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Modelo - Relatorio de Depressao
Modelo - Relatorio de Depressao
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JANEIRO / 2016
JANEIRO / 2016
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
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I- IDENTIFICAÇÃO
INTERESSADO (A): L. L. C;
O presente relatório foi solicitado pelo cliente. Avaliação foi realizada na Clínica
xxxxxxxxxxx, na Rua xxxxxxxxxxx, Bairro xxxxx. O processo foi realizado com a cliente
L. L. C, 32 anos de idade, solteira. Foi submetida a este processo para identificar se há
depressão e qual o nível. Houve cinco encontros, sendo o primeiro uma entrevista inicial
no dia 24 de novembro de 2015, o segundo a aplicação do Teste BFP (Bateria Fatorial de
Personalidade) no dia 26 de novembro de 2015, o terceiro a aplicação das Escalas de Beck
(BAI, BDI, BHS e BSI) no dia 30 de novembro de 2015, o quarto a aplicação do teste de
Pfister (Pirâmide Colorida de Pfister) no dia 03 de dezembro de 2015 e o último encontro
a Devolutiva, realizada no dia XX de XX de 2016. Sendo esta Avaliação embasada nos
pressupostos técnico-metodológicos.
Durante o primeiro encontro a cliente apresentou-se aparentemente calma, boa
verbalização e disponível para o processo. A entrevistada relatou que mora com seus pais.
Sua rotina é seu trabalho e casa, alega chegar em casa muito cansada após um dia de
trabalho, pois são tantas coisa para fazer que esgota suas energias. Em suas horas vagas
costuma ficar em casa dormindo, assistindo filme, gosta viajar, diz gosta muito de viajar
principalmente para o interior do estado. Não ocorreram muitas mudanças em sua rotina a
não ser viagens mais longas para fora do estado. A cliente diz não ter do que reclamar da
sua vida pessoas, só da vida profissional que é muito corrida. Alega não esta dormindo
bem atualmente, devido à ansiedade com algumas mudanças em sua vida pessoal.
Costuma dormir oito horas por dia, não acorda durante a noite. Há duas semanas ocorreu
mudança em seu sono, já passou pela mesma situação há três meses, preocupada com o
trabalho acordava durante a noite e não conseguia ter uma boa noite de sono. Acorda
bastante indisposta, sempre foi assim. Tem uma péssima alimentação, há dias que só faz
uma refeição, após algumas broncas de seus pais come um pouco mais, não passando das
três refeições, senti-se satisfeita com o que come, às vezes come uma fruta durante o
lanche da manhã porque o pai pega muito no pé e costuma coloca em sua bolsa. Relata
que há dois anos comia mais, era gordinha e gostava de comer, não precisava sentir fome
apenas achar a comida bonita, comia. Após uma reeducação alimentar perdeu 10kg e
passou a comer pouco, durante o processo de perda de peso fez uso de medicação
(sibutramina) com acompanhamento médico. Iniciou o tratamento em 2008 perdeu 10kg,
manteve o peso por um certo tempo, após 5 anos engordou 8kg e voltou a fazer o
tratamento para perder os quilos que ganhou e em 2014 engordou 3kg, o que fez se
desesperar e voltar ao médico para fazer um novo tratamento, se via no peso anterior ao
tratamento, a médica que a acompanhava chamou sua atenção por causa do seu
comportamento, mostrando que ela não se encontrava da maneira na qual estava se vendo.
A médica passou o medicamento novamente a pedido da cliente. Parou de tomar a
medicação cinco meses antes de nossa entrevista, a mesma relata que da ultima vez que
tomou, foi porque sentiu que aumentou um pouco o peso. Pretende voltar a tomar a
medicação após as festas de fim de ano. Em dezembro de 2014 começou a ter crises de
choro, não tinha vontade de sair de casa, comemorou a virada do ano sobre pressão de
pessoas próximas. Relata que estava sobre muita pressão com a mudança de emprego,
pois o anterior não exigia dela tanto quanto o atual, foi nesse período que começou as
crises de choro, ficava tremula e todos a sua volta estavam percebendo suas mudanças,
então resolveu procurou um clínico geral. Ao relatar o que estava ocorrendo o médico a
diagnosticou com inicio de depressão, passou um medicamento onde a mesma parou por
esta tendo algumas reações indesejadas, fez uso da medicação por um mês, suspendeu a
medicação por conta própria. “Rejeitei o diagnostico do médico, pois sempre fui uma
pessoa alegre, comunicativa, extrovertida e não acreditei que podia esta com essa doença,
resolvi voltar a ser quem eu era , mim afastei um pouco do trabalho e passei a fazer apenas
o que podia, fazendo cada coisa a seu tempo, pois sempre fiz tudo ao mesmo tempo e as
pessoas montavam em mim, tudo me mandavam fazer porque eu fazia mais rápido”, disse
a cliente. Quando questionada sobre seus planos para o futuro rir e diz que é sair dessa
empresa, quer se dedicar para concurso na sua área de formação (Biologia). Relata se dá
bem com todos os familiares, e com os amigos ocorreram algumas mudanças sem motivo,
se afastaram por ela não querer sair, diz que não sentia mais vontade de freqüentar os
lugares que freqüentava antes. Conta que sua vida social esta muita agitada, diz “estou
vivendo meus vinte e poucos anos, eu gostava de me divertir com o que tinha no
momento, se você me chamasse para ir a sua casa assistir um filme isso me deixava feliz,
prefiro assistir um filme em casa a ir para uma balada”. Fala que se sente muito cansada o
tempo todo. Quando questionada sobre seu trabalho conta que seu chefe é muito
estressado, se fazem algo com ele desconta nela por ser a única pessoa que trabalha
diretamente com o mesmo, alega ter um bom relacionamento com o chefe e que tem bons
momentos com ele, também tem um bom relacionamento com os demais colegas de
trabalho. Conta que hoje passou a dar mais importância a família, a fazer mais o que
gosta, se tornou uma pessoa mais emotiva, antes era muito bruta e insensível. Tem um
sentimento presente de orgulho, não explica de que. Não gosta de se relacionar serio,
apego. Nunca namorou, mas já teve relacionamentos longos, sempre sem compromisso.
Os sentimentos que a fez procurar um médico foram tristeza, choro, vontade de não
existir, desejo de morrer, vivia planejando sua morte, pensamento que surgiam do nada.
Hoje esses sentimentos não existem mais, com exceção do choro que surge do nada. Já se
sentiu assim anteriormente de forma menos intensa, sobre pressão por ter conseguido seu
primeiro emprego se cobrava bastante. Esta numa boa fase afetiva gosta de se arrumar.
Não gosta de pensar no futuro, em sua vida amorosa, não gosta de falar de seus
sentimentos. Hoje tem medo da morte, pois tem muitos planos para sua vida, questionada
o que mudou de quando desejava morrer para hoje, diz que hoje descobriu o que é viver
bem, o apoio da família para sair do emprego. Uma amiga a ajudou a despertar para a vida
com algumas conversas, incentivos, e ela resolveu sair da tristeza que se encontrava, e
desperta para a vida. Perguntei o que gostaria de mudar em sua vida, respondeu que no
momento seu emprego, namorar alguém para saber como é (sobre pressão de pessoas
próximas, tem orgulho de não ser tão afetiva com relacionamentos amorosos). Não sabe
explicar o porquê dessa aversão ao relacionamento, acredita que seja por ver as pessoas
próximas sofrendo, não deseja isso para si.
III- PROCEDIMENTO
No dia 30 de novembro de 2015 foi aplicado o teste das Escalas de Beck, com duração
de 30 minutos. É um dos instrumentos mais utilizados para medir a severidade de episódios
depressivos. As Escalas Beck são compostas pelo Inventário de Depressão (BDI), Inventário
de Ansiedade (BAI), Escala de Desesperança (BHS) e Escala de Ideação Suicida (BSI).
No dia 03 de dezembro de 2015 foi aplicado o teste Pirâmide Colorida de Pfister, com
duração de 50 minutos. Avalia aspectos da personalidade, destacando principalmente a
dinâmica afetiva e indicadores relativos a habilidades cognitivas do indivíduo.
IV- ANÁLISE
N4- Depressão (alto): tendem a relatar expectativa negativa em relação ao seu futuro
e indicam ter uma vida monótona e sem emoção. Além disso, tendem a se sentir solitários,
sem objetivos claros para suas vidas, consideram-se incapazes de lidar com as dificuldades do
cotidiano e tipicamente apresentam alto nível de desesperança.
E1- Comunicação (médio): Este fator é composto por itens que descrevem o quão
comunicativo e expansivo as pessoas acreditam que são. Escores médios nessa faceta indicam
um padrão comportamental dentro da média no que se refere a quão comunicativas e
expansivas as pessoas acreditam ser. Não apresentam dificuldades em expressarem em
público e falarem sobre si mesmo, agindo de forma flexível de acordo com as situações.
E2- Altivez (baixo): geralmente são mais humildes, não se vangloriam pelos bens e
capacidades pessoais, e apresentam pouca necessidade de receber atenção das pessoas. Podem
inclusive ter dificuldade para reconhecer as suas capacidades e atributos favoráveis, mesmo
que sejam evidentes
E3- Dinamismo (baixo): tendem a se concentrar em uma única atividade por vez e
não precisam estar sempre em movimento ou em atividade para se sentirem bem. Além disso,
podem demorar mais para colocar suas idéias em prática e tomar iniciativa para realizar certas
ações.
E4- Interações Sociais (médio): Descreve pessoas que buscam ativamente situações
que permitam interações sociais, como festas, atividades em grupo etc. Escores médios
indicam um padrão comportamental dentro da média.
ESCORE GERAL SOCIALIZAÇÃO (muito baixo): confiam pouco nos demais
suspeitando de suas intenções.
S2- Pró sociabilidade (muito baixo): tendem a se envolver em situações que podem
colocar a si e aos demais em risco.
S3- Confiança nas pessoas (muito baixo): acreditam que as pessoas podem estar
tentando prejudicá-las em vários contextos.
R1- Competência (baixo): sugerem pouca disposição para atingir objetivos; pessoas
com esse perfil facilmente desistem diante de obstáculos ou da necessidade de fazer
sacrifícios. Além disso, escores baixos tendem a estar presentes em pessoas com uma
percepção desfavorável sobre sua capacidade, que evitam atividades complexas e desafiantes
e que não possuem objetivos bem definidos.
R2- Ponderação/ Prudência (baixo): tendem a falar sem pensar, a agir antes de fazer
algum planejamento e a ser impulsivas, de modo geral. A impulsividade, nesse caso, não se
relaciona necessariamente com a baixa tolerância a frustração ou com uma reação emocional
negativa intensificada.
A2- Liberalismo (alto): Tendência a abertura para novos valores morais e sociais.
A3- Busca por novidades (médio): é composto por itens que descrevem preferências
por vivenciar novos eventos e ações. Escores médios nessa faceta indicam um padrão
comportamental dentro da média
V- CONCLUSÃO
Com base nos dados obtidos constatou-se que a entrevistada tem traços suficientes para se
enquadra no diagnóstico F32.0 Episódio Depressivo Leve, levando em consideração os
sintomas descritos a seguir: humor deprimido, fatigabilidade, instabilidade emocional,
desesperança, redução de energia, auto estima baixa, idéias de suicídio, perturbação do sono,
perda de interesse em atividades que era normalmente agradáveis. Segundo o CID-10, são
critérios para avaliação de Episódio Depressivo Leve três sintomas típicos (Humor deprimido;
Perda de interesse; Fatigabilidade), outros sintomas (Redução da concentração e da atenção;
Diminuição da autoestima e da autoconfiança; Ideias de culpa e inutilidade; Visões desoladas
e pessimistas do futuro; Ideias de suicídio, ou atos autolesivos ou suicídio; Perturbação do
sono; Diminuição do apetite), devem usualmente estar presentes para um diagnóstico
definitivo dois sintomas típicos e dois dos outros sintomas com duração de duas semanas. É
recomendado que a paciente inicie um processo psicoterapêutico para tratar questões citadas
por ela e relatadas a cima, evitando assim, o agravamento dos sintomas por ela relatado em
todo decorrer do processo de diagnostico. Caberá a psicoterapêutica em médio prazo definir
se haverá ou não a necessidade de acompanhamento psiquiátrico.
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Psicologo nome
CRP xx/xxxx