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Sem dúvidas a narrativa do “O anel de Giges” é um dos mitos de Platão mais conhecidos e
de ideais mais difundidos, partimos do princípio que mitos, analogias e parábolas são uma
forma mais simples de se passar informações e pensamentos complexos, baseado nisso Platão
criou a figura de um personagem chamado Giges sendo este condicionado a uma vida simples
e tranquila de pastor de ovelhas, na época um pastor de ovelhas era sinal de pessoa humilde e
sem grandes poderes socioeconômicos, sendo a figura do pastor de ovelhas empregada em
diversos outros pensamentos como as próprias parábolas Bíblicas de Jesus Cristo (cultura
cristã).
Uma pessoa justa segundo Platão é um ser mais feliz e livre de qualquer peso na
consciência, a justiça é uma das belezas que mantém as interações econômicas e sociais nos
eixos certos. Giges encontrou uma forma de sair impune de suas atrocidades e quando o
poder subiu a cabeça, ele deixou de ser um humilde pastor de ovelhas e se revelou um grande
tirano que apenas não tinha condições de fazer suas vontades egoístas e injustas, como na
famosa frase do filósofo Francês Maquiavel: “Dê o poder ao homem, e descobrirá quem ele
realmente é”.
Concluindo, o mito de Platão nos ensina a importância de um dos princípios mais básicos da
ética e valores sociais, a justiça e a bondade são fatores que sustentam o bem estar social ao
passo que uma sociedade sem estas é uma sociedade perdida no caos e nas guerras (como
acontecimentos históricos e prováveis problemáticas futuras).
MINHA COMPREENSÃO
Sem dúvidas, após ler a narrativa de Platão, a ideia “me entrou pela cabeça” é interessante
esta sistemática dinâmica que os grandes oradores da nossa sociedade usavam e usam, os
mitos e as parábolas tornam a compreensão mais simples e menos monótona.
O senso de justiça de Platão é sem dúvidas muito admirável e eu partilho dos mesmos
princípios, valores como a ética pra mim são insubstituíveis por qualquer ganho material ou
social (isto é reflexo da minha criação). Para muitas pessoas de hoje em dia, os pensamentos
de Platão podem parecer simples e até óbvios, e até por isso Aristóteles receba mais prestígio
em certas comunidades, mas a realidade em que Platão viveu e principalmente o pioneirismo
dele nessa linhagem de pensamentos é uma questão lógica aceitar que sem Platão raramente
conheceríamos pensadores como Aristóteles, Sócrates e etc.
O caso do anel de Giges é uma realidade latente até os tempos atuais, considerando que a
maioria das pessoas, mais se importam com os ganhos e os prazeres materiais do que o bom
senso e a boa saúde social, todos os indivíduos convivem ou conviverão com pessoas assim, o
mundo está “infestado” delas, nos basta fazer nossa parte e nunca render-se a uma visão
totalmente egocêntrica e pautada apenas nos próprios interesses.
Sobre o questionamento levantado no vídeo eu não posso dizer com clareza o que faria no
lugar de Giges, eu posso ser hipócrita de falar que não faria o mesmo e levaria os meus ideais
acima de tudo, mas só posso ter certeza se viver uma situação parecida, afinal “O homem
nasce puro e a sociedade o corrompe” seja pelo dinheiro ou poder.