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Teste 3.

Camilo Castelo Branco Sugestões de resolução

Teste 3 · Camilo Castelo Branco (Dossiê do Professor, p. 210)

Grupo I
1. É possível distinguir no excerto três momentos distintos: os acontecimentos ocorridos pelas
“onze horas da noite” (l. 1), quando Simão resolve procurar Teresa no convento em Viseu e, ao
tentar sair de casa de João da Cruz sem ser visto, é surpreendido por Mariana (ll. 1-15); a
chegada de Simão ao convento e a espera pela saída de Teresa (ll. 16-18); o surgimento da
família de Teresa para iniciar a sua transferência de convento (ll. 19-30).

2. Quando é surpreendido por Mariana, Simão reflete sobre a dedicação da jovem, que considera
seu “anjo da guarda” (l. 8), e na qual reconhece uma extrema dedicação sentimental. Os seus
pensamentos sugerem também que ele próprio assume que deveria seguir os conselhos de
prudência anteriormente dados pela filha de João da Cruz.

3. Mariana revela-se atenta e cuidadosa com Simão, mantendo-se vigilante mesmo depois de,
anteriormente, o jovem não ter assumido que sairia nessa noite para ver Teresa. Desse modo,
surpreende-o quando abandona a casa e, prudente, sensata e resignada, despede-se
emotivamente dele. Durante o breve diálogo que mantém com Simão e após a sua saída,
revela a sua dimensão espiritual e religiosa, “orando com o fervor das lágrimas” (l. 15)
causadas pela despedida e pela inquietação.

4.1. A expressão destaca os traços de carácter de Baltasar que o primo de Teresa revela no
diálogo seguinte com o tio e ao longo da ação: a arrogância e prepotência e,
simultaneamente, a pequenez moral de quem se compraz no sofrimento dos outros, como
acontece com a repreensão que dirige a Tadeu, censurando-o e culpando-o pela “ousadia” de
Teresa.

4.2. Baltasar mostra-se aparentemente condescendente com o tio, acompanhando-o e


amparando-o (ll. 19-20) naquele momento delicado em que “denotava quebranto e
desfalecimento a espaços” (l. 20). Contudo, do sobrinho, Tadeu recebia essencialmente
censura e repreensão, pois culpabiliza-o por ter criado Teresa “à discrição” (ll. 25-26), ou
seja, ter promovido a “desobediência” (l. 30) e favorecido a afoiteza de tentar “escolher
marido” (l. 27). No fundo, subvertem-se os papéis naturais em núcleos familiares marcados
pela harmonia, com o sobrinho irreverente e presunçoso a deixar “soluçando” (l. 28) o tio
com as suas admoestações arrogantes.

Grupo II
1. O texto constitui um artigo de apreciação crítica, que visa avaliar o filme Amor Impossível.
Apresenta, como é próprio do género, uma descrição sucinta do objeto da apreciação (ll. 1-18)
e juízos de valor sobre o mesmo, com a identificação das suas características negativas (ll. 25-
28 e 33-34) e positivas (ll. 28-32).

2. O primeiro parágrafo e o início do segundo (até à linha 18) correspondem à apresentação do


objeto da apreciação crítica, com a identificação de um “momento-chave” (l. 2) do filme que
suscita uma síntese do argumento. Da linha 18 (“Postas as coisas neste pé”) à 25, aproxima-se
o enredo amoroso da produção de António-Pedro Vasconcelos do de outros objetos artísticos,
para se concluir, a partir da linha 25 (“E nem as personagens”) que esse mesmo enredo não é
superior em termos de qualidade. A parte final do texto (ll. 25-34) constitui o comentário crítico

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sobre Amor Impossível, destacando alguns dos seus pontos fortes mas, essencialmente,
chamando a atenção para aspetos menos bem conseguidos.

3. Os casais referidos são associados a histórias de amor com finais infelizes, sugerindo o destino
dos protagonistas do filme.

4.1. (B); 4.2. (B); 4.3. (B); 4.4. (B); 4.5. (D)

5. “que tenta pôr em cena essa paixão” – oração subordinada adjetiva relativa restritiva. “como
aquelas a que se refere” – oração subordinada adverbial comparativa.

6. Sujeito.

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