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2 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
4 APRENDIZAGEM ....................................................................................... 6
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2 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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3 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DA ANDRAGOGIA
Fonte: cpdec.com.br
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forma de estudo e de ensino da andragogia o direcionamento e vislumbre de
atividades uteis aos alunos.
Apesar do termo Andragogia ainda ser desconhecido para a maioria dos
profissionais que atuam em educação, ele está longe de ser um termo novo, tanto
quanto as suas práticas. Para uma melhor compreensão do conceito é importante
destacar que ela se difere da Pedagogia em diversos aspectos, talvez o principal deles
seja o fato de a Andragogia ser direcionada a adultos, enquanto a pedagogia se refere
ao ensino de crianças, como já citado no item anterior.
Beck (2014) destaca que os métodos de ensino que são usados na pedagogia
se baseiam mais na passagem de conhecimento fundamental. Ela não se resume a
discutir a prática ou a aplicabilidade do saber. Ainda, segundo o autor, a educação de
adultos, talvez o conteúdo que o professor pretenda transmitir (com base em um
currículo pré-definido) já seja de conhecimento do aluno e a necessidade seja de
entender em como aplicá-lo em sua realidade pessoal-profissional. Barros (2018)
ressalta que:
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De acordo com Henschke (1998 apud BRESSIANI e ROMAN, 2016), a
Andragogia busca identificar as formas com que os adultos aprendem e envolvê-los
em um processo metodológico claro de ensino. O cerne da Andragogia é buscar a
participação dos alunos, que são incentivados a expor suas experiências de vida.
Neste sentido,
4 APRENDIZAGEM
Fonte: ladodeca.com.br
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[...] aprender é um processo no qual há interação do indivíduo com o
ambiente, sendo assim, essa interação traz mudanças ao indivíduo,
tornando-o cada vez mais capaz. (BURTON, 1958, apud FRANCO, 2017, p.
63).
O domínio físico refere-se aos sentidos: tato, visão, paladar, audição e olfato.
Normalmente, cada pessoa possui algum sentido mais apurado, que facilita
sua aprendizagem; por exemplo: quem tem a audição mais apurada irá
aprender com mais facilidade escutando do que lendo. (AQUINO, 2007, apud
FRANCO, 2017, p. 63).
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subdividem em externos e internos. Como exemplo dos externos, tem-se o estresse
pessoal e profissional, o apoio de outrem, dentre outros. Já como internos, tem-se a
motivação, estilo pessoal, vontade de assumir riscos, etc.
Portanto, a aprendizagem pode se dar por diversas vias, sendo um processo
inerente da vida humana em sociedade. Conforme apresentado, ela pode ser mais ou
menos efetiva, sendo tal variável dependente tanto do estilo de aprendizagem do
aprendiz – o qual pode variar de pessoa para pessoa –, quando do ambiente formativo
com o qual o aprendiz se depara – este ambiente pode culminar por ser mais ou
menos aderente com a preferência de absorção do conhecimento do aprendiz. Assim,
é recomendável que o ambiente educacional possa oferecer estímulos diversificados
e, por vezes, individualizados, de forma a atender satisfatoriamente a maior gama
possível de aprendizes. Além disso, podem ser oferecidos diferentes meios (físicos e
sensoriais) para que o próprio aluno seja estimulado a buscar por conhecimentos que
melhor se adequam aos seus interesses educacionais.
Fonte: andragogiabrasil.com.br
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DeAquino (2007, apud FRANCO, 2017, p. 65), pontua que na pedagogia o
ensino é centrado no professor, é ele quem exerce a figura de orientador e quem toma
as decisões do que será ou não ensinado aos seus alunos. Isso se dá partindo do
princípio de que os alunos não têm maturidade suficiente para tomar as decisões
certas, sendo a figura do professor muito importante e centralizadora no processo de
ensino-aprendizagem.
Em relação ao enfoque da andragogia, muitos a consideram como
exclusivamente voltada para adultos. Entretanto, o seu principal ponto de
distinção é que se trata de uma forma de aprendizagem centrada no aprendiz,
considerando que aprendiz e professor compartilham a responsabilidade sobre o que
será ensinado. Ou seja, é preciso identificar no comportamento do aprendiz, seja ele
adulto ou criança, qual perspectiva seria a mais adequada para sua aprendizagem e
como esta deve ser trabalhada.
Segundo Knowles (1998), existem quatro princípios básicos para os aprendizes
se engajaram em uma aprendizagem andragógica, sendo tais princípios
ligados à capacidade, necessidade e desejo de que estes assumam a
responsabilidade sobre sua própria aprendizagem. Em primeiro lugar, é necessária
uma mudança de posicionamento do indivíduo. Ele deve passar a ter maior
independência e autonomia – tais características muitas vezes são evitadas pelos
aprendizes. Além disso, a bagagem de experiências do aprendiz deve ser utilizada no
seu processo de aprendizagem, até mesmo para atrair melhor a atenção do mesmo
ao que é ensinado. Como terceiro princípio, é ressaltada a importância da aplicação
prática do que é aprendido, de forma que a aprendizagem possa se voltar para a uma
mudança atitudinal ou para melhoria do desempenho das atividades. Por fim, a
aprendizagem deve se associar cada vez mais com papéis sociais, ou seja, se
conectar à forma como o sujeito se insere, atua e reflete criticamente com o ambiente
social com o qual de envolve.
A didática que podemos perceber nas instituições superiores é que os
professores atuam principalmente na transmissão de conhecimento, não focando no
processo de aprendizagem, em si. Conforme salientado por Borralho et al. (2012), o
ensino superior tem sido falho, não trazendo tantos resultados positivos. Utilizando-se
quase que exclusivamente da perspectiva pedagógica tradicional, é transmitido o
conhecimento do professor ao aluno e posteriormente este é testado em sua
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absorção, contestado. Ainda segundo os autores, um modelo de ensino baseado na
aprendizagem ativa deve focar nas competências dos alunos, não cabendo mais aulas
apenas expositivas. Nesse sentido, destacam que é preciso incentivar o debate dos
alunos e instiga-los a colocar o conhecimento em prática, em situações reais ou
simuladas. Conforme Knowles (2011),
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Fonte: Franco, 2017, p. 65.
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6 MÉTODO ANDRAGÓGICO
Fonte: cpdec.com.br
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Ainda, segundo Hamze (2008 apud CARVALHO, 2010, p. 82), a andragogia é
um caminho educacional que busca compreender o adulto, podendo ser analisada
como uma teoria, mas também como um método de ensino que pensa em um
somatório de trocas de conhecimentos entre o facilitador do conhecimento e o
estudante, e as experiências vivenciadas. No modelo andragógico, a aprendizagem é
de responsabilidade compartilhada entre professor e aluno. A andragogia
fundamenta-se no “aprender fazendo”.
O estudo e a eficaz aplicação dos conhecimentos advindos da andragogia
tornam-se cada vez mais urgentes na medida em que a sociedade contemporânea
demanda cada vez mais a formação continuada. Logo, não é aceitável um profissional
que não busque novos conhecimentos, até porque, estes se renovam numa rapidez
muito acelerada.
Segundo o que descreve Gatti (2005), Paulo Freire, conhecido como o Pai da
Andragogia, foi quem a introduziu no Brasil, reconhecido pelo seu trabalho com
alfabetização voltado para adultos.
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aproveitando essas ocasiões para perceber os melhores recursos de facilitar a
aprendizagem do grupo. Então,
Para Lindeman (1926 apud MENDES et al., 2012, p. 6), os aprendizes são
motivados a aprender conforme “vivenciam necessidades e interesses que a
aprendizagem satisfará”. Essa direção é centralizada na vida; onde a experiência é a
fonte mais rica para a aprendizagem. (KNOWLES, 2009, apud MENDES et al., 2012,
p. 6).
As diferenças entre a Pedagogia e a Andragogia são bem acentuadas:
enquanto a primeira está centrada no professor, a segunda centra-se no aprendiz,
como mostra o quadro a seguir.
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Fonte: De Aquino, 2007, apud MENDES et al., 2012, p. 6
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7 ENSINO E APRENDIZAGEM
Fonte: educacional.cpb.com.br
Segundo Moran (2008 apud DIAS, 2015, p. 10), o ensino pode ser acentuado
como uma maneira de instrução, transmissão ou treinamento englobando recursos
didáticos para ajudar o aluno a adquirir conhecimento e saber usá-lo. A educação é
um processo de ensino aprendizagem que leva o sujeito a aprender a aprender, a
desenvolver de forma independente, ou seja, vai além de ensinar, pois ajuda a
integrar todas as dimensões da vida, levando o individuo a participar, criar, inovar,
pensar. De acordo com Vygotsky:
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acúmulo de conhecimento, mas também a reflexão crítica sobre a utilização e
contribuição das informações produzidas para evolução do homem e da sociedade.
O autor afirma, ainda, que as correntes educacionais contemporâneas, como
parte da Declaração Universal dos Diretos Humanos, firmam a educação como a
adequação do homem ao meio em que ele vive, para que ele consiga aceitar,
compreender, reagir adequadamente às circunstâncias físicas, culturais e sociais de
seu ambiente. (BELLONI, 2009 apud SALLES, 2012, p. 11). Essa educação pode
permitir ao indivíduo desenvolver uma visão crítica, holística e independente.
Entretanto, Jonassen (2007 apud DIAS, 2015, p. 11), apregoa que o processo
ensino aprendizagem para aquisição do conhecimento na educação tradicional, reflete
uma educação objetivista, cujo ensino é usado para transmissão do conhecimento
sem experiências autênticas contestáveis, ou seja, não aplicável dentro de um
contexto. Para o autor, deve-se estimular o conhecimento a partir da perspectiva
construtivista, utilizando diálogos e provocando interações consigo mesmo e com
outro.
Na filosofia construtivista, o aprendizado não pode ocorrer independentemente
da experiência, desconsiderando que os seres humanos são observadores dos
acontecimentos da natureza.
Como afirma Litto (2009, apud DIAS, 2015, p. 11), na última década, ocorreram
mudanças significativas nas instituições educacionais e na sociedade brasileiras. A
sociedade industrial, centrada no trabalho, que privilegia o ensino, é suprimida por um
novo conceito, denominado sociedade da informação ou em rede, cujo foco está na
aprendizagem. Na sociedade em rede o processo de educação é mediado pelas
tecnologias da informação e comunicação. Mudam os papéis dos atores, o professor
é o mediador e o aluno é ativo na construção do conhecimento.
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7.1 Aprendizagem Significativa
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simbolização que a maioria das formas complexas de funcionamento
cognitivo se torna possível. (AUSUBEL, 1963, apud DIAS, 2015, p. 11).
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Contudo, a construção das aprendizagens significativas implica a vinculação
do que o aluno sabe com os conhecimentos novos, quer dizer, o antigo com o novo,
sugerindo que os alunos “realizem aprendizagens significativas por si próprios”,
deste modo, garantem-se a compreensão e a simplificação de novas aprendizagens
ao se ter um suporte básico na estrutura cognitiva prévia construída pelo sujeito.
Fonte: redebemestar.com.br
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quanto nas práticas, o conhecimento que profissionais adquirem no mercado de
trabalho são evolutivos e progressivos.
Tardif (2000) ainda afirma que o desenvolvimento constante de profissionais no
meio de trabalho necessita ser mantido através de formação contínua. Sendo assim,
é fundamental que colaboradores sejam treinados através de práticas de ensino
fundamentadas, como é o caso da Andragogia.
Em estudo publicado Oliveira (2010, apud BRESSIANI E ROMAN, 2016), pôde
ser observado que muitos cursos de treinamentos de profissionais adultos no
ambiente de trabalho não incentivam a aprendizagem e isso pode acarretar a falta de
sucesso desses trabalhadores. Sendo assim, a disseminação de metodologias de
ensino para adultos, como a Andragogia, é fundamental para o bom desenvolvimento
dos profissionais.
9 PRINCÍPIOS DA ANDRAGOGIA
Fonte: prezi.com
De acordo com Chan (2010), existem seis princípios da Andragogia. São eles:
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aplicar essas experiências na sala de aula para participar do ambiente de
aprendizado.
Prontidão para aprender: os adultos se prontificam para aprender sobre
assuntos que precisam se tornar capazes de realizar.
Orientação da aprendizagem: os interesses dos adultos se direcionam para
o desenvolvimento de habilidades que são utilizadas em seu cotidiano
profissional.
A necessidade de conhecimento: os adultos precisam saber qual o motivo de
estarem aprendendo determinado conteúdo. Precisam ver sentido prático no
aprendizado. Com isso, querem que o aprendizado seja significativo do ponto
de vista prático.
A motivação para aprender: o adulto é guiado por motivações internas
(autoestima, maior qualidade de vida, desejo deter maior satisfação no
trabalho), as quais são mais importantes para eles do que as externas
(melhores empregos, promoções, salários maiores). (CHAN, 2010, apud
LIMA, 2019. p. 7).
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Fonte: esquerdadiario.com.br
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alunos são de suma importância para adotar uma metodologia de ensino útil a todos
os envolvidos.
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4. O papel da experiência. Os adultos entram num processo educativo com
experiências bastante diversas e é a partir delas que eles se dispõem a
participar ou não de algum programa educacional. Por isso essas
experiências devem ser aceitas como fonte de recursos a serem valorizados
e partilhados e servir de base para a formação. Os conhecimentos do
professor e os recursos instrucionais, como os livros e as projeções, são
fontes que por si só não garantem o interesse pela aprendizagem. Devem ser
vistos como opções que são colocadas à disposição para a livre escolha do
aprendiz.
5. Prontidão para o aprendizado. O adulto tem uma orientação mais
pragmática do que a criança. O adulto está pronto para aprender o que decide
aprender. Ele se torna disponível para aprender quando pretende melhorar
seu desempenho em relação a determinado aspecto de sua vida. Sua relação
de aprendizagem é natural e realista; por isso ele se nega a aprender o que
os outros lhe impõem. Além disso, sua retenção tende a decrescer quando
percebe que o conhecimento não pode ser aplicado imediatamente. Assim,
convém organizar as experiências de aprendizagem de acordo com as
unidades temáticas que tenham sentido e sejam adequadas as tarefas que
os alunos são solicitados a realizar nos seus diversos contextos de vida. (GIL,
2007, apud RECHLINSK, 2018, p. 6).
Fonte: novaescola.org.br
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A globalização e a informatização dos conhecimentos, aliada às mudanças nas
exigências do mercado de trabalho, acabaram por promover a adoção de
metodologias ativas nas salas de aula das instituições de ensino. A metodologia
tradicional se revela insuficiente para a formação do profissional com habilidades e
conhecimentos para atuar no mercado de trabalho. (LIBÂNEO, 1994).
Todas estas mudanças impactam no papel do docente no processo de ensino.
O professor passa de transmissor de conhecimento a orientador de estudos, atuando
no processo de construção do saber e o aluno, no papel de protagonista,
responsabiliza-se pelo próprio aprendizado. Essa associação pela procura do
conhecimento é estimulada através da aplicação de metodologias centradas na
aprendizagem.
Podem ser considerados três fatores que influenciam na aprendizagem: o
aluno, o professor e o curso. Cada um destes fatores possui condicionantes
específicos que atuam no processo de aprendizagem (GIL, 2007).
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questionamentos e dúvidas que surgem na sala de aula, incentivando o
desenvolvimento do raciocínio lógico do aluno para resolução de problemas práticos.
Cada vez que instigamos o aluno a aplicar os conteúdos em exemplos reais
relacionados a sua futura área de atuação, despertamos a necessidade de aprender
o assunto proposto, estimulando o processo de aprendizagem individual.
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A forma como os cursos são organizados em relação às disciplinas, sua matriz
curricular, carga horária, recursos físicos disponíveis e o número de alunos
matriculados por turma também exercem uma influência expressiva sobre o
aprendizado.
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13 ANDRAGOGIA E INTERDISCIPLINARIDADE
Fonte: fabiocruz.com.br
A realidade de atuação como professores nos cursos técnicos exige cada vez
mais que tenhamos conhecimentos multidisciplinares, interligando as informações
transmitidas nas diversas disciplinas, a fim de formar um profissional e cidadão com
diversas competências e apto a atuar nas situações reais quando do exercício da
profissão no mercado de trabalho.
Baseando-se nos princípios da Andragogia, o aluno participa do planejamento
de aula, utilizando suas experiências como base para o aprendizado dos conteúdos
de interesse e aplicação imediatos. Cabe a nós, docentes, proporcionar meios a fim
de promover as sínteses entre os conhecimentos e informações dissociadas pela
multiplicidade de disciplinas.
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Na diversidade de conhecimentos dispostos em disciplinas dos cursos
técnicos, é natural que em alguns momentos do processo de ensino o aluno
não compreenda e questione determinados conteúdos, resultado de uma
visão fragmentada do todo que compõe sua formação. (LÜCK, 2003, apud
RECHLINSK, 2018, p. 9).
14 ANDRAGOGIA NO ENSINO
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integração destas ao âmbito escolar, atentar-se às necessidades
apresentadas nesta integração para oferecer os subsídios necessários a
atendê-las, dando um caráter social e uma visão humanista na efetivação da
proposta pedagógica adotada pela instituição de educação supletiva.
(GOMES, 2011, apud VALLE, 2016, p. 7).
Focado nesta etapa tem se dois público que tomam esta etapa de formação o
primeiro são adolescente ingressantes do ensino-médio que por si só passam para a
fase adulta, sendo assim a prática de ensino e metodologia de abordagem deveria ser
diferenciada a etapa que seguem, logo, o segundo seriam os adultos que após muito
tempo retornam e retomam suas cadeiras nas universidades buscando formação, já
ricos em bagagem e cheios de experiência o ensino deve ser ainda mais instigador
para que não caia na repetição de um ensino visto a muitos anos atrás por eles.
Alvarez (2014) em seu estudo sobre aplicação e aproveitamento dos princípios da
andragogia por professores de línguas estrangeiras se propôs a pesquisar sobre a
formação destes docentes, uma vez que a demanda crescente tanto do estudo de
novos idiomas e ainda mais por adultos a fez refletir sobre a forma e abordagem
utilizada previamente aos profissionais que regem tal função, sendo assim, pesquisou
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em várias instituições federais do país cursos na área de línguas e especialmente em
letras, pois, trabalham desde o ensino de novos idiomas até mesmo o letramento e
alfabetização do idioma nativo e como resultado observou que em nenhuma grade
curricular apresentava uma formação dita aos adultos especificamente citando a
andragogia. O profissional que almeja trabalhar com a formação deve estar dotado de
várias ferramentas para lidar com os diferentes públicos. Alvarez (2014) conclui sua
pesquisa afirmando que se faz necessário nos cursos especialmente de licenciatura
e de pós-graduação a inclusão de uma disciplina direcionada ao ensino de adultos
que elenquem as possibilidades e diferenças no ensino de jovens e adultos.
Em outro estudo Chagas e Ferreira (2013) buscaram na literatura técnicas e
maneiras de utilizar dentro dos processos andragógicos de uma forma mais prática
elencando assim formas como debates, mesa-redonda, pesquisas de campo, estudos
de caso e o uso de mídias corriqueiras para arraigo do ensino. Ainda citaram que as
dificuldades inerentes ao ser humano em especial o adulto em aprendizagem estão
diretamente focadas tanto nos aspecto físico, que demanda uma readequação ao
ensino do ensino superior, a parte de humanas que demanda o lidar com o saber e
até mesmo o tecnológico que pode ser um entrave para o adulto.
No ensino superior o adulto ou adolescente ingressante do ensino médio
tomam partido de participação não só no aprendizado de uma nova linha de profissão,
mas que podem se tornar também pesquisadores e fundamentadores dos materiais
que sempre estiveram expostos, sendo assim, a readequação postural de um ensino
de estudo é visível por parte dos mesmos e congruentemente a mesma readaptação
se dá ao lado do corpo docente que deve ser armar de estratégia e maneiras para
saber lidar com tais indivíduos, não apenas reproduzir a pedagogia vista em todos os
anos de sua formação prévia.
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deveres de um adulto, mesmo que ainda sem experiência da vida adulta propriamente
dita. Santo e Taglieber (2015) em seu texto buscam mostrar como o adolescente
ingressante na vida adulta passa por mudanças e através disto mostram que a
andragogia para jovens adultos é usual e aplicável devido a projeção de desafios, o
adulto ao aprender se posto à prova do que necessita sendo mediado por um
professor consegue buscar solução de problemas e conflitos o jovem adulto que ainda
não possui tal vivência se posto s suposições pode também criar o interesse na
resolução. Sendo assim Rossetti (2014) afirma que para aplicação do método
andragógico com jovens adultos é preciso ter então criatividade. A andragogia
demanda mais que somente o entendimento, mas também preparação e estudo dos
seus preceitos e aplicabilidade.
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15 METODOLOGIAS ATIVAS APLICADAS À ANDRAGOGIA
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aprendizagem como uma atividade solitária. É neste sentido que se traz para a
presente discussão o Peer Instruction, ou simplesmente aprendizagem entre pares,
como sendo representante de uma das metodologias ativas de aprendizagem.
A andragogia como dito antes não se restringe a espaço físico assim como o
aprendizado não acontece somente em uma sala de aula, dentro das academias de
ginástica é possível verificar o mesmo Rabelo e Garcia (2006) apresentaram um texto
em que contextualizava a pedagogia e andragogia dentro do salão de musculação,
averiguando através de referenciais teóricos e aplicação de questionário como se dá
o aprendizado de alunos jovens e alunos adultos e idosos, como conclusão afirmam
que cabe a academia entender quais são as necessidade e formas de aprendizagem
dos seus alunos e como cabe a cada um seja pedagogia aos jovens e andragogia aos
adultos. Através desta e varia outras pesquisas então é possível averiguar que no
Brasil a andragogia e a crescente educação de adultos faz com que os cursos se
remodelem e juntamente os profissionais. Segundo Bellan (2008):
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torna um laço que para funcionamento ótimo cabe a ambos os lados se
ajudarem. (BELLAN, 208, apud VALLE, 2016, p. 11).
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andragógico deve guiar e significar de tal maneira a informação para que ela possa
ser de tamanha necessidade ao aluno.
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17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
39
BRASIL. LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977. Altera o Capítulo V do
Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina
do trabalho e dá outras providências.
40
FRANCO, D. S.; PAIVA, K. C. M.; HELMOND, S. C. Possibilidade e desafios para
uma abordagem andragógica no ensino em administração e
contabilidade. Revista ADM.MADE, ano 15, v. 19, n. 3, pp. 16-33, 2015.
41
MERCURIO, Treinamentos. Andragogia e sua importância no desenvolvimento
de pessoas. 2017.
42
VALLE, R. B. do; VASQUES, L. V. ANDRAGOGIA: pressupostos da metodologia
no ensino superior. Varginha. M.G. 2016.
43