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Essa seção da narrativa pode corresponder a Atos 11.30; 12.

25, se a carta foi


escrita antes, ou a Atos 15, se foi escrita mais tarde. Parece que o contexto
favorece a visita narrada em Atos 11 e 12, embora o tema seja o mesmo de
Atos 15. 
Depois, passados catorze anos pode referir-se a doze anos inteiros, a partir
da conversão de Paulo, ou dos últimos [três] anos mencionados em Gálatas
1.18. Esse período de tempo poderia datar da visita anterior de Paulo a
Jerusalém (Gl 1.18,19), mas muito provavelmente é contado a partir de sua
conversão (Gl 1.15,16). Foi nesse momento que Paulo recebeu a mensagem
do evangelho, o foco de discussão de toda essa extensa seção (Gl 1.11—
2.14). Subi outra vez a Jerusalém. Se a carta aos gálatas foi escrita antes do
Concílio de Jerusalém, essa viagem é a que está registrada em Atos 11.30. Do
contrário, é uma referência ao Concílio de Jerusalém (At 15). Barnabé é um
codinome hebraico que significa filho da consolação (At 4.36). Barnabé encontrou-se
rapidamente com Paulo em Jerusalém durante a primeira visita deste após sua conversão
(At 9.26,27). Mais tarde, serviram juntos nos episódios narrados em Atos 11.25-30; 12.25—
15.39 Tito não é mencionado em Atos, mas se converteu graças à pregação de Paulo (Tt
1.4) e foi um eficiente companheiro de ministério deste ao longo de vários anos .
A Mensagem de Paulo sobre a verdade do evangelho nunca cedeu à mensagem dos falsos
mestres, fosse em Jerusalém (Gl 2.1-10), na Antioquia da Síria (Gl 2.11-14), ou na Galácia.
Os cristãos gálatas podiam confiar na constante defesa que Paulo fazia de seu evangelho,
que era revelado por Deus (Gl 1.11,12).

2.6 — Embora reconhecesse a liderança de Tiago, a de Cefas (Pedro) e a de


João (Gl 2.9) como colunas da Igreja em Jerusalém, Paulo mostrou que eles
não eram, de modo algum, superiores a ele quanto à compreensão do
evangelho. Tampouco o eram aqueles que se vangloriavam e aparentavam ser
alguma coisa. Sobre estes, Paulo declara: Não me acrescentaram nada (nvi) .
Por outro lado, os outros apóstolos estavam satisfeitos com o modo de Paulo
entender o evangelho.
Não havia dois evangelhos diferentes, um para os gentios incircuncisos (nvi) e
outro para os judeus circuncisos (nvi).
O exemplo de Pedro foi tão decisivo que os outros judeus da igreja em
Antioquia da Síria, incluindo Barnabé, fizeram o mesmo que ele. Todavia, as
ações de Pedro não expressavam convicção, mas dissimulação.
Pedro não estava andando bem e diretamente conforme a verdade do
evangelho da graça de Deus. Já havia sido decidido (Gl 2.1-5) que não
convinha obrigar gentios a viverem como judeus (nvi) porque a salvação se
dava apenas por meio da fé.
Essa seção pode representar a continuação do confronto de Paulo com Pedro
ou pode representar uma afirmação do ponto central de sua carta: que os
cristãos são justificados pela fé em Jesus Cristo somente.
2.15-17 — Paulo não está negando que os judeus de nascença sejam
pecadores, como são todos os gentios (Rm 3.23). Ao contrário, ele está
sugerindo que os judeus desfrutam de privilégios espirituais (Rm 9.4,5) que
deveriam fazer com que eles entendessem mais a questão de como ser
justificados diante de Deus (Rm 3.6; Gn 15.6). Os judeus deveriam saber que
ninguém pode ser declarado justo ou justificado pela obediência à Lei de
Moisés (Rm 3.10-21).
Se a justiça pode ser alcançada pela observância da lei de Moisés, então o ato
gracioso de Deus de enviar Cristo para morrer na cruz a fim de pagar pelo
pecado foi desnecessário e em vão? (Rm 3.4-26).

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