TIPO DE PROVA: 2.

º TESTE de AVALIAÇÃO MISTA DATA: 07/06/2017

ANO LETIVO: 2016/2017 2.º SEMESTRE

1.º CICLO EM DIREITO – 4.º ANO

UNIDADE CURRICULAR: CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO 1

GRELHA de CORREÇÃO

Para se determinar a nota final teve-se em atenção a seguinte ponderação:

1. 10% - Clareza e correção narrativa, ortográfica e gramatical;
2. 10% - Estruturação lógica e adequada entre a factualidade expositiva e as normas e/ou
doutrinas citadas;
3. 40% - Correta indicação dos normativos legais e/ou doutrinas;
4. 40% - Adequada e coerente descrição narrativa e intrinsecamente ligada entre si.

Pontuação 20 valores – A ponderação para a nota final é de 50% com a NOTA MÍNIMA
OBRIGATÓRIA de 8 valores

Em cada uma das suas respostas deveria ter focado, DESENVOLVIDAMENTE, os

seguintes tópicos:

1.ª Questão - 6 (seis) valores

1. Base jurídica:
a. Lei Geral Tributária – LGT;
b. Código de Procedimento e de Processo Tributário – CPPT;
c. Código de Processo nos Tribunais Administrativos – CPTA;

2. Deveria começar por explicar que o “Princípio da colaboração” e o “Direito à informação”,

ínsitos nos artigos 59.º e 67.º da LGT, são densificados, entre outros aspetos, na obrigação
da Autoridade Tributária permitir ao contribuinte o acesso ao todos os seus documentos e
processos – vide alínea g) do seu n.º 3 daquele artigo 59.º – e que se traduz, entre outros
aspetos, no direito dos contribuintes pedirem a passagem de certidões de acordo com as
regras estabelecidas no artigo 24.º do CPPT.

3. Chegados aqui deveria explicar que, se a certidão não fosse emitida pela Autoridade
Tributária dentro do prazo legalmente, o interessado podia deitar mão do meio processual
acessório de intimação para a passagem de certidão previsto na alínea f) do artigo 101.º da
LGT e no n.º 1 do artigo 146.º do CPPT, a que se aplica, por remissão desta última norma,
as regras constantes dos artigos 104.º a 108.º do CPTA.

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4. Em seguida explicaria devidamente o iter processual, deste a petição até à decisão e
cumprimento da mesma.
Deveria fazer especial referência da possibilidade de aplicação de sanções pecuniárias
compulsórias aplicáveis pelo juiz ao órgão competente da AT para a emissão da certidão,
conforme ressalta da conjugação do n.º 2 do artigo 108.º com o artigo 169.º, ambos do
CPTA.
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2.ª Questão - 8 (oito) valores

1. Base jurídica:
a. Lei Geral Tributária – LGT;
b. Código de Procedimento e de Processo Tributário – CPPT;

2. Devia começar por explicar que todos os sujeitos passivos têm assegurado o acesso à
justiça tributária para uma tutela plena e efetiva de todos os seus direitos e interesses
legalmente protegidos – n.º 1 do artigo 9.º da LGT e n.º 1 do artigo 96.º do CPPT;

3. Esclarecia que o legislador reconheceu o pleno direito de impugnar os atos lesivos dos
interesses legalmente protegidos, designadamente o recurso à impugnação judicial da
liquidação dos tributos feito pela Administração Tributária, como um autêntico processo
judicial a correr termos nos Tribunais Administrativos e Fiscais – n.º 1 e alínea a) do artigo
95.º e alínea a) do artigo 101.º, todos da LGT e alínea a) do n.º 1 do artigo 97.º do CPPT;

4. Descreveria em seguida quais as finalidades intrínsecas do conceito, objeto e fim do

“Processo tributário” – n.º 1 do artigo 96.º do CPPT;

5. Após tal explicação devia expor o significado, objeto e fim do “Processo de impugnação
judicial” e de cada uma das suas fases de tramitação, a saber:

a. Entidades intervenientes no processo:

i. Tribunal Administrativo e Fiscal - artigo 12.º e 13.º do CPPT;
ii. Os sujeitos passivos - artigo 3.º, 6.º, n.º 1 e 4.º do 9.º do CPPT;
iii. Representante da Fazenda Pública - artigo 15.º do CPPT;
iv. O Ministério Público - artigo 14.º do CPPT;

b. Tempestividade – n.º 1 do artigo 20.º e 102.º do CPPT;

c. O valor da causa – alínea a) do n.º 1 do artigo 97.º-A do CPPT;
d. Iniciativa – petição inicial – n.º 1 do artigo 95.º da LGT e artigos 3.º, 6.º, n.º 1 e 4.º
do 9.º do CPPT;
e. Fundamento - artigo 99.º do CPPT;
f. Apresentação – artigo 103.º do CPPT;
g. Requisitos da petição inicial – articulados - artigo 108.º do CPPT;
h. Defesa:
i. Contestação – artigo 110.º do CPPT;

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 ii. Processo Administrativo - artigo 111º do CPPT;

i. Decisão pré-instrutória ou preliminar - artigo 112.º e 113.º do CPPT;

j. Instrução – Meios de Prova - artigo 114º e ss do CPPT;
i. Especial cuidado na explicação da prova testemunhal – artigos 118.º e
119.º do CPPT;
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k. Alegações - artigo 120.º do CPPT;
l. Vista ao Ministério Público - artigo 121.º do CPPT;
m. Sentença - artigo 122.º e ss do CPPT;
n. Recurso jurisdicional – alínea a) do n.º 1 do artigo 279.º e 280.º do CPPT;
o. Efeitos da decisão judicial – de mera anulação – artigos 43.º, 100.º e 102.º da LGT;

6. As consequências jurídicas do recurso ao meio impugnatório judicial relativamente à

cobrança do imposto liquidado pela Administração Tributária:
a. Pagamento do tributo devido - artigo 60.º, do CPPT;
b. Prestação de uma forma legal e idónea para suspensão da cobrança do tributo
devido – artigo 52.º da LGT n.º 4 do artigo 103.º conjugado com o artigo 199.º,
ambos do CPPT.

3.ª Questão - 6 (seis) valores

1. Base jurídica:
a. Lei Geral Tributária – LGT;
b. Código de Procedimento e de Processo Tributário – CPPT;

2. Relativamente à possibilidade de pagamento em prestações:

a. Deveria elucidar que esta opção está prevista no artigo 42.º da LGT e nos 2 e 3
do artigo 86.º do CPPT, e em seguida deveria descrever todo o iter processual
condicente ao pagamento em prestações no processo de execução fiscal e
descrito desde o artigo 196.º ao 200.º do CPPT;

3. Relativamente à possibilidade de fazer uma dação em pagamento do quadro da Paula

Rêgo”:
a. Deveria esclarecer que esta opção está prevista nos artigos 87.º, 89.º, 90.º e
90.º-A, todos do CPPT e, em seguida
b. Escalpelizar o instituto da dação em pagamento no processo de execução
fiscal, previsto no artigo 189.º do CPPT e disciplinado nos artigos 201.º e 202.º
do CPPT.
FIM

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