA

2.1 Conceitos Gerais

Fundação é o elemento estrutural responsável por transmitir as cargas da


estrutura para o solo, devendo esta transmissão ser feita de forma adequada, ou
seja, sem gerar problemas de qualquer natureza para a estrutura.
Os dois requisitos que toda fundação deve atender são:
• Segurança com relação da ruptura do solo e do próprio elemento estrutural,
embora, a maioria dos acidentes relacionados a fundações são muito mais
relativos ao terreno de fundação do que à estrutura da fundação;
• Recalques compatíveis com a estrutura.

As fundações superficiais possuem duas características principais:


• A primeira, a sua profundidade de assentamento que é limitada segundo ao
critério de Terzaghi (1943), à menor largura da fundação ou ao dobro da
menor dimensão da fundação, segundo a NBR 6122:2010;
• A segunda, diz respeito à forma de transferência da carga ao terreno, que se
dá exclusivamente pela base. Neste tipo de fundação se incluem as sapatas,
blocos, radiers, vigas de fundação, sapatas associadas e sapatas corridas.

2.2 Definição

De acordo com a NBR 6122/2010, sapata é o “elemento de fundação


superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração
nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta
para esse fim".
12

2.3 Classificações

2.3.1 Classificação quanto ao funcionamento:

- Isoladas (rígidas e flexíveis): suportam um só pilar.

Figura1.-Croqui sapata isolada

Fonte: ALONSO, Urbano- Exercício de Fundações 2° Edição 2010

Figura2-Foto sapata isolada

Fonte: Revista Téchne Edição 137 Agosto/2008


13

- Corridas: suportam muros ou parede

Figura3.- Croqui Sapata Corrida

Fonte: Revista Téchne Edição 83 Fevereiro/2004

- Associadas: Suportam dois ou mais pilares.

Figura4.- Croqui Sapata Associada

Fonte: http://faq.altoqi.com.br/content/178/438/pt-br/dimensionando-uma-sapata-associada.html
14

2.3.2 Classificação à Rigidez


:

Quanto a rigidez, a sapatas podem ser classificadas como rígidas ou flexíveis.


De acordo com a NBR 6118:2014 item 22.6.1, uma sapata é rígida quando:

ℎ ≥ (𝑎 − 𝑎𝑝 )/3
Sendo:
* h – altura da sapata
* a – dimensão da sapata em uma direção
* ap – dimensão do pilar na mesma direção.

Figura5- Dimensões Sapata

Fonte: CARVALHO, Roberto Chust –Cálculos e detalhamento de estruturas usuais de Concreto


Armado Volume 2- 2° Edição 2013

2.4 Recalque
15

Segundo Terzaghi (1943), se o fator de segurança de uma massa de solo é


maior do que algo em torno de 3 em relação à sua plastificação (ruptura), o estado
de tensões no interior do solo é provavelmente semelhante ao estado de tensões
computado segundo a asserção de que o solo é elástico. Assim nestas condições o
estado de tensões no interior do pode ser estimado com base na teoria da
elasticidade.
As teorias que abordam problemas de tensões são baseadas na hipótese de
que o solo é homogêneo e isotrópico ou que o afastamento em relação a essas
condições pode ser descrito por equações simples. A grande maioria das teorias que
têm finalidade de estimar recalque de fundações é baseada na hipótese de que o
solo é homogêneo e isotrópico.
Quando se aplica uma carga na superfície de um dado terreno, são geradas
tensões em seu interior. Se as tensões de igual valor forem unidas por curvas, tais
curvas serão designadas por isóbaras (mesma pressão). Denomina-se bulbo de
pressões a região limitada pela isóbara de 10% da pressão aplicada no nível do
terreno, sendo esta a região do terreno mais influenciada pelo carregamento
aplicada.

Figura6- Isóbaras de tensão

B/2 B/2 contínua


1.5B 1B 1B 2B 3B

1B

1B 2B

3B

2B 4B

5B

3B 6B

7B
16

Fonte: SILVA, Francisco Chagas, Notas de aula Fundações Geotecnia II - Pós-Graduação Inbec 2014

0.9
0.9
0.7
0.5
0.5
0.3 0.3

0.2 0.2

0.1
0.1

0.05

0.05
- Isóbaras sob ação do carregamento de uma sobrecarga uniformemente
distribuída na superfície de semi-espaço infinito, homogêneo e isotrópico,
representando carregamento de uma fundação atuando no nível do terreno.
Observa-se da figura 6 que o bulbo de pressões, no caso da sapata quadrada
(ou circular), atinge uma profundidade da ordem de 2B, sendo B a largura (ou
diâmetro) da fundação. Entretanto, à medida que a relação L/B (sendo L o
comprimento da fundação) cresce, o bulbo atinge profundidades maiores.
A tabela 01 fornece os valores de α (segundo Barata, 1983), sendo αB a
profundidade atingida pelo bulbo de pressões.

Tabela1 – Valores de α para a estimativa da profundidade atingida pelo bulbo


de pressões (na seção central) de uma fundação de comprimento L e largura B.
RELAÇÃO L/B VALOR APROXIMADO DE α
1 2,0
1,5 2,5
2 3,0
3 3,5
4 4,5
5 4,25
10 5,25
20 5,5
Infinito 6,50
17

Fonte: elaborado pelo autor da isóbara de tensões

Várias são as formas de se classificar os recalques de uma fundação. O


termo recalque é relativo ao movimento vertical para baixo da fundação, embora o
termo por vezes seja utilizado, de forma inadequada, para outras modalidades de
deslocamento.

Os recalques são classificados em:

• Recalque absoluto: é o recalque de uma fundação, ou ainda, de um ponto de


uma fundação, no caso de fundação com grandes dimensões;
• Recalque diferencial: é a diferença entre dois recalques absolutos de duas
fundações ou de dois pontos de uma mesma fundação, no caso de fundações
de grandes dimensões;
• Recalque distorcional, recalque diferencial específico ou distorção angular: é
a relação entre o recalque diferencial e a distância correspondente, dado em
geral em função de uma fração cujo numerador é unitário (exemplo: 1:500).
Os danos causados as estruturas podem ser estruturais, funcionais e estéticos.
Os danos estruturais estão fundamentalmente relacionados ao recalque
distorcional, uma vez que estão associados à questão da flexão das peças da
estrutura.
Os recalques absolutos estão relacionados a danos funcionais e estéticos
(ruptura de tubulões, por exemplo), enquanto os recalques diferenciais podem estar
associados tanto os danos estruturais (através dos recalques distorcionais) como
funcionais e estéticos (modificação de caimentos, inclinação do prédio, etc.).
Quanto ao tempo de ocorrência, os recalques podem ser rápidos (às vezes
chamados de imediatos) ou lentos.
Os recalques rápidos demoram horas ou dias para ocorrer. De uma maneira
geral, quando uma determinada obra é concluída, recalques desse tipo praticamente
deixam de ocorrer ao final da construção (para o peso próprio, naturalmente,
restando ainda os recalques correspondentes à ocupação do prédio). Já os
recalques lentos demoram meses ou anos para ocorrer e ainda existe uma parcela
dos recalques para ocorrer quando a obra é concluída.
18

Muitas vezes há uma associação dos dois tipos. No caso de materiais


argilosos saturados, por exemplo, uma parcela se dá de forma rápida, não drenada
(deformação a volume constante), enquanto outra se dá de forma drenada, com
saída de água dos vazios (processo de adensamento).
Quando há um perfil composto de camadas de areia e argila, por exemplo, há
necessidade de se calcular os recalques rápidos na areia, os quais se somarão aos
recalques lentos por adensamento na argila.
O cálculo de recalques das sapatas é feito como um elemento isolado rígido,
ou seja, sem necessidade de uma análise posterior de flexibilidade da fundação (ou
da interação solo-fundação). Caso haja excentricidade no carregamento, o momento
decorrente dessa excentricidade provocará rotação da sapata, que deverá superpor-
se ao recalque calculado com a carga vertical suposta centrada.
Pode-se separar os métodos de previsão de recalques em três grandes grupos:

• Métodos racionais;
• Métodos semi-empíricos;
• Métodos empíricos.

Nos métodos racionais, os parâmetros de deformabilidade, obtidos em


laboratório ou in situ (ensaio pressiométrico e de placa), são combinados a modelos
de para previsão de recalques teoricamente exatos. Os procedimentos de cálculo de
recalques podem ser separados em dois grupos:

• Cálculos diretos - o recalque é fornecido diretamente pela solução


empregada;
• Cálculos indiretos - o recalque é fornecido por cálculo (à parte) de
deformações específicas, posteriormente integradas.
Nos métodos semi-empíricos, os parâmetros de deformabilidade, obtidos por
correlação em ensaios in situ de penetração (estático, CPT, ou dinâmica, SPT), são
combinados a modelos para previsão de recalques teoricamente exatos ou
adaptações deles. Dentre os principais métodos pode se citar os de:
• Terzaghi e Peck;
19

• Meyerhof;
• Buisman;
• Schmertmann;
• Barata.

Pode-se chamar de método empírico o uso de tabelas de valores típicos de


tensões admissíveis para diferentes solos. Embora as tabelas não forneçam
recalques, as tensões ali indicadas estão associadas a recalques aceitos em
estruturas convencionais. Alguns códigos e normas de fundações apresentam
tabelas de pressões admissíveis que podem ser utilizadas em anteprojetos e obra
de pequeno porte. Embora essas tabelas sejam quase sempre conservadoras, sua
utilização requer cuidado na análise do perfil do terreno. A tabela de pressões
básicas (admissíveis) da NBR 6122:2010 é um exemplo deste método e será usada
no presente trabalho.

3.0 CARACTERÍSTICAS DO PROJETO

3.1 Apresentação do projeto

O projeto consiste em dimensionar as sapatas de uma residência unifamiliar


de 2 pavimentos de duas formas distintas conforme descrito na introdução. No
presente trabalho, optou-se por analisar as sapatas com carga centrada. As plantas
baixas da edificação se encontram logo a seguir.

3.2 Dados da Superestrutura

Adotou-se um fck de 25 MPa para o concreto e aço CA50 e CA60 para as


armaduras de todos os elementos estruturais da superestrutura. Entretanto, como
não é o foco deste trabalho, não será apresentado nenhum detalhamento dos
elementos estruturais da superestrutura. A planta de locação dos pilares se
20

encontram logo abaixo. Todos os pilares têm dimensão 14x30cm cada um conforme
sua orientação em planta.

3.3 Dados do solo

O procedimento ideal para investigação é utilizar um método de ensaio de


campo que possibilite fazer a perfilagem do subsolo e a estimativa dos parâmetros
mecânicos de cada camada. A partir dessa investigação, se for necessário ao
projeto, identificam-se as camadas críticas, para que sejam feitos ensaios
específicos, no laboratório ou no próprio campo, para determinação dos parâmetros
mecânicos de interesse.
De posse de perfil geológico geotécnico obtido através de ensaio SPT (no
apêndice), deve se estabelecer uma profundidade de assentamento das fundações.
Geralmente é adotado uma mesma profundidade de assentamento para todas as
sapatas da obra.
Sempre que possível, deve-se procurar implantar as fundações acima do
nível d’água. Isso decorre não em função da impossibilidade de o nível d’água ser
considerado nos requisitos de projeto, mas de aspectos relativos à execução. A
presença do nível d’água demanda a necessidade de rebaixamento do lençol
freático (caso de materiais granulares) ou esgotamento da água que chega à
escavação (caso de materiais argilosos).
Avaliando o perfil do terreno adotou-se a profundidade de assentamento das
sapatas de 2,00 m.
Uma vez estabelecida a profundidade de assentamento, o passo seguinte é a
estimativa de uma pressão admissível. Existem diferentes maneiras de se obter esta
pressão.

3.3.1. Perfil Geológico do Terreno


21

Figura7- Relatório de sondagem


Fonte: Elaborado pelo autor.

A ordem de grandeza da taxa admissível é obtida por:


𝑆𝑃𝑇𝑀𝐸𝐷𝐼𝑂
𝜎𝑠 = em kgf/cm2.
5

SPTmedio é media dos três Spt´s abaixo da fundação.

SPTmedio= (13+16+15)/3=14

14
𝜎𝑠 = = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
5

A ordem de grandeza do ângulo de atrito é obtida por:

∅ = 28° + 0,4𝑁𝑆𝑃𝑇
22

∅ = 28° + 0,4.13
∅ = 33,2°

Como se trata de uma obra de pequeno porte e de uma estrutura


convencional, o cálculo do recalque absoluto de cada sapata não será avaliado uma
vez que a pressão admissível adotada está associada recalques aceitos em
estruturas convencionais.

3.4 Dados da fundação

Adotou-se um fck de 25 MPa para o concreto e aço CA50 para as armaduras


de todas as sapatas.

3.5 Carregamentos

3.5.1 Alvenaria

Adotou-se alvenarias de bloco cerâmico furado com seis furos com peso
especifico de 1300kg/m3

3.5.2 Sobrecarga

Adotou-se para a sobrecarga de lajes de uso geral 150 kgf/m². Para a laje em
que serão instaladas as caixas d'água adotou-se a sobrecarga especial de 200
kgf/m². Nas demais lajes da cobertura foram adotadas sobrecarga de 50kgf/m².

3.5.3 Revestimento
23

Adotou-se para o revestimento cerâmico a sobrecarga de 100kgf/m2

3.5.4 Vento

Foi desprezado a ação do vento pois tem-se menos de quatro pavimentos

3.5.5 Combinações

As combinações foram feitas conforme a NBR 8681.

3.6. Plantas Baixas da Edificação

Figura8- Croqui Pavimento Térreo


24

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura9- Croqui Pavimento Superior

Fonte: Elaborado pelo autor.


25

Figura10- Croqui Pavimento Cobertura

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.7. Plantas de locação dos pilares

Figura11- Locação pilares Pavimento Cobertura

Fonte: Elaborado pelo autor.


26

Figura12- Locação pilares Pavimento Superior


Fonte: Elaborado pelo autor

Figura13- Locação pilares Pavimento Térreo

Fonte: Elaborado pelo autor


27

4.0 DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS CLÁSSICOS PARA ANÁLISE DE SAPATAS

De acordo com Martha (2010) em um modelo estrutural, uma representação


razoável para um bloco de fundação com oito estacas pode ser um engaste, pois,
este tipo de fundação praticamente impede todos os tipos de deslocamentos e
rotações. Por outro lado, a fundação em sapata oferece pouca resistência ao giro,
podendo ser representada no modelo de cálculo por um apoio de segundo gênero.
Mas existem casos intermediários, como o bloco de duas estacas. A restrição ao giro
imposta por essa fundação pode ser parcial. Para essas fundações, as
considerações de engaste e apoio de 2° gênero são hipóteses razoáveis adotadas
no modelo estrutural. Assim sendo, no presente trabalho, adotou-se a hipótese de
apoio de 2° gênero no modelo de cálculo das sapatas.
De posse das cargas na fundação (cargas não majoradas), deve-se então
calcular as dimensões em planta de cada sapata. No presente trabalho optou-se por
usar o critério de balanços iguais, onde as distâncias entre as faces dos pilares e
das sapatas são as mesmas nas duas direções. Ao se fazer esse procedimento,
uma vez que as sapatas são dimensionadas estruturalmente a partir das tensões
atuantes na base e como se fossem estruturas em balanço, o que resulta é a
mesma armação nas duas direções. Ou seja, pode-se dizer que este é um critério
relacionado a facilidades construtivas, nada tendo a ver com a questão geotécnica.
Vale ressaltar que o uso deste critério conduz a armaduras iguais (aproximadamente
iguais, pois adota-se as dimensões da fundações múltiplos de 5 cm, assim sendo,
há alguma diferença numérica no cálculo da seção de aço de cada direção) nas
duas direções sempre que as dimensões calculadas são maiores que 60 cm, que é
a menor dimensão de sapata permitida pela norma, caso ao se calcular as
dimensões da sapata por este critério um lado da sapata fique menor que 60 cm,
automaticamente deve-se atribuir a este lado o valor de 60 cm, o que resultará numa
diferença de área de aço entre as duas direções. Sob o aspecto geotécnico, a
sapata poderia ter qualquer relação entre largura e comprimento, bem como
qualquer forma, desde que naturalmente suas dimensões fossem levadas em conta
nas verificações correspondentes.
28

Figura14- Croqui sapata

ARAUJO, Jose Milton –Curso de Concreto Armado do Volume 4- 3° Edição 2010

𝐴 𝐵
𝑆 = 𝐴𝐵, adotando a relação = , logo temos as seguintes relações:
𝑎 𝑏

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎
Conhecida as dimensões em planta das sapatas de cada pilar, o próximo
passo é calcular as tensões de contato para cada fundação retangular centrada
submetida a carga vertical. Nesta etapa, deve se acrescentar a carga vertical o peso
próprio da sapata, como este não é conhecido, pode-se considerá-lo multiplicando o
valor da carga vertical por 1,05 ou 1,10.
Agora conhecida a tensão de cálculo de cada sapata e a tensão admissível do
terreno, pode-se dimensioná-las estruturalmente, desde que atendida a condição:

Tensão de contato ≤ tensão admissível do terreno

Sendo a tensão admissível definida pela NBR 6122:2010 "a tensão adotada
em projeto que, aplicada ao terreno pela fundação ou pela base de tubulão, atende
29

com coeficientes de segurança predeterminados, aos estados-limites últimos


(ruptura) e de serviço (recalques, vibrações etc.). Esta grandeza se trabalha com
ações em valores característicos".
De acordo com a NBR 6118:2014 para o dimensionamento estrutural da
sapata esta deve ter altura suficiente para permitir a ancoragem da armadura de
arranque. O comprimento de ancoragem necessário pode ser calculado pela
expressão do item 9.4.2.5 desta norma. Entretanto para fins de dimensionamento
prático utiliza-se a tabela abaixo para barras de até 32 mm. Ao comprimento de
ancoragem necessário deve se somar o cobrimento adotado das armaduras para se
obter a altura da sapata.

Tabela2- Ancoragem de barras em sapatas

NBR 6118-2014 - Comprimento de ancoragem de barras de aço.

Também a verificação da tensão resistente de compressão diagonal do


concreto na superfície crítica C da ligação sapata-pilar deve ser feita conforme item
19.5.3.1 desta norma:

A condição deve ser satisfeita:

δSd ≤ δRd2
Onde:
δSd é a tensão de cisalhamento de cálculo no contorno do pilar
δRd2 é a tensão de cisalhamento resistente de cálculo
30

A Tensão δSd é calculada por:

𝐹𝑠𝑑
𝛿𝑠𝑑 =
𝜇𝑑
Onde:

Fsd é a força ou reação concentrada de cálculo


u é o perímetro do contorno C (perímetro do pilar)
d é a altura da sapata no contorno C (na ligação sapata-pilar)

A tensão δRd2 é calculada por:

δRd2 = 0,27. αv. Fcd


Onde:
αv é um adimensional determinado por:

𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣 = 1 − com fck em Mpa
250

Para o cálculo e dimensionamento de sapatas, devem ser utilizados modelos


tridimensionais lineares ou modelos biela-tirante tridimensionais, podendo, quando
for o caso, ser utilizados modelos de flexão. No presente trabalho, adotou-se o
método das bielas, entretanto outros métodos clássicos também poderiam ser
adotados como o momento na face do pilar ou o critério da ACI (American Concrete
Institute).
O método das bielas consiste em calcular um elemento estrutural rígido. A
carga é transferida do pilar para a base da sapata por meio de bielas de concreto
comprimido, que induzem tensões de tração na base da sapata, que devem ser
resistidas por armadura.
31

Figura15-Bielas de compreensão na sapata


ARAUJO, Jose Milton –Curso de Concreto Armado do Volume 4- 3° Edição 2010

As condições a serem atendidas são:

Figura16-Dimensões sapatas planta (a) e corte (b)

ALONSO, Urbano Rodriguez –Exercício de Fundações- 2° Edição 2010


32

𝑎−𝑎0
4
𝑏−𝑏0 𝑓𝑐𝑘
𝑑≥ 4 em que 𝜎𝑎 = 0,85
1,96
𝑃 1/2
{1,44 (𝜎𝑎)
ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo Lb o comprimento de ancoragem
ℎ/3
ℎ1 ≥ {
20
A seguir, calcula-se a tração nas duas direções através das equações:

(𝑎 − 𝑎0)
𝑇𝑎 = 𝑃
8𝑑

(𝑏 − 𝑏0)
𝑇𝑏 = 𝑃
8𝑑

E finalmente obtêm-se a área de aço através das equações:

0,0161𝑇𝑎
𝐴𝑠𝑎 =
𝑓𝑦𝑘
(armadura paralela ao lado a)

0,0161𝑇𝑏
𝐴𝑠𝑏 =
𝑓𝑦𝑘

(armadura paralela ao lado b)


33

5. DESCRIÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO SOFTWARE

O software Eberick V10 versão Plena efetua o cálculo de sapatas de concreto


armado de dois tipos:
• Sapatas de altura constante
• Sapatas de altura variável ou piramidal

Em planta classificam-se em:


• Quadradas
• Retangulares centradas
• Retangulares excêntricas

Os esforços transmitidos a sapata podem ser:


• N: Axial (Esforço Normal)
• Mx: Momento x (Momento fletor em torno de Y)
• My: Momento y (Momento fletor em torno de X)
• Qx: Esforço transverso x (Esforço cortante na direção X)
• Qy: Esforço transverso y (Esforço cortante na direção Y)
• T: Torsor (Momento Torsor)

As ações consideradas podem ser:


• Permanente
• Sobrecarga
• Vento
Os estados verificados são:
34

• Tensões sobre o terreno


• Equilíbrio da sapata
• Concreto (flexão e esforço cortante)

A verificação consiste em verificar os aspectos normativos da geometria e armadura


da sapata.
6. ANÀLISE DE CASO PELO SOFTWARE

Com os croquis de cada pavimento e as cargas já informadas anteriormente,


são lançados no programa os pilares, vigas, lajes e a escadas. Conforme imagem
3d.

Figura17-Imagem 3D lançamento de pilares, vigas e lajes no software


35

Fonte-Elaborado pelo autor

Depois de resolvida a supra estrutura com todas as cargas de projeto e as


devidas verificações, inicia-se o processo de lançamento das sapatas.
Primeiramente devemos introduzir nos dados da fundação os dados do
terreno já determinados através da avaliação criteriosa do perfil geológico
geotécnico do terreno. Fazemos isso através da opção: Configurações>
Dimensionamento. Na janela "Sapatas" introduzimos na parte de Solo a pressão
admissível e o coeficiente de atrito de projeto.

Figura18-Imagem aba de configuração dimensionamento de sapatas do software

Fonte-Elaborado pelo autor

Como o objetivo deste trabalho é analisar apenas sapatas centradas, não


haverá a necessidade de introduzir o elemento estrutural viga de equilíbrio pois não
haverá sapata de divisa.
36

O passo seguinte é calcular a obra através do ícone Processar estrutura.


(inclusive fundação).

Figura19-Imagem da tela principal do software

Fonte-Elaborado pelo autor

A "obra" então é calculada, inclusive toda a supra estrutura novamente. No


final do cálculo cada elemento deverá verificado individualmente na aba
correspondente.

Figura20-Imagem da tela de processamento do software


37

Fonte-Elaborado pelo autor

O próximo passo é verificar individualmente cada solução proposta em cada


sapata da edificação, fazemos isso através da Janela "Projeto", aba sapatas. Caso
alguma sapata apareça com o nome em vermelho, esta apresenta algum tipo de
"erro".

Figura21-Imagem da tela de projeto do software


38

Fonte-Elaborado pelo autor

Figura22-Imagem da tela de dimensionamento de sapatas do software


39

Fonte-Elaborado pelo autor

Através do ícone detalhar pode-se visualizar o detalhamento


proposto para cada sapata. Ao escolhermos uma determinada sapata, uma janela se
abre com o detalhamento da sapata.

Figura23-Detalhamento padrão sapatas

Fonte-Elaborado pelo autor

Feita analise da solução apresentada para cada sapata, as plantas podem ser
geradas em arquivo dxf ou dwg para posterior impressão. O relatório de verificação
e o detalhamento de cada sapata estão abaixo.

Figura24-Imagem 3D da estrutura após processamento


40

Fonte-Elaborado pelo autor

6.1 Relatório de cálculo das sapatas do Eberick V10

Tabela 3 Dimensionamento de sapatas Eberick V10


TERREO fck = 250.00 kgf/cm² E = 241500 kgf/cm² Peso Espec = 2500.00 kgf/m³

Dados Resultados
Esforços Solo Dimensões (cm) Armadura
Carga E Solo B H0 AsB inf AsH inf
Nome MB FB Ângulo
Carga (kgf/m³)
MH FH Padm atrito
total Coesão
(kgf.m) (tf) (graus) H H1 AsB sup AsH sup
(tf) (kgf/cm²)
0.00 0.16 7.65 1600.00 60.00 25.00 6 ø 6.3 c/14 5 ø 6.3 c/11
S1 2.80 33
0.00 0.31 9.18 0.50 80.00 25.00 (1.87 cm²) (1.56 cm²)
0.00 0.15 16.92 1600.00 80.00 25.00 11 ø 6.3 c/8 9 ø 6.3 c/8
S2 2.80 33
0.00 0.41 19.40 0.50 95.00 25.00 (3.43 cm²) (2.81 cm²)
0.00 0.20 11.21 1600.00 60.00 25.00 7 ø 6.3 c/11 7 ø 6.3 c/8
S3 2.80 33
0.00 0.42 12.84 0.50 85.00 25.00 (2.18 cm²) (2.18 cm²)
0.00 0.17 10.61 1600.00 60.00 25.00 8 ø 6.3 c/10 7 ø 6.3 c/8
S4 2.80 33
0.00 0.47 12.14 0.50 80.00 25.00 (2.49 cm²) (2.18 cm²)
0.00 0.17 19.75 1600.00 70.00 20.00 9 ø 6.3 c/13 7 ø 8.0 c/10
S5 2.80 33
0.00 0.36 22.64 0.50 125.00 35.00 (2.81 cm²) (3.52 cm²)
0.00 0.10 12.36 1600.00 70.00 25.00 9 ø 6.3 c/8 8 ø 6.3 c/8
S6 2.80 33
0.00 0.55 14.16 0.50 80.00 25.00 (2.81 cm²) (2.49 cm²)
S7 0.00 0.14 7.00 2.80 1600.00 33 60.00 25.00 5 ø 6.3 c/16 5 ø 6.3 c/12
41

Dados Resultados
Esforços Solo Dimensões (cm) Armadura
Carga E Solo B H0 AsB inf AsH inf
Nome MB FB Ângulo
Carga (kgf/m³)
MH FH Padm atrito
total Coesão
(kgf.m) (tf) (graus) H H1 AsB sup AsH sup
(tf) (kgf/cm²)
0.00 0.28 8.53 0.50 80.00 25.00 (1.56 cm²) (1.56 cm²)
0.00 0.13 11.21 1600.00 60.00 25.00 7 ø 6.3 c/11 7 ø 6.3 c/8
S8 2.80 33
0.00 0.34 12.84 0.50 85.00 25.00 (2.18 cm²) (2.18 cm²)
0.00 0.16 7.43 1600.00 60.00 25.00 5 ø 6.3 c/15 5 ø 6.3 c/11
S9 2.80 33
0.00 0.29 8.96 0.50 80.00 25.00 (1.56 cm²) (1.56 cm²)
Fonte-Elaborado pelo autor

6.2 Detalhamento das sapatas pelo software

Figura25-Detalhamento Sapata S1

Fonte-Elaborado pelo autor


42

Figura26-Detalhamento Sapata S2
Fonte-Elaborado pelo autor

Figura27-Detalhamento Sapata S3

Fonte-Elaborado pelo autor


43

Figura28-Detalhamento Sapata S4

Fonte-Elaborado pelo autor

Figura29-Detalhamento Sapata S5

Fonte-Elaborado pelo autor

Figura30-Detalhamento Sapata S6
44

Fonte-Elaborado pelo autor


Figura31-Detalhamento Sapata S7

Fonte-Elaborado pelo autor

Figura32-Detalhamento Sapata S8

Fonte-Elaborado pelo autor


45

Figura33-Detalhamento Sapata S9

Fonte-Elaborado pelo autor


46

7. ANALISE DE CASO PELO METODO CLASSICO

Primeiramente devemos conhecer as cargas que atuam na fundação de cada


pilar. Estas cargas podem ser obtidas através da opção: Estrutura>Relatórios
>Cargas na fundação.

Figura34-Tela Eberick V10-relatório de cargas nas fundações

. Fonte-Elaborado pelo autor

Vale ressaltar que estas cargas não estão majoradas. Abaixo estão listadas as
cargas na fundação de cada pilar.

Tabela 4 Cargas nas fundações retirada do Eberick V10


47

Seção Permanente Acidental


Nome
(cm) (Tf) (Tf)
P1 14 x 30 6.82 0.49
P2 14 x 30 14.88 1.82
P3 14 x 30 9.81 1.07
P4 14 x 30 9.38 0.76
P5 14 x 30 16.89 2.74
P6 14 x 30 10.95 1.15
P7 14 x 30 5.63 0.27
P8 14 x 30 9.68 1.24
P9 14 x 30 6.18 0.45
Fonte-Elaborado pelo autor

Para cada sapata foi feito o seguinte roteiro de cálculo:

• Dimensionamento geotécnico para obtenção da área da base da sapata.


• Definição dos lados da sapata pelo critério dos balanços iguais.
• Cálculo do comprimento de ancoragem do arranque do pilar.
• Dimensionamento estrutural pelo método das bielas.
• Verificação da tensão resistente de compressão diagonal do concreto na
superfície crítica C da ligação sapata-pilar.

Agora conhecida a área de aço, escolheu-se as barras de aço e o espaçamento


entre elas, não maior que 20 cm.

7.1 Memorial de Cálculo pelo Método Clássico

7.1.1 Sapata Pilar P1

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(6.82+0.49)*1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=7.675,5kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
48

𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
7675,5
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =2741 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 2741 ; 𝐵=√ 2741
14 30
A=76,6cm adota-se 80cm
B=35,8cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
- Determinação altura h
𝑎−𝑎𝑝 80−30
ℎ> > > 16,7𝑐𝑚=25cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 80−30
𝑑≥ ≥ ≥ 12,5𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝐹𝑐𝑘
𝑑 ≥ 1,44 ( ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝜎 𝑎 1,96
1
7675,5 2
d≥ 1,44 ( ) ≥ 12𝑐𝑚
10,84∗10

ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm


ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
Adota-se h=25cm

ℎ0 ≥ {3 = 12𝑐𝑚
20
h0=20cm
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 25-5=20cm
49

(𝑎 − 𝑎0) 7675,5(80 − 30)


𝑇𝑎 = 𝑃 = = 2399𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

(𝑏 − 𝑏0) 7675,5(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 2206,7𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

0,0161𝑇𝑎 0,0161.2399
𝐴𝑠𝑎 = = = 0,77𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50
4 barras 6.3mm com 100cm a cada 20cm
(armadura paralela ao lado a) espaçamento máximo
0,0161𝑇𝑏 0,0161.2206,7
𝐴𝑠𝑏 = = = 0,71𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50
5 barras 6.3mm com 80cm a cada 20cm
(armadura paralela ao lado b) espaçamento máximo

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.

𝐹𝑠𝑑 7675,5
𝛿𝑠𝑑 = = = 456,9𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 20
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − =1− = 0,90
250 250

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 8m barra 6.3mm=2,00kg.


* Concreto:0,12m³
*Área de base: 0,48m²

Figura35-Dimensionamento Sapata S1
50

Fonte-Elaborado pelo autor

7.1.2 Sapata Pilar P2

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(14.88+1.82) *1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=17.535kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
17535
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =6263 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 6263 ; 𝐵=√ 6263
14 30

A=115,8cm adota-se 120cm


B=54cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
51

- Determinação altura h
𝑎−𝑎𝑝 120−30
ℎ> > > 30𝑐𝑚=30cm
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 120−30
𝑑≥ ≥ ≥ 22,5𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝐹
𝑐𝑘
𝑑 ≥ 1,44 (𝜎 ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 1,96 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝑎
1
17535 2
d≥ 1,44 (10,84∗10) ≥ 18,3𝑐𝑚

Logo d=25cm
ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm
ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
Adota-se h=30cm

ℎ0 ≥ {3 = 10𝑐𝑚
20
h0=20cm
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 30-5=25cm
(𝑎 − 𝑎0) 17535(120 − 30)
𝑇𝑎 = 𝑃 = = 7890,75𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.25

(𝑏 − 𝑏0) 17535(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 4033,05𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.25

0,0161𝑇𝑎 0,0161.7890,75
𝐴𝑠𝑎 = = = 2,54𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50

6 barras 8.0mm com 129cm a cada 10cm


(armadura paralela ao lado a)

0,0161𝑇𝑏 0,0161.4033,05 7 barras 6.3mm com 69cm a cada 20cm


𝐴𝑠𝑏 = = = 1,30𝑐𝑚² espaçamento máximo
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado b)


52

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.

𝐹𝑠𝑑 17535
𝛿𝑠𝑑 = = = 835𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 25
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − 250 = 1 − 250 = 0,90

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 7,74m barra 8.0mm e 4,89m barra 6.3mm=4,32kg.


* Concreto:0,18m³
*Área de base: 0,72m²

Figura36-Dimensionamento Sapata S2

Fonte-Elaborado pelo autor

7.1.3 Sapata Pilar P3

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(9.81+1.07) *1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=11.424kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
53

𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
11424
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =4080 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 4080 ; 𝐵=√ 4080
14 30

A=94cm adota-se 95cm


B=43,6cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
- Determinação altura h
𝑎−𝑎𝑝 95−30
ℎ> > > 22𝑐𝑚=25cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 95−30
𝑑≥ ≥ ≥ 16,3𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝑐𝑘𝐹
𝑑 ≥ 1,44 (𝜎 ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 1,96 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝑎
1
11424 2
d≥ 1,44 (10,84∗10) ≥ 15𝑐𝑚

ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm


ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
Adota-se h=25cm

ℎ0 ≥ {3 = 12𝑐𝑚
20
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 25-5=20cm
(𝑎 − 𝑎0) 11424(95 − 30)
𝑇𝑎 = 𝑃 = = 4641𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20
54

(𝑏 − 𝑏0) 11424(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 3284,4𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

0,0161𝑇𝑎 0,0161.4641
𝐴𝑠𝑎 = = = 1,50𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50 5 barras 6.3mm com 115cm a cada 12cm

(armadura paralela ao lado a)

0,0161𝑇𝑏 0,0161.3284,4 6 barras 6.3mm com 80cm a cada 20cm


𝐴𝑠𝑏 = = = 1,06𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado b)

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.

𝐹𝑠𝑑 11424
𝛿𝑠𝑑 = = = 680𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 20
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − 250 = 1 − 250 = 0,90

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 10,55m barra 6.3mm=2,64kg.


* Concreto:0,14m³
*Área de base: 0,57m²
55

Figura37-Dimensionamento Sapata S3

Fonte-Elaborado pelo autor

7.1.4 Sapata Pilar P4

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(9.38+0.76) *1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=10.647kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
10647
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =3803 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 3803 ; 𝐵=√ 3803
14 30

A=91cm adota-se 95cm


B=42cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
- Determinação altura h
56

𝑎−𝑎𝑝 95−30
ℎ> > > 22𝑐𝑚=25cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 95−30
𝑑≥ ≥ ≥ 16,3𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝐹 𝑐𝑘
𝑑 ≥ 1,44 (𝜎 ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 1,96 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝑎
1
10647 2
d≥ 1,44 (10,84∗10) ≥ 14,3𝑐𝑚

ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm


ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
Adota-se h=25cm

ℎ0 ≥ {3 = 12𝑐𝑚
20
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 25-5=20cm
(𝑎 − 𝑎0) 10647(95 − 30)
𝑇𝑎 = 𝑃 = = 4325𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

(𝑏 − 𝑏0) 10647(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 3061𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

0,0161𝑇𝑎 0,0161.4325
𝐴𝑠𝑎 = = = 1,39𝑐𝑚² 5 barras 6.3mm com 115cm a cada 12cm
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado a)

0,0161𝑇𝑏 0,0161.3061 6 barras 6.3mm com 80cm a cada 20cm


𝐴𝑠𝑏 = = = 0,98𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado b)

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.
57

𝐹𝑠𝑑 10647
𝛿𝑠𝑑 = = = 633,8𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 20
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − 250 = 1 − 250 = 0,90

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 10,55m barra 6.3mm=2,64kg.


* Concreto:0,14m³
*Área de base: 0,57m²

Figura38-Dimensionamento Sapata S4

Fonte-Elaborado pelo autor

7.1.5 Sapata Pilar P5

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(16.89+2.74) *1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=20.612kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
58

20612
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =7361 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 7361 ; 𝐵=√ 7361
14 30

A=125,6cm adota-se 130cm


B=58,6cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
- Determinação altura h
𝑎−𝑎𝑝 130−30
ℎ> > > 33,3𝑐𝑚=35cm
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 130−30
𝑑≥ ≥ ≥ 25𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝑐𝑘𝐹
𝑑 ≥ 1,44 (𝜎 ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 1,96 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝑎
1
20612 2
d≥ 1,44 (10,84∗10) ≥ 19,9𝑐𝑚

ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm


ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
Adota-se h=35cm

ℎ0 ≥ {3 = 12𝑐𝑚
20
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 35-5=30cm
(𝑎 − 𝑎0) 20612(130 − 30)
𝑇𝑎 = 𝑃 = = 8588𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.30

(𝑏 − 𝑏0) 20612(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 3951𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.30

0,0161𝑇𝑎 0,0161.8588
𝐴𝑠𝑎 = = = 2,77𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50
59

(armadura paralela ao lado a) 6 barras 8.0mm com 139cm a cada 13cm

0,0161𝑇𝑏 0,0161.3951 7 barras 6.3mm com 69cm a cada 20cm


𝐴𝑠𝑏 = = = 1,28𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado b)

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.

𝐹𝑠𝑑 20612
𝛿𝑠𝑑 = = = 8178𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 30
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − 250 = 1 − 250 = 0,90

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 8,34m barra 8.0mm + 4,83m barra 6.3mm=4,55kg.


* Concreto:0,206m³
*Área de base: 0,78m²

Figura39-Dimensionamento Sapata S5

Fonte-Elaborado pelo autor


60

7.1.6 Sapata Pilar P6

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(10.95+1.15) *1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=12705kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
12075
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =4538 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 4538 ; 𝐵=√ 4538
14 30

A=99cm adota-se 100cm


B=46cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
- Determinação altura h
𝑎−𝑎𝑝 100−30
ℎ> > > 23,3𝑐𝑚=25cm
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 100−30
𝑑≥ ≥ ≥ 17,5𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝑐𝑘𝐹
𝑑 ≥ 1,44 (𝜎 ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 1,96 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝑎
1
12705 2
d≥ 1,44 ( ) ≥ 15,6𝑐𝑚
10,84∗10

ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm


ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
61

Adota-se h=25cm

ℎ0 ≥ {3 = 8𝑐𝑚
20
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 25-5=20cm
(𝑎 − 𝑎0) 12705(100 − 30)
𝑇𝑎 = 𝑃 = = 5558𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

(𝑏 − 𝑏0) 12705(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 3653𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

0,0161𝑇𝑎 0,0161.5558
𝐴𝑠𝑎 = = = 1,79𝑐𝑚² 6 barras 6.3cm com 120cm a cada 10cm
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado a)

0,0161𝑇𝑏 0,0161.3653 6 barras 6.3cm com 80cm a cada 20cm


𝐴𝑠𝑏 = = = 1,18𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado b)

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.

𝐹𝑠𝑑 20612
𝛿𝑠𝑑 = = = 8178𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 30
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − 250 = 1 − 250 = 0,90

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 12m barra 6.3mm=3,00kg.


* Concreto:0,15m³
*Área de base: 0,60m²
62

Figura40-Dimensionamento Sapata S6

Fonte-Elaborado pelo autor

7.1.7 Sapata Pilar P7

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(5.63+0.27) *1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=6195kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
6195
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =2213 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 2213 ; 𝐵=√ 2213
14 30

A=69cm adota-se 70cm


B=32cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
63

- Determinação altura h
𝑎−𝑎𝑝 70−30
ℎ> > > 13,3𝑐𝑚
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 70−30
𝑑≥ ≥ ≥ 10𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝐹 𝑐𝑘
𝑑 ≥ 1,44 (𝜎 ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 1,96 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝑎
1
6195 2
d≥ 1,44 (10,84∗10) ≥ 10,9𝑐𝑚

ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm


ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
Adota-se h=25cm

ℎ0 ≥ {3 = 8𝑐𝑚
20
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 25-5=20cm
(𝑎 − 𝑎0) 6195(70 − 30)
𝑇𝑎 = 𝑃 = = 1549𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

(𝑏 − 𝑏0) 6195(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 1781𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

0,0161𝑇𝑎 0,0161.1549
𝐴𝑠𝑎 = = = 0,50𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50 4 barras 6.3cm com 90cm a cada 17cm

(armadura paralela ao lado a)

0,0161𝑇𝑏 0,0161.1781 4 barras 6.3cm com 80cm a cada 20cm


𝐴𝑠𝑏 = = = 0,57𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado b)

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.
64

𝐹𝑠𝑑 6195
𝛿𝑠𝑑 = = = 369𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 20
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − 250 = 1 − 250 = 0,90

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 6,8m barra 6.3mm=1,7kg.


* Concreto:0,11m³
*Área de base: 0,42m²

Figura41-Dimensionamento Sapata S7

Fonte-Elaborado pelo autor

7.1.8 Sapata Pilar P8

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(9.68+1.24) *1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=11466kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
65

𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
11466
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =4095 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 4095 ; 𝐵=√ 4095
14 30

A=93,7cm adota-se 95cm


B=43,7cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)

- Determinação altura h
𝑎−𝑎𝑝 95−30
ℎ> > > 21,7𝑐𝑚
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 95−30
𝑑≥ ≥ ≥ 16,3𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝑐𝑘𝐹
𝑑 ≥ 1,44 (𝜎 ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 1,96 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝑎
1
11466 2
d≥ 1,44 (10,84∗10) ≥ 14,8𝑐𝑚

ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm


ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
Adota-se h=25cm

ℎ0 ≥ {3 = 8𝑐𝑚
20
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 25-5=20cm
(𝑎 − 𝑎0) 11466(95 − 30)
𝑇𝑎 = 𝑃 = = 4658𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20
66

(𝑏 − 𝑏0) 11466(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 3296𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

0,0161𝑇𝑎 0,0161.4658
𝐴𝑠𝑎 = = = 1,50𝑐𝑚² 5 barras 6.3cm com 115cm a cada 13cm
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado a)

0,0161𝑇𝑏 0,0161.3296 6 barras 6.3cm com 80cm a cada 17cm


𝐴𝑠𝑏 = = = 1,06𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado b)

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.

𝐹𝑠𝑑 11466
𝛿𝑠𝑑 = = = 683𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 20
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − 250 = 1 − 250 = 0,90

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 10,55m barra 6.3mm=2,64kg.


* Concreto:0,14m³
*Área de base: 0,57m²
67

Figura42-Dimensionamento Sapata S8

Fonte-Elaborado pelo autor

7.1.9 Sapata Pilar P9

a) Dimensionamento Geotécnico
- Cálculo da área da sapata
N=1,05*(6,18+0.45) *1000 (para transformar de tonelada para kgf)
N=6962kgf
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 2,8𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
𝑁
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐴𝑟𝑒𝑎
𝑁
𝐴𝑟𝑒𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
6962
𝐴𝑟𝑒𝑎 = =2486 cm²
2,8

b) Dimensionamento Estrutural

𝑎 𝑏
𝐴=√ 𝑆 ; 𝐵=√ 𝑆
𝑏 𝑎

30 14
𝐴=√ 2486 ; 𝐵=√ 2486
14 30

A=73cm adota-se 75cm


B=34cm= 60cm (adota-se a dimensão mínima pela norma)
- Determinação altura h
68

𝑎−𝑎𝑝 75−30
ℎ> > > 15𝑐𝑚
3 3

c) Método das Bielas


-Cálculo da altura da sapata
𝑎−𝑎0 75−30
𝑑≥ ≥ ≥ 11,3𝑐𝑚
4 4
𝑏−𝑏0 60−14
𝑑≥ ≥ ≥ 11,5𝑐𝑚
4 4

𝑃 1/2 𝐹 𝑐𝑘
𝑑 ≥ 1,44 (𝜎 ) em que 𝜎𝑎 = 0,85 1,96 = 10,84𝑀𝑃𝑎
𝑎
1
6962 2
d≥ 1,44 (10,84∗10) ≥ 11,5𝑐𝑚

ℎ ≥ 0,6𝑙𝑏 + 5; tendo lb=26ϕ=26.10=260mm


ℎ ≥ 0,6.26 + 5 ≥ 21𝑐𝑚
Adota-se h=25cm

ℎ0 ≥ {3 = 8𝑐𝑚
20
- Cálculo da área de aço
d=h-5= 25-5=20cm
(𝑎 − 𝑎0) 6962(75 − 30)
𝑇𝑎 = 𝑃 = = 1958𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

(𝑏 − 𝑏0) 6962(60 − 14)


𝑇𝑏 = 𝑃 = = 2002𝑘𝑔𝑓
8𝑑 8.20

0,0161𝑇𝑎 0,0161.1958
𝐴𝑠𝑎 = = = 0,63𝑐𝑚² 4 barras 6.3cm com 95cm a cada 17m
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado a)

0,0161𝑇𝑏 0,0161.2002 5 barras 6.3cm com 80cm a cada 17cm


𝐴𝑠𝑏 = = = 0,65𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑘 50

(armadura paralela ao lado b)

- Verificação da Tensão resistente de compressão diagonal do concreto na superfície critica


C da ligação sapata-pilar.
69

𝐹𝑠𝑑 6962
𝛿𝑠𝑑 = = = 415𝐾𝑝𝑎
𝜇𝑑 0,84 ∗ 20
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣 = 1 − 250 = 1 − 250 = 0,90

δRd2 = 0,27. αv. Fcd=0,27.0,90.25.10³/1,4=4.339,3KPa


δsd<δRd2 (ok)
-Resumo material

* Aço: 7,80m barra 6.3mm=1,95kg.


* Concreto:0,11m³
*Área de base: 0,45m²

Figura43-Dimensionamento Sapata S9

Fonte-Elaborado pelo autor


70

8. ANALISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS

A análise comparativa será feita individualmente para cada sapata e ao final


será apresentado um resumo feito com todas as sapatas.
Vale salientar que a solução obtida pelo uso do software e aqui apresentada é
a solução "default", ou seja, aquela que o software apresenta sem que haja
intervenção do usuário nas dimensões das sapatas.

Tabela 5 Comparativo resultados Sapata S1


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,48 0,12 2,23
Método das Bielas 0,48 0,12 1,99
Variação (%)* 100,0 100,0 112,2
Fonte-Elaborado pelo autor

Tabela 6 Comparativo resultados Sapata S2


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,76 0,19 5,30
Método das Bielas 0,69 0,207 4,22
Variação (%)* 110,1 91,8 125,6
Fonte-Elaborado pelo autor

Tabela 7 Comparativo resultados Sapata S3


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,52 0,13 3,63
Método das Bielas 0,57 0,14 2,42
Variação (%)* 91,2 92,8 150,0
Fonte-Elaborado pelo autor
71

Tabela 8 Comparativo resultados Sapata S4


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,48 0,12 3,13
Método das Bielas 0,57 0,14 2,42
Variação (%)* 84,2 85,7 129,3
Fonte-Elaborado pelo autor

Tabela 9 Comparativo resultados Sapata S5


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,90 0,22 6,54
Método das Bielas 0,75 0,26 5,42
Variação (%)* 126,7 85,8 120,7
Fonte-Elaborado pelo autor

Tabela 10 Comparativo resultados Sapata S6


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,55 0,14 5,16
Método das Bielas 0,60 0,15 2,78
Variação (%)* 118,3 120 185,6
Fonte-Elaborado pelo autor

Tabela 11 Comparativo resultados Sapata S7


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,48 0,12 3,52
Método das Bielas 0,42 0,11 1,89
Variação (%)* 114,3 109,1 186,2
Fonte-Elaborado pelo autor
72

Tabela 12 Comparativo resultados Sapata S8


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,60 0,15 4,54
Método das Bielas 0,57 0,14 2,42
Variação (%)* 105,3 107,1 187,6
Fonte-Elaborado pelo autor

Tabela 13 Comparativo resultados Sapata S9


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Eberick V10 0,48 0,12 3,52
Método das Bielas 0,45 0,11 1,94
Variação (%)* 106,7 109,1 181,4
Fonte-Elaborado pelo autor

Tabela 14 Comparativo resultados Sapata S1


Área de base (m2) Volume de concreto Peso do Aço (kg)
(m3)
Variação MÉDIA (%)* 106,3 100,2 153,2
Fonte-Elaborado pelo autor
73

9. CONCLUSÃO

Os resultados apresentaram pouca diferença nas dimensões em planta e o


volume de concreto das sapatas, no entanto em relação a área de aço esta
diferença foi em média 153,2% superior no software.
No software, o cálculo de uma sapata não é feito por dimensionamento
direto, mas sim por verificação. Arbitrada uma dimensão inicial para a sapata, o
programa verifica as tensões no solo, a segurança ao tombamento e a segurança
ao deslizamento. Caso algum critério não seja atendido, aumenta um lado da sapata
e verifica novamente, até que todos sejam atendidos ou as dimensões alcancem
este máximo configurado, sendo considerado a priori que a sapata é flexível. Além
do que os esforços horizontais existentes são levados em consideração e caso haja,
também os momentos. Já no método das bielas só se leva em consideração a carga
concentrada.
Logo, por ser um processo interativo, e considerar outros esforços (cortante e
momento) o software é mais indicado. Cabendo ao projetista analisar seus
resultados e verificá-los. O método das Bielas serve de pré-dimensionamento das
sapatas, tendo que ser feitas as verificações e levado em consideração todos os
esforços atuantes.
74

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro: 2014. 221 p.

CHUST, R. C.; FIGUEIREDO FILHO, J. R. Cálculo e detalhamento de estruturas


usuais de concreto armado. 3. ed. São Carlos: EdUFSCar, 2007. 367 p.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de concreto armado 3. ed. Rio Grande do Sul:
Editora Dunas, 2010.323p.

CARVALHO, R. C.; PINHEIRO, L. M. Cálculo e detalhamento de estruturas


usuais de concreto armado. São Paulo: PINI, 2009. 589 p.

CLÍMACO, J. C. T. S. Estruturas de concreto armado: Fundamentos de projeto,


dimensionamento e verificação. 2. ed. Brasília: UnB, 2005. 410 p.

DEVRAIGNES, D.; MENDES NETO, F. Dimensionamento de seções transversais


de concreto armado com a utilização de redes neurais artificiais (RNA). In: XXIV
CILAMCE (24th Iberian Latin-American Congress on Computational Methods in
Engineering), 2003. v. 24. p. 1-19.

HACHICH,Waldemar ;FALCONI,Fredirico F.; SAE,José Luiz; FROTA,Régis G O;


CARVALHO, Celso S;NIYAMA Sussumu – Fundações Téoria e Prática - 2° Edição
São Paulo:PINI,2012.750p

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