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Resumo
Palavras-chave
Abstract
Keywords
308 Educação e Pesquisa, São Paulo, v.37, n.2, p. 307-320, mai./ago. 2011.
As novas possibilidades de ensino e Essas quatro questões delimitaram o
de aprendizagem no meio virtual apresen- desenvolvimento de um conjunto de disserta-
tam uma série de desafios e de questões que ções de mestrado no período entre 2004 e 2008,
constituem objeto de investigação de pes- as quais forneceram diversos elementos de res-
quisadores em todo o mundo. Além disso, posta para que avancemos na discussão e na
entender o modo de funcionamento das re- compreensão dessa problemática. A dissertação
lações educativas que são delimitadas pelas de mestrado de Maísa Pieroni (2004), sobre co-
novas tecnologias de informação, comunica- munidades de aprendizagem em rede; a de Aisha
ção e expressão (NTICE) é uma preocupação Paulo Fonseca (2005), sobre a internet como
presente em cada professor que, nestes tem- meio de comunicação pedagógica de conteúdos
pos de emergência da chamada sociedade da dinâmicos; a de Marcelo Minholi (2007), sobre
informação, tem a responsabilidade de pro- o oferecimento de cursos em ambiente virtual
mover, junto a seus alunos, aprendizagens de aprendizagem; e a de Woquiton Fernandes
significativas, pertinentes e contextualiza- (2007), sobre aprendizagem colaborativa em rede
das em um ambiente societário tão dinâmico por meio do Moodle, foram articuladas em torno
quanto a própria internet. Seja como objeto da primeira questão: quais são os novos forma-
de investigação teórica ou de preocupação tos para a sala de aula virtual?
empírica, desvendar os processos de ensino- A dissertação de Wanessa de Castro
-aprendizagem no meio virtual é crucial (2008), sobre a pedagogia de projetos como es-
para a invenção de uma nova escola, base- tratégia para uso da informática na educação;
ada em uma nova organização do trabalho a de Cleovane Raimunda de Souza (2007), tam-
pedagógico, suscetível a possibilitar o entor- bém sobre a relação entre pedagogia de projetos
no educativo necessário para que a sala de e informática educativa; e a de Marcelo Akira
aula possa continuar, de forma renovada, a Inuzuka (2008), sobre o uso do wiki na educa-
cumprir sua missão. Nesse sentido, procura- ção, buscaram respostas para a segunda questão:
mos identificar, mediante a realização de 13 quais estratégias pedagógicas mostram-se ade-
dissertações de mestrado agrupadas em tor- quadas para nortear o trabalho docente na sala
no de uma pesquisa longitudinal iniciada em de aula virtual?
2004 e concluída em 2008, respostas para A dissertação de André Luiz César
quatro questões referentes ao rompimento Ramos (2004), sobre a transposição de tex-
de paradigmas no processo de ensino e de tos em hipertextos; a de Eliã Siméia Amorim
aprendizagem no meio virtual: (2007), sobre a internet como meio de ensi-
no, aprendizagem e divulgação científica; e
1- Quais são os novos formatos para a a de Rafael Lacerda (2007), sobre o desenvolvi-
sala de aula virtual? mento de softwares educativos, foram desenvol-
2- Quais estratégias pedagógicas mos- vidas em torno da terceira questão: quais mate-
tram-se adequadas para nortear o traba- riais didáticos inovadores são condizentes com o
lho docente na sala de aula virtual? trabalho docente na sala de aula virtual?
3- Quais materiais didáticos inovadores Por fim, a dissertação de Valéria Kneipp
são condizentes com o trabalho docente Sena (2004), sobre a mediação pedagógica em si-
na sala de aula virtual? tuação de videoconferência, e as de Mirela Mal-
4- Quais novos papéis docentes surgem no vestiti (2004) e de Jaqueline Ferraz de Andra-
contexto da sala de aula virtual? de (2007), sobre a mediação na tutoria on-line,
310 Gilberto Lacerda dos SANTOS. Ensinar e aprender no meio virtual: rompendo paradigmas
Um breve quadro teórico sobre a O primeiro pesquisador a utilizar o termo
sala de aula virtual ciberespaço para designar o meio virtual foi
Willian Gibson (1991), que, já no início dos
Pierre Lévy (1995), em seu visionário anos 1990, anunciava que o espaço virtual
livro O que é o virtual?, tece as seguintes con- estava em vias de globalização e já consti-
siderações acerca do conceito de ciberespaço, tuía um espaço social de trânsito inevitável
definido como o ambiente da virtualidade: para milhões de pessoas. Desde então, muitos
outros autores têm se dedicado a desbravar
No limite, só há hoje um único computador, um e a entender o meio virtual, como o próprio
único suporte para texto, mas tornou-se im- Lévy (1993, 1995), para quem o virtual é um
possível traçar seus limites, fixar seu con- meio em que será possível consolidar a tec-
torno. É um computador cujo centro está nodemocracia, ou seja, uma nova formação
em toda parte e a circunferência em nenhu- política na qual a tecnologia da eletrônica
ma, um computador hiper-textual, disperso, tornará viável o desenvolvimento de comu-
vivo, pululante, inacabado, virtual, um com- nidades inteligentes capazes de se autogerir;
putador de Babel: o próprio ciberespaço. […] André Lemos (1998), para quem a exploração
No ciberespaço, como qualquer ponto é di- do ciberespaço é uma forma de contracultura
retamente acessável a partir de qualquer ou- e a internet, em breve, será percebida como
tro, será cada vez maior a tendência a subs- uma infraestrutura banal, como as redes de
tituir as cópias de documentos por ligações água, luz ou telefone; Manuel Castells (1999),
hiper-textuais: no limite, basta que o texto que aponta o meio virtual como ferramen-
exista fisicamente uma única vez na memó- ta indispensável para a implantação efetiva
ria de um computador conectado à rede para dos processos de reestruturação socioeconô-
que ele faça parte, graças a um conjunto de mica e para a formação de redes como modo
vínculos, de milhares ou mesmo de milhões dinâmico e autoexpansível de organização
de percursos ou de estruturas semânticas di- da atividade humana; Nicholas Negroponte
ferentes. (p. 47) (1995), que já previa, nos anos 1990, que a
comunidade de usuários da internet ocuparia
No contexto dessas conjecturas, o au- o centro da vida cotidiana e que sua demo-
tor desenvolve a ideia de que o virtual não grafia iria ficar cada vez mais parecida com a
é o oposto do real, como se tende a crer. Há, do próprio mundo.
pelo contrário, toda uma realidade concreta No campo da educação, as reper-
nas interações e ações realizadas no ciberes- cussões da emergência desse mundo virtual,
paço, nesse ambiente imaterial constituído proveniente das redes globais de computado-
por informações de toda natureza, interliga- res, são bastante óbvias. Sobretudo, se con-
das e intercomunicantes, suscetíveis de mo- siderarmos que o principal papel da educa-
dificarem a própria estrutura do pensamento ção reside na preparação do indivíduo para,
humano. Apesar de sua concretude inques- autonomamente, saber buscar informações e
tionável, o ciberespaço ou espaço virtual é o transformá-las nos conhecimentos de que ele
ambiente imaterial constituído pelos milhões necessita, no momento em que deles necessi-
de pessoas – e não de computadores – de todo ta e da forma mais criativa possível.
o mundo, interligados em rede por meio da Nessa perspectiva, a escola tradicional
internet. E é nesse espaço que novas mani- de funcionamento linear, alicerçada em mate-
festações societárias acontecem e evoluem. riais didáticos estáticos e centrada na ação e no
312 Gilberto Lacerda dos SANTOS. Ensinar e aprender no meio virtual: rompendo paradigmas
relatando que ao longo dos últimos anos não se trabalho e oferecem-nos novas possibilidades
têm alcançado resultados significativos com o de intervenção didática, menos hierarquiza-
uso de tecnologias na escola; que o computador das, com menos foco no professor, baseadas em
e a internet na sala de aula não têm melhorado uma dinâmica de aprendizagem com ênfase no
nem a qualidade do ensino, nem os processos de grupo, na rede de interações que pode ser es-
aprendizagem; que a informática na educação é tabelecida e na construção coletiva de saberes.
mais um problema que uma solução (CASTRO, Explorando a principal característica das redes
F., 2008; DWYER et al., 2007). Tais resultados, ao digitais, verifica-se que o formato de comuni-
invés de apontarem para trás, para um retroces- dades de aprendizagem em rede, nas quais alu-
so, apontam para frente, para a necessidade do nos e professores interagem rizonomicamente, é
avanço. Eles evidenciam a crise paradigmática o que mais tem logrado sucesso nas experiên-
instaurada na escola e a necessidade de inventar cias de educação on-line.
uma nova escola, mais articulada com tecnolo- A investigação de Pieroni (2004) exa-
gias, linguagens, estratégias e possibilidades de mina o modo de funcionamento de comuni-
informação, comunicação e expressão que, ine- dades de aprendizagem em rede corporativa e
lutavelmente, caracterizam a sociedade que aco- revela o quanto a sala de aula virtual pode ser
lhe a escola, a qual não pode permanecer como abrangente, inclusiva, romper fronteiras e, efe-
se fosse um peixe em um aquário, protegido da tivamente, reelaborar conhecimentos e promo-
água por uma bolha de plástico: debatendo-se ver aprendizagens individuais efetivas a partir
sem possibilidades de renovação do ar. de processos cognitivos coletivos. Por outro
Considerando o exposto, e enfatizando lado, Fonseca (2005) conseguiu mostrar que a
que a adoção das NTICE não implica, necessaria- natureza dinâmica da internet requer conteú-
mente, uma transformação qualitativa da escola, dos dinâmicos e relações educativas igualmente
as questões de pesquisa que delimitam a investi- dinâmicas, as quais evoluem de acordo com o
gação longitudinal aqui relatada serão retomadas avanço dos conhecimentos, com o nível cog-
a seguir, à luz de considerações elaboradas a par- nitivo dos atores e com as possibilidades tec-
tir dos resultados obtidos pelas 13 dissertações nológicas disponibilizadas. Esse formato de co-
de mestrado por meio das quais dados empíricos munidade de aprendizagem em rede, com foco
foram coletados e analisados. É importante sina- na dinamicidade dos conteúdos e processos,
lizar que nosso objetivo neste texto é configurar encontra excelente espaço de viabilização nos
o processo de integração das NTICE na educação, ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). De
o que nos conduzirá à adoção de novas práticas fato, nos AVAs, a sala de aula virtual é pré-
pedagógicas e à invenção de uma nova escola, -formatada, gira em torno de atividades síncro-
condizente com os parâmetros e modos de fun- nas e assíncronas as mais diversas, explora di-
cionamento da sociedade da informação. ferentes canais de comunicação (chats, fóruns,
listas etc.) e permite que todos os intervenientes
Questão 1: Quais são os novos forma- atuem sobre o conteúdo. É o que demonstraram
tos para a sala de aula virtual? Minholi (2007) e Fernandes (2007) em seus tra-
balhos de investigação sobre, respectivamente,
Interrogar-se sobre a formatação da o uso do AVA Moodle em educação a distância
sala de aula virtual corresponde a uma das di- e o estabelecimento de redes de aprendizagem
mensões mais contundentes dessa virada pa- colaborativa. Assim sendo, essas quatro dis-
radigmática. Como professores, necessitamos sertações apontam a comunidade de aprendi-
entender de que modo as NTICE afetam nosso zagem em rede como um excelente formato a
314 Gilberto Lacerda dos SANTOS. Ensinar e aprender no meio virtual: rompendo paradigmas
situação de presença física e tendo à sua dis- fato, por falta de formação adequada, os profes-
posição as possibilidades de uma comunidade sores distanciam-se de uma atuação mais em-
de aprendizagem em rede, responsabiliza cada preendedora nesse campo e não se envolvem na
um por sua própria participação produtiva na concepção de seus próprios materiais didáticos,
relação educativa, o que os faz colaborar para deixando tal tarefa para profissionais de outras
progredir e atingir plenamente os objetivos de áreas que, por sua vez, não têm o conhecimento
aprendizagem, compartilhar a tarefa de ensinar e a prática requeridos acerca do fenômeno edu-
e o papel docente, e interagir, do modo mais cativo. Certamente, temos nesse cenário um dos
amplo possível, para construir conhecimentos problemas que mais dificultam a exploração
e usufruir dos materiais didáticos disponibili- das tecnologias digitais na escola, que invia-
zados. Aliás, é importante sinalizar que há uma bilizam a implantação da sala de aula virtual,
conexão cervical entre as estratégias de apren- tal qual preconizada pelos teóricos da área, e
dizagem e os materiais didáticos empregados que produzem resultados negativos ou pífios,
em relações educativas virtuais. Foi justamente quando se avalia a aprendizagem decorrente de
pensando nessa conexão entre estratégias pe- situações de ensino baseadas nessas tecnolo-
dagógicas e materiais didáticos que as disserta- gias. A área do desenvolvimento de materiais
ções comentadas a seguir foram desenvolvidas. didáticos para a sala de aula virtual é bastante
ampla e plena de possibilidades não exploradas,
permanentemente enriquecidas pelos avanços
Questão 3: Quais materiais didáticos
tecnológicos quase cotidianos.
inovadores são condizentes com o tra-
As dissertações de mestrado de Ramos
balho docente na sala de aula virtual?
(2004), que analisa o processo de transposição
de textos em hipertextos; de Amorim (2007),
Tanto quanto as estratégias peda- que aborda o uso da internet como material
gógicas, os materiais didáticos têm um papel didático; e de Lacerda (2007), que propõe uma
fundamental na consolidação da sala de aula abordagem para o desenvolvimento de softwa-
virtual. É muito comum vermos situações de res educativos, apenas percorrem perpendicu-
ensino-aprendizagem inovadoras, calcadas na larmente esse campo totalmente em aberto para
virtualidade, empregando materiais didáticos profissionais da educação e indicam pistas de
tradicionais, o que desvirtua, sem trocadilhos, pesquisa e de desenvolvimento que precisam
as relações educativas almejadas ou alardeadas. ser consideradas. O trabalho de Ramos (2004)
O desenvolvimento de materiais didáticos para é muito interessante e responde a uma grande
a sala de aula virtual – objetos de aprendiza- demanda da área: como transformar, modificar
gem, conteúdos digitais, hiperdocumentos, si- e adaptar materiais didáticos e conteúdos tradi-
tes educativos, blogs etc. – constitui, portanto, cionais para uso na sala de aula virtual? A par-
uma necessidade fundamental para subsidiar o tir de um texto paradidático de apoio ao ensino
trabalho docente em situações de exploração da geometria plana, o pesquisador desenvolve e
pedagógica das NTICE. Apesar de seu amplo propõe um método para a construção de um hi-
reconhecimento, essa necessidade não tem en- pertexto educativo, mantendo a mesma matriz
contrado respaldo nos cursos de formação de didática e a intencionalidade original do autor,
profissionais da educação que, desprovidos de mas agregando, todavia, diversas possibilidades
competências relacionadas com o desenvolvi- de interatividade, leitura não linear, percursos
mento desses materiais didáticos, tornam-se alternativos e links enriquecedores. Ramos de-
usuários passivos dos meios tecnológicos. De monstra, por meio de sua investigação, que há
316 Gilberto Lacerda dos SANTOS. Ensinar e aprender no meio virtual: rompendo paradigmas
conteúdos, o que implica, necessariamente, a que se constrói pela interatividade do grupo.
emergência de novos papéis docentes (MACIEL, Em consequência, os novos papéis docentes na
2002). sala de aula virtual são, sobretudo, aqueles re-
Procurando avançar no estudo e na lacionados com a gestão de situações educati-
compreensão desses novos papéis do professor vas virtuais, descentralizadas, geograficamente
na sala de aula virtual, orientamos o desenvol- dispersas, sem a perda dos fios condutores, os
vimento de três dissertações de mestrado sobre quais devem conduzir os alunos à conclusão
duas situações educativas virtuais diferentes: a das interações e à realização dos objetivos de
videoconferência (SENA, 2004) e o ensino pela aprendizagem previstos, fazendo com que se
internet (MALVESTITI, 2004; ANDRADE, 2007). sintam conectados e em permanente atividade
A pesquisa realizada por Sena (2004) mostrou de trabalho.
que, se a atuação do professor já privilegia o
diálogo, a flexibilidade, a interação e a moti- Considerações finais
vação constante dos alunos, estamos diante
de um professor com credenciais de sucesso Os percursos investigativos realizados
em qualquer ambiente educativo, incluindo o por esses 13 pesquisadores apontam elemen-
virtual. Entretanto, se o professor privilegia a tos de resposta concretos para as questões de
aula expositiva, na qual somente ele fala e os pesquisa formuladas. Tais respostas colocam-
alunos escutam, ele está fadado a uma situação -nos diante de uma última indagação, a qual
insustentável de falta de comunicação com seus concluiu a abordagem do tema proposto neste
próprios alunos. Já os trabalhos de Malvestiti texto: quais paradigmas devem ser rompidos
(2004) e de Andrade (2007) foram diretamente para que possamos avançar rumo à sala de aula
focados na mediação pedagógica em situação virtual? Evidentemente, trata-se de uma ques-
de educação não presencial e tiveram como ân- tão cujo tratamento pode ser muito mais amplo
cora a ação tutorial. A primeira pesquisadora, que aquele exposto neste relato. Todavia, nos-
sob nossa orientação, consultou 35 tutores de sa contribuição reside na afirmação, na reafir-
um curso virtual acerca dos requisitos para ser mação ou na confirmação de um conjunto de
um bom tutor. Ela obteve 22 indicações, dentre elementos definidores da sala de aula virtual,
as quais a capacidade de autoaprendizagem, a os quais podem fazer dela o cenário de uma
constância da presença virtual, a persistência, experiência didática única, prazerosa, efetiva,
o conhecimento do conteúdo e das ferramen- eficaz e totalmente condizente com a dinâmica
tas digitais, e a sensibilidade para perceber as da sociedade da informação. Esses elementos
necessidades dos alunos, o que é fundamental definidores, dada sua natureza revolucionária,
no combate da distância transacional. Por sua indicam a própria engrenagem do processo de
vez, Andrade (2007) constatou que, em proces- mudança aqui discutido. São eles os conceitos
sos educativos a distância, os instrumentos de de comunidade de aprendizagem em rede, de
comunicação transformam-se em instrumentos trabalho colaborativo virtual, de horizontaliza-
simbólicos de mediação, por meio dos quais o ção da relação educativa, de materiais didáti-
sujeito constrói seu raciocínio, dinamiza múlti- cos dinâmicos e de mediação pedagógica fun-
plas habilidades e potencializa suas linguagens. damentada na interatividade. A adoção desses
O exercício da mediação pedagógica em tal conceitos impõe uma nova dinâmica para a re-
contexto demanda um tutor ou professor capaz lação educativa virtual, distanciada de procedi-
de potencializar a autonomia, a motivação para mentos tradicionais já inoperantes na educação
aprender e as singularidades de um processo tradicional e de caminhos de massificação da
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Recebido em 14.10.09
Aprovado em 09.09.10
Gilberto Lacerda dos Santos é Ph.D. em Educação pela Université Laval, Québec, Canadá, e doutor em Sociologia pela
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