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Os Conselhos de Psicologia, a

formação e o exercício profissional


O artigo examina as funções das entidades formadoras (faculdades, universidades)
e fiscalizadoras/orientadoras (CRPs, CFP) de profissionais na área de Psicologia,
argumentando em favor de uma atuação não dissociada das mesmas, na medida
em que formação e exercício profissional se apresentam, em diversos contextos, de
modo articulado. A parceria é defendida como necessária para garantir tanto uma
formação adequada quanto o próprio desenvolvimento da ciência e da profissão.

Adriano Holanda
CRP 01 - Brasília - Mestre em psicologia, clinica pela
UNB e doutorando em psicologia na PUC/Campinas redimensionamento das "atribuições"
dos Conselhos, segundo a legislação vi-
Este trabalho visa expor algumas reflexões
gente, que aponta para a orientação, a
sobre as funções dos Conselhos Regionais
fiscalização e a disciplina do exercício
e Federal de Psicologia e a formação dos
profissional. Neste âmbito, faz-se neces-
psicólogos. Sabemos que existe uma fron-
sário rediscutir o sentido destas atribui-
teira relativamente extensa que separa o
ções à luz da atualidade e à luz da inter-
que é do campo da Formação - e se asso-
face de atuação profissional.
cia às Entidades Formadoras (Faculdades e
Universidades) e que se constitui num cam-
po denominado de "Docente"- e o que é
do âmbito da Fiscalização e da Orientação 1. A Funcionalidade dos Conselhos de
- como funções primárias dos Conselhos de Psicologia
Psicologia e, portanto, no terreno do "Exer-
cício Profissional".

A reflexão que se segue se propõe a reava- Os Conselhos de Psicologia constitu¬


liar estas questões, assinalando que não há em-se na máxima representação dos
significativa distinção entre o que é exercí- profissionais da área. Assim desig-
cio profissional e o que é formação profis- nados pela legislação em vigor, que
sional. Dentro da atual perspectiva da ciên- atribui aos Conselhos de Psicologia
cia, de atuar na interdisciplinaridade, não a manutenção e estruturação da pro-
se julga cabível delimitar campos estreitos fissão através de algumas funções
de ação de entidades que, direta ou indire¬ especialmente designadas.
tamente, utilizam-se de prerrogativas seme-
lhantes. Numa perspectiva dialética, o que De acordo com a Lei No.5.766, de 20/
se percebe é um continuum entre a For- 12/71, que "cria o Conselho Federal
mação e o Exercício Profissional. e os Conselhos Regionais de Psicolo-
gia", temos que são atributos e prer-
Os Conselhos de Psicologia e as Institui- rogativas dos Conselhos:
ções Formadoras devem estabelecer crité- "...orientar, disciplinar e fiscalizar õ
rios conjuntos de ação, sendo que muitas exercício da profissão de Psicólogo
das delimitações do campo docente po- e zelar pela fiel observância dos prin-
dem, e devem ser encarados (jurídica e cípios de ética e disciplina da clas-
formalmente) como campos de interface, se". 1
adentrando no terreno do Exercício Profis- No Decreto No.79.822, de 17/06/77,
sional e, portanto, da esfera de atuação dos que "regulamenta a Lei No.5.766", as
Conselhos, como é o caso da Supervisão finalidades do Conselho Federal de
de Estágio em Formação de Psicólogos, por Psicologia são de:
exemplo. "...orientar, supervisionar e discipli-
nar o exercício da profissão de Psicó- 1
Capítulo I (Dos Fins). Art.01, Lei
Outra reflexão importante diz respeito a um logo, em todo o território nacional". 2 No.5.766.
2
Art.03, Decreto No.79.822/77.
dentro de um campo científico por de-
mais vasto e complexo, e por que não
assinalar, produto e criador de interfa-
ces intelectuais significativas.

Numa rápida reflexão, encontramos


uma forte dissonância, quando pensa-
mos que o campo ou a "matéria" da Psi-
cologia, enquanto estrutura de pensa-
mento e formulação científica não po-
dem ser privativas de uma determina-
da instância, a não ser que assim se
determine a priori pela comunidade de
psicólogos, o que se constituiria num
Na elaboração das atribuições do Con- estabelecimento com fortes componen-
selho Federal - como órgão máximo tes corporativistas (em que pese a ne-
de legitimação e legislação da cate- cessidade de sermos, por vezes, corpo-
goria profissional - convém destacar- rativistas), mas essencialmente de cu-
mos algumas alíneas, referentes à sua nho dicotômico, onde se encara a ci-
atuação enquanto autarquia represen- ência como parcialidade e não como
tativa da classe dos psicólogos, no que uma inserção global na historicidade do
tange às suas competências, ou seja, pensamento.
"compete" ao Conselho Federal:
É claro que o fato de ser um órgão "con-
b) orientar, disciplinar e fiscalizar o sultivo" atenua estas dificuldades, mas
exercício da Profissão de Psicólogo; permanece o questionamento, na me-
c) expedir as resoluções necessárias dida em que não se determina de an-
ao cumprimento das leis em vigor e temão qual o terreno de atuação dos
das que venham modificar as atribui- Conselhos, visto haver ainda hoje uma
ções e competência dos profissionais forte celeuma em torno do conceito de
de Psicologia; Exercício Profissional.
d) definir, nos termos legais, o limite
de competência do exercício profissi- Ao se falar de "exercício profissional",
onal, conforme os cursos realizados temos de refletir sobre a dimensão glo-
ou provas de especialização prestadas bal de seu conceito: sua estrutura e sua
em Escolas ou Instituições Profissio- dinâmica.
nais reconhecidos". 3
Como afirmam Kast e Rosenberg (1970),
Chama-nos a atenção esta última alí- "o conceito de profissão envolve: (a) a
nea, quando se estabelece, na própria existência de um corpo sistemático de
legislação, a necessidade de se ter conhecimento que requer lento proces-
uma interação ativa entre os Conse- so de formação e treinamento, envol-
lhos de classe e as Instituições Forma- vendo tanto aspectos intelectuais como
doras ou demais congregações profis- atividades práticas; (b) um grau de au-
sionais. Este parece-nos ser o ponto toridade conferida pelos clientes em
crucial, principalmente, pelo fato de função do conhecimento técnico espe-
não se ter esta determinação clara do cializado; (c) um amplo reconhecimen-
campo do exercício profissional. to social como base para o exercício da
autoridade; (d) um código de ética que
Quando a legislação estabelece que regula as relações entre pares e entre
cabe ao Conselho Federal "servir de o profissional e os seus clientes; e (e)
órgão consultivo em matéria de Psi- uma cultura profissional que é manti-
cologia"4, está determinando que esta da pelas organizações".(Apud Bastos &
3
Art.06 da LeiNo.5.766. Achcar, 1994: 246)
4 autarquia possui poderes e direitos es-
Art.06, Alínea "Ç", Lei No.5.766. O mais importante, contudo, a ser re-
Grifos nossos. tabelecidos para traçar parâmetros
levado, é que os parâmetros definido- ção ou o Conselho da categoria? A
res de uma profissão são flexíveis e, questão da formação do psicólogo já
portanto, passíveis da ação da transfor- vem passando por diversos questio-
mação pelos anos e pelo desenvolvi- namentos nos últimos anos, culminan-
mento das idéias. Assim é que a defi- do em trabalhos, pesquisas e discus-
nição de "exercício profissional" tam- sões que envolvem, principalmente, a
bém deve acompanhar o fluxo da evo- r e f o r m a curricular (no s e n t i d o de
lução do pensamento e, principalmen- adaptar o currículo mínimo aos pro-
te, a evolução da inserção social e pro- gressos da ciência psicológica), acom-
fissional da Psicologia. panhamento dos cursos de graduação
(no âmbito da avaliação dos cursos
existentes e preocupação com os no-
2. A Formação do Psicólogo vos cursos), e outros temas. 5

"...a psicologia não é um saber, mas O Campo de atuação do psicólogo, ou


é um plural. O que se organiza nes- seja, o terreno do exercício profissional
se campo não é a unidade e o homo- continua mal definido, devido em parte,
gêneo, mas sim, a diversidade e o he- a uma complexidade epistemológica que
terogêneo, a diferença". (Mendonça diversificou e amplificou os campos de
Filho, 1993: 68) atuação do profissional da Psicologia. Es-
tamos num momento onde é imprescin-
É sabido que uma das principais crí- dível o diálogo inter e transdisciplinar com
ticas feitas à formação do profissio- outras categorias, visto a Psicologia estar
nal de Psicologia reside no fato de ocupando espaços que, historicamente,
se privilegiar uma formação individu- sempre foram de outras áreas. A interfa-
alista e egocentrista, onde o profis- ce do exercício profissional do psicólogo
sional da Psicologia permanece fe- com, por exemplo, administradores, mé-
chado, em sua maioria, aos proble- dicos, assistentes sociais, pedagogos, ad-
mas referentes à sua classe e à soci- vogados e outros, vem crescendo sobre-
edade como um todo. maneira nos últimos anos, como pode ser
facilmente comprovado pela literatura do
Neste sentido, os Conselhos devem Conselho Federal de Psicologia.
ter um papel ativo por serem instân-
cias privilegiadas, e por congregarem Um dos principais problemas da defini-
a dimensão macro da classe profissi- ção do "exercício profissional" do psicó-
onal. Uma aproximação dos Conse- logo deve-se, em grande parte, ao que
lhos junto às Universidades, com o assinala Bastos:
intuito de estabelecer parcerias em
termos de aproveitamento de espa-
"O modelo hegemônico de atuação psi-
ços para pesquisas e encaminhamen-
cológica, forjado ao longo dos anos, es-
tos acerca do mercado de trabalho,
pecialmente após a regulamentação da
inserção social do psicólogo, elabo-
profissão e consequente estabelecimen-
ração de planos e metas de desen-
to de padrões para a formação dos novos
volvimento de recursos para a colo-
profissionais". (Bastos, 1988:163)
cação do profissional junto à comu-
nidade e, principalmente, o desenca-
O que se observa em nível de desenvol-
deamento de um trabalho de escla-
vimento de idéias psicológicas é uma am-
recimento à população em geral e ao
pliação das concepções teórico-práticas,
público profissional sobre o real pa-
no sentido de encarar a Psicologia como
pel do psicólogo parecem ser de fun-
uma subjetividade inter-relacionada, ou 5
damental importância. No âmbito deste debate, a
como assinala a filosofia fenomenológi¬ Revista Psicologia, Ciência e
ca, como uma intersubjetividade, o que Profissão é pródiga em oferecer
Quem determina o que o aluno deve implica na inserção do indivíduo na soci- excelente material para discus-
saber? A Universidade, a comunida- são e espaço para divulgação de
edade e nas relações culturais, como idéias relativas ao tema - crucial
de científica, o Ministério da Educa- agente e promotor de mudanças. para a categoria.
3. O Papel dos Conselhos na For- lando um modelo de atuação individu-
mação Profissional alista. Além disso, é imprescindível a
criação de parcerias junto aos órgãos
Podemos iniciar a nossa discussão so- superiores do Poder Legislativo no sen-
bre o papel efetivo dos Conselhos de tido de implementação de lutas pela ca-
Psicologia no âmbito da Formação tegoria e pelo social, além de uma apro-
Profissional a partir da análise de qua- ximação com as instâncias governa-
tro vertentes principais de sua atua¬ mentais referentes às áreas de Educa-
ção, a saber: ção, Saúde e Trabalho, para que se pos-
sa efetivar programas de ação social
a) vertente política; devidamente embasados e respaldados
b) vertente de regulamentação; pela categoria e pela ciência psicológi-
c) vertente de orientação e fiscaliza- ca.
ção;
d) vertente de formação e aperfeiço- Convém ainda assinalar que qualquer
amento do psicólogo. ação na realidade social - seja de for-
ma direta ou indireta - é, essencialmen-
No que tange à vertente política, a dis- te, um ato político. Não estamos com
cussão se volta para questionamentos isto confundindo Sindicatos com Con-
sobre a relação entre Psicologia e po- selhos, mas tão somente pontuando
lítica, ou mesmo sobre qual o papel para o fato que os Conselhos não po-
político da Psicologia. As discussões dem e não devem se eximir de sua res-
sobre este tema invariavelmente es- ponsabilidade política, enquanto ór-
barram em concepções psicossociais gãos legislativos, organizativos e con¬
que perdem de vista "a especificida- gregadores.
de do psicológico" (Araújo, 1996). Na
realidade, isto não abarca o real pa- Nisto introduzimos a segunda verten-
pel social do psicólogo, como um pro- te, a vertente de regulamentação, que
fissional promotor da saúde do indi- se refere ao papel de legislador sobre
víduo e do bem-estar da comunida- o exercício da profissão e de realiza-
de. É preciso que o psicólogo assuma dor do cumprimento desta legislação.
seu papel como transformador da re- Neste âmbito, creio que o papel do
alidade e, para isto, é fundamental Conselho se confunde com a terceira
que a Formação seja engajada com vertente, no sentido de ser um órgão
um compromisso ético. muito mais orientador do que propria-
mente legislador (em que pese a ne-
cessidade de se fazer cumprir a lei e o
Os Conselhos, enquanto autarquias
código de ética), na medida em que a
responsáveis pelo zelo da ética da pro-
inserção da imagem da Psicologia en-
fissão, devem também se engajar na
tre os psicólogos e, principalmente, na
tarefa de promover a discussão e o
comunidade em geral, é de desconhe-
desenvolvimento de uma consciência
cimento de suas atribuições. Ainda ou-
ética da profissão. Neste sentido, es-
tro comentário sobre este ponto: regu-
tará cumprindo com parte de sua fun-
lamentar visa primordialmente a orga-
ção social.
nização; atributo essencial para o esta-
belecimento de um quadro profissional
O que entendemos como a vertente
claro e destacado.
política do Conselho diz respeito à
mobilização e organização da catego-
ria em torno de questões que sejam A terceira instância, a vertente de ori-
do seu interesse imediato e da socie- entação e fiscalização, diz respeito às
dade em geral. Este aspecto é de ex- principais prerrogativas dos Conselhos.
t r e m a i m p o r t â n c i a dado o fato de Na medida em que estas duas ativida¬
nossa formação não privilegiar esta des - orientação e fiscalização - são in-
inserção ética do profissional, estimu- dissociáveis, deve-se privilegiar o sen¬
tido da orientação por ser de caráter Belo Horizonte, de 28 de agosto a 1o
profilático e informativo, contribuindo de setembro de 1996, apresentou
para um melhor esclarecimento do qua- uma unânime opinião dos Conselhos
dro de referência da Psicologia, visto Regionais contra a abertura de novos
que, conforme assinalado anteriormen- cursos de Psicologia no país (enquan-
te, é sabido que a categoria profissio- to não se tiver uma política de fisca-
nal dos psicólogos não domina adequa- lização da formação atual) e ratificou
damente as informações acerca de seus a necessidade de se realizar uma pro-
órgãos legisladores. funda avaliação dos cursos em vigor
no Brasil, bem como a aproximação
Nesta discussão, nos interessa a quar- dos Conselhos j u n t o aos órgãos com-
ta vertente, a vertente da formação e petentes do Ministério da Educação
aperfeiçoamento do psicólogo, que no sentido de um acompanhamento
deve ser privilegiada. Entendemos que, continuado das atividades de ensino
primeiramente, não se pode conside- e formação de profissionais na área
rar como categorias estanques, de um de Psicologia. Todos estes direciona¬
lado a Formação e de outro o Exercício mentos estavam de acordo com o I
Profissional. Congresso Nacional da categoria.

Se os Conselhos não se compromete- Se observarmos agora as específicas


rem com um acompanhamento da For- atribuições de um Conselho de Psi-
mação do futuro psicólogo, eles esta- cologia, podemos verificar que, a tí-
rão se eximindo de uma responsabili- tulo de exemplificação, segundo o
dade ética e mantendo o status de pen- Regimento Interno do CRP-01, cabe à
samento dicotomizado, arcaico e con- Câmara de Formação Profissional,
traproducente, tendo em vista que se agir sobre os "assuntos relacionados
deve trabalhar no sentido de uma pro- com a graduação e pós-graduação do
filaxia de dificuldades e não no âmbi- psicólogo, a universidade, os órgãos
to do "conserto" ou de um papel "poli- e entidades que cuidam do ensino da
cialesco". Psicologia, bem como todos aqueles
correlatos que lhe sejam atribuídos
A idèia reside no fato que o compro- pelo Plenário".
metimento dos Conselhos não devem
ser apoiados apenas a partir do mo- De acordo com os encaminhamentos
mento em que o estudante sai do âm- do Congresso Nacional Constituinte
bito acadêmico e adentra o terreno pro- da Psicologia, as ações do Conselho
fissional. Pensar desta forma é não re¬ deveriam se pautar em alguns direci-
fletir na continuidade do processo de onamentos:
formação, nem considerar a relação
Formação/Profissão, que é o objetivo a) Um compromisso social da Psico-
do próprio processo. Em outras pala- logia, no âmbito da transformação da
vras, a atualidade não mais permite que realidade nacional;
se considere, em nome das interrela¬ b) Um compromisso científico do psi-
ções, papéis fechados de atuação, ou cólogo, com vistas à produção e dis-
seja, o que é da Universidade e o que seminação do conhecimento;
é dos Conselhos, por exemplo. c) Um compromisso com a interdisci-
plinaridade, com relação à integração
Esta vertente, portanto, encara a di- e articulação dos valores e conheci-
mensão da formação num sentido mais mentos da Psicologia com as demais
amplo, que abrange desde o acompa- áreas;
nhamento do futuro profissional da Psi- d) Um compromisso com a qualifica-
cologia, até o acompanhamento da ção dos responsáveis pela formação
abertura e/ou fechamento de cursos de de novos profissionais;
graduação nesta área. O II Congresso e) O entendimento de que a forma-
Nacional da Psicologia, realizado em ção do psicólogo deve ser básica.
consistente e abrangente; põe, até um Mestrado ou Doutorado,
f) Um compromisso com uma forma- que têm como função primária a for-
ção que envolva um posicionamento mação de docentes e pesquisadores.
ético e político, inserindo o profissio- Em geral, estas atividades são regula-
nal nas discussões sociais, no âmbito das por determinações do Ministério da
da organização da categoria e de uma Educação e, p o r t a n t o , contam com
postura de cidadania; acompanhamento da própria comunida-
g) A idéia de que o processo de for- de no sentido de validação de suas ati-
mação deve ser o de construção do vidades.
conhecimento e de atitude científica,
aqui entendida a partir de uma ampli- Carneiro (1993) assinala que:
ação do próprio conceito de ciência;
h) A ênfase numa formação genera- "Enquanto o lato sensu visa aprimorar
lista, que contemple a interdisciplina- a formação profissional, o strlcto sen-
ridade, as demandas sociais, as rela- su visa formar o docente/pesquisador
ções sociais e a diversidade da atua- e desenvolver a produção do conheci-
ção profissional. mento na respectiva área".

Com isto, os encaminhamentos políti- Neste âmbito, entende-se de uma ou-


cos e de ação abrangem parcerias dos tra forma a questão da transmissão de
Conselhos com as Universidades na conhecimentos específicos da Psicolo-
promoção de eventos e discussões so- gia. Na dimensão extremamente vasta
bre estas questões de inserção social dos chamados "cursos de pós-gradua-
e política da Psicologia, campos de ção", destacamos aqueles que não se
atuação, abertura de novos mercados, inserem num contexto acadêmico,
distinção das diversas áreas de conhe- como os realizados por profissionais li-
cimento, estágios e outros temas de berais ou por instituições jurídicas des-
relevância para a categoria. vinculadas da docência clássica.

Embora seja da alçada da Universida- Entende-se com isto que, fora do âm-
de determinar quem vai definir o pro- bito acadêmico, as atividades relativas
cedimento de transmissão e formação aos cursos intitulados de "formação",
de conhecimento, qual o modelo des- "aperfeiçoamento", "treinamento"
ta transmissão, etc, creio que uma par- adentram o terreno do exercício profis-
ceria j u n t o aos Conselhos só tem a sional visto se proporem, invariavel-
acrescentar e aprimorar o trabalho da mente, a habilitar para a própria ação
formação profissional. profissional. Assim é que consideramos
como do âmbito da orientação e da fis-
Duas dimensões da formação profis- calização dos Conselhos estes cursos,
sional devem ser contempladas: em tendo em vista que:
primeiro lugar, o espaço tradicional da
formação do psicólogo, cuja compe- 1) É exercício da profissão quando se
tência é atribuída à Academia, ou seja, propõem a veicular métodos e técnicas
às Instituições Formadoras, sejam es- psicológicas (privativas do profissional)
tas Universidades ou Faculdades iso- e não exercício de docência;
ladas. Em s e g u n d o lugar, deve-se 2) Adentram no terreno do estágio pro-
atentar para a chamada "pós-gradua- fissionalizante;
ção", cuja diversidade e conceito são 3) Se propõem a treinar habilidades, vi-
por demais amplos. sando o exercício profissional do futu-
ro psicólogo.
Uma "pós-graduação" pode significar
desde um curso "lato sensu" ou "stric¬ Segundo o Novo Dicionário da Língua
tu sensu", destinados em geral, ao Portuguesa (Ferreira, 1994), a "Forma-
aperfeiçoamento do profissional com ção" diz respeito a:
vistas à prática específica a que se pro-
1. Ato, efeito ou modo de formar. triculado, cursando disciplinas profis-
2. Constituição, caráter. sionalizantes que envolvam atividades
3. Maneira por que se constitui uma práticas e que atendam à legislação
mentalidade, um caráter ou um conhe- sobre o estágio curricular ou extra-cur-
cimento profissional. ricular". (Conselho Federal de Psico-
logia, 1995).
Entende-se com isto que a prática da
"Formação" (ou Treinamento ou Espe- Portanto, é exercício profissional, a
cialização) realizada por profissional de prática ou a transmissão da prática que
Psicologia como pessoa física ou jurí¬ venha a ser considerada como privati-
dica, que se proponha a transmitir ou va do Psicólogo. Sobre este assunto
treinar habilidades em Métodos e Téc- temos a regulamentação oficial conti-
nicas Psicológicas, é encarado como da na Lei No.4.119/62 (que estabele-
Exercício Profissional e, portanto, como ce o que é prerrogativa do psicólogo)
da alçada do Conselho de Psicologia. e no seu Decreto No.53.464/64 (que
regulamenta a Lei 4.119) que dispõem:
Entende-se que o Exercício Profissional
é função do psicólogo, conforme pre- "São funções do psicólogo:
visto na Lei No.4.119/62 e no Decreto
No.53.464/64 em determinadas áreas. 1) Utilizar métodos e técnicas psico-
Na Consolidação das Resoluções do lógicas com o objetivo de:
Conselho Federal de Psicologia a) diagnóstico psicológico;
(No.004/86), temos no seu Título IV (Do b) orientação e seleção profissional;
Exercício Profissional) o disposto a se- c) orientação psicopedagógica;
guir: d) solução de problemas de ajusta-
mento..."
"Art.49 - O psicólogo é pessoalmente
responsável pelas atividades profissio- Se há consenso que estas práticas aci-
nais que exercer. ma citadas constituem-se em prerro-
Art.50 - Sem prejuízo do caráter privati- gativas básicas do profissional psicó-
vo da atividade profissional, o psicólo- logo, parece-nos lógico que a trans-
go poderá delegar funções a estagiá- missão das mesmas também seja prer-
rio, como forma de treinamento. rogativa do psicólogo.
Parágrafo 01 - A concessão de estágio
deverá ocorrer somente em situação A idéia básica é de salvaguardar os es-
em que fique caracterizada a natureza tudantes de Psicologia no sentido de
didática de atividade a ser realizada estarem posicionados em tarefas que
pelo estagiário e sob condições em que lhes sejam adequadas, além dos pró-
seja efetivamente possível supervisio- prios profissionais. Mas o mais impor-
nar o trabalho do mesmo, respeitado tante ainda é salvaguardar o usuário
o disposto na Legislação sobre o está- da Psicologia, para que ele tenha ser-
gio curricular ou, quando couber, está- viços de qualidade, e não apenas uma
gio extra-curricular previsto em Lei. mão-de-obra em treinamento inade-
Parágrafo 02 - O psicólogo responsável quado.
obriga-se a verificar pessoalmente a ca-
pacitação técnica de seu estagiário, su¬ Uma das constatações mais gritantes,
pervisionando-o e sendo o responsável que se observa em nível de distorções
direto pela aplicação adequada dos mé- no campo da Formação extra-acadêmi¬
todos e técnicas psicológicas e pelo ca e do estágio supervisionado, é que
respeito à ética profissional. muitas vezes o estudante, em nome
Parágrafo 03 - Para os efeitos dispos- de uma suposta "oportunidade de vi¬
tos neste artigo, considera-se estagiá- venciar a prática psicológica" é colo-
rio o estudante do ciclo profissional, de cado, sem nenhum apoio e sem ne-
curso oficialmente reconhecido de gra- nhuma competência teórico-prática,
duação de psicólogo, regularmente ma¬ na qualidade de "mão-de-obra bara¬
09
ta", para realizar "serviços simples", te pela participação em situações reais
como (pasmem!), aplicação e avalia- de vida e trabalho de seu meio... "7
ção de testes psicológicos ou mesmo
atendimento de uma clientela difícil 2) Constitui atribuição do Conselho Re-
e que demanda serviço especializado, gional de Psicologia (consoante a Lei
como em hospitais, clínicas ou ainda No. 5.766, que cria o Conselho Federal
consultórios, escolas e empresas. e os Conselhos Regionais de Psicologia
e dá outras providências) orientar,
O que mais surpreende é a conside- aperfeiçoar, disciplinar e fiscalizar o
ração que alguns colegas profissionais exercício da profissão de psicólogo em
têm da sua própria área. Por exemplo: sua área de competência, bem como,
ao colocar que "qualquer um pode zelar pela fiel observância do Código
aplicar ou avaliar" um teste tal qual o de Ética Profissional, impondo sanções
PMK (comum em serviços psicotécni- pela sua violação (Art. 09, alíneas "b"
cos para carteira de habilitação), o e "c"), zelar pela dignidade e indepen-
profissional está desvalorizando o ins- dência da profissão de Psicólogo.
trumento que ele mesmo usa e, mui-
tas vezes, é sua maior fonte de traba- 3) Segundo a Lei No. 4.119 (que dispõe
lho. sobre os cursos de formação em Psico-
logia e regulamenta a profissão de Psi-
Esta discussão envolve, seguramente, cólogo), no capítulo referente aos di-
uma visão dos cursos de graduação reitos conferidos aos diplomados (Ca-
em Psicologia e a qualidade da for- pítulo III), observa-se que (Art. 13), ao
mação que é dada nestas instituições. portador do diploma de Psicólogo é
Porém, não podemos coadunar com conferido o direito de ensinar Psicolo-
uma prática comum em nossa profis- gia nos vários cursos de que trata esta
são, que consiste em desvalorizar nos- lei, observadas as exigências legais es-
so próprio instrumental (que levou pecíficas, e a exercer a profissão de Psi-
décadas para ser reconhecido e ain- cólogo.
da luta para tal), nossa base episte-
mológica e nossa profissão como um 4) Observa-se, entretanto, que segun-
todo, a partir de profissionais que não do a Lei No. 4.119 (supra citada), para
demonstram compromisso ético com o exercício profissional de psicólogo é
a categoria. Valorizar a Psicologia en- necessário ser portador de diploma de
quanto ciência e profissão, é valori- graduação em Psicologia, o qual deve
zá-la como um todo, discutindo, ques- ser registrado no órgão competente do
tionando, mas antes de tudo, respei- MEC (Lei No. 4.119, Capítulo III, Art. 10
tando seus fundamentos. e, Decreto No. 53.464, que regulamen-
ta a Lei No. 4.119, Art. 03) e, ainda, é
Por estes motivos é que consideramos necessário possuir inscrição profissio-
o seguinte: nal no Conselho Regional de Psicolo-
gia da respectiva região de atuação (se-
1) Quando no tocante ao Estágio Su- gundo Decreto No. 79.822, Art. 01, que
pervisionado em Psicologia, constitui- regulamenta a Lei No. 5.766).
se, tanto para o estagiário quanto
para o supervisor de estágio, exercí- 5) Acrescente-se ainda que, segundo o
cio da profissão de psicólogo6 (segun- mesmo Decreto No. 53.464, Art. 04, são
do a Lei No. 6.494 e o Decreto No. funções do psicólogo, além das supra-
87.497, de 18 de agosto de 1982, que citadas anteriormente, as seguintes:
regulamenta a Lei No. 6.494). Segun- ensinar as cadeiras ou disciplinas de
do o citado Decreto (Art. 2o.), "consi¬ Psicologia nos vários níveis de ensino,
6
Grifos nossos.
dera-se estágio curricular, para os efei-
observadas as demais exigências da le-
7
Sobre a questão do estágio ver tos deste Decreto, as atividades de gislação em vigor; e, supervisionar pro-
Costa ]r& Holanda, 1996. aprendizagem social, profissional e fissionais e alunos em trabalhos teóri¬
cultural, proporcionadas ao estudan-
cos e práticos de Psicologia. gumentação), "que aqueles que irão
formar novos profissionais terão de ter
6) Considerando a Resolução CFP No. o domínio e o conhecimento das téc-
004/86, que institui a Consolidação das nicas e métodos próprios da ciência
Resoluções do Conselho Federal de que irão transmitir. Isto não poderia
Psicologia e conceitua todos os termos ser de outra forma, se impondo como
utilizados no Art. 13 (Parágrafo 01 da dever social". Desta forma, ressalta o
Lei No. 4.119), no que se refere às téc- parecer, "teremos profissionais aptos
nicas e métodos psicológicos, eliminan- a aplicar as funções psicológicas".
do quaisquer dúvidas ou eventuais in-
terpretações (divergentes) acerca da 9) Na intenção de dar um direciona¬
definição e do entendimento de tais mento a esta questão, apresentamos
técnicas e métodos psicológicos, con- tese8 no II Congresso Regional da Psi-
sidera-se impossível conceber um Cur- cologia sobre o tema. Esta tese pro-
so de "Formação" ou "Treinamento" em punha alguns encaminhamentos espe-
qualquer área da Psicologia, (incluin- cíficos, dentre os quais a elaboração
do objetivos gerais e específicos, ativi-de uma Resolução normatizadora.
dades desenvolvidas, procedimentos e Com base nesta argumentação o Con-
critérios de avaliação) sem utilizar o selho Regional de Psicologia (1a Re-
emprego das técnicas e métodos psi- gião), criou critérios de organização
cológicos (privativos do psicólogo) ci- e normatização destes cursos através
tados no Art. 13, da Lei No. 4.119. da Resolução No.005/96 que "Cria o
Cadastro de Cursos de Formação, Trei-
7) Os Conselhos de Psicologia, consi- namento, Especialização e/ou Aperfei-
derando suas atribuições de orientador, çoamento em Matéria de Psicologia e
disciplinador e fiscalizador do exercí- Estabelece Critérios de Regulamenta-
cio da profissão de psicólogo, têm o ção para os citados Cursos, de caráter
dever de questionar a prática e a trans- privado".
missão da prática da Psicologia nos
mais diversos níveis. Diante disto é que consideramos da
alçada dos Conselhos de Psicologia o
8) A título de ilustração de nossa argu- acompanhamento das atividades que
mentação, convém lembrar que o Con- envolvam a transmissão da prática pro-
selho Regional de Psicologia, 8a. Re- fissional privativa do Psicólogo (Mé-
gião (PR), em parecer da Assessoria Ju- todos e Técnicas Psicológicas), envol-
rídica, datado de 17 de fevereiro de vendo desde os chamados "Cursos de
1993, sobre a necessidade de inscrição Formação, Treinamento, Aperfeiçoa-
de Professores de Psicologia nos Con- mento ou Especialização" na área de
selhos Regionais de Psicologia, con- Psicologia, seja a partir do trabalho de
clui que "não há qualquer dúvida, até profissionais liberais (pessoas físicas),
por ter usado o legislador o mesmo seja através de pessoas jurídicas (ins-
termo - função - existente na Lei. No. tituições, clínicas, institutos, núcleos,
4.199, que ao ser regulamentado este centros de estudos ou outros); até os
diploma legal, quis significar o regula- cursos que se ocupam de técnicas psi-
mento, que ensinar psicologia é uma cológicas (em especial os que lidam
função psicológica", e propõe a obri- com testes projetivos, de personalida-
gatoriedade do professor de Psicologia de, etc).
estar inscrito no Regional de sua área Repensar a inserção social da Psicolo-
de Jurisdição. O citado Parecer obser- gia, implica também repensar a colo-
va, ainda, considerando que uma das cação da dimensão do profissional no
funções do Psicólogo é supervisionar seio da formação. Senão vejamos,
profissionais e alunos em trabalhos te- como aponta Carneiro:
óricos e práticos de Psicologia (confor- "Como ensinar e pesquisar nestas áre-
me já explicitado no item 07 desta ar- as [da Psicologia] sem ser profissio¬
nal? Como criticar e produzir o conhe- A ação dos Conselhos deve ser no sen-
cimento em Psicologia Clínica sem ser tido de atuar na complexidade, na glo-
clínico? Como fazê-lo fora da Univer- balidade da atuação da classe. Para
sidade, fora dos cursos de Mestrado isto, é de extrema importância que os
e Doutorado?". (Carneiro, 1993: 105) Conselhos, as Instituições Formadoras
e, principalmente, os profissionais des-
Dentro da amplitude da discussão so- vinculados destas duas instâncias pos-
bre a Formação Profissional, verifica- sam estabelecer um trabalho conjunto
mos que os estudos (Duran, 1994) en- e progressivo para o desenvolvimento
volvidos neste tema relevam aspectos da profissão.
os mais variados, tais como: grades
curriculares, estágios acadêmicos 9 , di- O profissional deve ser estimulado a ser um
cotomias entre formação teórica e téc- agente de mudança, e não apenas um re-
nica ou entre formação de generalis- produtor do conhecimento científico e téc-
tas ou especialistas, análise de currí- nico. Para tanto, é necessário que se am-
culos específicos, diretrizes para a plie o conceito de ciência, superando o
formação, etc. Todos os estudos con- paradigma positivista e reinserindo profis-
cordam com uma idéia: a necessida- sional "expert" (Francisco & Bastos, 1992)
de de se rever a questão da formação no papel de produtor e elaborador de teo-
do psicólogo. rias e conhecimentos.

A principal vertente na qual os Conse- Além disto tudo, os Conselhos não podem
lhos devem trabalhar é no sentido de ficar à parte das lutas sociais da classe e,
integração entre a prática profissional, por isto, é fundamental que se tenha uma
a formação do psicólogo e a pesquisa inserção ética da profissão, que implica
(seja ela académica ou não). Para isto num compromisso com o aprimoramento
é importante observarmos alguns ele- do profissional - seja este liberal ou docen-
mentos: te, com o acompanhamento dos cursos de
graduação, bem como empenho no senti-
"Um ponto de partida para integrar a do de haver uma melhor remuneração do
contribuição de cientistas, profissio- profissional de ensino e de geração de me-
nais e educadores parece residir na lhores condições de trabalho para a forma-
crescente consciência acerca da com- ção profissional.
plexidade dos fenômenos psicológi-
cos, da sua multideterminação e da Uma idéia que pode ser efetivada através
possibilidade de múltiplos níveis de de uma ação conjunta Conselhos/Agênci-
descrição e intervenção. Tal consciên- as Formadoras, é de um acompanhamento
cia demanda, ao contrário do isola- continuado do processo de formação do
mento, uma postura de parceria en- Psicólogo a partir do momento em que este
tre todos". (Francisco & Bastos, 1992: adentra no seio académico até sua inser-
220) ção no mercado de trabalho - que se dá
sob duas vertentes: a do estágio supervisi-
Uma parceria envolve um empenho mú- onado, enquanto uma "prática profissional
tuo na direção de uma formação adequa- concedida" (Costa Jr. & Holanda, 1996) e
da para o futuro psicólogo. Acredito que do exercício autonômico da profissão.
o fundamento primordial para que possa-
mos vislumbrar uma formação globalizan- Em suma, acredito que os Conselhos de-
te seja a superação do pensamento dico¬ vem estar atentos para a integração dialéti¬
tômico vigente em nossa cultura, onde se ca entre estudante, docente e profissional,
8
A tese foi apresentada pelos determinam espaços específicos de ação bem como para a integração entre ciência,
então Conselheiros do CRP-01 da pesquisa, da docência e do "exercício técnica e arte ou conhecimento, pesquisa
Áderson Costa Jr e Adriano Ho¬ e aplicação, para que se possa desenvol-
landa. profissional", sem que se encarem estas
9
Sobre o assunto, reportamo- três instâncias num todo organizado, in- ver a Psicologia em todas as suas verten-
nos a artigo de Costa Jr&Holan- dissociável e interrelacionado. tes.
da, 1996.
Referências
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