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Einstein

Afirma que uma maneira de adquirir a paz mundial seria por meio de uma instituição
legislativa e judiciária a qual arbitraria os conflitos entre as nações. Para isso seria necessário
que elas abdicassem de sua soberania. Entretanto, tensões extrajudiciais influenciariam nas
decisões dessa organização, em virtude de um intenso desejo de poder por parte dos
governantes das nações, cujos interesses são puramente econômicos, considerando a guerra
uma oportunidade de expandirem seus interesses pessoais e ampliar a autoridade pessoal.

Questiona como é possível essa minoria impor suas vontades sobre a maioria.
Responde ao questionamento afirmando que essa classe dominante possui as escolas, meios
de comunicação e Igreja sob controle, podendo impor suas ideologias, por meio dessas
instituições.

Questiona o modo que esses mecanismos conseguem despertar nos homens um


entusiasmo extremo, a ponto de sacrificarem suas vidas. Einstein afirma que o homem possui
um desejo de ódio e destruição, o qual, normalmente, emerge em circunstâncias anormais,
mas é fácil despertá-lo e levá-lo à potência da psicose coletiva.

Faz um questionamento final: se é possível controlar o desenvolvimento da mente, de


modo a torná-la imune às psicoses de ódio e da destruição?

Freud

Afirma que, desde o início dos tempos, a violência é usada para legitimar direitos, no
reino Animal, e homem não está obstante disso, ou seja, o indivíduo que tivesse mais poder,
violência bruta ou intelectual, dominaria um grupo de indivíduos.

Entretanto, com o passar do tempo, esse sistema foi modificado, levando a violência à
legitimação de direitos ou leis. Isso começou a acontecer quando se percebeu que a força
superior de um único indivíduo poderia ser combatida pela união de vários indivíduos fracos.
Em compensação, isso continua sendo um tipo de violência, diferenciando-se no grupo que
retem o poder: a maioria. Para que esse sistema seja alcançado, é necessário que a união da
maioria seja estável e duradoura, já que se for dissolvida após sua formação, o indivíduo que
se julgasse mais forte assumiria o poder. Essa união deve organizar-se, deve estabelecer
regulamentos que antecipem rebeliões e deve criar autoridades para fazer com que as leis
sejam respeitadas. Essas características levam ao surgimento de vínculos emocionais entre os
membros do grupo.

Como, desde os primórdios, a comunidade abrange elementos de força desigual e,


como consequência da guerra e da conquista, passam a incluir vencedores e vencidos, que se
transformam em senhores e escravos. A justiça da comunidade passa a exprimir graus
desiguais de poder e as leis passam a ser feitas de maneira a privilegiar a classe de
governantes.

Concorda com Einstein ao falar que de fato as guerras só serão evitadas com a criação
de uma instituição central com o direito de arbitrar os conflitos de interesse. Para isso, é
necessário que as nações criem uma instância suprema e dotem-na de poder necessário.

Concorda com Einstein afirmando que existe um instinto de natureza destrutiva no


homem. De acordo com a hipótese dos psicanalistas, os instintos humanos dividem-se em dois
tipos: aqueles que tendem a unir e a preservar (denominados de eróticos) e aqueles que
tendem a destruir e a matar (denominados de agressivo ou destrutivo). As ações dos seres
humanos são ocasionadas pela ação mútua de ambos os instintos. Dessa maneira, é
relativamente fácil instigar a guerra aos homens devido a uma série de motivos, dentre eles a
satisfação do instinto destrutivo, a qual é facilitada por uma série de motivos de ordem
ideológica e de natureza erótica.

Acredita-se que o instinto destrutivo atua nos indivíduos de maneira a levá-lo ao


aniquilamento. Portanto, os indivíduos preservam sua própria vida destruindo uma vida alheia.
Isso justificaria biologicamente os impulsos condenáveis e perigosos contra os quais lutamos.

Não há maneira de eliminar os impulsos destrutivos do homem, mas se pode combatê-


los der tal forma que não necessitem encontrar expressão na guerra. Uma maneira eficaz seria
contrapor-lhe com os instintos eróticos.

Freud expõe que ele acredita que ele e Einstein sejam pacifistas e rebelem-se contra a
guerra em virtude de esse método de resolução de conflitos contrariar princípios da sociedade
da época, como a valorização da vida, o fortalecimento do intelecto e a internalização dos
impulsos agressivos, adquiridos por meio do processo de civilização.

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