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Monografia - Dimensionamento de Baterias
Monografia - Dimensionamento de Baterias
Universidade Federal do Paraná
Departamento de Engenharia Elétrica
Curitiba
2010
ERICK WAGHETTI SANTOS
RICARDO SEIJI MATSUMOTO
Curitiba
2010
RESUMO
sistemas elétricos, atuando como fonte de energia reserva durante falhas na fonte
de literatura técnica sobre tema, este trabalho tem por objetivo apresentar o
como o software criado para executá-lo. O público alvo deste projeto são os
ABSTRACT
systems, acting as an energy reserve during failures in the main source. Type
reliability and cost / benefit. Due to lack of technical literature on the subject,
this paper aims to present the DIBB, a method of sizing of VRLA battery banks,
as well as software designed to run it. The audiences for this project are
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Curva de capacidade de uma bateria genérica ..........................................................6
Tabela 2: Meia reação de descarga de uma bateria chumbo ácida...........................................9
Tabela 3: Variáveis de entrada do DIBB para o exemplo proposto .........................................26
Tabela 4: Resultados do DIBB para o exemplo proposto .........................................................29
Tabela 5: Variáveis de entrada do DIBB para o exemplo proposto, agora utilizando o
elemento de bateria modelo 3 OPzV 150 ................................................................................30
Tabela 6: Resultados do DIBB para o exemplo proposto, agora usando o elemento de bateria
modelo 3 OPzV 150 ..................................................................................................................31
Tabela 7: Variáveis de entrada do DIBB para o exemplo proposto, agora utilizando o
elemento de bateria modelo 20 OPzV 2500 ............................................................................31
Tabela 8: Resultados do DIBB para o exemplo proposto, agora usando o elemento de bateria
modelo 20 OPzV 2500 ..............................................................................................................32
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................1
2 BATERIAS ........................................................................................................................3
3 METODOLOGIA ...........................................................................................................14
5 RESULTADOS DO DIBB..............................................................................................32
6 CONCLUSÕES ...............................................................................................................34
1 INTRODUÇÃO
As baterias elétricas têm sido utilizadas ao longo dos anos em diversas aplicações,
porém uma de suas aplicações principais está voltada a elementos acumuladores em sistemas
de alimentação ininterruptos.
suprimento de energia pode gerar diversos problemas, em sua maioria ligada ao prejuízo
material ou perda de informações. É por esta razão que muitas empresas voltam sua atenção a
baterias são empregas apenas até que um gerador a combustível possa entrar em operação,
bancos de baterias.
2
1.1.1 Dimensionador de Baterias pelo Engenheiro Walter Sidnei Soares
Criado pelo engenheiro Walter Sidnei Soares, esse processo [14] demonstra uma
Objetivos
Neste trabalho, a função especifica da bateria é atuar como fonte auxiliar que
observado na Figura 1.
Unidade
Corrente alternada Carga CC
retificadora
Acumulador de
energia
Figura 1: Visão geral de um sistema atendido por banco de baterias
depois de passar por uma ou mais unidades retificadoras. Esta corrente continua é utilizada
para alimentar uma carga, além de manter carregada uma associação de baterias. Quando o
baterias, de modo que estes consigam suprir condições pré-definidas de carga e autonomia.
banco de baterias).
3
Para facilitar sua utilização, o DIBB foi adaptado para um software em linguagem
VBA (Visual Basic for Applications), permitindo que todos os cálculos nele contidos sejam
O DIBB tem como público alvo usuários com conhecimento básico sobre instalações
elétricas e baterias, que procuram uma metodologia para dimensionar baterias para sistemas
que necessitam do fornecimento de energia ininterrupta. Sua adaptação para software o torna
baterias, sem que o usuário tenha que perder tempo com extensos processos de cálculos.
2 BATERIAS
2.1 Baterias
Alessandro Volta, tal bateria foi denominada pilha voltáica. A pilha voltaica consistia de
discos de cobre e discos de zinco sobrepostos, posicionado entre cada disco havia um pano
enxarcado com água salgada. A Figura 2 [2] demonstra um esquema da pilha voltáica de
cobre-zinco.
Figura 2: Pilha Voltáica
4
Desde então as baterias evoluiram muito, atualmente existem baterias de diversos
A bateria elétrica é uma fonte de corrente contínua, ela é utilizada como suprimento
de energia para diversos tipos de equipamentos que abrange desde eletrônicos portáteis até
automóveis.
eletroquímicas, também chamadas de células voltaicas, tais células tem como objetivo
placas compostas por um tipo de metal ou liga de metal, cada uma das placas primárias do par
é feito de um material específico e as placas secundárias do par são feitos de outro material, as
placas primárias e as placas secundárias são intercaladas entre si em conjunto com uma placa
separadora não condutora e são envoltos em uma solução eletrolítica. A estrutura da célula
Figura 3: Estrutura de uma célula de bateria
5
As placas não se encostam fisicamente, porém estão eletricamente conectados pela
solução eletrolítica que geralmente é composta por uma solução ácida ou alcalina.
Dentre as placas, uma é chamada de ânodo, para onde os ânions tendem a migrar e a
outra é chamada cátodo, para onde os cátions têm tendência a migrar. Devido à diferença de
material de cada placa, existe uma diferença de potencial entre as placas, essa diferença
terminais da própria, as reações químicas começam a ocorrer; nessa reação ocorre à troca de
íons, o ânodo sofre oxidação do material e libera elétrons e no cátodo ocorre um acúmulo de
quimicamente não natural e quando em repouso tende a voltar a sua situação natural,
secundárias. Atualmente, a terceira e menos utilizada devido a seu custo elevado é a chamada
célula a combustível.
descarga não há como ser re-utilizada a não ser que ocorra a troca dos materiais de dentro da
célula.
6
A maioria das baterias que utilizam a célula primária utiliza o zinco como ânodo, um
óxido metálico como cátodo e uma solução ácida ou alcalina como eletrólito. Essas baterias
são as mais baratas e podem ser estocadas por um longo período de tempo, devido ao pequeno
nível de autodescarga deste tipo de bateria. Os tipos de baterias primárias mais comuns são as
reações químicas que produzem eletricidade na célula podem facilmente ser revertidas para
originalmente na célula.
baterias secundárias, ou recarregáveis, mais comuns são as de Níquel Cádmio, Níquel Hidreto
7
De acordo com a curva da Tabela 1:
1 Para uma descarga de 10 horas, será consumido 15 A por hora, ou seja 150 A no total;
Em diversos casos uma bateria pode não ser suficiente para suprir a demanda por
assim um banco de baterias, esse agrupamento pode ser feito em série, paralelo ou série-
paralelo.
terminal aumenta. Como pode ser observado na Figura 4 [6], o valor de tensão dobrou.
Figura 4: Ligação de baterias em série
Como pode ser observado na Figura 5 [6], o valor de tensão não muda, supondo que
a capacidade de uma bateria seja 100Ah, o sistema total teria uma capacidade de 200Ah.
8
Figura 5: Ligação de baterias em paralelo
Figura 6: Ligação de baterias série‐paralelo
9
2.2 Baterias Chumbo-ácidas
Inventada em 1859, pelo físico francês Gastón Planté, a bateria chumbo ácida foi a
primeira bateria recarregável criada para uso comercial. Este é o tipo de bateria menos
baterias recarregáveis, são bastante duráveis e não possuem efeito memória, também
conhecido como vício da bateria, permitindo assim um maior número de cargas e descargas
da bateria.
cátodo por dióxido de chumbo ( PbO2 ) e o eletrólito é composto por ácido sulfúrico
( H 2 SO4 ). Uma simplificação da meia reação de descarga da bateria pode ser demonstrada na
Tabela 2 [8].
Como apresentado na Tabela 2, cada uma das células gera em torno de 2V, então
para se conseguir, por exemplo, uma bateria de 12V são necessárias 6 células conectadas.
Figura 7: Representação das reações químicas de carga e descarga nas baterias chumbo ácidas
diminui.
oxigênio da placa positiva e hidrogênio da placa negativa [9], como apresentado na Figura 8.
2H 2 O → 2H 2 + O2
Figura 8: Representação da eletrólise da água na carga de uma bateria chumbo ácida
esta ocorre num nível extremamente baixo não chegando a 30% de eficiência [10]. A Figura 9
11
[11] apresenta, dentro de uma bateria, o comportamento dos gases de oxigênio e de
hidrogênio.
Figura 9: Comportamento do oxigênio e do hidrogênio em uma bateria chumbo ácida
que ocasionalmente haja reposição de água. Devido à liberação do gás hidrogênio, as baterias
chumbo ácidas necessitam estar em um ambiente bem ventilado, pois o gás é extremamente
Na prática, nas células não é utilizado o chumbo puro como anodo, para melhorar a
desempenho e aumentar a vida útil da bateria, utiliza-se uma liga contendo chumbo e
pequenas quantidades de antimônio (Sb), estanho (Sn), cálcio (Ca) ou selênio (Se),
A bateria VRLA (Valve Regulated Lead Acid) é uma bateria chumbo ácida
célula, pois a bateria foi projetada para que o hidrogênio e o oxigênio se recombinem dentro
da bateria em vez de deixar escapar para o ambiente. Nesta bateria existe uma válvula de
12
segurança no caso em que a concentração de hidrogênio dentro da bateria atinja um nível
perigoso. Quando isto ocorre o gás é liberado, porém a válvula raramente é aberta devido ao
alto nível de eficiência na recombinação dos gases dentro da bateria, não havendo mais a
Outro fator essencial das baterias VRLA é o eletrólito, diferente das baterias chumbo
ácidas convencionais, o eletrólito das baterias VRLA não é uma solução líquida. Dependendo
do eletrólito a bateria VRLA tem uma nomenclatura diferente, pode ser denominada como
a bateria funciona da mesma forma [12]. Quando seco, o eletrólito em forma de gel apresenta
vãos em sua estrutura, estes vãos são necessários para liberar o oxigênio da placa positiva
placa negative [10]. Um esquema dessa recombinação pode ser visualizado na Figura 10 [11].
Figura 10: Recombinação do oxigênio e do hidrogênio em uma bateria de gel
13
Esta tecnologia de bateria apresenta algumas desvantagens: a bateria precisa ser
carregada lentamente, para evitar que o excesso de vapores danifique a célula [7].
Figura 11: Recombinação de oxigênio e hidrogênio em uma bateria AGM
próximos a 100% [11], nível de autodescarga pequeno, devido à baixa resistência elétrica
apresentando assim, uma maior capacidade e eficiência que as outras baterias [13].
ácido para o seu funcionamento, além de não haver problemas de vazamento de ácido, estas
baterias podem ser posicionadas de diversas maneiras. Com a diminuição de ácido dentro da
14
bateria conseqüentemente o tamanho e peso da bateria também diminuem, sendo esta mais
3 METODOLOGIA
3.1 Premissas
arranjo quantitativo das baterias, não levando em consideração sua distribuição espacial no
Também não são considerados quaisquer outros elementos presentes nos sistemas de
retificadoras).
enquanto não é utilizada, tensão final de descarga a que o elemento é submetido enquanto
fornece energia para a carga). Conforme já mencionado, não serão abordados aqui os
O DIBB considera apenas a utilização de bateria dentro de sua vida útil, ou seja, com
realizar os cálculos.
conectadas em paralelo.
Cada cálculo e operação que compõe o fluxo de processo é alimentado por variáveis
de entrada ou pelas saídas de outros passos anteriores, fornecendo resultados que devem ser
Variáveis de entrada são as informações que o usuário deve fornecer ao DIBB, e que
são utilizadas durante o fluxo do processo para alimentar as equações do algoritmo de cálculo.
Elas são o resultado de como o usuário modelou a situação problema para informar ao DIBB
Ah) em função da duração da descarga, nas condições de temperatura e para a tensão final de
descarga especificada pelo fabricante. Ela é composta por pontos (Ah x Horas) que compõe a
Figura 12: Exemplo de uma curva de descarga
17
• Autonomia do banco de baterias (Aut, [h])
Indica qual o tempo mínimo que o banco de baterias deve sustentar a carga. Este é um dado
Esta variável representa a potência ativa que a carga solicita ao banco de baterias. As
cargas aqui consideradas são sempre de potência constante, em que quedas na tensão de
Este valor representa a tensão limite de descarga a que um elemento de bateria pode
ser submetido sem comprometer sua vida útil. Este valor é especificado pelo fabricante e está
Este valor representa a mínima tensão, estipulada pelo usuário, a que a carga é
submetida. Neste patamar, a tensão por elemento de bateria é a tensão final por elemento,
descrita anteriormente.
Este valor indica qual a tensão por elemento no instante em que o banco de baterias
começa a ser utilizado pela carga. É um valor especificado pelo fabricante, e depende da
tensão a que está submetida à carga quando esta não está utilizando o banco de baterias, e sim
18
a fonte de energia principal (no caso, a fonte principal estaria alimentando a carga e
saídas de passos anteriores, fornecendo resultados que devem ser encadeados para se atingir
fabricante, este valor deve ser calculado através de uma interpolação linear.
A partir de dois pontos próximos que compõem a curva de descarga, faz-se uma
aproximação linear para calcular o terceiro ponto interpolado, que expressa a capacidade do
elemento de bateria na autonomia determinada pelo usuário. O cálculo pode ser demonstrado
pela equação abaixo:
[A]).
Este passo calcula a máxima corrente (em ampéres) que cada bateria, e
Ah
Ie = (2)
Aut
Este passo determina a quantidade de baterias que devem ser colocados em série para
Este valor depende das variáveis de entrada: tensão final por elemento de bateria
V min_ c arg a
Ns = (3)
Vpfe
O resultado da equação 3 tem ser um número inteiro, por representar uma quantidade
Este passo calcula a tensão inicial (em volts) que o banco de baterias fornecerá para a
carga no início do processo de descarga do banco. Este é o maior valor de tensão CC que o
obtida através da equação 3, Ns, e da tensão de flutuação por bateria (Vflut_e), uma variável
• Passo 5: Cálculo da tensão mínima fornecida pelo banco de baterias (Vfor_min, [V]).
Este passo apresenta a menor tensão que o banco de baterias fornece para a carga
(em volts), dentro das condições especificadas pelo usuário. Este é o valor de tensão ao final
da descarga, quando a tensão por elemento for igual à tensão final por elemento de bateria.
obtido da equação 3, Ns, e da tensão final por elemento de bateria (Vfpe). A equação 5
Este passo apresenta a corrente média (em ampéres) que a carga solicita ao banco de
banco de baterias (Vini), resultado da equação 4; e da tensão mínima fornecida pelo banco de
Ic_med =
(2 * Pc) (6)
Vini + Vfor _ min
Este passo apresenta a quantidade de fileiras de baterias ligadas em série, que devem
Este valor é calculado a partir da corrente máxima suportável por bateria (Ie), obtida
da equação 2, e pela corrente média solicitada pela carga (Ic_med), obtida da equação 6. A
Ic _ med
Np = (7)
Ie
Este passo apresenta o valor médio de corrente (em ampéres) que circula em cada
Este valor é calculado a partir da corrente média total solicitada pela carga (Ic_med),
obtida da equação 6, dividida pelo número de fileiras de baterias ligadas em série disponíveis
Este passo apresenta a quantidade (em kW) que pode ser aumentada a potência
nominal da carga, sem alterar a configuração do banco de baterias (baterias série e paralelos)
tensão mínima fornecida pelo banco de baterias. A equação 9 mostra a relação destas
corrente contínua.
sistema composto por equipamentos de telecomunicação que não podem sofrer interrupção e
cujo consumo final seja igual ou inferior a 7,2 kW, localizado em área de poucos recursos
técnicos. Foi considerado equipamentos de telecomunicação de faixa larga, que não requerem
porte situada em local onde a duração das interrupções no fornecimento de corrente alternada
sejam inferiores 06 horas, com menos de 12 falhas ao ano, e que o tempo necessário para
deslocamento do GMG móvel (Grupo motor gerador diesel) seja de 02 a 04 horas. Em caso de
falha no equipamento, uma equipe de técnica consegue chegar ao local entre 02 e 04 horas,
Figura 13 : Arquitetura da solução apresentada, conforme documento N°240‐500‐700 do Sistema de
Documentação TELEBRÁS [1]
adicionais sobre o dimensionamento das partes que a compõem. Na Figura 13 percebe-se que
[1].
descrito as características da instalação, deve-se escolher o tipo de bateria que irá compor o
arranjo. Escolheu-se a bateria chamada 8 OPzV 750 para compor o banco de baterias. No
Reguladas por Válvula: tipo OpzV“ [9]. Este documento, em que bateria 8 OPzV 750 está
faz parte da modelagem que o usuário deve fazer antes de poder utilizar o DIBB. São elas:
1) A curva de descarga por elemento de bateria escolhida (8 OPzV 750) está na tabela
crítico da instalação. Este “peso” é então aplicado a uma “curva de autonomia”. Para
[9], valendo 1,75 V a 25C° (Estes são os valores de tensão e temperatura onde é
reais, quando os elementos se descarregam até este valor é usual desconectar bateria e
5) A Tensão mínima admissível pela carga é o menor valor a que a carga alimentada
pelas baterias será submetida. Quando a tensão total do banco chegar a este valor, os
26
elementos estarão individualmente com um valor de tensão igual a tensão final por
série necessários, sendo o usuário o responsável por informar qual o limite de tensão
Tensão mínima admissível pela carga, visto que a quantidade de elementos em série
tensão em que deve ser mantidos carregados as baterias para evitar que estas se
a Tabela 3, que resume a modelagem feita pelo usuário e que servirá como entrada para o
DIBB.
Ah = 750 Ah
750
Ie = =75 A
10
Ns = 24 elementos.
Vfor_min = 1,75 * 24 = 42 V
Ic_med =
(2 * 7200 ) = 150,75 A
(53,52 + 42 )
28
• Processo Interno – 7: Quantidade de strings em paralelo.
150,75
Np = = 2,01 → 3 strings
75
150,75
Istring = = 50,25 A
3
Este valor (em kW) é calculado a partir da diferença entre a corrente média solicitada
pela carga e a capacidade total somada de todas as fileiras de baterias. Esta diferença de
corrente é então multiplicada pela tensão mínima fornecida pelo banco de baterias, entregando
a potência aproximada que pode ser adicionada ao banco sem que haja a necessidade de
A autonomia do banco de baterias indicada pelo usuário é o menor valor que este
considera aceitável para o banco projetado. Existem situações onde a capacidade total de
número de baterias torna o sistema sobredimensionado. Este processo interno ilustra um valor
banco de baterias ao invés de um valor médio de tensão (entre flutuação e tensão final de
descarga), de modo a introduzir uma margem de segurança no valor que assegura como
sempre inferiores aos que seriam obtidos utilizando o valor médio de tensão.
seguramente aplicável para ser acrescido aos 7,2 kW de carga já existentes sem que haja
Após o processamento dos nove processos internos mostrados, pode-se partir para a
quarta e última etapa do fluxo do processo. Esta etapa consiste simplesmente em recolher os
carga neste exemplo é composto por 3 strings, fileiras de baterias conectadas em série, ligadas
em paralelo, cada uma com 24 elementos acumuladores. As baterias consideradas aqui são do
30
modelo 8 OPzV 750 – Fabricante Saturnia [9]. Ainda pode ser dito com segurança que o
O propósito do DIBB não é fazer comparação entre arranjos, mas pode-se questionar
a presença dos 3,12 kW como desnecessária nesta situação. Para reduzir a capacidade
mesma situação problema, utilizando agora a bateria 3 OPzV 150 também do fabricante
Saturnia [9]. Análoga a Tabela 3, está apresentada abaixo a Tabela 5 contendo as variáveis de
do projeto.
31
Tabela 6: Resultados do DIBB para o exemplo proposto, agora usando o elemento de
bateria modelo 3 OPzV 150
Ah por elemento de bateria, para a autonomia desejada: 150,00 Ah
Corrente máxima suportável por elemento de bateria: 15,00 A
Quantidade de elementos em série formando cada string: 24 elementos
Quantidade de strings em paralelo: 11 strings
Tensão mínima fornecida pelo banco de baterias: 42 V
Corrente média solicitada pela carga: 150,75 A
Corrente média solicitada a cada string: 13,70 A
Capacidade de ampliação da carga atendida: 0,60 kW
Tensão Inicial do banco de baterias: 53,52 V
Comparando os dois bancos projetados, pode ser verificado que o segundo utiliza 11
Pode ser argumentado agora que 11x24 = 264 baterias seja um número muito
custo de aquisição.
respectivos resultados.
Neste caso, pode ser notado que é necessária apenas uma string para suprir a carga, e
5 RESULTADOS DO DIBB
corrente contínua.
bateria utilizada. Estes dados de situação precisam ser modelados para determinação das
variáveis de entrada, com a qual o DIBB interpreta as informações fornecidas pelo usuário.
Software em VBA (Visual Basic for Applications), que realiza o fluxo do processo
processo desenvolvido manualmente, pois este sendo realizado por um computador, apresenta
uma maior precisão dos cálculos em menor tempo, além de poder alterar as configurações da
“pré-configuração”. Com ela é possível calcular a tensão mínima admissível pela carga a
partir de uma quantidade de baterias em série pré-determinada, como foi no caso do exemplo
abordado.
interface simples e fácil de ser utilizada, ela é composta por campos onde é possível digitar o
valor numérico das variáveis de entrada, cada um desses campos apresenta um corretor
automático, caso o valor seja inserido de forma errônea, e apresenta comentários de ajuda,
A interface ainda conta com botões virtuais, para facilitar a sua utilização, e tabelas
de onde se podem extrair e transportar os resultados obtidos para outros aplicativos do sistema
operacional Windows (usando, por exemplo, um simples comando de copiar e colar), sua
Figura 14: Interface de entrada de dados do DIBB
6 CONCLUSÕES
A fonte de inspiração para criação do DIBB surgiu a partir das atividades profissionais
de um dos autores desta obra. Atuando como estagiário no centro de manutenção de campo de
uma operadora de telefonia celular, o autor teve vivencia prática em trabalhos de instalação e
evidente que alguns dos métodos empregados para dimensionar as fontes auxiliares de energia
justificados. Muitas vezes a solução era escolhida simplesmente porque em outro caso
semelhante fora usado determinado banco de baterias, então se supunha que o mesmo banco
de baterias atenderia a situação atual. Também era evidente a falta de documentação técnica
disponível para tentar justificar qualquer estudo mais aprofundado sobre o assunto.
35
Posteriormente, já atuando fora da operadora de telefonia celular, o autor optou por
O segundo autor deste TCC iniciou sua participação no projeto com o intuito de
organizar, testar e transformar as idéias que estavam surgindo em algoritmos, para então
desenvolver um software que somasse a relevância técnica do DIBB com o poderio de cálculo
do ambiente computacional.
professor orientador, que trouxe sua experiência profissional para elucidar sobre os pontos
mais relevantes em projetos dos bancos de baterias. Sua colaboração também permitiu a
ao usuário.
O desejo dos autores é que o DIBB possa servir como ferramenta prática e útil para
os projetos a que se destina, e também que sua metodologia de cálculo possa contribuir para o
7 Referências Bibliográficas
<http://www.estv.ipv.pt/PaginasPessoais/paulomoises/Controlo_carga/baterias.pdf>
<http://connectedplanetonline.com/mag/telecom_battery_analysis/index.html> Acesso em
junho, 2010
Pennsylvania. 6p.
CENTRAL LOCAL 4
CENTRAL TRÂNSITO LOCAL 3
CENTRAL TRÂNSITO REGIONAL 2
CENTRAL TRÂNSITO NACIONAL, CENTRAL DE MULTIPLEX, CENTRAL
DE COMUNICAÇÃO DE DADOS ou ESTAÇÃO TERRENA DE GRANDE 1
PORTE
CENTRAL TRÂNSITO INTERNACIONAL 0
CONFIABILIDADE DA ENERGIA COMERCIAL
(DURAÇÃO / FREQUÊNCIA DAS FALHAS) PESO
ACIMA DE 5 HORAS 30
42
DE 1 HORA E 30 MINUTOS A 5 HORAS 20
DE 40 MINUTOS A 1 HORA E 30 MINUTOS 8
DE 20 MINUTOS A 40 MINUTOS 2
ATÉ 20 MINUTOS 0
TEMPO MÉDIO NECESSÁRIO PARA DESLOCAMENTO DO GMG
MÓVEL PESO
ACIMA DE 5 HORAS 30
DE 1 HORA E 30 MINUTOS A 5 HORAS 15
DE 40 MINUTOS A 1 HORA E 30 MINUTOS 8
DE 20 MINUTOS A 40 MINUTOS 2
ATÉ 20 MINUTOS ou NÃO APLICÁVEL 0
43
Anexo C – Curva de Autonomia Retirado do Manual Telebrás [1]