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Índices das indústrias brasileiras

O IBGE divulgou retração de 2,5% do PIB já no 1º trimestre com recuos sentidos nas
atividades industriais, de serviços e consumo familiares. Diversos setores foram
impactados devido a necessidade de adoção de medidas de isolamento social para
diminuir o ritmo de contagio da covid-19. Com o avanço da pandemia pelo pais, a
retração do PIB no 2º trimestre foi ainda maior alcançando o resultado de -9,7%. Com a
retomada da atividade econômica após a paralisação provocada pela pandemia obtive
um crescimento de 11,4% em maio na comparação com abril, o crescimento consta da
pesquisa de indicadores indústrias. Porém a alta foi insuficiente para compensar as
perdas de marco e abril. (agencia brasil)
Enquanto muitas indústrias apresentam enormes perdas de produtividade, algumas
linhas de produção, como por exemplo, alimentos, bebidas e produtos de tabaco, estão
experimentando um número recorde de pedidos neste período. Outro segmento que
apresenta crescimento é o da indústria de equipamentos essenciais ao combate à
pandemia, como ventiladores, máscaras cirúrgicas e outros produtos de EPI,
combinados com um declínio na demanda por outros produtos de consumo. Essas
mudanças repentinas forçaram os fabricantes a adaptar suas linhas de produção o mais
rápido possível para atender a demanda.
Empresas de todo o mundo procuram tecnologia para ajudá-las a gerenciar a nova
situação e com as indústrias isso não é diferente. Felizmente, existem várias maneiras
pelas quais as fábricas podem se tornar mais eficientes, lucrativas e mais fáceis de
gerenciar usando a tecnologia. Essa é uma mudança que pode persistir muito tempo
depois que a crise sanitária passar, onde pular as etapas de processamento e envio se
tornaria o novo padrão para muitos produtos que não eram distribuídos dessa maneira
antes.
Diretor de estudos e políticas macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), José Ronaldo Souza Júnior afirma que é difícil prever os impactos que
a crise terá na economia brasileira porque não há registros históricos de ocorrências
semelhantes, mas diz que a pandemia gera problemas tanto pelo lado da oferta quanto
da demanda. O presidente da Abinee diz que empresas do setor já estão adotando home
office para as áreas administrativas e esquema de plantão de equipes para as áreas em
que não é possível fazer teletrabalho. As medidas são duras, mas, de acordo com o
coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), são fundamentais para amenizar os efeitos do surto de coronavírus no país.
O encadeamento do ciclo produtivo de diversos segmentos da indústria faz com que o
setor movimente também outras áreas da economia. De acordo com o coordenador do
Centro de Macroeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Emerson
Marçal, a indústria automotiva, por exemplo, tem uma ampla cadeia de insumos, assim
como a indústria de aviação. “Estes segmentos compram aço, plástico, computadores e
outros componentes. Com isso, elas movimentam uma ampla cadeia de serviços”,
explica. Marçal destaca que a indústria investe maciçamente em tecnologia, fomentando
o desenvolvimento de inovações. “Isso faz com que o setor industrial, de alguma forma,
acabe puxando a economia do país. É um setor com externalidades positivas para a
economia brasileira como um todo”, acrescenta.
O crescimento industrial se torna um meio para promover o desenvolvimento econômico
e social do país, pois os empregos do futuro só serão melhores que os atuais se as
novas atividades econômicas forem mais intensivas em tecnologia, agregarem mais
valor aos produtos e exigirem trabalhadores mais bem formados e qualificados.

Bibliografia:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/em-recuperacao-faturamentoda-
industria-cresce-114-em-maio

https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/crise-do-novo-
coronaviruspromove-desafios-para-a-industria-e-para-o-brasil/

https://www.energiaquefalacomvoce.com.br/2020/06/15/como-industria-pode-
superardesafios-producao-pandemia-coronavirus/

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