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ALUNO
PP – PROFESSORES PRESENCIAIS
MARIA LUIZA R. BELDERRAIN
SYLVIO R. BISTAFA
FILMAGEM E EDIÇÃO
PATRICIA NUNES PAEZ DE PROENÇA
GESTÃO TÉCNICA
MARIA RENATA MACHADO STELLIN
GESTÃO ADMINISTRATIVA
NEUSA GRASSI DE FRANCESCO
VICENTE TUCCI FILHO
“Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, sem a
prévia autorização de todos aqueles que possuem os direitos autorais sobre este documento”.
SUMÁRIO
i
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 1
1.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 2
1.2. O PROCESSO DE GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO SONORA ............... 2
1.2.1. SISTEMAS ATUANTES NO PROCESSO DE GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E
RECEPÇÃO SONORA ........................................................................................................... 3
1.3. CONTROLE DE RUÍDO ................................................................................................. 4
1.3.1. TÉCNICAS DE CONTROLE DE RUÍDOS................................................................... 4
1.4. TESTES .......................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO SOM .................................................... 6
2.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7
2.2. RUÍDO E BARULHO ...................................................................................................... 7
2.3. A NATUREZA DO SOM ................................................................................................. 8
2.4. ALGUMAS GRANDEZAS BÁSICAS DO SOM ............................................................. 9
2.5. FAIXA DE VARIAÇÃO DA PRESSÃO SONORA ........................................................ 10
2.6. DECIBEL (DB) .............................................................................................................. 11
2.7. FAIXA DE VARIAÇÃO DO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA ..................................... 13
2.8. POTÊNCIA SONORA .................................................................................................. 13
2.9. INTENSIDADE SONORA............................................................................................. 15
2.10. SERVENTIA DOS NÍVEIS DE PRESSÃO, INTENSIDADE E DE POTÊNCIA
SONORA ............................................................................................................................. 16
2.11. TIPOS DE FONTES SONORAS................................................................................ 17
2.12. ADIÇÃO DE DECIBEL ............................................................................................... 18
2.13. SUBTRAÇÃO DE DECIBEL ...................................................................................... 22
2.14. TESTES ...................................................................................................................... 23
CAPÍTULO 3. O ESPECTRO SONORO ............................................................................. 26
3.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 27
3.2. TESTES ........................................................................................................................ 28
CAPÍTULO 4. INSTRUMENTOS E FUNDAMENTOS DE MEDIDAS DO RUÍDO............. 32
4.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 33
4.2. DETECTOR .................................................................................................................. 34
4.3. FILTRO ......................................................................................................................... 35
4.4. FILTRO PONDERADOR .............................................................................................. 38
4.5. PONDERADOR TEMPORAL....................................................................................... 44
4.6. ANALISADORES FFT .................................................................................................. 45
4.7. ANÁLISE COMPARATIVA DOS DIFERENTES TIPOS DE ANALISADORES .......... 49
4.7.1. COMPARAÇÃO ENTRE O MEDIDOR DE NÍVEL SONORO COM FILTROS E O
ANALISADOR FFT. .............................................................................................................. 51
4.8. TESTES ........................................................................................................................ 52
CAPÍTULO 5. MECANISMOS DA AUDIÇÃO ..................................................................... 54
5.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 55
5.2. OUVIDO EXTERNO ..................................................................................................... 55
5.3. OUVIDO MÉDIO........................................................................................................... 56
SUMÁRIO
ii
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
OBJETIVOS DO ESTUDO
Conceituar ruído e os sistemas de geração, transmissão e recepção sonora, definir
controle de ruído, e apresentar formas de enfrentamento de problemas de ruído.
1.1. INTRODUÇÃO
O som é a sensação produzida no ouvido e ruído é um som sem harmonia ― em
geral de conotação negativa. O ruído pode ser definido como um som indesejável.
Muitas vezes os ruídos geram problemas físicos e sociais com efeitos adversos tais
como: em níveis suficientemente elevados, podem causar a perda da audição (um efeito
físico), aumento da pressão arterial (um efeito fisiológico), incômodos (efeitos
psicológicos) ― perturbação do sono, stress, tensão, queda do desempenho; interfere
com a comunicação oral, que por sua vez causa perturbação; pode causar danos e falhas
estruturais (efeito mecânico); influencia na tomada de decisão do consumidor em dar
preferência a um produto mais silencioso do competidor, etc.
A eliminação por completo do ruído é em geral inconveniente, além de ser caro.
Assim, o objetivo é normalmente o controle do ruído e não a sua eliminação por
completo.
Quando nos deparamos com um problema de níveis de ruído inaceitáveis, devemos
estar aptos a escolher entre as diversas alternativas de redução destes níveis. Em certas
circunstâncias, poderá ser possível a aplicação de soluções padronizadas que podem ser
encontradas na literatura específica de determinada máquina, equipamento ou processo
industrial. No entanto, o problema geral de redução de ruído não é tão simples. Ao invés
de aplicar uma receita conhecida, devemos ser capazes de aplicar os princípios básicos
da ciência que trata do som; ou seja, a acústica.
TRAJETÓRIA
FONTE
DE RECEPTOR
SONORA
TRANSMISSÃO
Receptor: Vizinho.
lução:
ceptor:
1.4. TESTES
1. O ruído é um fenômeno físico que sensibiliza principalmente:
a) O corpo todo.
b) A cabeça.
c) O ouvido.
d) Pessoas muito sensíveis.
e) Os ossos.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Apresentar as grandezas básicas utilizadas na descrição objetiva de sons e ruídos.
2.1. INTRODUÇÃO
O som é uma experiência tão comum no nosso cotidiano que raramente nós nos
damos conta de todas as suas funções. O som fornece experiências agradáveis, tais
como escutar música, canto dos pássaros etc. Ele permite a comunicação oral, servindo
também para nos alertar – por exemplo quando o telefone toca ou quando escutamos o
som de uma sirene. O som também permite avaliação e diagnósticos qualitativos – o
bater das válvulas do motor de um veículo, um equipamento que esteja rangendo ou as
batidas do coração.
1 c
Relação entre comprimento de onda, período e freqüência: f (Hertz),
T
onde c é a velocidade de propagação da onda no meio, conhecida como velocidade do
som.
Ar 340
Água 1510
Madeira 4100
Aço 5050
Resolução:
Da tabela 2.1:
Figura 2.4. Faixa de Pressão Sonora entre o Limiar da Audibilidade e o Limiar da Dor
p
L p 20 log( ) , dB (p0=20 Pa)
p0
Onde:
log é o logaritmo na base 10,
p é o valor da pressão sonora medida em Pascal, e
p 0 é um valor de referência padronizado de 20 Pa – o limiar da audibilidade.
Observar que a palavra nível é agora combinada com a palavra pressão, para
indicar que nesta nova escala, a pressão medida está a certo nível acima do nível de
referência. O nível de pressão sonora é também chamado simplesmente de nível sonoro.
No passado, colocava-se entre parênteses a pressão sonora de referência adotada.
Tendo em vista que o valor de referência de 20 µPa é aceito mundialmente, hoje em dia
não se costuma mais indicá-lo.
Resolução:
P
Sendo Lp dado por : Lp 20 log onde P0 20 Pa
0
p
Temos:
a) para 1 Pa
1
Lp 20 log 6
20 log50.000
20x10
L p = 94 dB
b) para 31,7 Pa
20 log1,58 106
31,7
Lp 20 log 6
20x10
Temos:
124 dB
6 2
10 3
12 4
20 10
40 100
W
L w 10 log( ) , dB (W 0=10-12 Watts)
W0
Onde:
W é a potência sonora gerada pela fonte,
Tabela 2.3. Potência sonora e os níveis de potência sonora de alguns tipos de fontes
sonoras
cochicho 10-10 20
W p2
I
4r 2 c
Onde:
r é a distância da fonte,
é a densidade do ar (1,22 kg / m3 ), e
c é a velocidade do som.
I
LI 10 log( ) , dB (I0=10-12 Watts / m2 .)
I0
Onde:
I é a intensidade sonora, e
I0 é a intensidade sonora de referência padronizada de 10 -12 Watts / m2 .
Quadro 2.2: Para a pressão sonora de referência, 20 Pa, obter a potência sonora
de referência W 0 e a intensidade sonora de referência I0, na superfície esférica com área
de 1m2.
Resolução:
a) potencia sonora:
b) intensidade Sonora:
p12 p 22
I1 , I2
c c
Logo:
p12 p 22
L ptotal 10 log( ).
p 02
Sabemos que:
p12 p 22
L p1 10 log( 2
) , e que L p2 10 log( ).
p0 p 02
Logo:
p12 Lp1 / 10 p 22 Lp / 10
10 , e 10 2 .
p 02 p 02
Então:
Lp1 / 10 Lp2 / 10
Lptotal 10 log(10 10 )
Lptotal 10 log(10 X / 10 10 X / 10 ) ,
L ptotal 10 log(2 10 X / 10 ) .
L ptotal X 3 dB.
Figura 2.9. Adição de Decibel de Duas Fontes que Geram o Mesmo nível de Pressão
Sonora
Quadro 2.3: Determinar o nível de pressão sonora total, gerado por duas fontes
sonoras em determinado ponto, sabendo-se que cada uma delas gera individualmente
neste ponto os níveis de pressão sonora de 64 dB e de 58 dB. Usar o método analítico e
confirmar o resultado assim obtido com o uso da curva de adição de dB.
Resolução:
a) Analiticamente:
A curva também pode ser utilizada quando a contribuição de diversas fontes deve
ser calculada. As diferentes contribuições são então adicionadas conforme mostra o
exemplo abaixo.
Nota 2.2: Qual o nível sonoro de oito carros no grid de largada de uma corrida de
F1 sendo os seguintes os seus níveis individuais no ponto de interesse: 3 carros de
marca A com 75 dB; 2 carros da marca B com 79 dB e 3 carros da marca C com 85 dB.
Lp / 10 Lp2 / 10
L p1 10 log(10 total 10 )
Este poderá ser, por exemplo, o caso onde as medidas do nível sonoro de uma
máquina são feitas na presença de ruído de fundo. Aqui é importante saber se o nível
sonoro medido é devido ao ruído de fundo, ao som da máquina, ou ao efeito combinado.
O procedimento para realização deste teste é o seguinte:
Medir o efeito combinado do som da máquina mais o ruído de fundo L s n
Desligar a máquina e medir o nível de ruído de fundo, L n . Na maioria dos casos
é possível desligar-se a máquina que está sendo testada, já que o ruído de fundo
normalmente não pode ser desligado.
Usar a expressão acima apresentada na forma:
L s 10 log(10Ls n / 10 10Ln / 10 )
Figura 2.11. Extração do nível sonoro de uma máquina na presença de ruído de fundo
Quadro 2.4: Determinar o nível sonoro de uma máquina, sabendo-se que o nível
total (máquina mais ruído de fundo) é de 64 dB, e que ao desligar-se a máquina, o nível
sonoro cai para 58 dB. Usar o método analítico e confirmar o resultado assim obtido com
o uso da curva de subtração de dB.
2.14. TESTES
1. O ruído:
a) É sempre um som indesejável.
b) Pode transmitir informações úteis.
c) Deve ser totalmente eliminado.
d) É igualmente tolerado de dia e de noite.
e) Não pode ser mensurado.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Apresentar e discutir as características do espectro sonoro de diversos tipos de
sons.
3.1. INTRODUÇÃO
Até agora a nossa preocupação esteve voltada para o conceito de níveis sonoros.
O nível sonoro está associado com a sensação subjetiva de intensidade do som,
popularmente conhecida como volume sonoro.
Existe, porém outro parâmetro que caracteriza os sons, que é tão importante
quanto o nível sonoro. Trata-se da sensação subjetiva de tom. O tom de um determinado
som está associado com uma grandeza já definida anteriormente — a freqüência. Os
tons podem ser graves ou agudos. Os tons graves são sons de baixa freqüência e os
agudos são sons de alta freqüência. Sons que contém uma única freqüência são
denominados de tons puros. Por exemplo, um tom puro em 1.000 Hz, é aquele som cuja
energia sonora está predominantemente contida na freqüência de 1.000 Hz. Porém os
sons comumente ouvidos no cotidiano são quase nunca tons puros. Na realidade, quase
sempre escutamos sons que são uma combinação de diversos tons. Por exemplo,
quando executamos uma nota musical em um instrumento, geramos um som composto
de vários tons. Quando os níveis sonoros dos diversos tons em suas respectivas
freqüências são lançados em um gráfico, obtém-se o chamado espectro sonoro do som.
A Figura 3.1 ilustra o espectro sonoro de nota musical.
Este espectro sonoro apresenta uma peculiaridade, em que a freqüência mais baixa
(500 Hz) é um divisor comum das freqüências mais elevadas (1.000, 2.000 e 4.000 Hz),
estas últimas denominadas sobre-tons. A freqüência mais baixa é denominada freqüência
fundamental ou simplesmente fundamental, e os sobre-tons são denominados
harmônicos do fundamental, ou simplesmente harmônicos. O espectro sonoro dos sons
da maioria dos instrumentos de uma orquestra é composto por tons puros relacionados
harmonicamente.
Outros sons poderão ser compostos de sobre-tons que não se relacionam através
de números inteiros com a fundamental. Estes são denominados de sobre-tons não-
harmônicos. Sons com estas características são geralmente produzidos por instrumentos
de percussão.
O que chamamos de ruído, são geralmente sons cuja energia sonora está
distribuída em uma faixa ou banda de freqüências. A Figura 3.2. abaixo ilustra o espectro
sonoro de ruído, onde a energia sonora nele contida está distribuída numa faixa de
freqüências compreendida entre 100 e 1.000 Hz.
Caracterizar o ruído apenas pelo nível sonoro total poderá ser inadequado, pois é
possível ter-se espectros sonoros distintos que forneçam o mesmo nível de pressão
sonora total.
Resolução:
3.2. TESTES
1. O espectro sonoro fornece:
a) um registro do nível sonoro em função do tempo.
b) a energia sonora de um sinal acústico em cada instante.
c) a energia contida em um sinal acústico em certas freqüências.
d) o nível sonoro associado às freqüências contidas em um som.
e) o somatório dos tons puros por banda de oitava.
3. O espectro do ruído:
a) contém sempre tons puros.
b) contém sempre energia sonora na faixa de 100 a 1.000 Hz.
c) contém geralmente energia sonora em ampla faixa de freqüência.
d) contém sempre sobre-tons harmônicos.
e) contém sempre energia sonora na faixa de 500 a 4.000Hz.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Apresentar os instrumentos para a medida do ruído e a relação “custo-benefício”
associada aos diversos tipos de medidores disponíveis.
4.1. INTRODUÇÃO
O medidor de nível de pressão sonora, também conhecido como medidor de nível
sonoro ou sonômetro, é popularmente denominado de decibelímetro. Trata-se do
instrumento básico para medida do ruído, e que responde ao som aproximadamente da
mesma forma que o ouvido humano.
4.2. DETECTOR
A Figura 4.3 mostra um registro da pressão sonora de um tom puro em cada
instante, captada pelo microfone em um certo ponto do espaço. Por ser um tom puro, o
comportamento da pressão sonora é senoidal. Deseja-se extrair deste sinal, um valor
representativo de sua magnitude. O valor de pico corresponde à amplitude máxima do
sinal e é utilizado como uma medida de sons impulsivos. O valor de pico-a-pico não é
normalmente utilizado em medidas de ruído. O valor médio é utilizado em medições de
sinais elétricos em determinadas situações. O valor geralmente escolhido para
representar a magnitude de sinais acústicos é o valor eficaz, também conhecido como
valor RMS. A justificativa para esta escolha é que o valor eficaz é diretamente
proporcional à energia contida no sinal. O valor RMS de sinais senoidais é
aproximadamente igual a 70% do valor de pico.
Figura 4.4. Registro de Ruído com Indicação do Valor Eficaz da Pressão Sonora p RMS .
(Neste caso o valor RMS não é dado por 70% do valor de pico.)
p
L p 20 log rms , (dB).
p0
4.3. FILTRO
O medidor de nível sonoro fornece o nível de pressão sonora total de determinado
som. Freqüentemente há interesse em se conhecer como que a energia sonora distribui-
se em freqüências; ou seja, deseja-se conhecer o espectro sonoro. A função do filtro é
“deixar passar” a energia sonora em certas freqüências — gerando sinais relativamente
grandes, e “rejeitar” a energia sonora em outras freqüências — gerando sinais
relativamente pequenos. Os filtros são comumente descritos como passa - alta, passa -
baixa e passa-banda. Um dos parâmetros que caracterizam os filtros é a freqüência de
corte. O filtro passa - alta, passa as componentes espectrais do som com freqüências
acima da freqüência de corte, (rejeitando as componentes espectrais abaixo da
freqüência de corte); enquanto que o filtro passa - baixa, passa as componentes
espectrais abaixo da freqüência de corte, e rejeita as componentes espectrais acima da
freqüência de corte. O filtro passa-banda, passa as componentes espectrais do som entre
duas freqüências de corte.
Figura 4.5. Característica de Filtros Passa - Alta, Passa - Baixa e Passa-Banda, com
Indicação das Freqüências de Corte
Um outro parâmetro que caracteriza o filtro é o seu ganho. O ganho é o fator pelo
qual o filtro multiplica a amplitude do sinal de entrada. Um filtro com ganho de 0,5 reduz a
amplitude do sinal de saída à metade do valor da entrada.
A saída
Ganho em dB 20 log .
A entrada
Limite Limite
Limite Freqüência Limite Freqüência
Superior Superior
Inferior (Hz) Central (Hz) Inferior (Hz) Central (Hz)
(Hz) (Hz)
11 16 22 14,1 16 17,8
17,8 20 22,4
22,4 25 28,2
22 31,5 44 28,2 31,5 35,5
35,5 40 44,7
44,7 50 56,2
44 63 88 56,2 63 70,8
70,8 80 89,1
89,1 100 112
88 125 177 112 125 141
141 160 178
178 200 224
177 250 355 224 250 282
282 315 355
355 400 447
355 500 710 447 500 562
562 630 708
708 800 891
710 1.000 1.420 891 1.000 1.122
1.122 1.250 1.413
1.413 1.600 1.778
1.420 2.000 2.840 1.778 2.000 2.239
2.239 2.500 2.818
2.818 3.150 3.548
2.840 4.000 5.680 3.548 4.000 4.467
4.467 5.000 5.623
5.623 6.300 7.079
5.680 8.000 11.360 7.079 8.000 8.913
8.913 10.000 11.220
11.220 12.500 14.130
11.360 16.000 22.720 14.130 16.000 17.780
17.780 20.000 22.390
Quadro 4.1: Os níveis sonoros do ruído de uma fábrica foram medidos em bandas de
oitava, obtendo-se os valores indicados na linha 2 da tabela. Calcular os níveis sonoros A e C –
ponderados das bandas, e os níveis sonoros totais em dB (Lin.), dB (A) e dB(C). Plotar os
espectros sonoros em dB (Lin.), dB (A) e dB(C).
2 Nível Sonoro da 95 93 70 70 70 60 62 60
Banda, dB (Lin.)
Ponderação A
3 -26,2 -16,1 -8,6 -3,2 0 1,2 1,0 -1,1
(Tabela 4.2)
4 Nível da Banda A – 69 77 61 67 70 61 63 59
ponderado, dB (A)
Ponderação C
5 -0,8 -0,2 0 0 0 -0,2 -0,8 -3,0
(Tabela 4.2)
6 Nível de Banda C – 94 93 70 70 70 60 61 57
ponderado, dB (C)
Resolução:
A Figura 4.9 mostra os espectros de dois ruídos distintos que apresentam o mesmo
nível sonoro total em dB (Lin.). Os espectros A – ponderados mostram que estes ruídos
são subjetivamente percebidos como diferentes, apesar de apresentarem o mesmo nível
sonoro total em dB (Lin.). Este fato é também revelado pelos diferentes níveis A –
ponderados associados a estes espectros. Assim, a medição do nível sonoro total em dB
(Lin.) poderá ser ambígua para revelar a resposta subjetiva ao ruído. Por isto, quando se
deseja avaliar a sensibilidade do ouvido humano a determinado ruído através de número
único, deve-se utilizar os filtros ponderadores nas medições. É por este motivo que certos
medidores de nível sonoro mais simples não disponibilizam dB(Lin.), conforme foi dito
anteriormente.
Figura 4.9. Espectros Sonoros de Ruídos Distintos com o Mesmo Nível Sonoro Total em
dB(Lin.)
Figura 4.10. Indicação das Diversas Ponderações Temporais Para um Mesmo Sinal
Acústico
Impulso deve ser usado quando o som contiver impulsos, pois nestas
circunstâncias avalia-se melhor a possibilidade de lesões auditivas.
Algumas vezes é de interesse conhecer-se o maior nível sonoro que ocorre durante
uma medição. Neste caso, os medidores de nível sonoro são equipados com um
mecanismo de Retenção (Hold), que mantém a maior leitura até que o circuito de
retenção seja re-ativado.
O medidor de nível sonoro tem preço que varia em função dos recursos que este
oferece e de sua precisão. A precisão é dada pelo tipo de medidor (Norma IEC 651–
1979, ou Norma ANSI S1.4–1983). Os tipos, as precisões, os preços aproximados em
US$, e as aplicações típicas são as seguintes:
Tipo 0; 0,7 dB; > US$ 5.000,00; instrumento de referência padrão destinado
à calibração de outros medidores de nível sonoro.
Tipo 1; 1,0 dB; ~ US$ 5.000,00; instrumento de precisão para uso em
laboratório ou no campo onde as condições ambientais possam ser controladas.
Tipo 2; 1,5 dB; ~ US$ 500,00; instrumento destinado à medições em campo
em geral.
Tipo 3; 1,5 dB; ~ US$ 50,00; instrumento de avaliação apenas; utilizado, por
exemplo, para se ter uma idéia aproximada do nível sonoro em determinado
ambiente.
Figura 4.12. Analisador FFT para Laboratório e Módulo Portátil FFT Acoplado em
Computador Portátil
Figura 4.13. Espectro Sonoro do Ruído de um Motor Veicular de Quatro Cilindros a 3.000
RPM Obtido Via FFT
Quadro 4.2: A tabela apresenta dados parciais do espectro do ruído de serra circular
da Figura 4.14. Sintetizar o espectro obtido via FFT em bandas de 1/3–oitava
normalizadas. Discutir a exatidão do espectro sintetizado em baixas freqüências. Os
valores de freqüência central e seus intervalos, em parênteses, foram obtidos da tabela 4.1,
coluna para 1/3 - oitava.
Freqüência
Freqüência (Hz) L p (dB) dB Sintetizado
Central
93,75 83,24
100 Hz
100,00 71,29 83,5
(89,1 - 112)
106,25 56,79
112,50 54,35
118,75 55,42
125 Hz
125,00 55,54 62,6
(112 - 141)
131,25 55,59
137,50 56,81
143,75 56,27
150,00 55,99
160 Hz 156,25 56,35
(141 - 178) 162,50 62,25 70,1
168,75 64,95
175,00 66,20
181,25 73,53
187,50 70,31
193,75 57,68
200 Hz
200,00 55,78 75,7
(178 - 224)
206,25 59,06
212,50 61,45
218,75 60,33
espaçados, as bandas de 1/3–oitava mais baixas conterão poucos pontos FFT. Isto
Figura 4.15. Espectros sonoros de ruído, obtidos com diferentes analisadores. (1) Filtro
de oitava; (2) filtro de 1/3 oitava; (3) filtro de banda de porcentagem constante de 8% e
(4) FFT de 2 Hz. Os números únicos obtidos com um simples medidor de nível sonoro
estão indicados no canto superior direito. Nível sem ponderação: 57 dB(Lin.); nível A –
ponderado: 48 dB(A); nível B – ponderado: 52 dB(B); nível C – ponderado: 55 dB(C)
Tabela 4.3. Comparação Entre o Medidor de Nível Sonoro com Filtros e o Analisador
FFT.
Medidor de Nível Sonoro Analisador FFT
(com filtros de oitava)
produz muitos dados (necessário registro
dados mínimos (número reduzido de dados
para interpretar e manipular) em disco)
4.8. TESTES
1. No medidor de nível sonoro, a função do detector é:
a) filtrar a energia sonora em bandas de freqüência.
b) extrair o valor eficaz do sinal acústico.
c) pré-amplificar o sinal acústico.
d) variar a ponderação temporal.
e) captar o sinal acústico.
7. O risco de perda de audição devido a ruídos impulsivos é mais bem avaliado com
medições:
a) A - ponderadas na ponderação temporal Rápida.
b) A - ponderadas na ponderação temporal Impulso.
c) Linear- ponderadas na ponderação temporal Impulso.
d) C -ponderadas na ponderação temporal Rápida.
e) C – ponderadas na ponderação temporal Lenta.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Apresentar os fundamentos da anatomia do ouvido humano, dos mecanismos da
audição e do processamento do som pelo sistema auditivo.
5.1. INTRODUÇÃO
O ouvido humano é um órgão altamente sensível que nos capacita a perceber e
interpretar sons em uma ampla faixa de freqüências. Esta faixa, denominada de faixa de
freqüências de áudio, vai de 20 a 20.000 Hz. Sons abaixo de 20 Hz são denominados
infra-sons, e sons acima de 20.000 Hz de ultra-sons.
O mecanismo de audição é bastante complexo. Existem diversos aspectos da
audição que até hoje não são totalmente compreendidos. A extrema sensibilidade, e a
tolerância a níveis sonoros bastante elevados, são características realmente
impressionantes do sistema auditivo. Os dois ouvidos nos permitem escutar
estereofonicamente; isto é, nós podemos localizar a fonte sonora, já que os ouvidos
distinguem a fase do som que os atinge, proveniente de uma posição em particular. O
ouvido consiste essencialmente de três partes: o ouvido externo, o ouvido médio e o
ouvido interno.
Figura 5.14. Células Ciliadas Sadias (esquerda); Células Ciliadas Lesadas Por Ruído
(direita)
Toda vez que o ouvido humano é exposto a um nível sonoro de certa intensidade, o
limiar da audição do indivíduo é deslocado temporariamente, voltando ao normal passado
certo tempo depois de cessada a exposição. O tempo de recuperação da audição normal
depende do nível do ruído e da duração da exposição. Este tipo de perda de audição é
chamada de temporária Quando os níveis sonoros atingem certos valores de forma que a
energia acústica recebida pelo ouvido num dado espaço de tempo se torna excessiva,
ocorre um deslocamento permanente no limiar da audição.
A perda da sensibilidade auditiva pode ser avaliada por meio do audiograma, que é
um teste para determinação do limiar de audibilidade em várias freqüências. A Figura
5.15 mostra como evolui a perda da sensibilidade auditiva causada por exposições
prolongadas a níveis de ruído elevados. Como se pode notar, a perda de audição se faz
anunciar por redução acentuada em 4.000 Hz. Esta redução independe do conteúdo em
1
Fletcher, H. and Munson, W.A.; Loudness its definition, measurement and calculations; Journal of
the Acoustical Society of America, 5 (1933) 82-108.
Quadro 5.1.
Determinar:
Resolução:
c) 100 dB.
5.7. TESTES
1. O ouvido humano subdivide-se em:
a) martelo, bigorna e estribo.
b) orelha, conduto auditivo e tímpano.
c) canal vestibular, canal timpânico e canal coclear.
d) ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.
e) orelha, ouvido, canal e tímpano.
5. As células ciliadas emitem impulsos elétricos que são enviados ao cérebro pelo:
a) canal vestibular.
b) canal coclear.
c) canal timpânico.
d) nervo auditivo.
e) células ciliadas.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Apresentar critérios e normas para avaliar o ruído em ambientes diversos e
comunidades, e particularmente avaliar o risco de perda de audição em ambientes de
trabalho ruidosos.
6.1. INTRODUÇÃO
Níveis sonoros ponderados (totais ou em bandas de freqüência) são as medidas
mais básicas e elementares para avaliar o grau de perturbação causado por ruídos
estacionários nas pessoas. Quase a totalidade das normas e legislações requererem a
medição do nível sonoro A - ponderado independente do nível sonoro. Embora a
audibilidade de altos níveis sonoros esteja mais correlacionada com medições C–
ponderadas, considera-se que a perturbação e o risco da perda de audição são melhor
avaliados com medições A - ponderadas.
Tabela 6.1. Número de vezes e porcentagem do tempo em que o nível sonoro registrado
na figura esteve nas faixas de 5dB (A) indicadas
Intervalo do Nível de Número de Ocorrências Porcentagem do tempo
Ruído dB (A)
56-60 2 10%
61-65 8 40%
66-70 4 20%
71-75 2 10%
76-80 3 15%
81-85 1 5%
O valor de L10 é portanto 75 + 3,3 = 78,3 dB (A). Ou seja, o nível de ruído excede
78,3 dB (A) em 10% do tempo da medição; ou 10% da Área se deve a níveis sonoros
superiores (à esquerda de) 78,3 dB (A).
Geralmente, os níveis estatísticos são obtidos com registros superiores a 20s, e
portanto mais do que 20 níveis sonoros são utilizados nos cálculos. Dependendo da
situação, pode-se registrar níveis sonoros em intervalos de tempo maiores que 1s; por
exemplo, em intervalos de 10s durante um período que pode variar, digamos, de 1/4 de
hora a 1 hora.
Os níveis sonoros estatísticos são critérios geralmente utilizados para avaliar ruídos
de sistemas de transporte tais como de tráfego de veículos, de sobrevôos de aeronaves e
de linhas ferroviárias. A Administração Federal de Rodovias dos EUA (“Federal Highway
Administration” FHWA), adota o L10 como grandeza para avaliar o ruído em lotes de
terra destinados à residências. O nível critério em áreas onde há necessidade de
tranqüilidade, tais como aquelas destinadas a atividades de lazer é L10 = 60 dB (A). Para
áreas residenciais, escolas e similares, o nível critério é L10 = 70 dB (A). Os projetos de
rodovias nos EUA que necessitam de aprovação em nível federal, devem atender a estes
critérios de níveis sonoros.
1 T L ( t ) / 10
L eq 10 log 10 p dt dB.
T 0
N L / 10
L eq 10 log fi 10 pi dB,
i 1
onde fi é a fração do tempo em que o nível sonoro assumiu o valor do i-ésimo intervalo,
L pi .
Por exemplo, digamos que o nível sonoro durante 10 minutos foi de 60 dB (A), e 70
dB (A) durante os 10 minutos seguintes. No período de 20 minutos o nível sonoro
equivalente, de acordo com a equação será dado por
Os dados do histograma da Figura 6.4 poderão ser tabelados, com o nível central
da i-ésima faixa do histograma, caracterizando uma determinada faixa de níveis sonoros.
Assim, L p1 53 dB (A), caracteriza a faixa de níveis sonoros entre 51 e 55 dB (A),
L p2 58 dB (A), caracteriza a faixa de níveis sonoros entre 56 e 60 dB (A), etc.
Número de Medidas no
L pi ; dB( A ) Fração do Tempo, fi (%)
Intervalo
53 9 5
58 13 7,2
63 33 18,3
68 70 38,9
73 39 21,7
78 15 8,3
83 1 0,6
(L10 L 90 )2
L eq L 50 ;
60
(L10 L 50 )2
L eq L 50 .
15
Quadro 6.2: O histograma da figura 6.5 refere-se a ruído de tráfego, e foi obtido
entre as 14hs15 e as 16hs15. Calcular: L90, L50, L10, associados a este histograma e
estimar Leq a partir destes níveis sonoros estatísticos.
Resolução:
nível sonoro 77,5 dB (A), uma área de 25 unidades é obtida da seguinte forma: (2,5 x
1) + (y x 12) = 25. Portanto y = (25 – 2,5) /12 1,9 dB (A). Assim temos:
nível sonoro de 77,5 dB (A), uma área de 125 unidades é obtida da seguinte forma:
(2,5 x 1) + (2,5 x 12) + (2,5 x 31) + (y x 37) = 125. Portanto y = (125 – 110) /37 0,4 dB
L50= 77,5 + 2,5 + 2,5 + 2,5 + 0,4 = 85, 4 dB (A). Observar que o nível de ruído
nível sonoro de 77,5 dB (A), uma área de 225 unidades é obtida da seguinte forma:
(2,5 x 1) + (2,5 x 12) + (2,5 x 31) + (2,5 x 37) + (y x 14) = 225. Portanto y = (225 –
ou:
Tabela 6.2. Nível critério de avaliação NCA para ambientes externos, em dB (A) (NBR
10151)
A Tabela 6.4, fixa as curvas NC que devem ser atendidas pelo ruído ambiente em
diversos locais. Nesta tabela encontram-se também listados a faixa dos níveis sonoros
totais A– ponderados correspondentes à faixa de curvas NC listadas.
As curvas de avaliação de ruído (NC) devem ser utilizadas com bom senso. Por
exemplo, a curva NC de um espectro com forte presença de ruído de baixa freqüência
pode ser ignorada, adotando-se no seu lugar a curva NC que é atendida pelo espectro
nas faixas de oitava acima de 250 Hz, quando o ambiente é destinado à comunicação
oral (salas de conferências, de reunião, de aula, etc.), pois esta é a faixa de freqüências
mais importante para a inteligibilidade da fala. Um espectro sonoro com tais
características, poderá ser indesejável sob o ponto de vista do conforto acústico, devido a
uma presença excessiva de baixas freqüências, sem contudo afetar significativamente a
inteligibilidade da fala.
Considera-se que as curvas de avaliação de ruído (NC) não avaliam
adequadamente a qualidade sonora em ambientes que são servidos por sistemas de
ventilação e ar condicionado. Uma determinada curva NC recomendada poderá estar
sendo atendida em certo local onde a principal contribuição do ruído medido é aquele
proveniente do sistema de ar condicionado. Apesar disso, o ruído ambiente poderá ser
subjetivamente julgado como “retumbante” (excesso de ruído de baixas freqüências) ou
“assobiante” (excesso de ruído de altas freqüências), ou ambos. A fim de melhor avaliar
situações com estas características, foram mais recentemente criados dois critérios de
avaliação que levam em consideração as características das bandas extremas do
espectro sonoro.
Tabela 6.4. Curvas de avaliação de ruído (NC) recomendadas pela NBR 10152 e níveis
sonoros A – ponderados correspondentes
Locais DB (A) NC
Hospitais
Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centros cirúrgicos 35 – 45 30 – 40
Laboratórios, Áreas para uso do público 40 – 50 35 – 45
Serviços 45 – 55 40 – 50
Escolas
Bibliotecas, Salas de música, Salas de desenho 35 – 45 30 – 40
Salas de aula, Laboratórios 40 – 50 35 – 45
Circulação 45 – 55 40 – 50
Hotéis
Apartamentos 35 – 45 30 – 40
Restaurantes, Salas de estar 40 – 50 35 – 45
Portaria, Recepção, Circulação 45 – 55 40 – 50
Residências
Dormitórios 35 – 45 30 – 40
Salas de estar 40 – 50 35 – 45
Auditórios
Salas de concertos, Teatros 30 – 40 25 – 30
Salas de conferências, Cinemas, Salas de uso múltiplo 35 – 45 30 – 35
Restaurantes 40 – 50 35 – 45
Escritórios
Salas de reunião 30 – 40 25 – 35
Salas de gerência, Salas de projetos e de administração 35 – 45 30 – 40
Salas de computadores 45 – 65 40 – 60
Salas de mecanografia 50 – 60 45 – 55
40 – 50 35 – 45
Igrejas e Templos (Cultos meditativos)
Figura 6.7. Gráfico Para Determinação da Distância Para Comunicação Face –a -Face
em Ambientes Ruidosos
PAIR pn Te
Te1
pn2 p1n Te1
2
ou
p 2 21 / n p1
p2
q 20 log 20 log(21 / n )
p1
PAIR p 2 Te
Tabela 6.6. Limites de tolerância para ruído ocupacional de acordo com a legislação da
maioria dos países europeus, dos EUA (OSHA) e do Brasil (NR-15 da CLT)
85 90 85 8
88 95 90 4
91 100 95 2
94 105 100 1
8,0
7,5
7,0
Tempo de Exposição Diário Tolerado, Horas
6,5
6,0 Europa
OSHA
5,5
CLT
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
80 85 90 95 100 105 110 115 120
Nível de Ruído, dB(A)
Figura 6.8. Limites de Tolerância para Ruído Ocupacional: Países da Europa, OSHA e
CLT
Estas curvas foram geradas utilizando-se a seguinte formula:
8
Tt (Le Lcrit. ) / q
2
é de impacto ou impulsivo. Esta mesma norma entende por ruído de impacto aquele que
apresenta picos de nível sonoro de duração inferior a um segundo, a intervalos
superiores a um segundo. A NR-15 da CLT estabelece como limite de tolerância para
ruído de impacto o valor de 130 dB(Lin.), medido na ponderação temporal “Impacto”. Na
ausência desta, a NR-15 da CLT informa que poderá ser medido o nível sonoro C –
ponderado, na ponderação temporal “Rápida”. Neste caso, o limite de tolerância será de
120 dB(C).
Um critério para avaliação de ruídos de impacto, ou impulsivos, que leva em
consideração o número de eventos desta natureza, é aquele estabelecido pela Norma
NHO 01 da Fundacentro “Avaliação da exposição ocupacional ao ruído”. De acordo com
esta Norma, o limite de exposição diária ao ruído de impacto é determinado pela
expressão:
Np 160 10 log(n)
C1 C 2 C3 C
n
T1 T2 T3 Tn
Te (Leq Lcrit. ) / q
D 2 100%
8
Assim, o nível equivalente pode ser interpretado como o nível de ruído estacionário
que gera a mesma dose que o ruído real.
O nível equivalente L eq , poderá ser obtido a partir da dose de ruído D(%), através
da seguinte expressão:
10 q 8 D(%)
L eq log L crit.
3 e
T 100
Quadro 6.3: Nas questões a seguir, assumir que os parâmetros das dosimetrias
são aqueles estabelecidos pela NR–15 da CLT; ou seja: Lcrit.= 85 dB(A) e q = 5 dB.
Te = 8 horas
D = 300%
Te = 4 horas
D = 67
Te = 8 horas
b) Para quanto deve ser reduzido o tempo de exposição a fim de que o limite de
dose diária de 100% não seja ultrapassado?
6.9. TESTES
1.Classificar os seguintes ruídos quanto ao comportamento temporal: transformador
de sub-estação de energia elétrica; ruído industrial; ruído de tráfego aéreo.
a) estacionário, estacionário, estacionário.
b) estacionário, não estacionário, não-estacionário.
c) não estacionário, não estacionário, não-estacionário.
d) não estacionário, estacionário, não-estacionário.
e) estacionário, não estacionário, estacionário.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Calcular o nível de potência sonora de algumas máquinas e equipamentos
notoriamente ruidosos.
7.1. INTRODUÇÃO
Para estimativas de níveis de pressão sonora, necessita-se conhecer os níveis de
potência sonora das fontes em questão. Este é o caso, por exemplo, quando se deseja
determinar o nível de pressão sonora gerado pelo maquinário que opera em determinado
ambiente industrial. Assim, será possível adotar-se medidas preventivas ainda na fase de
projeto, que a experiência tem demonstrado, é muito mais eficaz, evitando-se os custos e
transtornos para resolver problemas de ruído após a implantação da nova instalação.
DI L p L pEsf
L p L Wo 11 dB
Tabela 7.1.: Potência sonora específica CF (dB re. 10-12 Watts) e incremento de
freqüência da pá BFI para vários tipos de ventiladores.(a)
Tipo de Ventilador Freqüência Central da Banda de Oitava (Hz)
63 125 250 500 1.000 2.000 4.000 8.000 BFI
Aerofólio
e
Limit Load
Centrífugo
Acima de 0,9 m 32 32 31 29 28 23 15 7 3
Abaixo de 0,9 m 36 38 36 34 33 28 20 12 3
Sirocco 47 43 39 33 28 25 23 20 2
Acima de 1m 45 39 42 39 37 32 30 29 8
Entre 0,5 e 1m 55 48 48 45 45 40 38 37 8
Radial
Abaixo de
63 57 58 50 44 39 38 37 8
0,5m
Axial com Aletas Fixas
Acima de 1 m 39 36 38 39 37 34 32 22 6
Abaixo de 1 m 37 39 43 43 43 41 38 32 6
Axial Tubular (s/
Aletas) 41 39 43 41 39 37 34 27 5
Axiai
Acima de 1 m
40 41 47 46 44 43 37 35 5
Abaixo de 1m
Hélice (Torre de
Resfria/.)
Diâmetro do Hélice 48 51 58 56 55 52 46 44 5
Abaixo de 3,5 m
Acima de 3,5 m 56 57 56 55 55 52 48 46 5
(a)
Os valores listados referem-se à potência sonora específica irradiada pela entrada ou saída do ventilador. Adicionar 3
dB aos valores listados, para obter a potência sonora específica total irradiada.
Resolução:
Inserir Q = 0,237 m3/s , P = 125 Pa e E = 90% na fórmula:
Tabela 7.3.: Níveis de pressão sonora em bandas de oitava a 1m, em função da potência
de compressores de ar pequenos e médios.
Tabela 7.4.: Correções para estimativa dos níveis de potência sonora em bandas de
oitava do ruído irradiado por grandes compressores.
Correção (dB)
Freqüência Central da Compressores Compressor Compressor
Banda de Oitava (Hz) Rotativos e Centrífugo — Centrífugo —
Alternativos Carcaça Admissão de Ar
31,5 11 10 18
63 15 10 16
125 10 11 14
250 11 13 10
500 13 13 8
1.000 10 11 6
2.000 5 7 5
4.000 8 8 10
8.000 15 12 16
Tabela 7.5.: Correções em dB a serem subtraídas do nível total para obter o nível de
potência sonora em bandas de oitava do ruído de torres de resfriamento
Acima de 40 kW
L p 10 logkW 15 logRPM 28 dB
Tabela 7.9.: Correções em dB a serem subtraídas do nível sonoro total, para estimativa
dos níveis sonoros em bandas de oitava de pequenos motores elétricos
Correções em (dB)
Freqüência Central da Motor Totalmente
Motor a Prova
Banda de Oitava (Hz) Enclausurado e Motor com
de Respingos
Ventoinha
31,5 14 9
63 14 9
125 11 7
250 9 7
500 6 6
1.000 6 9
2.000 7 12
4.000 12 18
8.000 20 27
LW = NR + 10 log S + C dB
onde NR é a classificação da Norma No.TR 1-1993 (R2000) da NEMA (National Electrical
Manufacturers Association) quanto à geração de ruído,
S é a área da superfície equivalente do transformador (obtida a partir da área do
tanque do transformador) em m 2, e
C é a correção listada na Tabela 7.12 para cada banda de oitava.
obtendo: LW = 74 + 10 log 80 + C dB = 93 + C dB
7.11. TESTES
1. A potência sonora é suficiente para caracterizar acusticamente uma fonte
sonora?
a) Não, se a fonte for direcional.
b) Não, se a fonte irradiar ruído.
c) Sim, se a fonte irradiar ruído.
d) Não, se a fonte for um alto-falante.
e) Sim, se a fonte for direcional.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Entender os mecanismos da propagação sonora em ar livre, e equacionar os
principais fatores de atenuação.
8.1. INTRODUÇÃO
A Figura 8.1 ilustra os mecanismos mais significativos da propagação sonora em ar
livre. O nível sonoro se reduz com a distância a medida que o som diverge da fonte, a
qual poderá ser direcional. A absorção sonora do ar atmosférico atenua o som ao longo
de sua trajetória. Reflexões no solo interferem com o som direto, causando atenuação ou
(menos freqüentemente) amplificação. Áreas densamente arborizadas conferem
atenuação adicional ao som, assim como barreiras naturais e artificiais. O espalhamento
do som na copa de árvores poderá reduzir a eficácia de barreiras artificiais. Gradientes
verticais de vento e de temperatura refratam (“curvam”) as trajetórias sonoras para cima e
para baixo, gerando regiões de “sombra“ sonora, alterando a interferência com o solo, e
modificando a efetividade das barreiras sonoras.
Quadro 8.1. A Figura 8.2. ilustra uma residência vizinha a uma subestação de
transformação de energia elétrica. Esta residência está sujeita ao ruído gerado por dois
grandes transformadores. Um com potência de 40 MVA e tensão de 138 kV, e outro com
potência de 60 MVA e tensão de 88 kV. O nível de potência sonora em bandas de oitava
do transformador de 40 MVA/138 kV foi calculado na Nota 7.1. O nível de potência
sonora do transformador de 60 MVA/88 kV é maior nas bandas de 1, 2 e 4 kHZ, devido
ao sistema de ventilação forçada deste transformador. Nestas bandas, o nível de
potência sonora é respectivamente 4, 3 e 2 dB maior do que o transformador de 40
MVA/138 kV. Considerando apenas os efeitos da divergência da onda e da presença do
solo próximo aos transformadores, determinar o nível de pressão sonora total A–
ponderado na residência.
Resolução:
temos que
Dlθ = 0 dB. Como se trata de radiação hemi-esférica, o ângulo sólido para livre
8.1, bem como os níveis de pressão sonora gerados na residência por cada
LW (dB)
Transformador
40MVA/138 kV
92 98 100 95 95 89 84 79 72
(Calculado na Nota 7.1)
Lp (r 140m) (dB) 41 47 49 44 44 38 33 28 21
Ganho do Filtro A (dB) -39,4 -26,2 -16,1 -8,6 -3,2 0 1,2 1,0 -1,1
L pA = 44 dB(A)
transf.1
LW 92 98 100 95 95 93 87 81 72
Transformador
(dB)
60MVA/88 kV
Lp (r 140m) (dB) 41 47 49 44 44 42 36 30 21
Ganho do Filtro A -
-26,2 -16,1 -8,6 -3,2 0 1,2 1,0 -1,1
(dB) 39,4
L pA = 46 dB(A)
transf.2
Reverberação
Urbana Amplificação sonora Com edificações de
devida a múltiplas no mínimo 10 m de
Todas —
reflexões em altura em ambos os
desfiladeiros urbanos. lados da rua.
Quadro 8.2. (a) A Figura 8.5 ilustra um possível problema de poluição sonora ambiental,
onde a descarga de vapor de uma planta petroquímica na atmosfera, a uma altura de 30
m , poderá perturbar a comunidade que habita o seu entorno. O jato de alta pressão,
gera níveis de potência sonora em bandas de oitava conforme Tabela 8.4. Determinar o
nível sonoro A–ponderado no receptor, que dista 700 m da extremidade da tabulação de
descarga, sabendo-se que a atmosfera encontra-se quiescente, à temperatura de 25º C,
e umidade relativa de 50 %. Discutir o resultado em face da NBR 10151.
Resolução:
assim, o nível sonoro para cada banda de oitava será dado por:
Tabela 8.4. Níveis de Potência Sonora do Ruído Gerado Pela Descarga do Jato de Vapor
na Atmosfera
Freqüência Central LW
da Banda de Oitava b
(Hz) (dB)
31,5 101
63 116
125 118
250 114
500 116
1.000 113
2.000 111
4.000 103
8.000 98
Quadro 8.2.(b)
Resolução:
(até 5 dB) ao espectro de fonte típica. Nesta tabela, valores entre parêntesis
dB(A).
r
A grama 10 G log 0,
15 m
h ef
onde 0 G 0,751 0,66 , e hef é a altura efetiva dada por
12,5 m
1
h hR , sem barreira interveniente
2 S
h ef
1 h h h , com barreira interveniente
2
S R B
2π N
20 log 5 0 fora da sombra
tanh 2π N
A barreira
20 C log 2π N
5 0 dentro da sombra
1
tanh(C2 2π N )
Obs: tanh é a tangente hiperbólica.
O receptor está fora da sombra quando ele é capaz de visualizar a fonte, e dentro
da sombra quando a sua visão da fonte é obstruída pela barreira.
Os parâmetros que aparecem nesta equação, inclusive o número de Fresnel N, e
as constantes C1 e C2 , encontram-se definidos na Figura 8.7. Observe-se que a barreira
não necessita estar perpendicular ao segmento que une a fonte ao receptor para validade
desta fórmula.
A atenuação da barreira encontra-se plotada na Figura 8.7., com diferentes valores
para os parâmetros C1 e C2. Nesta figura, a atenuação da barreira encontra-se plotada
em função da raiz quadrada do número de Fresnel N. Esta raiz quadrada, é
aproximadamente proporcional à altura efetiva da barreira h b,ef, que é a altura da barreira
acima da linha de visão. Observe-se na Figura 8.7 que a atenuação da barreira aumenta
a medida que: (1) a altura efetiva da barreira aumenta e (2) a barreira aproxima-se da
fonte ou do receptor.
Para estimativas mais conservadoras (menor atenuação), utilizar as curvas
tracejadas no lugar das curvas sólidas. O número de Fresnel N é adimensional;e é o
comprimento de onda. As constantes C1 e C2 diferem para fonte pontual/linha e
opcionalmente para estimativas normais/conservadoras. O inserte superior define os
parâmetros geométricos associados à barreira/fonte/receptor. O inserte inferior apresenta
a atenuação adicional para algumas características físicas específicas de barreiras.
Normalmente, a fórmula acima apresentada é aplicada no cálculo da atenuação de
tons puros No entanto, esta fórmula poderá ser utilizada para o cálculo da atenuação dos
níveis sonoros A–ponderados, com a utilização de uma freqüência “efetiva” da fonte.
Verificou-se que a atenuação do nível total A–ponderado do espectro de fonte típica,
quando calculada banda por banda, é igual à atenuação de tons puros em 500 – 1.000
Hz. Em outras palavras, o nível sonoro total A–ponderado do espectro de fonte típica é
reduzido do valor de atenuação obtido com o número de Fresnel calculado com valores
de na faixa de 0.34 – 0.67 m.
Figura 8.7. Atenuação de Barreira Acústica para Fonte Pontual e em Linha (Tráfego em
Rodovia)
Nesta fórmula, min ( FL , F) é o valor mínimo entre FL e F. Aqui FL é a fração do
comprimento linear bloqueada pelas edificações, calculada através de li /L , onde li e L
estão indicados na Figura 8.8. Similarmente, F é a fração angular bloqueada pelas
edificações, calculada através de
θ i /θ , onde i e estão também indicados na Figura
8.8.
Nesta fórmula, ILbarreira é a perda por inserção considerando que a fileira de
edificações se trata de uma barreira contínua (sem aberturas).
O valor de atenuação máxima de 10 dB indicado, baseia-se na experiência
adquirida em campo.
Figura 8.8. Parâmetros a Serem Utilizados no Cálculo da Atenuação Conferida por Uma
Única Fileira de Edificações Interveniente Entre a Fonte e o Receptor
1/3
rv egetação
f densa
A v egetação 6...10 10 dB
densa 1kHz 100 m
Antes de utilizar esta fórmula, certificar-se de que: (1) a área com vegetação seja
densamente ocupada com árvores, e que possua arbustos que impeçam a visão da fonte
pelo receptor, e (2) as árvores se elevem a pelo menos 5 m acima da linha de visão.
Mesmo quando medições objetivas indicam que não há atenuação significativa
causada pela vegetação, muitas pessoas afirmam que a vegetação torna o meio
ambiente mais silencioso. Talvez a razão seja puramente psicológica: as pessoas gostam
de árvores; as árvores tornam o ambiente menos inóspito. Adicionalmente, talvez a
sensibilidade auditiva possa perceber nuanças que os medidores de nível sonoro não
conseguem captar.
As folhagens de árvores espalham significativamente os sons de alta freqüência,
que transmitem a idéia de “aspereza mecânica”, e portanto tendem a reduzir esta
sensação auditiva negativa, sem contudo ter havido redução do nível sonoro A–
ponderado. O espalhamento sonoro provocado pelas árvores gera uma reverberação na
área coberta com vegetação, mascarando as asperezas e sons impulsivos que tendem a
ser perturbadores. Ambos os mecanismos alteram para melhor a “qualidade” do som
percebido, sem contudo alterar o nível sonoro A–ponderado. Adicionalmente, o
movimento das folhagens pela ação de ventos, produz sons agradáveis, que mascaram
parcialmente os sons mais perturbadores.
r
2
AMP rev erb 10 log1 (1 ) R
r 2d f achada
onde R é dado por
hedif icação
R 4 3
w v ia
Estas fórmulas são aplicáveis quando o vento sopra no sentido da fonte ao receptor
a uma velocidade em torno de 5 m/s, medida a 3 m acima do solo. O efeito do vento é
proporcional à sua velocidade. Ventos de maior velocidade produzem efeitos mais
severos. Em estimativas conservadoras, recomenda-se utilizar o módulo do vetor
velocidade no lugar do módulo de sua componente na direção de interesse, caso esta
direção varie de menos de 45º.
Os efeitos dos gradientes de temperatura e de velocidade do vento são altamente
variáveis com o tempo devido à turbulência atmosférica. Assim, é arriscado contar com
atenuações permanentes geradas por gradientes negativos. Alguns métodos de predição
de impacto ambiental devido ao ruído, requerem que as estimativas sejam feitas sob
condições de propagação sonora a favor do vento, onde ocorre redução de perda por
inserção da barreira, da atenuação de solos macios e de áreas cobertas com vegetação.
A atenuação média causada por ventos e temperatura, A média, em condições de
propagação variável contra e a favor do vento, poderá ser estimada à distância r entre
fonte-receptor, para receptores com alturas de pelo menos 4 m, através de
3
A média
10
.
5
m /r 2 1,6
2
Tabela 8.7. Sumário das principais interações entre os mecanismos de atenuação mais
significativos da propagação sonora em ar livre
Calcular Desconsiderar
Desconsiderar
A barreira gradientes em gradientes em Desconsiderar Vento/
áreas com Temp.
Somar Somar com C2 edificações; gradientes em
vegetação;
efeitos. efeitos. igual a somar efeitos áreas
somar efeitos
1,77 ou na distância urbanas.
na distância
2,15. remanescente.
remanescente.
Limitar IL
Ignorar
da Desconsiderar Reverberação
atenuação Urbana
barreira atenuação da
Somar do solo
em 5 – Somar efeitos. vegetação em
efeitos. macio em
10 dB áreas
áreas
em áreas urbanas.
urbanas.
urbanas.
Usar o Usar o Vegetação
Usar o maior Densa
Somar maior no maior no
no lugar da
efeitos. lugar da lugar da
soma.
soma. soma.
Usar o Usar o Edificações
Somar maior no maior no
efeitos. lugar da lugar da
soma. soma.
Computar
IL da
barreira, e Barreira
Somar não
efeitos. somente a
atenuação
da
barreira.
Solo
Somar Macio
efeitos.
Absorção
Atmosférica
Planta
Corte
63 114 –2
125 116 –3
250 118 –1
500 116 –3
1.000 114 –3
2.000 113 –3
4.000 109 –3
8.000 99 –1
Quadro 8.3. (a): Uma mineradora possui uma instalação de trituração de pedras com
dimensões de 50 x 5 x 7,5 m. A principal fonte de ruído da instalação é o triturador, o
qual poderá ser considerado como uma fonte sonora pontual, com centro de emissão
sonora conforme indica o esquema da Figura 8.10. O triturador normalmente opera
ininterruptamente, gerando ruído estacionário, com níveis de potência sonora conforme
Tabela 8.8. Encontram-se também indicados nesta tabela, os índices de direcionalidade
a 110º com relação ao eixo que passa pelo centro da instalação, que é a direção onde se
situa o receptor. Pede-se determinar: a) o nível de pressão sonora no receptor; b) o nível
de pressão sonora no receptor após a inserção de uma barreira com 8,5 m de altura, na
posição indicada no esquema da Figura 8.10. Considerar a atmosfera quiescente, à
temperatura de 25º C, e umidade relativa de 50 %.
Dlθ = Dl110°. Assim, o nível sonoro para cada banda de oitava será dado por:
macio (caso a); mais atenuação da barreira (caso b). Estas atenuações serão
resultando em:
similar (até 5 dB) ao espectro de fonte típica. Nesta tabela, valores entre da
referem-se aos intervalos de valores para uma fonte ser similar a uma fonte típica.
aqui calculadas.
Freqüência Central LW
L p (r=200 m, Ganho do Filtro Lp
b DI à b bA
da Banda de Oitava θ =110º) A
(dB) 110º
(Hz) (dB) (dB) (dBA)
63 114 –2 58 -26,2 31,8
125 116 –3 59 -16,1 42,9
250 118 –1 63 -8,6 54,4
500 116 –3 59 -3,2 55,8
1.000 114 –3 57 0 57
2.000 113 –3 56 1,2 57,2
4.000 109 –3 52 1,0 53
8.000 99 –1 44 -1,1 42,9
Nível Sonoro A–Ponderado (Lpa) 63 dB(A)
Resolução:
Caso a:
macio a partir desta distância. Portanto o solo é macio a uma distância r = 125 m.
básica).
63 – 1 – 4 = 58 dB(A).
(altura do receptor = 5 m)
entre 500 e 1.000 Hz. Na tabela 8.10, verifica-se que o nível sonoro A–ponderado da
banda de 1.000 Hz é maior que aquele da banda de 500 Hz. Como entre estas duas
fonte pontual.
8.13. TESTES
1. A divergência da onda provoca para fontes pontuais e em linha uma redução do
nível de pressão sonora para cada duplicação da distância fonte-receptor de:
a) 6 e 3 dB, respectivamente.
b) 3 e 6 dB, respectivamente.
c) 0 e 3 dB, respectivamente.
d) 6 e 0 dB, respectivamente.
e) 0 e 6 dB, respectivamente.
3. Quando uma fonte sonora está sobre solo duro reflexivo, o ângulo sólido para
livre propagação é:
a) 0.
b) 2 .
c) 4 .
d) / 2 .
e) / 4 .
OBJETIVOS DO ESTUDO
Obter coeficientes de absorção tendo o conhecimento dos materiais que revestem
uma superfície. Determinar tempos de reverberação.
9.1. INTRODUÇÃO
A acústica aplicada a ambientes fechados é chamada de Acústica de Salas. Esta
denominação tem na realidade sentido mais amplo, pois trata da acústica em qualquer
recinto fechado, quer este seja uma sala propriamente dita, um auditório, um estúdio de
gravação, um grande galpão industrial, ou uma pequena oficina.
Os problemas causados pelo ruído em recintos incluem o risco da perda de audição
numa indústria, a redução da inteligibilidade da fala numa sala de aula, a dificuldade de
concentração numa biblioteca, a perturbação do sono num dormitório, a dificuldade de
comunicação numa sala de estar, etc.
Em campo livre, como indica o próprio nome, a propagação sonora se dá de forma
livre, sem obstrução. Já em recintos, a propagação sonora sofre interferência das
superfícies que delimitam o recinto — paredes, teto e piso. Quando o som incide nestas
superfícies, a energia sonora incidente é parcialmente refletida, sendo a parcela
remanescente absorvida pela superfície. Uma medida da capacidade de absorção de
energia sonora de superfícies é dada pelo coeficiente de absorção sonora, , o qual é
definido da seguinte forma:
Iabsorv ida Iincidente Iref letida I
1 ref letida ,
Iincidente Iincidente Iincidente
onde Iabsorv ida é a intensidade sonora absorvida; ou seja, energia sonora absorvida por
unidade de tempo (Energia Sonora/Tempo = Potência Sonora), e por unidade de área de
área da superfície (Potência Sonora/Área = Intensidade Sonora),
Iref letido é a intensidade sonora do som refletido, e
Iincidente é a intensidade sonora do som incidente.
Iref letida
,
Iincidente
Das duas fórmulas de definição acima, verifica-se então que: 1 . Assim,
1 e 0 para uma superfície totalmente absorvente ( Iref letida 0 ); 0 e
1 para uma superfície totalmente reflexiva ( Iref letida Iincidente ).
Parte da intensidade sonora absorvida degrada-se em calor no meio material do
qual a superfície é constituída, e a outra parte é re-irradiada pela face da superfície
oposta àquela do som incidente. Esta parcela re-irradiada é a intensidade sonora
transmitida, Itransmitida . Associado à intensidade sonora transmitida, define-se o
coeficiente de transmissão sonora, , da seguinte forma:
Itransmitida
.
Iincidente
Figura 9.4. Fatores que Influenciam a Absorção Sonora de Materiais Fibrosos e Porosos
Densidade,
Espessura,
30
ISOVER – Santa Marina
kg/m³
50 0,17 0,62 0,90 1,08 1,07 0,97 0,92
mm
Placa de Lã de Vidro
Aglomerada 25 0,05 0,27 0,68 0,94 1,03 1,05 0,73
60
Fibroso
Espessura,
32
THERMAX - RockFibras
kg/m³ 100 0,85 0,98 1,10 1,11 1,09 1,18 1,07
mm
Manta de Lã de Rocha
Basáltica 50 0,50 0,59 0,91 1,05 1,06 1,06 0,90
64
100 0,87 1,23 1,19 1,15 1,12 1,10 1,17
40 0,06 0,19 0,38 0,52 0,48 0,65 0,39
Espessura,
ESPUMEX - Acústica São Luiz 60 0,10 0,28 0,49 0,53 0,47 0,82 0,44
mm
Espuma Flexível de Poliuretano 35 0,06 0,20 0,45 0,71 0,95 0,89 0,58
mm
Poliéster
(com retardadores de chama) 50 0,07 0,32 0,72 0,88 0,97 1,01 0,72
Densidade: 32 kg / m3 75 0,13 0,53 0,90 1,07 1,07 1,00 0,89
* Valores indicativos. Utilizar sempre coeficientes de absorção sonora fornecidos pelo fabricante.
Tabela 9.2. Correções a serem aplicadas nos coeficientes de absorção sonora obtidos
em câmara reverberante, com amostras de tamanho limitado, para aplicações em áreas
muito maiores e extensas do que a da amostra.
A sup . S , m 2 (Sabine)
N
A sup .rec int o i Si
i 1
onde A sup .rec int o é a absorção sonora das superfícies do recinto (paredes, teto e piso),
A div ersos é a absorção sonora de pessoas e mobiliário presentes no recinto, e
A ar é a absorção sonora do ar ambiente.
Criança sentada, incluindo a cadeira 0,17 0,21 0,26 0,30 0,33 0,37
Músico de orquestra com instrumento 0,40 0,85 1,15 1,40 1,30 1,20
Cadeira de madeira, simples, vazia ou pequena
0,01 0,01 0,01 0,02 0,04 0,05
mesa
Cadeira de palhinha 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
c S
f0
2 L' V
onde L é o comprimento
S a área da seção transversal do pescoço, respectivamente,
V é o volume, e
L' é o comprimento efetivo do pescoço dado por
L' L 1,7a (para boca flangeada)
1,2
0,8
0,6
0,4
0,2
0
125 250 500 1k 2k 4k
Frequência Central da Banda de Oitava, Hz
Figura 9.10. Coeficientes de Absorção Sonora do SoundBlox® Tipo A-1 e Tipo RSC.
Figura 9.11. Analogia do Nível d’Água no Tanque com o Nível Sonoro em Recinto.
Resolução:
Área do piso (S1): 7 X 7 = 49 m2
na sala para reduzir o tempo de reverberação de 3,03 s para 0,75 s em 125 Hz, e de
reverberação nas freqüências mais baixas, pois o material é pouco absorvente nas
baixas freqüências.
sintonizados para aumentar a absorção sonora nas bandas de 125 Hz e de 500 Hz.
V
Tempo de Reverberação, s T60 0,161 4
S
3,03 1,02 0,44
i i Apessoas
i 1
Para fontes sonoras direcionais, esta expressão é modificada por um fator que leva
em conta a direcionalidade da fonte, sendo re-escrita da seguinte forma:
W
p 2d c Q
4r 2
onde Q é o fator de direcionalidade da fonte dado por:
p 2
Q 2
pEsf
onde: p é a pressão sonora gerada á distância r na direção angular ,
pEsf é a pressão sonora média espacial, calculado através da média dos valores
eficazes de pressão sonora elevados ao quadrado, os quais são medidos numa
superfície esférica hipotética de mesmo raio r envolvendo a fonte sonora.
Similarmente ao som direto, existe uma relação entre pressão e potência sonora
para o som refletido que é dada por:
W
pr2 4c
A rec int o
onde p r é a pressão sonora do som refletido pelas superfícies do recinto, tendo sido as
demais grandezas já definidas anteriormente.
Q 4
p 2 p 2d pr2 cW 2
4 r A rec int o
Q 4
L p L W 10 log 2
4r A rec int o
Esta equação permite obter a pressão sonora em qualquer ponto do recinto, para
uma dada distância fonte-receptor r, uma vez conhecidos os parâmetros que
caracterizam a fonte sonora ( L W e Q ), e o parâmetro que caracteriza acusticamente o
recinto, ou seja, a absorção sonora do recinto, Arecinto.
A importância relativa do som direto e do som refletido poderá ser avaliada
comparando as magnitudes das quantidades Q / 4r 2 e 4 / Arecinto. Quando a primeira
predomina, então o nível de pressão sonora é em grande parte devido à radiação direta
da fonte. Quando 4 / Arecinto for grande quando comparado com Q / 4r 2 , então a
absorção sonora do recinto torna-se determinante no valor de L p no ponto de interesse.
Um exemplo prático é a situação de um trabalhador num recinto industrial. Caso
esteja próximo a uma máquina ruidosa, ele será mais afetado pelo som direto, pois r é
pequeno, e a quantidade Q / 4r 2 tende a predominar com relação a 4 / A recinto. Neste
caso a absorção do recinto não irá influenciar no nível sonoro na posição do trabalhador.
Por outro lado, trabalhadores afastados desta máquina, estarão mais sujeitos ao som
refletido, pois 4 / Arecinto tende a predominar sobre Q / 4r 2 , pois r é grande neste
caso, assim materiais absorventes nas superfícies reduzirão o som refletido, beneficiando
estes trabalhadores.
O gráfico da figura 9.15 apresenta curvas que foram geradas com a fórmula de
estimativa de níveis sonoros em recintos acima apresentada, em termos de L p L W
versus r / Q , tendo Arecinto como parâmetro.
Quando a fonte sonora está afastada das superfícies do recinto, o ângulo sólido
para livre propagação é 4 . A situação mais comum porém, é a fonte estar sobre o
piso da sala. Neste caso, 2 . Observa-se então que quando um plano restringe a
livre propagação sonora, o ângulo sólido reduz-se pela metade. Assim, quando a fonte
está instalada sobre o piso e próxima a uma das paredes da sala, ; e quando a
fonte está sobre o piso e num dos cantos da sala, / 2 .
A equação para estimativa do nível sonoro em recintos que leva em consideração o
ângulo sólido para livre propagação escreve-se:
Q 4
L p L W 10 log 2
r A rec int o
Figura 9.16. Ângulos Sólidos Disponibilizados Pelas Superfícies de Recintos Para Livre
Irradiação da Fonte Sonora
V 1 1
Sab 0,161 '
S T60 T60
A origem desta fórmula é aplicação da fórmula de Sabine duas vezes — com e sem
a amostra no interior da câmara.
Resolução:
Figura 9.21. Curva Teórica de Perda por Transmissão em Função da Freqüência do Som
Incidente
Esta curva mostra que quanto menor a freqüência, menor também será a isolação
sonora da parede. O som que é transmitido para o recinto receptor apresentará um
espectro diferente do som original, pois as altas freqüências serão mais atenuadas que
as baixas. Por isso é que quando ouvimos conversação em um recinto vizinho, notamos
um som “abafado”, devido a maior perda dos sons de alta freqüência na transmissão
sonora através da parede.
Nesta curva observa-se, nas baixas freqüências, a região controlada pela rigidez e
pela ressonância da parede, nas médias freqüências, a região controlada pela massa da
parede, e nas altas freqüências, a região controlada pelo fenômeno de coincidência.
S
PT L p1 L p2 10 log dB
A s.recepção
Massa
Chumbo
Laboratório 19 20 24 27 33 39
0,4 125 k 5,2
mm
Lei da
9 15 21 27 33 39
Massa
Comentários: as células sombreadas indicam a boa concordância (~3 dB) da
estimativa de PT por meio da lei da massa. A freqüência crítica está bem acima da faixa
de freqüências de interesse, não comprometendo a isolação.
Espessura
19 1.100 10,4 Lei da
15 21 27 33 39 45
Massa
Compensado mm Laboratório 17 15 20 24 28 27
6 3.500 3,7 Lei da
6 12 18 24 30 36
Massa
Comentários: as células sombreadas indicam a boa concordância (~3 dB) da
estimativa de PT por meio da lei da massa. Para o compensado de 19 mm, o vale de
coincidência deteriora a isolação nas bandas de 1, 2 e 4 kHz. Para o compensado de 6
mm, isto ocorre na banda de 4 kHz.
Aço
Laboratório 21 30 34 37 40 47
1,6 8.000 13,1 Lei da
17 23 29 35 41 47
Massa
Comentários: as células sombreadas indicam a boa concordância (~3 dB) da
estimativa de PT por meio da lei da massa. A freqüência crítica está bem acima da faixa
de freqüências de interesse, não comprometendo a isolação da estrutura.
Laboratório 21 23 26 32 32 37
mm
3 5.000 8 Lei da
13 19 25 31 37 43
Massa
mm
Vidro
Laboratório 17 23 25 27 28 29
6 2.500 16 Lei da
19 25 31 37 43 49
Massa
Comentários: as células sombreadas indicam a boa concordância (~3 dB) da
estimativa de PT por meio da lei da massa. Para o vidro de 3 mm, o vale de coincidência
deteriora a isolação nas bandas de 2 e 4 kHz. Para o vidro de 6 mm, isto ocorre nas
bandas de 1, 2 e 4 kHz.
Quadro 9.3.: Deseja-se criar uma sala de descanso adjacente a uma oficina. Os
níveis de ruído em bandas de oitava na oficina encontram-se tabelados abaixo. A
parede divisória entre a sala de descanso e a oficina tem comprimento de 20 m e altura
de 4 m. As absorções totais em bandas de oitava da sala de descanso também se
encontram tabeladas abaixo. Determinar a Perda por Transmissão em bandas de oitava
da parede divisória a fim de atender a curva de avaliação de ruído NC-45 na sala de
descanso.
Freqüência, Hz
Dados
125 250 500 1k 2k 4k
Resolução:
Freqüência, Hz
Grandeza
125 250 500 1k 2k 4k
Nível de Ruído na Oficina, Lp1 (dB) 92 85 85 80 78 75
Absorção Sonora Total na Sala de Descanso,
250 350 430 570 600 510
As m 2 (Sabine)
Curva de Avaliação de Ruído NC-45, Lp2 (dB).
60 54 49 46 44 43
(tabela 6.3)
Redução de Ruído, NR, dB
(Nível de Ruído na Oficina – Nível Sonoro na 32 31 36 34 34 32
Sala de Descanso, Lp1 - Lp2).
S
PT L p1 L p2 10 log , dB
A s.recepção 27 25 29 25 25 24
(S = 20 x 4 = 80 m 2 )
9.12. TESTES
1. O comportamento do coeficiente de absorção sonora em função da freqüência de
materiais fibrosos e porosos é tipicamente:
a) uniforme com a freqüência.
b) crescente com a freqüência.
c) decrescente com a freqüência.
d) independente da freqüência.
e) constante em baixas freqüências e variada em altas freqüências.
3. O tempo de reverberação:
a) é diretamente proporcional ao volume e à absorção do recinto.
b) é diretamente proporcional ao volume e inversamente proporcional à absorção do
recinto.
c) depende do coeficiente de absorção sonora dos revestimentos internos do
recinto.
d) independe do volume do recinto.
e) é diretamente proporcional à absorção e inversamente proporcional ao volume do
recinto.
4. A freqüência de coincidência:
a) não reduz o valor de PT estimado com a “lei da massa” entre 125 Hz e 4 kHz.
b) reduz o valor de PT estimado com a “lei da massa”.
c) dá origem à região controlada pela ressonância da parede.
d) dá origem à região controlada pela rigidez da parede.
e) não está associada a PT.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Reconhecer as alternativas de tratamento acústico entre fonte – receptor.
Conceituar as Barreiras acústicas - Teoria e prática. Conceituar os enclausuramentos
acústicos -Teoria e prática.
10.1. INTRODUÇÃO
Quando o controle na fonte é impraticável ou muito oneroso, ou mesmo quando a
redução obtida com modificações no próprio equipamento não é suficiente, deve-se
recorrer a atenuação no meio transmissor, ou seja, entre fonte e receptor.
As alternativas clássicas de controle de ruído na trajetória são:
Inserção de barreiras entre fonte e receptor;
Inserção de biombos acústicos entre bancadas de trabalho;
Inserção de enclausuramentos parciais ou totais ao redor da fonte;
O mesmo, ao redor do operador.
10.2. BARREIRAS
Barreiras são utilizadas para controlar a propagação de ruído. A atenuação é
devida principalmente à difração das ondas sonoras ao redor da barreira. É preciso,
entretanto, que a barreira possua densidade mínima de 20 kg/m 2 e altura tal que o
receptor não visualize a fonte sonora.
Tabela 10.1. Níveis de Ruído Bombas de Álcool (dBA): Antes e após o tratamento
acústico
Frequência (Hz)
10.2.2 CONCLUSÕES
As medições realizadas antes e após as intervenções de controle de ruído
comprovam que a implantação de uma barreira acústica junto ao conjunto de quatro
bombas de álcool promoveu uma redução sonora de 9,5 dBA a 1,0 m da barreira (zona
de sombra acústica).
Deve-se observar que a face interna da barreira – voltada para os equipamentos –
é absorvente para não permitir a reflexão sonora do ruído emitido pelas bombas, o que
prejudicaria os operadores que circulam por esse lado da instalação.
10.3. ENCLAUSURAMENTOS
Para se projetar enclausuramentos acústicos eficientes é preciso conhecer e
diferenciar dois termos: redução de ruído (NR = noise reduction) e perda na transmissão
(PT, em inglês TL = transmission loss).
Por definição, NR é a redução em dB, avaliada pela diferença entre medições do
nível de pressão sonora em determinado ponto, antes e após a instalação de um
enclausuramento. O NR é dependente do ambiente acústico, dentro e fora do
enclausuramento.
Por outro lado, a perda na transmissão (TL) é independente do ambiente acústico.
É definida como a fração de energia transmitida por uma partição, em função da energia
sonora incidente sobre a mesma. Os valores de TL, em dB, podem ser calculados em
função do coeficiente de transmissão dos materiais, através da relação:
TL = 10 log ( 1 / )
onde = coeficiente de transmissão da parede
ou
c = i S i / S = 1 S1/ S + 2 S2 / S +......
onde c é o coeficiente de transmissão efetivo da partição composta,
S é a área total da partição, e
i são os componentes individuais da partição.
Por esse motivo, num enclausuramento todos os componentes são importantes:
não adianta utilizar paredes muito pesadas / isolantes e esquecer das portas e janelas,
que o resultado será pobre.
É preferível garantir a vedação acústica das portas e janelas, ainda que a
densidade superficial dos fechamentos seja limitada (em função de sobrecarga estrutural,
custos, etc).
NR = TL – C
Lpe = Lpi - NR
Solução:
Frequência (Hz)
1. Lpi dB 87 88 85 89 91 92 80 96
3. C tab 11 9 7 5 4 3 3
4. NR=TL-C 7 15 23 31 38 39 39
Da figura percebe-se que uma pequena área com TL reduzido, pode comprometer
bastante a perda na transmissão (TL) total do enclausuramento. Ainda que seja possível
aumentar a massa (e consequentemente o TL) das paredes da cabine, é mais econômico
providenciar vedação e fixação adequados aos visores, portas, dutos, etc. A Figura 10.5
mostra o efeito de vazamentos no TL do enclausuramento.
Nota 10.1. Com relação ao Quadro 10.1., explique as razões do bom resultado
acústico dessa cabine / enclausuramento.
Resolução:
Frequência (Hz)
2. TL (dB) 6 11 16 21 26 31 25 27
3. C tab 13 11 9 7 5 4 3 3
4. NR=TL-C - - 7 14 21 27 22 24
Frequência (Hz)
90
Nível de pressão
sonora (dB)
80
70
60
50
31 63 125 250 500 1k 2k 4k 8k
Frequência (Hz)
10.4.TESTES
1. Considere as seguintes afirmações:
A. Aumenta
B. Igualar
C. Melhor
D. Dependente
2. A zona de brilho de uma barreira acústica significa que a mesma não produz
atenuação, ou seja, o receptor visualiza a fonte.
a) Verdadeiro
b) Falso
4. As barreiras acústicas podem ser muito leves, não precisam ter uma densidade
mínima superficial.
a) Verdadeiro
b) Falso
5. No caso de uma barreira leve, a energia sonora não é transmitida pelo material
(corpo) da barreira.
a) Verdadeiro
b) Falso
A. Não deve
B. Perda na transmissão (TL)
C. Cabines acústicas
D. Não resultará
E. Cuidado na vedação e fixação
Assinale a alternativa mais adequada:
a) I – A, II – B, III – C, IV – D, V – E
b) I – A, II – C, III – B, IV – D, V – E
c) I – B, II – C, III – A, IV – E, V – D
d) I – B, II – A, III – E, IV – D, V – C
e) I – A, II – C, III – D, IV – B, V – E
10.5. BIBLIOGRAFIA
1. American Industrial Hygiene Association (AIHA). Industrial Noise Manual.
3a. edição. 1975.
2. BERANEK, L. L. Noise and Vibration Control. McGraw-Hill 1971.
3. Bruel & Kjaer. Architectural Acoustics. 2a. edição. 1978.
4. Bruel & Kjaer. Noise Control: Principles and Practice.1a.ed.1982.
5. HARRIS, C. M. Handbook of Noise Control. 2a. edição. 1979.
6. Fundación MAPFRE. Manual de Hygiene Industrial. 1991.
7. BIES AND HANSEN. Engineering Noise Control. 2a. edição. 1996.
8. GERGES, SAMIR. Ruído, Fundamentos e Controle. 1a. ed. 1992.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Entender as medidas de controle de ruído em sistemas de ar condicionado. O
método de cálculo da potência sonora do ventilador e as atenuações sonoras no trajeto
entre casa de máquinas – sala servida.
% do pico 90 – 100 85 – 89 75 – 84 65 – 74 55 – 64 50 - 54
Fator correção 0 3 6 9 12 15
A Tabela 11.2 apresenta os níveis específicos de potência sonora (kW), por faixas
de oitava de freqüência para os diversos tipos de ventiladores.
Frequência (Hz)
Diâmetro
Tipo do Ventilador 63 125 250 500* 1k 2k 4k BFI*
do Rotor
> 0,9 m 32 32 31 29 28 23 15 3
airfoil, curvado p/ trás, inclinado
p/ trás
< 0,9 m 36 38 36 34 33 28 20
Centrífugo
0,5 / 1,0 m 55 48 48 45 45 40 38 8
soprador pressão
< 0,5 m 63 57 58 50 44 39 38
> 1,0 m 39 36 38 39 37 34 32
Vaneaxial
< 1,0 m 63 57 58 50 44 39 38 6
> 1,0 m 41 39 43 41 39 37 34
Tubeaxial
< 1,0 m 40 41 47 46 44 43 37 5
Propeller
Obs.: Estes valores são os níveis de potência sonora específicos irradiados tanto pela
entrada quanto pela saída do ventilador. Caso se deseje o nível de potência sonora total
radiado, deve-se adicionar 3 dB aos valores acima.
Resolução:
Freqüência (Hz)
Frequência (Hz)
600 x 900 0,3 1,0 2,0 3,6 7,9 4,6 3,0 2,3
600 x 1200 0,3 0,7 1,6 3,3 7,5 3,9 2,3 2,0
Dutos circulares ()
Tabela 11.5. Atenuação em curvas quadradas tratadas, sem veias direcionais (dB)
Frequência (Hz)
150 - - - 1 7 12 14 16
300 - - 1 7 12 14 16 18
600 - 1 7 12 14 16 18 18
1200 1 7 13 15 16 18 18 18
Relação ramal / total 0,80 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,05
Freqüência (Hz)
150 17 12 6 3 1 0
300 12 6 3 1 0 0
600 6 3 1 0 0 0
1200 3 1 0 0 0 0
A equação acima é aplicável para apenas uma fonte sonora na sala ao alcance do
receptor; caso haja mais de uma, deve-se computar o efeito de cada fonte através da
soma logarítmica dos níveis sonoros.
Quadro 11.2. Montar uma tabela por faixas de frequência do som (63 Hz a 4 kHz) e
computar todas as atenuações sonoras no decorrer do percurso entre a descarga do
ventilador e a grelha da sala considerada no exemplo prático.
Lw vent. dB 100 96 92 86 83 78 76 90
1a ramif.40% -4 -4 -4 -4 -4 -4 -4
2,5 m (816x400) -1 - - - - - -
2a ramif.50% -3 -3 -3 -3 -3 -3 -3
9,0 m (684x350) -3 -1 -1 -1 -1 -1 -1
Efeito sala -2 -3 -4 -5 -6 -7 -8
Lp result. dB 70 68 63 56 52 46 43 59
Lp medido dB 66 66 58 53 49 41 33 56
Daí, chega-se:
11.5. TESTES
1. Considere as seguintes frases:
A. Baixas
B. Absorvente, diminuir
C. Diminuir, aumentar
D. Altas
Assinale a alternativa mais adequada:
a) I – B, II – A, III – C, IV – D
b) I – C, II – A, III – B, IV – D
c) I – C, II – D, III – B, IV – A
d) I – B, II – D, III – C, IV – A
e) I – B, II – C, III – D, IV – A
A. Propagação de vibrações
B. Amortecedores
C. Revestimento absorvente
D. Atenuadores de ruído
E. Não permite
Assinale a alternativa mais adequada:
a) I – A, II – B, III – C, IV – D, V – E
b) I – B, II – D, III – C, IV – E, V – A
c) I – C, II – A, III – D, IV – B, V – E
d) I – E, II – D, III – C, IV – B, V – A
e) I – E, II – C, III – D, IV – A, V – B
3. Locais servidos por sistema de VAC não precisam ter ruído de fundo controlado.
a) Verdadeiro
b) Falso
5. Ruído de fundo (devido ao sistema VAC) com tons puros, chiados ou roncos não
provocam irritação ou stress.
a) Verdadeiro
b) Falso
11.6. BIBLIOGRAFIA
1. ASHRAE Systems Volume chapter 35 – Sound and Vibration – 1984
2. BERANEK, L. L. Noise and Vibration Control. McGraw-Hill – 1971
2. American Industrial Hygiene Association (AIHA). Industrial Noise Manual.
3a. edição. 1975.
3. BERANEK, L. L. Noise and Vibration Control. McGraw-Hill 1971.
4. Bruel & Kjaer. Architectural Acoustics. 2a. edição. 1978.
5. Bruel & Kjaer. Noise Control: Principles and Practice.1a.ed.1982.
6. HARRIS, C. M. Handbook of Noise Control. 2a. edição. 1979.
7. Fundación MAPFRE. Manual de Hygiene Industrial. 1991.
8. BIES AND HANSEN. Engineering Noise Control. 2a. edição. 1996.
9. GERGES, SAMIR. Ruído, Fundamentos e Controle. 1a. ed. 1992.