-Portugal o projeto pombalino de inspiração iluminista
Contexto histórico das reformas pombalinas na cultura.
A ignorância era a maior entrave ao progresso dos povos, a filosofia iluminista colocava o ensino no centro das preocupações do governo; Na Europa, vigorava o despotismo esclarecido, tomadas medidas para alargar e renovar a instrução pública e novas leis pedagógicas, tentando preparar os futuros servidores do estado; Este espírito chegou a Portugal através dos estrangeirados, estes publicaram livros, opúsculos e ensaios tentando influenciar as decisões políticas;
Reforma das instituições
Pôr ordem nas finanças do reino;
Criação do Erário Régio; Reforma do sistema judicial; Criação da Intendência-Geral da Polícia
A submissão das forças sociais
Punir os atos de rebeldia, de agressões e ainda das traições que eram executadas contra o rei. Procurou controlar o TRIBUNAL DO SANTO OFÍCIO, com fim a reduzir a influência que o clero tinha sobre o estado. Expulsou a Companhia de Jesus (esta companhia desempenhava um papel muito importante para a Missionação dos Índios Brasileiros e as instituições de ensino).
Reordenamento urbano
Através do terrível Terramoto de 1755 em Lisboa, Marques de Pombal conseguiu
mostrar a sua eficiência, sua competência. No mesmo dia em que sucedeu a catástrofe, o Marques de Pombal tomou providências para “sepultar os mortos e cuidar dos vivos”. Contratou engenheiros, para poder derrubar as ruínas e construir tudo de novo, concebendo um sistema de construção anti sismo, com uma geometria rigorosa e harmoniosa Não só notavelmente reordenou Lisboa, mas o Marquês dirigiu a construção, elaborando um dos mais notáveis conjuntos urbanísticos da Europa.
Deram-se também reestruturações no ensino;
A expulsão dos jesuítas, uma ordem que se dedicava ao ensino, encerrando todas as instituições que estes geriam ou frequentavam; Foram criadas 497 postos para os “mestres de ler e escrever”, com o objectivo de instruir os estudantes, que queriam seguir estudos; Após o encerramento da Universidade de Évora, gerida pelos Jesuítas, só restou a Academia de Coimbra. Esta tinha um ensino tradicional e rudimentar; foram reformados os estudos. Em 1761, o Marquês de Pombal criou o Real Colégio dos Nobres para os jovens de estripe nobre, de acordo com as mais recentes pedagogias, ensinando línguas, ciências experimentais, música e dança. Contudo este colégio não prosperou, devido à má relação dos nobres, com o criador da instituição. Em 1768 é criada a Junta de Providência Literária, que tem como objectivo de estudar a reforma da Universidade. Em 1772 são concedidos novos estatutos a Universidade, passando as matérias e os estudos a ser orientados através de critérios racionalistas e experimentais; São criadas duas novas faculdades, a de Matemática e de Filosofia. Os estatutos introduzem mudanças nos cursos de Direito e Medicina. Para rentabilizar esta reforma Marquês de Pombal cria em 1772 o subsídio literário. Este ministro esteve no governo durante todo o reinado de D. José. Criou diversas inimizades. Quando D. Maria I subiu ao trono, este viu-se desterrado e perseguido.