Você está na página 1de 9

Memória e escrita no Fedro de Platão1

Expositor: Ronie Alexsandro T. da Silveira2

Sabemos que a forma dialógica na qual se apresentam os textos platôni-


cos é a mais adequada para os efeitos pretendidos pela maiêutica de auxiliar a
alma a trazer à consciência o conhecimento. Com efeito, o diálogo requer a
participação efetiva da alma na discussão. De certa forma, é a própria alma ou,
mais exatamente, seu estado epistemológico-existencial que está em questão na
forma dialógica em que a escrita platônica se apresenta.
Essa imersão da alma na discussão é necessária se o que se pretende é
justamente alterar seu estado epistemológico ou o conjunto de suas crenças.
Sem ela, torna-se impossível arrancá-la de seu estado de entorpecimento. De
fato, nenhum discurso no qual a alma não se envolva pessoalmente pode pre-
tender alcançar esse objetivo que demanda uma alteração de sua postura interi-
or com respeito ao saber. Uma discussão sobre determinado assunto ou objeto
que não seja uma crença da alma que discute, erra definitivamente o alvo pre-
tendido pela Filosofia de Platão.

1
Esse texto é resultado parcial do projeto de pesquisa “A Função Epistemológica da Me-
mória em Platão e Aristóteles”, financiado pelo Fundo de Apoio à Pesquisa e pelo Progra-
ma UNISC de Iniciação Científica – ambos da Universidade de Santa Cruz do Sul.
2
Docente do Departamento de Ciências Humanas – Universidade de Santa Cruz do Sul
(ronie@dhum.unisc.br)

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.


142 Ronie Alexsandro T.da Silveira

Tal envolvimento pessoal é uma característica típica do discurso oral ao


exigir a permanente atenção dos interlocutores na discussão. Com efeito, estes
devem contestar, complementar ou concordar a cada passo – caso contrário, a
discussão segue ‘sem eles’ ou termina simplesmente. Nesse tipo de discussão,
envolvemo-nos diretamente na questão proposta e qualquer movimento intelec-
tual de distanciamento torna-se difícil na proporção inversa em que a atenção é
continuamente requerida. Nela, a possibilidade de rediscutir passagens árduas
ou obscuras se restringe a nossa capacidade de retomá-las através de nossa
memória convencional.
Entretanto, o diálogo platônico não se identifica simplesmente com o dis-
curso oral. Ele é, na verdade, uma exposição escrita de uma discussão oral em
que o está em questão são as crenças pessoais das almas que discutem. É esse
aspecto que garante que a própria alma se ponha e esteja em discussão e não
simplesmente a oralidade.
Podemos verificar, então, como essa imersão dos interlocutores – própria
do discurso oral e acrescida da temática das crenças pessoais – compõe uma
modalidade persuasiva mais adequada aos propósitos da Filosofia platônica.
Por outro lado, de um ponto de vista que nos é familiar, podemos verifi-
car que a escrita é superior a qualquer modalidade de discurso oral na medida
em que implica duas características importantes: a possibilidade da análise e a
exigência de autarquia.
A escrita, ao converter a língua em objeto, possibilita que sua existência
se estenda muito além de seu contexto oral de enunciação. Em tal âmbito, ela
desvincula-se da particularidade da memória individual e passa a habitar um
mundo próprio: o mundo dos artefatos visíveis.3
A língua falada sempre se encontra vinculada à situação concreta na qual
é enunciada; sua existência mesma é ocasional na medida em que a mensagem
não sobrevive à circunstância de sua origem, ela é breve e não se repete nunca
exatamente da mesma forma. Mesmo um texto decorado sempre sofrerá altera-
ções de acordo com a forma e o contexto em que é expresso pelo locutor e

3
HAVELOCK. p. 16.

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.


Memória e escrita no Fedro de Platão 143

termina assim que é recitado. A linguagem oral é sempre particular e a perma-


nência de uma mensagem já enunciada por esse meio dependerá sempre da
instável fixação na memória de um indivíduo.
Em um texto, pelo contrário, as revisões podem ser exaustivas e repeti-
das tanto quanto se faça necessário para uma compreensão completa do conte-
údo. Com efeito, podemos analisar um texto com maior facilidade dada a sua
permanente disponibilidade – diferentemente do discurso oral. Quando lemos
um texto, detemo-nos em algumas passagens, voltamos atrás, verificamos sua
consistência interna, revemos continuamente o caminho percorrido, enfim de-
mandamos dele um sentido unitário. Esse sentido é evidenciado pela sua arqui-
tetônica, pela estrutura lógica que articula cada passo com o seguinte e cada
parte com as demais de tal maneira que formem um edifício que fique de pé
pela força exclusiva de suas próprias fundações.
Um texto é, de um certo modo, um ser que possui autarquia: sua consis-
tência deve estar demonstrada nele ou, em último caso, em outros textos que
compõem, todos juntos, um edifício semelhante ao que descrevemos. É irrele-
vante que o texto seja empiricamente um ou mais seres, o que importa é o
caráter arquitetônico que revela sua pretensão à autarquia, à validade e à signi-
ficação em si mesmo.
Com base em tais considerações, torna-se particularmente interessante
observar como, exatamente, Platão chega a formular uma crítica que parece
predicar valores inversos a essas formas de discurso. Não podemos abstrair,
entretanto, o fato de que tal crítica se refere sempre ao caráter retórico que a
Anamnese platônica exige.
A crítica de Platão é apresentada no “Fedro” (274c-275b) na passagem
em que se descreve o mito de Theuth e Thamus. O primeiro desses persona-
gens é um antigo deus egípcio de Náucratis responsável pela invenção do núme-
ro, do cálculo, da geometria, da astronomia, do gamão, do jogo de dados e
também das letras. Thamus, por sua vez, era o rei a quem Theuth mostrava
suas invenções para serem admitidas junto aos egípcios. O rei julgava as inven-
ções e, de acordo com a explicação da utilidade e do benefício de cada uma, as
aprovava ou desaprovava. Quando chegam às letras, Theuth diz:

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.


144 Ronie Alexsandro T.da Silveira

“Este conocimiento, oh rey, hará más sabios a los egipcios y más me-
moriosos, pues se há inventado como um fármaco {phármakon} de la
memoria y de la sabiduría.” Pero él [Thamus] le dijo: “Oh artificiosísimo
Theuth! A unos les es dado crear arte, a otros juzgar qué de daño o pro-
vecho aporta para los que pretenden hacer uso de él. Y ahora tú, preci-
samente, padre que eres de las letras, por apego a ellas, les atribuyes po-
deres contrarios a los que tienen. Porque es olvido lo que producirán em
las almas de quienes las aprendan, al descuidar la memoria, ya que, fián-
dose de lo escrito, llegarán al recuerdo desde fuera, a través de caracteres
ajenos, no desde dentro, desde ellos mismos y por sí mismos. No es,
pues, um fármaco {phármakon} de la memoria lo que has hallado, sino
um simple recordatorio. Aparencia de sabiduría es lo que proporcionas a
tus alumnos, que no verdad. Porque habiendo oído muchas cosas sin
aprenderlas, parecerá que tienen muchos conocimientos, siendo, al con-
trario, em la mayoría de los casos, totalmente ignorantes y dificiles, ade-
más, de tratar porque han acabado por convertirse em sabios aparentes
em lugar de sabios de verdad.”

A virtude que Theuth atribui à escrita é a de aumentar a possibilidade de


armazenagem de informação para além da capacidade mnemônica convencional
ao prover os homens de um aparato de registro da fala e do pensamento. A
vantagem da escrita com relação à oralidade é, então, o caráter permanente
que a informação parece adquirir quando é salva daquela forma de existência
passageira e particular ligada à fala.
A escrita permitiria, através desse resgate existencial da informação, uma
desobstrução da memória humana como uma forma de preservação da informa-
ção já adquirida e, por conseqüência, a ampliação da memória social e da cultura.
O aspecto positivo evidenciado por Theuth diz respeito, assim, àquelas
características que descrevemos acima como a possibilidade da análise e a exi-
gência de autarquia. A escrita é uma modalidade de discurso que parece se
constituir como uma entidade substancial, isto é, sendo consistente e autárqui-
ca, ela naturalmente traz em si mesma sua razão de ser – como, aliás, todo ser
que se constitui de forma arquitetônica.
A escrita caracteriza-se, portanto, como um discurso que é epistemologi-
camente independente na medida em que tende a mostrar, em si mesmo, seus

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.


Memória e escrita no Fedro de Platão 145

próprios fundamentos. Aquilo que nele é expresso, deve se encontrar na depen-


dência de uma demonstração que é dada em si ou em um outro ser empírico com
o qual ele forma um escrito. Com efeito, quando lemos não nos remetemos pes-
soalmente ao autor para saber o que ele pretende dizer, pelo contrário, remete-
mo-nos ao próprio texto na expectativa de que ele nos diga o que quer dizer.
A crítica expressa por Thamus indica que a escrita terá justamente o efei-
to contrário daquele pretendido pelo seu inventor: ela produzirá esquecimento
por se constituir em um recurso exterior e não interior. Para ele, a atenção des-
pendida com a escrita produz desatenção com respeito à memória autêntica. O
que Thamus aponta como defeito da escrita parece também estar ligado ao seu
aspecto exterior.
Mas porque o discurso quando transposto para a escrita, quando apre-
sentado sob a forma de um objeto, torna-se uma modalidade retórica de alguma
forma condenável? Porque a exterioridade da escrita fomenta o esquecimento?
No que diz respeito à exterioridade da escrita e seu caráter de objeto,
podemos considerar que do ponto de vista da retórica filosófica é como se um
discurso elaborado como estratégia viva e singular para a conversão de um
certo gênero de alma passasse a dirigir-se genericamente a todas. A proprieda-
de que o discurso adquire ao ser escrito e circular indistintamente entre os ho-
mens contraria a necessidade retórica de que ele deve se referir a cada gênero
particular de alma de acordo com o seu grau de esquecimento.
O que constitui o aspecto negativo, portanto, é a desconsideração da par-
ticularidade e da diferença específica da alma a quem o discurso se dirige. Com
efeito, este último perde seu caráter contextual ao ser transposto para um âmbi-
to mais universal do que aquele que lhe é retoricamente adequado. Isto se deve
a sua forma de existir, à forma de artefato material ou de objeto. A escrita,
então, infringe a lei da retórica filosófica que preescreve a adequação do discur-
so a cada gênero de alma devido ao seu próprio estatuto ontológico: ela é um
objeto, um artefato.
Na crítica de Thamus ainda se encontra a afirmação de que a escrita é
somente um “recordatório” e não um fármaco para a memória. A escrita não
pode ser confundida com o processo de rememoração interno à alma, ela é

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.


146 Ronie Alexsandro T.da Silveira

somente um sinal exterior que pode ser utilizado como um meio para sua reali-
zação – parece ser esse o sentido de considerá-la como um “recordatório”, como
um meio através do qual a Anamnese é possível – um meio “hipomnemático”.
Mas isso significa admitir a existência de um certo caráter “anamnético” da es-
crita! Isto é, ela parece poder vir a ser um instrumento em acordo com os ter-
mos da retórica filosófica – o que parece contrariar aquela crítica baseada no
seu estatuto ontológico.
Entretanto, para que a escrita possa ser um instrumento adequado à re-
tórica filosófica, torna-se necessário que ela não seja compreendida como uma
instância autárquica. Pois se ela parece possuir sua razão de ser em si mesma,
isto implica em que não se pode considerá-la um instrumento para remeter a
alma para um significado que não se encontra no próprio texto. Seu caráter de
objeto parece fazer com que ela seja percebida como um ser que não requer
um complemento que a justifique e funcione como seu sustentáculo. A Anamne-
se requer, pelo contrário, um instrumento que deixe evidente sua dependência
com relação àquilo que é superior e em si mesmo; ela demanda um meio que
faça com que a alma passe ‘através dele’ e ainda que tal passagem seja promo-
vida ‘por meio dele’. A escrita, ao contrário, parece produzir o efeito de deter a
alma no estágio em que ela se encontra.
O fato de que a escrita possa ser considerada, eventualmente e em cir-
cunstâncias não especificadas, como retoricamente adequada e, ao mesmo
tempo, parecer impedir a realização da Anamnese estabelece um impasse com
respeito ao juízo que Platão faz sobre ela. Aparentemente, ambas as posições
podem ser atribuídas a ele – ou, se quisermos ser mais cuidadosos, as duas
encontram-se presentes no mito de Theuth e Thamus.
Um passo adiante seria reconhecer a ambigüidade (não de Platão mas)
das funções da própria escrita: ela nada acrescenta à retórica verdadeira mas, já
que ela existe de maneira artificial, é possível que, em determinadas circunstân-
cias, ela possa vir a ser retoricamente útil – ainda que, pelo seu caráter de obje-
to, ela possua uma tendência a se passar por autárquica. A ambigüidade encon-
tra-se em que a escrita pode desempenhar duas funções absolutamente distin-
tas com respeito à Anamnese: obstruí-la ou promovê-la.

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.


Memória e escrita no Fedro de Platão 147

Na passagem que citamos acima, Theuth afirma que a escrita é um fár-


maco (phármakon) para a memória – querendo com isso dizer que ela resolveria
o problema do caráter fugaz da oralidade e da memória humana. Mas Thamus
diz, ao contrário, que ela trará mais esquecimento. Assim como “Não há remédio
inofensivo. O phármakon não pode jamais ser simplesmente benéfico”, também
a escrita “não é melhor, segundo Platão, como remédio do que como veneno.”4.
Ora, não se pode deduzir antecipadamente qual será o efeito da aplicação
de um fármaco nos corpos em geral. Sua eficácia ou ineficácia depende sempre
do estado atual do corpo em que é aplicado e não pode ser avaliada abstrata-
mente. Também não se pode prever, pelo exame das propriedades do fármaco
os seus efeitos nos mais diversos corpos. Não é por excesso de prudência que
os laboratórios incluem nas indicações de posologia e composição dos medica-
mentos a observação de que, ‘até o momento, não foram observados efeitos
colaterais significativos’. Da mesma forma, os efeitos da escrita não podem ser
avaliados abstratamente, sem que se considere o estado epistemológico de cada
alma que dela se serve.
Considerada abstratamente e em si mesma, a escrita manifesta somente
esse caráter ambíguo que nela encontramos, uma potência que não é, a princí-
pio, nem positiva nem negativa. Todo valor que ela venha a possuir é construído
com referência àquele imperioso critério da retórica filosófica: o gênero de alma
com o qual ela estabelece relação.
Podemos caracterizar, de forma clara, as duas funções que a escrita pode
vir a exercer: uma em que ela se passa por autárquica e consistente e outra em
que ela reclama um pai ou o capital principal do qual ela é somente o rendimen-
to.5 Mas isso decorre de uma consideração abstrata da escrita, isto é, esta am-
bigüidade somente pode ser predicada a ela se a tomamos como se fosse um
objeto. Procedendo assim, cometemos uma petição de princípio pois optamos
por aquela primeira possibilidade funcional.

4
DERRIDA. p. 46.
5
Com relação à metáfora do pai, DERRIDA. Capítulo 2: “O Pai do Lógos”. Com relação à
metáfora do capital, “A República”(506a-d).

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.


148 Ronie Alexsandro T.da Silveira

Se compreendemos a escrita como uma instância válida por si mesma,


cometemos o sério equívoco de confundir o “recordatório” com o que deve ser
recordado, o referente com o referido – o “hipomnemático” com o “anamnético”.
Mas isso é um erro promovido pela perspectiva letrada de considerar a escrita
como um objeto e não propriamente um erro decorrente dela.
Uma avaliação apropriada da escrita como instrumento retórico em Platão
nos obrigaria a considerar, em cada caso particular, se ela é capaz de converter
a alma na direção do que lhe é superior, isto é, o quanto ela se aproxima do
ideal que a retórica filosófica preescreve.
Assim, em termos que julgamos conseqüentes com o pensamento de Pla-
tão, é necessário afirmar a existência de uma hierarquia ideal dos discursos
escritos. Ela parte, no seu ponto mais elevado, de uma escrita que consiga pro-
mover a Anamnese e termina, no seu nível inferior, com uma escrita que a obs-
trui completamente. Temos, assim, tipos de escrita hierarquicamente ordenados
segundo a possibilidade que cada um em particular possui de remeter a alma ao
que lhe é superior. O critério definidor dessa hierarquia é o grau de aproximação
particular que cada discurso possui com relação ao instrumento ideal da retórica
filosófica – que exige que consideremos os tipos de alma aos quais ele se dirige.
Esta hierarquia não estaria submetida, contra o que pode parecer razoá-
vel à primeira vista, a uma hierarquia dos discursos orais. Isto porque o ideal da
retórica filosófica é o valor ao qual devem ser comparados todos os discursos
para efeitos de sua avaliação enquanto instrumentos retóricos (filosóficos). As-
sim, ainda que a escrita pareça menos apta a realizar tais funções, não é verda-
deiro que sempre qualquer discurso escrito seja inferior a qualquer discurso oral.
Não há nenhum impedimento ontológico, portanto, de que um discurso
escrito seja superior a um discurso oral ainda que, pela sua natureza, a escrita
tenda a ser retoricamente menos eficaz. Os juízos sobre a propriedade e a im-
propriedade da escrita somente devem ser construídos na base de cada caso
particular em comparação com a definição ideal da retórica filosófica. Essa avali-
ação não se dá nem pela elaboração de uma regra geral válida para todos os
discursos escritos – o que terminaria simplesmente em uma condenação ou em
uma defesa - nem pela comparação entre eles.

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.


Memória e escrita no Fedro de Platão 149

Não nos parece adequado, dessa forma, atribuir a Platão a tese de que a
oralidade seja, sem mais, superior à escrita. O juízo de valor acerca da eficiência
retórica de um discurso, reiteramos, deve ser efetuado com base no ideal da
retórica filosófica e incide sobre cada discurso em particular – e não sobre os
gêneros oral e escrito. Pelo seu estatuto ontológico peculiar, a escrita tende a
ser menos eficiente aos propósitos daquele ideal. Embora isso não a torne, em
definitivo, retoricamente inferior à oralidade.
O diálogo platônico é a forma como se conjulgou o caráter de objeto da
escrita – seu estatuto ontológico – com os requisitos da retórica filosófica.

Referências Bibliográficas

DERRIDA, J. A farmácia de Platão. Trad. Rogério da Costa. 2. ed. São Paulo:


Iluminuras, 1997.
GAGNEBIN, J. M. Morte da memória, memória da morte: da escrita em Platão.
In: _____. Sete aulas sobre linguagem, memória e história. Rio de Janeiro:
Imago, 1997.
GIL, L. Divagaciones em torno al mito de Theuth y de Thamus. Estudios Clássi-
cos. n. 9, 1956. p. 343-360.
HAVELOCK, E. A. A revolução da escrita na Grécia e suas conseqüências cultu-
rais. Trad. O. José Serra. São Paulo: UNESP e Paz e Terra, 1996.
LLEDÓ, E. La memoria del Logos. Madrid: Taurus, [s.d.]
PAVIANI, J. Escrita e linguagem em Platão. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1993.
PLATÃO. Diálogos. Madrid: Gredos, 1992.
_______. Fedro. Trad. J. Ribeiro Ferreira. Lisboa: Verbo, 1973.
PLATON. Phèdre. Trad. E. Chambry. Paris: Garnier-Flammarion, 1964.
REALE, G. História da Filosofia Antiga. Trad. Henrique C. de Lima Vaz e Marcelo
Perine. São Paulo: Loyola, 1994. v. II.

Cadernos de Atas da ANPOF, no 1, 2001.

Você também pode gostar