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O positivismo é uma corrente filosófica surgida na França no século XX, teve como
principal percursor Augusto Comte. Pegava o progresso como o único produto da
sociedade e trazia conceitos de uma sociedade capitalista e pragmática voltada no
empirismo e acreditava nos “dados” e que esses por se só tinham poder para
movimentar toda uma sociedade para uma única direção o progresso coletivo.
A partir deste ponto a Geografia se tornou uma ciência descritiva, que se limitava a
apenas descrever o ambiente no qual se vivia e o novo ambiente que era explorado,
neste caso o território africano durante o processo de imperialismo, tomando como
base estes ideais positivistas a geografia estava limitada a fazer apenas analises
territoriais segundo os moldes dessa corrente filosófica. Após um longo período de
uma geografia extremamente empirista teremos a participação de F. Ratzel um
grande autor da geografia que vai finalmente depois de todos esses anos traz um
elemento crucial para análise geográfica, o homem.
Friedrich Ratzel foi um geografo alemão que trouxe o homem pela primeira vez
para geografia tradicional, não se pode dizer que ele se “libertou das correntes” do
positivismo, pois traz este elemento em um caráter muito especifico, Ratzel em sua
tese defende que o homem é produto do espaço onde vive logo a essência do
homem é definida em parte pelo espaço onde este está envolvido, homens do
campo são pessoas mais “simples” e sem necessidades do uso de minérios ou
industriais, por exemplo, já o homem da cidade é um homem que tem a necessidade
desse tipo de suprimentos. Esta concepção teve grande repercussão mundial,
porém teve forte cunho politico, pois ia diretamente de acordo com os ideais
alemães que desejavam o território de Alsácia e Lorena da França por sua grande
fonte de minérios.
Depois de Ratzel, veio Vidal de La Blach, com sua antítese contra o conceito de
espaço vital ratzeniano e seu estudo a-histórico em relação ao homem que deixa de
lado aspectos importantes deste elemento, além da politização da ciência geográfica
que La Blach julga como inaceitável, porém acaba cometendo o mesmo erro ao
formular sua tese. Estes dois autores partiram para um objeto da geografia até então
antes não explorado, porém, sem sair da questão positivista, mesmo estudando o
homem, os métodos eram os mesmos e isso limitava a geografia a ter somente a
possibilidade de descrever e explicar os fenômenos através da observação sem
partir para uma questão mais racional desta análise.