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Orientador: Prrof. Zacaarias M. Chamber


C rlain Pravvia, Douttor

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Passo Fu
2012
2
Anderson Guerra

OBTENÇÃO DE COEFICIENTES AERODINÂMICOS ATRAVÉS DE


MECÂNICA COMPUTACIONAL DE FLUIDOS PARA
DETERMINAÇÃO DE AÇÕES EM EDIFICAÇÕES DEVIDAS AO
VENTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Engenharia Civil, da Faculdade de
Engenharia e Arquitetura, da Universidade de Passo
Fundo, como requisito parcial para a obtenção do
grau de Engenheiro Civil, sob a orientação do
Professor Zacarias M. Chamberlain Pravia, Doutor.

Passo Fundo
2012
Anderson Guerra

OBTENÇÃO DE COEFICIENTES AERODINÂMICOS ATRAVÉS DE


MECÂNICA COMPUTACIONAL DE FLUIDOS PARA
DETERMINAÇÃO DE AÇÕES EM EDIFICAÇÕES DEVIDAS AO
VENTO

Este Trabalho de Conclusão foi julgado e aprovado na disciplina de Trabalho de


Conclusão I do Curso de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da
Universidade de Passo Fundo.

Passo Fundo, 30 de outubro de 2012.

Profª. Simone Fiori, M.Sc.


Coordenadora do Curso

Prof. Rodrigo Bordignon, M.Sc.


Coordenador da Disciplina de TCC II

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Fulano, Dr.

Prof. Ciclano, Esp.

Eng. Beltrano, M.Sc.

Passo Fundo
2012
IV

Dedico este trabalho aos meus pais e meu irmão que


me deram apoio nos momentos mais difíceis da
minha vida, a minha namorada que me aguentou,
dando força durante estes seis anos árduos porem
alegres de faculdade e aos meus amigos que
estiveram sempre comigo mesmo antes do inicio
desta minha caminhada.
V

Agradeço ao Professor Zacarias M. Chamberlain


Pravia por me ensinar e ser meu mentor durante a
minha vida acadêmica, ao professor Gilnei Arthut
Dremer e ao Ivan Zampiron por serem meu espelho
de caráter e profissionalismo e a todos os demais
professores e amigos aos quais não cito aqui, porem
tiveram grande influencia na minha formação tanto
pessoal como profissional.
VI

RESUMO

Devido à extrema necessidade da verificação das ações de vento em edificações


pretende-se simular um túnel de vento, por meio da Dinâmica dos Fluidos Computacional
(CFD), e obter os valores aerodinâmicos de sobre-pressão e sucção causados devido as ações
do vento em edificações industriais em aço ou concreto, e por sua vez confronta-las com
dados de túnel de vento real para sua validação
Para a simulação numérica computacional foi utilizado a ferramenta computacional
ANSYS 12.1, considerando a interação fluido-estrutura. A geometria da edificação foi
determinada tridimensionalmente, totalmente vedada e inserida no fluido ar.

Palavras-chave: Vento, CFD, Túnel de Vento, MEF, Mecânica dos Fluidos.


VII

SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................. VI 

SUMÁRIO .............................................................................................................................. VII 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................... IX 

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. XI 

LISTA DE GRÁFICOS .......................................................................................................... XII 

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1 
1.1 Considerações Iniciais .......................................................................................................... 1 
1.2 Justificativas ......................................................................................................................... 1 
1.3 Objetivos............................................................................................................................... 2 
1.3.1 Objetivo geral .................................................................................................................... 2 
1.3.2 Objetivos específicos ......................................................................................................... 2 

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 3 


2.1 Considerações Iniciais .......................................................................................................... 3 
2.2 Definição de Vento ............................................................................................................... 7 
2.2.1 Origem do Vento ............................................................................................................... 7 
2.2.2 Os efeitos do Vento ........................................................................................................... 7 
2.2.3 Ação do Vento nas Edificações ....................................................................................... 10 
2.2.4 Simulação do Vento natural em túnel de vento ............................................................... 18 
2.2.5 Fundamentos teóricos básico de fluidodinâmica ............................................................. 19 
2.2.6 Método dos Elementos Finitos (MEF) ............................................................................ 28 
VIII

3 METODOLOGIA.................................................................................................................. 31 
3.1 Considerações Iniciais ........................................................................................................ 31 
3.2 Obtenção de dados prévio................................................................................................... 31 
3.2.1 Modelo 1 .......................................................................................................................... 31 
3.2.2 Modelo 2 .......................................................................................................................... 33 
3.2.3 Modelo 3 .......................................................................................................................... 35 
3.2.4 Modelo 4 .......................................................................................................................... 38 
3.2.5 Métodos e técnicas .......................................................................................................... 39 
3.2.6 Materiais e Equipamentos ............................................................................................... 44 

4 RESULTADOS ..................................................................................................................... 45 


4.1 Modelo 1 ............................................................................................................................. 45 
4.1.1 Considerações Iniciais ..................................................................................................... 45 
4.1.2 Apresentação dos resultados............................................................................................ 45 
4.2 Modelo 2 ............................................................................................................................. 55 
4.2.1 Considerações Iniciais ..................................................................................................... 55 
4.2.2 Apresentação dos resultados............................................................................................ 55 
4.3 Modelo 3 ............................................................................................................................. 58 
4.3.1 Apresentação dos resultados............................................................................................ 58 
4.4 Modelo 4 ............................................................................................................................. 60 
4.4.1 Apresentação dos resultados............................................................................................ 60 

5 ANALISE DOS RESULTADOS .......................................................................................... 61 


5.1 Modelo 1 ............................................................................................................................. 61 
5.2 Modelo 2 ............................................................................................................................. 62 
5.3 Modelo 3 ............................................................................................................................. 62 
5.4 Modelo 4 ............................................................................................................................. 63 

6 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 64 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 65 


IX

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 ‐ TÚNEL DE VENTO PROFESSOR JOAQUIM BLESSMANN DO LAC/UFRGS ................................................................... 4 
FIGURA 2 ‐ FOTOGRAFIAS DO MODELO REDUZIDO DA NOVA COBERTURA DO ESTÁDIO BEIRA‐RIO NO INTERIOR DO TÚNEL DE VENTO ... 5 
FIGURA 3 ‐ EXEMPLO DE DIAGRAMA COM DISTRIBUIÇÕES DE PRESSÕES [KPA] DO ESTADIO BEIRA‐RIO .......................................... 5 
FIGURA 4 ‐ PONTE TACOMA, NOS ESTADOS UNIDOS ......................................................................................................... 10 
FIGURA 5 ‐ LINHAS DE FLUXO PARA EDIFICAÇÃO CONSTRUIDA COM COBERTURA TIPO DUAS ÁGUAS. ............................................ 11 
FIGURA 6 ‐ PERFIL DE VELOCIDADE MÉDIA (EM KM/H) PROPOSTO POR DAVENPORT ................................................................. 11 
FIGURA 7 ‐ DESPRENDIMENTO DE VÓRTICES .................................................................................................................... 13 
FIGURA 8 ‐ EFEITO DE GOLPE. ....................................................................................................................................... 13 
FIGURA 9 ‐ GALOPE : MOVIMENTO DA EDIFICAÇÃO E FORMA. MAIORES QUE OS DOS VÓRTICES. ................................................. 13 
FIGURA 10 ‐ DRAPEJAMENTO : ACOPLAMENTO DE VIBRAÇÕES EM DIFERENTES GRAUS DE LIBERDADE. ......................................... 13 
FIGURA 11 ‐ ISOPLETAS DE VELOCIDADE BÁSICA DO VENTO (V0, EM M/S). ............................................................................ 14 
FIGURA 12 ‐ INFLUÊNCIA DA FORMA DO FLUXO NAS PRESSÕES ............................................................................................ 17 
FIGURA 13 ‐ FORÇA TANGENCIAIS EM EDIFICAÇÕES PROFUNDAS .......................................................................................... 18 
FIGURA 14 ‐ DISPOSITIVOS PARA SIMULAÇÃO DO VENTO NATURAL. FONTE: ALMEIDA (2009) ................................................... 19 
FIGURA 15 ‐ CONTORNO DE UM TUBO DE CORRENTE DE UM FLUIDO. .................................................................................... 21 
FIGURA 16 ‐ TUBO DE PITOT PARA MEDIÇAO DA PRESSÃO TOTAL. ........................................................................................ 24 
FIGURA 17 ‐ DEFINIÇÃO DO COEFICIENTE DE PRESSÃO ....................................................................................................... 25 
FIGURA 18 ‐ LINHAS DE FLUXO NO ENTORNO DE UM OBJETO NÃO MACIÇO COM ABERTURA. .................................................... 26 
FIGURA 19 ‐ TIPOS DE ELEMENTOS FINITOS. FONTE: M. DE SOUSA (2003) ........................................................................... 29 
FIGURA 20 ‐ GRAUS DE LIBERDADE DE UM PONTO E DE UM CORPO RÍGIDO. FONTE: M. DE SOUSA (2003) .................................. 30 
FIGURA 21 ‐ VISTA SUPERIOR DO MODELO A SER ESTUDADO ............................................................................................... 32 
FIGURA 22 ‐ CORTE DO MODELO A SER ESTUDADO ............................................................................................................ 32 
FIGURA 23 ‐ VISTA SUPERIOR MARQUISES DO PAVILHÃO DVR III........................................................................................ 33 
FIGURA 24 ‐ VISTA FRONTAL MARQUISES DO PAVILHÃO DVR III ........................................................................................ 33 
FIGURA 25 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÃO PARA 0 GRAUS (LOREDO SOUSA ET AL‐2009 – LAC) .................................................. 34 
FIGURA 26 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÃO PARA 15 GRAUS (LOREDO SOUSA ET AL‐2009 – LAC) ................................................ 34 
FIGURA 27 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÃO PARA 30 GRAUS (LOREDO SOUSA ET AL‐2009 – LAC) ................................................ 34 
X

FIGURA 28 ‐ PONTOS DE RETIRADAS DE RESULTADOS, ....................................................................................................... 35 
FIGURA 29 ‐ ESTRUTURA ESTUDADA POR ALMEIDA (2009) ................................................................................................ 36 
FIGURA 30 ‐ ESTRUTURA ESTUDADA POR ALMEIDA (2009) ................................................................................................ 36 
FIGURA 31 ‐ MODELO EM MINIATURA PARA ESTUDO EM TÚNEL DE VENTO ............................................................................ 37 
FIGURA 32 ‐ ABÓBODAS CILÍNDRICAS DE SEÇÃO CIRCULAR PELA NBR 6123/88. .................................................................... 37 
FIGURA 33 ‐ DIMENSÕES DO OUTDOOR .......................................................................................................................... 38 
FIGURA 34 ‐ TABELA 16 DA NBR 6123/88 ‐ FORÇAS DEVIDAS AO VENTO ............................................................................ 38 
FIGURA 35 ‐ PROPORÇÕES DO VOLUME DE CONTROLE SUGERIDAS POR FRANKE ET AL. (2007) ................................................. 39 
FIGURA 36 ‐ APLICAÇÃO DAS PROPRIEDADES DO FLUIDO ................................................................................................... 40 
FIGURA 37 ‐ MODELO DE TURBULÊNCIA PROPOSTO RNG K‐EPSILON .................................................................................... 40 
FIGURA 38 ‐ DISCRETIZAÇÃO DA MALHA ......................................................................................................................... 41 
FIGURA 39 ‐ APLICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO.................................................................................................... 41 
FIGURA 40 ‐ APLICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO ................................................................................................... 42 
FIGURA 41 ‐ APLICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO.................................................................................................... 42 
FIGURA 42 ‐ PRESSÃO TOTAL, BEIRAL, 0° E 15° ............................................................................................................... 47 
FIGURA 43 ‐ PRESSÃO TOTAL, ℓB/H = 0, 0° E 15° ............................................................................................................ 48 
FIGURA 44 ‐ PRESSÃO TOTAL, ℓB/H = 0.10, 15° ............................................................................................................. 48 
FIGURA 45 ‐ PRESSÃO TOTAL, ℓB/H = 0.10, 60° E 75° ..................................................................................................... 48 
FIGURA 46 ‐ PRESSÕES NA MARQUISE PARA INCIDÊNCIA A 0 GRAUS ..................................................................................... 57 
FIGURA 47 ‐ PRESSÕES NA MARQUISE PARA INCIDÊNCIA A 15 GRAUS E 30 GRAUS ................................................................... 57 
FIGURA 48 ‐ PRESSÃO PARA VENTO A 0° ........................................................................................................................ 58 
FIGURA 49 ‐ PRESSÃO PARA VENTO A 90° ...................................................................................................................... 58 
FIGURA 50 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÕES ATRAVÉS DA NBR 6123/88. ................................................................................ 58 
FIGURA 51 ‐ PRESSÃO MÁXIMA PARA VENTO INCIDINDO A 90° ........................................................................................... 60 
FIGURA 52 ‐ PRESSÃO MÁXIMA PARA VENTO INCIDINDO A 50° ........................................................................................... 60 
XI

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 ‐ ESCALA BEAUOFORT ...................................................................................................................................... 8 
TABELA 2 ‐ TABELA DE VALORES DE VISCOSIDADE .............................................................................................................. 20 
TABELA 3 ‐ DIMENSÕES E PROPORÇÕES DOS MODELOS COM BEIRAL ..................................................................................... 32 
TABELA 4 ‐ DIMENSÕES E PROPORÇÕES DOS MODELOS COM PLATIBANDA .............................................................................. 33 
TABELA 5 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÃO MÉDIOS ADQUIRIDOS ATRAVÉS DA ANALISE NUMÉRICA .................................................. 45 
TABELA 6 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÃO MÉDIOS APRESENTADOS POR BLESSMANN ................................................................... 46 
TABELA 7 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÕES PARA VENTO A 0° .................................................................................................. 55 
TABELA 8 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÕES PARA VENTO A 15° ................................................................................................ 55 
TABELA 9 ‐ COEFICIENTES DE PRESSÕES PARA VENTO A 30° ................................................................................................ 55 
TABELA 10 ‐ RESULTADO MODELO 3 PARA VENTO A 0° ..................................................................................................... 59 
TABELA 11 ‐ RESULTADO MODELO 3 PARA VENTO A 90° ................................................................................................... 59 
TABELA 12 ‐ COEFICIENTES DE FORÇA CF PARA PLACAS ..................................................................................................... 60 
XII

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 1 ‐ BEIRAL ............................................................................................................ 49 
GRÁFICO 2 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 1 ‐ ℓB/H = 0.05 .................................................................................................... 49 
GRÁFICO 3 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 1 ‐ ℓB/H = 0.10 .................................................................................................... 50 
GRÁFICO 4 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 1 ‐ ℓB/H = 0.20 .................................................................................................... 50 
GRÁFICO 5 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 2 ‐ BEIRAL ............................................................................................................ 51 
GRÁFICO 6 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 2 ‐ ℓB/H = 0.05 .................................................................................................... 51 
GRÁFICO 7 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 2 ‐ ℓB/H = 0.10 .................................................................................................... 52 
GRÁFICO 8 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 2 ‐ ℓB/H = 0.20 .................................................................................................... 52 
GRÁFICO 9 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 3 ‐ PLATIBANDA ‐ BEIRAL ........................................................................................ 53 
GRÁFICO 10 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 3 ‐ ℓB/H = 0.05 .................................................................................................. 53 
GRÁFICO 11 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 3 ‐ ℓB/H = 0.20 .................................................................................................. 54 
GRÁFICO 12 ‐ CE QUADRANTE 1 ‐ ZONA 3 ‐ ℓB/H = 0.20 .................................................................................................. 54 
GRÁFICO 13 ‐ COMPARAÇÃO RESULTADOS VENTO A 0° ..................................................................................................... 56 
GRÁFICO 14 ‐ COMPARAÇÃO RESULTADOS VENTO A 15° ................................................................................................... 56 
GRÁFICO 15 ‐ COMPARAÇÃO RESULTADOS VENTO A 30° ................................................................................................... 57 
GRÁFICO 16 ‐ COMPARAÇÃO PARA INCIDÊNCIA DE 0° ........................................................................................................ 59 
GRÁFICO 17 ‐ COMPARAÇÃO PARA INCIDÊNCIA DE 90° ...................................................................................................... 59 
1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações Iniciais

As forças devidas ao vento são importantes no projeto e dimensionamento de


elementos de estruturais, sendo que, em alguns casos esta é a ação principal dentro daquelas
que solicitam a edificação. Para definir as forças devidas ao vento são usados os
procedimentos da NBR 6123:1988 – Forças devidas ao vento em edificações. Nela a dois
aspectos para a obtenção das ações devidas ao vento: os dados meteorológicos, que
principalmente tem a ver com as velocidades do vento natural, e os dados aerodinâmicos.
Ambos são obtidos por medições, a velocidade básica do vento através de estações, que tem
seus dados processados em uma rajada de 3 segundos, excedida em media uma vez em 50
anos, a 10m acima do terreno, em campo aberto e plano. Como regra geral, é admitido que o
vento básico pode atuar em qualquer direção horizontal.
A norma brasileira NBR 6123 não é válida para edificações de forma, dimensões ou
localização fora do comum e permite que as ações dinâmicas do vento sejam consideradas
como ações estáticas, desde que o período da estrutura seja inferior a um segundo. Sendo
assim, caso não atenda estas exigências, são necessárias estudos em túnel de vento.

1.2 Justificativas

Com a necessidade de otimização do tempo, o baixo custo e com a evolução dos


computadores, ficou comum a pesquisa na área de analise numérica de mecânica de fluidos
para a determinação de fatores aerodinâmicos. Em indústrias aeronáuticas, automobilísticas e
2

navais este tipo de pesquisa e analise previa em computadores é rotineiro. No caso da


construção civil há vários pesquisadores que realizam estudos ligados a este tema, e com o
aquecimento continuo da construção, edifícios com formas diferentes e cada vez mais altos
será necessário o acréscimo de novas tecnologias para ajudar o estudo da influencia
aerodinâmica causada pelo vento.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

Este trabalho tem por objetivo reproduzir objetos testados em túnel de vento
encontrados na bibliografia, e, através de analise numérica computacional, obter os
parâmetros aerodinâmicos comparando-os com os dados ensaiados em túnel de vento.
Fazendo-se assim provar a eficiência da analise numérica computacional para a determinação
de coeficientes aerodinâmicos de uma edificação qualquer.

1.3.2 Objetivos específicos

 Determinar os parâmetros e propriedades do fluido ar;


 Definir o modelo a ser Estudado;
 Definir o Volume de controle ideal para o modelo a ser estudado;
 Modelar o volume de controle e a edificação no programa de analise
numérica escolhido;
 Realizar analise numérica da edificação variando 15° ate obter o giro
completo da edificação (360°);
 Comparar os dados fazendo uma analise estatística de quão eficiente é esta
técnica.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Considerações Iniciais

Um dos pesquisadores que mais contribuiu com estudos relacionados ao vento no


Brasil foi o professor Joaquim Blessmann da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRGS.
Blessmann (2004) verificou que quanto se utiliza telhados a quatro aguas, os pontos
de sucção em alguns casos chegam a reduzir á metade do seu valor, evitando a ocorrência do
arrancamento de telhas como no caso de telhados em duas aguas. Blessmann (2004) ressalta
também que uma das vantagens da utilização de telhado de quatro águas é que esses
distribuem melhor a ação do vento nas quatro paredes, enquanto que telhados com duas aguas
distribuem somente nas duas laterais.
Blessmann (2004) também averiguou a influência causada pelas platibandas e pelos
beirais, assim como a influencia da inclinação do telhado e da altura das paredes na analise da
ação do vento na edificação. Ele constatou que valores menores aparecem nas coberturas com
inclinação igual a 30°, a sotavento e que tanto em paredes baixas quanto em altas o menor
valor ocorreu em coberturas com beirais. No caso das platibandas, Blessmann (2004) notou
que em certas incidências do vento e em certas regiões da cobertura, as sucções atingiam
valores superiores quanto se utilizou platibandas pequenas, em relação a telhados sem
platibandas. Foi observado que com relação a pontos de ocorrência de sucção, os maiores
valores ocorrem em modelos com paredes altas e com inclinação do telhado igual a 15° e que
a utilização de platibandas traz um efeito benéfico para a estrutura.
Pelo fato de a NBR 6123:1988 não ser valida para configurações e formas fora do
comum o Professor Loredo-Souza et al. (2004) realizaram ensaios em túnel de vento no
4

laborratório de Aerodinâmic
A ca das Consstruções da Universidade Federal ddo Rio Graande do Sul,,
ondee simularam
m através do
o túnel de vvento Prof. Joaquim Blessmann,
B modelos reeduzidos dee
um eedifício de 120
1 metros de
d altura quue será consstruído na ciidade de Sãão Paulo; um
ma propostaa
de coobertura doo Estádio Castelão,
C Loocalizado em
e Fortalezza – Ceará em um modelo
m de 4
Edifíícios altos de
d concreto armado a seerem constrruídos em Alphaville,
A B
Barueri – SP
P.
Mais reecentemente Loredo-S
Souza et al. (2010) estu
udaram, em
m modelo reduzido, ass
ações estáticas e dinâmicaas do ventoo sobre a nova
n coberttura do Esttádio Beiraa-Rio, a serr
consttruída na ciidade de Po
orto Alegre , RS. A análise dinâm
mica feita poor Loredo-S
Souza et al..
(20100) foi realizzada a partirr de registroos dinâmico
os de pressõ
ões, integraddos em alta frequência,,
com o método HFPI (high frequencyy pressure integration
n method) qque combin
na pressõess
dinâm
micas, meddidas experimentalmentte em túnell de vento, com modellos dinâmiccos teórico--
numeerico da estrutura,
e permitindo
p uma estim
mativa das amplitudees de desllocamentos,,
veloccidades e aceleraçõees, associaados tanto
o à turbu
ulência atm
mosférica quanto aoo
desprrendimentoo de vórticess, que podem
m produzir na estruturaa esforços m
maiores do que
q aqueless
estim
mados em um
ma analise estática
e connvencional.
Como conclusão
c do
d caso da nnova cobertu
ura do Estád
dio Beira-R
Rio Loredo-Souza et al..
(20100) obtiveram
m que o maaior deslocam
amento vertiical é de 1,1
13m com o vento na diireção 90° e
após modificaçõões feitas pelos
p projettistas, esta amplitude foi reduzidda para 0,3
39m com o
ventoo incidindo a 60°. Seg
gundo Loreddo-Souza ett al. (2010) esta reduç ão drástica se deve aoo
aumeento expresssivo da rig
gidez estruutural, que fez a frequ
uência funddamental au
umentar dee
0,77H
Hz para 1,5Hz, porttanto fora do alcancee de efeito
os ressonan
antes pela turbulênciaa
atmoosférica.

Figuraa 1 ‐ Túnel de Vento Professorr Joaquim Blesssmann do LAC//UFRGS       
Fonte:: Loredo‐Souzaa et al. (2010) 
5

Figuraa 2 ‐ Fotografiass do modelo reduzido da novaa cobertura do
o Estádio Beira‐Rio no interiorr do túnel de ve
ento       
Fonte:: Loredo‐Souzaa et al. (2010) 

Figuraa 3 ‐ Exemplo de
e diagrama com m distribuiçõess de pressões [kkPa] do Estadio
o Beira‐Rio  
Fonte:: Loredo‐Souzaa et al. (2010) 

Na linha da anallise numéri


rica computtacional To
orres Manffrim (2006)) propôs a
obtennção numerricamente dos
d valores das distribuições de pressões
p devvidas à açãão do ventoo
nas pparedes e noos telhados de um ediffício industrrial. Na ocaasião Torress Manfrim (2006)
( usouu
a ferrramenta AN
NSYS 9 parra a simulaçção numériica e compaarou os resuultados com
m os valoress
6

obtidos através na norma NBR-6123:1988. Como conclusão Torres Manfrim (2006) cita que
os coeficiente de pressão obtidos nos ensaios numéricos se mostram coerentes do ponto de
vista aerodinâmico, quando comparados com os valores normativos, e que os valores que
apresentaram maior divergência de pressões são os da região A3B3 e D.
Balbastro e Sonzogni (2012) aplicaram a mecânica de fluidos computacional para
estudar a aerodinâmica de coberturas curvas isoladas sem fechamento lateral. Muito comuns
em regiões rurais e urbanas da Argentina, usadas para estacionamento, instalações
educacionais, ou esportivas. Balbastro e Sonzogni (2012) usaram um programa de elementos
finitos chamado PETScFEM para a analise numérica e para validar compararam com dados
obtidos através de estudos experimentais do túnel de vento da Universidad Nacional Del
Nordeste. Como resultado Balbastro e Sonzogni (2012) pode observar que a separação da
camada limite ocorre cerca de 5 a 10 graus após a crista, e a formação de vórtices a sotavento.
Na simulação numérica eles obtiveram valores de velocidade para cada passo de tempo e a
partir deles calcularam os coeficientes de pressão externa da estrutura. Por fim Balbastro e
Sonzogni (2012) concluem que as técnicas empregadas para reproduzir as condições do
ensaio, foram satisfatórias uma vez que são simples de se aplicar.
Castelli et al. (2011) publicaram uma pesquisa em que eles investigaram construções
agrícolas cilíndricas e com telhados curvos através da analise numérica em três dimensões,
onde analisaram a incidência de vento em varias direções espaçando 45° uma das outras,
simulando a rugosidade local e com máxima velocidade do vento. Castelli et al. (2011)
concluíram que para o caso por eles analisado, a maior força do vento ocorreu no sentido
longitudinal da construção. Eles acreditam que este fenômeno ocorreu pelo fato da geometria
cilíndrica da cobertura, cujo o comportamento é bastante semelhante a um aerofólio para o
vento transversal, ocorrendo assim uma aceleração do fluxo a montante ganhando força na
sequencia da cobertura.
Ahmad et al. (2011) apresentaram resultados de uma simulação numérica de vento
em duas dimensões em edifícios baixos. Eles testaram efeitos em telhados planos e inclinados,
e seus devidos valores de pressão foram validados através de analise em túnel de vento em
uma escala de 1:100. Os resultados que Ahmad et al. (2011) obtiveram em seu estudo em
Simulação 2-D usando modelo k-ε para a TTU building estiveram de acordo com os
resultados de túnel de vento, porem eles ressalvam que para ter uma analise mais precisa dos
coeficientes de pressão seria necessário uma simulação 3D.
Chen e Zhou (2007) propõe uma modelagem fisicamente significativa e conveniente
de cargas de vento em edifícios baixo usando modelo de equivalent Static Wind Loads
7

(ESWLs) ou equivalentes de força do vento estático que é baseada na decomposição


ortogonal do campo de carga de vento. Segundo Chen e Zhou (2007) isto proporciona a
associação de um pequeno numero de carregamentos importantes que são independentes da
resposta individual do sistema estrutural.

2.2 Definição de Vento

Gonçalves et al. (2004) define o vento como o movimento das massas de ar


decorrente das diferenças de pressões na atmosfera. É um conceito quase que intuitivo ao se
admitir que o ar, considerado como um fluido em movimento, ao encontrar um obstáculo
exercerá uma ação sobre o mesmo. Gonçalves et al. (2004) ainda define o vento como um
fluxo de ar médio sobreposto a flutuações de fluxo, denominadas rajadas ou turbulências. As
rajadas apresentam um valor de velocidade do ar superior a media, e são responsáveis pelas
forças que irão atuar nas edificações.

2.2.1 Origem do Vento

Chamberlain (2011) traz que o vento é produzido por diferenças de temperatura de


massas de ar na atmosfera, o caso mais fácil de identificar é quando uma frente fria chega na
área e choca-se com o ar quente produzindo vento, esse tipo de fenômeno pode ser observado
antes do inicio da chuva.

2.2.2 Os efeitos do Vento

Gonçalves et al. (2004) cita que os ventos fortes são os de maior interesse na
engenharia de estruturas, e a rugosidade do terreno, os obstáculos naturais e artificiais serão
objetos de considerações para determinar tal velocidade.
Blessmann (2000) traz uma forma de quantificar a velocidade do vento através da
escala de Beaufort, a Tabela 1 a seguir retiradas de Gonçalves et al. (2004) elaboradas com
8

base em Blessmann (2000) reproduzem a referida escala, associando a velocidade do vento


aos efeitos causados.

Tabela 1 ‐ Escala Beauofort 
Fonte: Gonçalves et al. (2004) 
ESCALA BEAUFORT 
Número  Velocidade do 
Efeito do Vento 
de  Descrição  Vento 
Beaufort  Km/h  m/s  Natureza e Construções  Pessoas 
<1  <0,3  Fumaça eleva‐se verticalmente.  O  vento  não  é 
0  Calmaria  
(<1,5)  (<0,5)  notado. 
1‐6  0,3‐1,6  Fumaça inclina‐se, indicando direção e  O  vento  não  é 
1  Aragem 
(1,5‐8,7)  (0,5‐2,3)  sentido do vento.  notado. 
Folhas  agitam‐se  suavemente 
6‐12  1,6‐3,3  O  vento  é 
2  Brisa  (farfalham).  Cata‐ventos  indicam  a 
(8,7‐17,4)  (2,3‐4,8)  sentido na face. 
direção do vento. 
O  cabelo  é 
parcialmente 
Folhas,  ramos  finos  e  arbustos 
despenteado. 
12‐20  3,3‐5,4  pequenos  em  movimento  constante. 
3  Vento suave  Roupas  folgadas 
(17,4‐29)  (4,8‐7,8)  Bandeiras  leves  e  pequenas  são 
agitam‐se 
inteiramente desfraldadas. 
dificuldade  para 
ler jornais. 
Folhas,  ramos  finos  e  arbustos 
pequenos em movimento agitado.  O  cabelo  é 
Vento  20‐29  5,4‐8,0 
4  Bandeiras maiores são desfraldadas.  completamente 
moderado  (29‐42)  (7,8‐11,6) 
Poeira  e  papeis  soltos  são  levantados  despenteado. 
e carregados. 
A força do vento 
é  sentida  no 
corpo. 
Perturbação 
leve  ao 
caminhar. 
Vento  29‐39  8,0‐10,7  Ramos  maiores  e  arvores  pequenas 
5  Perigo  de 
regular  (42‐56)  (11,6‐15,5)  oscilam. 
tropeçar  ao 
entrar  em  zona 
com  rajadas 
fortes.  (ex.: 
próximo  a 
edifícios altos). 
Dificuldade  para 
caminhar 
firmemente  e 
usar  guarda‐
chuva.  Ruído  do 
39‐50  10,7‐13,8  Galhos  e  arbustos  grandes  em  vento  nos 
6  Vento forte  
(56‐72)  (15,5‐20)  movimento.  ouvidos  é 
desagradável. 
Ouve‐se  o 
assobio  de  fios 
telegráficos  e 
telefônicos. 
Difícil  caminhar 
contra  o  vento. 
Árvores  inteiras  em  movimento. 
Ventania  50‐62  13,8‐17,1  O  vento  é 
7  Galhos  fortes  são  flexionados.  Danos 
fraca  (72‐89)  (20‐24,8)  ouvido  em 
a coberturas mal construídas. 
edifícios.  Ouve‐
se suave gemido 
9

do vento. 
Geralmente  é 
Galhos  finos  e  árvores  fracas 
impossível 
quebram‐se.  Troncos  de  árvores 
caminhar.  Difícil 
esbeltas oscilam. Coberturas leves são 
Ventania  62‐75  17,1‐20,7  equilibrar‐se 
8  danificadas,  principalmente  na 
moderada  (89‐108)  (24,8‐30)  com  rajadas 
cumeeira  e  beirais.  Desabamento  de 
fortes.  Aumenta 
muros  muito  altos  (2,5  –  3m)  e 
o  gemido  do 
tapumes comuns. 
vento. 
Galhos  grossos  e  arbustos  quebram‐
se.  Árvores  esbeltas  podem  ser 
derrubadas.  Telhas  e  telhados  leves 
arrancados;  topos  de  chaminés  de 
alvenaria  danificados;  coberturas 
isoladas (postos de serviço, abrigos de 
ônibus,  etc.)  ou  com  poucas  paredes 
na periferia sofrem danos que podem 
chegar ao tombamento, inclusive com 
seus  suportes;  ruptura  de  vidraças; 
arrancamento  de  esquadrias;  casa 
simples  (de  madeira  ou  alvenaria  Pessoas  podem 
Ventania  75‐88  20,7‐24,5  pobre)  destruídas.  Desabamento  de  ser  lançadas  ao 

forte  (108‐128)  (30‐35,5)  muros  altos  (2  –  2,5m).  Painéis  de  solo  pelas 
propaganda  e  de  sinalização  rajadas. 
danificados.  Objetos  leves  são 
deslocados.  Telhas  leves,  depois  de 
arrancadas,  são  lançadas  a  distância. 
Caminhões‐baús  vazios  podem 
tombar.  Queda  de  torres  de  radio  e 
torres repetidoras de televisão. Torres 
de  linhas  de  transmissão  podem  ser 
danificadas. Postes de iluminação e de 
telefonia  celulares  são  inclinados  ou 
tombados.  Antenas  parabólicas  são 
danificadas.  
Árvores  são  quebradas  ou  arrancadas 
em  grande  número.  Danos  a 
plantações  e  bosques.  Danos 
estruturais  consideráveis;  forros, 
telhas  e  telhados  pesados  são 
arrancados;  danos  a  paredes  de 
alvenaria;  casas  de  alvenaria  podem 
ser  parcial  ou  totalmente  destruídas; 
hangares  são  destelhados  e  mesmo 
arrancados  de  suas  bases; 
88‐102  24,5‐28,4  Pessoas  podem 
10  Vendaval  tombamento  de  silos  metálicos. 
(128‐148)  (35,5‐41,2)  ser arrastadas. 
Destruição  ou  arrancamento  de 
revestimentos de fachada, esquadrias 
e  vidraças.  Tombamento  de  jamantas 
com  carga  leve.  Tombamento  de 
vagões e locomotivas em linhas de 1m 
Desabamento  de  muros  comuns 
(1,8m).  Torres  de  linhas  de 
transmissão  danificadas  ou 
arrancadas  de  suas  bases.  Postes 
tombados. 
Danos  generalizados  e  severos,  tanto 
em  estruturas  como  em  plantações  e 
bosques,  que  sofrem  grandes 
102‐120  28,4‐33,3 
11   Tempestade  devastações.  Construções  de   
(148‐174)  (41,2‐48,3) 
alvenaria  podem  ser  totalmente 
destruídas,  bem  como  pavilhões 
industriais  e  afins.  Mesmo 
100

con
nstruções  com  boa  estruturra  em 
con
ncreto  armado o  ou  aço  soofrem 
dannos  consideráv
veis  em  pareddes  e 
telh
hados. 
Extrremamente  vioolento  e  devasttador, 
Furação,  >120  >33,3  com
m  danos  aindaa  mais  importtantes 
12   
tufão  (>174)  ((>48,3)  quee  os  ocasio onados  por  uma 
tem
mpestade. 
Ob
bservação: os valores entre pa
arênteses corre spondem à velocidade de raja
ada máxima sobbre 3 segundoss. 

Gonçallves et al. (2
2004) mencciona que é muito difíccil estabeleccer as causaas prováveiss
de um
m acidente devido à ação do ventto e cita qu
ue as princip
pais são a vvelocidade do vento, a
presssão interna e os efeitos localizadoss dos altos valores
v de Cpe.
C
Um dos acidentes devido ao vvento mais famoso é a ruina da Poonte Tacom
ma Narrows,,
nos E
Estados Uniidos. A Pon
nte Tacoma Narrows en
ntrou em ressonância ddevido à açãão do ventoo
e veiio a ruir a approximadam
mente 6 horaas após o in
nicio das osccilações. Háá vídeos reg
gistrados daa
Pontee Oscilandoo.

Figuraa 4 ‐ Ponte Taco
oma, nos Estados Unidos 
Fonte:: MEYER 1996 

2.2.33 Ação do Vento


V nas Edificações
E s

Gonçallves et al. (2004) arguumenta quee a ação do


o vento em
m edificações dependee
necessariamentee de dois asspectos: Meeteorológicos e aerodiinâmicos. O
Os meteorollógicos vãoo
depender do loccal da edificcação, tipo dde terreno, altura da ed
dificação, ruugosidade do
d terreno e
tipo de ocupaçção. Já os aspectos aerodinâmiicos depen
ndem basicaamente da forma daa
edificcação, Gonnçalves et all. (2004) exxemplifica que
q o vento
o ao incidir sobre um telhado
t tipoo
11

duas águas, um
m arco ou um
u edifício de múltiplo
os andares terá sua “ttrajetória” alterada
a em
m
funçãão das forrmas difereentes destass edificações. Atravéss das linhaas de fluxo
o podemoss
visuaalizar estas alterações da
d trajetóriaa conforme vemos
v na Figura 5.

Figuraa 5 ‐ Linhas de ffluxo para edificação construi da com cobertura tipo duas á
águas.    
Basead do em Gonçalvves et al. (2004) 

Segunddo Gonçalves et al. (20004) a variação da vellocidade doo vento com


m a altura é
outroo aspecto importantee a ser oobservado. Davenport (1963) ppropôs uma variaçãoo
expoonencial. A Figura 6 mostra
m os p erfis de vellocidade media proposstos para trrês tipos dee
terrennos: Regiãoo com grand
des obstruçõões; Regimees com obsttruções unifformes com
m obstáculoss
com altura mediia igual a 10
0m; região ccom poucoss obstáculoss.

Figuraa 6 ‐ Perfil de ve
elocidade médiia (em km/h) pproposto por Da
avenport 
Basead do em Blessmaann (2004) 
12

Gonçalves et al. (2004) observa que os perfis de velocidade média, apresentados na


Figura 6, permitem concluir a existência de uma velocidade limite denominada velocidade
gradiente. Esta velocidade é associada a uma altura, por analogia denominada altura
gradiente, acima da qual não ocorrerão alterações significativas da velocidade. Gonçalves et
al. (2004) Salienta também que, para as edificações, esta altura é suficientemente elevada e
varia em função da rugosidade do terreno. Porem o caráter localizado do vento e os efeitos
das rajadas serão os responsáveis pela velocidade do ar que atingem uma dada edificação.
Desta forma Gonçalves et al. (2004) propõe uma equação:

V(t) = Vm(t) + ΔV(t) (1)

Onde:
V(t) é a velocidade num dado instante t;
Vm(t) é a velocidade média do fluxo de ar neste mesmo instante e;
ΔV(t) é a variação da velocidade média (o efeito de rajada ou turbulência).

A NBR 6123:1988 instrui para calculo da velocidade do vento, rajadas com


intervalos de tempo com valores iguais a 3, 5 e 10s que definem então três classes de
edificações A, B e C em função das dimensões frontais de incidência do vento.

2.2.3.1 Efeitos Dinâmicos e Edificações Esbeltas e Flexíveis


Para Chamberlain (2011) os efeitos do vento são de caráter dinâmico, porém na
maioria das construções esses efeitos podem ser substituídos por ações estáticas equivalentes.
Em edificações esbeltas e flexíveis, principalmente aquelas com baixas freqüências naturais
de vibração (f < 1,0 Hz), os efeitos dinâmicos devem ser considerados.
133

Figura 77 ‐ Desprendimento de Vórticees 
Base ado em Chamb berlain (2011)

Fiigura 8 ‐ Efeito de Golpe. 
Base ado em Chamb berlain (2011)

F
Figura 9 ‐ Galop
pe : movimentoo da edificação
o e forma. Maioores que os doss vórtices. 
Base ado em Chamb berlain (2011)

Figu
ura 10 ‐ Drapeja
amento : acopllamento de vib
brações em dife erentes graus dde liberdade. 
Ocorre em esstruturas esbelltas (seção alon
ngada). 
Base ado em Chamb berlain (2011)
144

2.2.33.2 Velociddade Básica


a do Vento
Para Gonçalves
G et
e al. (20044) a velocid
dade básicaa do vento, V0, está diretamente
d e
assocciada as conndições em que são efeetuadas as medias
m destaa velocidadde para o vento natural..
Há aalgumas exiggências e padronizaçõees na hora de
d obter a velocidade
v bbásica do veento, dentree
elas vvale ressaltaar o posicio
onamento doo equipameento de med
dição a 10m de altura. Sabe-se
S quee
nem sempre as edificações tem 10m de altura ou
o estão sittuadas em terrenos pllanos, destee
modoo, estabelece uma veelocidade ppadrão a partir da qu
ual deverãoo ser feitass correçõess
necessárias paraa cada caso particular.
p

A norm
ma brasileira NBR 6 123:1988 coloca
c a diisposição ddo usuário valores dee
veloccidade básicca, na formaa de “Isopleetas”, confo
orme ilustra a Figura 111.

Figuraa 11 ‐ Isopletas de velocidade básica do ventto (V0, em m/s).  
Basead do em NBR 612 23 (ABNT, 19888) 
15

Gonçalves et al. (2004) ainda ressalta que os dados do mapa de “isopletas” ilustrado
na Figura 11 foram obtidos com base em uma rajada de três segundos, que o período de
retorno é de 50 anos e que há uma probabilidade de 63% de ser excedida, pelo menos uma
vez, no período de retorno de 50 anos.

2.2.3.3 Velocidade Característica


A NBR 6123 (ABNT, 1988) diz que a velocidade característica do vento é a forma
de fazer as devidas correções citadas anteriormente por Gonçalves et al. (2004). A velocidade
característica é obtida através da velocidade básica do vento onde se leva em consideração: a
topografia local de determinada região, altura e dimensões em planta, rugosidade do terreno,
condições especificas de vida útil, importância da edificação e consequência que sua ruina
pode causar. Segundo a NBR 6123 (ABNT, 1988), a velocidade característica do vento é
calculada pela seguinte expressão:

Vk = V0.S1.S2.S3 (2)

Onde:
Vk é a velocidade característica;
V0 é a velocidade básica do vento local retirada do mapa de isopletas;
S1 é o fator topográfico que considera as variações de relevo de terreno no entorno
da edificação.
S2 considera o efeito combinado da rugosidade do terreno, da variação da velocidade
do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da edificação ou parte dela e;
S3 é o fator estatístico que considera o grau de segurança e a vida útil da estrutura.

2.2.3.4 Ações Locais


Blessmann (1991) nos conta que apenas em circunstancias excepcionais e ocasionais
há o colapso total de uma estrutura por ação do vento. E, mesmo nesses casos, em geral a
falha inicial é local. Blessmann (1991) ainda ressalta a importância econômica de estudar com
cuidado estas ações locais, a fim de evitar as falhas locais correspondentes, não sendo assim
necessário o superdimensionamento da estrutura.
16

Para Blessmann (1991) estas ações locais são constituídas por sucções de alto valor
que atuam em zonas não muito extensas, aparecendo nas proximidades de arestas e qujnas de
paredes e coberturas, principalmente para vento incidindo obliquamente a uma fachada. As
ações locais mais violentas são causadas pelos dois vórtices de topo, que aparecem com vento
soprando em torno de 45°.

2.2.3.5 Inclinação do telhado


Blessmann (1991) diz que na água de barlavento a inclinação do telhado influi tanto
nas sucções locais, para vento incidindo obliquamente, como também nos valores médios e
nos valores máximos das sucções e sobrepressões, para vento incidindo perpendicularmente à
cumeeira. Para vento perpendicular à cumeeira, Blessmann (1991) verificou que,
contrariamente a algumas normas ainda em uso, que indicam máximo de sucção com
cobertura horizontal, que as maiores sucções podem aparecer em telhados com inclinação
entre 8° a 12°. Estas sucções diminuem com o aumento da inclinação do telhado e que para
inclinações acima de 35° aparecem sobrepressões em partes da cobertura.
Blessmann (1991) ainda fala que próximo a cumeeira, mesmo nas aguas de
barlavento, podem aparecer sucções bastantes altas, que, por vezes, causam o arrancamento
de telhas situadas nestas zonas. A altura das paredes também exerce influencia sobre as
pressões da cobertura. Fundamentalmente, Blessmann (1991) conclui que as pressões externas
dependem da forma do fluxo nas vizinhanças da edificação. A Figura 12 esclarece este ponto.
A barlavento da construção podemos distinguir duas regiões: uma de fluxo fortemente
influenciado pela rugosidade do terreno e pelo campo de sobrepressões existente na parede de
barlavento, originando redemoinhos cônicos que escapam lateralmente e são lançados na
esteira. A outra região é a do fluxo livre, com as linhas de corrente desviadas pela edificação e
pelo vórtice de base. Estas duas regiões são separadas por uma superfície de separação,
variável no tempo. Se a tangente a esta superfície, no seu ponto de contato com o telhado, a
barlavento, é menos inclinada que o telhado aparecerão sobrepressões na agua de barlavento
(Figura 12.a). se esta tangente for mais inclinada que o telhado, aparecerão sucções (Figura
12.b).
177

Figuraa 12 ‐ Influênciaa da forma do ffluxo nas pressõões 
Basead do em Blessmaann (1991) 

2.2.33.6 Formaa e proporçõ


ões da edificcação
Em Blessmann (1
1991) fala que certas formas e proporções conduzem
m a sucçõess
muitoo altas, não só em telhaados, mas taambém em paredes. Istto acontece quando o vento
v incidee
parallelamente à cumeeira. Se o pavilhhão for suficcientemente profundo, a este “bulb
bo” de altass
sucçõões segue uma
u baixa rápida
r das sucções paara valores pequenos,
p ppróximos a zero e em
m
certaas condiçõees podem aparecer
a peequenas so
obrepressõess. Esta disstribuição de
d pressõess
indeppende da foorma e inclin
nação do tellhado.
Além disso
d Blessm
mann (199 1) também fala que com o ventoo soprando segundo o
eixo longitudinaal da edificaação, se estte for suficiientemente profundo, hhá um recolamento doo
fluxoo que se sepparou nas arrestas da faachada de barlavento, e neste casoo não pode desprezar o
efeitoo das forçass tangentes à coberturaa e às paredees.
188

Figuraa 13 ‐ Força tanggenciais em ed
dificações profuundas       
Basead do em Blessmaann (1991) 

mann (1991)) explica qque o recolamento see dá, aproxximadamentte , a umaa


Blessm
distaancia da fachhada de barrlavento iguual a 4l ou 4h, devendo ser consideerado o men
nor dos doiss
valorres (ver Figgura 13 ). Issto é, a forçça tangente à superfíciee de paredees e cobertu
uras aparecee
quanndo a profunndeza for maior que quuatro:

Profu
fundidade l
Profu
undeza Pr 3
menor d
dimensão daa secção tran
nsversal l ou h

2.2.44 Simulaçãoo do Vento natural em


m túnel de vento
v

Almeidaa (2009) descreve que o vento simulaado em túnell é chamado de vento nattural e diferee
em paarte do ventoo atmosférico
o. Na Verdadde a simulação contempla somente um
m pedaço do
o espectro dee
veloccidades do veento atmosfééricos situaddo entre 1 seg
gundo por ciiclo e 1 horaa por ciclo. Isto
I significaa
que nnesta simulaçção de 1 horra em tempoo real teremo
os todas as rajadas
r com duração e periodicidade
p e
inferiiores a 1 horaa, existentes no vento atm
mosférico no
o momento da rajada de 1 hora.
Almeidaa (2009) tam
mbém entendde que o vento natural é aquele que ccontem as caaracterísticass
estatíísticas (meddia, desvio padrão,
p corrrelação e esspectro de potencia)
p doo vento atm
mosférico noo
mom
mento de umaa rajada. A siimulação corrreta destas característica
c as é fundameental para a aplicação
a em
m
engennharia civil, sem a qual os
o resultados obtidos não refletem a reealidade.
Informaações adicion
nais sobre siimulação dass característiicas estatísticcas do vento
o natural em
m
túnel podem ser obtidas
o em Blessmann
B (1 983) e Blesssmann (1982)
199

Figuraa 14 ‐ Dispositivvos para simula 9) 
ação do vento nnatural. Fonte: Almeida (2009

2.2.55 Fundamentos teóricos básico d


de fluidodin
nâmica

2.2.55.1 Comprressibilidadee do ar
Em Bleessmann (1
1983) temoss que o coeeficiente dee compressiibilidade isentrópica é
inverrsamente prroporcional à pressão; quanto maior a pressãão, menor a compressiibilidade. A
presssão atmosféérica sofre uma
u variaçãão de 1,9% e a massa especifica
e ddo ar varia 1,35% paraa
uma alteração de
d 200kgf/m
m² na pressãoo atmosférica, variação
o esta perfeiitamente tolerável sem
m
que sseja necessáário levar em conta a ccompressibilidade do ar.
a Blessmaann (1983) adianta
a quee
uma pressão de 200kgf/m² é a máximaa sobrepresssão causadaa por um vennto com velocidade dee
203kkm/h, nas coondições no
ormais de prressão e tem
mperatura dee 15°C.

2.2.55.2 Conceiito de Fluid


do Perfeito oou Ideal
Blessm
mann (1983)) traz o segguinte conceeito de fluid
do perfeito ou Ideal: é um fluidoo
incom
mpressível e sem visccosidade. Paara o caso do ar, denttro do âmbbito de velo
ocidade quee
intereessam à enngenharia ciivil, podem
mos desprezaar os efeito
os da compr
pressibilidad
de, portantoo
quannto a comprressibilidad
de, nenhumaa correção será necesssário para ppassar do fluido
f ideall
para o fluido real. Porem quanto
q à visscosidade, nas
n proximiidades dos contornos sólidos,
s suaa
20

influência ocasiona o aparecimento de diversos fenômenos importantes, tanto do ponto de


vista teórico quanto do ponto de vista pratica.

2.2.5.3 Viscosidade
Para Blessmann (1983), A viscosidade é a capacidade do fluido que controla sua
velocidade de deformação, então um fluido, sob a ação de uma força tão pequena quanto se
queria, atuando por um tempo suficiente, apresenta uma variação de forma da magnitude que
se desejar.
Nos gases a viscosidade recebe a influencia da temperatura que ao subir, aumenta
também o coeficiente de viscosidade, isto se deve-se principalmente ao movimento caótico
das moléculas; este sobe com o crescer da temperatura. Blessamann (1983) ainda diz que para
os gases, a viscosidade pode ser considerada como independente da pressão, no âmbito de
aplicação de Boyle-Mariotte.
Em muitos casos o ceficiente de viscosidade aparece ligado à massa especifica pela
relação:

v μ/ρ 4
Alguns valores são trazidos por Blessman (1983)
Tabela 2 ‐ Tabela de valores de viscosidade 
Valores de  
Fluido à pressão de 1atm =  Viscosidade 
760mm de mercúrio =  T(°C)  Viscosidade 
cinematica 
1,033kgf/cm²  absoluta 10^6 μ 
10^6 v 
Ns/m² kgf s/m²   m²/s 
0  1795  183  1,79 
15  1147  117  1,15 
30  799  81,5  0,8 
Agua 
50  549  56  0,56 
100  283  28,9  0,3 
140  195  19,9  0,21 
‐50  14,4  1,47  9,1 
0  16,9  1,72  13,1 
15  17,8  1,81  14,5 
Ar de composição normal  30  18,5  1,89  15,9 
50  19,5  1,99  17,9 
100  22,1  2,25  23,4 
140  23,7  2,42  27,8 
21

2.2.55.4 Teorem
ma da Consservação daa Massa
Basicam
mente Gonççalves et all. (2004), explica que para um flluido incom
mpressível e
em reegime de esscoamento permanente
p e, o volume que passa em
e qualqueer seção de um tubo dee
correente é consttante. Ou seeja, a massaa de um fluiido que entrra em um vvolume é igu
ual à massaa
que sai. Torres Manfrim (2006)
( diz que quando as partícu
ulas de um
m fluido tem
m a mesmaa
veloccidade num
m mesmo pon
nto em umaa mesma traajetória e estte fluido nãão depende do
d tempo, é
dito eentão que o fluxo é perrmanente.

Figu
ura 15 ‐ Contorrno de um tubo
o de corrente de um fluido. 
B
Baseado em Pittta (1991) 

A – áreea de uma su
uperfície pllana;
v – veloocidade médio do fluiddo;
ρ – masssa especifica do fluidoo.

Considderando-se o volume liimitado pelo tubo de corrente


c da figura 9, pelas
p seçõess
S1 e S2 em um regime
r perm
manente com
m intervalo de tempo dt,
d tem-se;

Massa de fluido qu
ue entra – ρρ1(A1ν1dt1)) (5)
Massa do fluido qu
ue sai – ρ2((A2ν2dt2) (6)
Em reggime: ρ1(A1
1ν1dt1) = ρ22(A2ν2dt2) (7)

Considderando o flu
uido incomppressível - ρ1
ρ = ρ2 = ρ, então:

A1.ν1 = A2.ν2 (8)


22

2.2.5.5 Teorema da Conservação de Energia ou Teorema de Bernoulli


Gonçalves et al. (2004) de maneira sucinta, traz uma breve recordação do Teorema
de Bernoulli. Para um fluido incompressível e um fluxo em regime permanente, pode-se dizer
que a soma das pressões dinâmicas, estáticas e piezométrica é constante. Neste caso, escreve-
se:

1
ρV P ρgz constante 9
2

Pode-se reescrever a equação 8, em correspondência a Figura 15, na forma:

1 1
ρ P ρg z ρ P ρg z 10
2 2

Nas equações 9 e 8, P é a pressão estática, V é a velocidade, g é a aceleração da


gravidade, ρ é a massa específica do ar e z a cota do ponto considerado.
Gonçalves et al. (2004) ainda diz que no caso da ação do vento em edificações é
possível desprezar a pressão piezométrica, o que permite então dizer que a soma da pressão
dinâmica com a pressão estática será constante. Neste caso eles reescrevem a equação 9 na
forma simplificada:

1 1
ρ P ρ P 11
2 2

2.2.5.6 Pressão Estática


Blessmann (1983) define pressão estática considerando o fluido em repouso,
havendo vários dispositivos que permitem sua medida, porem se o fluido estiver em
movimento e o aparelho medidor acompanhar este movimento também será medida a pressão
estática.
A pressão estática é expressa pela seguinte equação:


p lim 12
∆ → ∆

sendo que ΔN é a força exercida normalmente a uma superfície plana da área ΔA.
23

2.2.5.7 Pressão Total


Segundo Blessmann (1983) a pressão total acontece no ponto onde a velocidade é
nula, ou seja no ponto de estagnação do fluido. São chamados pontos de estagnação aqueles
em que toda a pressão dinâmica foi transformada em estática e esta pode ser medida traves de
um orifício feito no ponto de estagnação, ligado a um manômetro.
Blessmann (1983) ainda deduz a seguinte equação:
Considerando p e u respectivamente, a pressão e a velocidade em um ponto do fluxo
não afetado pelo obstáculo e a barlavento deste. Seja respectivamente e a pressão e a
velocidade no ponto de estagnação e tendo o Teorema de Bernoulli (10) temos:

1 1
ρ p ρ p 13
2 2

E considerando 0 temos:

1
ρ p p p 14
2

Portanto, o orifício efetuado no ponto de estagnação, medindo a pressão estática


neste ponto, nos da a pressão total em um ponto da corrente permanente e uniforme não
afetada pelo obstáculo. Essa técnica de medição foi realizada pela primeira vez em 1732 por
Henri Pitot que utilizou um tubo de vidro de pequeno diâmetro, com uma curva em ângulo
reto e a frente voltada para barlavento. Por essa razão este é chamado de tubo de Pitot.
244

Fig
gura 16 ‐ Tubo  de Pitot para m
mediçao da pre
essão Total. 
Baseeado em Blessmmann (1983) 

2.2.55.8 Pressão de Obstru


ução
Blessm
mann (1983) explica quue a Pressão
o de Obstruçção denomin
inada q nada mais é doo
que a diferença das pressõees estáticas jjá citadas accima na equ
uação 13:

1
p p ρ q 15
2

2.2.55.9 Turbullência ou Pressões


P Flu
utuantes
Para Blessmann (1983) a turrbulência teem sua orig
gem em mov
ovimentos circulatórioss
da attmosfera, caausados porr transformaações termo
odinâmicas e pela rotaação da terra, e atravéss
da ruugosidade, constituída por obstácculos naturaais ou criad
dos pelo hoomem com
mo florestas,,
monttanhas, edifficações, etcc.
Blessm
mann (1983) cita que coom a turbulêência, partee da energiaa do fluxo é retirada doo
moviimento e quue os gradieentes de veelocidade en
ntão resultan
ntes fazem com que ap
pareçam oss
efeitoos da viscoosidade, quee tendem a diminuir a intensidad
de destes diistúrbios. Esta
E energiaa
retiraada do fluxxo aparece em
e forma dde calor, seendo muito maior o auumento de entropia
e noo
regim
me turbulennto do que no laminar.
255

2.2.55.10 Coeficiientes de Prressão, de F


Forma e de atrito
Blessm
mann (1983) fala que paara uma tom
mada de presssão estáticaa situada em
m um pontoo
m daa superfície de um sólid
do, sendo o valor desta
d pressão
o, a veloocidade do fluido
f juntoo
ao coorpo no ponnto m, e como annteriormentee, o teoremaa de Bernouulli (10) forn
nece:

1 1
ρ p ρ p 16
2 2

Então:

1 1
∆p
p p p ρ ρ 17
2 2

Figura 17 ‐ D
Definição do Co
oeficiente de Prressão 
B
Baseado em Pittta (1991) 

1 18

Torres Manfrim (2
2006) fala que quando
o > 0 oco
orre uma soobrepressão
o, e quandoo
< 0 ocorre um
ma sucção. Manfrim aainda ressaltta que o vaalor máximoo que podee ocorrer dee
sobreepressão em
m uma estru
utura é iguaal ao valor de obstruçãão, ou seja, de = 1. Já no casoo
das ssucções, em
m certas regiiões ela podde ser muito
o elevada ch
hegando a aatingir de 6 a 8 vezes a
presssão de obstrrução.
Quandoo o objeto tiver
t algumaa abertura, onde possa entrar o fluuido, como no caso dee
uma edificação, ocorrera tanto presssão externa como inteerna não im
mportando qual
q seja a
posiçção desta abbertura com
mo mostra a
266

Figura 18 ‐ Lin
nhas de Fluxo nno Entorno de u
um Objeto não maciço com Abbertura. 
B
Baseado em Pittta (1991) 

Já o cooeficiente dee forma Exxterno Blesssmann (1983) fala que é somente aplicável a
uma superfície plana
p de áreea A conheccida e é defiinido por:

19

Onde é a resultaante das preessões exterrnas sobre a superfície pplana.

E por fim,
f Blessm
mann (1983) demonstra que as forçças de atritoo tangentes à superfíciee
perm
mitem definiir os seguinttes coeficienntes:

- Coeficiente de attrito local;

20

- Coeficiente de attrito

21

Sendo a resultaante das tennsões tangen


nciais sobree a superfíciie plana de área
á A.
27

2.2.5.11 Modelo de Turbulencia k-ε Padrão


Em mecânica dos fluidos, entende-se por escoamento turbulento o escoamento de um
fluido em que as partículas se misturam de forma não linear ou caótica com turbulência e
redemoinhos em oposição ao fluxo laminar.
O modelo k-ε padrão é um modelo de viscosidade turbulenta no qual se assume que
os tensores de Reynolds são proporcionais aos gradientes de velocidade média, com a
constante de proporcionalidade sendo caracterizada pela viscosidade turbulenta, ,que é dada
pela equação abaixo:

22

é uma constante, que pode assumir os seguintes valores: 1,44, 1,92 e 0,09. No
caso de modelo de turbulência k-ε padrão, o valor de é 0,09.
O modelo é dado pelas equações de transporte para a energia cinética de turbulência
(k) e a taxa de sua dissipação turbulenta (ε):

ρk 23

ρε 24

25

Nestas equações, representa a geração da energia cinética de turbulência


resultante da média dos gradientes de velocidades; , são constantes sendo que e
são os números de Prandtl turbulentos para k e ε, respectivamente. A viscosidade de
turbulência é dada pela equação 4. As constantes , , e assumem os seguintes
valores: 1,44; 1,92; 1,0 e 1,3.
28

2.2.6 Método dos Elementos Finitos (MEF)

Segundo Azevedo (2003) o método dos elementos finitos (MEF) tem como objetivo
a determinação do estado de tensão e de deformação de um solido de geometria arbitraria
sujeito a ações exteriores. Quando existe a necessidade de projetar uma estrutura, é habitual
proceder a uma sucessão de analises e modificações das suas características, com o objetivo
de alcançar uma solução satisfatória.
M. de Souza (2003) diz que o método dos elementos finitos consiste em um método
numérico aproximado para analise de diversos fenômenos físicos que ocorrem em meios
contínuos, e que são descritos através de equações diferenciais parciais, com determinadas
condições de contorno.
O MEF é bastante genérico, e pode ser aplicado na solução de inúmeros problemas
da engenharia.

2.2.6.1 Tipos de análise


Quando surge a necessidade de resolver um problema de análise de uma estrutura, a
primeira questão é a classificação quanto a geometria, material constituinte e ações aplicadas.
O modo como o MEF é formulado e aplicado depende, em parte, das simplificações inerentes
a cada tipo de problema.

Análise dinâmica ou estática:


As ações sobre as estruturas são em geral dinâmicas, devendo ser consideradas as
forças de inércia associadas às acelerações a que cada um dos componentes fica sujeito. Por
este motivo, seria de esperar que a analise de uma estrutura teria obrigatoriamente de ter em
consideração os efeitos dinâmicos. Contudo, em muitas situações é razoável considerar que as
ações são aplicadas de um modo suficientemente lento, tornando desprezáveis as forças de
inércia.

Análise não linear ou linear


Na analise de uma estrutura sólida, é habitual considerar que os deslocamentos
provocados pelas ações exteriores são muito pequenos quando comparados com as dimensões
dos componentes da estrutura. Nestas circunstancias, admite-se que não existe influencia da
modificação da geometria da estrutura na distribuição dos esforços e das tensões, todo o
299

estuddo é feito com basee na geom


metria iniciaal indeform
mada. Se eesta hipótesse não forr
consiiderada, a analise
a é não
o linear.

2.2.66.2 Ideia básica


b do Método
M dos E
Elementos Finitos
F
M. de Souza
S (2003) descrevee que a prin
ncipal ideia do métodoo dos elementos finitoss
consiiste em se dividir
d o do
omínio (meeio continuo
o) do probleema em subb-regiões dee geometriaa
simpples (formatoo triangularr, quadrilateeral, cubico)).
Esta iddeia é bastan
nte utilizadda na engenh
haria, onde usualmente
te tenta-se resolver
r um
m
probllema compllexo, subdiv
vidindo-o em
m uma serie de problem
mas mais siimples. Dev
vido ao fatoo
das ssub-regiões apresentareem dimensõões finitas, estas sub-rregiões são chamadas “elementoss
finitoos”, em contraste com
m os elemeentos infinittesimais utiilizados noo calculo diiferencial e
integgral. Advém me “Métodoo dos elemeentos finitos”, estabeleecido por Ray
m dai, o nom R Clough,,
na déécada de 500. (M. de So
ouza - 2003)).
M. de Souza (20
003) ainda cita que vários
v tiposs de elemeentos finitos já foram
m
desennvolvidos e que estes apresentam
m formas geeométricas diversas em
m função do tipo e daa
dimeensão do prooblema.

Figuraa 19 ‐ Tipos de e
elementos Finittos. Fonte: M.  de Sousa (2003
3) 
300

2.2.66.3 Conceiito de Grau de liberdadde no MEF


F

M. de Souza
S (2003
3) fala que alem dos co
onceitos de “elementoss finitos” no
o MEF, um
m
outroo conceito muito
m importante é o cconceito de “grau de liiberdade” (d
(degree of freedom)
fr ouu
“gdl”” (dof). A iddeia de grau
u de liberdaade tem sua origem na ideia do moovimento de partículass
em pproblemas da
d mecânicaa, onde se coonsidera quee:

 Um ponto a apresenta um m espaço trid


dimensional, três graus dde liberdade,, quais 
sejam três ppossíveis moovimentos dee translação.
 Mais genericamente, um m corpo rígid
do apresenta a, no espaço  tridimensional, seis 
graus de liberdade, qua is sejam, três possíveis m
movimentos  de translaçãão e três 
possíveis movimentos dde rotação. 

O com
mportamento
o de um elemento é praticam
mente definnido pelo numero e
posiccionamento dos nós, e pelo núm
mero de grau
us de liberd
dade por nóó. O mesm
mo elementoo
finitoo, com a mesma
m form
ma e mesm
mo numero
o de nós, como
c por exemplo, o elementoo
trianggular de trêês nos podee ser utilizaado com diiferentes graus de libeerdade, depeendendo daa
dimeensão e tipo do problem
ma em questtão.
Em prooblemas de mecânica ddos sólidos, os graus dee liberdade dos nos corrrespondem
m
aos ppossíveis movimentos
m que estes ppodem sofreer. Estes movimentos
m ou deslocam
mentos doss
nós ssão as incóógnitas principais da annalise pelo método traadicional dee elementoss finitos doo
probllema geral da
d Mecânicca dos Sóliddos.

Figuraa 20 ‐ Graus de liberdade de uum ponto e de um corpo rígido. Fonte: M. dee Sousa (2003) 
3 METODOLOGIA

3.1 Considerações Iniciais

A análise numérica foi desenvolvida através do software ANSYS 12.1, um programa


de elementos finitos, onde foi simulado um edifício industrial sujeito as ações do vento
semelhantes as condições naturais.

3.2 Obtenção de dados prévio

3.2.1 Modelo 1

O primeiro modelo a ser simulado é um telhado a quatro aguas estudado e


apresentado pelo professor Joaquim Blessmann da UFRGS.
Blessmann (2004) ensaiou no túnel de vento Prof. Joaquim Blessmann da UFRGS os
efeitos do vento em telhados a quatro aguas, e considerou variações do mesmo, como,
platibandas, e beiras de diferentes tamanhos. Estas mesmas considerações serão feitas aqui e
comparadas com os resultados obtidos por Blessmann.
322

Figura 21 ‐ Vistta Superior do modelo a ser e
estudado 
FFonte: Blessmann (2004) 

Figura 22 ‐‐ Corte do mod
delo a ser estud
dado 
FFonte: Blessmann (2004) 

Tabela 3 ‐ dimensõões e proporçõ
ões dos modelo
os com Beiral 
FFonte: Blessmann (2004) 
Dimensõess e Proporçõões dos Modelos com Be
eiral (7 modeelos) 
M
Modelos  a x b x h  (mm)  θ 
θ ℓb (m
mm) ℓb/hh  h/b 
320 x 1600 x 180  
Pared
de Alta (PA)  15°  2/300  9/8 
[2 x 1 x 11,125] 
333
Tabela
a 4 ‐ dimensõess e proporções dos modelos ccom platibandaa 
FFonte: Blessmann (2004) 
Diimensões e Proporções  dos Modelo
os com platib
banda (28 moodelos) 
M
Modelos  a x b x h  (mm)  θ 
θ ℓb (m
mm) ℓb/hh  h/b 
0          0          
320 x 1600 x 180   3          0,05       
Parrede Alta  15°  9/8 
[2 x 1 x 11,125]  6          0,10 
0      
12
2  0,20 

3.2.22 Modelo 2

O seguundo modello a ser ennsaiado serãão as marqu


uises do Paavilhão medabil DVR
R
Junddiaí, o qual foi ensaiad
do em 20099 pelo labo
oratório de aerodinâmicca das construções daa
univeersidade fedderal do Rio
o Grande doo Sul.

Fig
gura 23 ‐ Vista  Superior Marq
quises do Pavilh
hão DVR III 

Figura 24 ‐ Vistaa Frontal Marqu
uises do Pavilhão DVR III 

Pelo faato da analisse numéricaa através do ANSYS nãão conseguiir gerar umaa malha em
m
escalla real para o edifício em questãoo, por ele seer de dimen
nsões granddes, será feiito algumass
simpplificações e analisado somente
s os ângulos de incidência de 0 graus, 15 graus e 30 graus.
344

Figura 25 ‐ Coe
eficientes de P ressão para 0 ggraus (Loredo S
Sousa et al‐20009 – LAC) 

Figura 26 ‐ Coe
eficientes de Prressão para 15 graus (Loredo S
Sousa et al‐20009 – LAC) 

Figura 27 ‐ Coe
eficientes de Prressão para 30 graus (Loredo S
Sousa et al‐20009 – LAC) 
355

Abaixoo estão discrriminados oos pontos os quais serãão comparaados para oss resultadoss
das pplatibandas acima citad
das.

Figuraa 28 ‐ Pontos de
e Retiradas de Resultados, 

3.2.33 Modelo 3

O terceeiro modelo
o a ser reprooduzido e siimulado é o apresentaddo em Almeeida (2009))
ondee ele ensaiouu no túnel de vento daa UFRGS uma
u estrutura espacial em aço executada em
m
20066 em Gramaado-RS. Traata-se de um
ma edificaçãão cuja geraatriz é um ar
arco pleno com 53m dee
vão, 26,5m de flecha,
fl e com
mprimento dde 105m. A velocidadee usada paraa o vento turbulento noo
ensaiio realizadoo por Almeida (2009) fo
foi de 40,97m
m/s e foi a mesma
m usadda nesta pessquisa.
366

Figura 29 ‐ Esttrutura estudad
da por Almeida
a (2009) 
Fonte: Almeida (2009) 

Figura 30 ‐ Esttrutura estudad
da por Almeida
a (2009) 
Fonte: Almeida (2009) 

Almeidda (2009) Apresentou


A dados do ensaio
e paraa todas as ddireções daa edificaçãoo
variaando 15° para cada laado, cheganndo a um total
t de 360°, e com 255 tomass para cadaa
direçção. Porem ele não apresentou vallores de preessões ou ate mesmo cooeficientes de pressõess
não ssendo assim
m possivel uma
u comparração de preessoes com os valores dde almeida,, entao paraa
a vallidação destte modelo será
s usado o anexo E da NBR 61
123/88. E as incidenciaas de ventoo
analiisadas foi dee 0 e 90 graaus.
377

Figura 31 ‐ Modelo e m miniatura pa


ara estudo em túnel de ventoo 
Fonte: Almeida (2009) 

2 ‐ Abóbodas ccilíndricas de se
Figura 32 eção circular pe
ela NBR 6123/888. 
388

3.2.44 Modelo 4

Para o modelo 4 foi


f analisado
do um outdo
oor com dim
mensões de 8x5metros e 8 metross
de alltura conform
me a figuraa abaixo mo stra.

Figuraa 33 ‐ Dimensõe
es do outdoor 

Para coomparação e validação dos resultaados da analise numériica feita parra o modeloo
quatrro será usaado o capittulo 8 da N
NBR6123/8
88 onde a mesma trazz uma tabeela em quee
apressenta valorees para a situ
uação apressentada acim
ma.

Figura
a 34 ‐ tabela 166 da NBR 6123//88 ‐ Forças dev
vidas ao vento 
399

3.2.55 Métodos e técnicas

Os modelos que serão


s analissados, posssuem dimen
nsões de coomprimento
o, largura e
alturaa conformee os apresen
ntados no iteem acima. O escoamen
nto será turb
rbulento p=0
0,23, classee
entree III e IV da
d NBR 612
23, serão annalisados 7 direções do
d vento, gir
irando os modelos
m 15°°
para cada direçãão, totalizan
ndo 90°
Para a analise
a mérica de CFD (Com
num ynamic), foii escolhidoo
mputacionall Fluid Dyn
sistem
ma Fluid Flow
F CFX do ANSY
YS 12.1, ass velocidad
des são obttidas do principio dee
conseervação de energia e a pressão é obtida do principio
p dee conservaçção de masssa. O fluidoo
ondee a edificaação esta in
nserida, tem
m como característic
c ca a incom
mpressibilidaade, fluidoo
isotéérmico, dennsidade de 1,185kg/m
m³ e visco
osidade de 1,83e-005 kg/m.s, a 25° dee
tempperatura ambbiente.
nserida em uum volume de controle onde a disccretização do
A edificaação esta in d mesmo é
feita pelo ANSYS atravéss de malhass cujo tamanho é deffinido de accordo com a precisãoo
requeerida para os
o resultados.
O volum
me de contro
ole o qual a edificação esta inserid
da segue reccomendaçõees indicadass
por F
Franke et all. (2007) e possuem diistancia entrre a entradaa e o edifíciio de 5H en
ntre a saídaa
15H,, laterais de 5H e alturaa de 6H senndo H a altu
ura de cumeeira do ediffício em queestão. Estass
dimeensões podeem ser visuaalizadas na F
Figura 35.

Figuraa 35 ‐ Proporçõe
es do Volume d
de Controle Suggeridas por Fra
anke et al. (200
07) 
400

Figuraa 36 ‐ Aplicação
o das Proprieda
ades do Fluido

Figuraa 37 ‐ Modelo d
de turbulência p
proposto RNG  k‐Epsilon 

Para os elementos
e de
d malha fooi utilizado o ANSYS ICEM CFD
D usando o CFX-Meshh
Methhod que é composto basicamentte por malh
ha Tetraédrrica. A turbbulência fo
oi simuladaa
atravvés do RNG
G k-Epsilon, como vem bulência k-εε
mos na Figurra 37, que utiliza o moddelo de turb
padrãão onde a viscosidade
v turbulenta assume quee os tensorees de Reynoolds são pro
oporcionaiss
aos ggradientes de
d velocidad
de media coom a constan
nte de proporcionalidad
ade sendo caaracterizadaa
pela viscosidadee turbulentaa.
41

Figuraa 38 ‐ Discretizaação da Malha 

As condiições de con
ntorno do vvolume ondee a edificaçãão esta inserrida são as seguintes:

 Na face d
do volume de controle a  montante,  na direção d
do vento a veelocidade de
e entrada do

vento Vz é igual a 45m
m/s; 

 
Figuraa 39 ‐ Aplicação
o das condiçõess de contorno
422

 Na face innferior do vo
olume de co ntrole, onde
e é simulado a superfíciee terrestre e em todas ass 
Vx=Vy=0 (conndição de não deslizamento); 
faces da eedificação, V

 
Figuraa 40 ‐ Aplicação
o das Condiçõess de contorno

 Nas duas faces laterais, na face suuperior e na face posterior do volum
me de controle, a pressão

é igual a zzero. 

 
Figuraa 41 ‐ Aplicação
o das condiçõess de contorno
433

Segue abaixo um fluxogramaa de como será


s o proceesso inseriddo dentro do
o programaa
de annalise numéérico:
44

3.2.6 Materiais e Equipamentos

ANSYS 12.1 – é um programa que usa o método dos elementos finitos. Foi o
pioneiro na área e a mais de quarentas anos esta no mercado. O programa esta dividido em
três ferramentas básicas chamadas: preprocessor (pré-processador), Solution (Solução) e
Postprocessor (pós-processador)
O ANSYS é destinado à soluções de problemas mecânicos incluindo analise de
estruturas dinâmicas e estáticas, analise de problemas acústicos, analise de problemas
eletromagnéticos, analise de transferência de calor e o CFD (Computacional Fluid Dynamic)
ou analise de Fluidodinâmica que é o que será usado nesta pesquisa.
4 RESULTADOS

4.1 Modelo 1

4.1.1 Considerações Iniciais

Os resultados foram obtidos através de uma media dos valores proporcional a área da
pressão efetiva referente a cada zona dos quadrantes 1, 2, 3 e 4. Os coeficientes de pressão
locais e médios foram obtidos através da formula Cp = Δp/ q sendo que Δp = pressão efetiva e
q = pressão dinâmica definida como 0,613.V².

4.1.2 Apresentação dos resultados

Tabela 5 ‐ Coeficientes de Pressão médios adquiridos através da Analise Numérica 
Quadrante 1  Quadrante 2 
Zona     Platibanda p/h =      Platibanda p/h =  
Beiral  Beiral 
0  0,05  0,10  0,20  0  0,05  0,10  0,20 
0  ‐0,52  ‐0,81  ‐0,78  ‐0,71  ‐0,65  0  ‐0,28  ‐0,22  ‐0,02  0,04  ‐0,05 
15  ‐0,31  ‐0,52  ‐0,61  ‐0,88  ‐0,85  15 ‐0,60  ‐0,44  ‐0,30  ‐0,24  ‐0,31 
30  ‐0,41  ‐0,23  ‐0,58  ‐0,86  ‐0,82  30 ‐0,84  ‐0,51  ‐0,49  ‐0,48  ‐0,43 
I  45  ‐0,76  ‐0,40  ‐0,96  ‐1,04  ‐1,04  45 ‐0,89  ‐0,75  ‐0,63  ‐0,74  ‐0,85 
60  ‐0,97  ‐0,41  ‐1,30  ‐1,28  ‐1,12  60 ‐1,15  ‐0,56  ‐0,98  ‐0,87  ‐0,79 
75  ‐1,17  ‐0,56  ‐1,28  ‐1,12  ‐1,05  75 ‐1,15  ‐0,58  ‐1,09  ‐1,02  ‐0,63 
90  ‐1,34  ‐0,81  ‐1,15  ‐0,98  ‐0,94  90 ‐1,34  ‐0,81  ‐1,15  ‐0,98  ‐0,94 
0  ‐0,27  ‐0,34  ‐0,34  ‐0,48  ‐0,36  0  ‐0,08  ‐0,15  ‐0,02  ‐0,04  ‐0,17 
15  ‐0,29  ‐0,41  ‐0,56  ‐0,35  ‐0,57  15 ‐0,29  ‐0,41  ‐0,32  ‐0,17  ‐0,32 
30  ‐0,42  ‐0,33  ‐0,53  ‐0,46  ‐0,69  30 ‐0,78  ‐0,40  ‐0,54  ‐0,45  ‐0,42 
II  45  ‐0,85  ‐0,68  ‐0,78  ‐0,79  ‐0,91  45 ‐0,92  ‐0,63  ‐0,72  ‐0,79  ‐0,88 
60  ‐1,15  ‐0,97  ‐1,01  ‐1,10  ‐0,97  60 ‐1,10  ‐0,92  ‐0,94  ‐0,96  ‐0,87 
75  ‐1,16  ‐1,15  ‐1,11  ‐1,05  ‐0,80  75 ‐1,15  ‐1,03  ‐1,08  ‐0,99  ‐0,67 
90  ‐1,23  ‐1,21  ‐1,07  ‐0,92  ‐0,84  90 ‐1,23  ‐1,21  ‐1,07  ‐0,92  ‐0,84 
46

0  ‐0,85  ‐0,47  ‐0,94  ‐0,83  ‐1,11  0  ‐0,30  ‐0,26  ‐0,02  0,08  0,06 
15  ‐0,83  ‐0,58  ‐1,04  ‐1,00  ‐1,07  15 ‐0,61  ‐0,56  ‐0,36  ‐0,21  ‐0,14 
30  ‐0,86  ‐0,37  ‐0,97  ‐0,92  ‐1,13  30 ‐0,80  ‐0,56  ‐0,31  ‐0,36  ‐0,32 
III  45  ‐0,74  ‐0,40  ‐0,79  ‐0,88  ‐0,94  45 ‐0,77  ‐0,82  ‐0,59  ‐0,50  ‐0,44 
60  ‐0,75  ‐0,65  ‐0,49  ‐0,86  ‐0,80  60 ‐0,79  ‐0,88  ‐0,73  ‐0,68  ‐0,45 
75  ‐0,71  ‐0,76  ‐0,78  ‐0,81  ‐0,67  75 ‐0,60  ‐0,77  ‐0,94  ‐0,82  ‐0,61 
90  ‐0,89  ‐0,94  ‐0,91  ‐0,69  ‐0,77  90 ‐0,89  ‐0,94  ‐0,91  ‐0,69  ‐0,77 
Quadrante 3  Quadrante 4 
Zona     Platibanda p/h =      Platibanda p/h =  
Beiral  Beiral 
0  0,05  0,10  0,20  0  0,05  0,10  0,20 
0  ‐0,52  ‐0,81  ‐0,78  ‐0,71  ‐0,65  0  ‐0,28  ‐0,22  ‐0,02  0,04  ‐0,05 
15  ‐0,65  1,02  ‐0,84  ‐0,78  ‐0,84  15 ‐0,29  ‐0,48  ‐0,07  ‐0,12  ‐0,19 
30  ‐0,80  ‐0,96  ‐0,79  ‐0,78  ‐0,69  30 ‐0,62  ‐0,60  ‐0,09  ‐0,08  ‐0,08 
I  45  ‐0,86  ‐0,67  ‐0,66  ‐0,64  ‐0,48  45 ‐0,72  ‐0,64  ‐0,32  ‐0,34  ‐0,38 
60  ‐0,83  ‐0,84  ‐0,36  ‐0,40  ‐0,37  60 ‐0,39  ‐0,66  ‐0,44  ‐0,53  ‐0,26 
75  ‐0,58  ‐0,85  ‐0,24  ‐0,32  ‐0,43  75 ‐0,26  ‐0,69  ‐0,47  ‐0,41  ‐0,49 
90  ‐0,29  ‐0,83  ‐0,39  ‐0,32  ‐0,55  90 ‐0,29  ‐0,83  ‐0,39  ‐0,32  ‐0,55 
0  ‐0,27  ‐0,34  ‐0,34  ‐0,48  ‐0,36  0  ‐0,08  ‐0,15  ‐0,02  ‐0,04  ‐0,17 
15  ‐0,60  ‐0,76  ‐0,44  ‐0,39  ‐0,57  15 ‐0,29  ‐0,63  ‐0,07  ‐0,12  ‐0,20 
30  ‐0,69  ‐0,70  ‐0,46  ‐0,43  ‐0,40  30 ‐0,68  ‐0,70  ‐0,32  ‐0,08  ‐0,15 
II  45  ‐0,83  ‐0,64  ‐0,40  ‐0,21  ‐0,42  45 ‐0,80  ‐0,74  ‐0,32  ‐0,34  ‐0,42 
60  ‐0,71  ‐0,92  ‐0,41  ‐0,35  ‐0,32  60 ‐0,63  ‐0,88  ‐0,58  ‐0,60  ‐0,31 
75  ‐0,42  ‐0,91  ‐0,56  ‐0,58  ‐0,53  75 ‐0,39  ‐0,82  ‐0,56  ‐0,48  ‐0,53 
90  ‐0,40  ‐0,90  ‐0,52  ‐0,37  ‐0,55  90 ‐0,40  ‐0,90  ‐0,52  ‐0,37  ‐0,55 
0  ‐0,85  ‐0,47  ‐0,94  ‐0,83  ‐1,11  0  ‐0,30  ‐0,26  ‐0,02  0,08  0,06 
15  ‐0,91  ‐0,77  ‐0,93  ‐0,96  ‐1,06  15 ‐0,54  ‐0,48  ‐0,07  ‐0,08  0,10 
30  ‐0,95  ‐0,59  ‐0,79  ‐0,95  ‐1,01  30 ‐0,69  ‐0,53  ‐0,07  ‐0,08  ‐0,02 
III  45  ‐0,94  ‐0,48  ‐0,68  ‐0,80  ‐0,93  45 ‐0,75  ‐0,66  ‐0,48  ‐0,34  ‐0,38 
60  ‐0,91  ‐0,70  ‐0,61  ‐0,58  ‐0,65  60 ‐0,40  ‐0,83  ‐0,52  ‐0,53  ‐0,24 
75  ‐0,56  ‐0,75  ‐0,38  ‐0,60  ‐0,56  75 ‐0,27  ‐0,71  ‐0,56  ‐0,41  ‐0,49 
90  ‐0,29  ‐0,83  ‐0,52  ‐0,56  ‐0,55  90 ‐0,29  ‐0,83  ‐0,52  ‐0,56  ‐0,55 

Tabela 6 ‐ Coeficientes de Pressão médios apresentados por Blessmann 
Quadrante 1  Quadrante 2 
Zona     Platibanda p/h =      Platibanda p/h =  
Beiral  Beiral 
0  0,05  0,1  0,2  0  0,05  0,1  0,2 
0  ‐0,51  ‐0,65  ‐0,82  ‐0,77  ‐0,62  0  ‐0,26  ‐0,27  ‐0,05  0,03  ‐0,05 
15  ‐0,34  ‐0,39  ‐0,63  ‐0,89  ‐0,87  15 ‐0,51  ‐0,52  ‐0,28  ‐0,17  ‐0,11 
30  ‐0,39  ‐0,39  ‐0,57  ‐0,84  ‐0,86  30 ‐0,75  ‐0,66  ‐0,49  ‐0,40  ‐0,43 
I  45  ‐0,62  ‐0,61  ‐0,97  ‐1,00  ‐0,97  45 ‐0,82  ‐0,76  ‐0,66  ‐0,68  ‐0,60 
60  ‐0,92  ‐1,02  ‐1,31  ‐1,25  ‐1,04  60 ‐1,03  ‐0,93  ‐0,92  ‐0,82  ‐0,70 
75  ‐1,24  ‐1,25  ‐1,28  ‐1,11  ‐0,87  75 ‐1,24  ‐1,17  ‐1,01  ‐0,84  ‐0,77 
90  ‐1,32  ‐1,33  ‐1,13  ‐0,91  ‐0,84  90 ‐1,32  ‐1,33  ‐1,13  ‐0,91  ‐0,84 
0  ‐0,27  ‐0,28  ‐0,32  ‐0,48  ‐0,64  0  ‐0,20  ‐0,20  ‐0,10  ‐0,10  ‐0,29 
15  ‐0,31  ‐0,32  ‐0,30  ‐0,32  ‐0,57  15 ‐0,36  ‐0,39  ‐0,30  ‐0,21  ‐0,20 
30  ‐0,54  ‐0,30  ‐0,57  ‐0,53  ‐0,65  30 ‐0,66  ‐0,62  ‐0,59  ‐0,50  ‐0,56 
II  45  ‐0,81  ‐0,82  ‐0,79  ‐0,79  ‐0,92  45 ‐0,87  ‐0,84  ‐0,76  ‐0,76  ‐0,80 
60  ‐0,99  ‐1,03  ‐1,04  ‐1,02  ‐1,01  60 ‐1,04  ‐0,98  ‐0,93  ‐0,94  ‐0,86 
75  ‐1,14  ‐1,13  ‐1,11  ‐1,01  ‐0,87  75 ‐1,12  ‐1,10  ‐1,06  ‐0,93  ‐0,81 
90  ‐1,14  ‐1,12  ‐1,08  ‐0,94  ‐0,86  90 ‐1,14  ‐1,12  ‐1,08  ‐0,94  ‐0,86 
477

00  ‐0,89  ‐1,02  ‐0,90 


‐ ‐0,776  ‐0,61  0  ‐0,29 ‐0,28  ‐0,03  0,12  0,04
115  ‐0,87  ‐0,91  ‐1,08 
‐ ‐1,005  ‐0,88  15 ‐0,44 ‐0,46  ‐0,07  0,06  0,03
330  ‐0,70  ‐0,76  ‐0,97 
‐ ‐1,110  ‐0,91  30 ‐0,58 ‐0,52  ‐0,36  ‐0
0,33  ‐0,34
III  445  ‐0,59  ‐0,66  ‐0,77 
‐ ‐0,888  ‐0,98  45 ‐0,65 ‐0,61  ‐0,61  ‐0
0,63  ‐0,55
660  ‐0,53  ‐0,55  ‐0,49 
‐ ‐0,883  ‐0,98  60 ‐0,73 ‐0,66  ‐0,78  ‐0
0,75  ‐0,68
775  ‐0,60  ‐0,63  ‐0,78 
‐ ‐1,003  ‐0,88  75 ‐0,74 ‐0,76  ‐0,93  ‐0
0,82  ‐0,78
990  ‐0,77  ‐0,86  ‐1,00 
‐ ‐0,992  ‐0,85  90 ‐0,77 ‐0,86  ‐1,00  ‐0
0,92  ‐0,85
Quad
drante 3  Quuadrante 4 
Zona     Platibanda p/hh =      Platibanda pp/h =  
Beiral  Beiral 
0  0,05  0,11  0,2  0  0,05  0,1 
0 0,2
00  ‐0,51  ‐0,65  ‐0,82 
‐ ‐0,777  ‐0,62  0  ‐0,26 ‐0,27  ‐0,05  0,03  ‐0,05
115  ‐0,79  ‐0,82  ‐0,85 
‐ ‐0,885  ‐0,79  15 ‐0,35 ‐0,38  ‐0,03  0,15  0,32
330  ‐0,80  ‐0,73  ‐0,79 
‐ ‐0,882  ‐0,81  30 ‐0,44 ‐0,46  ‐0,09  0,04  0,06
I  445  ‐0,85  ‐0,77  ‐0,63 
‐ ‐0,661  ‐0,73  45 ‐0,46 ‐0,50  ‐0,32  ‐0
0,33  ‐0,35
660  ‐0,82  ‐0,76  ‐0,37 
‐ ‐0,332  ‐0,56  60 ‐0,52 ‐0,53  ‐0,48  ‐0
0,51  ‐0,62
775  ‐0,68  ‐0,65  ‐0,25 
‐ ‐0,331  ‐0,62  75 ‐0,48 ‐0,48  ‐0,48  ‐0
0,61  ‐0,72
990  ‐0,49  ‐0,47  ‐0,44 
‐ ‐0,665  ‐0,74  90 ‐0,49 ‐0,47  ‐0,44  ‐0
0,65  ‐0,74
00  ‐0,27  ‐0,28  ‐0,32 
‐ ‐0,448  ‐0,64  0  ‐0,20 ‐0,20  ‐0,10  ‐0
0,10  ‐0,29
115  ‐0,53  ‐0,58  ‐0,48 
‐ ‐0,449  ‐0,60  15 ‐0,39 ‐0,44  ‐0,20  ‐0
0,05  0,02
330  ‐0,66  ‐0,66  ‐0,48 
‐ ‐0,333  ‐0,38  30 ‐0,55 ‐0,57  ‐0,29  ‐0
0,09  ‐0,03
II  445  ‐0,76  ‐0,75  ‐0,39 
‐ ‐0,220  ‐0,37  45 ‐0,63 ‐0,65  ‐0,32  ‐0
0,32  ‐0,44
660  ‐0,80  ‐0,77  ‐0,39 
‐ ‐0,443  ‐0,63  60 ‐0,68 ‐0,67  ‐0,55  ‐0
0,63  ‐0,70
775  ‐0,73  ‐0,73  ‐0,53 
‐ ‐0,663  ‐0,81  75 ‐0,62 ‐0,61  ‐0,55  ‐0
0,68  ‐0,79
990  ‐0,62  ‐0,59  ‐0,56 
‐ ‐0,777  ‐0,82  90 ‐0,62 ‐0,59  ‐0,56  ‐0
0,77  ‐0,82
00  ‐0,89  ‐1,02  ‐0,90 
‐ ‐0,776  ‐0,61  0  ‐0,29 ‐0,28  ‐0,03  0,12  0,04
115  ‐0,97  ‐0,98  ‐0,92 
‐ ‐0,991  ‐0,80  15 ‐0,34 ‐0,35  0,07  0,23  0,33
330  ‐0,89  ‐0,79  ‐0,85 
‐ ‐0,991  ‐0,89  30 ‐0,43 ‐0,43  ‐0,03  0,08  ‐0,01
III  445  ‐0,96  ‐0,89  ‐0,68 
‐ ‐0,773  ‐0,87  45 ‐0,49 ‐0,52  ‐0,41  ‐0
0,36  ‐0,35
660  ‐0,88  ‐0,82  ‐0,57 
‐ ‐0,552  ‐0,85  60 ‐0,57 ‐0,60  ‐0,53  ‐0
0,51  ‐0,59
775  ‐0,67  ‐0,64  ‐0,38 
‐ ‐0,553  ‐0,88  75 ‐0,59 ‐0,61  ‐0,58  ‐0
0,68  ‐0,76
990  ‐0,60  ‐0,55  ‐0,56 
‐ ‐0,880  ‐0,83  90 ‐0,60 ‐0,55  ‐0,56  ‐0
0,80  ‐0,83

Todaas as demaiss analises do


o Modelo 1 são apresentadas no Anexo
A AeA
Anexo D.

Figuraa 42 ‐ Pressão TTotal, Beiral, 0° e 15° 
488

Figuraa 43 ‐ Pressão TTotal, ℓb/h = 0, 0° e 15° 

Figura 44  ‐ Pressão Tota
al, ℓb/h = 0.10, 15° 

Figuraa 45 ‐ Pressão TTotal, ℓb/h = 0.10, 60° e 75° 
49

QUADRANTE 1 ‐ ZONA I ‐ BEIRAL


0

‐0,2
‐0,31
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,34
‐0,4 ‐0,39
‐0,41
‐0,51
‐0,52
‐0,6 ‐0,62
‐0,8 ‐0,76
‐0,92
‐1 ‐0,97

‐1,2 ‐1,17
‐1,24
‐1,32
‐1,34
‐1,4

‐1,6
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,52 ‐0,31 ‐0,41 ‐0,76 ‐0,97 ‐1,17 ‐1,34
Blessmann ‐0,51 ‐0,34 ‐0,39 ‐0,62 ‐0,92 ‐1,24 ‐1,32
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 1 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 1 ‐ Beiral

QUADRANTE 1 ‐ ZONA I ‐ ℓb/h = 0.05


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,4

‐0,6 ‐0,61 ‐0,57


‐0,58
‐0,63
‐0,8 ‐0,78
‐0,82
‐1 ‐0,96
‐0,97
‐1,13
‐1,15
‐1,2
‐1,30
‐1,31 ‐1,28
‐1,4
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,78 ‐0,61 ‐0,58 ‐0,96 ‐1,30 ‐1,28 ‐1,15
Blessmann ‐0,82 ‐0,63 ‐0,57 ‐0,97 ‐1,31 ‐1,28 ‐1,13
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 2 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 1 ‐ ℓb/h = 0.05
50

QUADRANTE 1 ‐ ZONA I ‐ ℓb/h = 0.10


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,4

‐0,6
‐0,71
‐0,8 ‐0,77
‐0,88 ‐0,84
‐0,86
‐0,89 ‐0,91
‐1 ‐1,00 ‐0,98
‐1,04
‐1,11
‐1,12
‐1,2
‐1,25
‐1,28
‐1,4
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,71 ‐0,88 ‐0,86 ‐1,04 ‐1,28 ‐1,12 ‐0,98
Blessmann ‐0,77 ‐0,89 ‐0,84 ‐1,00 ‐1,25 ‐1,11 ‐0,91
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 3 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 1 ‐ ℓb/h = 0.10

QUADRANTE 1 ‐ ZONA I ‐ ℓb/h = 0.20


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,4

‐0,6 ‐0,62
‐0,65
‐0,8 ‐0,82
‐0,85
‐0,87 ‐0,86 ‐0,87 ‐0,84
‐0,97 ‐0,94
‐1
‐1,04 ‐1,04 ‐1,05
‐1,12
‐1,2
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,65 ‐0,85 ‐0,82 ‐1,04 ‐1,12 ‐1,05 ‐0,94
Blessmann ‐0,62 ‐0,87 ‐0,86 ‐0,97 ‐1,04 ‐0,87 ‐0,84
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 4 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 1 ‐ ℓb/h = 0.20
51

QUADRANTE 1 ‐ ZONA II ‐ BEIRAL


0

‐0,2
‐0,27
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,29
‐0,31
‐0,4 ‐0,42
‐0,54
‐0,6

‐0,8 ‐0,81
‐0,85
‐1 ‐0,99
‐1,15 ‐1,14
‐1,16 ‐1,14
‐1,2 ‐1,23
‐1,4
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,27 ‐0,29 ‐0,42 ‐0,85 ‐1,15 ‐1,16 ‐1,23
Blessmann ‐0,27 ‐0,31 ‐0,54 ‐0,81 ‐0,99 ‐1,14 ‐1,14
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 5 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 2 ‐ Beiral

QUADRANTE 1 ‐ ZONA II ‐ ℓb/h = 0.05


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,32 ‐0,30
‐0,34
‐0,4

‐0,56 ‐0,53
‐0,6 ‐0,57

‐0,8 ‐0,78
‐0,79

‐1 ‐1,01
‐1,04 ‐1,07
‐1,11 ‐1,08
‐1,2
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,34 ‐0,56 ‐0,53 ‐0,78 ‐1,01 ‐1,11 ‐1,07
Blessmann ‐0,32 ‐0,30 ‐0,57 ‐0,79 ‐1,04 ‐1,11 ‐1,08
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 6 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 2 ‐ ℓb/h = 0.05
52

QUADRANTE 1 ‐ ZONA II ‐ ℓb/h = 0.10


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,32
‐0,35
‐0,4
‐0,48 ‐0,46
‐0,53
‐0,6

‐0,8 ‐0,79
‐0,92
‐0,94
‐1 ‐1,02 ‐1,01
‐1,05
‐1,10
‐1,2
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,48 ‐0,35 ‐0,46 ‐0,79 ‐1,10 ‐1,05 ‐0,92
Blessmann ‐0,48 ‐0,32 ‐0,53 ‐0,79 ‐1,02 ‐1,01 ‐0,94
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 7 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 2 ‐ ℓb/h = 0.10

QUADRANTE 1 ‐ ZONA II ‐ ℓb/h = 0.20


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,4 ‐0,36

‐0,6 ‐0,57
‐0,64 ‐0,65
‐0,69
‐0,8 ‐0,80
‐0,87 ‐0,84
‐0,86
‐0,91
‐0,92
‐1 ‐0,97
‐1,01

‐1,2
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,36 ‐0,57 ‐0,69 ‐0,91 ‐0,97 ‐0,80 ‐0,84
Blessmann ‐0,64 ‐0,57 ‐0,65 ‐0,92 ‐1,01 ‐0,87 ‐0,86
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 8 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 2 ‐ ℓb/h = 0.20
53

QUADRANTE 1 ‐ ZONA III ‐ BEIRAL


0
‐0,1
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,2
‐0,3
‐0,4
‐0,5
‐0,53
‐0,6 ‐0,59 ‐0,60
‐0,7 ‐0,70 ‐0,71
‐0,74 ‐0,75 ‐0,77
‐0,8
‐0,85 ‐0,83 ‐0,86
‐0,9 ‐0,89 ‐0,87 ‐0,89
‐1
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,85 ‐0,83 ‐0,86 ‐0,74 ‐0,75 ‐0,71 ‐0,89
Blessmann ‐0,89 ‐0,87 ‐0,70 ‐0,59 ‐0,53 ‐0,60 ‐0,77
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 9 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 3 ‐ Platibanda ‐ Beiral

QUADRANTE 1 ‐ ZONA III ‐ ℓb/h = 0.05


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,4
‐0,49
‐0,6

‐0,8 ‐0,77
‐0,79 ‐0,78
‐0,90 ‐0,91
‐0,94 ‐0,97
‐1 ‐1,00
‐1,04
‐1,08
‐1,2
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,94 ‐1,04 ‐0,97 ‐0,79 ‐0,49 ‐0,78 ‐0,91
Blessmann ‐0,90 ‐1,08 ‐0,97 ‐0,77 ‐0,49 ‐0,78 ‐1,00
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 10 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 3 ‐ ℓb/h = 0.05
54

QUADRANTE 1 ‐ ZONA III ‐ ℓb/h = 0.10


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,4

‐0,6
‐0,69
‐0,8 ‐0,76
‐0,83 ‐0,83 ‐0,81
‐0,88 ‐0,86
‐0,92 ‐0,92
‐1 ‐1,00 ‐1,03
‐1,05
‐1,10
‐1,2
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐0,83 ‐1,00 ‐0,92 ‐0,88 ‐0,86 ‐0,81 ‐0,69
Blessmann ‐0,76 ‐1,05 ‐1,10 ‐0,88 ‐0,83 ‐1,03 ‐0,92
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 11 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 3 ‐ ℓb/h = 0.20

QUADRANTE 1 ‐ ZONA III ‐ ℓb/h = 0.20


0

‐0,2
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,4

‐0,6 ‐0,61
‐0,67
‐0,8 ‐0,80 ‐0,77
‐0,88 ‐0,88 ‐0,85
‐0,91 ‐0,94
‐1 ‐0,98 ‐0,98
‐1,07
‐1,11 ‐1,13
‐1,2
0 15 30 45 60 75 90
Analise Numerica ‐1,11 ‐1,07 ‐1,13 ‐0,94 ‐0,80 ‐0,67 ‐0,77
Blessmann ‐0,61 ‐0,88 ‐0,91 ‐0,98 ‐0,98 ‐0,88 ‐0,85
INCIDÊNCIA DE VENTO

Gráfico 12 ‐ Ce Quadrante 1 ‐ Zona 3 ‐ ℓb/h = 0.20
55

4.2 Modelo 2

4.2.1 Considerações Iniciais

Os coeficientes de pressão locais e médios foram obtidos através da equação Cp =


Δp/ q sendo que Δp = pressão efetiva e q = pressão dinâmica definida como 0,613.V².
Os resultados são apresentados nas tabelas a seguir.

4.2.2 Apresentação dos resultados

Tabela 7 ‐ Coeficientes de Pressões para Vento a 0° 
Ponto  Pm  vk  Pd  Cpe1  Cpe2  Cpe2‐Cpe1 
1  ‐879  40  980,8  ‐0,896  ‐1,0  0,104 
2  ‐554  40  980,8  ‐0,565  ‐0,9  0,335 
3  ‐1481  40  980,8  ‐1,510  ‐1,1  0,410 
4  ‐788  40  980,8  ‐0,803  ‐0,8  0,003 
5  ‐1117  40  980,8  ‐1,139  ‐1,2  0,061 
6  ‐668  40  980,8  ‐0,681  ‐1,0  0,319 
7  ‐653  40  980,8  ‐0,666  ‐0,5  0,166 
8  ‐516  40  980,8  ‐0,526  ‐0,6  0,074 

Tabela 8 ‐ Coeficientes de Pressões para Vento a 15° 
Ponto  Pm  vk  Pd  Cpe1  Cpe2  Cpe2‐Cpe1 
1  ‐565  40  980,8  ‐0,576  ‐0,6  0,024 
2  ‐550  40  980,8  ‐0,561  ‐0,7  0,139 
3  ‐914  40  980,8  ‐0,932  ‐0,6  0,332 
4  ‐576  40  980,8  ‐0,587  ‐0,5  0,087 
5  ‐419  40  980,8  ‐0,427  ‐0,6  0,173 
6  ‐226  40  980,8  ‐0,230  ‐0,4  0,170 
7  ‐352  40  980,8  ‐0,359  ‐0,3  0,059 
8  ‐340  40  980,8  ‐0,347  ‐0,4  0,053 

Tabela 9 ‐ Coeficientes de Pressões para Vento a 30° 
Ponto  Pm  vk  Pd  Cpe1  Cpe2  Cpe2‐Cpe1 
1  542  40  980,8  0,553 
1.1  ‐193  40  980,8  ‐0,197  ‐0,1  0,097 
2  400  40  980,8  0,408 
2.1  ‐315  40  980,8  ‐0,321  ‐0,2  0,121 
56

3  ‐208  40  980,8  ‐0,212  0,1  0,312 


4  ‐293  40  980,8  ‐0,299  0,0  0,299 
5  ‐132  40  980,8  ‐0,135  0,1  0,235 
6  ‐281  40  980,8  ‐0,287  0,1  0,387 
7  ‐132  40  980,8  ‐0,135  0,1  0,235 
8  ‐344  40  980,8  ‐0,351  0,1  0,451 

Todas as demais analises do Modelo 2 são apresentadas no Anexo B e Anexo D.

PLATIBANDA VENTO A 0 GRAUS


0,000
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,200
‐0,400
‐0,565 ‐0,5 ‐0,526
‐0,600 ‐0,666 ‐0,6
‐0,681
‐0,800 ‐0,8
‐0,803
‐0,896 ‐0,9
‐1,000 ‐1,0 ‐1,0
‐1,1 ‐1,139
‐1,200 ‐1,2
‐1,400
‐1,510
‐1,600
1 2 3 4 5 6 7 8
Cpe1 ‐0,896 ‐0,565 ‐1,510 ‐0,803 ‐1,139 ‐0,681 ‐0,666 ‐0,526
Cpe2 ‐1,0 ‐0,9 ‐1,1 ‐0,8 ‐1,2 ‐1,0 ‐0,5 ‐0,6
PONTOS DE ANALISE

Gráfico 13 ‐ Comparação Resultados vento a 0° 

PLATIBANDA VENTO A 15 GRAUS


0,000
COEFICIENTE DE PRESSÃO

‐0,100
‐0,200 ‐0,230
‐0,300 ‐0,3
‐0,359 ‐0,347
‐0,400 ‐0,427 ‐0,4 ‐0,4
‐0,500 ‐0,5
‐0,600 ‐0,576
‐0,6 ‐0,561 ‐0,6 ‐0,587 ‐0,6
‐0,700 ‐0,7
‐0,800
‐0,900 ‐0,932
‐1,000
1 2 3 4 5 6 7 8
Cpe1 ‐0,576 ‐0,561 ‐0,932 ‐0,587 ‐0,427 ‐0,230 ‐0,359 ‐0,347
Cpe2 ‐0,6 ‐0,7 ‐0,6 ‐0,5 ‐0,6 ‐0,4 ‐0,3 ‐0,4
PONTOS DE ANALISE

Gráfico 14 ‐ Comparação Resultados vento a 15° 
577

PLA
ATIBAND
DA VENT
TO A 30
0 GRAUSS
0
0,150

COEFICIENTE DE PRESSÃO
0
0,100 0,1 0,1 0,1 0, 1 0,1
0
0,050
0
0,000 0
0,0
‐0
0,050
‐0
0,100 ‐0,1
‐0
0,150 ‐0,135 ‐0,1135
‐0
0,200 ‐0,197
7 ‐0,2 ‐‐0,212
‐0
0,250
‐0
0,300 ‐0,29
99 ‐0,287
‐0,321
‐0
0,350 ‐0,351
‐0
0,400
1 2 3 4 5 6 7 8
Cpe1 7
‐0,197 ‐0,321 ‐0,212 ‐0,29
99 ‐0,135 ‐0,287 ‐0,1135 ‐0,351
Cpe2 ‐0,1 ‐0,2 0,1 0,0 0,1 0,1 0,11 0,1
PONTO
OS DE ANALISE

Gráfico 15 ‐ CComparação Re
esultados vento a 30° 

Figu
ura 46 ‐ Pressõões na marquise
e para incidênccia a 0 graus 

Figuraa 47 ‐ Pressões na marquise pa
ara incidência aa 15 graus e 30
0 graus 
588

4.3 M
Modelo 3

4.3.11 Apresentaação dos reesultados

Figuraa 48 ‐ Pressão p
para Vento a 0° 

Figura  49 ‐ Pressão pa
ara Vento a 90°° 

Figurra 50 ‐ Coeficie ntes de Pressõ
ões através da N
NBR 6123/88. 
59
Tabela 10 ‐ Resultado Modelo 3 para vento a 0° 
Resultados Para vento a 0 graus 
Analise Numerica 
Ponto  NBR6123/88 
Pd (m/s)  Pt (Pa)  Cpe 
A1  ‐1,8  40,97  1191  ‐1,157 
A1+A2  ‐0,8  40,97  918  ‐0,892 
B  ‐0,6  40,97  467  ‐0,454 
C  ‐0,3  40,97  157  ‐0,153 
D1+D2  ‐0,2  40,97  171  ‐0,166 

Tabela 11 ‐ Resultado Modelo 3 para vento a 90° 
Resultados Para vento a 90 graus 
Analise Numerica 
Ponto  NBR6123/88 
Pd (m/s)  Pt (Pa)  Cpe 
1  0,3  40,97  1032  1,003 
2  ‐0,3  40,97  ‐467  ‐0,454 
3  ‐0,6  40,97  ‐946  ‐0,919 
4  ‐0,7  40,97  ‐907  ‐0,881 
5  ‐0,6  40,97  ‐574  ‐0,558 
6  ‐0,2  40,97  ‐327  ‐0,318 

Incidência a 0 graus
0,000
‐0,153
‐0,3 ‐0,166
‐0,2
COEFICIENTE 
DE PRESSÃO

‐0,500 ‐0,454
‐0,6
‐1,000
‐0,8
‐0,892
‐1,157
‐1,500
‐2,000
‐1,8
A1 A1+A2 B C D1+D2
Analise Numerica ‐1,157 ‐0,892 ‐0,454 ‐0,153 ‐0,166
NBR6123/88 ‐1,8 ‐0,8 ‐0,6 ‐0,3 ‐0,2
Pontos da Cobertura

Gráfico 16 ‐ Comparação para incidência de 0° 

Incidência a 90 graus
1,500
COEFICIENTE 

1,000 1,003
DE PRESSÃO

0,500
0,000
0,3
‐0,500 ‐0,3
‐0,454 ‐0,2
‐0,318
‐0,6 ‐0,7 ‐0,558
‐0,6
‐1,000 ‐0,919 ‐0,881
‐1,500
1 2 3 4 5 6
Analise Numerica 1,003 ‐0,454 ‐0,919 ‐0,881 ‐0,558 ‐0,318
NBR6123/88 0,3 ‐0,3 ‐0,6 ‐0,7 ‐0,6 ‐0,2
Pontos da Cobertura

Gráfico 17 ‐ Comparação para incidência de 90° 
600

4.4 M
Modelo 4

4.4.11 Apresentaação dos reesultados

Figura 51 ‐ Presssão Máxima Pa
ara vento incidiindo a 90° 

Figura 52 ‐ Presssão Máxima Pa
ara vento incidiindo a 50° 

Tabela 12 ‐ CCoeficientes de
e Força Cf para Placas 
Cooeficientes de
e Força Cf 
   90°  50° 
NBR 6123//88  1,3 1,6
Analise Nuumérica  1,273 1,502
61

5 ANALISE DOS RESULTADOS

5.1 Modelo 1

a) O exame da Tabela 5 e Tabela 6 e os Gráficos 1 ao 12 nos leva a concluir que os


valores mais próximos entre a Analise Numérica Computacional e os valores de Blessmann
(2004) acontecem nos quadrantes 1 e 3 para incidência de vento 0, 15 e 30 graus e nos
quadrantes 1 e 2 para ventos com incidência nos ângulos 60, 75 e 90 graus.
b) Constatou-se também valores divergentes os de Blessmann (2004) nos quadrantes
2 e 4 para as coberturas com platibanda ℓb/h = 0 e 0,20 de altura.
c) O valor de |Ce| máximo foi de 1,34 e aconteceu para cobertura com beiral nos
quadrantes 1 e 2, zona 1 e incidência de vento 90 graus. Valores próximos a 1,34 aconteceram
para o modelo com platibanda de ℓb/h = 0,05 e 0,10 no quadrante 1, zona 1 e incidências de
60 e 75 graus.
d) Conforme Blessmann (2004) já tinha constatado os valores absolutos maiores que
1 de Cpe aparecem nos quadrantes 1 e 2 sendo que nos quadrantes 3 e 4 os valores de |Ce|
situaram-se abaixo deste valor.
e) Para o uso de platibanda assim como Blessmann (2004) notou-se que a sua
influencia em diversas situações aumentam os valores das sucções, tanto para valores médios
|Ce| como os valores locais de Cpe.
62

5.2 Modelo 2

a) Nota-se traves dos Gráfico 13, Gráfico 14 e Gráfico 15 que os valores de pressões
divergem para os ventos 15° e 30°, porem não se distanciam.
b) Para o Vento com incidência de 0 graus os valores de coeficientes de pressão
ficam próximos dos obtidos em túnel de vento chegando a ter 0,03 de diferença no ponto 4 e
se distanciando 0,41 e 0,33 nos pontos 2 e 3 respectivamente do modelo.
c) Para o Vento com incidência de 15 graus aumenta a frequência de divergências
entre valores de coeficientes de pressão, porem a amplitude entre valores diminui, chegando a
ter valores máximos de 0,33 e 0,17 nos pontos 3 e 5.
d) No caso do vento Incidindo a 30 graus os modelos ensaiados em túnel de vento
apresentaram valores de pressões positivas entre 0 e 0,1 enquanto para os mesmos pontos a
analise numérica computacional retornou valores de pressões negativas entre -0,13 e -0,35.
e) O ângulo de incidência de 30 graus entre os analisados foi o que teve uma
diferença e frequência de valores mais acentuada, isso se deve pelo fato de a analise numérica
retornar valores negativos de pressões próximos a -0,1 e a analise em túnel retornar valores
positivos próximos a 0.

5.3 Modelo 3

a) Os valores obtidos através da NBR6123 para coberturas circulares são


semelhantes com aqueles do procedimento de analise numérico, tendo divergências somente
nos coeficientes de pressão de borda (Cpe médio).
b) Para o Vento com incidência de 0 graus o valor máximo de coeficientes de
pressão obtido através da analise numérica computacional foi de -1,16 enquanto a norma nos
trás -1,8 como máximo de borda.
c) Já para o Vento com incidência de 90 graus o valor de coeficiente de pressão de
borda foi obtido +1,003 através da analise numérica e +0,3 com o procedimento da NBR6123,
mostrando que a norma pode estar subestimando as pressões de borda em alguns casos.
633

5.4 M
Modelo 4

Para o modelo 4 os
o valores fficaram muito semelhaantes aos daa norma NB
BR6123/88,,
porem
m deve-se salientar qu
ue a normaa leva em conta someente valoress de pressãão positivass
sendoo que a annalise numéérica mostrrou valoress relativameente considderáveis parra pressõess
negaativas a sotaa-vento do outdoor
o quaando ele estta isolado. Assim
A afirm
mo ser neceessário umaa
analiise em túneel de vento para melhoor avaliação
o dos resulttados e valiidação se o fenômenoo
ocorrre ou não a sota-vento do outdoor..
64

6 CONCLUSÃO

Em analise numérica computacional e, especificamente falando em engenharia do


vento computacional, a confiabilidade dos resultados é um fator discutível. A limitação do
métodos numéricos e a correta forma de analise influenciam na confiabilidade dos resultados.
Os resultados, em grande maioria, dos modelos analisados neste trabalho, através da
dinâmica dos fluidos computacional ou analise numérica computacional, apresentaram
valores não tão precisos quanto os encontrados em túnel de vento. Contudo é apresentado
casos de incidências de vento onde valores das analises numéricas chegam próximos aos
obtidos em túnel de vento.
É importante ressaltar que os valores das analises não são idênticos aos de túnel de
vento, porem Ferziger (1990) comenta que erros de mais de 25% podem ser aceitáveis na
Engenharia do Vento, então estas variações podem ser toleradas.
65

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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