Você está na página 1de 3

MÉTODO FÔNICO

MINHAS CONSIDERAÇÕES

INTRODUÇÃO

Nossa educação passou por muitos períodos e fases até os dias de hoje. Temos
diversos métodos de alfabetização, como os métodos sintéticos que são: Alfabético,
silábico, fônico. E os métodos analíticos: Palavração, setenciação e global.

Acredito ser perceptível a crise educacional que estamos vivendo. E a alfabetização é o


ponto de partida para a autonomia e para o longo percurso de aprendizagem do ser
humano. A nossa Base Curricular Nacional não estabelece o uso específico de um
desses métodos. Precisamos atingir as habilidades propostas, mas como professores,
temos liberdade em como alfabetizar.

O método fônico não é uma teoria defendida por um grande nome. Sua eficiência é
comprovada pela neurociência. Seu uso trás efeito rápido e positivo. A maioria dos
professores dessa geração foi alfabetizada pela cartilha, onde se aprendia a ler e
escrever memorizando as sílabas. A alfabetização fônica é uma fase anterior a essa,
pois antes da sílaba a criança aprende os grafemas.

Nesse método de alfabetização a criança aprende primeiramente o som das letras,


individualmente e depois as suas combinações até alcançar a pronúncia completa das
palavras. Seu ensino é baseado no código alfabético de forma dinâmica, as relações
entre sons e letras são trazidas de forma lúdica.

“Antes de ser dado a criança um livro para ler,


elas aprendem os sons das letras, fonemas.
Depois que algumas dessas já foram aprendidas,
ai então se ensina a combiná-las de modo a
formar palavras.” (FEITELSON, 1988)

O PERCURSO

Para a maioria de nós é extremamente desconfortável ir para um lugar em que não


sabemos o caminho, e como será o percurso. E para criança não é diferente, ela
precisa se sentir segura e saber para onde e como irá alcançar seu objetivo, neste caso
o caminho da alfabetização. Então é fundamental que o percurso seja apresentado a
criança, para que ela tenha bem claro cada etapa a ser vencida. No método,
apresentamos então uma escada, onde cada degrau tem uma habilidade para se
atingir: Identificar as letras do alfabeto e seus respectivos sons. Diferenciar vogais e
consoantes. Ler e escrever encontros vocálicos. Ler e escrever palavras simples. Ler e
escrever palavras complexas. Ler e escrever fluentemente.
O PRÓSITO

A execução do método deve acontecer de forma lúdica e prazerosa, e para isso a


criança deve ter total interesse e comprometimento. Para que isso aconteça, devemos
despertar na criança o desejo de aprender a ler e escrever e trazer inspiração a ela.
Despertamos esse desejo quando apresentamos e damos um sentido à alfabetização,
mostrando a importância do registro e que a escrita serve para eternizar.

Sendo assim, também estimulamos, usando metáforas. A metáfora que mais utilizo, e
que aprendi quando estava me especializando no assunto, é a da bicicleta: ler e
escrever são como andar de bicicleta, no começo é fundamental conhecer o meio de
transporte, para que serve cada parte. Depois precisamos de ajuda através das
rodinhas, alguém nos segurando. Muito treino, muitas falhas, até que um dia é
possível andar totalmente sozinhos. Dessa forma acontece com a escrita, no começo
precisamos conhecer cada parte, no caso, as letras e seus sons, depois precisaremos
de ajuda dos professores e dos pais. E logo escreverão fluentemente sozinhos.

A alfabetização por propósito faz diferença e pode influenciar diretamente o processo


como um todo. Cada professor poderá criar sua própria metáfora e formas de gerar e
ganhar a vontade da criança.

OS FUNDAMENTOS

Tudo começa pela mente (pensamento, vontade e emoção) que se divide ao campo
auditivo e visual. Para treinar o campo auditivo da criança, pode apresentar os
diferentes sons para que a mesma reconheça, como: sons de animais, meios de
transporte e etc. O campo visual pode ser treinado através de códigos, placas, que
podem as direcionar a algo. E com isso quando chegar o momento da alfabetização em
si, sua mente facilmente internalizará os sons e as grafias para a alfabetização.

A linguagem é o meio que se divide entre a parte oral e a parte escrita. Na parte oral,
encontramos o som, a consciência fonológica que estabelece as regras corretas dos
sons. E a parte escrita, encontramos os códigos, a ortografia que estabelece as regras
corretas da escrita. Com isso vem à semântica, o significado das palavras.

OS ERROS

Alguns outros métodos de alfabetização sugere que os professores sejam meros


mediadores no processo de aprendizagem, onde cada forma de escrita deve ser
considerada e comemorada. Por exemplo: “OOEA” = Borboleta.
Já no método fônico ser franco e apresentar o erro a criança é válido. Não por ser um
professor chato e muito exigente, mas para que desde cedo, a criança tenha a
ortografia como soberana, e que ela está acima até mesmo do próprio professor.

Você também pode gostar