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#02
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LINDONÉIA
#02
Nota: Tales Bedeschi [Mesa de trabalho, p.21 ] é membro do Grupo Estratégias da Arte
numa Era de Catástrofes. Graduado pela UFMG com habilitação em Gravura (2006) e em
Optamos por iniciar a revista com os nomes dos colaboradores, em detrimento Licenciatura em Artes Visuais (2009). Professor de audiovisual do Centro Pedagógico da
do uso habitual da organização via Sumário. Nada nos parece mais coerente UFMG. Atua frente a coletivos e redes de artistas como o PIA (Programa de Interferência
com a proposta desse número do que sermos guiados pela força de trabalho que Ambiental) e Kaza Vazia – galeria de arte itinerante.
edifica a revista. Os autores Felix Gonzalez-Torres, Mierle Laderman Ukeles e
Brian Eno tem suas colaborações antecedidas pelos títulos de seus trabalhos, Cláudia Zanatta [A difícil arte de vender antenas, p.22 ] é artista e professora do
Departamento de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolve
diferentemente dos outros autores, cujas entradas são por seus nomes. Essa foi atualmente pesquisas voltadas à arte participativa.
a maneira de sinalizarmos que, nesses três casos, a colaboração constituiu-se
pela via da apropriação do trabalho em detrimento da negociação com o autor. A Touch Sanitation Performance, p.28 [Mierle Laderman Ukeles é uma artista norte
colaboração de Jessé Souza participa ativamente deste número, embora não possa americana conhecida principalmente por seus trabalhos de Crítica Institucional. Em 1969
ser encontrada aqui. O editorial disponibiliza as informações sobre o local onde escreveu um manifesto intitulado Arte de Manutenção que discute o status artístico de
atividades laborais ordinárias como cozinhar, limpar, lavar, etc.]
o texto pode ser encontrado. Tal manobra nos permitiu acolher o texto de Souza,
assinalando sua singularidade frente aos outros textos da revista, e convidar o
Frederico Canuto [E., p.29] é arquiteto e urbanista. Doutor em Poéticas da
leitor ao exercício de certos deslocamentos. O número dois da Revista Lindonéia Modernidade e professor da Universidade Federal de São João Del Rei. Tem como campo
opta por não diagramar textos teóricos separadamente de obras visuais, como o de pesquisa a questão do comum na contemporaneidade a partir de diversos campos
fez nos dois números anteriores. Esta opção parece-nos pertinente com a intenção disciplinares envolvendo o espaço, desde a arquitetura passando pela antropologia, arte,
geografia, literatura e filosofia.
de problematizar a canônica divisão social do trabalho. Assim, assumimos, com
Walter Benjamin [O autor como produtor], que a fronteira entre imagem e texto/
prática e teoria é aquela que urge ruir. Por isso, textos e imagens/ensaios e obras Ariel Ferreira [Oferenda, p. 38 ] é membro do Grupo Estratégias da Arte numa Era
de Catástrofes. Mestre em Artes pela EBA/UFMG e doutorando na mesma instituição.
visuais são aqui afáveis vizinhos, exercendo uma convivência horizontal e salutar.
Participou de várias exposições, entre elas: Bolsa Pampulha 2008; Rumos Itaú Cultural,
Trilhas do Desejo 2009-2009. Se Correr, Se ficar – individual na Galeria de Arte da CEMIG,
2004.