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Série expositiva no Evangelho de Mateus

“[...] Porque é chegado o Reino dos céus” (Mateus 3.2).

Mateus 1.18-25

Rev. Paulo Rodrigues

III. ANÁLISE TEXTUAL

3.1 Análise Sintático-Teológica

Texto grego e Tradução Primária

Texto Grego1 Tradução Primária


Mt 1:18 Τοῦ δὲ Ἰησοῦ Χριστοῦ ἡ γέννησις οὕτως 18
Assim foi o nascimento de Jesus Cristo:
ἦν. Μνηστευθείσης γὰρ τῆς μητρὸς αὐτοῦ Μαρίας estava casada a mãe dele, Maria, de José,
τῷ Ἰωσὴφ, πρὶν ἢ συνελθεῖν αὐτοὺς, εὑρέθη ἐν antes de coabitar com ele, achou-se na barriga
γαστρὶ ἔχουσα ἐκ Πνεύματος ἁγίου. grávida do3 Espírito Santo.
Mt 1:19 Ἰωσὴφ δὲ ὁ ἀνὴρ αὐτῆς δίκαιος ὢν, καὶ 19
José então, o marido dela, sendo justo, não
μὴ θέλων αὐτὴν παραδειγματίσαι, ἐβουλήθη querendo expô-la publicamente, desejou
λάθρα ἀπολῦσαι αὐτήν. secretamente deixá-la.
Mt 1:20 ταῦτα δὲ αὐτοῦ ἐνθυμηθέντος, ἰδοὺ 20
Estas coisas, pois ele tendo pensado, eis que
ἄγγελος Κυρίου κατ᾽ ὄναρ ἐφάνη αὐτῷ, λέγων, um anjo do SENHOR, em um sonho apareceu
Ἰωσὴφ υἱὸς Δαβὶδ, μὴ φοβηθῇς παραλαβεῖν a ele, dizendo: José, filho de Davi, não tenha
Μαριὰμ τὴν γυναῖκά σου. τὸ γὰρ ἐν αὐτῇ medo receber Maria a esposa sua, pois o que
γεννηθὲν, ἐκ Πνεύματός ἐστιν ἁγίου. em ela foi gerado, é saído do Espírito Santo.
Mt 1:21 τέξεται δὲ υἱὸν, καὶ καλέσεις τὸ ὄνομα 21
Gerará ela um filho, e tu chamarás o nome
αὐτοῦ Ἰησοῦν. αὐτὸς γὰρ σώσει τὸν λαὸν αὑτοῦ dele: Jesus; porque ele salvará o povo dele dos
ἀπὸ τῶν ἁμαρτιῶν αὐτῶν. pecados deles.4
Mt 1:22 Τοῦτο δὲ ὅλον γέγονεν ἵνα πληρωθῇ τὸ 22
Isso pois tudo aconteceu, que cumpriu-se o
ῥηθὲν ὑπὸ τοῦ Κυρίου, διὰ τοῦ προφήτου que foi dito pelo SENHOR por meio do profeta,
λέγοντος, dizendo:
Mt 1:23 Ἰδοὺ ἡ παρθένος ἐν γαστρὶ ἕξει, καὶ 23
Eis, a virgem em ventre terá, e gerará um
τέξεται υἱὸν, καὶ καλέσουσι τὸ ὄνομα αὐτοῦ filho, e vocês chamarão o nome dele ‘Emanuel’,
Ἐμμανουὴλ, ὅ ἐστι μεθερμηνευόμενον, μεθ᾽ que é5 traduzido por: “Conosco, O Deus”.
ἡμῶν ὁ Θεός. 24
Tendo despertado o José do seu sono, ele fez
Mt 1:24 Διεγερθεὶς δὲ ὁ Ἰωσὴφ ἀπὸ τοῦ ὕπνου, o que foi mandou a ele o anjo do SENHOR, e
ἐποίησεν ὡς προσέταξεν αὐτῷ ὁ ἄγγελος Κυρίου, recebeu a esposa dele
καὶ παρέλαβε τὴν γυναῖκα αὑτοῦ· 25
E não conhecendo ela até que ela deu a luz o
Mt 1:25 καὶ οὐκ ἐγίνωσκεν2 αὐτὴν, ἕως οὗ ἔτεκε filho, e ele chamou o nome dele Jesus.
τὸν υἱὸν αὑτῆς τὸν πρωτότοκον, καὶ ἐκάλεσε τὸ
ὄνομα αὐτοῦ ἸΗΣΟΥΝ.

3.2 Crítica Textual


1
Textus Receptus segundo o software “The Word”.
2
Verbo no imperfeito indicativo ativo da 3ª pessoa do singular. O sujeito continuou não “conhecendo”.
3
Preposição “ἐκ”: “A partir do”
4
A construção da sentença sugere a explicação do nome de Jesus, a partir da situação de pecado e
corrupção, da qual ele resgatará (salvará) seu povo.
5
Verbo “ἐστιν” no presente indicativo ativo da 3ª pessoa do Singular. Sendo mais bem traduzido à luz do
contexto por “que significa”.
Não foram encontradas no texto, variantes ou leituras textuais que
modifiquem o sentido de algum versículo ou passagem do texto, senão que o
aparato crítico do Novo Testamento grego aponta que: Há duas leituras variantes
para o início do texto do versículo 18: “Ἰησοῦ Χριστοῦ” (de Jesus Cristo), e Ἰησοῦ (de
Jesus) sendo a primeira amparada por mais testemunhas, e, 2) duas leituras para
a palavra “gênesis” no verso 18, como segue: γένεσις/γέννησις, sendo a segunda
ocorrência sustentada por um maior número de testemunhas.

3.3 Comparação de versões

Dentre as versões analisadas, não há nenhuma modificação ou alteração no


texto que também interfira na compreensão do texto. Exceto que tanto a Bíblia King
James Atualizada6 quanto a King James Fiel7, acrescentam no versículo 25 uma
interpretação teológica quanto ao estado virginal de Maria:

King James Atualizada “e não a conheceu até que ela gerou


seu filho primogênito...”.
King James Fiel “contudo, não coabitou com ela
enquanto ela não deu à luz o filho
primogênito”.

3.4 Gênero, estilo ou tipo literário

O contexto do texto em destaque é uma narrativa que explica o ponto


anterior até então tratado no livro através da genealogia. Os fatos narrados pelo
autor demonstram a maneira sobrenatural através do qual o Rei prometido adentrou
esse mundo. Há uma forte ênfase do narrador em destacar a operação miraculosa
do Espírito Santo no momento da concepção da Segunda Pessoa da Trindade. O
autor destaca tal intervenção por vezes:

v. 18: “Maria, a sua mãe, estava comprometida para casar com José. Mas, antes
de se unirem, ela se achou grávida pelo Espírito Santo”.
v. 20: “José, filho de Davi, não tenha medo de receber Maria como esposa, porque
“o que nela foi gerado é do Espírito Santo”.
v.22 “Ora, tudo isto aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo Senhor por meio
do profeta...”.
v. 25: “Porém não teve relações com ela enquanto ela não deu à luz um filho, a
quem pôs o nome de Jesus”.

O narrador, como onisciente, quis salientar nitidamente que o evento em


destaque não fora operado por homens, nem pelo desejo de quem quer fosse, mas
unicamente pelo poder e operação de Deus Espírito Santo, que em cumprimento

6
Bíblia King James Atualizada – São Paulo: Abba Press, 2012., p. 1750.
7
Bíblia King James Fiel, BKJ 1611 – Niterói/RJ: 2015., p. 555.
das profecias veterotestamentárias, das quais uma é destacada pelo mesmo autor,
agiu agora intervindo na história do povo eleito de Deus, para salvá-lo.

3.5 Contexto imediato

Logo após a genealogia que demarca a sequência histórica da promessa,


isto é, Deus estava intervindo diretamente na história guiando tudo para que: 1) a
história apontasse desde Abraão até Davi, e assim, para o Rei que governaria seu
povo com reinado eterno. 2) De Davi até o exílio, demonstrando que Deus mantém
seu plano intacto, mesmo diante do que poderia parecer um juízo definitivo do
SENHOR sobre seu povo, e 3) do exílio até finalmente a promessa cumprida: Jesus
Cristo.

Nada é mais natural agora para o autor, do que após traçada a árvore
genealógica do Messias, apontar para o seu nascimento, mas não de maneira
comum ou normal, e sim, como a maior revelação e intervenção de Deus na história.
Mateus encerra sua genealogia, e inicia imediatamente a narrativa do nascimento
de Cristo: o Deus da aliança está de fato com o seu povo... “Emmanuel!”.

1ª Proposta de Tradução

18
Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: estava Maria – a mãe dele – casada
com José. Contudo, antes de coabitar com ele, achou-se grávida do Espírito
Santo.
19
Então José, o marido dela, sendo justo, não querendo expô-la publicamente,
desejou secretamente deixá-la.
20
Tendo ele pensado essas coisas, eis que um anjo do Senhor, em um sonho,
apareceu a ele, dizendo: José, filho de Davi, não tema receber Maria, sua esposa,
pois o que nela foi gerado, é vindo do Espírito Santo.
21
Gerará ela um filho, e tu chamarás o seu nome, Jesus, porque ele salvará o
povo dele dos seus pecados.
22
Isso tudo aconteceu, tendo cumprido o que foi dito pelo Senhor por meio do
profeta, dizendo:
23
Eis [que] a virgem engravidará, e gerará um filho, e chamarão o nome dele:
Emanuel, que significa: Deus [é] conosco.
24
Tendo despertado José do seu sono, fez o que o anjo do Senhor o mandou
fazer, e recebeu sua esposa,
25
E não a conheceu até que ela deu à luz o filho. E ele chamou o nome dele Jesus.

IV. ANÁLISE TEOLÓGICA

4.1 Teologia e Mensagem


A narrativa de Mateus, como já fora mencionado, baseia-se na chegada do
Reino de Deus, através do cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Como
afirma Merrill Teney:

A fim de demonstrar a íntima relação da carreira de Jesus com as


promessas messiânicas, esse evangelho faz uso de citações do
Antigo Testamento. Há pelo menos sessenta exemplos óbvios que
ficam entre Mateus 1.23 – 27.48. [...] Ademais, muitas passagens
incluem referências ao cumprimento das palavras proféticas. 8

Considerando isso, na passagem que destacamos há uma menção à uma


profecia que deve ser levada em consideração para o estabelecimento do
significado daquilo que Mateus está narrando em seu escrito, pois em se tratando
do cumprimento de uma profecia, deve ser levado em consideração não somente
o fato que demarca sua factibilidade mas também o lócus através do qual tanto o
profeta quanto o escritor que o estão interpretando possuem para enfatizar tal
evento.

4.2 Análise Inter-canônica

O texto citado por Mateus em relação ao cumprimento da profecia de Deus,


é Isaías 7.14. O contexto histórico da passagem elucida a intenção do evangelista
em apontar para o nascimento de Cristo como sendo o fato narrado pelo profeta no
passado que tem implicações para o presente.

Segundo Samuel Schultz:

O reino do Norte já havia aceito a política de resistência ditada por


Peca. Com a idade de vinte anos, Acaz foi confrontado com o
enigmático problema de manter a paz com a Síria e com Israel. Em
734 a. C., Tiglate-Pileser III fez seus exércitos marcharem Filístia
adentro. É perfeitamente possível que Acaz tenha lançado um apelo
ao rei assírio quando os filisteus se puseram a assaltar de modo
generalizado os distritos mais exteriores de Judá. O ter-se aliado
aTiglate-Pileser não demorou a levar Acaz a grande aperto. Mais
tarde naquele mesmo ano, após os invasores assírios se terem
retirado, Peca e Rezim declararam guerra contra Judá.9

Sob a ameaçada de uma guerra a qual não tinha condições nem forças para
enfrentar, segundo o texto do profeta, Acaz é convocado a confiar em Deus para o
livrar daquela situação. Um cerco seria montado contra Judá, mas seria através da
fé em Deus que tanto Acaz quanto o povo seriam salvos: “Assim diz o Senhor Deus:
“Isso não tem nenhuma chance de acontecer. [...] Se vocês não crerem,
certamente não permanecerão” (Is 7.7,9). Mesmo diante da incredulidade de Acaz,
a revelação messiânica não foi suspensa. Deus interviria, salvando seu povo.

8
TENEY, Merril C. – O novo testamento sua origem e análise – São Paulo: Shedd Publicações, 2008., p.169.
9
SCHULTZ, Samuel J. – A história de Israel no Antigo Testamento – São Paulo: Vida Nova, 1995., p. 199.
A promessa que é feita por Deus através de Isaías é de que um libertador
seria enviado para livrar o povo da opressão e da ameaça de guerra, que pairava
sobre Judá diante daquela situação política instável. No meio de toda turbulência e
sombra de morte por vir, o Senhor revela: “eis que a virgem conceberá e dará à luz
um filho e lhe chamará Emanuel” (v. 14). Um Salvador vindo da parte de Deus livrará
o povo de seus algozes.

A mensagem que Mateus interpreta como tendo sido cumprida no


nascimento de Cristo, aponta para um livramento muito maior do que aquela
ameaça de guerra com outros povos. Muito maior do que Ciro, que foi usado por
Deus para livrar o povo da guerra naquele momento, a profecia de Isaías
mencionava alguém que livraria o povo do verdadeiro e mais mortal perigo que lhes
assolava: o pecado: “e você porá nele o nome de ‘Jesus’, porque ele salvará o seu
povo dos pecados deles” (Mt 1.21).

O nome dado ao Messias tanto no texto de Mateus quanto no de Isaías,


apontam para a realidade da fidelidade de Deus às promessas que ressaltam o
objetivo pactual da relação de Deus com seu povo: ser o seu Deus, e eles, o seu
povo. Assim, a revelação do nome do Messias em Isaías e em Mateus, sugerem o
cumprimento da promessa de Deus e salvar e estar com o seu povo sempre.

No Evangelho segundo Lucas, o anúncio da chegada de Cristo é feito sob


os auspícios da bênção de Deus para com seu povo, isto sendo expresso na forma
como o anjo saúda Maria:

“E, aproximando-se dela, o anjo disse: — Salve, agraciada! O


Senhor está com você. [...] o anjo lhe disse: — Não tenha medo,
Maria; porque você foi abençoada por Deus. Você ficará grávida e
dará à luz um filho, a quem chamará pelo nome de Jesus. Este será
grande e será chamado Filho do Altíssimo. Deus, o Senhor, lhe dará
o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a casa de
Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.28, 30-33).

Também Lucas aponta para esse evento, em parte, segundo a mesma ótica
de Mateus, qual seja: de que o nascimento de Cristo é uma ação exclusiva de Deus:

“O anjo respondeu: — O Espírito Santo virá sobre você, e o poder


do Altíssimo a envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente
santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. E Isabel, sua
parenta, igualmente está grávida, apesar de sua idade avançada,
sendo este já o sexto mês de gestação para aquela que diziam ser
estéril. Porque para Deus não há nada impossível” (Lc 1.35-37).

Para o apóstolo João, a ênfase apoteótica da vinda de Cristo remete a


própria pré-existência do Logos Divino, a causa eficiente de toda criação, é a
segunda pessoa da Trindade, que veio através de Jesus Cristo, levar seu povo de
volta a comunhão com Deus:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas
por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. [...] Mas, a todos
quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (Jo 1. 1-3, 12).

Os evangelistas assimilam a informação do nascimento de Cristo, levando


em consideração tudo o que havia sido profetizado a respeito dele, interpretando
esse fato com a devida seriedade: A encarnação de Cristo é o evento histórico mais
impactante já ocorrido, maior até mesmo que a própria criação, pois, através da
descida do Verbo de Deus, a vida será manifesta aos homens de maneira plena e
abundante.

4.3 Analogia da Fé

O Credo Apostólico em seu artigo segundo, enfatiza a encarnação do Filho


de Deus nos termos tais como expostos por Mateus em seu evangelho, bem como
em todas as passagens das Escrituras que disso tratam: “Creio em Jesus Cristo,
seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo;
nasceu da virgem Maria”. Certamente, os crentes do passado, à luz das Escrituras,
entenderam quão importante é que percebamos a proporção do que está proposto
na doutrina da encarnação e nascimento de Cristo.

A Confissão de Fé de Westminster no capítulo VIII, seção 2, postula tal


doutrina da seguinte maneira:

O Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade, sendo verdadeiro


e eterno Deus, da mesma substância do Pai e igual a ele, quando
chegou o cumprimento do tempo, tomou sobre si a natureza
humana com todas as suas propriedades essenciais e enfermidades
comuns, contudo sem pecado, sendo concebido pelo poder do
Espírito Santo no ventre da Virgem Maria e da substância dela.10

Trata-se dessa forma, de uma indispensável doutrina extraída da revelação


bíblica, a encarnação de Cristo, pois conforme tratada por Mateus tal encarnação
está também diretamente conectada a obra da redenção planejada pelo Deus
Triuno, para socorro e redenção de toda criação e do povo eleito de Deus.

O nascimento de Cristo Jesus, sua encarnação, é a maior intervenção


salvífica de Deus na história do seu povo.11 Aquele que veio a este mundo em
resgate para salvar seu povo de seus pecados (Mt. 1.21) é a demonstração clara e
enfática de que foi o poder de Deus quem promoveu a obra da redenção. Berkhof,
explicando a participação de Deus, o Espírito Santo, na obra do nascimento da
Segunda Pessoa da Trindade, analisa da seguinte maneira:

10
Confissão de Fé de Westminster – 17ª ed. – São Paulo: Cultura Cristã, 2008., p. 76. Grifo nosso.
11
Rev. Stefano Alves.
A obra do Espírito Santo concernente à concepção de Jesus foi
dupla: (1) Ele foi a causa eficiente do que foi concebido no ventre de
Maria, e assim excluiu a atividade do homem como fator eficiente.
Isto está em completa harmonia com o fato de que a pessoa que
nasceu não era uma pessoa humana, mas a pessoa do Filho de Deus
que, como tal, não estava incluída na aliança das obras e estava livre
da culpa do pecado. (2) Ele santificou a natureza humana de Cristo
logo no início, e assim a manteve livre da corrupção do pecado. 12

A mensagem trazida por Mateus, repetida várias vezes no texto destacado,


e crida através da história pelos credos e confissões, conforme também aqui
exposto, é de que não há qualquer intervenção humana, ou vontade de homens
envolvida na obra redentora promovida pelo Deus Triúno. O plano de salvação foi
concebido pelo Pai, Filho e Espírito Santo, excluindo o homem de algum tipo de
participação. A palavra do apóstolo Paulo em Efésios 2, qualifica o sentimento que
fora negado ao homem: “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto
não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef.
2.8-9). A glória, o mérito, a iniciativa e a operação da encarnação e salvação,
respectivamente, estão restritas ao Deus Soberano, que com mão poderosa,
interveio na história do povo eleito de SENHOR.

Em razão dessa intervenção portentosa de Deus na vida de seu povo,


Thomas Goodwin, um pastor puritano do século XVII, escreveu:

Antes que a ferida do pecado surgisse, Deus providenciou o curativo


e o remédio apropriado para restaurar a todos novamente, que, de
outra sorte, teria sido impossível descobrir. Pois nós, que jamais
poderíamos ter descoberto um remédio para um dedo cortado (se
Deus não tivesse prescrito e determinado), muito menos poderíamos
ter descoberto um remédio para esta vida.13

Para as doenças e chagas de seu povo, foi servido o Criador, o Deus Triúno,
enviar a Segunda Pessoa da Trindade para encarnar-se, compadecendo-se de nós,
encarnando e assumindo também a natureza humana, fazendo-se homem,
salvando pecadores de seus pecados – das suas feridas e chagas. Foi da “farmácia
celestial” que saiu o remédio para a doença mais grave dos eleitos: o pecado.

Ainda outro puritanos, Isaac Ambrose (1604-1664), tratando da encarnação


de Cristo, expõe: “Vinde, então, e aprendamos a ler esta carta de amor enviada do
céu e escrita em letras de sangue”.14

2ª Proposta de Tradução

12
BERKHOF, Louis – Teologia Sistemática – 4ª ed. – São Paulo: Cultura Cristã, 2012., p. 308.
13
BEEKE, Joel R., JONES, Mark – Teologia Puritana: doutrina para a vida – São Paulo: Vida Nova, 2016., p.
521.
14
Ibid., p. 522.
18
Assim foi o nascimento de Jesus Cristo: estava Maria, a mãe dele, casada com
José. Contudo, antes de coabitar com ele, achou-se grávida do Espírito Santo.
19
Então José, o marido dela, sendo justo, não querendo expô-la publicamente,
desejou secretamente deixá-la.
20
Tendo ele pensado essas coisas, eis que um anjo do Senhor, em um sonho,
apareceu a ele, dizendo: José, filho de Davi, não tema receber Maria, sua esposa,
pois o que dela é gerado, é vindo do Espírito Santo.
21
Gerará ela um filho, e tu chamarás o seu nome, Jesus, porque ele salvará o
povo dele dos seus pecados.
22
Tudo isso aconteceu, tendo cumprido o que foi dito pelo Senhor por meio do
profeta: dizendo:
23
Eis [que] a virgem engravidará e gerará um filho, e chamarão o nome dele:
Emanuel, que significa: Deus [é] conosco.
24
Tendo despertado José do seu sono, fez como o anjo do Senhor mandara, e
recebeu sua esposa,
25
E não teve relações com ela, até que ela deu à luz o Filho. E ele chamou o nome
dele, Jesus.

V. ANÁLISE HOMILÉTICA

4.1 Estrutura ou distribuição didática do texto

Seguindo estrutura textual encontrada no trecho de 18 a 25 do capítulo


primeiro do evangelho de Mateus, é nítida a intenção do autor em destacar a obra
maravilho da encarnação da Segunda Pessoa da Trindade como sendo um evento
completamente a parte de qualquer intenção ou ação do homem. Os blocos em
que a demonstração dessa análise autoral aparece no texto, demonstram de
maneira progressiva como a mensagem deve ser compreendida pelos leitores:

[...] “ela se achou grávida pelo Espírito Santo”. (v. 18) Ação divina

[...] “o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz Ação divina: o objetivo da ação.
um filho e você porá nele o nome de Jesus, porque ele salvará
o seu povo dos pecados deles”. (v. 20)

“Ora, tudo isto aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo A ação divina como
Senhor por meio do profeta: “Eis que a virgem conceberá e cumprimento da promessa
dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de
Emanuel.” (“Emanuel” significa: “Deus conosco” (v. 22-23).

[...] “fez como o anjo do Senhor lhe havia ordenado e recebeu Ação divina, ênfase na não
Maria por esposa. Porém não teve relações com ela enquanto participação ou interferência do
ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus” (v. homem.
24, 25).
A cada afirmação e constatação feita por Mateus, fica claro a ideia central
da passagem: a encarnação de Cristo é uma ação divina, bem como toda obra de
salvação arquitetada e executada pela Santíssima Trindade. A exclusividade remete
ao ensino bíblico de que “ao SENHOR pertence a salvação” (Jn 2.9).

A obra da salvação não é um ato monergistíco de Deus apenas em termos


daquelas obras operadas em nós pelo Espírito Santo no que tange aos resultados
da mesma que devem interferir diretamente na vida do eleito de Deus, isto é,
arrependimento, justificação, santificação etc. Mas tudo, ao homem natural, está
fora de alcance, principalmente a execução de sua redenção em vistas do ato que
era exigido – sacrifício. Tinha de ser o próprio Deus a fazê-lo, como o fez enviando
seu Filho bendito ao mundo, para resgatar o povo eleito do SENHOR de seus
próprios pecados.

4.2 Proposta de sermão

Série expositiva no Evangelho de Mateus

“[...] Porque é chegado o Reino dos céus” (Mateus 3.2).

Mateus 1.18-25 – O nascimento de Jesus Cristo

Rev. Paulo Rodrigues

Introdução

À luz do que vimos no texto anterior (v. 1-17), Mateus está concentrado em
demonstrar a chegada do Reino de Deus, através de Cristo Jesus. Para isso, o autor
iniciou seu evangelho demonstrando como Cristo era o cumprimento das profecias
do Antigo Testamento, sobretudo, às promessas pactuais feitas a dois personagens
especiais: Abraão e Davi.

Vimos também que na árvore genealógica do próprio redentor, está contida


a mensagem de que o Reino de Deus não é deste mundo, e tampouco pode ser
recebido por aqueles que confiam em seus próprios braços ou sua própria justiça,
pois além de para nada servir aquilo que os homens fazem para se salvar
(incorrendo em grande engano), a linhagem do Messias aponta para o modo como
a salvação é recebida: pela fé no Ungido de Deus. Diversos personagens, incluindo
o próprio Abraão, creram em Deus e no Salvador que haveria de ser enviado, e pela
misericórdia de Deus através de seu Santo Espírito, foi lhes dado a fé para serem
recebidos na família de Deus.

Hoje, veremos que não somente o Reino de Deus é chegado na pessoa de


Jesus, mas também como Cristo veio a esse mundo, e como essa chegada fala
para nós verdades preciosas sobre o Reino de Deus e a salvação que ele traz.
Elucidação

Logo após a genealogia que demarca a sequência histórica da promessa,


nada é mais natural agora para o autor do que apontar para o nascimento do
Messias como fato propriamente dito, mas não de maneira comum ou normal, e
sim, como a maior revelação e intervenção de Deus na história. Mateus encerra sua
genealogia, e inicia imediatamente a narrativa do nascimento de Cristo: o Deus da
aliança está de fato com o seu povo... “Emmanuel!”.

A escolha de uma virgem da cidade de Belém aponta para como o SENHOR


deseja trazer seu Filho ao mundo: sem qualquer intervenção ou ação humana que
colaborasse para tal. Mateus destaca nos versos 18 a 20 que o nascimento de
Cristo não foi por meio de geração ordinária, isto é, da junção de um homem à uma
mulher, mas o Deus Triúno em seus eternos decretos, desejou que somente um
homem puro, isto é, sem pecado, promovesse a salvação de seu povo. Por isso
uma virgem é escolhida, para que a natureza pecaminosa do homem não fosse
também transmitida a pessoa de Cristo, pois essa é a forma como o pecado é
passado. Como afirma o Catecismo Maior de Westminster em sua pergunta 26:
“Como o pecado original é transmitido de nossos primeiros pais à sua posteridade?
O pecado original é transmitido de nossos primeiros pais à sua posteridade por
geração natural, de maneira que todos os que assim procedem deles são
concebidos e nascidos em pecado.

Porém, deveria ainda assim o nosso Redentor ser um homem como nós,
para que pudesse se compadecer de nós, obedecer a Deus e garantir que por seus
méritos, a salvação fosse plenamente adquirida para todo o seu povo. Se na
eternidade, Deus havia determinado que a Segunda Pessoa da Trindade fosse o
Cordeiro que tiraria o pecado do mundo, da mesma forma como foi prefigurado
através das determinações da lei cerimonial que um cordeiro sem defeito deveria
ser usado no ritual de purificação de pecados (cf. Nm 6.14), assim também o
verdadeiro Cordeiro deveria vir ao mundo sem qualquer mácula ou mancha do
pecado, e como um homem, contendo todas as características de tal.

Tudo isso é algo que claramente se mostra impossível aos homens, pois
condenados a sofrer as penas dessa condição miserável que o pecado nos legou,
jamais poderíamos nos mesmos providenciar um “cordeiro para o holocausto”.
Dessa forma, as palavras de Abraão a seu filho Isaque, exibem o maravilhoso plano
da redenção: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto” (Gn
22.8). O nascimento de Cristo é providencial para nós, pois é o resgate que
aguardávamos. Da mesma forma que alguém que está se afogando, sente-se
aliviado ao ver o resgate se aproximando, pois não pode fazer nada para salvar-se,
assim também nós, com a vinda de Cristo, vemos as tribulações e angustias que o
pecado nos causa terem um fim prometido, pois aquele que salva o povo dos seus
pecados, veio para executar sua missão.

É dito a José que o ente que Maria carrega no ventre “é vindo da parte do
Espírito Santo”. A obra trinitária é evidenciada pela vontade decretiva de que pelo
poder do Espírito, Cristo iniciasse sua obra. Porém, a obra redentora do SENHOR
Jesus não começa somente quando ele sobe a cruz para morrer por nós, mas todo
o estado de humilhação ao qual ele deveria ser submetido inicia com sua própria
encarnação. Assim pois, como foi o próprio Espírito Santo quem o guiou ao deserto
para ser tentado (Mt 4) como parte de sua provação para ser o Sumo Sacerdote
que se compadece de nossas dores (Hb 4.15), assim também é pelo mesmo
Espírito, que Jesus é trazido a esse mundo.

Nos versos de 21 a 23, a evidência do cumprimento veterotestamentário


novamente é trazida à baila por Mateus para corroborar sua tese. O nome do
Messias é revelado em referência àquilo que fora profetizado por Isaías como sendo
o ministério do Ungido de Deus: salvar seu povo dos seus pecados. É a junção das
duas ideias dos nomes do Messias que apontam para sua identidade como a
providência de Deus para resgatar seu povo. Em Isaías o nome do Messias é
apenas descrito como “Emanuel”, porém, através de um comentário o evangelista
anexa a ideia de “Deus conosco” à imagem formulada pelo anjo no anúncio do
nome de Cristo “por que ele salvará o seu povo dos pecados deles” = “Jesus”. O
Messias é vindo para cumprir a promessa pactual de Deus de estar com o seu povo,
promovendo para isso a redenção deles dos seus pecados.

Devemos atentar para isso, irmãos, e ver que o propósito da salvação é


muito maior do que as propostas vãs que falsos evangelhos que surgem todos os
dias dão. O propósito da salvação não é simplesmente que vivamos uma vida
abastada nesse mundo, pois se vivemos apenas para essa vida somos os mais
miseráveis dos homens (1Co 15.19). Ou se achamos que o objetivo fundamental
da salvação é apenas viver de “maneira correta”, como propõe o legalismo, também
temos uma esperança vã, pois se nossa esperança não está num mundo recriado
pela obra salvífica de Cristo, viveremos fadados ao cumprimento da Lei, que ao
invés de nos salvar, nos condena por causa de nossa imperfeição em cumpri-la.

Dessa forma, nos é apresentado um plano muito maior do que as propostas


infundadas da teologia da prosperidade ou do legalismo: a promessa realizada em
Cristo Jesus, de que através de seu sacrifício o novo céu e nova terra virão, e é para
onde estamos indo para que cumpra-se o que fora dito pelas Escrituras: “Emanuel!,
Deus está conosco”.

Por fim, Mateus encerra esta ideia, trazendo de novo à luz o fato de que
Cristo foi concebido sem qualquer ação ou intervenção do homem (v. 24 a 25).
Crendo que o que estava acontecendo era algo celestial, muito maior do que ele,
José casa-se com Maria mas não tem relações com ela, pois ficou evidente que
homem algum tinha qualquer coisa a fazer senão receber a dádiva da salvação
através daquele que Maria carregava em seu ventre. Não é apenas um respeito
superficial ou fugaz de alguém que teme tocar algo que não lhe foi autorizado, e
sim, a fé de que pela obra do Espírito tudo seria estabelecido de maneira que o
nome do Deus Triúno fosse glorificado. José, ciente do peso da obra maravilhosa
do Espírito de Deus em Maria, obedece, à semelhança de muito outros personagens
que creram em Deus confiando em suas promessas e em seu agir, e dessa forma
obtiveram o cumprimento da promessa evidenciado em suas vidas, como foi o caso
de Abraão, que obedece as instruções de Deus por fé, e parte para uma terra
desconhecida (Hb 11.8), por exemplo.

Transição

O plano da promessa de Deus em Cristo Jesus exibido por Mateus é demais


para nós, isto é, está fora do nosso alcance qualquer ação que não seja aquela
desencadeada em nós pelo próprio Espírito Santo, dando-nos fé para crer que
Cristo Jesus veio em carne, e habitou entre nós, para nos salvar dos nossos
pecados.

Aplicações

O texto do evangelho de Mateus nos mostra claramente como Deus em


Cristo estava reconciliando consigo o mundo (2 Co 5.19), em cumprimento a tudo
aquilo que havia sido dito desde o Antigo Testamento, aos patriarcas e profetas.
Cristo Jesus veio a esse mundo, sem que isso fosse efetuado pela vontade dos
homens ou da carne, mas unicamente pela operação graciosa do Espírito Santo.
Isso nos leva a refletirmos sobre alguns pontos do texto e como ele se aplica a
nossas vidas:

1) A salvação pertence ao SENHOR e é operada apenas por ele.

O evangelho de Mateus no texto que lemos, é enfático em demonstrar que


nossa salvação foi adquirida por Deus e para Deus. Está proposto para nós, seus
filhos, que recebemos a salvação não por nossa vontade, mas unicamente pela
vontade de Deus (Jo 1.13), a fé para crermos numa verdade muito simples, mas
poderosa e que somente pode ser revelada pelo poder do Espírito: Cristo veio ao
mundo em carne para nos salvar dos nossos pecados. Não há nada que possamos
fazer em relação a salvação, pois na condição de pecadores, o plano superior de
estar com Deus para sempre, nos era impossível.

Porém, como escreve o apóstolo Paulo: “Mas Deus prova o seu próprio amor
para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos
da ira” (Rm 5.8-9). Nunca deixe passar por sua mente, um minuto sequer, que de
alguma forma você era digno da dádiva maravilhosa da salvação, pois não era.
Assim como nos mostra Mateus, desde a encarnação do Verbo, até sua
ressurreição, tudo foi operado pelo poder de Deus, sem que o homem tenha
qualquer participação, a não ser, a de receber essa bênção.

2) Por isso, seja grato com sua vida ao SENHOR.

Certamente tal texto nos chama a ajoelharmos diante do nosso Deus, e a


agradecer todos os dias a Deus por este bem tão precioso que ele nos deu, sem
que merecêssemos. A isto, chamamos ‘graça’: o favor imerecido de um superior
para o inferior. Através disso, pense: “o que há em minha vida que seja digno de
reclamações e murmurações, pois o maior bem que eu poderia receber eu obtive
em Cristo: a salvação. O que demais pode acontecer a mim a fim de roubar minha
gratidão ao SENHOR?”. Em reflexo a salvação que temos agora em Cristo Jesus,
nossa vida torna-se um culto contínuo a Deus em louvor e reconhecimento de sua
intervenção em nossa situação tão obscura. Antes éramos filhos da ira, agora, filhos
de Deus. Antes padecíamos nas trevas, agora, fomos transferidos pelo resgate de
Cristo, para o Reino de Deus. A gratidão e o contentamento que devemos ter em
todas as circunstâncias do dia, é a nossa adoração a Deus por este bem precioso
que nos foi dado. O que nos leva ao nosso terceiro ponto:

3) Confie em Deus, pois nós não podemos fazer nada sozinhos.

Às vistas do que foi dito até aqui, talvez alguém possa se sentir estimulado a
pensar que diante das outras coisas dessa vida, nós podemos agir. Alguém pode
pensar que mesmo que não pôde fazer o mais, tem condições de fazer o menos, e
agir por contra própria nas coisas pequenas ocorrem em nossas vidas. A
perspectiva de Mateus não é essa. O evangelista demonstra a ação divina sobre a
salvação, demonstrando que o Reino de Deus alcança os pontos mais altos da
nossa existência. Por isso, aquele que opera o mais, realiza também o menos.

Nos momentos de lutas e tribulações, devemos nos lembrar que a obra da


salvação é maior do que a própria obra da criação. Portanto, aquele que nos salvou
em Cristo, reina e governa todas as coisas também sem a ajuda do homem, isto é,
Cristo também não precisa de nós para gerenciar nossa vida. O que nos leva a
confiar nele, pois ele sabe o que é melhor para nós e certamente agirá em nosso
socorro quando precisarmos, pois aquele que nos socorreu resgatando-nos dos
nossos pecados, nos salvará das circunstâncias adversas que nos sobrevenham
nessa vida.

Conclusão

Como disse acertadamente o professor Rev. Stefano Alves: “O nascimento


de Cristo Jesus; sua encarnação, é a maior intervenção salvífica de Deus na história
do seu povo”. Nada demonstra mais a ação exclusiva de Deus na história do seu
povo eleito, do que o resgate que ele executou através do nascimento de Cristo
Jesus.

V. CONCLUSÃO

Concluímos assim, o estabelecimento deste texto em sua análise exegética,


contemplando o trabalho com um esboço homilético. Ao fim da pesquisa, nota-se
claramente a intenção do autor em declarar a ação teocêntrica na salvação do seu
povo, por meio da encarnação da Segunda Pessoa da Trindade: Jesus Cristo, e
como esse evento, é a maior intervenção divina da história.

Cristo triunfa!

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