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LUANDA
2020
LUANDA
2020
DIANA PRICILA COELHO PEDRO
O IMPACTO DA GESTÃO DE CONFLITOS COMO FACTOR DE SATISFAÇÃO NO
TRABALHO.
Considerações:______________________________________________________________
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Dedico este trabalho a minha
familia e noivo que são os
maiores presentes que recei.
Atodos que sempre
estiveram ao meu lao para o
alcance deste grane ojectivo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus criador do céu e da terra, e por ser digno de toda honra e toda gloria.
A minha orientadora, Mestre Loide Pedro, pela forma como conduziu-me na execução
deste trabalho.
Em especial a Empresa Bernier Lda, por todo apoio que consideram na realização
deste trabalho.
Ao Imetro e seus colaboradores, pela atenção prestada os anos da licenciatura e ao
corpo docente do Curso de Gestão de Recursos Humanos.
Aos meus familiares que, têm procurado sempre demonstrar seu amor e apoio
incondicional.
A todos os colegas e amigos que directa e indirectamente ajudaram e apoiaram para a
concretização desta obra.
RESUMO
O presente trabalho que teve como tema: O impacto da gestão de conflitos como factor
de satisfação no trabalho. Tem como objectivo geral, compreender o impacto da gestão de
conflitos como factor de satisfação no trabalho dos colaboradores da empresa Bernier,Lda.
Encontra dividido por dois capítulos, o primeiro é a fundamentação teórica e o segundo a
fundamentação prática. Como metodologia, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, com a
amostra selecionada de 20 colaboradores, a técnica de amostragem utilizada foi amostragem
probabilística aleatria simples, Foi utilizado o método descritivo, e a abordagem quantitativa,.
Quanto aos resultados, os dados da pesquisa mostram que, a gestão de conflitos tem grande
impacto para a satisfação dos colaboradores da Bernier,Lda por ser a forma mais eloquente de
melhorar as relações de trabalho,os conflitos quando geridos tornam-se positivos nas relações
de trabalho e consequentemente na aquisição dos objectivos organizacionais. As duas
hipóteses foram alcançadas com base nos gráficos 7, 9 e 10 respetivamente, assim como
também os objectivos da pesquisa foram alcançados com o estudo de caso.
PALAVRAS-CHAVE: Conflito, Gestão. Satisfação.
ABSTRACT
The present work was the theme: The impact of conflict management as a factor of job
satisfaction. Its general objective is to understand the impact of conflict management as a
factor of satisfaction in the work of employees of Bernier,Lda. It is divided into two chapters,
the first is the theoretical basis and the second the practical foundation. The descriptive
method of bibliographic research was used, in its quantitative approach, with the selected
sample of 20 collaborators. The research data show that conflict management has a great
impact on the satisfaction of the work of Bernier's employees, Lda because it is the most
eloquent way to improve labor relations, in this way, the impact form of resolution of all cases
of existing discord and friction, at the same time, conflicts when managed become positive in
labor relations and consequently in the acquisition of organizational objectives. The two
hypotheses were achieved based on graphs 7, 9 and 10 respectively, as well as the research
objectives were achieved with the case study.
LISTA DE TABELAS
Tabela nº 1: Género dos Trabalhadores....................................................................................33
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico nº 1: Género dos Trabalhadores...................................................................................44
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................12
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA...............................................................15
1.1 DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS.................................................................15
1.2 BREVE HISTÓRIAL DO CONFLITO..........................................................................15
1.3 As visões contemporâneas do conflito............................................................................16
1.4 TIPOS DE CONFLITOS.................................................................................................18
1.5 GESTÃO DE CONFLITOS............................................................................................20
1.6 ESTILOS DE GESTÃO DE CONFLITO.......................................................................22
1.6.1 Factores que influencia os estilos utilizados para lidar com o conflito...........................23
1.6.2 Classificação dos conflitos..............................................................................................24
1.6.3 Consequências do conflito...............................................................................................25
1.6.4 Alguns aspectos positivos do conflito.............................................................................25
1.6.5 Estratégias de Resolução de Conflitos............................................................................26
1.7 CLÍMA ORGANIZACIONAL.......................................................................................27
1.8 SATISFAÇÃO NO TRABALHO...................................................................................29
CAPÍTULO II FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA...............................................................32
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA................................................................................32
2.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.........................................................33
CONCLUSÃO.........................................................................................................................38
SUGESTÕES............................................................................................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................40
APÊNDICE...............................................................................................................................41
ANEXOS..................................................................................................................................49
INTRODUÇÃO
A gestão de conflitos tem um grande impacto nas organizações, isto, porque, melhora
o clima organizacional e ajuda no desempenho dos funcionários para que possam assim
cumprir com os objectivos preconizados.
Por este motivo, torna-se preponderante que os gestores nas organizações tenham
conhecimentos suficientes sobre como gerencia-los de maneiras a tornar a vida de todos os
intervenientes organizacionais mais facilitada e que haja coabitação entre as pessoas, para
facilitar que todos estejam focados no alcance dos objectivos organizacionais.
As pessoas que trabalham em grupo tendem a ter diferentes origens, quer porque
possuem competências diversas, ou porque viveram experiências de forma diferente, por
estas razões é que as incompatibilidades entre os seres humanos hão sempre de existir em
todos os ambientes em que se está inserido.
PROBLEMA DE PESQUISA
HIPÓTESES
Específicos:
JUSTIFICATIVA
METODOLOGIA
Técnicas de Pesquisa
A técnica usada foi a questionário, porque foi a mais apropriada ao tipo de pesquisa
que se propôs, as informações foram obtidas através das respostas feitas aos colaboradores da
Bernier,Lda.
Quanto a abordagem, utilizou-se a abordagem quantitativa, que serviu para quantificar
em gráficos e tabelas, os resultados obtidos ao longo da pesquisa prática.
População e amostra
O presente trabalho contou com uma população de 25 colaboradores da Empresa
Bernier,Lda e amostra foi selecionada de forma aleatória simples e foi de 20 colaboradores
pertencentes a Área Comercial e de Prestação de Serviços.
Quanto ao tipo de amostra, utilizou-se uma amostragem probabilística uma vez que
todos os colaboradores da instituição pesquisada tiveram chances iguais de participarem na
pesquisa.
Colecta de Dados
A colecta de dados fez-se através do questionário estruturado com 10 perguntas
fechadas e os dados foram tratados de forma quantitativa. Para a elaboração das tabelas e
gráficos foi usado o Software Word e o software Excel.
LIMITAÇÃO
DELIMITAÇÃO
De acordo com Ferreira (1996, p. 363) conflito vem do latim “conflictu” embate dos
que lutam, discussão acompanhada de injurias e ameaças, desavença, guerra, combate,
colisão, choque o elemento básico determinante da acção dramático, a qual se desenvolve em
função da oposição e luta entre diferentes forças.
Para Cunha et al (2007, p. 443) o conflito é uma realidade incontornável da vida social
e da vida organizacional.
A gestão de conflitos é o processo de tomar consciência da divergência existente
entre as partes, traduzida em algum grau de oposição ou incompatibilidade entre objetivos das
partes, ou da ameaça dos interesses de uma das partes. O conflito é um processo em que uma
parte percebe que seus interesses estão sendo opostos ou negativamente afetados pela outra
parte (ALIS, 2012).
Segundo Locke (1969, p. 543) define satisfação no trabalho como o resultado da
avaliação que o trabalhador tem sobre o seu trabalho ou a realização de seus valores por meio
dessa atividade, sendo uma emoção positiva de bem-estar.
Neste período a sociedade tradicional onde até então a economia era baseada na
agricultura e havia um domínio político da nobreza, começou a transformar-se surgindo um
novo tipo de organização social (CARVALHO, 2015,p.356).
As organizações indústrias impunham novas formas de relacionamento humano e a
sociologia enquanto ciência surgiu para ajudar a interpretar esses relacionamentos e propor
alternativas. Além disso, não só as pessoas, mas também a indústria em tornar-se objecto de
estudo das ciências sociais, o que prova que o estudo da organização segue em paralelo com o
estudo da sociedade, pois estes interagem dentro de um mesmo organismo (CUNHA et al
2007, p. 458).
Assim, o estudo do comportamento organizacional é uma ciência que se apoia na
contribuição de diversas outras disciplinas comportamentais. As áreas predominantes são a
Psicologia, a Psicologia Social, a Antropologia e a Ciência Política, além da Administração os
cientistas têm prestado significativa contribuição para o entendimento do comportamento
organizacional (ROBBINS 2009, p. 291)
Sendo que a ciência politica estuda o comportamento dos indivíduos e dos grupos
dentro de um sistema politico, alcançando a questão do conflito e poder, dando a dimensão de
como as pessoas manipulam esses tópicos para atingir seus próprios interesses (ROBBINS
2009, p. 291).
Assim, as principais abordagens das teorias organizacionais sobre o conflito,
destacando - se a teria de Karl Marx que nos permite entender como o tema era tratado (REN
2013, p. 57).
Na abordagem Marxista, a abordagem clássica de Karl Marx entende o conflito como
o motor para a mudança social, em toda produção teórica de Karl Marx, a temática do conflito
está presente e se expressa fundamentalmente como luta de classes na sociedade capitalista e
ocorre em todo processo histórico (ROBBINS 2009, p. 293).
Os grupos de interesse são aqueles em que os participantes sabem que possuem
interesses em comum, que as relações vão além da interdependência de trabalho, e as
coalizações são grupos de interesses comprometidos em atingir interesses em comum. A
abordagem clássica apresentada originou as discussões sobre o conflito, servem de base para
estudos mais aprofundados sobre a relação de trabalho e os relacionamentos dentro das
organizações (REN 2013, p. 61).
1
1.3 . As visões contemporâneas do conflito
Para Martinelli e Almeida (2009, p.13) com base em toda teoria criada pelos grandes
pensadores clássicos que desenvolveram conceitos da sociologia, e demais áreas do
conhecimento ligadas as ciências sociais. Surgiram novos teóricos propondo uma são mais
ampla e contemporânea sobre conflito e suas relações com o comportamento e ambiente
organizacional.
Na realidade, as definições de conflitos são diversas. Conforme Robbins (2009, p.
71) conflito é um processo que tem inicio quando uma das partes percebe que a outra é
afectada, ou pode afectar negativamente, ou pode afectar negativamente em uma coisa que a
primeira considera importante.
Os autores Martinelli e Almeida (2009, p. 9) tratam o conflito como algo que está
ligado a frustração, fato que o desencadeia. Reconhecido esse processo, o fenómeno do
conflito pode ter um efeito construtivo ou destrutivo, dependendo da maneira como é
administrado. Sendo uma constante nas organizações, o tema tem sido amplamente discutido
ao longo dos anos por teóricos, empreendedores e lideres empresarias.
Conforme Robbins (2009, p. 82), na perspectiva contemporânea do conflito é possível
identificar três escolas do pensamento em relação ao assunto, cujas abordagens são: a visão
tradicional, a visão das relações humanas e a visão interacionista. A visão tradicional é a
abordagem mais antiga sobre o tema, acredita que todo conflito é ruim e, que portanto,
consiste em algo a ser evitado.
Esta visão prevaleceu nas décadas de 1930 e 1940, em que se acreditava que todo
conflito era uma disfunção resultante de falhas de comunicação, ou até mesmo de completa
ingerência dos. Esta visão administradores certamente não retrata toda a realidade acerca do
tema pois trata o conflito de maneira simplista e resume a acção dos gestores a eliminar o foco
do conflito (ROBBINS, 2009, p. 88).
A visão de relações humanas foi amplamente utilizada no final da década de 1940 até
meados de 1970. Ela parte do princípio de que o conflito é uma ocorrência natural nas
organizações e que, portanto, deve ser aceito. Entende que ele não pode ser eliminado e que
pode inclusive ser benéfico para os grupos e organizações (ROBBINS 2009, p. 91).
A visão interacionista é a visão adoptada actualmente pelos estudiosos da gestão de
conflitos. Enquanto a visão anterior apenas aceita o conflito, esta o encoraja por acreditar que
um ambiente harmonioso pacifico e tranquilo está na eminência de tornar-se incapaz de
inovar, de mudar e de permanecer em um mercado competitivo. Assim esta visão encoraja os
líderes a manterem um nível de conflito, capaz de estimular a inovação e a criatividade
(ROBBINS 2009).
Os autores Mcshane e Glino (2013, p. 57) corroboram com a visão interacionista ao
cintarem que o conflito moderado gera um raciocínio produtivo que melhora a criatividade,
além de evitar que as empresas entrem em estágio de estagnação adaptando-se ao ambiente
externo.
Os autores (2013) ainda defendem que algum grau de conflito com pessoas de fora da
equipe estimulam a coesão dentro da equipe, pois ao serem confrontadas com uma ameaça
externa, é natural que as pessoas se unam para desenvolver os seus trabalhos. Assim é
possível satisfazer as três abordagens contemporâneas, conforme abaixo:
Abordagem na perspectiva tradicional crença que o conflito tem consequências
negativas e deve ser evitado, relações humana crença que o conflito é natural e inevitável num
grupo e deve ser aceito, interacionista, crença que o conflito não é só uma força produtiva,
mas que é necessário para a eficácia e o desempenho do grupo, e deve ser estimulado
(EDELA E MACEDO, 1978).
Na visão de Edela e Macedo (1978):
O conflito bom, é aquele produtivo, que
provoca mudança e cria valor para a
organização e para as pessoas que nela
trabalham. O conflito ruim, também
classificado como contra produtivo destrói o
valor e impede a colaboração entre as pessoas,
o que acaba por gerar prejuízo a empresa. O
conflito relevante é todo aquele que precisa da
interferência do gestor para que seja
resolvidos, conflitos do dia-a-dia que em geral
se resolvem sozinhos ou por acordo entre as
partes, não possuem relevância para a
organização.
Para melhor conhecermos os conflitos é importante que saibamos suas formas e tipos
de ocorrência, de maneira que ao se deparar com uma situação de atrito possamos identifica-
lo para assim buscar a melhor forma de resolução (CUNHA et al. 2007).
Para Alis (2012), há vários tipos de conflitos: o conflito interno e o conflito externo. O
interno (intrapessoal) envolve dilemas de ordem pessoal. O externo envolve vários níveis:
interpessoal, intragrupal e interorganizacional. O conflito pode ocorrer em três níveis de
gravidade, a saber:
1. Conflito percebido: ocorre quando as partes percebem e compreendem que o conflito
existe por que sentem que seus objetivos são diferentes dos objetivos dos outros e que
existem oportunidades para interferência ou bloqueio. É o chamado conflito latente,
que as partes percebem que existe potencialmente.
2. Conflito experienciado: quando o conflito provoca sentimentos de hostilidade, raiva,
medo, descredito entre uma parte e outra. É o chamado conflito velado, quando é
dissimulado, oculto e não manifestado externamente com clareza.
3. Conflito manifestado: quando o conflito e expresso através de um comportamento de
interferência activa ou passiva por uma das partes. E o chamado conflito aberto, que se
manifesta sem dissimulação.
Berg (2012) defende que existe três tipos de conflitos:
Os conflitos não são iguais e por isso não devem ser abordados sempre da mesma
maneira. O gestor deve conhecer as ferramentas e saber como e quando utiliza-las, de modo a
ser assertivo na sua escolha.
Para Martinelli e Almeida (2009, p. 21):
A primeira percepção que se precisa mudar é no
sentido de entender o conflito como uma quebre
na ordem, como uma experiência negativa. Deve
se entender que o conflito é resultado da
diversidade, que pode ser usado para esclarecer
um relacionamento, para propor uma forma
diferente de pensar ou de agir.
De acordo com Anna e Marc (2012), quando há tempo para uso do diálogo, o valor
que ele gera para a solução do conflito e estimulo a inovação é significativo. O gestor que
pretende usar o diálogo deve saber quais perguntas fazer e ter capacidade para ouvir as
respostas, interpretar e agir de modo a solucionar o conflito. Para ser assertivo no seu diálogo,
o gestor deve combinar empatia com o seu ponto de vista justificado.
Robbins (2005p. 326), afirma que, “sugere a inclusão de funcionários em um grupo
de trabalho com histórico, valores, atitudes ou estilos diferentes dos demais integrantes de
grupo, como forma de estimular o conflito funcional, acreditando que isso ira gerar, incentivar
uma nova forma de agir no grupo”.
A Hewlett-Packard recompensa os seus
funcionários que sustentam suas ideias
mesmo quando elas são rejeitadas pela
direcção da empresa, pelo simples facto de
estes terem trazido uma nova visão, uma
nova proposta para os negócios da empresa.
(ROBBINS 2005 p. 326).
1.6 ESTILOS DE GESTÃO DE CONFLITO
No conflito entre duas partes surge uma questão fundamental: como é que se pode
gerir uma situação em que as partes consideram os seus interesses como divergentes? Dentro
das organizações e com muita frequência, em determinado conflito entre duas partes, as duas
pretendem um tipo de solução que a outra não quer aceitar, sendo que ambas das partes
dependem uma da outro para ser atingido um acordo (FERREIRA, 1996).
Uma forma de gerir a situação é através da negociação, situação em que as partes
definem ou redefinir a sua interdependência. É igualmente possível tentar impor a solução de
uma parte sobre a outra, a isto chama-se dominação (CAETANO E VALA, 2002).
Outra maneira de se chegar a um acordo seria de introduzir uma terceira parte
(árbitro ou mediador), o que pode ser muito útil para tomar uma decisão imparcial. Como
exemplo: essa estratégia é usada muitas vezes em tribunal. E por ultimo, as duas partes podem
ainda tomar decisões de forma independente em acções separadas (FERREIRA, 1996).
Para Caetano e Vala, (2002) em termos de negociação, uma questão fundamental que
tem de ser analisada é que tipo de estratégia se ira tomar. Como já foi referido, existem varias
estratégias que as partes podem assumir.
Em geral, ao nível individual e grupal, podemos pensar em cinco intenções negociais
ou estilos, que servem como base da postura que a pessoa assume perante o conflito (RAHIM
E THOMAS 1991).
Podemos considerar estilos como, estratégias básicas para gerir uma situação em que
as partes consideram seus interesses como incompatíveis Ao combinar as duas dimensões,
produzem-se cinco estilos específicos de lidar com o conflito (RAHIM E THOMAS 1991).
Figura 3: Cinco estilos de lidar com o conflito
(3º) Compromisso
(5º) Evitamento (2º) Acomodação
Não assertivo Não cooperativo Cooperativo
De acordo Beck, (2009, p. 24) existem três tipos de resolução ou soluções possíveis
para o conflito, a saber: Ganhar -Perder, Perder - Perder e Ganhar- Ganhar.
Para Burbrige (2012, p.58) “na estratégia Ganhar-Perder, uma das partes alcança o
objetivo pretendido e a outra não, uma das partes é mais poderosa que a outra e através do seu
poder impõe-se à outra, ou seja, uma ganha a outra perde”.
A longo prazo, esta estratégia acaba por enfraquecer a autoridade e pode criar
sentimentos de vingança ou ressentimentos, produzindo maus resultados. Por exemplo, na
parte que ganha existe um sentimento de vitória, um reforço da autoestima, na parte que perde
cria-se um sentimento de contrariedade. Por conseguinte, podem ficar com ressentimentos
relativamente ao resultado alcançado, e poder influenciar ou dificultar as futuras negociações
(BURBRIGE, 2012).
Para Carvalho (2015, p.45) “na estratégia Perder-Perder, os indivíduos em conflito
estão mais empenhados em impedir que o outro ganhe do que em encontrar uma solução
eficaz para o problema”.
Pode haver cedência entre as partes e a resolução final não estar de acordo com
nenhuma das posições. Nenhuma das partes envolvidas no conflito é beneficiada quando se
recorre a esta estratégia, logo nenhuma se pode considerar vencedora (CARVALHO 2015,
p.48).
Segundo Burbrige (2012, p.61) “a estratégia Ganhar-Ganhar implica que as partes
envolvidas confrontem os seus pontos de vista e estejam dispostas a resolver as suas
diferenças”.
Deve permanecer uma comunicação aberta,
tal como a sensibilidade quer em relação às
diferenças como às semelhanças, uma atitude
de confiança, tal como uma
complementaridade de esforços nas
resoluções das questões. Ou seja, procura-se
em conjunto identificar as melhores hipóteses
para solucionar o conflito e atingir os
objetivos de ambas as partes. Esta técnica
permite criar um clima de confiança, de
compreensão e de respeito mútuo entre todas
as partes implicadas no conflito
(CARVALHO, 2018, p.134).
Segundo Locke (1969, p.539), define a satisfação no trabalho como “um estado
emocional, porque a emoção deriva da avaliação dos valores do indivíduo, e por tratar-se de
um estado emocional, a satisfação possui dois fenômenos: o de alegria (satisfação) e o de
sofrimento, desprazer (insatisfação)”.
A satisfação no trabalho é um fenômeno
individual, ressalta que os fatores causais
podem ser classificados em dois grandes
grupos: eventos e condições do trabalho
(trabalho propriamente dito, pagamento,
promoção, reconhecimento, condições de
trabalho, a); e agentes do trabalho (colegas
e subordinados, supervisores,), assinalando
que os fatores causais devem ser analisados
em suas inter-relações (FERREIRA, 1996,
p.97).
A satisfação e a insatisfação encontra-se em um extremo e a insatisfação em outro, não
dando suporte à conceção de dois contínuos unipolares independentes um pertencendo à
satisfação e outro, à insatisfação (CAETANO E VALA, 2002, p.198).
Locke (1969, p.543) aponta falhas em algumas teorias desse tema, como a de
Herzberg, que considera satisfação e insatisfação fenômenos distintos, não indicando as
diferenças individuais de percepção da satisfação no trabalho, justificando essa falha com a
afirmativa de que os valores são pessoais, sendo emocionais os principais determinantes no
trabalho.
Neste contexto, a motivação tem de ser vista como processo de fornecer aos membros
de uma organização a oportunidade de satisfazer as suas necessidades e cumprir os seus
objectivos através de um comportamento que se traduza no máximo de produtividade para a
organização, casando assim os objectivos individuais com os objectivos organizacionais
(LOCKE, 1969, p.554).
Segundo Siqueira (2008) a escala de satisfação no trabalho foi construída com o
objetivo de medir o grau de satisfação dos trabalhadores dentro do ambiente organizacional,
levando em consideração cinco dimensões:
Não há, portanto, um único fator determinante para a satisfação; estes dependem do
ambiente e das condições de trabalho, bem como da avaliação pessoal do trabalhador.
A satisfação e a insatisfação e suas conseqüências afetam directamente na saúde e no
bem-estar do trabalhador fornecendo suposições de que a insatisfação no trabalho pode gerar
conflitos (RAHMAN & SEM, 1987,p.201). Os autores afirmam que o absenteísmo é menor
entre os que possuem uma maior satisfação no trabalho.
Os autores também apontam que a satisfação no trabalho possui grande influência na
determinação dos níveis de conflitos e na qualidade de vida do trabalhador, sendo que o
trabalho,torna-se uma verdadeira prisão em decorrência das más condições em que é
executado. E, quando ele é associado a programas de prevenção e promoção da saúde, pode e
deve ser fonte de satisfação e de realização.
CAPÍTULO II FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA
Têm como missão de prestar serviços de excelência aos seus clientes do ramo do
comércio geral.
Visão
Género do inquirido FI %
Masculino 16 80%
Feminino 4 20%
Total 20 100%
Tabela nº 5: A própria estrutura de uma organização constitui uma fonte potencial de conflito.
Quais são as principais causas que geram conflitos na FI %
Bernier,Lda
Relações de trabalho 2 10%
Recursos escassos 0 0%
Ambiguidade Interdependência 1 5%
Competição em função de recursos escassos 12 60%
Diferenciação 3 15%
Autonomia 2 10%
Total 20 100%
CONCLUSÃO
SUGESTÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Género do inquirido
Masculino Feminino
2- Faixa etária
3- Nível académico
4- De acordo ao conflito externo e interno. Qual das alíneas corresponde ao nível de conflito
que mais ocorre na Bernier,Lda?
a) Conflito percebido
b) Conflito experienciado
c) Conflito manifestado
a) Relações de trabalho
b) Competição em função de recursos escassos
c) Ambiguidade Interdependência
d) Diferenciação
e) Autonomia
6- Os conflitos são inevitáveis nas relações entre indivíduos e não só. Qual das alíneas abaixo
corresponde ao estilo de gestão de conflitos usado pela Bernier,Lda?
a) Competição
b) Acomodação
c) Compromisso
d) Colaboração
e) Evitamento
7-No que tange a estratégia de resolução de Conflito. Qual das alíneas corresponde a
estratégia usada pela Bernier, Lda?
a) Ganhar-Perder
b) Perder- Perder
c) Ganhar-Ganhar
8-O clima é um grande influenciador da produtividade na empresa. Qual das alíneas abaixo
corresponde ao clima organizacional da Bernier,Lda?
d) Clima desumano
e) Clima tenso
f) Clima de tranquilidade
9-A satisfação no trabalho representa uma parcela da satisfação com a vida. O que mais gera
satisfação para os colaboradores da Bernier,Lda?
10-A gestão de conflitos tem um impacto positivo no que tange a resolução de conflitos dos
colaboradores da Bernier,Lda?
a) Sim
b) Não
c) Talvez
Gráfico nº 1: Género dos Trabalhadores
80%
Masculino
20%
Feminino
40%
35%
Ensino médio
15% Bachrel
50%
Licenciatura
20% 45%
Conflito percebido
Conflito experienciado
35% Conflito manifestado
60%
Relações de trabalho
15%
Ambiguidade
Competição em função de recursos
10% escassos
5% 10% Diferenciação
Autonomia
65%
20% Competição
Colaboração
15% Evitamento
75%
Ganhar-Perder
Perder-Perder
Ganhar-Ganhar
15% 10%
70% 30%
Clima tenso
Clima tenso
35%
Gráfico nº 10: A gestão de conflitos tem um impacto positivo no que tange a resolução de
conflitos dos colaboradores da Bernier,Lda?
Fonte:
90% elaboração
própria (2019)
Sim
10% Não
ANEXOS
Organograma
DIRECTOR GERAL
ASSISTENTE
ADMINISTRATIVO
DIRECTOR DE
DEPARTAMENTO DE
ADMINISTRAÇÃO E DEPARTAMANETO DE RH
MARKETING E VENDAS
FINANÇAS
DIVISÃO DE CONTABILIDADE,
FACTURAÇÃO E COBRANÇA, ÁREA DE HIGIENNE E
SECRETARIA GERAL
LOGÍSTICA, PATRIMÓNIO, SEGURANÇA
SERVIÇO, E OUTROS