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Simulado ENEM 2020

9130604000167
1a Série Código: 11 Prova 1 1o Dia

Estudante:

PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO


PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:

As nuvens passam pelo céu.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 44 questões 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas
numeradas de 1 a 44 e a Proposta de Redação, dispostas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
da seguinte maneira: 4. O tempo disponível para estas provas é de três horas e
a) questões de número 1 a 22, relativas à área de trinta minutos.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-
b) Proposta de Redação; -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas
c) questões de número 23 a 44, relativas à área de no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados
Ciências Humanas e suas Tecnologias. na avaliação.
ATENÇÃO: as questões de 1 a 3 são relativas à língua 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões FOLHA DE REDAÇÃO.
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o
escolhida no ato de sua inscrição. aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as 8. Você poderá deixar o local de prova somente após
instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, decorridas uma hora do início da aplicação e poderá levar
tenha defeito ou apresente qualquer divergência, seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término
providências cabíveis. das provas.

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação
de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições.
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E A internet tem servido a diferentes interesses, ampliando, mui‑
SUAS TECNOLOGIAS tas vezes, o contato entre pessoas e instituições. Um exemplo
disso é o site WeFeedback, no qual a internauta Kate Watts
Questões de 1 a 22 A comprou comida em promoção.
Questões de 1 a 3 (opção Inglês) B inscreveu-se em concurso.

QUESTÃO 1 C fez doação para caridade.


D participou de pesquisa de opinião.
E voluntariou-se para trabalho social.

QUESTÃO 3
The Think.Eat.Save […] campaign is in support of the Save
Food Initiative to reduce food loss and waste along the en‑
tire chain of food production and consumption – run by the
FAO and trade fair organizer Messe Düsseldorf – and the UN
Secretary General’s Zero Hunger Challenge. The campaign
specifically targets food wasted by consumers, retailers and
the hospitality industry.
UN ENVIROMENT. Campaigns. Disponível em: <www.unenvironment.org/
get-involved/campaigns>. Acesso em: 23 ago. 2019.

A campanha Think.Eat.Save, da Organização das Nações


Unidas, visa
BY PERMISSION OF MORRIE TURNER AND CREATORS SYNDICATE, INC.
A motivar os consumidores a comer de forma saudável.
A expressão “Guess who is not coming to dinner” refere-se
B reduzir o desperdício e a perda de alimentos.
ao fato de a personagem não
C pressionar a indústria para reduzir o uso de agrotóxicos.
A apreciar o prato que será servido como entrada.
D organizar feiras para arrecadar doações de alimentos.
B saber como se portar em um evento sofisticado.
E incentivar os hotéis a produzir seus próprios mantimentos.
C ter sido convidada para a refeição daquela noite.
D ter interesse pela culinária de outros países.
Questões de 1 a 3 (opção Espanhol)
E poder ir ao jantar por já ter outros compromissos.
QUESTÃO 1
QUESTÃO 2
1861

Disponível em: <http://macanudo.com.ar>. Acesso em: 8 dez. 2014.

Na tirinha acima, a expressão “A ver si nos ponemos de


acuerdo” significa que
A o personagem deseja esclarecer a sua situação.
B o personagem deseja fazer um acordo com seu interlocutor.
C o personagem pede que seu interlocutor concorde com o
que ele diz.
D o personagem espera que acorde de um sonho.
Disponível em: <http://wefeedback.org>. Acesso em: 30 jul. 2012. E o personagem é sonâmbulo e não quer acordar.

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QUESTÃO 2 escala para la que nadie — y menos en la Unión Soviética —
estaba preparado. Sigue siendo el peor desastre en la historia
CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1988 WATTERSON/
DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION

de la energía nuclear, pues murieron más de treinta personas


en un inicio (y más en los años siguientes, aunque las cifras
son materia de controversia) y la contaminación radiactiva se
extendió a lo largo de grandes tramos del territorio soviético
y europeo.
FOUNTAIN, Henry. “Chernobyl”: las verdades detrás de la miniserie.
The New York Times ES, 6 jun. 2019. Disponível em: <https://www.nytimes.com/es/
2019/06/06/chernobyl-hbo/?rref=collection%2Fsectioncollection%2Fnyt-
es&action=click&contentCollection=cultura&region=stream&module=stream
_unit&version=latest&contentPlacement=6&pgtype=collection>.
Acesso em: 23 ago. 2019.

O trecho da reportagem aborda a minissérie Chernobyl, que


retratou em cinco episódios o acidente nuclear de grandes
proporções, ocorrido em 1986, na União Soviética. De acordo
com o texto, a minissérie
A é fantasiosa, pois não é fidedigna ao acidente de Chernobyl.

B traz fatos inventados, mas que não interferem no fato histórico


do acidente de Chernobyl.

C é verídica, representando fielmente a realidade do acidente


de Chernobyl.

D apresenta controvérsia, pois questiona a ocorrência do aci‑


dente de Chernobyl.

E é desastrosa, pois trata como ficção o acidente de Chernobyl.

No último quadro, a fala de Calvin sugere que QUESTÃO 4


A os jornais vêm noticiando que não há mais motivos para fazer
a guerra, pois o planeta já está arruinado.

JEAN GALVÃO/FOLHAPRESS
B a guerra é algo que nunca vale a pena, já que, assim como
os problemas ambientais, acaba com o mundo.
C os adultos já arruinaram com o mundo, de maneira que não
haveria mais motivos para as disputas.
D disputas ambientais sempre foram motivos para a guerra no
planeta, mas agora elas não existem mais.
E problemas ambientais como a chuva ácida acabaram com
a capacidade dos adultos de fazerem guerras.

QUESTÃO 3 Na charge acima, o humor está na composição das lingua‑


gens verbal e não verbal, na qual o autor buscou retratar
“CHERNOBYL”: LAS VERDADES DETRÁS DE LA
MINISERIE A uma condição social, ao mesmo tempo em que critica e
expõe a situação econômica do país.
Lo primero que hay que entender acerca de Chernobyl,
B a maneira como as pessoas desempregadas são tratadas
la miniserie de HBO que concluye su temporada de cinco
na sociedade, deixadas à margem.
episodios este viernes en América Latina, es que muchas
C a situação econômica de pessoas que utilizam jornais de
cosas son inventadas. Sin embargo, lo segundo, y más
grande circulação.
importante: en realidad eso no importa.
D os setores da sociedade que estão em superávit, como es‑
La explosión y el incendio en el reactor de la Unidad 4 de portes e entretenimento.
Chernóbil el 26 de abril de 1986 fueron extraordinariamente E uma situação de censura aos moradores de rua que não
desastrosos y lúgubres, una bomba “sucia” radioactiva a una foram alfabetizados.

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QUESTÃO 5 O volume maior dos ventrículos e a espessura de suas pa‑
redes permitem que o coração bombeie mais sangue a cada
Assim que coloquei os pés para fora do quarto, o sistema
batida. Assim, o oxigênio chega de forma mais eficiente às
de alarme do hotel foi acionado. Tudo ainda parecia tranquilo.
pernas e aos braços.
No trajeto entre o quarto e as escadas de emergência, vi muitas
pessoas descendo calmamente, algumas ainda vestiam pija‑ As modificações não param no coração. Pernas e braços

ma. Mas, a situação mudou em questão de segundos! Assim ganham mais vasos. O corpo produz mais óxido nítrico, subs‑

que ouvimos algumas explosões – a torre estava em chamas tância vasodilatadora.

– o pânico se instalou. Todos os milhares de hóspedes corriam Para receber mais oxigênio, as células dos músculos ficam
loucamente pelas escadas. Um empurrava o outro, pessoas com mais mitocôndrias, as estruturas que produzem energia.
caíam… O Marriott tinha 22 andares e 825 quartos, então você Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 24 ago. 2016 (adaptado).

já pode imaginar o terror que vivi naquela escadaria. Eu mesma O texto comenta diferenças encontradas em características
caí com a correria e bati as costas na quina do degrau. Se eu fisiológicas de atletas e pessoas comuns. Essas diferenças
senti dor? Nada! A adrenalina e o instinto de sobrevivência decorrem
eram tão grandes, que me levantei rapidamente para continuar A do rápido aumento de massa muscular dos atletas profissionais.
a “missão” de sair de lá. E tudo foi ficando ainda pior… Ao pisar B da adaptação do corpo dos atletas às suas necessidades
no térreo, o elevador desabou na nossa frente. Pronto! O caos cinestésicas.
estava instalado e nenhum lugar era mais seguro. C da inadaptação do corpo de pessoas comuns às rotinas físicas
BEZERRA, Flávia. Brasileira que sobreviveu ao 11 de setembro faz relato inédito: de um atleta.
“Tinha marcas de solas de sapato nas minhas costas”. Glamour, 11 set. 2016.
Disponível em: <https://revistaglamour.globo.com/Na-Real/noticia/2016/09/ D de um problema de saúde relacionado à prática excessiva
brasileira-que-sobreviveu-ao-11-de-setembro-faz-relato-inedito-tinha-marcas- de atividades físicas.
de-solas-de-sapato-nas-minhas-costas.html>. Acesso em: 23 ago. 2019.

E de modificações recomendadas aos atletas para que aumen‑


Ao descrever os acontecimentos na cidade de Nova Iorque
tem seus desempenhos.
no dia dos atentados às torres gêmeas, a narradora faz um
relato pessoal no qual nota-se QUESTÃO 7
A um discurso marcado pela objetividade: “O pânico se instalou”.
Matabichámos devagarinho, nesse dia a frequência come‑
B a presença de um narrador onisciente: “Tudo parecia tranquilo”. çava mais tarde, porque era só uma e porque era a última. O
C a ausência das emoções: “Eu mesma caí […]. Se eu senti abacateiro não se mexia quase, eu só tinha receio que meu
dor? Nada!”. pai perguntasse: “e então? Hoje ele não se espreguiça?” O
D uma tentativa de convencimento do público: “Você já pode quê que eu podia dizer? Talvez que ele ainda estivesse a dor‑
imaginar”.
mir, ou então que estava com frio, ou até que o céu cinzento
E o uso de elementos narrativos, como espaço: “O Marriott tinha dito alguma coisa ao abacateiro que nós não sabíamos
tinha 22 andares”.
ouvir, então ele estava triste.
QUESTÃO 6 — Poça… – o meu pai olhou o relógio. – O camarada Antó‑
As mudanças causadas pela atividade física no corpo dos nio hoje tá bem fisgado… – isso, em linguagem de pescador,
atletas vão muito além dos músculos sarados e do baixo per‑ quer dizer que ele tinha ficado a dormir.
centual de gordura. Uma pesquisa feita por médicos alemães — Hum…, duvido, pai. Ele deve estar só sentado aí na
e americanos mediu com precisão, por meio de ressonância zona verde…
magnética, o coração de 26 triatletas e mais 26 homens sadios. ONDJAKI. Bom dia camaradas. Rio de Janeiro: Agir, 2006. p. 129.

Entre os triatletas, os ventrículos direito e esquerdo estavam O excerto acima deixa evidente algumas variações linguís‑
30% maiores do que no grupo-controle. A espessura das pa‑ ticas geográficas quando se comparam o vocabulário e a
redes do coração também aumentou. No ventrículo esquerdo, sintaxe do português utilizado no continente africano e no
americano. Além da questão geográfica, outra variação iden‑
a parede ficou 15% mais grossa entre os atletas. O volume
tificável no excerto é de origem
de sangue bombeado subiu quase 30%. No triatlo, os treinos
A temporal.
exigem força e resistência, o que dá um maior impulso às
B histórica.
transformações no corpo. Daniel Arkader Kopiler, diretor da
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, diz C sociocultural.
que, antes, médicos viam sinal de doença no coração grande D estilísticas.
de atletas. “Hoje, sabemos que são modificações fisiológicas”. E situacional.

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QUESTÃO 8 Os jargões devem ser evitados e as expressões e tempos
verbais devem ser simplificados.
Assim como o lixo lançado ao Rio Tietê, garrafas PET
BARTH, Tânia Aparecida Neves. A padronização da língua
gigantes invadirão […] as margens do rio entre as pontes do portuguesa no Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão.
Disponível em: <http://www.aotpsite.org>. Acesso em: 9 fev. 2014.
Limão e da Casa Verde. […]
As esculturas provocativas poderão ser vistas tanto por Ao analisar em conjunto as regras da linguagem de telejornal
apresentadas no texto, pode-se concluir que o motivo de sua
motoristas na Marginal Tietê, parados em congestionamentos,
existência é o de
quanto de “dentro do próprio rio”. Um barco da organização
A destacar a hierarquia entre redator e apresentador, por meio
não governamental Navega SP levará os visitantes […] a um do melhor domínio da linguagem.
passeio gratuito de uma hora. Estima-se que oito mil crianças
B aproximar a linguagem do telejornal da norma-padrão em
de escolas estaduais conheçam a obra. detrimento da linguagem oral.

Dada a escala gigante, as vinte garrafas feitas de vinil C criar uma linguagem inédita, para que o telespectador saiba
que se trata de um telejornal e, deste modo, o diferencie de
especial, de 10 metros de comprimento por três metros de
outros tipos de programa.
diâmetro, podem ser vistas até de helicópteros e aviões. Após
D direcionar as notícias às classes sociais menos instruídas,
a exposição do material serão feitas mochilas a serem doa­ uma vez que a linguagem é coloquial, e manipular sua
das a crianças. opinião.
RIBEIRO, Silvia. Garrafas PET gigantes no Tietê poderão ser visitadas de barco. E facilitar a compreensão das notícias por meio de clareza e
G1, 26 mar. 2008. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/
0,,MUL363123-5605,00-GARRAFAS+PET+GIGANTES+NO+TIETE+PODERAO+
de objetividade, atingindo, assim, o maior número de teles‑
SER+VISITADAS+DE+BARCO.html>. Acesso em: 23 ago. 2019. pectadores possível.

A intervenção urbana mencionada no texto foi composta de


20 esculturas gigantes em formato de garrafas de refrigerante QUESTÃO 10
que ocuparam as margens do rio Tietê em 2008, entre outras
localidades, como a cidade de Santos. Pela escolha do objeto De um momento para outro, já não se pode mais sair de
a ser representado e do espaço utilizado, analisa-se que casa sem pensar na cor que você está vestindo, tais são as
A a obra tenta criar um conceito de embelezamento da ci‑ paixões suscitadas pelo vermelho, amarelo, verde, azul, preto,
dade por sua forma e seu contexto na paisagem urbana rosa. Cada cor virou um uniforme […] da própria verdade que
contaminada.
exclui todas as outras verdades, numa inversão do que é a
B o acesso à arte se distancia do público em geral, tornando
boa e necessária negociação política. Em comícios, protestos,
uma via pública um lugar de acesso apenas à elite cultural
paulistana. manifestações, cada cor parece ter um dono, assim como já
C a apropriação e o jogo de escala de um ícone do consumo acontecia com os times de futebol.
provocam reflexões sobre a complexa relação do ser humano
Felizmente, sobrou a cor branca. É de branco que se ves‑
com a natureza.
tiu a multidão que tomou as ruas de São Paulo no Réveillon.
D a obra se torna ofensiva para a paisagem urbana, uma vez
que acaba por poluir ainda mais um lugar já marcado pela CALLIARI, Mauro. No ano em que as cores foram símbolos de guerra,
vestir uma roupa branca no Réveillon foi um ato de urbanidade. Estadão, 2 jan. 2019.
poluição. Disponível em: <https://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/caminhadas-urbanas/
no-ano-em-que-as-cores-foram-sequestradas-nada-como-a-multidao-
E é um trabalho artístico que passa despercebido pelo público vestindo-roupa-branca-no-reveillon-da-paulista/>. Acesso em: 23 ago. 2019.
em geral, visto que suas dimensões em nada interferem em
sua leitura. Segundo o autor, no contexto atual, as cores adquiriram sig‑
nificados para além do resultado da interação da luz com
QUESTÃO 9 o objeto. São signos visuais carregados de significados e
classificados como
Canovas de Moura (2005) destaca algumas normas do
A símbolos, porque trazem evidências físicas daquilo que
Manual de Telejornalismo, referentes à linguagem oral: o representam.
editor deve ler sempre o texto em voz alta, antes de entre‑ B índices, pois surgem naturalmente nas interações humanas.
gá-lo ao apresentador. Deve-se também evitar a cacofonia,
C ícones, porque seguem convenções estabelecidas mun­
as rimas e as palavras com a mesma terminação. Frases dialmente.
entre vírgulas também devem ser evitadas, tanto quanto D símbolos, porque os significados estão relacionados ao
as frases longas. O texto não deve ser descritivo, a lingua‑ contexto.
gem deve ser coloquial e obedecer às regras gramaticais. E índices, pois são identificáveis por todo e qualquer indivíduo.

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QUESTÃO 11 Depois de ver um coelho branco murmurando para si mes‑
mo e decidir segui-lo, Alice caiu em um poço profundo no
POR QUE CRIANÇAS PRECISAM COCHILAR?
qual ficou presa, aumentou e diminuiu de tamanho, mas não
Quando sua filha estava na pré-escola, Rebecca Spen‑ conseguiu sair. Estando pequena, ao visualizar um rato, a
cer passou por algo comum a muitos pais, mães ou babás: garota decidiu pedir ajuda a ele, mas ficou um pouco reti‑
o poder do cochilo. Sem ele, sua filha ficava cambaleante, cente pelo fato
mal-humorada ou ambos. Spencer, neurocientista especiali‑ A de o rato não ter a inteligência necessária para salvá-la do
zada em sono da Universidade de Massachusetts Amherst, apuro.
quis investigar a ciência por trás desta experiência pessoal. B de no mundo real os animais não articularem suas ideias por
[…] meio da fala.
Os cochilos consistem principalmente de sono não REM, C de os roedores serem a espécie de animais que evitam se
incluindo os cochilos longos. E um artigo recente com coau­ comunicar.
toria de Spencer parece ser o primeiro a mostrar que o co‑ D de o rato não falar o mesmo idioma que ela, inglês, mas só
chilo, e não apenas uma noite de sono, contribui para o pro‑ francês.
cessamento da memória emotiva em crianças. E de os animais geralmente serem desprovidos de qualquer
tipo de linguagem.
Sem um cochilo, as crianças tenderam a optar pelos
emojis mais emotivos no experimento. Já com o cochilo, elas
QUESTÃO 13
se mostraram mais tranquilas e responderam de forma mais
equilibrada tanto para estímulos neutros quanto para aqueles Ao assumir o Governo, eleito pelo Congresso Nacional,
que despertariam mais emoções. tive a oportunidade de proferir estas palavras de compromis‑
De maneira geral, “as crianças ficaram de fato mais emo‑ so com a Nação: “Promoverei sem desânimo, sem fadiga, o
tivas e hipersensíveis a estímulos sem o cochilo”, afirma a bem-estar geral do Brasil. Não medirei sacrifícios para que
pesquisadora. Isso porque elas não consolidaram sua ba‑ esse bem-estar se eleve, tão depressa quanto racionalmente
gagem emocional prévia. possível, a todos os brasileiros, e, particularmente, àqueles
RO, Christine. Por que crianças precisam cochilar? BBC, 9 nov. 2018. Disponível em: que mourejam e sofrem nas regiões menos desenvolvidas
<www.bbc.com/portuguese/vert-fut-46126680>. Acesso em: 23 ago. 2019.
do País”. Em seguida, prenunciando os rumos que desejava
De acordo com o estudo mencionado no texto, o papel do
traçar para a administração, acrescentei: “arrancada para o
cochilo na infância é
desenvolvimento econômico, pela elevação moral, educacio‑
A consolidar memórias emotivas.
nal, material e política, há de ser o centro das preocupações
B ocultar memórias prévias. do Governo. Com esse objetivo, o Estado não será estorvo
C aprimorar as noites de sono. à iniciativa privada, sem prejuízo, porém, do imperativo da
D processar estímulos neutros. justiça social devida ao trabalhador, fator indispensável à
E despertar emoções amenas. nossa prosperidade”.

QUESTÃO 12 BRASIL. Presidência da República. Fragmento do discurso do ex-presidente Humberto


Castello Branco. Brasília, 1965. Biblioteca da Presidência da República. Disponível
em: <www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/castello-branco/
“Será que adianta”, pensou Alice, “falar com esse rato mensagens-ao-congresso/mensagem-ao-congresso-nacional-na-abertura-da-sessao-
legislativa-de-1965>. Acesso em: 19 ago. 2019.
agora? Aqui é tudo tão fora dos eixos que eu acho bem ca‑
paz de ele saber falar: de qualquer modo, não custa tentar.” O texto acima apresenta o início de um discurso do ex-presi‑
— Ó Rato – começou ela a dizer –, você sabe a saída dente do Brasil Humberto Castello Branco em mensagem ao
para fora dessa lagoa? Estou cansada de nadar aqui, ó Rato! Congresso Nacional, em 1965. Em breve análise de sua es‑
trutura e linguagem utilizadas, o discurso do ex-presidente ao
– Alice pensava que esta devia ser a forma correta de diri‑
assumir o governo pode ser considerado um texto com função
gir-se a um rato: nunca tinha tido antes tal experiência, mas
A fática, pois busca estabelecer e manter o contato direto com
lembrava-se de ter visto na gramática latina do seu irmão:
os ouvintes.
“Rato – de um rato – para um rato – um rato – Ó rato!”
B emotiva, pois tem a intenção de sensibilizar o interlocutor.
O Rato olhou para ela de modo inquisitivo e pareceu até
que piscava um dos seus olhinhos, mas não disse nada. C referencial, pois é um discurso direto e objetivo, que busca
somente informar.
“Talvez ele não entenda inglês”, pensou Alice. “Quem sabe
D poética, pois traz uma linguagem predominantemente sub‑
se não é um rato francês, que veio junto com Guilherme, o
jetiva, com a intenção de envolver o interlocutor.
Conquistador?” […]
CARROLL, Lewis. Aventuras de Alice no país das maravilhas.
E apelativa, pois busca envolver a sociedade com discurso
Tradução de Sebastião Uchoa Leite. São Paulo: Editora 34, 2016. p. 27. atrativo, de maneira a influenciar eleitores.

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QUESTÃO 14 QUESTÃO 16
Dois músicos de Curitiba (PR) - Marcelo Darcini e Jéssica TEXTO I
Steil - tiveram a ideia de gravar canções versando sobre tópi‑
MÉDICO DEBOCHA DE PACIENTE NA INTERNET: “NÃO
cos da língua portuguesa. Surgiu daí a banda Sujeito Simples,
EXISTE PELEUMONIA”
a primeira de que se tem notícia no gênero “rock didático”.
Um médico plantonista no Hospital Santa Rosa de Lima,
Canções como Preposição, Advérbio, Crase e Pronomes
em Serra Negra (SP), foi afastado do trabalho após ter uma
Pessoais, entre outras, brincam com conceitos caros à língua
foto sua publicada numa rede social com o título “Uma ima‑
de Camões, valendo-se de letras que repassam regras e ensi‑
gem fala mais que mil palavras”. Na foto, Guilherme Capel
namentos do idioma — sem deixar de lado, é claro, os vocais
Pasqua mostra o receituário médico com o seguinte dizer:
e as guitarras distorcidas típicas do rock ‘n’ roll. “Não existe peleumonia e nem raôxis”.
Disponível em: <http://revistalingua.com.br>. Acesso em: 30 maio 2016.
VICTAL, Renata. Médico debocha de paciente na internet: “Não existe peleumonia”.
G1, 29 jul. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/
Os artistas podem desenvolver seus trabalhos visando dife‑ 2016/07/medico-debocha-de-paciente-na-internet-nao-existe-peleumonia.html>.
Acesso em: 23 ago. 2019.
rentes fins. Ao utilizar a música como meio de aprendizagem,
a banda Sujeito Simples
TEXTO II
A redefine o conceito de rock ‘n’ roll.
O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quan‑
B introduz o estudo da música no cotidiano escolar. to os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista no assunto,
C reconhece uma função diferenciada para a música. dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos que
D incentiva profissionais da educação a estudarem música. compõem o preconceito mais presente na cultura brasileira: o
E utiliza a música para criticar as formas tradicionais de ensino. linguístico. Ele diz ainda que a confusão se faz entre a língua
e a gramática normativa, que não é língua, mas apenas uma
QUESTÃO 15 descrição parcial dela. E que, se o domínio da norma-padrão
Estou numa enorme enrascada. fosse realmente um instrumento de ascensão na sociedade, os
professores de português ocupariam o topo da pirâmide social.
Esse foi o primeiro pensamento de Anne Hjelle quando viu
PRADO, Verônica. Texto vencedor de olimpíada nacional critica intervenção na Praça
num relance um tufo de pelo sobre seu ombro direito. Andando Portugal. G1, 21 dez. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/12/
texto-vencedor-de-olimpiada-nacional-critica-intervencao-na-praca-portugal.html>.
de mountain bike por uma trilha sinuosa em Foothill Ranch, Cali‑ Acesso em: 23 ago. 2019.
fórnia, pensou ter assustado um veado. Antes fosse. Num ímpeto
A língua é um sistema abstrato e vivo que está a serviço da
de velocidade e força, uma criatura pulou do meio do mato para
interação social. Seu uso é regulamentado por uma norma‑
cima dela, derrubou-a da bicicleta e mergulhou as presas em -padrão, muitas vezes entendida como norma culta, gerando,
sua nuca. Anne soube imediatamente que era uma suçuarana. sobretudo, o preconceito linguístico. A esse respeito,
Vira placas colocadas na entrada para a trilha. Os enormes gatos
A os textos trazem posições contrárias, ou seja, o texto I con‑
haviam sido avistados no parque e os ciclistas deveriam ser es‑ tradiz o texto II.
pecialmente cuidadasos, mas quem é que presta muita atenção
B o texto I traz uma situação que exemplifica o que está sendo
a esses alertas? Os animais supostamente deveriam ter medo abordado no II.
de humanos. Pelo menos era isso que Anne sempre pensara.
C o texto II considera um equívoco pensar que existe precon‑
SHERWOOD, Ben. Clube dos sobreviventes: segredos de quem escapou de ceito linguístico.
situações-limite e como elas podem salvar a sua vida. Tradução Renata Telles.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 125. D o texto I traz um exemplo no qual a troca comunicativa foi
comprometida.
Sabe-se que nenhum texto é isolado e que, portanto, cada
produção escrita ou oral carrega traços de outros textos. No E os textos I e II trazem exemplos de episódios de preconceito
que se refere à tipologia textual, é também bastante difícil linguístico.
encontrar textos “puros” que não apresentam características
de outros tipos, mas a classificação é possível justamente QUESTÃO 17
porque uma tipologia se sobressai às demais. Ao analisar
[…] a literatura aparece claramente como manifestação
esse excerto, infere-se que se trata de um texto
universal de todos os homens em todos os tempos. Não há
A descritivo: concentra-se em descrever os detalhes da cena. povo e não há homem que possa viver sem ela, isto é, sem a
B injuntivo: cita algumas orientações para quem for andar de possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de
bicicleta.
fabulação. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém
C argumentativo: tenta convencer a respeito do que se passou. é capaz de passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns
D narrativo: traz uma sequência de ações e uma personagem. momentos de entrega ao universo fabulado. O sonho assegura
E expositivo: explica por que Anne Hjelle caiu de sua bicicleta. durante o sono a presença indispensável deste universo, inde‑

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pendentemente da nossa vontade. E durante a vigília a criação [ É particular. Você está sozinha?]
ficcional ou poética, que é a mola da literatura em todos os seus Uma armadilha? Pena Podre?
níveis e modalidades, está presente em cada um de nós […].
[Estou. Quem é você?]
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. Vários escritos.
Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2011. p. 176-177. [A gente se conheceu no apartamento do Super-Blomkvist
De acordo com o que se pode inferir do texto, para o autor, quando ele voltou de Sandhamn.]
a literatura Erika contemplou a tela. Levou alguns segundos até en‑
A deve ser conquistada todos os dias. tender. Lisbeth Salander, isso é impossível.
B é inerente a qualquer ser humano. LARSSON, Stieg. A rainha do castelo de ar. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009. p. 442.
C é consolidada apenas na fase adulta.
Para que uma troca comunicacional aconteça, é indispensável
D torna realidade aquilo que é ficção.
que haja ao menos duas pessoas, um código em comum e
E concretiza-se quando leitor se entrega ao que lê. um canal pelo qual o texto (verbal ou visual) será transmitido.
Na cena descrita,
QUESTÃO 18 A a personagem Erika é a destinadora, aquela que produz toda
a sequência de informações.
Às dez da manhã, ainda não tinha feito nada de importante
B a mensagem tem ruídos, ou seja, não é captada na sua
e resolveu voltar para casa. Estava estendendo a mão para
plenitude por uma das personagens.
desligar o computador quando seu ICQ tilintou. Atônita, fitou o
menu. Sabia o que era o ICQ, mas raramente entrava em chats C o canal de comunicação escolhido pelas personagens é a
própria fala de cada uma delas.
e nunca usara aquele programa desde que começara no SMP.
D o destinatário das mensagens de texto aparentemente é al‑
Hesitante, clicou em Responder. guém de nome Lisbeth Salander.
[Oi, Erika.]
E a linguagem é materializada por um código comum entre as
[Oi. Quem é?] personagens, composto de signos verbais.

QUESTÃO 19

SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA E


DEFESA SOCIAL. GOVERNO DO PARÁ

Os banners têm a intenção de informar o público daquilo que está sendo dito com o auxílio de alguns recursos gráficos e
visuais. Esses recursos se adaptam aos meio de comunicação ou suporte que se entende publicá-los. No exemplo acima,
para que o banner ganhe sentido em uma publicação física de uma revista, é fundamental que
A as imagens, símbolos e ícones sejam excluídos.
B a bandeira do estado do Pará ganhe destaque.
C a linguagem seja informal e convença o público.
D as informações extras sejam acessadas de outra forma.
E as cores do texto sejam padronizadas com o resto da revista.

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QUESTÃO 20 Os diários são um gênero textual no qual são narradas cenas
do cotidiano com base no ponto de vista de seu autor. Como
Cidadão se descuidou e roubaram seu celular. Como era se trata de um objeto mais íntimo, a linguagem é marcada
um executivo e não sabia mais viver sem celular, ficou furio‑ pela pessoalidade e muitas vezes se aproxima da narrativa
so. Deu parte do roubo, depois teve uma ideia. Ligou para o oral, como no trecho
número do telefone. Atendeu uma mulher. A “Ontem, o Rodrick comprou um CD novo de heavy metal.”
— Alô. B “Daí, eu fui até o quarto do Rodrick e peguei o CD.”
— Quem fala? C “Mas o Rowley esqueceu de pôr pilhas no aparelho.”
— Com quem quer falar? D “eu e o Rowley nos esgueiramos para trás da escola.”
— O dono desse telefone. E “É proibido levar aparelhos de música para a escola.”
— Ele não pode atender.
— Quer chamá-lo, por favor?
QUESTÃO 22

— Ele está no banheiro. Eu posso anotar o recado? No forte e bem travado soneto “Triste Bahia”, Gregório se
— Bate na porta e chama esse vagabundo agora. identifica com a sua terra espoliada pelo negociante de fora,
o “sagaz Brichote”, e impreca a Deus que faça tornar o velho
Clic. A mulher desligou. O cidadão controlou-se. Ligou
tempo da austeridade e da contensão:
de novo. [...]
VERÍSSIMO,Luis Fernando. Clic. In: VERÍSSIMO, Luis Fernando.
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
As Mentiras que os Homens Contam. Editora Objetiva: Rio de Janeiro, 2000.
Estás e estou do nosso antigo estado!
Podemos dizer que no trecho do texto Clic, de Luis Fernando Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Veríssimo, há a predominância da função
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A apelativa ou conativa, pois há o foco para o emissor (o exe‑
cutivo) tentar convencer o receptor (a mulher que atende o
telefone). A ti trocou-te a máquina mercante,

B emotiva ou expressiva, pois há o foco para o sentimento de Que em tua larga barra tem entrado,
raiva da personagem principal (o executivo) ao ter o celular A mim foi-me trocando, e tem trocado,
roubado.
Tanto negócio e tanto negociante.
C fática, pois há foco no canal de comunicação, ou seja, du‑
rante grande parte do diálogo o objetivo é estabelecer o
contato. Deste em dar tanto açúcar excelente

D poética, pois há o foco para a mensagem e os efeitos de Pelas drogas inúteis, que abelhuda
sentido por ela provocados, por se tratar de um texto literário.
Simples aceitas do sagaz Brichote.
E metalinguística, pois há foco no próprio código (a língua),
quando tenta-se estabelecer o contato durante o diálogo. Oh se quisera Deus que de repente

QUESTÃO 21 Um dia amanheceras tão sisuda


Que fora de algodão o teu capote!
Quinta-feira
BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006. p. 38.
Ontem, o Rodrick comprou um CD novo de heavy metal
e tinha um desses adesivos com “aviso aos pais” na capa. No trecho acima, o literário Alfredo Bosi cita o soneto “Triste
Bahia”, de Gregório de Matos. Nesse poema, ao falar sobre
[...] sua terra natal, o poeta exerce a função
Daí, eu fui até o quarto do Rodrick e peguei o CD. A cognitiva, pois, por meio dos versos, expõe emoções, puri‑
É proibido levar aparelhos de música para a escola, então ficando sua consciência.

esperamos até depois do almoço, quando os professores B estética, pois revela um momento histórico marcante de sua
vida por meio da crítica velada.
deixam a gente sair. Assim que tivemos a chance, eu e o
Rowley nos esgueiramos para trás da escola e pusemos o C catártica, pois o poeta transmite ao leitor seu conhecimento
de mundo, sua perspectiva daquilo que vê.
CD do Rodrick para tocar.
D político-social, pois revela uma situação da realidade refletida
Mas o Rowley esqueceu de pôr pilhas no aparelho, então em sua sociedade.
foi bem inútil.
E literária, pois o poeta busca imitar a vida na arte, ao escrever
KINNEY, Jeff. Diário de um banana. São Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2016. p. 32-33. sobre sua realidade.

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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;
• fugir do tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Atualmente […] os esforços com relação à epidemia da doença estão em resolver a questão da prevenção, já que a cura
ainda é algo distante, enquanto o número de novos casos de pessoas infectadas pelo vírus no mundo ainda é alto – e vem
crescendo novamente.
De 2006 a 2015, o número de jovens na faixa etária de 15 a 19 anos infectados pelo HIV saltou de 2,4 para 6,9 a cada
cem mil habitantes, segundo dados do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do
Ministério da Saúde.
Em São Paulo, em 2010, 10% dos jovens daquela faixa etária eram portadores do vírus HIV; em 2016, esse índice chegou
a 23%. Diante dessa mudança de comportamento, a comunidade médica estuda novas formas de prevenção e disseminação
das informações referentes ao contágio e ao tratamento, caso a doença já tenha sido contraída.
HIV: aumento de casos exige novas formas de conscientização. Governo do Estado de São Paulo, 7 mar. 2019.
Disponível em: <www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/hiv-aumento-de-casos-leva-a-pesquisas-e-novas-formas-de-conscientizacao/>. Acesso em: 23 ago. 2019.

TEXTO II
O antibiótico penicilina benzatina está com seu fornecimento ameaçado no Brasil. Conhecido popularmente pelo nome
comercial de benzetacil, o fármaco é usado tanto para prevenir a sífilis congênita em recém-nascidos, quanto no tratamento
da sífilis em adultos, e faz parte do pacote básico de assistência farmacêutica.
O ofício indicando a suspensão da penicilina chegou ao Ministério da Saúde no ano passado, durante a transição de
governos. No documento, a Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório estatal ligado ao governo de São Paulo,
pede a rescisão no contrato de R$ 10 milhões – assinado em 2017, para o fornecimento da penicilina benzatina.
De um total de 2,5 milhões de frascos/ampolas encomendados para abastecer a rede pública de saúde, o laboratório
entregou menos que a metade, 1,15 milhão. A justificativa para o pedido de suspensão? Segundo nota do Ministério da Saúde,
“problemas de qualidade do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção do medicamento”.
[…]
Apesar da suspensão no fornecimento, o Ministério garante que a rede pública tem medicamento suficiente para atender
a demanda do país até o segundo semestre de 2020 e que abriu novo pregão para a compra do medicamento. […]
CORDÃO, Margarida. Brasil atravessa crise no fornecimento de penicilina para tratar sífilis. Brasil de Fato, 11 jun. 2019.
Disponível em: <www.brasildefato.com.br/2019/06/11/brasil-tem-crise-no-fornecimento-de-penicilina-que-trata-sifilis/>. Acesso em: 23 ago. 2019.

TEXTO III
A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta […] para a falta de progresso na redução da transmissão de doen­
ças sexualmente transmissíveis (DSTs) e recomendou o uso de camisinha para impedir essa disseminação.
[…]
Segundo a especialista em infecções sexualmente transmissíveis da OMS, Teodora Wi, há a preocupação de que o uso
do preservativo possa estar diminuindo, já que as pessoas perderam o medo de contrair o HIV com o surgimento de trata‑
mentos antivirais mais eficazes.

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Wi afirmou que as pessoas estão mais complacentes com a proteção e ressaltou que isso é extremamente perigoso num
momento em que relações sexuais se tornaram mais acessíveis com os aplicativos de encontro.
OMS alerta para epidemia de DSTs na era de aplicativos de encontros. DW, 6 jun. 2019. Disponível em: <https://p.dw.com/p/3JzwV>. Acesso em: 23 ago. 2019.

TEXTO IV

MINISTÉRIO DA SAÚDE. GOVERNO FEDERAL

PROPOSTA DE REDAÇÃO
Por meio da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O aumento de casos de
DSTs no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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CIÊNCIAS HUMANAS E Falar em senso comum e bom senso remete a um olhar para o
mundo que se baseia na visão comumente aceita e respalda-
SUAS TECNOLOGIAS
da na tendência geral em se usar bem a razão. Nesse sentido,
o texto anterior considera que o senso comum se baseia na
Questões de 23 a 44
A crença irrefletida de que o ser humano é constituído pela
QUESTÃO 23 linguagem.
B convicção de que o sujeito possui uma unidade que possi-
Meu ancestral Bala Fasekê Kouyaté foi o griô do rei dos bilita a linguagem.
cem reis venciados. Nasci na aldeia dos griôs. Sou griô. Um
C definição do sentido das coisas, desde que tal coisa seja
griô nasce e morre griô. Um griô precisa ser filho de pai e um órgão.
mãe griôs. Mas nem todos os meus irmãos serão griôs, assim D doutrina irracionalista, ao funcionar submetido à categoria
como nem todos os príncipes se tornarão reis. É preciso ser do Mesmo.
iniciado segundo a tradição. Mas é no dia a dia e a toda hora E unificação das experiências humanas em torno da categoria
de diferença.
que os griôs e as griotes testam minhas habilidades e minha
fidelidade. Conforme me saio bem nos testes, vou conhecen-
QUESTÃO 25
do segredos cada vez mais profundos. Ser griô é um ofício e
uma arte. Já se passaram alguns anos desde minha iniciação. FIGURA 1
Eu tinha uns seis, sete anos. Hoje sou este velho griô.
LIMA, Heloisa Pires; HERNANDEZ, Leila Leite.
Toques do Griô: memórias sobre contadores de histórias africanas.
São Paulo: Melhoramentos, 2014.

A secular cultura africana dos griôs, que resiste até hoje, põe
em evidência a importância da
A mitologia africana como complementar à história da Antigui-
dade clássica.
B documentação escrita como fonte histórica confiável e fun-
damental para a formação dos griôs.
C democratização do processo de formação de novos griôs
nas comunidades africanas.
D história oral como transmissão da cultura, saberes, história EVANS, M. Disponível em: <http://www.evanscartoons.com>.
Acesso em: 24 maio 2016 (adaptado).
e memória de determinado povo.
E técnica griô como inspiração para a análise da fonte oral na FIGURA 2
corrente positivista.

QUESTÃO 24
No senso (sentido) comum, “sentido” não se diz mais de
uma direção, mas de um órgão. Nós o dizemos comum, por-
QUINO. Toda Mafalda – da primeira à última tira. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
que é um órgão, uma função, uma faculdade de identificação,
que relaciona uma diversidade qualquer à forma do Mesmo. O cartum e a tira apontam um mesmo aspecto, muito impor-
tante para a Sociologia, que pode ser identificado
O senso comum identifica, reconhece, não menos quanto o
A na dificuldade de comunicação entre pessoas de culturas
bom senso prevê. Subjetivamente, o senso comum subsu-
diferentes.
me faculdades diversas da alma ou órgãos diferenciados do
B na opressão das mulheres em um mundo dominado pelo
corpo e os refere a uma unidade capaz de dizer Eu: é um só machismo.
e mesmo eu que percebe, imagina, lembra-se, sabe etc.; e C na crença das pessoas de que sua própria visão de mundo
que respira, que dorme, que anda, que come… A linguagem é a mais correta.
não parece possível fora de um tal sujeito que se exprime ou D na supervalorização da ostentação em concomitância com
se manifesta nela e que diz o que ele faz. o fim da simplicidade.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. E nas divergências sobre a adequação de pessoas ou objetos
São Paulo: Perspectiva, 1974. p. 80. a um padrão de beleza.

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QUESTÃO 26 Iris Adderley, […] de nove anos, diz estar preocupada
com a aceleração das extinções na natureza, e com o risco
Ora, o problema com essa ideia de cultura é que ela faz
de elevação do nível do mar, o que pode inundar o país.
que a pessoa não só venere sua cultura, mas também a veja
– Os adultos simplesmente não pensam o bastante nisso
como que divorciada, pois transcendente, do mundo coti‑
– opinou.
diano. Muitos humanistas de profissão são, em virtude disso,
GOERING, Laurie. Estudantes britânicos faltam às aulas para protestar pelo clima.
incapazes de estabelecer a conexão entre, de um lado, a O Globo, 16 fev. 2019. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/
sustentabilidade/estudantes-britanicos-faltam-as-aulas-para-protestar-pelo-
longa e sórdida crueldade de práticas como a escravidão, a clima-23458268>. Acesso em: 10 jul. 2019.

opressão racial e colonialista, o domínio imperial e, de outro, A pauta climática tem marcado presença em diversos movi‑
a poesia, a ficção e a filosofia da sociedade que adota tais mentos da sociedade civil e eventos de organizações mun‑
práticas. Uma das difíceis verdades que descobri trabalhando diais de líderes governamentais. No entanto, notícias como
a apresentada no texto anterior chamam especial atenção
neste livro é que pouquíssimos, dentre os artistas ingleses ou
para a causa por conta
franceses que admiro, questionaram a noção de raça “sub‑
A de esse ser um movimento que usa a imagem das crianças
missa” ou “inferior”, tão dominante entre funcionários que co‑ apenas para ganhar notoriedade da imprensa internacional
locavam essas ideias em prática, como coisa evidente, ao e arrecadar fundos, causando indignação.

governarem a Índia ou a Argélia. Eram noções amplamente B do simbolismo apresentado pelo protesto de crianças que
se manifestam em nome de um futuro climático que poderá
aceitas, e ajudaram a propelir a aquisição imperial de territó‑
impactá-las diretamente.
rios na África ao longo de todo o século XIX. […]
C do tema inédito em protestos populares no Reino Unido,
SAID, Edward W. Cultura e imperialismo. causando espanto da sociedade que se engaja frequente‑
São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 14.
mente com os temas ambientais.
A historiografia ocidental clássica, surgida no século XIX, está D de ter sido organizada diretamente pelas escolas em parceria
marcada de visões eurocêntricas sobre o “outro”. Sobre esse com o Parlamento de Londres, que autorizou a presença dos
aspecto, o fragmento caracteriza jovens manifestantes no ato contrário às mudanças climáticas.
A o eurocentrismo, que, segundo o texto, fundamentou o im‑ E da pouca expressividade do protesto que não teve o apoio
perialismo europeu sobre povos da África e da Ásia nesse de setores da imprensa nem de políticos britânicos para
período. atrair visibilidade.
B a submissão dos povos europeus, considerados como infe‑
riores, bárbaros e incivilizados pelos povos colonizados. QUESTÃO 28
C o eurocentrismo, que significa a submissão de uma cultura
O “lugar”, expressão polissêmica, visto que possui mui‑
sobre outra na Europa.
tos significados, assume para a ciência geográfica o caráter
D a submissão da Ásia e da África às nações europeias, pois
psicológico do afeto.
esses continentes eram naturalmente civilizados.
O lugar envolve pertencimento e identificação. E, exa‑
E a relação de trocas culturais espontâneas entre artistas
europeus e de outros continentes sobre a noção de raças tamente por isso, o lugar não respeita escala. Pode ser um
inferiores e submissas. cômodo, a casa, a rua, o bairro, estado ou país. Envolve
abarcamento. É fruto de nossos investimentos emocionais,
QUESTÃO 27 onde deixamos nossas impressões e que nos transforma
como indivíduos.
Milhares de estudantes britânicos faltaram às aulas nesta
ALVES, Cristiane; NOCZYNSKI, Marcia. Quando o racismo nega o pertencimento. GGN,
sexta-feira para participar de protestos nos quais afirmaram 29 maio 2019. Disponível em: <https://jornalggn.com.br/artigos/quando-o-racismo-nega-
o-pertencimento-por-cristiane-alves-e-marcia-noczynski/>. Acesso em: 27 jun. 2019.
que os adultos não estão fazendo o suficiente para combater
A definição do conceito de “lugar” na Geografia é construída
a crescente ameaça das mudanças climáticas e para exigir
com base em um caráter
mais ação para proteger seu futuro.
A grupal de construção de uma identidade em regiões desco‑
“Vamos voltar para a escola quando vocês esfriarem o nhecidas.
tempo”, dizia cartaz na Praça do Parlamento em Londres, um B subjetivo de vínculo com uma determinada área.
dos mais de 60 locais em que ocorreram manifestações no C pessoal de ligação do indivíduo ao seu lugar de nascimento.
Reino Unido, informou a “Youth 4 Climate” (jovens pelo clima,
D nacional de envolvimento com as áreas de origem.
numa tradução livre), que organizou os protestos.
E emocional de locais que uma pessoa passou rapidamente
[…] ao longo da vida.

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QUESTÃO 29 QUESTÃO 31
Nesse ponto, é grande o valor do materialismo histórico de Quando a sociedade age sobre o espaço, ela não o faz sobre
Marx, embora seja natural que cientistas sociais de orientação os objetos como realidade física, mas como realidade social,
histórica possam se achar menos necessitados da insistência formas-conteúdo, isto é, objetos sociais já valorizados aos quais
de Marx sobre a importância dos elementos econômicos e ela (a sociedade) busca oferecer ou impor um novo valor. A ação
sociais na história que os historiadores do início do século ocorre sobre objetos já agidos, isto é, portadores de ações con‑
XX; e, por outro lado, possam se achar mais estimulados cluídas mas ainda presentes. Esses objetos da ação são, desse
por aspectos da teoria de Marx que não produziram grande modo, dotados de uma presença humana e por ela qualificados.
impacto em historiadores das primeiras gerações pós-Marx. SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção.
São Paulo: EdUSP, 2008. p. 109.
HOBSBAWM, Eric John. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 169.
Uma das características que definem o espaço geográfico é
O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) definiu que o mate‑ A o aspecto das construções que mantêm as mesmas signi‑
rialismo histórico é ficações.
A uma ferramenta de medição das condições econômicas de B a abrangência territorial das edificações construídas em
uma sociedade que tem como base de pesquisa o lucro das uma área.
empresas. C a falta de transformação aparente em objetos construídos
B o método que visa compreender as contradições da reali‑ pelo ser humano.
dade material a partir das condições sociais e econômicas D a relação entre sociedade e natureza que permeia a sua
de uma sociedade. formação.
C uma metodologia de pesquisa criada pela História Cultural E a realização de mudanças que levam à configuração natural
para entender a propriedade intelectual de uma sociedade. do espaço.
D o método de observação da propriedade dos meios de pro‑
dução e da mais-valia em uma sociedade capitalista.
QUESTÃO 32
A necessidade de uma história mais abrangente e totalizante
E um indicativo econômico da produção industrial que expõe
as contradições sociais de uma sociedade capitalista. nascia do fato de que o homem se sentia como um ser cuja
complexidade em sua maneira de sentir, pensar e agir não podia
QUESTÃO 30 reduzir-se a um pálido reflexo de jogos de poder, ou de maneiras
Para o racionalismo, a razão, tomada em si mesma e sem de sentir, pensar e agir dos poderosos do momento. Fazer uma
apoio da experiência sensível, é o fundamento e a fonte do outra história, na expressão usada por Febvre, era portanto me‑
conhecimento verdadeiro [...] Para o empirismo, o fundamento nos redescobrir o homem do que, enfim, descobri-lo na plenitude
e a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência de suas virtualidades, que se inscreviam concretamente em
sensível, responsável pela existência das ideias na razão e suas realizações históricas. Abre-se, em consequência, o leque
controlando o trabalho da própria razão, pois o valor e o sen‑ de possibilidades do fazer historiográfico, da mesma maneira
tido da atividade racional dependem do que é determinado que se impõe a esse fazer a necessidade de ir buscar junto a
pela experiência sensível. outras ciências do homem os conceitos e os instrumentos que
permitiriam ao historiador ampliar sua visão do homem.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo:
Ática, 2010, p. 169-169 (fragmento). BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da
historiografia. Tradução Nilo Odalia. São Paulo: Editora da Unesp, 1997. p. 7.
O texto trata sobre um importante aspecto da cultura: o co‑
O texto trata de uma renovação importante no campo his‑
nhecimento. Com base no que é mencionado, é possível
toriográfico, na primeira metade do século XX, permitindo a
perceber que
ampliação da análise histórica para além de grandes eventos
A a filosofia, no decorrer da história, posicionou-se de modo e dos monarcas. Essa mudança fundamenta-se no advento da
seguro nesse aspecto, sem grandes divergências.
A Escola Frankfurt, que se apoiava no positivismo para uma
B os principais autores da filosofia estavam convencidos de análise científica da história.
que o conhecimento se originava das nossas experiências.
B Escola marxista, fundamentada no materialismo histórico,
C as correntes filosóficas discordavam entre si, impossibilitan‑ portanto uma análise econômica da história.
do, dessa maneira, um avanço do debate sobre o conheci‑ C Escola da História Cultural, que faz uma análise marxista dos
mento. aspectos culturais da sociedade.
D o debate entre racionalistas e empiristas mostrou a D Escola New Left Review, que propõe uma análise política
impossibilidade de se alcançar o conhecimento verdadeiro. fundamentada no marxismo.
E racionalistas e empiristas não concordavam quanto à origem E Escola dos Annales, expandindo a análise para as pessoas
do conhecimento, já que atribuíam papéis diferentes à razão. comuns e novas possibilidades de fontes históricas.

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QUESTÃO 33 alguns dias pela equipe de especialistas da instituição. O
anúncio foi feito nesta sexta-feira pela arqueóloga Claudia
O pacto representará um incremento do PIB brasileiro de Rodrigues-Carvalho, funcionária do museu e quem super‑
87,5 bilhões de dólares a 125 bilhões em 15 anos, segundo visiona os trabalhos de buscas no antigo palácio imperial,
o Ministério da Economia localizado no parque municipal Quinta da Boa Vista, no
Após vinte anos de negociação, o Mercosul (Argentina, Rio de Janeiro.
Brasil, Uruguai e Paraguai) e a União Europeia selaram, nesta BETIM, Felipe. Como Luzia, a mulher mais antiga do Brasil, renasceu das cinzas.
El País, 19 out. 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/
sexta-feira, um acordo de livre comércio entre os dois blocos. brasil/2018/10/19/politica/1539971293_821373.html>.
Acesso em: 1º jul. 2019.
A informação é dos ministérios da Economia e das Relações
Exteriores. O pacto é um marco histórico no relacionamento O fóssil Luzia foi encontrado na década de 1970, em Lagoa
Santa, Minas Gerais. Ele havia se perdido no grande incêndio
entre os dois blocos, que representam, juntos, cerca de 25%
que atingiu o Museu Nacional, em 2018, mas foi resgatado
do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. por pesquisadores nos escombros do prédio. A recuperação
Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, de Luzia é muito importante para as mais diversas áreas do
como serviços, compras governamentais, facilitação de co‑ conhecimento e, especialmente, para a história da formação
mércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias dos povos originários brasileiros, porque é o mais
e propriedade intelectual. A antigo das Américas, e os estudos sobre ele podem indicar
como eram os primeiros humanos do território brasileiro.
O texto deve obter ainda a autorização dos Estados mem‑
B antigo do mundo, e a sua análise confirma que a origem do
bros e do Parlamento europeu, que podem exigir mudanças,
ser humano aconteceu no continente africano.
informam os repórteres Lluís Pellicer e Álvaro Sánchez.
C antigo do mundo, confirmando que os seres humanos se
MENDONÇA, Heloísa. Mercosul e União Europeia selam esperado acordo após 20 originaram na América do Sul.
anos de negociações. El País, 28 jun. 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/
brasil/2019/06/28/economia/1561741745_016799.html>. Acesso em: 10 jul. 2019.
D novo das Américas, indicando que a ocupação do território
O acordo mencionado no texto foi bastante comemorado pe‑ brasileiro é recente, datando de cerca de 500 anos atrás.
las autoridades dos países envolvidos. As perspectivas em E antigo das Américas, e a sua análise pode indicar como se
torno desse pacto envolvem deu a origem dos hominídeos.

A um importante passo para a integração comercial e po‑


pulacional entre os países do bloco europeu e os países QUESTÃO 35
membros do Mercosul, visto que tais características estão
previstas no acordo. A FALHA DE SAN ANDREAS
B um acordo unilateral que favorecerá apenas a economia Era o nosso aniversário e, desta vez, eu me lembrava
europeia, que terá vantagens nas taxas alfandegárias ao
Tudo estava preparado,
colocar seus produtos industrializados e mais tecnológicos
no mercado sul-americano. Caviar, champanhe e bolo
C um acordo comercial que prevê vantagens comerciais para Eu tive que ir te buscar no meu Chevy 86
diversos setores econômicos dos países-membros dos dois
blocos; todavia, para o Brasil há a perspectiva de crescimen‑ Quando, em um lado da estrada,
to das exportações, sobretudo do agronegócio. Algo estranho vislumbrei:
D a expectativa de bilhões de dólares sendo incrementados A terra tremeu e as pessoas oraram
ao PIB brasileiro, sendo uma visão otimista do acordo, que
apenas teve suas negociações iniciadas. Eu disse a um homem, "O que está acontecendo, senhor?"
E mudanças realizadas pelos membros do Parlamento europeu Ele mencionou algo sobre escala Richter
referentes ao texto do acordo; contudo, não há nenhum tipo
E a terra se abriu, as pessoas caindo…
de resistência ou movimento contrário ao que foi selado entre
as partes. JOHANSEN, Kevin. La falla de San Andrés. Intérprete: Kevin Johansen. In: City Zen.
Nova York: Columbia, 2004. 1 CD. Faixa 9 (3min44s). Tradução da Equipe FTD.

QUESTÃO 34 O "homem", citado na canção, tentou explicar ao eu lírico que


A um maremoto havia atingido a costa.
Nem mesmo um trágico incêndio foi capaz de des‑
B o tremor de terra era normal naquele lugar.
truir a mulher mais antiga do Brasil e das Américas, que
já atravessou mais de 12 000 anos da História. O crânio C a intensa erosão abriu uma cratera no solo.

de Luzia […] sobreviveu ao fogo que destruiu o Museu D uma chuva forte atingiria o lugar em instantes.
Nacional no dia 2 de setembro [2018] e foi resgatada há E estava acontecendo um terremoto.

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QUESTÃO 36 QUESTÃO 38
Os estudos que monitoram as rachaduras do bairro do Com 400 pessoas em cena, 100 músicos e muita tecno‑
Pinheiro, em Maceió, passaram a contar a partir desta ter‑ logia, a cerimônia de abertura da Copa América vai mostrar
ça-feira (23) com um GPS de alta precisão que vai avaliar o sonho de 12 crianças, cada uma representando um dos
possíveis fenômenos que ocorrem no solo do bairro. países que participarão da competição. Segundo os organiza‑
O equipamento consegue, segundo a equipe técnica que dores da Copa, a história das crianças será contada em duas
trabalha na área, acompanhar em tempo real qualquer movi‑ partes: a primeira, no início, e a segunda, no encerramento
mentação ou alteração no solo. da cerimônia, que terá início às 21h10 de sexta-feira (14)
“Nós estamos usando um equipamento diferente do GPS
[06/2019], no estádio do Morumbi, em São Paulo.
comum, que a precisão é métrica, esse é milimétrico. Ele vai
[…]
mostrar dados tridimensionais que mostrarão se houve movi‑
O Brasil está no Grupo A e enfrentará as seleções da
mento ou não no solo. Durante uma hora ele vai gerar dados a
Bolívia, Venezuela e Peru. O Grupo B é formado pelas equipes
taxa de 5 segundos, que será transformado em uma planilha
da Argentina, da Colômbia, do Paraguai e do Catar. Fazem
e entregue às autoridades do município”, relata o técnico em
parte do Grupo C o Uruguai, o Equador, o Chile e o Japão.
Agrimensura, Anderson Schwab.
GPS de alta precisão passa a monitorar o solo do Pinheiro, em Maceió. G1, 23 abr. 2019. CRUZ, Elaine Patricia. Abertura da Copa América terá 10 minutos de duração e muita
Disponível em: <https://g1.globo.com/google/amp/al/alagoas/noticia/2019/04/23/gps-de- tecnologia. Agência Brasil, 12 jun. 2019. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/
alta-precisao-passa-a-monitorar-o-solo-do-pinheiro-em-maceio.ghtml>. geral/noticia/2019-06/abertura-da-copa-america-tera-10-minutos-de-duracao-
Acesso em: 27 jun. 2019. e-muita-tecnologia>. Acesso em: 27 jun. 2019.

A melhoria na tecnologia dos equipamentos de GPS possibi‑ Considerando que o horário de início da cerimônia de abertura
lita um uso mais preciso dessa ferramenta, o que traz teve como referência o horário de Brasília, as pessoas que vi‑
vem nos países participantes da Copa América, Japão e Catar,
A previsões de movimentos do solo antes que eles ocorram.
A assistiram ao evento na tarde do mesmo dia em seus res‑
B entendimentos de processos regionais que afetam o solo do
pectivos países.
bairro.
C resultados mais detalhados em atividades de monitoramento. B viram o evento ao mesmo tempo, tendo em vista que não há
diferença de fuso horário entre esses dois países.
D análises mais amplas valendo-se do uso dos dois tipos de
dispositivos em conjunto. C transmitiram o evento durante a madrugada.
E conhecimentos de modificações do solo de diferentes perí‑ D tiveram um horário de transmissão de três horas à frente em
odos geológicos. relação ao Brasil.
E tiveram a transmissão do evento ao vivo quando já era dia
QUESTÃO 37 15 de junho em seus territórios.
A escrita causou uma revolução tão significativa nas co‑
municações que os historiadores estabeleceram o encerra‑ QUESTÃO 39
mento da Pré-História e o nascimento da História no período Dos três tipos de estruturas geológicas existentes no glo‑
em que o homem começou a escrever. bo terrestre, o território nacional possui duas: os escudos ou
O desenvolvimento dos métodos de agricultura e do co‑ maciços antigos e as bacias sedimentares. Em nosso territó‑
mércio e as distâncias entre as cidades entre as quais se rio não existem dobramentos modernos (recentes). Existem
estabeleciam relações de troca são tidos como os respon‑ antigos escudos, muito desgastados pelos agentes erosivos
sáveis pelos primeiros registros escritos, ante a necessidade (água, vento, variações climáticas, glaciações), e as bacias
de controle administrativo, de registros contábeis e de se sedimentares. Desse modo podemos dizer que o território
saber com exatidão onde se situavam os distantes pontos brasileiro, do ponto de vista geológico, é bastante antigo.
de abastecimento e quais as rotas a seguir para os alcançar. SANTOS, Clézio dos. A representação gráfica do relevo no Ensino Médio de Geografia.
GOMES, E. C. A escrita na História da humanidade. Disponível em: In: SANTOS, Clézio dos (Org.). Cartografia geográfica e representação gráfica.
<http://dialogica.ufam.edu.br>. Acesso em: 9 jun. 2015. Nova Iguaçu: Agbook, 2015. p. 117.

O surgimento da escrita está associado à evolução da agricultura A ausência de dobramentos modernos no território brasileiro
na Pré-História. O intenso processo de desenvolvimento de téc‑ configura como um aspecto do relevo nacional a
nicas de cultivo agrícola, nesse período, ficou conhecido como A falta de áreas mais elevadas no país ao longo da história.
A Revolução Urbana. B inexistência da formação de grandes cordilheiras.
B Revolução Neolítica.
C intensa atividade sísmica que acomete o país.
C Revolução Mesolítica.
D pequena modificação pela qual tal relevo foi submetido.
D Revolução da Idade dos Metais.
E pequena formação de sedimentos provenientes da dinâmica
E Revolução do Paleolítico Superior. terrestre.

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QUESTÃO 40

Das leis relativas à natureza do estado despótico


Resulta da natureza do poder despótico que o único homem que o exerce faça-o da mesma forma ser exercido por um
só. Um homem para o qual seus cinco sentidos dizem incessantemente que ele é tudo e que os outros não são nada é natu‑
ralmente preguiçoso, ignorante, voluptuoso. Logo, ele abandona os negócios. Mas, se os confiasse a vários outros, haveria
brigas entre eles; haveria intrigas para ser o primeiro escravo; o príncipe seria obrigado a voltar para a administração. É mais
simples então que ele a deixe para um vizir, que teria, inicialmente, o mesmo poder que o príncipe. O estabelecimento de um
vizir é, neste Estado, uma lei fundamental.
MONTESQUIEU, Charles. O espírito das leis. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 28.

Apesar de Auguste Comte (1798-1857) ser reconhecido como inaugurador do Positivismo e da Sociologia, Charles Montes‑
quieu (1689-1755) figura como um pensador que fez contribuições importantes para o avanço dos estudos sociológicos,
que é perceptível
A na crítica ao poder despótico como forma de poder desprovido de legitimidade.
B pela recorrência de temáticas sociológicas como a administração monárquica.
C na maneira como ele buscava compreender rigorosamente a esfera do social.
D pelo interesse que o autor possui em influenciar os rumos das leis do Estado.
E no uso de diversos exemplos e referências acerca de situações socioculturais.

QUESTÃO 41

ALVARO QC

Fonte: Wikimedia Commons. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Phoenicia_map-pt.svg>. Acesso em: 1o jul. 2019.

O mapa demonstra a posição privilegiada da Fenícia, que possibilitou


A a hegemonia no comércio terrestre.
B o comércio com os reinos ibéricos.
C a hegemonia no comércio marítimo.
D o fortalecimento da agricultura.
E a formação de um império centralizado.

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QUESTÃO 42 QUESTÃO 44
Um forte terremoto de magnitude oito sacudiu […] a região Os povos mesopotâmicos destacaram-se na Ciência, Ar‑
peruana de Loreto, no norte do país. Uma pessoa morreu e quitetura e Literatura. Observando o céu, os sacerdotes de‑
há ao menos 26 feridos, 15 deles no Equador. senvolveram os princípios da Astronomia e da Astrologia. Os
[…] zigurates, além de moradas dos deuses e de abrigar celeiros
e oficinas, eram também verdadeiras torres de observação
O epicentro do terremoto, cuja magnitude foi oito, segundo o
dos céus. Possibilitaram cálculos do movimento de planetas
Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), foi a 70 quilôme‑
e estrelas e a posterior elaboração de sofisticados calendá‑
tros a sudeste de Lagunas, no norte do país, a uma profundidade
rios. Foram os mesopotâmios que elaboraram o calendário
de 141 quilômetros. Aconteceu às 2h41 (4h41 em Brasília).
dividindo o ano em doze meses e a semana em sete dias,
AFP. Terremoto no Peru deixa ao menos um morto e 26 feridos. Folha de S.Paulo, 27
maio 2019. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/05/terremoto-no-peru- cada um dos quais divididos em dois períodos de doze horas.
deixa-ao-menos-um-morto-e-26-feridos.shtml>. Acesso em: 27 jun. 2019.
VICENTINO, Claudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil.
O epicentro de um abalo sísmico é uma característica impor‑ São Paulo: Editora Scipione, 2011.
tante, definida pela(o)
De acordo com o texto acima, qual era a relação entre religião
A profundidade da crosta terrestre a partir da qual um terremoto e ciência para os povos mesopotâmicos?
se propaga.
A Na antiga Mesopotâmia, o estado era laico e, portanto, a re‑
B impacto causado pelo terremoto nas edificações de uma ligião não tinha qualquer correlação com o desenvolvimento
localidade. científico.
C ponto da superfície terrestre que está sobre o foco de um
B Não havia uma divisão clara, uma vez que os centros reli‑
terremoto.
giosos eram também utilizados como locais de observação
D área onde os efeitos de um terremoto provocaram maiores científica e de produção artesanal.
danos.
C Religião e ciência eram dissociadas na medida em que a
E força atingida pelo terremoto no local onde ele alcançou produção científica contradizia os preceitos religiosos do
maior intensidade. período.
D Na Suméria, os templos e zigurates foram construídos devido
QUESTÃO 43 à riqueza que os astrônomos administravam e à custa do
trabalho dos sacerdotes.
Um terremoto de magnitude 8,8 na escala Richter sacu‑
diu o Chile em 27 de fevereiro do ano passado. Um ano e E Os povos mesopotâmicos dividiram os dias em dois períodos
de doze horas para separar o tempo para trabalho e o tempo
quatro meses depois, o vulcão Puyehue, com 2 240 m de
para religiosidade.
altura, localizado na Cordilheira dos Andes, entrou em erup‑
ção. Como resultado, o sul da Argentina ficou dias isolado,
diversos aeroportos foram fechados e centenas de voos foram
cancelados. Depois de uma breve melhora, ontem, as cinzas
do Puyehue voltaram a provocar o caos no tráfego aéreo no
Cone Sul, incluindo voos de companhias brasileiras. O último
grande fenômeno chileno do tipo havia sido registrado 51
anos antes, na cidade de Valdivia, logo após o tremor de um
terremoto de 9,5 graus, que deixou saldo de 5,7 mil mortos.
ANDRADE, Cristiana. Vulcões e terremotos são formados após uma explosão de energia.
Correio Braziliense, 14 jun. 2011. Disponível em: <www.correiobraziliense.com.br/app/
noticia/ciencia-e-saude/2011/06/14/interna_ciencia_saude,256790/amp.html>.
Acesso em: 28 jun. 2019.

Vários dos eventos próprios do vulcanismo e dos abalos sísmi‑


cos mostram que eles possuem como característica comum a
A ausência de consequências benéficas para a sociedade.
B ascensão de material proveniente das camadas inferiores
da Terra.
C configuração de diversos prejuízos nas áreas onde eles ocorrem.
D escala no intervalo de tempo entre os episódios de cada um
dos fenômenos.
E ocorrência em áreas de limites de placas tectônicas.

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