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Macroeconomia I
O Modelo IS-LM
em Economia Fechada
Sir John Richard Hicks (1904 – 1989), um dos mais importantes e influentes
economistas do séc. XX. Notabilizou-se pelo facto de em seu artigo “Mr. Keynes
and the Classics”, publicado em 1937, ter efectuado a síntese e a representação
econométrica dos pensamentos de Keynes sobre o funcionamento dos
agregados macroeconómicos, dando origem a um diagrama de duas curvas
denominado (IS-LL) para ilustrar as relações encontradas.
O Modelo IS-LM, diferencia-se do Modelo Keynesiano Simples de
determinacao do Produto, Rendimento e do Emprego pelo facto de
introduzir na sua análise a interacção entre o mercado real (bens e
serviços) e o mercado monetário (procura e oferta de moeda);
A interacção entre estes dois mercados é feita através da introdução de
uma nova variável, a taxa de juro (i).
A Procura Agregada neste modelo, é determinada pelo nível de taxa de
juro (i) e de rendimento (Y) em que se verifica o equilíbrio simultâneo
entre o mercado de bens e serviços e o mercado monetário.
Os Pressupostos do Modelo
O modelo assume pressupostos semelhantes ao do Modelo Keynesiano
Simples, que se baseia nas seguintes características:
O sistema económico encontra-se em equilíbrio com o desemprego de
recursos;
Os níveis de equilíbrio macroeconómico do produto, rendimento e
emprego são determinados pelas condições do lado da Procura Agregada;
O nível geral de preços é determinado pelas condições do lado da
Oferta Agregada que se admitem exógenas, desta forma a inflação apenas
pode acontecer devido a choques no lado da oferta agregada.
A taxa de juro (i), deve ser considerada
como uma média das diferentes
taxas de juro existentes na economia;
Por enquanto, assumimos uma economia fechada.
O Mercado de Bens
E Serviços
A Função IS
As Funções Comportamentais:
do Mercado de Bens e Serviços
A maior parte das funções comportamentais deste mercado mantên-
se idênticas as do Modelo Keynesiano simples, com a execpção do
Investimento.
Procura de Bens e Serviços: (1) A C I G
Despesas de Consumo Privado: (2)C C cYd
Poupança Privada: (3)S C (1 c)Yd
Rendimento Disponível: (4)Yd Y T Tr Yd Y - T ty Tr
Gastos Publicos: (5)G G
Transferencias: (6)Tr Tr Impostos : (7)T T tY
A Função Investimento
no Mercado de Bens e Serviços
A procura de investimento privado depende do nivel de taxa de juro (i),
pois, uma empresa para investir tem de autofinanciar ou então recorrer ao
crédito. Em qualquer dos casos, o custo do financiamento pode ser medido
pelo montante de juros que a empresa tem de pagar, ou que deixa de receber,
caso esteja a utilizar fundos próprios. A procura de investimento decresce
com o aumento da taxa de juro (i), pois aumenta o custo de financiamento.
A função Investimento privado será determinada por:
Onde: (8)I I bi
b- mede a sensibilidade do Investimento em relação a taxa de juro (i),
sendo b>0;
Ī – mede o Investimento autónomo, ou seja, a parcela do investimento que
não depende da taxa de juro (i), pode depender de outros factores exógenos. Ex:
A expectativa de lucros dos empresários.
Representação Gráfica da Função Investimento
i1
i0
I I bi
I I
1 I0
O Mercado de Bens e Serviços e a curva IS
A curva IS (Investimento e Poupança), representa os pares de
combinações de nível de rendimento (Y) e de taxa de juro (i) para os
quais o mercado de bens e serviços encontra-se em equilíbrio. A
dedução analítica da IS pode ser feita através da igualdade :
Y = AD
Sendo que:
Óptica da Despesa: AD= C + I + G
Óptica do Rendimento (Optica de Utilização): Y = C + S +T
Y = AD
C + I + G = C + S + T
(Entradas ou Injecções) I + G = S + T (Saídas ou Retiradas)
O Mercado de Bens e Serviços e a curva IS
Dedução Analítica da IS
STIG
C (1 c)Yd T tY I b *i G Tr
C (1 c)(Y T Tr ) T tY Tr I b *i G
C (1 c)(Y T tY Tr ) T tY Tr I b *i G
C Y T tY Tr cY cT ctY cTr T ty Tr I b *i
G C Y cY cT ctY cTr I b *i G
Y cY ctY C I b *i cT cTr G
Y (1 c ct ) C I b *i cT cTr G
Y[1 c(1 t)] C I cT cTr G b *i
A
1
Y * ( A b *i) 1
c(1 t)
O Mercado de Bens e Serviços e a curva IS
Dedução Analítica da IS
1
Y 1 c(1 t) * ( A b *i)
b b
Dedução Gráfica da IS
S+T=I+G
(S+T) S+T (S+T)
(S+T) (S+T)1
(S+T)0
(S+T)0
45°
Y0 Y1 Y (I+G)0 (I+G)1 I+G
i IS iG
i0 A i0
i
i1 B 1
I+G
Y I+G
Y0 Y1 (I+G)0 (I+G)1
A Representação Gráfica IS
1
b
A Y
A Inclinação da IS
I. Sensibilidade do Investimento em Relação a Taxa de Juros (b)
Quanto maior for a sensibilidade do investimento em relação a taxa de
juros ► Mais Horizontal será a IS (MENOR INCLINAÇÃO).
Interpretação: Uma pequena variação na taxa de juros induzirá a uma
grande variação nas despesas de Investimento, portanto, AD e na Y.
Quanto menor for a sensibilidade do investimento em relação a
taxa de juros
► a IS estará próxima da vertical (MAIOR INCLINAÇÃO).
Interpretação: Variações na taxas de juros (i) irão requerer maiores
variações no Investimento.
i
A IS0
b
0
A IS1 b <b
0 1
b
1
Y
A
A Inclinação da IS
II. Multiplicador de gastos (ou Keynesiano Simples)
Quanto maior for o multiplicador de gastos (pmgc↑ou t↓) ►a IS estará mais
próxima da Horizontal (MENOR INCLINAÇÃO). Interpretação:
maior
será o aumento do rendimento por cada variação dos elementos da AD.
Quanto menor for o multiplicador de gastos (pmgc↓ou t↑) ►a IS será mais
Verticalmente inclinada (MAIOR INCLINAÇÃO). Interpretação: menor
será o aumento no nível do rendimento por cada variação dos elementos da
AD.
i
A
b
0 01
IS1
IS0
Y
0 A 1A
A deslocação da curva IS
A curva IS vai sofrer deslocações paralelas devido a variações das
componentes da despesa Autónoma (A).
A 0
A 0 IS1
IS0
IS2
Y
Desequilíbrios e Mecanismos de Ajuste
Acumulação de
Existências
B
i
1
i
0 A
Esgotamento de
Existências IS
Y0 Y1 Y
Desequilíbrios e Mecanismos de Ajuste
Os pontos A (a esquerda e abaixo) e B (a direita e acima) correspondem à
combinações (Y,i) para as quais o mercado
de bens e serviços está em
desequilíbrio, ou seja, Y≠AD ou S+T≠I+G.
No ponto A, o nível da taxa de juros i0 é extremamente baixo para gerar
equilíbrio no mercado de Bens e Serviços, ao nível de rendimento Y0.
↑I ► ↑AD ►Y<AD ou S+T<I+G►escoamento involuntário de
existências ► as firmas aumentam a sua capacidade produtiva de forma a
fazer face a maior demanda no mercado até que se estabeleça o equilíbrio.
No ponto B, Y>AD ou S+T>I+G , há acumulação involuntária de
existências ►as firmas diminuem
a sua capacidade produtiva até que se
estabeleça o equilíbrio;
Nota: O reequilíbrio no mercado de bens e serviços é estabelecido pela
variação da produção, a cada nível de taxa de juro dada, através do mecanismo
de ajustamento de existências.
Casos Extremos da Função IS
Curva IS Vertical (b=0)
Este caso sucede quando o investimento privado é totalmente
insensivel a taxa de juro (b=0). Seja qual for o nível de taxa de juro, o
nível de rendimento de equilibrio manter-se-a inalterado.
i IS
Y
A
Casos Extremos da Função IS
Curva IS Horizontal ( b )
Sucede no caso em que o investimento privado é infinitamente
sensível a variações de taxa de juro (i) . Neste caso, variações na
taxa de juro, poderão causar variações infinitesimais no nível do
produto, pois o produto é infinitamente sensivel as variações de
taxa de juro (i).
IS
Y
O Mercado Monetário
A Função LM
O Mercado Monetário (os Activos Financeiros)
No mercado monetário-financeiro, podemos encontrar uma grande
diversidade de activos que compõem a riqueza de um individuo como por
exemplo: terrenos, habitações, fábricas, mobiliário, joias , notas e
moedas em circulação, os depósitos a ordem e a prazo nos bancos, os
titulos de dívida pública (bilhetes e obrigações do tesouro), as acções de
uma empresa e outros.
Por motivos de simplificação, neste modelo iremos considerar que a riqueza
de um individuo é constituída por 2 activos financeiros:
1- A moeda (notas e moedas em circulação e os depósitos a ordem);
2- Os títulos (acções, obrigações do tesouro, bilhetes do tesouro);
O Mercado Monetário : A Moeda
Entende-se por moeda o agregado monetário M1 constituído por notas
e moedas em circulação e depósitos a ordem.
A moeda tem como características:
Aceitabilidade
– é aceite por todos no espaço territorial em que é
adoptada;
Liquidez - é aceite como meio de
pagamento nas transacções de bens e
serviços dos agentes económicos;
Rendimento Nulo – a detenção de moeda, não oferece ao seu
proprietário qualquer rendimento adicional (apesar dos depósitos a
ordem renderem juros, o facto de as taxas de juro dos depósitos a ordem
serem muito baixas, iremos assumir que também não rendem juros). Desta
forma, a taxa de juro (i) mede o custo de oportunidade da moeda, pois
vai indicar quanto se perde por manter a riqueza em forma de moeda.
O Mercado Monetário : Os Títulos
Por títulos, considera-se um tipo particular de divida (bond) que da direito
ao seu portador a receber periodicamente um rendimento,
correspondente aos juros da dívida. Este título, é negociável no mercado
de títulos que admitiremos que funciona sobre concorrência perfeita.
Os títulos tem como características:
São menos líquidos que a moeda – não são aceites como intermediários
nas trocas;
O seu rendimento tem duas componentes – os juros em valor nominal
e as mais valias ou menos valias resultantes de alterações no seu valor de
mercado.
O Mercado Monetário : O Preço dos títulos e
a Taxas de juro(i)
O stock de títulos existentes no sistema económico é transacionado no
mercado de titulos, e o valor de mercado dos titulos (Bonds) está relacionado
com a taxa de juro (taxa de retorno implícita).
Consideremos uma obrigação de renda perpetua, que paga periodicamente
um valor fixo Vn, e a sua cotação no mercado de titulos é Pb (Preço de título)
e a taxa de juro i.
1
1
P Vn Vn Vn Vn 1 i
1 i (1 i)2 (1 i)3 ..... 1 i * 1
b
1 1 i
P Vn *1 0 P Vn *1 i P Vn i Vn
b
1 i i b
1 i i
b
i Pb
1 i
O Mercado Monetário:
A Riqueza Real dos Agentes
De acordo com as hipóteses formuladas, um individuo ao decidir como
empregar a sua riqueza terá que decidir entre deté-la sob forma de moeda
e/ou titulos sujeito a uma restrição que é a sua riqueza total, isto porque
sendo dada a sua riqueza o individuo ao deter maiores quantidades de
moeda irá deter consequentemente menores quantidades de títulos de
modo que a sua riqueza real será dada por:
W M B
P P P
Onde: W – riqueza em termos nominais;
P – Índice geral de preço;
M – quantidade de moeda nominal em circulação;
B – valor global dos títulos em termos nominais.
O Mercado Monetário:
A Riqueza Real dos Agentes
Quando a oferta de activos iguala a procura de activos teremos:
M s B s M d B d
P P P P
M s M d B s B d
0
P P P P
s M d s B d Quando o mercado monetário encontra-se em
M B
s
d
s
d
Do
mesmo modo que quando ocorrer um
M M B B excesso da procura por moeda, haverá um
P P P P
excesso da oferta de títulos.
Podemos analisar o mercado de activos concentrando apenas num dos
mercados, e saberemos exactamente o que acontecerá em outro mercado.
Iremos analisar o mercado monetário.
O Mercado Monetário: A Procura por Moeda
Para Keynes, os agentes económicos procuram moeda pelos seguintes motivos:
Motivo de Transacções : os agentes desejam manter riqueza na forma de
moeda para satisfazer as necessidades de transacções de bens e serviços que
prevêm efectuar. A procura de moeda para fins transacionais é explicada
pelo rendimento do período;
Motivo de Precaução: os agentes desejam manter riqueza na forma de moeda
para fazer face as despesas/pagamentos de acontecimentos inesperados. O
motivo precaucional é directamente proporcional ao rendimento das
pessoas, pois são determinadas pelas transacções que os agentes económicos
esperam fazer no futuro;
Motivo Especulativo – os agentes optam por manter moeda em alternativa a
títulos quando esperam que a taxa de juro suba, pois, neste caso, esperam uma
quebra no preço dos títulos. A posse de moeda permitir-lhes-a aplicar em títulos
quando as condições de mercado forem favoraveis a obtenção de mais valias
com aquisição dos títulos. Keynes assumiu um relação inversa entre
a taxa de
juros nominal e a procura por moeda por motivos especulativos.
O Mercado Monetário: A procura por moeda
Reunindo os três motivos de procura por moeda, podemos representar a
procura real por moeda total como:
Ld ky hi, k0eh0
Onde:
L (liquidity) – procura real por moeda;
k- representa a proporção de riqueza real que e mantida na forma de moeda
para fins transnacionais e precaucionais;
h – mede a sensibilidade da procura de moeda para fins especulativos.
O Mercado Monetário: A Oferta de Moeda
A oferta Nominal de Moeda (MS) é uma variável exógena que depende
da política monetária, que é controlada autonomamente pela autoridade
monetária (o Banco Central).
Por outro lado, neste modelo, assumimos que o nível geral de preços (P)
é mantido constante, de modo que a oferta real de moeda e uma variavel
exógena.
Ms M s
LS
P P
Onde : LS- Oferta real de moeda
O Mercado Monetário e a curva LM
A curva LM (Liquidity Money), representa os pares de
combinações de nível de rendimento (Y) e de taxa de juro (i) para os
quais o mercado monetário encontra-se em equilíbrio.
O equilíbrio neste mercado será derivado da igualdade entre a
procura e a oferta de moeda:
LS Ld
Ms
Ld ( y;i)
P
M d Dedução Gráfica da LM
M S
T
M
T
d
P
P
P M d T
M d
P 0
T
P
0
M d T
M d
T
P 1
45°
P 1 Y Y M d M d
E E M S
1 0 Y
P
P
0 P
1
LM i
i
A i0
i0 i M d
B 1
E
i1 P
Y1 Y Y0
M d M d M d
E E E
P 0 P 1 P
Dedução Analítica da LM
_
M s
M d
P P
_
M s
kY hi
P
_ _ _
M s M s h 1 M s
P
kY hi P
hi kY Y
k i k P
LM :
_ _ _
M kY hi hi kY M i k Y 1 M
s s s
h
P P h
P
A Representação Gráfica LM
i LM A inclinação da LM:
i k ; k 0, h 0
Y h
logo i 0
Y
k
h
_
1 M S
Y
k P
1 M S
h P
A Inclinação da LM
I. Elasticidade da procura por moeda em relação ao rendimento (k)
Quando maior for a sensibilidade da procura por moeda em relação ao
rendimento ► a LM será mais Verticalmente inclinada (MAIOR
INCLINAÇÃO). Interpretação: Pequena variação no rendimento levará a
uma grande expansão na procura por moeda por motivos transaccionais,
havendo uma venda de títulos no mercado de títulos e uma maior pressao
para o aumento da taxa de juro.
i
LM1
LM0
k1 k0
_
1 M S
P
k
1
Y
_
S
1 M
M
S P
k
0
1
h P
A Inclinação da LM
II. Elasticidade da procura por moeda em relação à taxa de juros (h)
Quando maior for elasticidade da procura de moeda em relação à taxa de
juros ► a LM mais Horizontamente inclinada (MENOR INCLINAÇÃO).
Interpretação: Se a procura por moeda for muito sensível a taxa de juros,
qualquer variação nesta exigirá uma mudança significativa no rendimento para
compensá-la.
i
LM0
h
LM1 1 h0
1 M S _
Y
1 M S
h1
P
k
0
P
1 M S
h
0
P
A Deslocação da Curva LM
A curva LM vai sofrer deslocações paralelas devido a variações nas
componentes da Oferta Real de Moeda (MS/P).
i LM2
LM0
LM1
MS↑ou P↓
MS↓ou P↑
Y
Desequilíbrios e Mecanismos de Ajuste
Os pontos A (esquerda e acima) e B (a direita e abaixo) correspondem à
combinações (Y,i) para as quais o mercado monetário está em desequilíbrio.
i Excesso de Oferta
de Moeda
A LM
i0
i1 B Excesso de Procura de
Moeda
Y Y
0 Y1
Desequilíbrios e Mecanismos de Ajuste
No ponto B, o nível da taxa de juros i1 é muito baixo para resultar no
equilíbrio do mercado monetário ao nível de rendimento Y1. Ao nível Y1os
agentes económicos procuram muita moeda para efectuarem transacções
→Excesso Procura por Moeda (EDM)→Como a oferta moeda é determinada
pelo Banco Central, para equilibrar o mercado monetário os agentes
económicos terão que ajustar a sua carteira de activos, composta de títulos e
de moeda →vendem títulos → Excesso de oferta de Títulos → o seu preço
baixa, (Pb↓) ►a taxa de juro aumenta (i↑) até ao equilíbrio do mercado
monetário.
Para o Ponto A, ao nível de rendimento Yo → os agentes económicos
procuram mais títulos → compram títulos → há maior procura de títulos
→ o seu preço aumenta
(Pb ↑)→ a taxa de juros diminui (i↓) até que se
estabeleça o equilíbrio.
Nota: os desequilíbrios nomercado monetário são corrigidos através de
variações nas taxas de juros.
Casos Extremos da Função LM
Curva LM Vertical (h=0)
Estamos presente o caso clássico, onde não é atribuido importância a
reacção da procura real de moeda as variações da taxa de juro (i). A procura
de moeda é efectuada apenas por motivos transaccionais e precaucionais,
sendo que depende apenas do nível de rendimento.
i
LM
Y0 Y
Casos Extremos da Função LM
Curva LM Horizontal ( h )
Denominado por Armadilha de Liquidez (Caso Keynesiano Extremo),
caso em que a taxa de juro (i) é insensível as variações de rendimento. Refere-
se a um caso em que a taxa de juro é muito baixa, e para qual o mercado
monetário estará sempre em equilíbrio para qualquer que seja o nível de
rendimento real. A procura por moeda é infinitamente sensível à variações da
taxa de juro.
LM
Y
O Equilíbrio Geral
dos Mercados
IS = LM
Equilíbrio Geral dos Mercados
Depois de analisados os equilíbrios isolados do mercado de bens e
serviços e do mercado monetário, vamos agora determinar os níveis de
taxa de juro (i) e de rendimento real (Y) que garantam que estes dois
mercados encontrem-se em equilíbrio simultâneo.
O equilibrio geral vai representar o estado em que a economia
encontra-se em equilíbrio macroeconómico sem qualquer pressão para
a alteração do nível de produto e da taxa de juro, pois os mercados
estão simultaneamente em equilíbrio.
Equilíbrio Geral dos Mercados: Dedução Analítica
O equilibrio geral pode ser deduzido apartir das seguintes igualdades:
i i
IS LM YLM YIS
Sendo que : a IS i = A 1 * Y e a LM i 1 (kY MS )
b b h P
IS LM
A 1 * Y 1 (kY M S )
b b h P
Y h * A b *M
h kb h kb P
M
Y*A* P
i
IS LM
E
iE
Y
YE
Desequilíbrios e Mecanismos de Ajuste
i
IS EOM LM
EOBS I
EDM
EOM
EOBS
EDBS
IV
II
EDM
EDBS III
Y
EOM – Excesso de Oferta de Moeda; EOBS – Excesso de Oferta de Bens e Serviços;
EDM- Excesso de Procura por Moeda; EDBS – Excesso de Procura de Bens e Serviços
Politicas Económicas
Politica Fiscal Expansionista ( G>0).
i
IS1
IS0 LM0
G>0
E1
i1
E0 E0’
i0
Y
Y0 Y1 Y’0
Politicas Económicas
Politica Monetária Expansionista ( MS>0).
LM0
i IS0
LM1
MS>0
E0 E0’
i0
E1
i1
Y
Y0 Y1 Y’0
Politicas Económicas: Casos Especiais
Politica Fiscal Expansionista ( G>0) no caso da Armadilha
de Liquidez.
i IS
IS0 1
G>0
E1
E0
i0 LM
0
Y
Y0 Y1
Politicas Económicas: Casos Especiais
Politica Fiscal Expansionista ( G>0) no caso Clássico.
i IS1 LM0
IS0
G>0
i1 E1
E0 E0’
i0
Y0 Y0’ Y
Politicas Económicas: Casos Especiais
Politica Monetária Expansionista ( MS>0), quando b=0
IS LM0
i 0
LM1
MS >0
i E0 E’
0 0
E1
i1
Y0 Y0’ Y
Politicas Económicas: “Policy Mix”
Adopção de uma Politica Fiscal Expansionista ( G>0) acompanhada
por uma Politica Monetária Expansionista ( MS>0), com o intuito de
eliminar o efeito Crowding-out do Investimento privado resultante da adopção
da Politica Fiscal Expansionista.
LM0
i
MS >0 LM1
E1
i1
E0 E0’
i0
G>0
IS1
Y
IS0
Y0 Y1 Y’ 0
O Modelo IS-LM e a curva de Procura Agregada
A partir dos pressupostos assumidos neste modelo, podemos notar que o
modelo IS-LM descreve o funcionamento do lado da procura agregada da
economia. Com isso, podemos, a partir deste, derivar a Curva da Procura
Agregada.
Para tal temos de relaxar um dos pressupostos, que é o de preços fixos.
Dai podemos fazer uma transposição da análise do diagrama i e Y
(equilíbrio do sistema) para o diagrama P e Y. Imagine que o preço varie
de Po paraP1, onde Po < P1. Qual será a reacção do sistema
económico?
O aumento do nível de preços, reduz a oferta de moeda em termos
reais. Este facto vai modificar as combinações Y e i para as quais o
mercado monetário está em equilíbrio, passando a combinar taxas de
juros mais altas e níveis de rendimento baixos. Isso será traduzido por
uma deslocação da curva LM para esquerda e para cima, saindo do
ponto de equilíbrio E0 para E1. Resultando no novo rendimento de
equilíbrio Y1. Continuando com o processo veremos quea níveis mais
elevados de preços teremos níveis mais baixos de rendimento.
Representação Gráfica LM 2
M
S
i P
2
P>0 LM 1M S
E2 P
1
i2 LM
0 M
S
P>0
P
0
E1
i1
E0
i0
IS0
Y2 Y1 Y0 Y
P
P2 E2
E
P 1
1
E0
P0 AD
Y
Y YY
2 1 0
O Modelo IS-LM e a curva de Procura Agregada
Depois de derivada a curva da Procura Agregada, podemos chegar as
seguintes conclusões:
Uma variação do nível do rendimento no modelo IS-LM, resultante de
uma variação do nivel geral de precos,
representa um movimento ao
longo da curva da Procura Agregada;
Uma mudança no nível de rendimento no modelo IS-LM, a um nível
de precos constante, vai representar um deslocamento da curva da
Procura Agregada. Por ex: Uma variação da oferta nominal de moeda,
um aumento das despesas públicas
em bens e serviços, um aumento
dos impostos autónomos, e outros.
FIM
Observações Finais