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LINDONÉIA

#02

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LINDONÉIA
#02

Capa:Lygia Pape, Roda dos Prazeres, 1968

Roda dos Prazeres, de Lygia Pape, é um


círculo de tigelas com líquidos coloridos
para o público experimentar o “sabor” das
cores. Com o conta-gotas pode-se provar o
amarelo, o azul, o vermelho e os demais tons
disponíveis.

Da mesma geração artística e filiação estética


que Lygia Clark e Helio Oiticica, Lygia Pape
pertenceu, como eles, ao Grupo Frente (1953),
núcleo do Concretismo no Rio de Janeiro.
Ao longo dos anos cinqüenta, junto aos
demais artistas deste grupo, amadureceu as
divergências poéticas com os concretistas
de São Paulo, até chegarem à dissidência
Neoconcreta, formalizada em manifesto e
numa exposição, em 1959.
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EXPEDIENTE COLABORADORES

Revista Lindonéia #2 - AGOSTO de 2013


Grupo de Estudos Estratégias da Arte numa Era de Catástrofes Untitled (Go-Go dancing Plattform), p. 5 [Felix Gonzalez Torres é um artista natural
Escola de Belas Artes-UFMG - Belo Horizonte/MG/Brasil de Cuba e naturalizado norte americano, reconhecido por sua militância a favor dos direitos
Contatos: grupo@estrategiasarte.net.br do homossexuais; falecido em 1996]
Site: www.estrategiasarte.net.br
Coordenação do Grupo: Profa. Dra. Maria Angélica Melendi (Piti)
Juliana Mafra e Samir Lopes [Inventário das ideias feitas, p. 9 ] são membros
do Grupo Estratégias da Arte numa Era de Catástrofes. Juliana Mafra é artista, professora
Editora deste número: Fabíola Tasca e doutoranda na EBA/UFMG. Samir Lopes é artista visual formado pela EBA/UFMG,
Tradução do texto Trabajar en Arte Contemporáneo (Curatoria Forense) e Revisão professor de desenho e pintura.
do texto Los exquisitos cuerpos de la miséria (Ivan Mejía R.): Adolfo Cifuentes
Jorge Menna Barreto [dexistir, p.15 ] é artista e pesquisador, doutor em Poéticas
Revisão do texto O rato que ruge (José Schneedorf): Alice Costa Visuais pela ECA/USP. Práticas artísticas e discursivas se mesclam em sua trajetória, seja
Projeto gráfico e diagramação: Melissa Rocha enquanto artista, crítico, tradutor, educador ou professor. Atualmente é professor convidado
Consultoria editorial: Hélio Alvarenga Nunes no curso de Arte: Curadoria, História e Crítica na PUC-SP.

Paulo Rocha [“Trabalhadores de Todo Mundo Descansem”: Pequenas


considerações sobre a superação da Arte e do trabalho, p.16 ] é membro do Grupo
Estratégias da Arte numa Era de Catástrofes. Graduado em filosofia pela UFMG. Integrante
do coletivo [conjunto vazio].

Nota: Tales Bedeschi [Mesa de trabalho, p.21 ] é membro do Grupo Estratégias da Arte
numa Era de Catástrofes. Graduado pela UFMG com habilitação em Gravura (2006) e em
Optamos por iniciar a revista com os nomes dos colaboradores, em detrimento Licenciatura em Artes Visuais (2009). Professor de audiovisual do Centro Pedagógico da
do uso habitual da organização via Sumário. Nada nos parece mais coerente UFMG. Atua frente a coletivos e redes de artistas como o PIA (Programa de Interferência
com a proposta desse número do que sermos guiados pela força de trabalho que Ambiental) e Kaza Vazia – galeria de arte itinerante.
edifica a revista. Os autores Felix Gonzalez-Torres, Mierle Laderman Ukeles e
Brian Eno tem suas colaborações antecedidas pelos títulos de seus trabalhos, Cláudia Zanatta [A difícil arte de vender antenas, p.22 ] é artista e professora do
Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolve
diferentemente dos outros autores, cujas entradas são por seus nomes. Essa foi atualmente pesquisas voltadas à arte participativa.
a maneira de sinalizarmos que, nesses três casos, a colaboração constituiu-se
pela via da apropriação do trabalho em detrimento da negociação com o autor. A Touch Sanitation Performance, p.28 [Mierle Laderman Ukeles é uma artista norte
colaboração de Jessé Souza participa ativamente deste número, embora não possa americana conhecida principalmente por seus trabalhos de Crítica Institucional. Em 1969
ser encontrada aqui. O editorial disponibiliza as informações sobre o local onde escreveu um manifesto intitulado Arte de Manutenção que discute o status artístico de
atividades laborais ordinárias como cozinhar, limpar, lavar, etc.]
o texto pode ser encontrado. Tal manobra nos permitiu acolher o texto de Souza,
assinalando sua singularidade frente aos outros textos da revista, e convidar o
Frederico Canuto [E., p.29] é arquiteto e urbanista. Doutor em Poéticas da
leitor ao exercício de certos deslocamentos. O número dois da Revista Lindonéia Modernidade e professor da Universidade Federal de São João Del Rei. Tem como campo
opta por não diagramar textos teóricos separadamente de obras visuais, como o de pesquisa a questão do comum na contemporaneidade a partir de diversos campos
fez nos dois números anteriores. Esta opção parece-nos pertinente com a intenção disciplinares envolvendo o espaço, desde a arquitetura passando pela antropologia, arte,
geografia, literatura e filosofia.
de problematizar a canônica divisão social do trabalho. Assim, assumimos, com
Walter Benjamin [O autor como produtor], que a fronteira entre imagem e texto/
prática e teoria é aquela que urge ruir. Por isso, textos e imagens/ensaios e obras Ariel Ferreira [Oferenda, p. 38 ] é membro do Grupo Estratégias da Arte numa Era
de Catástrofes. Mestre em Artes pela EBA/UFMG e doutorando na mesma instituição.
visuais são aqui afáveis vizinhos, exercendo uma convivência horizontal e salutar.
Participou de várias exposições, entre elas: Bolsa Pampulha 2008; Rumos Itaú Cultural,
Trilhas do Desejo 2009-2009. Se Correr, Se ficar – individual na Galeria de Arte da CEMIG,
2004.

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