Você está na página 1de 18

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 8

CAPÍTULO 1 ................................................................................................... 9
A MODERNIDADE NA CIÊNCIA GEOGRÁFICA: UMA ANÁLISE DA
GEOGRAFIA CRÍTICA E DA GEOGRAFIA HUMANISTA NOS TEMPOS
ATUAIS
DOI 10.29327/535474.1-1
Ítalo Ramon Carvalho Silva
Keilha Correia da Silveira
José Geraldo Pimentel Neto

CAPÍTULO 2 ................................................................................................. 18
OS PERÍODOS DO ESPAÇO RELATIVO
DOI 10.29327/535474.1-2
Leonardo Luiz Silveira da Silva
Larissa Santos Rocha da Silva
Alfredo Costa

CAPÍTULO 3 ................................................................................................... 35

BÁRIE À
CIVILIZAÇÃO. O RACISMO CIENTÍFICO
DOI 10.29327/535474.1-3
Antonio Guimaraes Brito

CAPÍTULO 4 ................................................................................................... 52

A CONTRIBUIÇÃO DA FORMAÇÃO SOCIOESPACIAL DE MILTON SANTOS


AO PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO
DOI 10.29327/535474.1-4
Vivian Costa Brito
Ronaldo Leão de Miranda
Ivo Marcos Theis
Gilberto Friedenreich dos Santos

CAPÍTULO 5 ................................................................................................... 69

ESTADO DA ARTE DAS FEIÇÕES EM CARSTE NO MUNDO: APLICAÇÃO


DA SWAT E EMPREGO DAS METODOLOGIAS
DOI 10.29327/535474.1-5
Ludmagna Pereira de Araújo
Vânia Santos Figueiredo
CAPÍTULO 6 ................................................................................................... 85

A RESPONSABILIDADE POR DANOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO


USO DE AGROTÓXICOS: REPERCUSSÃO NA SAÚDE E SEUS ASPECTOS
ECONÔMICOS NO AGRONEGÓCIO
DOI 10.29327/535474.1-6
Rildo Mourão Ferreira
Mariana Lucas Chagas

CAPÍTULO 7 ................................................................................................. 102

PROCESOS DE PLANIFICACIÓN RURAL-LOCAL Y SUS IMPLICACIONES


EN LA SALUD, AMBIENTE Y MOVILIDAD DE LA COMUNIDAD DE
DOMINICAS, PROVINCIA DE PUNTARENAS, LEPANTO, COSTA RICA
DOI 10.29327/535474.1-7
Andrea Jiménez Briceño
Esmeralda Trigueros Gómez
Diego Armando Céspedes Álvarez

CAPÍTULO 8 ................................................................................................. 124

BACIA DO RIO RIBEIRÃO CACAU, EM ALVORADA RO:


PERCEPÇÃO SOCIOAMBIENTAL SOB A ÓTICA DOS CAFEICULTORES

DOI 10.29327/535474.1-8
Fabrícia Martins Silva
Patrícia Soares de Maria de Medeiros

CAPÍTULO 9 ................................................................................................. 146

A PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI: USO E COBERTURA DA TERRA


NO DISTRITO DE VALE VERDE (PORTO SEGURO - BA)
DOI 10.29327/535474.1-9
Allívia Rouse Carregosa Rabbani
Maria Otávia Silva Crepaldi
Leonardo Thompson da Silva
Thyane Viana da Cruz
Roberto Muhájir Rahnemay Rabbani
João Paulo Monteiro Santos
CAPÍTULO 10 ............................................................................................... 156

ANÁLISE DO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA NA


CARACTERIZAÇÃO DE IMPÁCTOS AMBIENTAIS EM TRECHOS DO RIO
PIRARARA, CACOAL/RO
DOI 10.29327/535474.1-10
Fábio Dutra da Silva
Maressa Floriano Camargo
Misley Alzíria da Silva Estevão
Nilmara de Oliveira Silva
Núbia Caramelo

CAPÍTULO 11 ............................................................................................... 177

ESPECIALIZAÇÃO PRODUTIVA DO TERRITÓRIO E TRANSFORMAÇÕES


NO USO DA TERRA PELA SILVICULTURA DO EUCALIPTO NOS
MUNICÍPIOS DO OESTE DA MICRORREGIÃO DE IMPERATRIZ,
MARANHÃO, BRASIL
DOI 10.29327/535474.1-11

Allison Bezerra Oliveira


Andressa Brito Silva De Sousa
Diego Armando de Sousa Paz
Daniel Macedo Nascimento
José Alencar Viana e Araújo

CAPÍTULO 12 ............................................................................................... 193

ANÁLISE DO DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA PRAÇA CONEGO


ÂNGELO TARDIO BRUNO NO MUNICÍPIO DE ITUIUTABA-MG
DOI 10.29327/535474.1-12
Leonardo Alfaiate Ferreira Borges
Mateus Duarte Segismundo
Matheus Alfaiate Borges
Roberto Barboza Castanho

CAPÍTULO 13 ............................................................................................... 209

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE HÍDRICA DA ÁGUA FORNECIDA PARA


ABASTECIMENTO DOMÉSTICO NA CIDADE DE ITUIUTABA - MG
DOI 10.29327/535474.1-13
Maria Cristina Moreira Penna
Rildo Aparecido Costa
CAPÍTULO 14 ............................................................................................... 228

CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA COMO INSTRUMENTO PARA O


PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL DA BACIA DO RIBEIRÃO DA
ABÓBORA, RIO VERDE, GOIÁS
DOI 10.29327/535474.1-14
Paulo Henrique Gonçalves Marques
Fernanda Pereira Martins
Joel Cardoso Moraes Junior
Zilsenil Souza Guimarães

SOBRE OS ORGANIZADORES .................................................................. 242

ÍNDICE REMISSIVO ..................................................................................... 242


CAPÍTULO 9

A PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI: USO E COBERTURA DA


TERRA NO DISTRITO DE VALE VERDE (PORTO SEGURO - BA)
DOI 10.29327/535474.1-9
Allívia Rouse Carregosa Rabbani
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Porto Seguro, Porto
Seguro, BA, Brasil
http://lattes.cnpq.br/9716789774090901
https://orcid.org/0000-0003-0564-7113

Maria Otávia Silva Crepaldi


Programa de Pós-doutorado - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da
Universidade de São Paulo - ESALQ/USP, Brasil
http://lattes.cnpq.br/5120958261060708
https://orcid.org/0000-0003-3121-8857

Leonardo Thompson da Silva


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Porto Seguro, Porto
Seguro, BA, Brasil
http://lattes.cnpq.br/1147069538264015
https://orcid.org/0000-0002-3844-7313

Thyane Viana da Cruz


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Porto Seguro, Porto
Seguro, BA, Brasil
http://lattes.cnpq.br/8081590901292303
https://orcid.org/0000-0002-4558-7058

Roberto Muhájir Rahnemay Rabbani


Universidade Federal do Sul da Bahia Campus Sosígenes Costa, Porto Seguro,
BA, Brasil
http://lattes.cnpq.br/8576195795981994
https://orcid.org/0000-0002-3175-6332

João Paulo Monteiro Santos


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Porto Seguro, Porto
Seguro, BA, Brasil
http://lattes.cnpq.br/1598942801793552

RESUMO: Porto Seguro se enquadra como uma cidade de média, conhecida


nacional e internacionalmente pelo seu turismo e por ser uma referência histórica
quanto a chegada dos portugueses ao Brasil. Ainda no município existem lugares,
chamados de distritos, onde moram pessoas que vivem com sua própria dinâmica
social e econômica. O presente trabalho objetiva detectar as mudanças espaciais do
uso e cobertura da terra do distrito de Vale Verde (Porto Seguro - BA) entre os anos
2000 e 2013, utilizando ferramentas do geoprocessamento e produção de mapas
temáticos. No intervalo de uma década, a maior área de uso do distrito foi destinada
para pastagens. PALAVRAS-CHAVE: Meio Ambiente. Mudança. Território.

146
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

THE FIRST DECADE OF THE 21ST CENTURY: LAND COVER AND


LAND IN THE VALE VERDE DISTRICT (PORTO SEGURO - BA)

ABSTRACT: Porto Seguro fits as a medium-sized city, known nationally and


internationally for its tourism and for being a historical reference when the Portuguese
arrived in Brazil. Still in the municipality there are places, called districts, where people
live with their own social and economic dynamics. The present work aims to detect
spatial changes in land use and land cover in the Vale Verde district (Porto Seguro -
BA) between 2000 and 2013, using geoprocessing tools and the production of
thematic maps. Within a decade, the largest area of use in the district was used for
pastures.
KEYWORDS: Environment. Change. Territory.

INTRODUÇÃO
A cidade de Porto Seguro, no estado da Bahia, é um dos principais polos
turísticos do Brasil, recebe anualmente uma grande quantidade de pessoas, atraídos
pelos seus recursos naturais, sobretudo pelas suas praias associadas a
ecossistemas como recifes de corais, manguezais e falésias, e pelos seus recursos
culturais, especialmente históricos (SILVA et al., 2008). Com uma população
estimada de 150.658 mil habitantes, Porto Seguro é uma cidade média e enquadra-
se como um Centro Sub-regional, tendo relevância para o contexto regional do
extremo sul baiano (IBGE CIDADES; IBGE REGIC, 2020).
O município é constituído de 5 (cinco) distritos: Porto Seguro (sede municipal),
Arraial d´Ajuda, Caraíva, Trancoso e Vale Verde, que possuem relação com o
turismo, bem como sua própria dinâmica rural. A prefeitura abarca as características
locais, com secretarias voltadas para agricultura, turismo e meio ambiente (PMPS,
2020), o que permite entender que na escala municipal existe uma preocupação com
todas as atividades locais.
Um dos distritos de Porto Seguro que merece destaque é o de Vale Verde, que
tem sua história ligada à presença dos jesuítas no Brasil. A localidade foi constituída

u
as Leis de 1755 para o Estado do Brasil, objetivando transformar os antigos núcleos
de catequização em vilas, que deveriam adotar nomes de cidades e vilas de Portugal
(CANCELA, 2007). Pela lei estadual nº 1190 de 1917, o município de Porto Seguro

147
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

adquiri

O distrito de Vale Verde é uma região essencialmente rural e apesar de sua


importância histórica, existem poucas informações sobre o uso e aproveitamento da
terra. Ressalta-se que a construção e o entendimento dessas informações podem
contribuir com a compreensão da geografia agrária/ambiental do distrito, através da
dinâmica rural contemporânea e das alterações temporais (OLIVEIRA et al., 2014).
Em face dessa transformação, o geoprocessamento surge como alternativa
viável para pesquisas de monitoramento da variação da cobertura vegetal.
Compreende-se por geoprocessamento, a união de tecnologias que englobam
diversas fases, desde a coleta, o tratamento, a análise, até a cessão de informações,
cuja implicação é exibir o referencial geográfico. Dentre as geotecnologias podem-se
destacar os sistemas de informação geográfica, a cartografia digital, o sensoriamento
remoto e o sistema de posicionamento global (ROSA, 2005; MARTINS et al., 2012;
SANTOS et al., 2015, SANTOS, 2021).
Assim, pesquisas baseadas em metodologias que consideram como
instrumento auxiliar o uso de geotecnologias, permite a manipulação e a
aparelhamento de amplo volume de informações espaciais e tabulares, permitindo,
inclusive, a obtenção de novos elementos interpretativos (SANTOS et al., 2015).
Além disso, o ajuizamento dos mapas gerados possibilita o acompanhamento
temporal das transformações ocorridas em um determinado intervalo de tempo
(ROSOT et al., 2008; SANTOS, 2021).
Assim, o objetivo deste capítulo foi detectar as mudanças espaciais do uso e
cobertura da terra do distrito de Vale Verde (Porto Seguro - BA) entre os anos de
2000 a 2013, a fim de verificar as condições do meio físico diante das diferentes
formas de uso e ocupação do solo na primeira década do século XXI.

MATERIAL E MÉTODOS
Pelo crescimento do município de Porto Seguro (BA), foi escolhida a primeira
década do século XXI para confecção dos mapas. Para delimitação da área de
estudo, foi utilizada a base cartográfica e Malha Municipal do Instituto Brasileiro de
Geográfica e Estática - IBGE (2019); para elaborar os mapas foi utilizado o programa
QGIS, versão Madeira LTR 3.4 (QGIS, 2019), sendo estabelecido como datum o

148
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS-2000, 2019) e a


projeção cartográfica Universal Transversa de Mercator (UTM), fuso 24S. A gestão
dos dados espaciais do mapeamento do uso e cobertura do solo foram
disponibilizados pelo Fórum Florestal da Bahia (2018) a partir de arquivos vetoriais
com a escala 1:25.000 para o ano 2000 e, como não existia para o ano 2010, 2013
por ser a informação mais próxima. Para definição das cores das receptivas
classes/ou usos da terra seguiu-se como padrão os Manuais Técnico de Uso da Terra
(2013) e Vegetação Brasileira (2012), ambos de autoria do IBGE.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi possível gerar imagens da região para o ano 2000 e 2013 (Figura 1),
identificando os principais usos da terra. Na literatura, existem poucos registros sobre
a dinâmica do uso e cobertura da terra em Porto Seguro (BA), em especial no distrito
Vale Verde. Sabe-se que a vida da área rural, em parte, é resultante das diferentes
formas de uso e ocupação do solo, e que as ações antrópicas interferem no
desenvolvimento natural e na transformação desse ambiente, podendo levar a
deterioração natural e diferentes formas de uso e emprego (ROMÃO; SOUZA, 2011).
Para o ano de 2000 (Figura 1A), foi possível identificar 11 usos: (1)
pasto/agricultura anual - 55,58%; (2) vegetação florestal inicial/media - 30,80%; (3)
cabruca - 4,26%; (4) agricultura perene - 3,40%; (5) vegetação florestal avançada -
2,22%; (6) plantio de eucalipto - 2,04%; (7) comunidade aluvial - 0,67%; (8) corpos
d´agua - 0,53%; e (9) outras classes - 0,35%; (10) área urbana - 0,06%; (11)
mineração - 0,02%.
Treze anos depois (2013, Figura 1B), houve um aumento de 7 (sete) áreas,
totalizando 18 tipos de ocupações: (1) pastagem 41,18%; (2) floresta ombrófila densa
estágio inicial - 18,80%; (3) pastagem abonada - 12,64%; (4) floresta ombrófila
estágio médio - 10,03%; (5) cabruca - 4,14%; (6) seringal - 3,59%; (7) culturas
prementes não florestais - 3,38%; (8) silvicultura - 2,18%; (9) culturas temporárias -
1%; (10) formação fluvial ou lacustre - 0,67%; (11) floresta ombrófila aluvial - 0,64%;
(12) corpos d´agua - 0,61%; (13) mamão - 0,34%; (14) café - 0,21%; (15) coco -
0,20%; (16) área urbana - 0,15%; (17) área degrada - 0,02%; e (18) floresta ombrófila
densa - 0,001%.

149
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

Figura 1. Uso da terra no distrito de Vale Verde (Porto Seguro BA) no ano 2000
(A) e 2013 (B).

Fonte: elaborado pelos autores (2020).

Uma paisagem pode ser definida como uma porção do espaço resultante da
combinação dinâmica dos elementos físicos, biológicos e humanos, os quais,
interagindo entre si, formam um conjunto único em desenvolvimento (CEMIN et al.,
2009). Observa-se que, depois de uma década, os principais usos estão voltados
para a agropecuária, sendo que a maior área continuou destinada para pastagens,
com redução de uso em 14% que com o passar do tempo foram abandonadas.

150
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

Uma das novidades que apareceu no ano de 2013 foi a denominação

trata da exploração de árvores para fins comerciais, sociais e/ou ambientais


(BARROS, 2021). No ano 2000 não havia esse uso, sendo observado neste aspecto

de monitoramento adotou essa denominação ampla, deveriam estar inseridos neste


os dados o seringal (3,59%) e a cabruca (4,14%). Assim sendo, 10% da área do
distrito era para exploração de árvores.
Ainda neste sentido, considerando a dinâmica da paisagem ecológica do
distrito de Vale Verde, destacam-se as áreas destinas a cabruca, sistema
agroflorestal tradicional da região que maneja principalmente a cultura do cacau sob
o dossel de árvores nativas da Mata Atlântica, nota-se a manutenção das áreas
destinadas a este fim permaneceram intactas, apesar dos incrementos e variações
de outros cultivos.
No tocante as problemáticas da cobertura do solo, nota-se o aparecimento de
áreas de pastagens abandonadas (12,64%) e de espaços considerados degradados
(0,02%), provocando fragmentação da área florestada. Cabe frisar que houve um
incremento de novos produtos na matriz agrícola do distrito, com a inserção de
monocultivos como café, mamão e coco. Percebe-se também um crescimento
demográfico na região do estudo (0,12%).
O distrito de Vale Verde reflete a história da região de Porto Seguro, a qual se
confunde e inicia com o Descobrimento do Brasil, que vai desde a exploração inicial
do extrativismo de pau-brasil. Com o passar do tempo, o município, isolado,
sobrevivia basicamente da pesca, do corte da madeira e da agricultura de
subsistência. A exploração madeireira continuou na região, em um primeiro
momento, através do ciclo de extração e exportação de madeiras nobres,
contribuindo efetivamente para a devastação da Mata Atlântica na região, e,
substituição desta por grandes áreas de pasto; e, num segundo momento, pela
atividade turística depois da década de 1970 (ARAUJO; SILVA, 2000).
Conhecer a dinâmica da região é importante. Tais dados, além de fornecer as
informações necessárias para o reconhecimento da estrutura da paisagem, da
organização espacial dos elementos que compõem a paisagem e da análise das

151
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

pressões socioeconômicas atuais, possibilita ainda a compreensão da magnitude das


mudanças e o período em que elas ocorreram; e, além disso, torna viável a
determinação dos vetores e tendências das pressões sobre os espaços naturais
(SEABRA; CRUZ, 2013).
Assim, as informações geradas do distrito de Vale Verde podem auxiliar as
atividades de planejamento dos atores que agem na tomada de decisões do
município, pois podem ser instrumentos importantes que auxiliam o planejamento
regional do ponto de vista ambiental e social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O emprego do sensoriamento remoto para a construção de mapas de uso e
cobertura do solo no distrito de Vale Verde (Porto Seguro - BA) foi relevante para
identificar o destino do uso da terra, sendo que no espaço temporal de uma década,
as áreas para pastejo foram as maiores. É importante que novos estudos contribuam
com a temática apresentada neste capítulo, complementando as informações
fornecidas por este estudo, para compreensão histórica e fonte para decisões pelo
poder público.

AGRADECIMENTOS
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia Fapesb, ao Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA e à Pró-Reitoria de
Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação - PRPGI / IFBA por apoiar e dar suporte a esta
pesquisa. A profa. Me. Ivaneide Almeida da Silva pelos esclarecimentos sobre a
história de Porto Seguro (BA) e do distrito de Vale Verde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, Cristina Pereira de; SILVA, Sérgio Bernardes da. As duas Porto Seguros.
In: VALENÇA, Márcio Moraes. CAVALCANTE, Gilene Moura. (org.). Globalização
e Marginalidade: transformações urbanas. Natal: EDUFRN, 2008. ISBN: 978-82-
7273-392-2.
BARROS, Talita Delgrossi. Silvicultura. Árvore do Conhecimento Agroenergia.
EMBRAPA - Parque Estação Biológica. Disponível em: <
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fmcbqc
wh02wyiv80kxlb36vbkge01.html>. Acesso em: 30 de mar. 2021.

CANCELA, Francisco. A presença de não-índios nas vilas de índios de porto


seguro: relações interétnicas, territórios multiculturais e reconfiguração de

152
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

identidade reflexões iniciais. Espaço Ameríndio, v. 1, n. 1, p. 42-61, 2007.


Disponível em: <https://doi.org/10.22456/1982-6524.2545>. Acesso em: 15 de jan.
2020.

CEMIN, Gisele; PERICO, Eduardo; REMPEL, Claudete. Composição e


configuração da paisagem da sub-bacia do arroio jacaré, Vale do Taquari, RS, com
ênfase nas áreas de florestas. Revista Árvore, v. 33, n. 4, p. 705-711. Disponível
em: < https://doi.org/10.1590/S0100-67622009000400013>. Acesso em: 10 de fev.
2020.

FITZ, Paulo Roberto. Geoprocessamento sem complicação: trajetória, limites e


perspectivas. 8. ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. 242 p.
(Educação contemporânea). ISBN 8585701455.

FÓRUM FLORESTAL DA BAHIA. UFSB. Mapeamento do uso e cobertura do


solo dos 23 municípios do Sul da Bahia. Escala 1:25.000. Universidade Federal
do Sul da Bahia - UFSB 2018.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico da vegetação


brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, 272p. ISBN: 9788524042720. Disponível
em:< https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-
catalogo?view=detalhes&id=263011>. Acesso em: 07 de ago. 2020.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual Técnico de


Cobertura e Uso da Terra. Rio de Janeiro, 2013, n7, Ed 3ª, 155 p. ISBN:
85·240·0677-3. Disponível
em:<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv8199.pdf>. Acesso em: 10 de
ado. 2020.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Bases cartográficas 2016.


Disponível em: <https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-
cartograficas/malhas-digitais> Acesso em: 14 fev. 2019.

IBGEa - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo agropecuário.


Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-
pecuaria/21814-2017-censo-agropecuario.html?=&t=o-que-e >. Acesso em: 03 de
mar. 2020.

IBGEb Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Porto Seguro Bahia - BA.


Biblioteca IBGE. 2p. 2007. Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/portoseguro.pdf>. Acesso em:
02 de mar. 2020.

IBGE CIDADES. Brasil/ Bahia/ Porto Seguro. Disponível em:


<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/porto-seguro/panorama>. Acesso em 03 de
mar. 2020.

153
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Regiões de Influência das


Cidades: 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020, 192 p. Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101728.pdf>. Acesso em 10 de
nov. 2020.

MARTINS, Thallita Isabela Silva; RODRIGUES, Sílvio Carlos. Ocupação e uso da


terra na bacia do médio-baixo curso do rio Araguari/MG. Revista Boletim de
Geografia. Maringá, v. 30, n.1, p. 55-68, 2012. Disponível em:<
https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v30i1.14826>. Acesso em 23 de fev. 2020.

OLIVEIRA, Sandro Nunes; CARVALHO JUNIOR, Osmar Abílio de; GOMES,


Roberto Arnaldo Trancoso; GUIMARÃES, Fontes Guimarães; MARTINS, De Souza.
Detecção de mudança do uso e cobertura da terra usando o método de pós-
classificação na fronteira agrícola do Oeste da Bahia sobre o Grupo Urucuia durante
o período 1988-2011. RBC. Revista Brasileira de Cartografia (Online), v. 66, n. 5,
p. 1157-1176, 2014. Disponível em:
<http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44705/237
19>. Acesso em 04 de mar. 2020.

PMPS Prefeitura Municipal de Porto Seguro. Secretarias e Órgãos. Disponível


em:<http://portoseguro.ba.gov.br/>. Acesso em: 03 de mar. 2020.

QGIS Development Team. QGIS User Guide, Release 3.4.8-Madeira LTR.


Disponível em: https://www.qgis.org/pt_BR/site/index.html Acesso em: 13 jun. 2019.

ROMAO, Adevanilde Cristina Bueno Castelar; SOUZA, Marta Luzia de. Análise do
uso e ocupação do solo na Bacia do Ribeirão São Tomé, Noroeste do Paraná PR
(1985 e 2008). RA´E GA 21, p. 337-364, 2011. Disponível em:<
http://dx.doi.org/10.5380/raega.v21i0.16657>. Acesso em: 30 de mar. 2020.

ROSA, Rosa. Geotecnologias na Geografia Aplicada. Revista do Departamento de


Geografia, Uberlândia, v. 16, p. 81-90, 2005. Disponível em:
<https://doi.org/10.7154/RDG.2005.0016.0009>. Acesso em: 15 de fev. 2020.

ROSOT, Maria Augusta Doetzer; GARRASTAZÚ, Marilice Cordeiro; OLIVEIRA,


Yeda Maria Malheiros de. Sistemas de Informações Geográficas (SIG) como
subsídio para a elaboração de planos de manejo em fazendas experimentais.
Colombo, PR. Embrapa Florestas, dez. 2008. 6 p. (Embrapa Florestas. Comunicado
Técnico, 216). ISSN 1517-5030.

SANTOS, Danielle Ivana Pereira dos; ARAÚJO, Érica de Oliveira; PAGANI, Pâmela
Cristina Patrício; PAGANI, Caio Henrique Patrício; ARAÚJO, Marcel Eméric Bizerra
de; NEGRÃO, Marcelo Pires. Análise multitemporal de uso e ocupação do solo do
núcleo inicial do projeto integrado de colonização Paulo de Assis Ribeiro no
município de Colorado do Oeste RO. Caderno de Geografia, v.25, n.43, p. 34-51,
2015. Disponível em:<https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2015v25n43p34>.
Acesso em: 05 de jan. 2020.

154
Espaço Geográfico: diversidade temática e metodológica / Capítulo 9

SANTOS, Samuel Dias. Identificação de áreas prioritárias para a recuperação


da vegetação nativa, na bacia do rio Buranhém, com o auxílio da modelagem
espacial multicriterial. 96 f. Dissertação (Mestrado em Ciências e Tecnologias
Ambientais) Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologias Ambientais,
Instituto Federal da Bahia/ Universidade Federal do Sul da Bahia, Porto Seguro.
2021. Disponível: <
https://sig.ufsb.edu.br/sigaa/verArquivo?idArquivo=581655&key=f342418284ad571e
948c6da02f656c97>. Acesso em: 02 de mar. 2021.

SEABRA, Vinicius da Silva; CRUZ, Carla Madureira. Mapeamento da dinâmica da


cobertura e uso da terra na bacia hidrográfica do Rio São João, RJ. Sociedade &
Natureza, v. 25, n. 2, p. 411-426, 2013. Disponível
em:<https://doi.org/10.1590/S1982-45132013000200015>. Acesso em: 05 de set.
2020.

SILVA, Iracema Reimão; BITTENCOURT, Abílio Carlos da Silva Pinto; SILVA,


Sylvio Bandeira de Mello; DOMINGUEZ, José Maria Landim; SOUZA FILHO, José
Rodrigues de. Nível de antropização X nível de uso das praias de Porto Seguro/BA:
subsídios para uma avaliação da capacidade de suporte. Gestão Costeira
Integrada, v. 8, n. 1, p. 1-13, 2008. Disponível
em:<http://dx.doi.org/10.5894/rgci25>. Acesso em: 15 de ago. 2020.
SIRGAS2000. Sistema de Referencia Geocêntrico para las Américas.
SIRGAS2000. Disponível em: <http://www.sirgas.org/pt/sirgas-
realizations/sirgas2000/>. Acesso em: 14 nov. 2019.

155

Você também pode gostar