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Resumo do capítulo 8: O mundo moderno.

O movimento moderno da música teve início antes da Primeira Guerra Mundial,


quando Schoenberg, Stravinsky, Debussy, Bartók, Berg e Webern começaram a trazer uma
nova gama de composições com novos experimentos harmônicos, rítmicos e atonais.
Após a Grande Guerra, algumas pessoas acreditavam que era bem-vindo uma
nova era musical junto as novas mudanças no cenário da humanidade ocidental. A frase de
Debussy nos revela essa ideia: ‘’encontrar meios sinfônicos de expressar nosso tempo,
meios que evoquem progresso, o arrojo e as vitórias dos dias modernos? O século do avião
merece sua própria música. ’’. Seguido de um período anterior de muita agitação artística, a
música não ficou de fora das manifestações dos movimentos.
As ideias futuristas sensibilizaram os compositores ligados ao movimento
construtivista, que criavam peças com sons urbanos, de máquinas, fábricas e etc, e que
justificavam sua estética como atitude de adesão a causa do proletariado.
Edgard Verese (1883-1965) formado em Paris, foi quem tirou muito proveito das
ideias futuristas utilizando sonoridades urbanas, e foi quem introduziu Debussy à música de
Schoenberg. Versese ao longo de suas composições foi tomando gosto e descobrindo o
poder da percussão, ele explorava sonoridades audaciosas das madeiras e dos metais, em
1929-31 criou uma das primeiras peças exclusivamente escrita para percussão.
Verese não se cansava de preconizar a fabricação de novas e versáteis
aparelhagens de geração de sons, em 1939 ele fez uma previsão das novas possibilidades
dizendo que as vantagens dos novos aparelhos seriam a libertação do sistema temperado,
extensão de registros, novas dinâmicas combinações sub-harmônicas, diferenciação nos
timbres que vão muito além do alcance das orquestras...
Na época em que ele faz essa declaração, já haviam vários aparelhos elétricos e
Verese mostrava interesse e acompanhava os novos desenvolvimentos.
Nos anos 20 e 30, Nova York tornou-se cenário das inovações musicais, os jovens
compositores começaram a ganhar espaço e até incentivo crítico de Paul Rosenfeld e terem
suas partituras publicadas na New Music Edition que era dirigida por Henry Cowell.
Uma das principais qualidades da New Music Edition era sua ausência de
exclusivismo. Varese considerava-se o arauto de uma nova era na música. Para Cowell a
música se tornara um campo aberto em que todos os recursos e experiências podiam
revelar-se preciosas, não se importando com polêmicas progressistas.
Cage e Partch demonstravam total desprezo pela tradição, Schoenberg declarou
que Cage não era um compositor e sim um inventor genial. Enquanto Cage e seus colegas
norte-americanos exploravam novos recursos musicais, os compositores europeus tinham o
desafio de serem cautelosos ao criarem músicas modernas devido à forte presença da
tradição. O jazz os proporcionou uma maneira de se aventurarem com a música popular,
colocando suas composições a serviço de objetivos políticos e sociais de seu tempo.
O jazz foi ganhando espaço também entre os compositores europeus, até as casas
de ópera, a falta de concertos de música norte-americana na Europa antes da guerra,
reforçou a ideia de que a América era um mundo de sonho onde o compositor podia criar
sem o peso da tradição.
Isabella T. Sonsin

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