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FRANCO; ÂNGELIS, 2014 – O Despertar do Espírito

Relacionamentos Familiares
A família é descrita pela autora (2014) como laboratório de vivências
indispensável para o ser humano em seu processo de evolução, pois na intimidade do lar
os valores dos indivíduos são indisfarçáveis na convivência, sejam estes de afinidade ou
de repulsão. O agrupamento familiar permite o rompimento dos laços de egoísmo,
sendo decisivo, em muitas vezes, na conduta do indivíduo.
Segundo a autora, a origem dos sentimentos familiares é de natureza espiritual,
sendo decorrentes de relações travadas em encarnações anteriores. Quando as relações
são marcadas pela animosidade, ou pela afinidade, estes mesmos sentimentos são
transmitidos na dinâmica familiar. Esta dinâmica se constitui em base para o
desenvolvimento dos valores intelecto-morais que proporcionam aspirações cada vez
mais amplas, a medida em que o indivíduo amplia a sua capacidade de amar.
A autora aponta a importância de desenvolver um sentimento de compreensão
mútua nos relacionamentos familiares, mesmo em situações de discordância. O
desenvolvimento e maturidade psicológicos da pessoa decorre da sua capacidade de
relacionar-se positivamente com a família, sendo a preparação essencial para a
convivência social. Outro aspecto importante ressaltado é a coragem, tanto para amar o
outro, quanto para aceitar a própria sombra, sendo uma das bases à renovação interior.
De acordo com a autora, a família se faz integrada na condição de célula valiosa
para o funcionamento do organismo social. O instinto gregário estimula a manutenção e
preservação do núcleo familiar, desenvolvendo virtudes latentes aplicáveis incialmente
ao grupo social em que se encontra, e em maior escala, à humanidade.
A afetividade é um elemento importante no desenvolvimento familiar, sendo
emulada nas relações interpessoais de natureza positiva ou negativa. A autora percebe
haver um temor em relacionar-se de modo mais profundo, diante das dificuldades e
constrangimentos que podem advir deste processo. Contudo, justamente estes desafios
proporcionam o crescimento psicológico, por meio da prática de valores como a
tolerância. Aqui a autora orienta o cultivo de um ambiente psíquico saudável, por meio
de pensamentos salutares, assim como uma linguagem positiva, tanto de forma a
preservar-se, quanto para estimular o crescimento espiritual do outro.
O fortalecimento da fraternidade é descrito pela autora como um dos objetivos dos
relacionamentos familiares, havendo campo fértil, mesmo com os desafios presentes,
para a integração do ser com a convivência social. A autora finaliza descrevendo o lar
enquanto fornalha e oficina para a formação da personalidade e do caráter, ressaltando a
importância do seu aprimoramento.

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