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MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR

UNIVERSIDADE LUEJI A´NKONDE


ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICADO CUANGO

Departamento de Ensino e Investigação

Caracterização do Processo de Ensino e Aprendizagem na Disciplina de


Informática na Escola Superior Politécnica da Lunda Norte no Cuango no 1º
ano.

Tema elaborado por: Vanilson Gonçalves Queta

Orientado por: Flávio Alcides Cristóvão da Cruz

Cuango, 2017
Vanilson Gonçalves Queta

Caracterização do Processo de Ensino e Aprendizagem na Disciplina de


Informática na Escola Superior Politécnica da Lunda Norte no Cuango no 1º
ano.

Monografia apresentada ao DEI da ESPLNC


Como requesito para a obtenção do grau de licenciatura em pedagogia, na
vertente de Gestão e Inspecção Escolar.

Orientador: Flávio Alcides Cristóvão da Cruz

Cuango, 2017
FICHA CATALOGRÁFICA

Autor: Queta, Vanilson Gonçalves

TEMA: Caracterização do Processo de Ensino e Aprendizagem na Disciplina


de Informática na Escola Superior Politécnica da Lunda Norte no Cuango no
1º ano.
SBN:
1- Queta,Vanilson Gonçalves [ ]
2- CDU ..........DOC (ESPLNC) - No …..
FICHA DE APROVAÇÃO

AUTOR: Vanilson Gonçalves Queta


TEMA:
Caracterização do Processo de Ensino e Aprendizagem na Disciplina de
Informática na Escola Superior Politécnica da Lunda Norte no Cuango no 1º
ano.

Escola Superior politécnica da Lunda-Norte Cuango.


Curso: Pedagogia.
Data de aprovação________________de_________________de 2018
Presidente do corpo de Júri___________________________________
Primeiro vogal_____________________________________________
Segundo vogal_____________________________________________
DECLARAÇÃO DE ORIENTAÇÃO
Declaro que o trabalho realizado por Vanilson Gonçalves Queta,
intitulado ́ ́ Caracterização do Processo de Ensino e Aprendizagem na
Disciplina de Informática na Escola Superior Politécnica da Lunda Norte no
Cuango no 1º ano.``
Um estudo realizado na Escola Superior politécnica da Lunda-Norte, foi
orientado por mim está conforme a norma da ESPLNC e pode ser apresentado
ao corpo de júri de defesa.

O orietador
___________________________
Flavio Alcides Cristóvão da Cruz

DECLAÇÃO DE AUTÓRIA
Declaro ser o autor deste trabalho, intitulado ́ ́ Caracterização do
Processo de Ensino e Aprendizagem na Disciplina de Informática na Escola
Superior Politécnica da Lunda Norte no Cuango no 1º ano``
Um estudo realizado na Escola Superior politécnica da Lunda-Norte, o
qual é de origem própria, todas as doutrinas defendidas nesta obra são de
minha responsabilidade, assim como todos os autores e trabalhos consultados
estão devidamente citados no texto e constam da lista de referencias
bibliograficas incluídas.

O declarante
_______________________________
Vanilson Gonçalves Queta
Sumário
Dedicatória ......................................................................................................... VIII
Agradecimento ..................................................................................................... IX
Epigrafe ................................................................................................................... X
Lista de SIGLAS ................................................................................................... XI
Lista de Tabelas ..................................................................................................XII
Lista de Gráfco .................................................................................................. XIII
Resumo ............................................................................................................... XIV
Abstract ................................................................................................................ XV
Introdução ............................................................................................................. 16
Objectivos. .......................................................................................................... 18
Hipótese ................................................................................................................. 19
Justificativa ........................................................................................................... 19
CAPITULO I -FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. ................................................ 20
1.1. Historia do Ensino Superior e da informática na ESPLNC ...... 20
1.2. Os Professores e a Informática ....................................................... 22
1.2.1. O Ser humano e a Tecnologia................................................... 23
1.3. Informática x Currículo ...................................................................... 24
1.4. Processo de EnsinoAprendizagem da Informática como um
Processo para os Estudantes do 1º Ano da ESPLN/Cuango. ......................... 25
1.4.1. Os momentos do processo ....................................................... 26
1.4.2. Conteúdos de Informática Leccionados na ESPLN/Cuango
28
CAPITULO II -FUNDAMENTAÇÃO METODOLOGICA................................. 31
2.1. Caracterização do campo de estudo ...................................................... 31
Regime de Funcionamento ..................................................................................... 32
2.1.1. Informação dos funcionários e dos estudantes ........................................... 33
2.2. Modelo de pesquisa................................................................................... 33
2.3. População e Amostra. ............................................................................... 34
2.3.1. População ......................................................................................................... 34
2.3.2. Amostra 35
2.4 Técnicas E Insturmentos ........................................................................... 36
2.5. Metódos ....................................................................................................... 37
2.5.1. Métodos Impiricos............................................................................................. 37
2.6. Procedimentos e dificuldades .............................................................. 37
CAPITULO III Apresentação Análise E Interpretação Dos Resultados. 39
3.1. Apresentação, Analise e interpretação dos dados recolhidos através
do Questionário. ....................................................................................................... 39
3.2. Tratamento, analise e interpretação de dados recolhidos através
de uma Entrevista realizada com a direcção da ESPLN/Cuango através
do discurso. ............................................................................................................ 43
Considerações finais .......................................................................................... 47
Sugestões e Recomendações .......................................................................... 48
Proposta Metodologica ...................................................................................... 49
Proposta Curricular............................................................................................. 49
Conclusão .............................................................................................................. 53
Bibliografia .............................................................................................................. 55
Anexos .................................................................................................................... 57
Dedicatória

Com todo respeito, consolância da vida e em consonância com a lei da


natureza eu dedico este trabalho ao meu pai Tito Franco Queta que tanto fez
por mim enquanto esteve em vida.

VIII
Agradecimento

Bem, antes de tudo eu rendo-me a DEUS e grato por tudo que fez e faz
e por ter permitido que esta obra se realizasse, por ter permitido sempre, e que
mesmo com as dificuldades ele deixou acontecer o meu processo de
aprendizagem e não só mas também o crescimento cientifico que temos
vivenciado dentro e fora da Escola.
Se este trabalho consegue alguns resultados no Campo da Substância,
além do da abrangência, será em boa parte devido a ter tido tantos e tão
prestáveis amigos. E por isso agradeço a eles também.
Fico penhorado por toda a direcção da ESPLN/Cuango que sempre
estendeu as suas mãos para que a minha formação fosse um sucesso.
Não podia deixar de agradecer a minha família, com os dois
principais nomes que sempre viram e olharam para o bem-estar da minha
formação, eis a minha mãe Francisca Pedro Gonçalves que sempre
acompanhou e orientou as vértices deste navio, mesmo quando estivesse
afundado eu sempre pude contar com a ajuda da Zita Maria Gonçalves Morais
da Costa, uma irmã incansável desde que eu era um neófito na ciência ela lá
esteve também para clarear o não clareável. E a todos os membros da minha
família placetoriamente me acompanham e me orientam na minha formação
como pessoa.
Dou graças e toda a minha penhoria ainda à todas aquelas pessoas que
estiveram comigo dia a pós dia orando e ajudando para que esta obra fosse
um sucesso e se realizasse como tal. O meu muito Obrigado.

IX
Epigrafe

Não se pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajudá-lo a


encontrar aquilo dentro de si mesmo. Galileu Galilei ( 1564-1642), físico e
astrônomo italiano.

X
Lista de SIGLAS

ESPLN----------------------- Escola Superior Politécnica da lunda Norte


ESPLN/ Cuango----------- Escola Superior Politécnica da lunda Norte/
Cuango
TI------------------------------ Tecnologias da Informação
DAG-------------------------- Departamento da Administração Geral
ULAN______--------------Universidade Lueji A´nkonde
PEA_______--------------- Processo de Ensino-Aprendizagem
DAAC_______------------- Departamento dos Assuntos Académicos
C…………………………..Cuango

XI
Lista de Tabelas

Tabela nº 1 – Caracterização da ESPLN/ Cuango.


Tabela nº 2 - Distribuição de Estudantes por Ano
Tabela nº 3 Amostra
Tabela nº 4 População
Tabela nº 5::::::::1ª Pergunta do Questionário

Tabela nº 6:::::::::2ª Pergunta do Questionário

Tabela nº 7:::::::::3ª Pergunta do Questionário


Tabela nº 8:::::::::4ª Pergunta do Questionário
Tabela nº 9:::::::::5ª Pergunta do Questionário

XII
Lista de Gráfico

Gráfico nº 1 1ª Pergunta do Questionario


Gráfico nº 2 3ª Pergunta do Questionario
Gráfico nº 3 3ª Pergunta do Questionario

XIII
Resumo

O presente trabalho caracteriza, de forma descritiva e com apoio


bibliográfico, o processo de Ensino-Aprendizagem da disciplina de Informática
na ESPLN/ Cuango na disciplina de informática, teve como ferramenta de
auxílio a prática pedagógica aqui fui exposto e, também, os aspectos
directamente ligados à inserção da “ferramenta” computador na Escola
Superior. Durante toda a fundamentação banhamo-nos de várias ideias que
juntas fazem o estado da arte autores como é o caso de Gil (2008), Tavares e
Alarcão (1983), Jean Piaget(1982), Libâneo (2002), Dwyer (2003), esta
caracterização conta com uma análise do Processo de Ensino-Aprendizagem
da cadeira de Informática na ESPLN no Cuango, na realização desse estudo
utilizamos vários métodos desde os empíricos aos teóricos, os impíricos com a
intenção de fazer mineração de dados a retirar algumas conclusões a partir da
pouca informação disponível, pudemos, ainda, a partir de uma variada gama
de métodos, desenvolver esta pesquisa a partir de uma amostra aleatória,
mais não fizemos qualquer tipo de inferência. Nosso principal o objectivo é
Caracterizar o Processo de Ensino-aprendizagem da cadeira de informática na
ESPLN/Cuango no 1º ano. Envolvi, o diagnostico, de duas questões como é, e
porquê que é? E dessa maneira revisamos os conteúdos ali estudados e em
função do que pensamos que deve ser depois dos resultados dos nossos
métodos empíricos que envolveu o questionário com os alunos e a entrevista
com a direcção, isto é, com a área que responde aos currículos que é a área
cientifica, pudemos então assim propor um currículo e métodos para que
tornasse o processo mais eficiente e cada vez melhor, mostramos também que
a ESPLN/C tem objectivos específicos com a informática e esses objectivos só
serão alcançados com um currículo muito especifico ao que eles pretendem
com os seus objectivos, depois de tudo isto podemos dizer que o ensino e
aprendizagem da informática ESPLN/C é razoável, isto porque depois do
questionário aplicado aos estudantes 50 % destes, demonstram que o
processo está razoável. Uma vez que a direcção da escola aponta situações
que nos levam a concluir que o processo está a razoável.

Palavras Chave: Processo, Ensino e Aprendizagem, Informática

XIV
Abstract

This work was support with bibliographic contents, the teaching learning
process of computer sistems discipline in ESPLN/Cuango had like tool as help
to teaching practice, in this way show many things about, so that to show the
computer tools to put in university. During the development of this work we
converse with some authores, we joined some ideas, some author such as Gil
(2008), Lopes (2014) And Gallo (1994), Jonassen(1996), Borba (2001),
Fazenda (1993), This characterization does an analyze of teaching- learning
process of computer sistems discipline in ESPLN/Cuango, to make this work we
used many methods as common and theoretical, we used the common method
so that to do some information mining to take out results and finalize from rare
information that we have. We develop this work from a doubtful trial, but we
don´t do any sequitur. Our main purpose is to characterize the teaching learning
process of computer sistems discipline in ESPLN/Cuango in 1st university
grade. I joined the two both question diagnostic how it is and why it is? In that
way we did overhaul the contents that they had been studing, after that we did
offer a curriculum and teaching methods so that to improve this process, we
show that ESPLN/C has especific purpose with the computer sistems discipline
too and thise purpose will just be found with a especific curriculum, after that we
can it does meaning that the teaching and learng in computer siistem discipline
in ESPLN/C is reasonable, it beacause we made the questionnaire and 50% of
students show us that the process is reasonable

Key Words: Process, Teaching, Learning, and computer sistems.

XV
VIII
Introdução

Quatro anos após cumprir coma parte curricular da minha formação foi
me proposto monitoria de uma das disciplinas, tal facto me fez entender todos
os lados do processo, mas isto de um modo mais especifico, sendo capaz de
apontar e viver nas duas pessoas as características do processo de ensino
aprendizagem da cadeira de informática na mesma instituição aonde
estudamos. Nasceu então dai a ideia de caracterizar o PEA de informática
olhando tanto para o contexto como para as características pedagógicas, que
nos levou a uma proposta de um programa curricular para ESPLNC com os
devidos procedimentos técnicos e metodológicos que figuram pontos
importantes no corpo de todo estudo. Os dados apresentados possuem
explicações claras e evidências estatísticas suficientes para possíveis soluções
para alguns dos problemas verificados no processo de ensino-aprendizagem
de informática. A proposta por se só é robusta estando devidamente adaptada
a região mais não foge ao plano nacional e segue o rumo global.

A principal estratégia foi adquirir informação auxiliar a partir de artigos e livros


bem como uma exaustiva pesquisa a programas de outras instituições, e
pesquisa em sites especializados para busca de informação por se tratar de um
problema específico, assim além da metodologia usada ser a dedutiva e
hipotético-dedutiva ele tem um pendor de uma pesquisa bibliográfica.
Após concluído a busca de informações e completo o nosso acervo
bibliográfico para o estudo em questão começamos por determinar a parte
inicial do nosso estudo, com a formulação dos seguintes itens: Formulação do
problema; Objectivos; Delimitação do Campo de Estudo; Justificativa; e
estabelecer hipóteses, estas que não tivemos oportunidade de as testar.
Feita a parte introdutória rumamos para o Capitulo I Fundamentação
teórica, que fez o alicerce de nossa pesquisa mais forte com diversas
contribuições do tema em estudo contendo o conjunto de factos que juntos
fazem a génese da informática na ESPLNC, bem como a definição de termos e
conceitos. Que teve o cuidado de contar a historia do desenvolvimento da
informática nas diversas épocas, importância e aplicação e faz uma apreciação
no contexto escolar e sua metodologia de ensino. Defini estrutura, programa,
ensino, e outros aspectos importantes.
No capítulo II Fundamentação Metodológica faz uma detalhada
caracterização do campo de estudo desses as características físicas, técnicas
as humana bem como de todos os participantes da pesquisa faz apresentação
do quadro metodológico do estudo que é caracterizada como uma pesquisa do
tipo survey com instrumento mais usado a ser o questionário mais que também
apoia-se em entrevistas como técnica de colecta de dados.

16
No capítulo III faz uma análise descritiva de cada questão com a
apresentação dos resultados obtidos de cada variável destacada, apresenta
gráficos explicativos que nos leva a compreensão do real estado do PEA da
disciplina que é caracterizado como razoável apesar das dificuldades. Está
presente a proposta de um programa, que se vê como inovador flexível e
abrangente destinado ao contexto específico no qual esta inserida a escola e
da realidade educativa em Angola, deixa recomendações claras para melhoria
do processo suas conclusões são de fácil percepção.

17
Problema

Como caracterizar de maneira eficaz o Processo de Ensino e


Aprendizagem da cadeira de Informática na Escola superior Politécnica do
Cuango no 1º ano?

Objecto De Estudo

Processo de Ensino e Aprendizagem da Informática.

Vem ser este o objecto de estudo do trabalho porque é a área ou


inclinação científica do trabalho, ou seja, ciência em que está enquadrada o
tema. Num sentido mais restrito diríamos que o objecto de estudo é Didáctica
da informática, isto porque quem desenvolve o processo de ensino e
aprendizagem de qualquer ciência ou disciplina é a Didáctica, então esta é a
nossa área de inclinação.

Campo de Acção

Processo de Ensino e aprendizagem da cadeira de Informática na


Escola Superior Politécnica da província da Lunda Norte no Município do
Cuango.

Já o campo de acção envolve o lugar do estudo e a inclinação cientifica


do estudo em causa, por isso estamos a então dizer que, num sentido restrito o
campo de acção é A Didáctica na Escola Superior Politécnica da Lunda Norte
no Cuango.

Objectivos.
Para a solução do problema científico propusemos os seguintes
objectivos gerais e específicos:

Objectivo Geral:

Caracterizar o Processo de Ensino-aprendizagem da cadeira de


informática na ESPLN/Cuango no 1º ano.

Objectivos Específicos:

18
➢ Diagnosticar o Estado actual do Processo de Ensino e
Aprendizagem da cadeira de Informática
➢ Revisaros conteúdos leccionados
➢ Propor um programa educativo de informática flexível e
dinâmico adequado para o nível de Ensino Superior e para
estudantes em continua e constante evolução.

Hipótese
Se Propuser um currículo de informática evolutivo que permite ao
estudante construir o seu próprio mundo intelectual, então poderemos obter,
mentes brilhantes e profissionais fascinantes, tendo cumprido dessa maneira
com o objectivo da disciplina.

Justificativa

Mesmo sendo pioneiro na investigação a problemática em estudo foi


sempre um motivo de indagação, facto surgido, pois constatamos durante
nossa formação que os estudantes da Instituição em causa (ESPLN/Cuango)
mesmo possuindo notas de avaliação positivas na cadeira de informática como
disciplina do Iº ano, apresentavam muitas dificuldades no uso do computador
principalmente no momento em que escreviam a sua monografia. Em
conformidade com este processo, despertou-nos a curiosidade para a
delimitação do tema de investigação. Depois de termos feito uma observação
ostensiva na ESPLN/Cuango, podemos então estar convencidos de que os
estudantes desta na sua maioria não possuem o conjunto de conhecimentos
indispensáveis á compreensão e utilização da informática do ponto de vista do
utilizador. Preocupa-nos bastante porque na era em que estamos (
contemporânia) utilizamos como principal ferramenta de trabalho o
computador, quer dizer que estamos obrigados a conhecer a informática para o
estudo de qualquer ciência, hoje encontramos estudantes com dificuldades na
utilização do processamento de texto, bem como para o trabalho de internet
(pesquisa), mesmo depois de passarem o 1º ano com êxito, como estudantes
que somos fomos notando que os professores dão mais ênfase ao ensino da
teória.
Enquanto hoje pretende-se que o estudante consiga pelo menos;
identificar as características e utilizar um sistema operativo monoutilizador, criar
documentos de texto, utilizar de forma sistemática a internet como meio de
pesquisa de informação, bem como utilizar o correio electrónico, encontramos
ainda dificuldades destes estudantes de realizarem estas tarefas que são
objectivos primordiais da cadeira.

19
CAPITULO I -FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.

1.1. Historia do Ensino Superior e da informática na ESPLNC

Num sentido onde os recursos cognitivos são importantes, a instituição


universitária como escola adquire um papel relevante por lhe competir a missão
de gerar e difundir o conhecimento e transmitir a experiência cultural e cientifica
acumulada pela humanidade. A universidade assume o papel de instituição de
formação inicial e contínua dos recursos humanos ao mesmo tempo em que
preserva o património cultural nacional e universal. Através da investigação, ela
cria condições para que a ciência e a tecnologia continuem a desenvolver-se e
a ter impactos no desenvolvimento social.

Durante muito tempo prevaleceu no âmbito do Ensino Superior a crença


de que, para se tornar um bom professor neste nível, bastaria dispor de
comunicação fluente e sólidos conhecimentos relacionados a disciplina que
pretende-se lecionar. A justificativa dessa afirmação fundamentava-se no facto
de o corpo discente das escolas superiores serem constituído por adultos,
diferentemente do corpo discente do ensino básico ser constituído por crianças
e adolescentes, assim esses alunos não necessitariam de auxilio pedagógico.
Alias. O próprio termo pedagogia tem sua origem relacionada a palavra criança
( em grego: Paidos= criança; gogein= conduzir).
Por isso concordamos com o olhar de Gil (2008 p. 1), que nos mostra
que

Os estudantes Universitários, por já possuirem uma “personalidade


formada”e por saberem o que pretendem, não exigiriam de seus
professores mais do que competênacia para transmitir os
conhecimentos e para sanar suas dúvidas. Por essa razão é que não
se verificava preocupação explicita das autoridades educacionais
com a preparação de professores para o Ensino Superior. Ou melhor,
preocupação existia, mas com a preparação de pesquisadores
ficando subentendido que quanto melhor pesquisador fosse mais
competente professor seria.

Dessa maneira só nos resta aflorar que é necessario que devemos nos
preocupar mais no formar professores para o ensino superior, e é de dizer que
adultos também precisam de uma boa direcção e condução de um profissional.

Na ESPLN/C a disciplina de informática tem sofrido evoluções lentas isto


devido a realidade do município (Cuango) e também devido a sua
complexidade como disciplina dentro de um processo alongado, leva 5 anos
desde que começou a se estudar informática na ESPLN/C e teve um inicio com
as bases não criadas, isto porque não possuia um laboratório de informática,
posteriormente, isto é, um ano depois criou-se um laboratório com as

20
necessidades básicas, mas viu que um laboratório não bastaria para que o
processo se efectivasse na prática, viu-se que não são três (3) horas da
semana que trara uma efectividade no processo de ensino aprendizagem da
mesma, é preciso que estes vivenciam com o objecto de estudo desta para que
conhecessem e manuseassem as ferramentas com normalidade, com o andar
do tempo essa realidade foi se moldando, isto principalmente porque os novos
estudantes eram de uma faixa etária mais jovem em ralação aos estudantes
dos anos anteriores e já possuem no seu cotidiano as ferramentas básicas
para o uso da informática e isto foi facilitando o ensino e proporcionando maior
e melhor aprendizagem.

Dessa maneira se pode ainda dizer que o acesso à Informática deve ser
visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas ( ESPLN/C) e
particulares o estudante deve e pode usufruir de uma educação que no
momento atual inclua, no mínimo, uma‘alfabetização tecnológica, e claro na
ESPLN/C não estão isentos disso, tudo isto porque o mundo hoje gira no seio
da tecnologia, por isso é que troussemos aqui as ideias de Levy (1994) que
conta que,

" novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no


mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os
homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da
metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os
tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são
capturados por uma Informática cada vez mais avançada.

A ESPLN/C vive uma constante mundança no seu mundo isto porque,


com a informática lá se desenvolvem homens com o uso de vários dispositivos
informacionais delimitam cada vez mais o seu indole sobre informática
atingindo cada vez mais patamares mais avançados e cuidadosos, apesar
deste ser e estar com passos curtos e resfriado.

Não podemos separar a ESPLN/C dos ideias da informática por isso


vamos olhar para o pensar de ( MARÇAL FLORES - 1996 ) Concordamos com
ele uma vez que demostra que “A Informática deve habilitar e dar
oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo
ensino aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares
visando o desenvolvimento integral do indivíduo.”

Na integridade do conhecimento de uma ciência precisamos olhar e


obter habilidades especifica e ganhar novas oportunidades angariando mais
conhecimento, isto é o que a informática deve habilitar também nos estudantes
da ESPLN/C.
Hoje sabemos que para que o processo de ensino aprendizagem
funcione não precisamos só de um bom laboratório, nem tão pouco só de um

21
bom professor, mas também precisa-se de um coordenador do laboratório de
informática, e de uma boa utilização do laboratorio, o que não se nota sua
presença na Escola do nosso estudo.

1.2. Os Professores e a Informática


Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir
sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de
ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, como também
construí-la. Para que isso ocorra! O professor tem que ir para o laboratório de
informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.
Nessa mesma linha de pensamento mas uma vez GOUVÊA nos brinda
aqui com o seu pensamento,
“O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se
apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-
a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o
primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo
diferente com o conhecimento, sem deixar as outras tecnologias de
comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela
palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos
e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela
informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que
vão se aprofundando às nossas vistas...”

Concordando com os ideias de Gouvêa, tendo a dizer que o professor


deve interiorizar-se naquilo que ensina, deve colocar a informática no seio do
seu dia-a-dia e poder ensinar aquilo que ele faz, ensinado assim o que ele vive,
para transpor o real significado na acção de aprender e assim exercer
mundança significaficativa no seio do aprendente.
Mas, trazemos Fróes que nos mostra o que fazer para o professor
apropriar-se dessa tecnologia, FRÓES afirma que deve-se “mobilizar o corpo
docente da escola a se preparar para o uso do Laboratório de Informática na
sua prática diária de ensino aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do
professor um especialista em Informática, mas de criar condições para que se
aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da utilização
gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação
da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas
possibilidades de sua utilização educacional.”
Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um
agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de
facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero
transmissor de informações.

22
Mas o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua
ação pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está
constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta
haver um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa
haver o facilitador que gerencie o processo pedagógico.
1.2.1. O Ser humano e a Tecnologia
O mundo vem vivendo transformações devido o homem, pelo homem,
nós olhamos para o pensamento de Segundo FRÓES :
“A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por
vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor,
que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e
profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos
completa, nos amplia.... Facilitando nossas ações, nos transportando,
ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos
tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam...”

A informática não causa mudanças apenas no que fazemos, mas


também em nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos
e no nosso relacionamento com o mundo. Vivemos num mundo tecnológico,
estruturamos nossa ação através da tecnologia, concordamos também com o
relato de KERCKHOVE , na Pele da Cultura “os media eletrônicos são
extensões do sistema nervoso, do corpo e também da psicologia humana”.
Nos apegando ainda em (FRÓES) para bem justificarmos isto temos
que,
“Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a
multimídia, a Internet, a telemática trazem novas formas de ler, de
escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de
textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma
distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado,
provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o
que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como
conseqüência, a um pensar diferente.”

Nós não nos limitamos e por isso induzimos aqui também o ponto de
vista de BORBA(2001) que vai um pouco mais além, quando coloca “seres
humanos com mídias” dizendo que “ os seres humanos são constituídos por
técnicas que estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo,
esses mesmos seres humanos estão constantemente transformando essas
técnicas.” ( p.46)
Sem discordar com essas ideias que nos levam a resumir que a
existência de erros sinaliza um abalo profundo na confiança de todos com
relação ao papel da tecnologia. Portanto, na prática pedagógica o professor
deve propor projetos que provoquem um estudo sistemático, uma investigação
orientada, para ultrapassar a visão de que o aluno é produto e objeto, e torná-
lo sujeito e produtor do próprio conhecimento.

23
Dessa mesma forma devemos entender a Informática. Ela não é uma
ferramenta neutra que usamos simplesmente para apresentar um conteúdo.
Quando a usamos, estamos sendo modificados por ela.
1.3. Informática x Currículo
O principal objetivo, defendido hoje, ao adaptar a Informática ao
currículo escolar, está na utilização do computador como instrumento de apoio
às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos
para uma sociedade informatizada.
Num assunto desses só encontramos JONASSEN (1996) um dos
muitos que se dedicou em dizer que,
Entretanto esse assunto é polêmico. No começo, quando as
escolas começaram a introduzir a Informática no ensino,
percebeu-se, pela pouca experiência com essa tecnologia, um
processo um pouco caótico. Muitas escolas introduziram em
seu currículo o ensino da Informática com o pretexto da
modernidade. Mas o que fazer nessa aula? E quem poderia dar
essas aulas? A princípio, contrataram técnicos que tinham
como missão ensinar Informática. No entanto, eram aulas
descontextualizadas, com quase nenhum vínculo com as
disciplinas, cujos objetivos principais eram o contato com a
nova tecnologia e oferecer a formação tecnológica necessária
para o futuro profissional na sociedade. Com o passar do
tempo, algumas escolas, percebendo o potencial dessa
ferramenta introduziram a Informática educativa, que, além de
promover o contato com o computador, tinha como objetivo a
utilização dessa ferramenta como instrumento de apoio às
matérias e aos conteúdos lecionados. Entretanto esse apoio
continuava vinculado a uma disciplina de Informática, que tinha
a função de oferecer os recursos necessários para que os
alunos apresentassem o conteúdo de outras disciplinas.

Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das


peças principais. Conceber a Informática como apenas uma ferramenta é
ignorar sua atuação em nossas vidas. E o que se percebe?! Percebe-se que a
maioria das escolas ignora essa tendência tecnológica, do qual fazemos parte;
e em vez de levarem a Informática para toda a escola, colocam-na circunscrita
em uma sala, presa em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único
professor. Cerceiam assim, todo o processo de desenvolvimento da escola
como um todo e perdem a oportunidade de fortalecer o processo pedagógico.
A globalização impõe exigência de um conhecimento holístico da
realidade. E quando colocamos a Informática como disciplina, fragmentamos o
conhecimento e delimitamos fronteiras, tanto de conteúdo como de prática.
Segundo GALLO (1994 ) “A organização curricular das disciplinas
coloca-as como realidades estanques, sem interconexão alguma, dificultando

24
para os alunos a compreensão do conhecimento como um todo integrado, a
construção de uma cosmovisão abrangente que lhes permita uma percepção
totalizante da realidade.”
Dentro do contexto, qual seria a função da Informática? Não seria de
promover a interdisciplinaridade ou, até mesmo, a transdisciplinaridade na
escola?

1.4. Processo de EnsinoAprendizagem da Informática como um


Processo para os Estudantes do 1º Ano da ESPLN/Cuango.
Ensinar e aprender são como as duas faces de uma mesma moeda. A
Didática não pode tratar do ensino, por parte do professor, sem considerar
simultaneamente a aprendizagem, por parte do aluno. O estudo da dinâmica
da aprendizagem é essencial para uma Didática que tem como princípio básico
não a passividade, mas sim a actividade do aluno/estudante. Por isso,
podemos afirmar que a Didática é o estudo da situação instrucional, isto é, do
processo de ensino e aprendizagem, e nesse sentido ela enfatiza a relação
professor-aluno, ou seja, ensino aprendizagem.

O processo de ensino aprendizagem tem como propósito essencial


favorecer a formação integral da personalidade do educando, constituindo uma
via principal para a obtenção de conhecimentos, padrões de conduta, valores,
procedimentos e estratégias de aprendizagem. Das principais desfazagem
encontradas no processo de ensino da informática na ESPLNC não vão de
acordo ao acima citado não existindo interligação entre os mesmos.
A respeito disso, “o estudante se educa como consequência de que se
prepara para trabalhar, não fazendo uso da ciência como instrumento
fundamental para fazer mais eficiente sua actividade e os demais conscientes
que satisfazem suas necessidades. O ensino deixa de visar a aprendizagem e
torna-se apenas um caminho para um fim.
Sendo este um fenómeno, um processo bastante complexo. Se
limitarmos em que a aprendizagem é apenas um processo de aquisição de
conhecimento, conteúdo ou informação, estaríamos a deixar um vazio na ideia
visto que estas informações são importantes e que estas precisam passar por
um processamento muito complexo, a fim de se tornarem significativas para a
vida das pessoas. Todos os dados da experiência devem ser trabalhados de
maneira consciente e crítica por quem os recebe.
Devemos descrevê-la como (SCHMITZ. E.F.Op.cit. p53). que diz que a
aprendizagem como sendo “um processo de aquisição e assimilação mais ou
menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser e agir” .
Sem perder o pensamento, então o processo de ensino aprendizagem
pode ser definido como um processo pelo qual o professor conduz e orienta
sistematicamente o aluno a fim de garantir nele a apropriação activa e criadora

25
da cultura, propiciando o desenvolvimento da sua autonomia e
autodeterminação em plena conexão com processos da socialização.
So nos resta conconrdar com Schmitz, e mostrar que quando se
aprende algo isto se mostra e se vive, o que não tem se vivido na ESPLN/C
com a informática, diante dessa realidade não olhamos só ao aprendente, mas
damos atenção apesar de não ser previlegiado também ao ensinante que deve
não só perceber e agir no ser da ciência, mas também adquirir, e obter
consciencia com a prática daquilo que ele ensina.
1.4.1. Os momentos do processo
Vamos observar o processo de introdução da Informática no ambiente
escolar através de vários momentos. Muitos devem estar pensando que é
pretensão minha dividir esse processo em momentos. Mas o que estou
tentando é pontuar alguns desses momentos; além do mais, penso que seja
necessária essa visão, para podermos ter a idéia de processo que nos oriente
nessa trajetória.
Lopes (2014), menciona que nesse processo podemos destacar quatro
momentos, que apresentam características bem definidas. Não existe, aqui, o
objetivo de delimitar cada momento, pois nós, professores, podemos vivenciar
características de vários momentos, apesar de sempre um predominar.
Sabemos que, nos dias de hoje, qualquer pessoa deveria, no mínimo,
saber manipular um micro; infelizmente essa não é nossa realidade. Os
professores atuais estudaram em uma época em que a Informática não fazia
parte do dia-a-dia, e, dentre os professores que estamos formando para o
futuro, pouco estão sendo preparados para mudar essa realidade.
Ao introduzir-se a Informática educativa, percebe-se um primeiro
momento, no qual o professor reproduz sua aula na sala de Informática. É o
momento durante o qual a preocupação central é observar a ferramenta.
Esse momento é muito importante e não se deve forçar o professor a
uma mudança de atitude diante da potencialidade expressa pelo computador.
É o momento do contato, de domínio, em que ele precisa estar seguro diante
introdução da Informática. Segundo PENTEADO (2000) :
“Professores devem ser parceiros na concepção e condução das
atividades com TI ( Tecnologias Informáticas) e não meros
espectadores e executores de tarefas.” O importante é que o
professor se sinta como uma peça participativa do processo e que a
aula continua sendo dele, apesar de ser preparada, na sua forma, por
um instrumento estranho ou por outra pessoa. Nesse momento ele
observa a Informática como um novo instrumento, um giz diferente! E
usa, com mais freqüência, os softwares educacionais existentes na
praça.

A mudança ocorre, quando o professor perceber que pode fazer mais do


que está acostumado; é o momento em que ele começa a refletir sua prática e

26
percebe o potencial da ferramenta. Nesse momento o professor está vulnerável
as mudanças. Ele vai da defesa para a descoberta. É o momento propício para
o coordenador de Informática sugerir modificação na sua prática pedagógica.
Nesse segundo momento, as mudanças ocorrem mais na forma de
trabalhar a aula. Agora existe uma preocupação de explorar a ferramenta, para
ajudar no processo de aprendizagem. É nesse momento que surgem os
softwares de autoria, os simuladores e os projetos dos alunos, mas o professor
ainda não consegue transcender sua aula. A preocupação se dá ainda com o
conteúdo da sua disciplina. Mas, agora, aparece um novo elemento: o
descobrir leva a um desafio constante, que leva a sua preocupação para o
processo de aprendizagem.
O terceiro momento é marcado pela preocupação com o processo de
aprendizagem e pela interdisciplinaridade, existe uma busca de alternativas
para tentar reorganizar o saber, dando chance ao aluno de ter uma educação
integral.
Entretanto é o momento em que o professor precisa de um apoio da
coordenação ou, até mesmo, da direção. É o momento em que necessita de
um projeto pedagógico da Escola, a fim de trabalharem juntos.
Aqui trazemos as ideias sobre interdisciplinariedade de Ivani Catarina Arantes
FAZENDA:
“A atitude interdisciplinar não está na junção de conteúdos, nem na
junção de métodos; muito menos na junção de disciplinas, nem na
criação de novos conteúdos produtos dessas funções; a atitude
interdisciplinar está contida nas pessoas que pensam o projeto
educativo. Qualquer disciplina, e não especificamente a didática ou
estágio, pode ser a articuladora de um novo fazer e de um novo
pensar a formação de educador.” (FAZENDA, 1993:64)

É o momento em que o professor passa a usar outras tecnologias, mas,


apesar de seu olhar para fora da escola, ainda continua preso a ela. Os
softwares de autoria são muito trabalhados, como também a Internet. Porem,
ainda do ponto de vista informativo, participa de alguns projetos colaborativos;
entretanto busca trabalhar o conteúdo escolar.
Nesta senda de ideias nem podiamos nos esquecer de HEINECK
quepropõe:
“Os educadores têm que ser capazes de articular os conhecimentos
para que o todo comece a ser organizado, e assim inicie-se a
superação da disciplinarização, do saber imposto e distante da
realidade vivida pelo educando. Uma prática interdisciplinar,
certamente contribuirá para o forjamento de cidadãos conscientes de
seus deveres e capazes de lutarem por seus direitos com dignidade.”

27
O quarto momento é marcado pela transcendência além dos muros da
escola, escola-bairro, escola-cidade, escola-escola e escola-mundo. É o
momento da troca, da comunicação e participação comunitária. É o momento
da aprendizagem cooperativa. A preocupação é o processo de aprendizagem,
mas voltado para uma interação social. O conteúdo é trabalhado dentro de um
contexto, a ênfase é dada à coletividade; a participação política e social , à
cidadania.
Por esse motivo concordamos ao modo como diz LEVY,
A construção do conhecimento passa a ser igualmente atribuída aos
grupos que interagem no espaço do saber. Ninguém tem a posse do
saber,as pessoas sempre sabem algo, o que as tornam importante
quando juntas, de forma a fazer uma inteligência coletiva. "É uma
inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada,
coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva
das competências." (LÉVY, 1998, p. 28)

O interessante seria que a escola, como um todo, passasse por esses


momentos, todavia o que se percebe hoje é que a ESPLN/C está no terceiro
momento. Isto por falata da interdisciplinariedade entre os professores e do
apoio constante e especifico da direcção ao professor e também ao segundo
momento tudo por falta de um projeto pedagógico, do apoio de uma pessoa
que exerça a função de um coordenador de Informática, ou melhor, de uma
vontade política. Não é que lá existe os outros momentos com efectividade
concreta, mas é que nestes pontos citados são os que apresenta maiores
galhas, contribuindo para o fracasso do processo como tal.
1.4.2. Conteúdos de Informática Leccionados na ESPLN/Cuango

A informatica é ciencia como uma das mais favoritas nas ciencias de


tecnologias de comunicação, deve-se relacionar neste caso o computador com
as atuais exigencias da sociedade. Ou seja, compreender a
interdisciplinaridade do eixo Temático e os conteúdos da disciplina, isto no seio
da ESPLN/Cuango.

Na ESPLN/ Cuango, segundo o programa do curso de Pedagogia e do


seu perfil académico (2012), traz como objectivo geral de capacitar os alunos
na comunicação da sociedade da informação: navegarem na internet bem
como enviar e ler emeils, e outros tantos objectivos especificos como Aprender
a utilizar de forma educativa os programas básicos de informatica: sistema
operacional, editor de texto, apresentações eletrónicas e internet, bem como
utilizar os recursos tecnológicos a favor da educação.

Ainda segundo o programa do curso de Pedagogia e do seu perfil


académico (2012) na ESPLN/ Cuango,

28
A pedagogia é uma Ciencia que ajuda a compreendercomo um
campo de conhecimento que estuda o sistema da teoria e das
práticas educativas,analisa por sua vez a relevância do trabalho do
professor e suas atribuições nos contextos escolares e não-
escolares. A Pedagogia se ocupa do acto educativo; interessa-se
pela prática educativa, fazendo parte da atividade humana e da vida
social do indivíduo. A educação é prática humana e social, que
transforma os seres humanos nos seus estados físicos, mentais,
espirituais, culturais, dando a configuração a nossa existência
humana individual e coletiva. E não só, mas também, oferecer
subsídios teoricos e praticos para capacitar o estudante futuro
professor do curso de pedagogia e não so, a buscar e alcançar o
nivelamento dos conhecimentos pedagogicos e metodologicos para a
sustentabilidade cientifica, assim bem como conhecer e se
familiarizar com as técnicas de ensino das ciências.

Atendendo estes objectivos ora produzidos pela ULAN e para ESPLN/


Cuango e seus estudantes do curso de pedagogia, não se podia esquecer da
Informática que viria e seria mas uma disciplina que ajudaria no enfoque e no
cumprimento de seus objectivos, visando então a busca e o alcance do
nivelamento dos saberes sobre pedagogia e metodologias cientificas e que
dominassem as técnicas das ciências envolventes.

Tendo isto em conta, tem se procurado se cumprir com estes


objectivose para istoa disciplina conta com o vasto conteúdo programático
envolvendo o seguinte quadro temático:

Tema I-História da informatica, equipamentos e programas (Hardwere e


Softwere),
Tema II-Sistemas operacionais
Tema III-Editores de texto e apresentações eletronicas,
Tema IV-Navegação na grande rede mundial e comunicação eletrónica

Depois do diagonóstico que estamos a realizar na mesma escola,


respondendo com os Primeiros objectivos especificos deste trabalho, até aqui
podemos afirmar que, depois de revisado o conteúdo ora leccionado nesta, e
nesta disciplina, tem estado equivalente ao programa do curso por volta de
73,5 %, isto é analisado numa visão qualitativa, que será melhor explicito e
bem predencioso (dividido)nos capítulos a baixo.

Mas uma vez segundo a mesma fonte (o programa do curso de


Pedagogia e do seu perfil académico (2012) na ESPLN/ Cuango),

Deve-se realizar dinamica de grupo e discussões em pequenos e


grandesgrupos, bem como produção de textos coletivos e individuais
para elaboração de um projecto, criação de um texto dissertativo,
aprentação eletrónica, utilizando o editor de texto, utilização de video

29
projeção (data show) e o laboratorio de informática com exercicios
práticos durante as aulas.

Na execuação da metodologia desse conteúdo, para que se cumpra


melhor com o grande objectivo de capacitar os alunos na comunicação da
sociedade da informação: navegarem na internet bem como enviar, reenviar e
ler emeils deve-se dar maior enfâse em aulaspráticas e teórico- práticas no
laboratório de informática do que do que nas aulas simplismente teoricas em
sala de aula, e não deve ser como se foi notando na era do diagnóstico
levantado na escola em estudo. (fomos notando que os conteúdos práticos
foram divididos em semestres diferentes,dos conteúdos teoricos, um semestre
para cada tipo de conteúdo).

Em todo e qualquer processo de ensino aprendizagem deve existir uma


avaliação e para que esta corra condignamente, deve-se ter em conta a
existência dos principais elementos envolventes a ele, e devemos relembrar
mais uma vez o coordenador do laboratório de informática, como vimos acima.

E dessa maneira, a avaliação tem ocorrido duranre todo


desenvolvimento do curso de forma que tem valorizado e incentivado o debate
e a leitura crítica dos conteúdos, com retorno dos estudantes durante o
processo das aulas. Todas as atividades realizadas durante o curso têm sido
instrumentos de avaliação inclusive a leitura prévia dos textos, participação em
sala de aula como indica, (o programa do curso de Pedagogia e do seu perfil
académico (2012) na ESPLN/ Cuango).

A avaliação faz parte do processo de ensino aprendizagem e como não


devia faltar ela faz parte deste processo no seio dos estudantes da
ESPLN/Cuango, como mostra o seu programa proposto para a sua docência e
prática pedagógica. Embora haja ausência do coordenador de laborátorio de
informática.

A Informática como pode notar, deve fazer parte do projeto político


pedagógico da escola, projeto esse que define todas as pretensões da escola
em sua proposta educacional.
Podemos, agora, tirar algumas conclusões importantes sobre a
introdução da Informática na escola. Ela ocorre:

• Dentro de um processo, com alguns momentos definidos;


• Quando existe a figura do coordenador de informática que articula e
gerencia o processo, de modo a buscar os recursos necessários e mobilizar os
professores.
• Quando essa introdução está engajada num projeto pedagógico, com o
apoio da direção que oferece os recursos necessários

30
CAPITULO II -FUNDAMENTAÇÃO METODOLOGICA

2.1. Caracterização do campo de estudo


A escola é recente tendo apenas seis anos de existência. Sediada no
Cuango, como Unidade Orgânica da Universidade Lueji A’Nkonde foi criada
pelo Decreto no 7/09 de 12 de Maio. Para a funcionalidade da Escola no ano
académico 2012 foi nomeada a respectiva Direcção pela Sua Excelência Sra.
Ministra do Ensino Superior e da Ciência e Tecnologia, Doutora Maria Cândida
Pereira Teixeira, aos 09 Maio de 2012.

Um único curso em funcionamento que confere o grau de licenciatura


em ciências da educação nas especialidades de Educação de Infância;
Educação Primária; Educação Especial; Gestão e Inspecção Escolar, com
duas especialidades disponíveis no momento, Gestão e Inspecção Escolar,
Educação Primária, mas desenhado para quatro. Prevê-se até agora um maior
número de estudantes formados em Gestão e Inspecção Escolar, que é a
especialidade no curso com maior inclinação. Contamos assim com 4 salas
para aulas, cada uma delas com mais de 35 alunos, uma sala de professores,
uma biblioteca, um laboratório de informática, uma sala para o segurança, uma
cantina, uma reprografia, um auditorio, 7 gabinetes, um para o Decano geral,
outro para o Vice-decano para assuntos acadêmicos e vica estudantil para
área académica, um para a Vice-decana para assuntos científicos e pos
graduação, um para o Chefe do Departamento dos assuntos académicos, um
para o Departamento de Ensino e Invesitgação, outro para o Departamento da
Administração Geral ( DAG) e referentes Repartições e outo que é o
Atendimento Geral, três quarto de banho, uma para os docentes e os outros
para os estudantes.

No ano de 2015 foram abarcadas a anterior estrutura, ao longo dos


anos, gabinetes para as principais estruturas administrativas da escola, sala
para professores, refeitório, assim, A ESPLN/Cuango, dispõe de 4 salas para
aulas, 7 gabinetes e 48 funcionários administrativos, e Docentes distribuídos
nas seguintes areas:

➢ Gabinete do Direcção Geral, dois (2) Funcionários;

➢ Área Académica, seis (6) funcionários;

➢ Área Cientifica,quatro (4) funcionários;

➢ Área da Administração Geral ( DAG), quatro (4) funcionários.

➢ Motoristas, dois 2

➢ Auxiliares de limpeza e segurança, Oito (8)

31
➢ Professores, 22 ( vinte e dois)

A ESPLN/Cuango, geograficamente, a escola abrange os seguintes


limites:
➢ A Norte, pela Escola Primariae doIº Ciclo do Ensino Secundário-
Samuamba, pelo BPC e Hospital municipal;

➢ A Sul é limitada pelo projecto das 200 ( duzentas) casas;

➢ A este, é carcerada pelo: bairro novo;

➢ A Oeste, tem por fronteira o rio Cuamgo.

O Bairro onde se encontra a referida escola, o nome de Samuamba.


Parte norte do município do Cuango, está rodeado de casas com moradores e
com uma distância de quatro (4) metros, em paralelo uma estrada terciária, faz
intercessão com outras estradas que se cruzam, praticamente no centro das
actividades administrativas do Cuango.

Regime de Funcionamento

As actividades lectivas são desenvolvidas em dois regimes, no regime


da manhã e no regime da noite, isto é, das 7 horas e 30 minutos até as 12
horas e 55 minutos, e o regime da noite é das 17 horas e 55 minutos até as 22
horas e 55 minutos.
TABELA nº 1 – Caracterização da ESPLN/ Cuango.
Estrutura Física ESPLN

Repartições Qtd

Salas de aulas usadas para aulas 4

Gabinetes 7

Cantina 1

Laboratório de Informática 1

Sala dos Professores 1

Quartos de banho 3

Biblioteca 1

Copiadora 1

Total 19

32
2.1.1. Informação dos funcionários e dos estudantes

Recursos Humanos e estudantes Pessoal do


quadro e Fora do
Quadro

Direcção 5

Corpo Docente 22

Administrativos Alargado 21

Total 48

Tabela nº 2 Distribuição de Estudantes por Ano


Ano em frequência académica Nº de estudantes

M F MF

1º 66 30 96

2º 74 38 112

3º 56 16 72

4º 48 13 61

Estudantes em Preparação de tese ( 5º ano) 67 22 89

Total 311 119 430

2.2. Modelo de pesquisa


Toda e qualquer pesquisa cientifica pode ser tipificada de duas formas
quanto aos fins ou objectivos e quanto aos meios ou procedimentos da coleta.
Em função disto utilizamos as seguintes tipificações

Quanto aos fins ou objectivo a pesquisa Utilizamos a pesquisa descritiva


porque o trabalho da descrição tem um carácter fundamental em um estudo
qualitativo, pois é por meio dele que os dados são colectados, neste caso a
natureza do nosso estudo é baseada em dois enfoques qualitativo e
quantitativo no primeiro enfoque que é a pesquisa qualitativa supõe um corte
temporal especial de um determinado fenómeno por parte do pesquisador.
Este corte define o campo e a dimensão em que o trabalho desenvolver-se-á
isto é o lugar a ser mapeado.

33
Por ese motivo trouxemos aquí Carlinhos Zassala (2012:42) que afirma
que “ a pesquisa descritiva é a investigação que procura determinar a natureza
e grau de condições existentes.

E quanto aos meios ou procedimentos da coleta faremos aqui uma


pesquisa de campo, pesquisa documental e pesquisa bibliográfica, tudo isto
dentro de uma investigação mista como já mencionamos, isto é qualitativa e
quantitativa, para bem olharmos em todas as variáveis que influênciam para as
caraterísticas actuais do processo e dessa maneira podermos assim
caracterizar o mesmo.

Sendo que quanto aos meios ou procedimentos da coleta.realizamos


com base em um levantamento bibliográfico, pesquisa de campo e também por
meio de questionários aplicados para alunos e intrevista aplicada a Direcção da
escola, buscando entender o processo de ensino aprendizagem da disciplina
deInformática na ESPLN/C e assim buscar caracteriza-lo de maneira eficaz.

Uma vez a analisamos as respostas da intrevista tendo em conta o


tratamento do discurso.

2.3. População e Amostra.

2.3.1. População

Para que pudessemos selecionar melhor ao nosso critério e dos nossos


objectivos achamos por bem utilizar o método aleatório simples para selecionar
a população e a amostra.

Neste estudo contamos com quatro centos e trinta (430) estudantes do


Ensino Superior, que perfazem um total do universo matriculados, destes, a
escola controla (22) professores. Alunos e professores é um universo de quarto
centos e cinquenta e quatro (454) e cinco (5) membros da Direcção da escola e
vinte e um (21) funcionários Administrativos, que perfazem um total de (478),
dos quais 96 são estudantes do 1º ano, que correspondem as duas turmas,
dos dois períodos. E que por sinal esse grupo foi a nossa população alvo de
pesquisa. 112 estudam 2º ano, em duas turmas e 133 estudantes do 3º e do 4º
ano também de duas turmas, isto por cada ano respectivo. E tivemos uma
população de 478 participantes

34
A cadeira de informática na ESPLN/Cuango 2017, contou com 96
aprendentes, um professor e dois monitores

Tab nº3 População

Recursos Humanos Estudantes Matriculados

Funcionários M F MF Ano M F MF

Direcção 4 1 5 1º 66 30 96

Corpo Docente 18 4 22 2º 74 38 112

Administrativos 15 6 21 3º 56 16 72

Alunos e Professores 329 125 454 4º 48 13 61

5º 67 22 89

Total 37 11 48 Total 311 119 430

População Total 478= Masculino 348 + Femenino 130

A população geral é de quatro centos e setenta e oito (478) indivíduos,


entre eles, alunos e professores, sendo cento e trinta (130) do sexo feminino e
trezentos e quarenta e oito ( 348) do sexo masculino.

2.3.2. Amostra

Para seleccionar Amostra utilizamos o método aleatório simples é o


método que não exige nada, somente é aescolha do investigador.

E dizemos que a amostra é uma porção ou parcela convenientemente


seleccionada da população.

Em função do que nos motivou a desenvolver esta pesquisa nesta


temática, vimos por bem identificar dois publicos alvo, que foram os estudantes
do 1º ano e os estudantes que estavam em preparação de tese( 5º ano), e
esse publico alvo foi a nossa amostra como nos explica a baixo. E assim
depois da pesquisa podermos identificar e dar solução não só para os do ano
2017 mas para ser um resultado generalizado a aprendentes de outros anos.

Amostra que temos é de sete professores (7) que leccionam o 1º ano e


por sinal é o ano da nossa pesquisa, do mesmo modo que seleccionou-se
sessenta e cinco (65) alunos na faixa etária dos 18 á 45 anos de idade sendo
19 do sexo feminino e 46 do sexo masculino, três membros da direcção com
mais de 5 anos de experiência. o nível social, académico e científico dos
professores e Directores, considera-se satisfatório e aceitável pelo facto de
durante o período da intervenção termos encontrado uma sincronia aceitável

35
que permitiu e facilitou a realização do nosso estudo. Tendo então dessa
maneira trabalhado com 65 participantes ao estudo e envolventes ao problema.

Tab nº3 Amostra

Recursos Humanos Estudantes Matriculados

Funcionários M F MF Ano M F MF

Direcção 2 1 3 1º 35 15 50

Corpo Docente 6 1 7 2º

Administrativos 3º

5º 11 4 15

Total 10 Total 65

Total Geral 75

2.4 Técnicas E Insturmentos


Em função dos nossos objectivos vimos por bem utilizar instrumentos
como observação, entrevistas e questionário. Isto porque para caracterizarmos
o Processo de ensino aprendizagem da informática na ESPLN/Cuango, antes
tivemos de observar de perto quais são as características do mesmo Processo,
e posteriormente ouvir os participantes e com eles realizar o nosso estudo para
bem podermos caracterizar e melhorar, por isso, como no nosso caso o
número de estudantes é maior que o número de professores, então, aplicamos
intrevista aos órgãos de gestão e de execução, e questionário aplicado aos
aprendentes, e dessa maneira podermos ser flexíveis ao processo.

Segundo Lintz (2015) define que “a observação participante é uma


técnica comum de pesquisa para colecta e análise”. O autor ainda diz que pode
ser uma modalidade especial de observação na qual o pesquisador não é
apenas um observador passivo.Através das observações participativa feitas
aos alunos, onde constatamos que a maior parte dos alunos não levam a sério
os conteúdos de informática bem como os seus objectivos, e constatamos
ainda que os professores de outras disciplinas desconhecem o que teriam com
a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade que ela deve e pode causar na
escola.

De acordo com Lintz (2015, p-38) define que “ questionário é um


conjunto ordenado e consistente de perguntas a respeito de caracteristicas,

36
variáveis, e situações, que se deseja medir, ou descrever”. Com base nesta
definição motivou-nos a elaboração do questionário os estudantes.

Para fazermos a Intrevista tivemos que ir a busca dos ditos de Lintz


(2015) que diz que “entrevista é uma técnica de pesquisa para colecta de
dados cujo objectivo básico é entender e compreender o significado que os
entrevistados atribuem a questões e situações, em contextos que não foram
estruturados anteriormente, com base nas suposições e conjunturas do
pesquisador”. O objectivo da entrevista dirigida aos órgãos deDirecção da
Escola, foi para saber como a escola tem trabalhado no processo de ensino
aprendizagem da cadeira de informática.
Para a realização dessa pesquisa, foram utilizados três instrumentos
metodológicos importantes: a observação directa e o questionário com os
alunos e entrevista com os professores desta escola, apesar de mais ricas as
entrevistas por motivos de participado olhando para o tempo das nossas
unidades estatísticas usamos o questionário como fonte principal.

2.5. Metódos

2.5.1. Métodos Impiricos


Dentre estes tivemos a grande necessidade de maneira indutiva usar a
observação, o questionário e posteriormente vimos importância de usarmos a
intrevista, tudo isto devido a característica do nosso estudo, de forma
indutivacom o passar do tempo da pesquisa fomos olhando e dando mair
importância para cada um destes métodos, isto foi incluindo nele um de cada
vez, a primeira intenção era usar apenas a observação e o questionário, isto é
só para os estudantes e daí vimos a necessidade de olhar também qual é a
participação a direcção da escola tem para o crescimento de seus aprendentes
com essa cadeira.

E de maneiras que manipulassemos previamente a variável


independente e a investigação em condições que pudessemos controlar a
situação que nos permita, usamos o método de experimentação de campo.

Usamos ainda a mineração de dados já que como monitor da cadeira


tive prévio acesso a certas informações que me levaram a ter algumas
conclusões impiricas.

2.6. Procedimentos e dificuldades

Quando elaboravamos o trabalho, tivemos a maxima interação com a


escola e a sua Direcção, que sem rodeios nos permitiu que levassemos a cabo

37
os nossos estudos e assim verificassemos os nossos objectivos, e em função
da interação que já tinhamos com os professors e com os estudantes foi para
eles boa estima trabalhar connosco.
E dessa maneira, ao longo da pesquisa vivemos algumas dificuldades:

➢ Pouco material para a pesquisa, do tema em discussão;

➢ Dificuldades em reunir os estudantes num ambiente fora de


aula para que pudessem realizar o questiornário;

38
CAPITULO III Apresentação Análise E Interpretação Dos Resultados.

Importa referir que, a presente pesquisa envolve um vasto estudo para a


construção de um referencial teórico e pratico visando a verificação do tema
“Problemática do Processo de Ensino e Aprendizagem da Informática”, para
melhor consolidar as conclusões e sugestões deste estudo, contamos com
experiências por nós vividas.

Depois de termos aplicado o estudo, e as teorias tencionadas, agora é a


hora e o lugar certo para apresentarmos, analisarmos e interpretarmos os
resultados da pesquisa realizados e encontrado no campo de estudo, e assim
termos cumprido com as finalidades desse capitulo.

3.1. Apresentação, Analise e interpretação dos dados recolhidos através do


Questionário.

Depois de aplicarmos o questionário respectivos estudantes obtemos os


seguintes dados que nos levarão a uma determinada interpretação. E posterior
analise para uma determinada resposta ao nosso problema, e assim podermos
caracterizar o Processo de Ensino Aprendizagem da informática nesta Escola
Superior. Trabalhamos com perguntas fechadas aonde o estudante tinha de
responder sim, não, talvez ou ainda mau, bom, razoável, sempre e as vezes, e
netas haviam perguntas abertas aonde o estudante tinha de explicar o
porquê…

Questionário aplicado aos alunos do 1º ano

1ª pergunta

Como caracterizas o processo aprendizagem da disciplina de informática?

Bem Razoável Mal

17 34% 25 50% 8 16%

39
Analise

Como podemos observar dos 50 estudantes do 1º ano questionados 25


deles que corresponde a 50% afirma que o processo do ensino aprendizagem
da informática é razoável, mas 17 destes perfazendo 34% afirma que o

Bem Razoável Mal

16%
34%

50%

processo é bom, apesar de 8 destes que correspondem em 16% afirmar ser


mau processo.

Interpretação

A fasquia ficou estabelecida em razoável, assim,tendo em conta o objectivo


geral do nosso estudo apontamos que o processo é caracterizado como
razoável uma vez que poucos estudantes o apontam como um mau processo
apesar de alguns destes identificarem como um bom processo, nota-se com
isto que ainda deve-se trabalhar mais para que o processo se torne cada vez
mais excelente como meta geral de qualquer processo de ensino-
aprendizagem, mais fica o ponto de que 84% da população acha o processo
como não sendo mau.

2ª Pergunta

Conheces o objetivo da cadeira de informática no curso de


Pedagogia?

Sim Não

47 94% 3 6%

40
Analise

Vemos aqui que 47 dos estudantes que correspondem a 94% destes


aceitam que conhecem o objectivo desta cadeira neste curso, em comparação
com os 3 estudantes perfilando os 6% que negam conhecer o objectivo do
mesmo

Interpretação

Isto nos mostra que os estudantes conhecem o objectivo da cadeira no


curso em que perfilam, uma vez que só 6%, deles não intende ou desconhece
o mesmo, números não significativos em termos de influencia no resultado nos
dá a intender que os estudantes sabem o que esperar aprender desta cadeira,
uma vez que conhecem o objectivo o professor só vai agir como um facilitador
e articulador do processo como nos indica

3ª Pergunta

3- Achas que o teu professor de informática tem articulado


bem os elementos do processo de ensino aprendizagem?

Normalmente Nunca As vezes Sempre

16 32% 1 2% 24 48% 8 16%

Analise

Bem, uma vez que responderam a esta questão 49 estudantes 24


destes que correspondem a 48% afirma que o professor algumas vezes
consegue articular os elementos do PEA. Mas 16 que corresponde 32%
indicou que o professor faz isso normalmente. E apenas 1 deles sendo então
2% destes afirma que o professor nunca fez articulação dos elementos
inerentes ao PEA.

Interpretação

Nota positiva para o professor que nesta questão se encontra acima da


mediana o que nos leva a concluir que mais de 50% da população em estudo

10%
4%
10%

76%

41

Frequentemente Nunca As vezes Sempre


da nota positiva quando se trata da articulação do PEA, ainda que não seja

sempre uma minoria de 2% apenas que não concorda que o professor nunca
o tem feito.

4ª Pergunta

4- A cadeira de informática te ajuda a resolver alguns


problemas de outras cadeiras? ( Interdisciplinariedade)

Frequentemente Nunca As vezes Sempre

5 10% 2 4% 5 10% 38 76%

Analise

Dos 100% dos estudantes que responderam a esta pergunta 76%


perfazendo um total de 38 estudantes afirma que a cadeira de informática tem
lhes ajudado a resolverem os problemas de outras cadeiras, uma vez que 4%
destes afirma que a informática nunca o ajudou-o a resolver qualquer problema
de outras cadeiras, uma vez que 10% dos estudantes aponta ainda que a
informática lhes ajuda frequentemente a resolver alguns problemas de outras
cadeiras.

Interpretação

Tudo aqui nos indica que existe uma significativa interdisciplinariedade da


cadeira de informática com outras cadeiras, o que por si só indica que o
objectivo da cadeira tem se cumprido uma vez que eles afirmam que podem
usar o que aprendem em informática no uso de outras ciências, conseguem
aplicar a informática como auxilio na aprendizagem de outras cadeiras afins e
não só.

5ª Pergunta

5- Tens um bom professor de informática? Se sim porquê?

Sim Não As vezes Sempre

25 50% 25 50% 0 0% 0 0%

42
Analise

Existe aqui um empate de ideias quanto ao professor da disciplina que nos


obrigou a ir a busca de uma classificação mediana, dos 50 estudantes
questionados50% afirma ter um bom professor de informática e igual número
perfazendo igual percentagem afirma não ter um bom professor. as afirmações
variam mais as mais consistentes para quem achava bom o professor
afirmaram que a metodologia usada pelo professor permite que o aluno
construa com ajuda do professor os seus conhecimentos e o professor permite
ainda que haja interação entre ambos na sala de aula.
Interpretação

Como dito acima exactamente a metade dos estudantes afirma


exactamente o contrário que a outra metade, assim a classificação mediana
encontrada foi que é um professor razoável, e que apesar de alguns terem
indicado porquê que ele é um bom professor, tudo indica que ainda precisa
trabalhar mais e mais para se tornar num excelente professor para que atinja
as suas devidas metas.

3.2. Tratamento, analise e interpretação de dados recolhidos através


de uma Entrevista realizada com a direcção da ESPLN/Cuango através do
discurso.

Para bem darmos resposta de maneira mais eficiente ao nosso problema


elaboramos como já afirmamos anteriormente, uma intrevista com a direcção
da ESPLN/Cuango, e esta cingiu-se mais para aquilo que nos levou a delimitar
o nosso tema e consequentemente o problema, isto é, porque notou-se que
durante os estudos da cadeira de informática os estudantes possuíam notas
excelentes nesta, mais na apresentação e elaboração de suas teses
apresentavam enormes dificuldades na óptica do utilizador, por isso intendendo
isto nos ajuda a descubrir Como caracterizar de maneira eficaz o Processo de
Ensino e Aprendizagem da cadeira de Informática na Escola Superior
Politécnica do Cuango no 1º ano?

1ª Pergunta

Verificamos que os estudantes dos outros anos possuem notas excelentes


na cadeira de informática, mas observamos também que muitos destes quando
chegava a fase de escreverem as suas teses apresentavam enormes
dificuldades a fazerem o uso do computadorsobretudo a usarem o pacote da
Microsoft office e a internet que é informática na óptica do utilizador. Uma vez
que num dos objetivos da cadeira aponta domínio sobretudo nas ferramentas
mais básicas na óptica do utilizador e com certeza aqueles estudantes não
possuem. Como é que a direção olha para está situação? E o que pensou em
fazer para cumprir com este objetivo apontado pela cadeira?

43
Analise
A direcção apontou aqui que esse é um problema sério, e que não
conhecia essa situação até os nossos estudos apontarem para isto, e assim
indicarmos para eles esta contradição que existe no processo, afirmaram não
terem noção das notas dos mesmos e as mesmas dificuldades, tudo porque é
o gabinete académico responsável para guardar e arquivar as notas dos
mesmos estudantes, essa área da direcção (Área Cientifca) ainda apontou
como meio de acção para cumprir com esse objectivo melhorar e aumentar as
aulas práticas em relação as aulas teoricas, e mencionaram que trabalhariam a
partir daí com esta temática reforçando as aulas práticas.

2ª Pergunta
Atendendo esta situação ora apresentada como a direção da
ESPLN/Cuango caracteriza o PEA em específico na cadeira de informática?

Analise
A direcção mais uma vez aponta que o processo é razoável tudo porque
conseguem identificar falhas nele pontos fracos que prejudicam o processo,
mas também encontram pontos muito positivos que acabam por realçar a
importância desta.

Interpretação
Não existe um processo sem falhas como é o caso do PEA de
informática na ESPLNC, mais também é caracterizado por varias questões
abonatórios de maneira positiva que dãoênfase no estudo desta nãodiríamos
que o processo está mal e nem tão pouco excelente, concordaríamos em
afirma que o processo é razoável.

3ª Pergunta

Quais são os pontos mais fortese e os mais fracos que a direcção


aponta dentro do PEA do mesmo?

Analise
A direcção indicou que a falta de energia, e o facto de muitos estudantes
não possuirem um computador pessoal são pontos fracos ao processo e que
prejudica muito o bom cumprimento dos objectivos estipulado para que o
processo seja excelente. E indicou como ponto forte o facto de muitos entrarem
em contacto com o computador e vivenciarem os seus ganhos pela primeira
vez e assim conhecerem o mundo de outras formas.

44
Interpretação
Muitos dos motivos indicados pela direcção levam nos a intender que
pelo facto dos estudantes não possuirem um computador pessoalpara que
possam fazer o uso do computador no seu dia-a-dia, o numero reduzido de
aulas por semana (1), leva a prejudicar o andamento coerente do processo,
uma vez que este deve ser vivenciado e significante para o estudante.

4ª Pergunta
Em função da realidade do município e escassez de recursos no
mesmoo que a direção da ESPLN/Cuango tem feito parareadaptar o programa
ora elaborado pelos órgãos competentes da ULAN?

Analise e Interpretação
Respondeu que uma vez que tem falta de muitos elementos que
chegam a ser intervienentes ao processo é difícil realizar estratégias uma vez
que devem melhorar a questão da energia e criar interesse aos estudantes,
para que esses adquirem computadores pessoas, ou seja para tal adaptação
ser efectiva é necessário vencer primeiro os problemas existentes.

5ª Pergunta
O professor da cadeira possui agregação em informática educativa?

Analise e interpretação
A direcção afirmou que o professor não possui agregação pedagógica,
mas afirma que o professor é muito competente em informática e possui
agregação pedagógicana área de educação, então dessa maneira nos deixa
intender que o professor é capacitado para tal.

6ª Pergunta
A direção da escola tem incentivado e proporcionado um refrescamento
ao professor nesta cadeira?

Analise
A direcção da escolar mencionou que tinha em carteira um plano para
refrescamento para todos os professores incluindo o de informática, mas
apontou nunca se realizou e não sabe como este processo tem andado

7ª Pergunta
A planificação anual que o professor realizada é supervisionada pela
direção da ESPLN/C?

Analise e interpretação
Sim e de maneira flexível, mais sem meter em causa os objectivos
traçados a metodologia da direcção e fornecer os programas aos professores

45
estes por sua vez sugerem e identificammodificações dentro dos limites
estabelecidos e posteriormente é reorganizado pelo mesmo órgão da
instituição. Com esta resposta podemos assim intender que a direcção
supervisiona os conteúdos de maneira anual.

8ª Pegunta
Dentro dos objectivos da cadeira de informática consta que está cadeira
deve manter a interdisciplinariedade com outras cadeiras, ou seja, deve ser elo
de união entre todas elas, o que a direcção tem feito dentro do processo pra
que isso aconteça?

Analise e interpretação.
A direcção mostrou-nos que quanto a esta questão eles têm trabalho,
uma vez que orientam a todos os professores que estes devem orientar e dirigir
trabalhos científicos e pesquisas cientificas a seus estudantes, isto é usando o
computador. Sendo assim nos dá a intender que esse é um dos objectivos da
cadeira a ser cumprido dentro do processo.

9ª Pergunta
A direção tem estado com os estudantes e procurado intender por eles
como está o processo? E normalmente como tem andado o processo no olhar
dos estudantes?

Analise e interpretação
A direcção retorquiou dizendo que não possuem dados relativos ao
parecer do estudante em relação ao processo, isto só nos deixa intender que a
direcção não conta o parecer do estudante para intender o andamento do
processo, tendo feito uma obstenção podemos intender que a direcção até o
momento actual não tinha se preocupado ainda com o processo de Ensino-
Aprendizagemda informática, o que nos leva a caracterizar mais uma vez o
processo como razoável

46
Considerações finais

Esta pesquisa se propôs, com o objectivo geral, Caraterizar o Processo


de Ensino-aprendizagem da cadeira de informática na ESPLN/Cuango no 1º
ano. Para que a pesquisa e o trabalho realizado nesta escola não se limitasse
á teoria, buscou, junto aos envolventes e usuários do mesmo processo, saber
o que usam, como usam e o que gostariam de usar, dessa maneira para bem
caracterizar o processo, buscamos também junto de registro bibliográfico
detetar o que os actuantes e especialistas nos levam a intender, e assim
podermos revisar tais conteúdos e envolvermos o processo. Pode-se chegar,
assim, a algumas conclusões: Pela analise estatística dos resultados, pudemos
aqui perceber que tudo indica que o nosso PEA da cadeira da informática é
razoável, uma vez que as partes humanas envolventes nos mostram muito
diversificados em suas opiniões relativamente ao processo, e uma vez que
mesmo a direcção da escola e até os estudantes apontam grandes falhas que
o processo apresenta e causas que levam a existência de algumas falhas

Para responder a pergunta levantada no nosso problema criamos


objectivos que nos levaram a dar resposta a este uma vez respondido o
objetivo geral, diriamos que existem evidencias estadistas suficientespara
caracterizar este processo como sendo razoável. Depois de ser diagnosticado,
depois de termos revisado e posteriormente propormos um programa educativo
dessa maneira. Quanto a nossa hipótese não podemos refutar nem provar.

E para finalizar , nada melhor do que retornar as palavras de (Adorno,


1995 (original de 1966)) “ Um mundo como o de hoje, no qual a técnica ocupa
uma posição chave, produz pessoas tecnológicas, afinada com a técnica. Isso
tem sua dose de racionalidade: dicifilmente se deixam enganar em seu estreito
campo, o que pode ter consequências em uma esfera mais ampla. Por outro
lado, na ralação actual com a técnica, há algo excessivo irracional, patógeno.
Esse algo está relacionado com o véu tecnologóco. As pessoas tendem a
tomar a técnica pela coisa mesma, a considerá-la um fim em si, uma força com
vida própria, esquecendo, porém, que ela é o prolongamento do braço
humano”.

Uma vez que acompanhamos o processo de perto foi noas fácil


perceber que pelas condições existentes para levarem acabo um determinado
conteúdo programatico e estar bem terminado para que este fosse excelente
era preciso mais tempo lectivo para tal.

47
Sugestões e Recomendações

Uma vez que a cadeira de informática no curso de pedagogia tem a


duração de dois (2) semestres, e sabendo que o comprimento de um
determinado programa não se deve esquecer um grupo de elementos que faz
com esse seja efectivado, desde o contexto social, metodológico, ao material
que juntos fazem com que se concretize o próprio processo, então temos que
em função destas condições vimos que é pouca a quantidade de aulas
semanais, uma vez que até o termino do ano não se vê terminado o conteúdo
programático para aquele ano em especifico, por isso a nossa primeira
sugestão dirigimos a direcção de escola para que aumente mais um um dia
semanal, para que se cumpra com os objectivos estipulados da cadeira.
Recomendamos ainda que se trabalhe para existir confluência metodólogoica
com outras cadeiras, apontamos principalmente a cadeira de MIC que por sua
vez se torna efectiva com a cadeira de informática e tem muito a dar para que o
aluno aprenda informática, para que um estudante no fim de sua formação
consiga naturalmente fazer o bom uso das ferramentas computacionais, como
poder realizar uma pesquisa na web, bem como editar um texto ou cálculo sem
atritos e subsaltos podendo assim responder os objectivos do curso.

Recomendamos também que os estudantes adquirem computador


pessoal ou se fazem presentes mais vezes no laboratório de informática
quando não há aulas, ou que o laboratório com devida supervisão permaneça
disponível para pratica dos estudantes.

Uma vez que a aprendizagem só datada quando há mudança de


comportamento em relação ao problema em questão dizemos que é necessário
que haja mais efectivação da prática em relação a teoria, então mais uma vez
eu sugiro que o senhor professor se efective mais em aulas práticas do que
teóricas, e que a direcção trabalhe mais num programa que evidencie mais as
aulas práticas, e assim equilibre o quadro em relação as aulas teóricas.

Recomendamos o professor junto da direcção a realizarem mais


seminários sobre as TIC´s e muito mais sobre os domínios e problemas vividos
na informática na mesma escola.Uma vez que já mencionamos que não basta
termos um laboratório de informática é necessário que este seja manuseado
coordenado, por isso sugerimos mais uma vez para a direcção de escola que
haja um coordenador de laboratío de informática, para que este junto com a
direcção incentive o professor e monopolise o processo no aprendente.

48
Proposta Metodologica
Para que caracterizarssemos o processo surgiu nos a necessidade de
diagnosticarmos e com isto termos feito a revisão dos conteúdos programaticos
aplicados nesta cadeira, e dessa maneira vimos por bem propormos um
curriculo que se efectivasse as necessidades e aos objectivos projectados pelo
curso

Proposta Curricular

PLANO DE DISCIPLINA

COMPONENTE CURRICULAR: Informática


CURSO: Pedagogia Geral

CARGA HORÁRIA: 144h ( 144aulas)

Duração: Um (1) anos, dois (2) semestres

EMENTA

Histórico e evolução dos Computadores, Tecnologias e aplicações de


computadores, definição de computadores; capacidade de processamento
e armazenamento;
Componentes de um sistema de computação: Conceitos e características
deSoftware (Básicos, Utilitários e Aplicativos) e Hardware (Processador,
Memória,Placa mãe, Dispositivos de E/S, Placas de vídeo, rede e som,
etc.) Peopleware;

A linguagem do computador, representação digital de dados;


A importância da informática para a comunicação contemporânea.
Sistemas operacionais livres e/ou proprietários;
Manejo e utilização de editores de textos, planilhas eletrônicas e
apresentações (livres e/ou proprietárias);

Aplicação de ferramentas eletrônicas para busca de informação na


Internet,
navegação na web e envio e e-mails com arquivos em anexo
Ferramentas utilitárias (antivírus, desfragmentadores, otimizadores de
sistemas
em geral);
Utilização de softwares específicos da área de informática

49
Aspectos da profissão e do mercado de trabalho na área de informática.
COMPETÊNCIAS
Conhecer os princípios básicos da informática;
Conhecer os aspectos operacionais da informática;
Identificar os componentes do computador e seus periféricos, analisando
seu funcionamento;

Utilizar sistemas operacionais, ferramentas de edição de textos, planilhas


eletrônicas e apresentações;

Utilizar a internet de forma produtiva e segura;


Utilizar ferramentas utilitárias de segurança e de optimização.

OBJETIVOS DE ENSINO
Geral:
Capacitar o aluno a compreender conceitos básicos e históricos da informática, da
computação e das redes de computadores. Compreender a importância da
informática na sociedade. Entender a funcionalidade básica dos computadores.
Utilizar, de forma produtiva, e realizar configurações simples no sistema operacional
Windows e/ou Linux, como também em programas aplicativos e utilitários.

Específicos:
Reconhecer o papel da informática na organização da vida sócio, política, económica
e cultural, compreendendo conceitos computacionais e utilizando-os no mundo do
trabalho e/ou na prática social;
Mostrar a evolução do computador ao longo da história;
Propiciar ao aluno conhecimentos básicos sobre os computadores digitais;
Utilizar e efectuar configurações simples do sistema operacional Windows e/ou
Linux;
Apresentar conceitos básicos sobre Redes de Computadores;
Utilizarprogramas utilitários para computadores, como editores de textos,
planilhas eletrônicas, programas de apresentação e de edição gráfica.

50
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. História da Microinformática.
- Evolução da arquitectura dos computadores
- Processadores
- Memórias
- Periféricos

2. Conceitos e Características de Software


- Classificação (livre x proprietário, básico x aplicativo, demo x free x shareware, etc).
- Vírus x antivírus. Compactação de arquivos (zip, rar, tar, tar.gz, 7z, gzip, bzip).

3. Sistemas Operacionais
- Windows
- Área de trabalho, botão iniciar, janelas, acessórios;
- Conceito de arquivo, pastas e sistema de arquivos. Uso do windows explorer.
- Linux

4. Uso básico de ferramentas de escritórios


- Word, Excel, PowerPoint (Windows)
- Writer, Calc, Impress (Linux)

5. Utilização de Softwares
- Compactadores de arquivos
- Antivírus
- Aplicativos da área de informática

6. Conceitos básicos sobre redes de computadores e Internet


- Compartilhamento de arquivos e impressoras
- Navegadores

51
- Download
- E-mail, FTP, torrent, redes sociais.

7. Profissões e Mercado de trabalho. O perfil professional desejado.

METODOLOGIA DE ENSINO
Aulas expositivas com recursos audiovisuais
Aulas em laboratório
Leitura de livros e textos complementares
Seminários
Pesquisas e trabalhos individuais
Exercícios escritos, orais, práticos e teóricos.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO


APRENDIZAGEM

Avaliações escritas e/ou práticas (com o mínimo de 3).


Uma avaliação de reposição e uma avaliação final ao término do período.
Avaliações complementares (trabalhos, relatórios de aulas práticas, pesquisas,
seminários).

RECURSOS
DIDÁTICOS

Laboratório de Informática, Computadores com acesso à Internet, Programas e


aplicativos (Windows, Word, Excel, PowerPoint, Linux, Writer, Calc, Impress,
VirtualBox, Navegadores de Internet), Quadro, pincel, Projetor Multimídia,
técnico em
informática e impressão de material didático complementares.

Depois disto olhamos para a hipótese, e vimos que apesar de não ser
comprovada, ainda se pode notar a existência de um currículo flexível e
dinâmico que permite que o estudante se desenvolva construindo assim o seu
próprio conhecimento e dessa maneira teríamos estudantes fascinantes com
um brilho extra o seu crescimento.

52
Conclusão

Na progressão do estudo, este trabalho desenvolveu ideias apoiadas


nos diversos autores constantes nas referências bibliográficas, sobre todo
envolvimento da informática no mundo escolar da ESPLN/Cuango e as
repercussões que tudo isso vem gerando, em especial, se todos esses
episódios, realmente, estão contribuindo para uma mudança sólida em todo
processo de transmissão do conhecimento.

Definitivamente, estamos envolvidos em uma possibilidade de mudança,


cujo limite pode estar próximo ou nunca existir. Sabemos que o
desenvolvimento intelectual é constante e, consequentemente, a tecnologia
estará sempre avançando, mas a forma de desenvolver esse conhecimento
intelectual dependerá da maturação de todas as evoluções que estamos tendo
neste momento, principalmente, a possibilidade de alterar o estado atual do
modelo educacional, cujo suporte ainda não aglutina todos os recursos de
multimídia, em especial, os de informática. Tudo pode ser em vão, caso o
enfoque inicial planejado seja distorcido e o processo não seja avaliado,
corrigido, se necessário, e continuado com objetivos definidos em projetos
pedagógicos que busquem constantemente a evolução.

Por fim, embora reconheçamos que alguns pontos aqui tratados sejam
merecedores de pesquisas mais aprofundadas, acreditamos que a leitura deste
trabalho ajude para que haja algumas novas reflexões sobre o assunto.

Finalizando, nunca é demais reconhecer com Santos que "o currículo


constrói identidades e subjetividades: junto com os conteúdos das disciplinas
escolares, se adquirem na escola percepções, disposições e valores que
orientam os comportamentos e estruturam as personalidades".

Considerando tal perspectiva, acredita-se que nos cursos de licenciatura


deverão ser estimuladas as experiências e os projetos que utilizam o
computador como instrumento de apoio aos processos de ensino-
aprendizagem. Isto porque é necessário difundir a idéia junto aos docentes em
formação de que é imprescindível vincular o computador a um projeto
pedagógico de seu uso. Desta forma, o computador passa a ser visto como
uma ferramenta pedagógica que será utilizada de acordo com objetivos
explícitos nas diversas áreas curriculares.

Assim, deixará de ser uma "máquina intrigante" para os não-iniciados


passando a ser vista como uma "máquina de fácil acesso", constituindo-se em
mais um recurso - um poderoso recurso - a ser utilizado por alunos e
professores no esforço de alcançar aprendizagens efetivas.

53
Este objetivo será, certamente, mais rapidamente alcançado se houver
por parte dos professores a disposição de encarar o novo como um desafio a
ser aceito e por parte dos governos decisão política para instaurar nas redes
de ensino as condições materiais e pedagógicas propícias ao bom
desempenho docente. Dentro deste quadro, certamente, a informática será um
parceiro importante no esforço para melhorar o padrão de qualidade do ensino
na ESPLN/Cuango e sobretudo no país.

54
Bibliografia

Adorno, C. (1995 (original de 1966)). A tecnologia e o hoje. São Paulo, Brazil:


Arcos.

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55
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SANTOS, L. L., & PARAÍSO, M. A. (1996). O currículo como campo de luta,


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Zassala, C. (2012). Orientação a Pesquisa Cientifica (2ª dição ed., Vol. II).
Luanda, Angola: Mayamba Editora.

56
Anexos
57
Universidade Lueji A´Nkonde
Escola Superior Politécnica da Lunda Norte no Cuango
Questionário Aplicado aos estudantes de ESPLN/C do 1º ano

1-Como caracterizas o processo aprendizagem da disciplina de informática?


Bem Mau Razoavel

2-Conheces o objetivo do curso?


Sim Não

3 - Achas que o teu professoer tem bem articulado os elementos do processo


de ensino aprendizagem?
Sim Não As vezes Sempre

4 - A cadeira de informática te ajuda a resolver alguns problemas de outras


cadeiras?
Sim Não As vezes Sempre

5 -Tens um bo professor de informática? Se sim porquê?


Sim Não As vezes Sempre

58
Universidade Lueji A´Nkonde
Escola Superior Politécnica da Lunda Norte no Cuango
Intrevista Aplicado à direção da ESPLN/C do 1º ano

Ao PEA

1 Como direção da escola Como caracteriza o PEA em especifico na cadeira


de informática?
2 Como é que a direção olha para a realidade do município em função do
nosso estudo, há alguma escassez ?
3 Em função da realidade do município e escassez de recursos no mesmo o
que a direção a direção fez para readaptar o currílo ora elaborado?

4 Quais são os pontos mais fortes que a direccao aponta dentro do pEA do
mesmo?
5 O professor da cadeira possui agregação em informática educativa?

Ao professor

6 A direção da escola tem incentivado e proporcionado um refrescamento ao


professor nesta cadeira?

7 A planificação anual que o professor realizada é supervisionada pela direção


da ESPLN/C?

Aos Estudantes

8 A direção tem estado com os estudantes e procurado intender por eles como
está o processo? E normalmente como tem andacdo o processo no olhar dos
estudantes

9 verificamos que os estudantes dos outros anos possuem notas excelentes na


cadeira de informática, mas observamos também que muitos detes qdo
chegava a fase de escreverem a suas teses apresentavam enormes
dificuldades a fazerem o uso do computador sobretudo a usarem o pacote da
Microsoft office e a intenet. Uma vez que num dos objetivos da cadeira aponta
domínio sobretudo nas ferramentas mas básicas na óptica do utilizador e com
certeza aqueles estudantes não possuem. Como é a direção olha para está
situação? E o que pensou em fazer para cumprir com este objetivo?

59

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