Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O IBAP
Associados
Congressos
18/03/2012
O teste palográfico foi desenvolvido na Espanha e trazido para o Brasil por Agostinho
Minicucci na década de 1970. O instrumento é considerado um teste expressivo de
personalidade, cuja fundamentação teórica foi baseada nas questões relativas ao
comportamento expressivo e técnicas gráficas para avaliação da personalidade.
Embora a avaliação desses aspectos seja qualitativa, para a maioria deles há tabela
normativa, mas sem que haja a especificação das características da amostra, ou seja, não há
divisão por sexo e escolaridade, por exemplo, e não há explicação para a ausência dessa
informação. Alguns aspectos são avaliados somente pela interpretação do psicólogo, que tem
como auxílio alguns exemplos. A avaliação quantitativa é realizada para dois aspectos,
produtividade e nível de oscilação rítmica (NOR), que se referem ao número de palos e a
variação da produção. Para esses dois itens há tabelas normativas considerando as variáveis
sexo e escolaridade.
No que se refere aos dados psicométricos, o manual informa que a fidedignidade foi estimada
por meio do método das metades e teste-reteste. Para isso, foi utilizada uma amostra de 52
pessoas e os dados indicam que para o nível de oscilação rítmica e margens o coeficiente de
correlação entre teste e reteste não foi estatisticamente significativo, mostrando que essas
características não apresentam boa estabilidade temporal.
A validade foi obtida por meio da consistência interna e grupos contrastantes, em que foram
sujeitos motoristas envolvidos em acidentes e sem acidentes e também presidiários. A
consistência interna foi verificada para o item produtividade e as correlações encontradas
foram satisfatórias (coeficientes variaram entre 0,86 e 0,96). Para a comparação entre os
grupos houve uma divisão, sendo que um grupo era de motoristas com histórico de acidentes
no trânsito, outro de motorista com histórico de acidentes com vítimas e, um terceiro, de
motoristas sem relatos de acidentes. De forma geral, houve diferenças significativas entre os
grupos, indicando que os motoristas com históricos de acidentes apresentam características
diferentes dos demais motoristas. Por fim, o grupo de presidiários foi comparado a um grupo
controle, formado por participantes de processos seletivos, e os resultados também indicam
diferenças significativas entre os aspectos avaliados pelo instrumento.
Referência: