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O pressuposto do diálogo é sair de si mesmo e abrir-se ao outro. No diálogo, segundo Freire (1987,
p.81 e 84), “não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há homens que, em comunhão,
buscam saber mais [...] A educação autêntica não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com
B”.
Freire (1987) denuncia o que ele chama de educação bancária, que se caracteriza pela postura
passiva do aluno e o papel do professor, nesse caso, seria “encher” os alunos de conteúdos. Os
alunos, na educação bancária são meros repetidores das informações recebidas e imitadores de um
modelo. Essa experiência vivida na educação seria reproduzida também nos outros ambientes
sociais, tendo como resultado um cidadão acrítico, mero repetidor de ideias dos outros.
Em contraposição a esse modelo de educação, Freire postula uma educação baseada no diálogo, em
que o aluno e o professor são entendidos como seres em busca. Neste contexto fazem pleno sentido
as palavras tão conhecidas de Freire: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os
homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (1987, p. 68).
Mattar, inclusive, alerta que “praticar educação bancária ficou muito mais fácil com a Internet, assim
como ficou mais fácil fazer depósitos e transações bancárias on-line” (2009, p.113).
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