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TREINAMENTO

Tratores
BM
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO

Preocupada com o desenvolvimento de seus profissionais, com a sua formação técnica nos
produtos AGCO, frente às tendências tecnológicas, inovações e constantes atualizações em
nossos produtos; a AGCO Academy criou um Programa de Capacitação, com ferramentas de
melhores práticas em aprendizagem, com informações técnicas e comportamentais de
qualidade e instrutores de treinamento conduzido.

O Programa está dividido nos níveis de prontidão Fundamental, Desenvolvimento e Especialista.

Fundamental: treinamentos com conceitos básicos necessários sobre os produtos AGCO,


focando qualificar um profissional que está iniciando em suas atribuições e/ou os primeiros
treinamentos obrigatórios de produtos AGCO;

Desenvolvimento: treinamentos com conceitos de desenvolvimento, que serão aplicados


diretamente em suas atribuições, focando treinamentos técnicos dos produtos AGCO e iniciação
nos treinamentos comportamentais;

Especialista: treinamentos com conceitos avançados para profissionais experientes, que já


participaram de todos os treinamentos técnicos do grupo de desenvolvimento. Treinamentos
para formação de agentes multiplicadores e profissionais que possuem coordenação de equipe.

Com isso estamos colaborando para melhorar a competitividade e a performance dos nossos
profissionais.

Bem Vindo ao Programa de Capacitação do AGCO Academy!


FERRAMENTAS ESPECIAIS
Código Código Ilustração Descrição
Antigo Novo
903910 EVA-11147 Extrator da capa do rolamento do
diferencial

903060 EVA-11149 Soquete da porca do pinhão

903170 EVA-11022 Fixador e extrator do eixo principal

901470 EVA-11092 Extrator universal

903250 EVA-11150 Limitador de montagem do pinhão

905000 EVA-11038 Torquímetro de relógio 0 a 20 Nm

904650
890100 EVA-11113 Espátula

904440 EVA-11025 Extrator de martelete para


rolamento

904170 EVA-11027 Chave para travar a flange do


pinhão

904340 EVA-11165 Soquete para a porca do eixo


pinhão

905310 EVA-11028 Anel complementar

904410 EVA-11029 Ferramenta para medir


profundidade do pinhão
FERRAMENTAS ESPECIAIS
Código Código Ilustração Descrição
Antigo Novo
905320 EVA-11030 Ferramenta para medir
profundidade do pinhão

905010 EVA-11039 Torquímetro de relógio 20 a 140


Nm

900220 EVA-11024 Fixador de capas de rolamentos

905270 EVA-11031 Colocador da capa do rolamento

904380 EVA-11049 Placa para ajustar a pré carga dos


rolamentos do diferencial

905290 EVA-11050 Colocador das capas dos


rolamentos do eixo pinhão

903180 EVA-11036 Fixador do cone do rolamento do


eixo principal

904290 EVA-11162 Fixador do cone do rolamento


dianteiro do pinhão

891900 EVA-11026 Batedor

903450 EVA-11032 Ferramenta para colocar a flange


do cardan

905360 EVA-11053 Multiplicador de torque 4:1

904160 EVA-11047 Dispositivo para verificar torque de


giro

892020 EVA-11156 Manômetro para teste de pressão


ÍNDICE
EMBREAGEM SIMPLES .......................................................................................................................... 1
Descrição .............................................................................................................................................. 1
CAIXA DE CÂMBIO ................................................................................................................................ 2
Composição da Caixa de Câmbio ........................................................................................................ 2
CARCAÇA DA CAIXA DE CÂMBIO ........................................................................................................ 3
Eixo Principal ........................................................................................................................................ 3
Montagem do Eixo Principal ................................................................................................................ 4
CAIXA DE CÂMBIO ................................................................................................................................ 4
Eixo Lateral ........................................................................................................................................... 4
Montagem Eixo Lateral ......................................................................................................................... 4
Eixo Cônico do Pinhão.......................................................................................................................... 4
Montagem do Eixo Pinhão ................................................................................................................... 5
Mecanismo Seletor de Marchas .......................................................................................................... 5
CAIXA DE CÂMBIO ................................................................................................................................ 6
Especificações Técnicas ....................................................................................................................... 6
CONJUNTO DO DIFERENCIAL ................................................................................................................ 7
Sistema de lubrificação ........................................................................................................................ 7
Trator (4x2) ............................................................................................................................................ 7
Trator (4x4) ............................................................................................................................................ 7
REMOÇÃO E INSTALAÇÃO DA CAIXA DE CÂMBIO .............................................................................. 8
DESMONTAGEM DA CAIXA DE CÂMBIO .............................................................................................. 9
REMOÇÃO DOS GARFOS SELETORES ................................................................................................. 10
INSPEÇÃO DE MONTAGEM................................................................................................................. 12
CONSIDERAÇÕES GERAIS DE MONTAGEM ........................................................................................ 12
MONTAGEM DA CAIXA DE CÂMBIO ................................................................................................... 13
MONTAGEM DO DIFERENCIAL............................................................................................................ 13
MONTAGEM DO EIXO PRINCIPAL ....................................................................................................... 14
MONTAGEM DO EIXO LATERAL .......................................................................................................... 17
MONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO ....................................................................................... 18
MONTAGEM FINAL DA CAIXA DE CÂMBIO ........................................................................................ 21
Regulagem da Profundidade do Eixo Cônico do Pinhão ................................................................... 23
MONTAGEM DO EIXO PRINCIPAL ....................................................................................................... 25
MONTAGEM DO CONJUNTO DIFERENCIAL NA CARCAÇA DE CÂMBIO ............................................. 27
DETERMINAÇÃO DA FOLGA ENTRE DENTES DO CONJUNTO DIFERENCIAL ...................................... 28
MULTITORQUE OVER E UNDER DRIVE ................................................................................................ 30
Descrição do Multitorque ................................................................................................................... 30
DESGASTES OU FALHAS PREMATURAS ............................................................................................. 32
PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS .................................................................................................. 33
Teste Elétrico ...................................................................................................................................... 33
Teste do Solenóide ............................................................................................................................. 33
Teste do Circuito Hidráulico ............................................................................................................... 33
Teste Mecânico .................................................................................................................................. 33
DIAGRAMA DE VELOCIDADES ............................................................................................................ 34
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DO MULTITORQUE ................................................................................ 35
Pressão de Lubrificação ..................................................................................................................... 35
ÍNDICE
SUBSTITUIR OS RETENTORES DO EIXO DA TRANSMISSÃO ................................................................ 36
SUBSTITUIR O EIXO DA TRANSMISSÃO E O CONJUNTO DE DISCOS .................................................. 36
SUBSTITUIR OS ROLAMENTOS DE AGULHAS DAS ENGRENAGENS PLANETÁRIAS ............................ 38
MONTAGEM DO EIXO TRANSMISSOR E CONJUNTO DOS DISCOS ..................................................... 39
SUBSTITUIR A VÁLVULA SOLENÓIDE DO MULTITORQUE ................................................................... 40
DESCRIÇÃO DA REDUÇÃO FINAL ....................................................................................................... 41
TOMADA DE POTÊNCIA ...................................................................................................................... 42
DESCRIÇÃO DA EMBREAGEM DA TOMADA DE POTÊNCIA ............................................................... 42
DESMONTAGEM DA EMBREAGEM DA TOMADA DE POTÊNCIA ........................................................ 43
DESMONTAGEM DO EIXO DA TOMADA DE POTÊNCIA...................................................................... 43
REMOÇÃO DO EIXO ESTRIADO ........................................................................................................... 44
INSPEÇÃO E CONSIDERAÇÕES GERAIS DE MONTAGEM ................................................................... 44
REMOÇÃO E INSTALAÇÃO DA TOMADA DE POTÊNCIA .................................................................... 44
DESMONTAGEM DA CAIXA DO DIFERENCIAL DO EIXO DIANTEIRO ZF ............................................. 45
DESMONTAGEM DA CAIXA DO DIFERENCIAL .................................................................................... 46
DESMONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO ................................................................................ 47
REGULAGEM DA PROFUNDIDADE DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO ..................................................... 48
MONTAGEM DO DIFERENCIAL............................................................................................................ 50
DETERMINAR A PRÉ-CARGA DOS ROLAMENTOS DO CONJUNTO DO DIFERENCIAL ......................... 52
MONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO ....................................................................................... 53
MONTAGEM FINAL DO CONJUNTO DIFERENCIAL E DETERMINAÇÃO DA FOLGA ............................. 55
DETERMINAR A FOLGA DA PONTA DO SEMI-EIXO COM O SUPORTE DAS PLANETÁRIAS ................ 56
DETERMINAR A PRÉ-CARGA DOS ROLAMENTOS DO CUBO DA RODA ............................................. 57
DETERMINAR A FOLGA DA PONTA DO SEMI-EIXO COM O SUPORTE DAS PLANETÁRIAS ................ 57
SISTEMA HIDRÁULICO......................................................................................................................... 59
DESCRIÇÃO DO SISTEMA HIDRÁULICO .............................................................................................. 59
COMPONENTES PRINCIPAIS ............................................................................................................... 60
Tubulações ......................................................................................................................................... 60
Tubulação de sucção ......................................................................................................................... 60
Tubulação de pressão ........................................................................................................................ 60
Tubulação de retorno ......................................................................................................................... 61
Filtros do sistema hidráulico .............................................................................................................. 61
FILTRO DE RESPIRO ............................................................................................................................. 61
FILTRO DE SUCÇÃO ............................................................................................................................ 61
FILTRO DE PRESSÃO ........................................................................................................................... 62
FILTRO DE RETORNO DA DIREÇÃO HIDRÁULICA E VÁLVULAS .......................................................... 62
BOMBA HIDRÁULICA TANDEM (DUPLA)............................................................................................. 62
SISTEMAS DE VÁLVULAS .................................................................................................................... 63
CORPO DA VÁLVULA .......................................................................................................................... 63
CONJUNTO DE VÁLVULAS DIRECIONAIS E VÁLVULA LIMITADORA DE PRESSÃO .............................. 64
CORPO DE VÁLVULAS ......................................................................................................................... 64
FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA DE ALÍVIO NA POSIÇÃO DE ABERTURA ......................................... 65
FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA DE ALÍVIO NA POSIÇÃO DE FECHAMENTO ................................... 65
CONJUNTO REGULADOR DE FLUXO ................................................................................................... 66
CICLO DE LEVANTAMENTO ................................................................................................................ 67
ÍNDICE
CONDIÇÕES NEUTRAS ........................................................................................................................ 67
CICLO DE DESCIDA ............................................................................................................................. 68
FUNCIONAMENTO DAS ALAVANCAS DO SISTEMA HIDRÁULICO ...................................................... 68
REGULAGEM DAS ALAVANCAS DE CONTROLE DE POSIÇÃO E CURSO DOS CILINDROS .................. 70
REGULAGEM DAS ALAVANCAS DE CONTROLE DA SENSIBILIDADE DA TRAÇÃO ............................. 71
REGULAGEM DOS PINOS DAS VÁLVULAS PILOTOS DO CORPO DE VÁLVULAS ................................. 72
SISTEMA HIDRÁULICO DE LEVANTAMENTO ....................................................................................... 73
MONTAGEM DO SISTEMA DE ARTICULAÇÕES DO SISTEMA HIDRÁULICO ........................................ 74
ALAVANCAS DE CONTROLES ............................................................................................................. 78
TESTE DA PRESSÃO DE ABERTURA DA VÁLVULA LIMITADORA ........................................................ 78
TESTE DO SISTEMA DO APALPADOR ................................................................................................. 79
TESTE DA VÁLVULA DE SEGURANÇA DOS CILINDROS DE LEVANTAMENTO..................................... 79
REGULAGEM DAS ALAVANCAS DE CONTROLE DE POSIÇÃO E CURSO DOS CILINDROS .................. 80
TABELA DE DIAGNOSE DO SISTEMA HIDRÁULICO DE LEVANTAMENTO ........................................... 81
EMBREAGEM SIMPLES
Descrição
É um componente que faz parte do sistema de transmissão, tem como função acoplar e
desacoplar a potência transmitida do motor para a caixa de câmbio.
Transmitida do motor para a caixa de câmbio. Também tem com função facilitar o engate e
desengate das marchas de velocidades e da tomada de potência (TDP). Basicamente o sistema é
composto por um platô de embreagem e de um acionamento mecânico.
O platô da embreagem é fixado ao volante do motor por parafusos, contém uma placa de
pressão com movimento longitudinal e um disco orgânico de fricção.
A placa de pressão através da ação de suas molas helicoidais comprime o disco de fricção
contra a superfície do volante do motor, possibilitando a transmissão de potência através do
eixo acionador da embreagem para o eixo principal da caixa de câmbio.
A ação de debrear, que consiste na interrupção da transmissão da potência, é realizada
acionando o pedal da embreagem, que por sua vez aciona as alavancas de articulação,
imprimindo a bucha guia a um movimento longitudinal.
Isso faz o rolamento de encosto atuar no anel de acionamento e este nos gafanhotos que
comprimem a placa de pressão contra as molas helicoidais.
Esta ação desloca a placa de pressão para o lado traseiro, desacoplando o disco de fricção da
superfície do volante do motor, interrompendo assim a transmissão de potência.

-1-
CAIXA DE CÂMBIO
A caixa de câmbio pode ser definida como um conjunto de engrenagens que possibilita a
seleção de relações de transmissão para adequar a potência desenvolvida pelo motor com a
velocidade e carga de trabalho. Essas relações de transmissão são denominadas marchas.
A caixa de câmbio possui 8 marchas para frente e 4 para trás.
A caixa de câmbio tem características construtivas e funcionais:
• Três eixos em disposição triangular;
• Engrenamento de marchas constante
Essa última classificação deriva-se do fato que as engrenagens ficam em contato permanente
formando pares. O acoplamento para transmitir potência é realizado através de sincronizadores
ou anéis de engate.
A caixa de câmbio, basicamente é constituída pelos seguintes componentes:
• Carcaça da caixa de câmbio
• Eixos da transmissão
• Mecanismo seletor de marchas
• Conjunto do diferencial
• Sistema de lubrificação

Composição da Caixa de Câmbio


Números de marchas:
Para frente ................................................................................................................................. 8
Para trás ..................................................................................................................................... 4
Óleo lubrificante
Especificação ................................................................ Multifuncional TOU (SAE 80 / API GL-4)
Volume do óleo 4x2 ........................................................................................................ 68 litros
Volume do óleo 4x4 ........................................................................................................ 66 litros
Luz indicadora da pressão e temperatura do óleo lubrificante ......... .painel de instrumentos
Válvula de pressão abertura .......................................................................................... 1,8 MPa
Filtro de lubrificação ...................................................................................................... 125 mm
Capacidade do filtro de lubrificação ............................................................................... 0,750 l
Diferencial
Eixo pinhão/coroa para os modelos 885 / 985 / BM100 / BM110 ................................... Z7/Z39
Eixo pinhão/coroa para os modelos 1180 / BM120......................................................... Z8/Z41
Relação pinhão/coroa para os modelos 885 / 985 / BM100 / BM110 ............................. 5,57:1
Relação pinhão/coroa para os modelos 1180 / BM120 ................................................... 5,13:1
Torque de Aperto
Parafusos da carcaça e coroa do diferencial ................................................................ 110 Nm
Parafusos das tampas do diferencial ............................................................................... 47 Nm
Parafusos da tampa do eixo cônico do pinhão ............................................................ 23,2 Nm
Porcas do eixo cônico do pinhão ................................................................................... 270 Nm
Parafusos da tampa do mancal do eixo principal ........................................................... 46 Nm
Parafusos da tampa do eixo lateral .............................................................................. 23,2 Nm
Parafuso da caixa de câmbio ao tanque de combustível ............................................ 125. Nm
Parafusos da caixa de câmbio à carcaça do freio ......................................................... 317 Nm
Válvula de alívio ...................................................................................................... 144-176 Nm
Válvula de segurança ....................................................................................................... 50 Nm
Válvula da direção .......................................................................................................... 120 Nm

-2-
CAIXA DE CÂMBIO
Torque de Aperto
Parafusos de fixação da placa na tampa lateral ....................................................... 41- 49 Nm
Parafusos de fixação da tampa lateral ..................................................................... 41 - 49 Nm
Conexão do filtro de retorno da direção........................................................................ 120 Nm
Parafusos da carcaça do filtro de sucção ........................................................................ 40 Nm
Válvula reguladora de pressão ..................................................................................... .110 Nm
Conexão das mangueiras do cilindro do hidráulico ........................................................ 50 Nm
Porca da flange do eixo de acionamento (mod 4 x 4) ................................................... 127 Nm
Sensor de temperatura (mod 4 x 4) ............................................................................... 4,6 Nm
Bujões da placa com sextavado de 17mm ( mod 4x4) .................................................. 150 Nm
Bujões da placa com sextavado de 13mm (mod 4x4) . ................................................... 70 Nm
Ajustes
Pré-carga dos rolamentos do eixo cônico do pinhão medida com
torquímetro de estalo aplicado na porca do eixo ................................................... 2,0-2,3 Nm
Pré-carga dos rolamentos do diferencial medida com torquímetro
relógio aplicado na porca do eixo cônico do pinhão ............................................. .4,0-5,2 Nm
Folga entre dentes do conjunto pinhão e coroa .................................................0,18-0,32 mm
Folga axial do eixo lateral ................................................................................. 0,075-0,150 mm
Folga axial do eixo principal ............................................................................ .0,025-0,075 mm

CARCAÇA DA CAIXA DE CÂMBIO


A carcaça da caixa de câmbio é uma estrutura
de ferro fundido dividida em duas cavidades. A
cavidade dianteira suporta o conjunto dos três
eixos da transmissão e o eixo acionador do
sistema de transmissão do eixo dianteiro
(tratores com tração 4x4) e a cavidade traseira
suporta o conjunto do diferencial. Nas paredes
laterais da cavidade traseira são fixadas as
transmissões finais e na parede traseira o
mecanismo da tomada de potência, em
conjunto com o mecanismo do elevador
hidráulico.

Eixo Principal
É o eixo de entrada do câmbio, acionado diretamente pelo eixo piloto da embreagem. O
acoplamento entre ambos é feito através de luva estriada.
O eixo principal é fabricado com construção oca para permitir a passagem do eixo acionador da
tomada de potência e é suportado nas paredes frontais e intermediárias da carcaça através dos
rolamentos cônicos.
Encontram-se no eixo principal, os 2 sincronizadores das marchas seletoras 1, 2, 3 e 4.

-3-
CARCAÇA DA CAIXA DE CÂMBIO
Montagem do Eixo Principal

CAIXA DE CÂMBIO
Eixo Lateral
O eixo lateral conhecido também como eixo intermediário, é suportado por rolamentos cônicos.
As engrenagens do eixo lateral são de construção solidária com o próprio eixo lateral.

Montagem Eixo Lateral

Eixo Cônico do Pinhão


É o eixo da saída da potência para a coroa do diferencial e nos modelos 4x4 serve também para
acionar o sistema de transmissão do eixo de tração dianteiro.
No eixo cônico do pinhão, encontram-se os 2 anéis de engate para o acoplamento dos grupos de
marchas H, L e R.

-4-
CAIXA DE CÂMBIO
Montagem do Eixo Pinhão

Mecanismo Seletor de Marchas


O deslocamento dos
sincronizadores e anéis de
engate para efetuar o
acoplamento das marchas é
realizado através de
forquilhas comandadas
pelas alavancas de
operação. Cada alavanca
duas forquilhas.
O mecanismo seletor de
marchas está localizado na
lateral direita da própria
carcaça da caixa de câmbio.
O mecanismo de trava dos
eixos seletores é construído
na forma convencional de
esferas carregadas através
de molas.

-5-
CAIXA DE CÂMBIO
Especificações Técnicas
Eixos Dianteiros ZF APL 340/345/350

Pré-carga dos Rolamentos ...................................Torque Nm Mkgf


Do eixo pinhão com retentor ............................................... 2 a 3 0,20 a 0,30
Do diferencial ......................................................................... 1 a 4 0,10 a 0,40
Cubo da roda ......................................................................... 20 a 24 2,0 a 2,4
Articulações das rodas .......................................................... 12 a 14 1,2 a 1,4
Folga entre os dentes coroa e pinhão .................................. 0,10 a 0,25 mm

Torque de aperto
Tampões do diferencial ......................................................... 150 15,0
Parafusos dos pivôs de articulação ...................................... 120 12,0
Parafusos dos suportes planetários ..................................... 49 4,9
Trava da porca do cubo ........................................................ 37 3,7
Tampões do cubo .................................................................. 120 12,9
Parafusos da união das carcaças ......................................... 295 29,5
Parafusos da coroa................................................................ 150 15,0
Terminal da direção ............................................................... 150 15,0
Porca do pinhão .................................................................... 420 42,0

Eixos APL 335


Porca do pinhão .................................................................... 260 26,0
Tampões do cubo .................................................................. 70 7,0
Parafusos da união das carcaças ......................................... 230 23,0
Parafusos da coroa................................................................ 69 6,9
Terminal da direção ............................................................... 110 11,0
Nota! As demais especificações são idênticas ao 345/350

Caixa de Câmbio para os modelos 885/985/1180/BM100/BM110/BM120


Pré carga
Eixo cônico do pinhão ........................................................... 2,0 a 2,3 0,20 a 2,3
Eixo cônico do pinhão mais o diferencial ............................. 4,0 a 5,2 0,40 a 0,52
Folgas
Dentes do pinhão e coroa ..................................................... 0,17 a 0,32 mm
Axial dos eixos principais ...................................................... .0,02 a 0,07 mm
Axial dos eixos laterais .......................................................... 0,07 a 0,15 mm

-6-
CONJUNTO DO DIFERENCIAL
O conjunto do diferencial é suportado através de dois mancais providos de rolamentos cônicos. O
diferencial compreende duas engrenagens planetárias, duas engrenagens satélites e o sistema
de bloqueio. O bloqueio do diferencial é acionado por um pedal (localizado no lado direito do
trator), bloqueando a engrenagem planetária com a carcaça do diferencial, ocasionando o
acoplamento rígido entre os dois semi-eixos traseiros da transmissão final.
Se os dentes do dispositivo do bloqueio não se acoplarem quando o pedal é acionado, existe
uma mola que ajuda e comanda a luva de engate, fazendo o acoplamento no instante seguinte.

Sistema de lubrificação
O sistema de lubrificação utilizado na caixa de câmbio é do tipo misto: imersão, borrifo e sob
pressão. Na tampa lateral encontra-se o filtro de sucção do qual o óleo é direcionado para a
bomba hidráulica. Acima da carcaça do filtro de sucção estão localizadas as válvulas de
segurança e de retorno do cilindro do hidráulico.
Também na tampa lateral está posicionada a placa distribuidora, a qual varia conforme o modelo
do trator.

Trator (4x2)
Para a placa distribuidora retorna o óleo da direção hidráulica, o qual é utilizado para a
lubrificação sob pressão. O óleo é direcionado, em seu interior (placa), ao cartucho do filtro de
retorno da direção hidráulica.

Trator (4x4)
Na placa distribuidora onde está fixado o filtro de retorno, o óleo é direcionado para a válvula de
desvio e desta para a válvula de comando da TDP.
A válvula de comando da TDP é do tipo seletor de duas vias, de acionamento mecânico. Na sua
posição neutra, o óleo é direcionado para o tubo externo da placa distribuidora.
Do tubo externo, o óleo é direcionado novamente para o interior da placa distribuidora, porém,
para canais que passam abaixo do pistão da válvula de desvio e que dão acesso ao cartucho do
filtro de retorno da direção hidráulica.
Quando a válvula de comando da TDP é acionada para dirigir o óleo para a embreagem, a
lubrificação da caixa de câmbio é efetuada da seguinte maneira: logo após o acionamento do
pistão da embreagem, o óleo fica bloqueado e consequentemente, a válvula de desvio fica em
posição de abertura.
Nessa condição o óleo desviado é direcionado para o cartucho do filtro de retorno e a
lubrificação é igual para todos os modelos de tratores e efetuado conforme explicado abaixo.
Antes de entrar no cartucho, o óleo encontra uma válvula do tipo de esfera. A função dessa
válvula é regular a pressão do óleo a um valor aproximado de 0,23 MPa (2,3 bar).
Há também do lado posterior da tampa lateral uma válvula de alívio que tem como função a
descarga do óleo excedente e atua a partir de uma pressão de 0,30 MPa (3,0 bar).
Do filtro de retorno, o óleo é direcionado para um rasgo da carcaça da caixa de câmbio, onde se
encontra uma tampinha estranguladora.
A função dessa tampinha é provocar uma restrição ao fluxo de óleo e dividí-lo em duas
ramificações: uma para o eixo principal e outra para o eixo cônico do pinhão.
A ligação com os eixos é realizada através de tubulações dirigidas para a parte oca. O óleo é
então direcionado para as diversas pistas de rolamentos das engrenagens, efeito este obtido pela
disposição crescente de diâmetros de furos de lubrificação.

-7-
REMOÇÃO E INSTALAÇÃO DA CAIXA DE CÂMBIO
Seguir os procedimentos abaixo:

Calçar as rodas dianteiras do trator.


Levantar a parte traseira do trator, o suficiente para que as rodas traseiras fiquem suspensas do
solo. Para sustentar o trator nessa posição, colocar um cavalete de apoio na parte central do
tanque do combustível.
O trator deverá estar completamente estabilizado.
Retirar as rodas traseiras.
Drenar o óleo do sistema da TDP e do hidráulico.
Remover o conjunto do gancho de tração.
Retirar o conjunto do sistema de engate de três pontos do sistema hidráulico de levantamento.
Retirar as articulações dos freios de serviço e de estacionamento.
Retirar a articulação do bloqueio do diferencial.
Retirar a articulação da alavanca de acionamento da TDP.
Retirar as articulações das alavancas de seleção de marchas e grupos.
Retirar os estribos.
Desligar a fiação elétrica da parte traseira do trator que impeça a remoção do câmbio.
Retirar as tubulações do sistema hidráulico.
Calçar o piso da cabine sobre o tanque de combustível.
Retirar as transmissões finais.
Soltar o anel de segurança do eixo acionador da embreagem da TDP. Somente para os modelos
(4x4).
Soltar os parafusos das flanges que ligam a caixa de câmbio com o eixo cardan. Somente para os
modelos (4x4), ou.
Soltar o parafuso da luva do eixo acionador da embreagem da TDP. Somente para os modelos
(4x2).
Retirar o sistema da TDP.
Remover os parafusos, de fixação da caixa de câmbio, do tanque de combustível.
Remover a caixa de câmbio.

Para instalação da caixa de câmbio


Realize os procedimentos na ordem inversa à remoção.

-8-
DESMONTAGEM DA CAIXA DE CÂMBIO
1. Retire a tampa lateral da caixa de câmbio 5. Retire o conjunto do diferencial.
juntamente com os filtros.

6. Fixar a carcaça do diferencial e retirar os


2. Retire a mangueira do sistema de parafusos da coroa.
lubrificação do eixo principal.

3. Retire os mancais dos rolamentos do 7. Desmontar o conjunto planetário e satélite


diferencial. do diferencial, utilizando a ferramenta
EVA-11148 (equivalente 903390).

4. Retire as capas e os rolamentos do


diferencial utilizando a ferramenta
EVA-11147 (903910). 8. Retire os tubos de lubrificação da caixa de
câmbio.

-9-
DESMONTAGEM DA CAIXA DE CÂMBIO
9. Retire a tampa frontal do eixo principal ou 12. Retire a tampa frontal do eixo cônico e com
multitorque, caso o trator possua este a ferramenta EVA-11149 (equivalente
componente. 903060) solte a porca do pinhão.

13. Utilizando um tarugo de bronze, remova o


10. Utilizando a ferramenta EVA-11022 eixo cônico do pinhão, segurando o
(equivalente 903170), retire o rolamento conjunto de engrenagens.
frontal do eixo principal.

REMOÇÃO DOS GARFOS


SELETORES
11. Remova o eixo principal segurando o 1. Solte os parafusos de trava do eixo seletor
conjunto de engrenagens. e remova os garfos.

- 10 -
REMOÇÃO DOS GARFOS SELETORES
2. Solte a tampa do eixo lateral e com auxilio 5. Para desmontar e substituir os anéis
de um tarugo de bronze remova o lixo retentores do eixo acionador da tração
lateral. dianteira, utilize um punção adequado e um
martelo para retirar os pinos de pressão.

3. Para remover os rolamentos do eixo


lateral na bancada utilize a ferramenta 6. Com o auxilio da ferramenta EVA-11019
EVA-11092 (equivalente 901470). (equivalente 904580), remova a porca do
eixo de saída para tração dianteira.

4. Para substituição dos anéis retentores dos 7. Com o extrator universal, remova a flange
eixos de acionamento dos garfos, utilize do eixo de saída da tração dianteira.
um punção adequado e um martelo para
retirar os pinos de pressão.

- 11 -
REMOÇÃO DOS GARFOS SELETORES
8. Após a retirada das travas do eixo de 9. Com o eixo de tração fixado em uma
tração dianteira, remova utilizando um morsa, retire o rolamento utilizando um
tarugo de bronze. extrator universal de duas garras
(EVA-11051).

INSPEÇÃO DE MONTAGEM
Efetuar a limpeza das peças com um solvente adequado e seque com ar comprimido. Verifique
as condições dos rolamentos se não estão com folga, pista marcadas, gaiolas amassadas ou
quebradas.
Substituir os rolamentos que apresentarem defeitos.
Após a lavagem, lubrificar os rolamentos com óleo novo da mesma especificação do utilizado no
sistema.
Engrenagens e estrias dos eixos que apresentarem defeitos de:
Desgaste irregular nas faces de contato dos dentes (canais com rebarbas).
Quebra parcial ou total dos dentes.
Destacamento da camada dos dentes das engrenagens ou estria.
Pipocamento nas faces de contato dos dentes ou estrias.
Nota! Eixos de transmissão que apresentarem os assentos de rolamentos gastos ou com alguma
evidência de cisalhamento, deverão ser substituídos.

CONSIDERAÇÕES GERAIS DE MONTAGEM


A montagem correta da caixa de câmbio é aquela em que as peças são devidamente limpas e
montadas com as folgas especificadas e sem danos, principalmente os rolamentos e retentores.
Neste caso, a limpeza no trabalho é fundamental, pois pequenas sujeiras nas superfícies rolantes
podem danificar os componentes envolvidos. Recomendamos que o lugar seja isolado de poluentes,
além de efetuar a montagem com peças completamente limpas e lubrificadas, inclusive as peças
novas.
Deve-se utilizar as ferramentas especiais a fim de não danificar as peças, principalmente os
rolamentos e os retentores.
Antes da montagem, lubrificar o assento do eixo, mancal e rolamento.
O rolamento novo, ao ser retirado de sua embalagem, deverá ser montado imediatamente.
Quando for necessário bater em componentes, tais como eixos, utilizar como ferramenta um material
maleável (tarugo de bronze, por exemplo) para não marcar as peças. Esse material, entretanto, não
deverá soltar partículas de metal, que possam alojar-se entre os componentes que serão ajustados.
Sempre que o conjunto for desmontado, por motivos de segurança, os elementos de vedação e de
trava deverão ser substituídos por outros novos. Essa prática previne contra falhas prematuras de
componentes de grande custo.

- 12 -
MONTAGEM DA CAIXA DE CÂMBIO
3. Com a ferramenta EVA-11148 (equivalente
903390), monte as engrenagens planetárias e
satélites.

Nota! As ilustrações deste manual foram


efetuadas numa caixa de câmbio na qual a
carcaça está sem a parede superior para
facilitar a visualização das operações
efetuadas no seu interior. 4. Com auxílio da ferramenta EVA-11148
(equivalente 903390), monte ao pino das
engrenagens planetárias satélites.
MONTAGEM DO
DIFERENCIAL
1. Monte as buchas internas do diferencial
com Loctite 277.

5. Posicionar a coroa com a face voltada para


baixo em todos os modelos.

2. Posicione a bucha de bloqueio.

- 13 -
MONTAGEM DO DIFERENCIAL
6. Passar cola Loctite 277 na tampa e montar 2. Montar a bucha estriada e a pista do
a bucha de encosto. rolamento no eixo principal.

7. Fixar as carcaças através dos parafusos e


arruelas com o torque de 110 Nm 3. Montar o rolamento de agulhas e a
(11 mkgf), passando antes nas roscas dos engrenagem intermediária da ré Z45.
parafusos cola Loctite 271.

MONTAGEM DO EIXO 4. Montar a engrenagem da 4ª marcha Z36 no


eixo principal, observe o lado de
PRINCIPAL montagem.
1. Verificar a posição do pino na bucha
estriada com relação ao eixo principal.

- 14 -
MONTAGEM DO EIXO PRINCIPAL
5. Montar a capa e cubo da 3ª e 4ª marcha. 8. Verificar a posição do pino da luva estriada
no eixo e efetuar sua montagem.

6. Montar os anéis de sincronização de


maneira que eles se acoplam sobre o
conjunto cubo do sincronizador e luva de 9. Montar a engrenagem da 3ª marcha Z33 no
acoplamento. eixo principal.

7. Posicionar o sincronizador montado.

10. Montar a arruela espaçadora sobre a


engrenagem Z33 do eixo principal.

- 15 -
MONTAGEM DO EIXO PRINCIPAL
11. Montar engrenagem da 2ª marcha Z27. 14. Posicionar a bucha com relação ao canal
do eixo e montar.

12. Montar o conjunto sincronizador da 1ª e 2ª


marcha sobre a engrenagem Z27. 15. Montar a engrenagem da 1ª marcha Z22 no
eixo de acordo com a ilustração.

13. Montar o anel espaçador no eixo principal 16. Montar a bucha espaçadora sobre a
apoiando sobre o cubo sincronizador engrenagem da 1ª marcha Z22, observando
a posição do seu pino de trava com o
alojamento do eixo principal.

- 16 -
MONTAGEM DO EIXO PRINCIPAL
17. Em caso de dúvidas na montagem do eixo principal, observe as especificações:
- folga axial do eixo;
- torque dos parafusos;
- sequência de montagem.

MONTAGEM DO EIXO LATERAL


18. Em caso de dúvidas na montagem do eixo lateral, observe as especificações.

- 17 -
MONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO
1. Limpe a ferramenta 903630 removendo 4. Posicionar o rolamento na ferramenta
todo o lubrificante protetor. 903630.

5. Fixar firmemente a flange com a mão


2. Aferir o relógio comparador utilizando a
através do parafuso recartilhado.
ferramenta 903630.

6. Proceder a medição do rolamento


posicionando o relógio comparador sobre a
face lateral da pista do cone do rolamento.
3. Limpar o rolamento removendo todo o
lubrificante posicionando o protetor
externo.

- 18 -
MONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO
7. Efetuar a medição no relógio comparador e 10. Montar a capa e cubo de acoplamento,
somar com a altura do bloco padrão deixando a numeração voltada para o lado
(constante 33,5 mm). O resultado é dianteiro do eixo.
denominado de C.
C = leitura do relógio comparador + 33,5 mm.

Para melhor compressão observar o exemplo


seguinte:
11. Montar a bucha oscilante juntamente com
- Pré-carga do relógio = 3,00 mm
a engrenagem Z38 do grupo “H“.
- Leitura encontrada = 3,18 mm
Diferença do padrão com a leitura =
3,18 - 3,00 = 0,18 mm
C = 0,18 mm + 33,5 mm
C = 33,68 mm
Nota! Este valor será utilizado na montagem e
ajuste do pinhão cônico.
8. Montar o rolamento no eixo pinhão.

12. Montar a bucha distanciadora nos tratores


4x2.

9. Monte a bucha espaçadora juntamente


com a engrenagem da “L“ Z57.

- 19 -
MONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO
13. Montar a engrenagem Z29 saída para tração 15. Montar a bucha flutuante juntamente com
dianteira nos tratores 4x4. a engrenagem Z38 do grupo marcha à ré.

14. Montar a capa e cubo de acoplamento, da


tração dianteira e marcha à ré. 16. Montar e arruela de encosto no eixo do
pinhão.

17. Em caso de dúvidas na montagem, observe a figura do eixo cônico do pinhão.

- 20 -
MONTAGEM FINAL DA CAIXA DE CÂMBIO
1. Montar a esfera sobre a mola no garfo seletor 4. Montar o eixo de saída da tração
e introduzir a ferramenta. dianteira com seus respectivos
rolamentos e anéis de trava.

2. Montar o eixo de acionamento do garfo da 5. Montar o retentor e flange de saída da


tração dianteira. tração dianteira, apertando a porca com
a ferramenta com torque de 127 Nm
(12,7 mkgf).
Nota! Sempre utilizar uma nova porca na
montagem (devido ser porca
autotravante).

3. Montar o eixo seletor no garfo de


acoplamento da tração dianteira.

6. Montar o eixo lateral na carcaça.

- 21 -
MONTAGEM FINAL DA CAIXA DE CÂMBIO
7. Regular a folga axial do eixo lateral através 10. Montar o eixo seletor nos garfos,
de calços conforme figura abaixo. Tendo a juntamente com seus anéis retentores.
folga especificada de 0,07 a 0,15 mm.

11. Montar o parafuso de regulagem no eixo


8. Montar os eixos de acionamento dos seletor, juntamente com o pino de trava
garfos na carcaça, juntamente com os dos garfos (para evitar o engrenamento de
anéis retentores. duas marchas).

9. Montar as alavancas acionadoras dos 12. Introduzir os parafusos de fixação do eixo


eixos, com seus respectivos pinos de seletor.
travas.

- 22 -
MONTAGEM FINAL DA CAIXA DE CÂMBIO
Regulagem da Profundidade do C) Largura do rolamento cônico montado
Eixo Cônico do Pinhão (capa + cone) medido anteriormente.
A) A regulagem da profundidade do eixo
cônico do pinhão consiste na determinação
da espessura das chapas de calço, que são
posicionadas entre a face traseira da
parede intermediária da carcaça da caixa
de câmbio e a capa do rolamento traseiro
do eixo cônico do pinhão. A determinação
das chapas de calço é feita através de três
dimensões conforme ilustração.

Logo a espessura dos calços será obtida


através da equação:
X = A - (B + C)
O valor de “X” compreende a espessura do
anel espaçador 30486400 e as chapas de calço.
A espessura do anel espaçador deverá ser
determinada através de micrômetro.

Encontra-se gravada na carcaça da caixa de


câmbio os centésimos desta medida que
deverão ser somados à constante 193 mm
para obter a dimensão total.

Portanto para obter a espessura dos calços


deverá ser subtraída a espessura do anel
espaçador do valor encontrado para “X”.
Para melhor compreensão veja o seguinte
exemplo:
Medida gravada na carcaça da caixa de câmbio
92 desta forma a medida “A” será:
B) Distância do centro do mancal do
diferencial à face de encosto traseira da
A = 193 + 0,92 = 193,92 mm
cabeça do pinhão.
Medida gravada na cabeça do eixo pinhão B:
B = 159,40 mm
Largura do rolamento do eixo pinhão, medida
através da ferramenta 903630:
C = 33,68 mm
Logo temos:
X=193,92 (159,40 +33,68)
X=193,92-193,08
X=0,84 mm

A medida “B“ encontra-se gravada na face


dianteira da cabeça do pinhão.

- 23 -
MONTAGEM FINAL DA CAIXA DE CÂMBIO
Para selecionarmos a espessura dos calços, devemos primeiramente medir a espessura do anel
espaçador e a seguir fazer a diferença com ‘‘X’’.
Considerando-se que na medição do anel espaçador foi encontrado um valor igual a 0,32 mm, a
espessura da chapa de calço será:
0,84 - 0,32 = 0,52 mm
Portanto, junto com o anel espaçador será montada uma chapa de calço de espessura 0,50 mm.
Nota! As espessuras dos calços para a regulagem da profundidade do eixo cônico do pinhão
encontram-se nas seguintes dimensões: 0,05 mm, 0,10 mm, 0,30 mm e 0,50 mm, e é permitido
utilizar a combinação de calços para obter a medida final correta.
Importante! As instruções de regulagem da profundidade do eixo cônico do pinhão são válidas
unicamente para coroa e pinhão novos. Quanto a coroa e o pinhão forem usados a profundidade
do eixo cônico deverá ser regulado da mesma maneira (com igual quantidade de calços) quando
da desmontagem.

1. Montar os calços necessários sobre a face 3. Montar o eixo cônico do pinhão na carcaça
de encosto da pista externa do rolamento com todas as engrenagens e buchas
traseiro, posicionando inicialmente o anel flutuantes.
espaçador.

4. Fixar a ferramenta EVA-11150 (equivalente


2. Montar a capa do rolamento traseiro do
903250) na carcaça do câmbio e pressionar
eixo cônico do pinhão.
o eixo cônico do pinhão de tal forma que
fique alinhado.

- 24 -
MONTAGEM FINAL DA CAIXA DE CÂMBIO
5. Montar a arruela de encosto, juntamente Importante! Estas instruções de
com os separadores de regulagem da pré- determinação da pré-carga dos rolamentos são
carga dos rolamentos. válidas somente para rolamentos novos. Os
rolamentos usados deverão ser regulados da
mesma maneira (mesma quantidade de calços)
que antes da desmontagem. Medir a pré-carga
dos rolamentos do eixo cônico do pinhão,
utilizando o torquímetro de relógio de baixa
carga 904640, aplicado na porca do eixo,
através da ferramenta EVA-11149 (equivalente
903060) e soquete de adaptação.
A medida obtida deve situar-se na faixa de 2,0
a 2,3 Nm (0,2 a 0,23 mkgf). Para certificar-se de
que a leitura está correta o torquímetro deverá
ser de baixa carga (0 a 1,5 mkgf).
Caso a pré-carga encontrada seja excessiva,
6. Montar a porca do eixo cônico do pinhão, e deve-se substituir o anel espaçador por um de
apertar com torque de 270 Nm (27 mkgf) maior espessura. No entanto, se a pré-carga
com a ferramenta EVA-11149 (equivalente dos rolamentos for insuficiente para atingir o
903060). valor mínimo de força de giro de 2,0 Nm
(0,2 mkgf),deve-se substituir o anel espaçador
por um de menor espessura.
Nota! As espessuras dos anéis existentes para
a regulagem da pré-carga dos rolamentos do
eixo cônico do pinhão são as seguintes: 7,35 -
7,37 - 7,41 - 7,44 - 7,56 - 7,68 - 7,80 -
7,92 - 8,04 - 8,07 - 8,10 - 8,13 mm.
Atenção! Ao substituir o anel espaçador,
deve-se, na nova montagem fixar a porca com
o torque de aperto de 270 Nm (27 mkgf).

7. Regulagem da pré-carga do pinhão. MONTAGEM DO EIXO


PRINCIPAL
1. Montar o conjunto de engrenagens do eixo
principal nos garfos.

- 25 -
MONTAGEM DO EIXO PRINCIPAL
2. Montar o eixo principal de tal forma que 6. Regular os garfos da terceira e quarta
todas as engrenagens fiquem montadas marcha.
corretamente no eixo.

3. Após a montagem da bucha espaçadora,


com a ferramenta EVA-11022 (equivalente 7. Montar o sistema de lubrificação do eixo
903170) fixe o cone do rolamento traseiro. lateral.

4. Montar o sistema de lubrificação do eixo


8. Montar a mangueira de lubrificação do eixo
principal.
principal.

5. Montar o mancal dianteiro do eixo principal


e através dos calços regular a folga axial do
eixo principal (0,02 a 0,07 mm).

- 26 -
MONTAGEM DO CONJUNTO DIFERENCIAL NA CARCAÇA DE
CÂMBIO
1. Montar a carcaça do diferencial na caixa de Importante! Estas instruções para
câmbio. determinação da pré-carga dos rolamentos do
conjunto do diferencial são válidas somente
para rolamentos novos. Os rolamentos usados
deverão ser regulados da mesma maneira
(mesma quantidade de calços) antes da
desmontagem.
Medir a pré-carga dos rolamentos do conjunto
do diferencial através do torquímetro de relógio
de baixa carga (0 a 7 kgfm), aplicado na porca
através da ferramenta EVA-11149 (equivalente
903060) e soquete de adaptação.
Nota! A medida obtida deve estar
compreendida na faixa de 4,0 - 5,2 Nm (0,4 a
0,52 mkgf), para
A medida obtida deve situar-se na faixa de 4,0
2. Montar os rolamentos e mancais, através a 5,2 Nm (0,4 a 0,52 mkgf). Para certificar-se de
de calços e regular a pré-carga dos que a leitura está correta o torquímetro deverá
rolamentos do diferencial. ser de baixa carga (0 a 1,5 mkgf).
Caso a pré-carga encontrada seja excessiva,
deve-se acrescentar calços bi-partidos de
modo que os calços sejam distribuídos em
ambos os mancais.
No entanto, se a pré-carga dos rolamentos
estiver abaixo da faixa especificada (4,0 Nm),
deve se retirar os calços bipartidos de igual
espessura de ambos os lados.
Nota! As espessuras dos calços para a
regulagem da pré-carga dos rolamentos do
conjunto do diferencial são as seguintes: 0,1;
0,2 e 0,5 mm.
Atenção! Ao substituir os calços dos mancais,
3. Regular a pré-carga dos rolamentos do
aplicar torque de aperto de 47 Nm (4,7 mkgf)
conjunto do diferencial.
nos parafusos de fixação.

- 27 -
DETERMINAÇÃO DA FOLGA ENTRE DENTES DO CONJUNTO
DIFERENCIAL
Importante! Estas instruções sobre a folga entre dentes do conjunto pinhão e coroa são válidas
unicamente para coras e pinhões em estado novo. Coroas e pinhões usados deverão ser
regulados da mesma maneira (mesma quantidade e posição dos calços) que antes da
desmontagem.
1. Montar a haste do relógio comparador 2. Verificar o contato entre dentes da coroa e
perpendicular ao flanco do dente da coroa pinhão, passe uma tinta nos dentes da
e medir a folga em 4 pontos da coroa, coroa e gire o pinhão aplicando uma
defasados uns 90º um do outro. pequena carga na coroa.

A folga deverá estar contida na faixa de 0,18 a 3. Contato correto central nos flancos dos
0,32 mm. Se a folga encontrada não estiver na dentes.
faixa recomendada proceder da seguinte
maneira:
- Folga menor que 0,17 mm, neste caso,
retire o calço bi-partido do mancal direito e
transfira para o lado esquerdo.
- Folga maior que 0,32 mm, neste caso,
retire o calço bi-partido do mancal direito e
transfira para o lado esquerdo.
Este procedimento deverá ser efetuado até
obter uma folga próxima da média dos valores
recomendados, observando-se que os
parafusos das tampas dos mancais do
diferencial devem ser fixados com um torque
de aperto de 47 Nm (4,7 mkgf) antes da leitura.
4. Contato incorreto dos dentes.
Efetuado o ajuste da folga entre dentes,
verificar novamente a pré-carga dos
rolamentos do diferencial utilizando
torquímetro de relógio de baixa carga (0 a
7 kgfm) aplicado na porca do eixo cônico do
pinhão, sendo que o valor obtido deve ser
entre 4,0 a 5,2 Nm (0,4 a 0,52 kgfm).
Caso o valor obtido esteja fora da
especificação, faça um novo ajuste da pré-
carga e em seguida verifique a folga entre
dentes.

- 28 -
DETERMINAÇÃO DA FOLGA ENTRE DENTES DO CONJUNTO
DIFERENCIAL
5. Colocar a trava, a segunda porca do pinhão 8. Montar o cabeçote na tampa lateral com
apertar com a ferramenta EVA-11165 uma junta de espessura de 0,5 a 1,00 mm,
(equivalente 890100) com 270 Nm no lugar da cola.
(27 mkgf).

6. Montar a tampa do eixo cônico do pinhão


com o anel retentor.

7. Montar a tampa lateral da caixa de câmbio,


usando no lugar da junta a cola Loctite 271
Aperte os parafusos com o torque de 41 a
49 Nm (4,1 a 4,9 mkgf).

- 29 -
MULTITORQUE OVER E UNDER DRIVE

Descrição do Multitorque
O Multitorque está situado na frente da caixa de câmbio e está conectado ao eixo da embreagem
através de uma luva de acoplamento.
O Multitorque pode ser um redutor ou multiplicador dependendo do modelo do trator. O
Multitorque liga e desliga eletro-hidraulicamente através de um botão na manopla da alavanca do
câmbio. Pode ser ligado em movimento sem necessidade de utilizar o pedal da embreagem. A
válvula solenóide para o Multitorque encontra-se na tampa do mesmo.
Qualquer dos dois tipos de Multitorque Over ou Under Drive quando ligados, devem manter
inalterada a rotação recebida do motor.
O Multitorque Over drive quando estiver na lebre aumenta a velocidade das marchas em 26%.
O Multitorque Under drive quando estiver na tartaruga a velocidade das marchas é reduzida e
aumenta a força de tração em 20%.
Assim qualquer dos dois tipos de Multitorque (Over ou Under Drive) duplica as opções das
marchas do trator.
A pressão para acionamento do Multitorque é regulada por uma válvula reguladora de pressão
localizada no bloco lateral da caixa de câmbio, no circuito de retorno da unidade hidrostática da
direção. A pressão neste ponto situa-se entre 20 a 30 kg/cm2, estando o motor a 1500 rpm e o
óleo do câmbio aproximadamente com 50 C° de temperatura.
No pedal da embreagem existe um interruptor com a finalidade de aliviar a inércia rotativa no
interior do multitorque quando a embreagem é acionada.
Se o botão na alavanca do câmbio estiver na tartaruga, nos modelos redutor ou na lebre nos
modelos multiplicador e o pedal da embreagem for acionado completamente, é feita uma troca
automática de posição, facilitando o acoplamento dos anéis sincronizados e igualando a rotação
do multitorque com a transmissão.
Este sistema de acoplamento automático proporcionado pelo acionamento da embreagem
prolonga a vida útil dos anéis sincronizados do câmbio.

Relação de Redução e Torque de Aperto


Relação de redução Multitorque Under Drive .......................................................i = 1,256
Relação de redução Multitorque Over Drive .........................................................i = 0,796

Torques de Aperto do Multitorque

Parafusos e Porcas entre Caixa de Câmbio e Tanque de Combustível:


Parafusos Allen .......................................................................................................125Nm
Porcas .....................................................................................................................270-330 Nm
Retentor do eixo principal da caixa de câmbio .....................................................23 Nm
Parafusos da tampa do Multitorque ......................................................................23 Nm
Parafusos do suporte das planetárias ...................................................................23 Nm
Parafusos de fixação da válvula solenóide ............................................................2,5 - 3,5 Nm

- 30 -
MULTITORQUE OVER E UNDER DRIVE

Legenda: 10. Na redução over drive, as engrenagens


1. Óleo com a pressão de 20 a 30 kgf/cm². planetárias devem ser invertidas (comparar
2. Óleo lubrificante. o número de dentes da engrenagem
central).
3 Retorno do óleo lubrificante para caixa de
câmbio. Nota! Caso seja alterada a versão Under Drive
para Over Drive, as engrenagens planetárias
4 Marcar a bucha por fora.
deverão ser invertidas e o eixo de entrada com
5. Adicionar graxa na montagem. a engrenagem solar (frontal) deverá ser
6. Alinhar os furos na montagem. trocada. Também a outra engrenagem solar
7. Nota! Canal para montagem da solta (traseira) deverá ser trocada. (Ver na
engrenagem central. referência 10 os números de dentes).
8. Nota! A seta deverá apontar para
engrenagem central.
9. Pino (fixado sobre pressão).

- 31 -
MULTITORQUE - OVER E UNDER DRIVE
Figura 2A Figura 2B
O canal de pressão do óleo está fechado (a A corrente está ligada a válvula solenóide para
válvula solenóide inoperante). A pressão do que abra o canal de pressão (1) ao Multitorque.
óleo não atua no Multitorque. A embreagem A pressão do óleo atuando sobre o pistão e a
(traseira) está livre e a embreagem (dianteira) embreagem dianteira para que o suporte das
para mudar de posição está acionada. planetárias e eixo principal fiquem conectadas.
A potência se transmite desde a engrenagem Ao mesmo tempo a pressão do óleo libera
central ao final do eixo das engrenagens através do pistão, a embreagem para mudar de
planetárias e continua até o eixo, produzindo posição, para que o suporte das planetárias e a
uma alteração na relação de redução. engrenagem girem na mesma rotação do eixo
As engrenagens planetárias giram em torno de principal. Não se altera a relação de redução.
seu eixo. As engrenagens planetárias não giram em
Relação: torno de seus eixos.
1 = 1,256 (superdireta 1 = 0,796). Relação:
1=1,0
O botão do multitorque está localizado na
alavanca de grupos, conforme figura. Quando o
botão está na posição tartaruga a velocidade é
mais lenta que na lebre.

DESGASTES OU FALHAS PREMATURAS


Como qualquer equipamento, o multitorque está sujeito a desgastes ou falhas prematuras.
Diagnose das Falhas
Faça um diagnóstico verificando os seguintes itens:

Parte elétrica verifique:


Se não há fusível queimado.
Se não há fio rompido na manopla do câmbio.
Se o solenóide não está aberto.
Se o relé não está danificado.

Parte mecânica verifique:


Se não há ruído anormal.
Se está patinando.
Se a válvula não está engripada.

Parte hidráulica verifique:


Se a pressão de abertura da válvula reguladora está correta.
Se não há vazamento interno.
Se não há vazamento externo.

- 32 -
PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS
Teste Elétrico Teste do Circuito Hidráulico
Com a bateria do trator desligada, utilize um Em caso de vazamentos externos, troque o
multímetro para fazer o teste de continuidade retentor (KH1408) do eixo de entrada, e o anel
nos fios do sistema multitorque, alternando o O-ring (KH4790) da tampa.
acionamento da embreagem e do botão do No caso de vazamento interno, somente
multitorque. poderá ser identificado com a medição da
Com a bateria ligada, é possível testar com o pressão de acionamento, que corresponde de
multímetro a tensão (voltagem) que alimenta a 20 a 30 kg/cm².
solenóide do multitorque. Esta medição deverá ser feita com o óleo do
O botão na posição lebre significa que o câmbio em temperatura próxima de 50C° e
solenóide está desligado, sem energia. motor à 1500 rpm. O botão do multitorque
O botão na posição tartaruga significa que o deve estar posicionado na lebre ou na
solenóide está ligado, com 12 volts. tartaruga.
Se não atingir a pressão indicada, faça a
substituição dos anéis de aço que
provavelmente estão danificados.

Teste do Solenóide
Teste Mecânico
Faça um teste utilizando dois cabos ligados da
No caso de defeito mecânico de barulho
bateria até o solenóide, utilizando uma tensão
anormal ou patinando, o multitorque deve ser
(voltagem) de 12V e observe se a haste é
abertos e trocadas as peças danificadas.
acionada.
Antes verifique se a válvula que é acionada
Em caso de defeito, substitua por uma nova
pelo solenóide está abrindo e fechando
solenóide.
normalmente.

- 33 -
DIAGRAMA DE VELOCIDADES

- 34 -
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DO MULTITORQUE
Pressão de Lubrificação

A lubrificação do multitorque é feita por parte da pressão do óleo de retorno do sistema


hidráulico de levantamento, retornando para o mancal dianteiro do eixo lateral até a caixa de
câmbio.
1. Solenóide.
2. Tubulação de acionamento.
3. Tubulação de lubrificação.
4. Tubulação de retorno.
5. Tubulação de retorno da direção.
6. Interruptor de partida.
7. Positivo da bateria.

- 35 -
SUBSTITUIR OS RETENTORES DO EIXO DA TRANSMISSÃO
Nota! Antes de substituir os retentores, separar o trator entre a caixa de câmbio e o tanque de
combustível em alguns modelos.

1. Retirar a tampa do retentor.


2. Retire o retentor danificado e coloque um
novo com a ferramenta EVA-11155
(equivalente 891840).
Nota! Coloque o anel retentor na tampa.
3. Proteja as estrias do eixo com fita plástica,
coloque a tampa com os retentores e
aperte os parafusos com torque de 23 Nm.
4. Monte a caixa de câmbio ao tanque de
combustível na mesma sequência que foi
desmontado.

SUBSTITUIR O EIXO DA TRANSMISSÃO E O CONJUNTO DE


DISCOS
1. Retire a tampa do eixo estriado. 5. Retire os discos da embreagem.
2. Soltando os parafusos da tampa do
multitorque, a mesma se levantará uns
5 mm devido à pressão das molas.
3. Levante a tampa conforme mostra na
figura, para que saia todo o conjunto
interno do multitorque.

6. Retire o anel de trava do rolamento


dianteiro cuidadosamente para não
danificar a superfície saliente do eixo.

Nota! Se o suporte das planetárias não soltar,


gire a tampa um pouco para que as
engrenagens planetárias se encaixem nas
ranhuras da parede da carcaça.
4. Coloque o Multitorque sobre uma bancada,
solte os parafusos e separe a parte
superior do suporte das planetárias.

- 36 -
SUBSTITUIR O EIXO DA TRANSMISSÃO E O CONJUNTO DE
DISCOS
7. Bata no extremo do eixo comum, utilizando 10. Verifique a espessura das molas pratos. As
um martelo de plástico, para que o eixo medidas devem ser de 13,7 mm à 14,3 mm.
saia da carcaça junto com o pistão e a Se as medidas não estiverem dentro do
tampa dianteira. especificado, faça a substituição das
mesmas.

8. Retire os retentores do pistão e o anel de


11. Os discos devem ser substituídos quando
trava com um extrator universal
os canais de lubrificação estão gastos, isto
(EVA-11051). Retire o rolamento.
significa que os discos terminaram sua vida
útil. Este desgaste se pode comprovar
observando os canais defletores de óleo ao
lado do suporte das planetárias.
12. Ao substituir o cubo dos discos no eixo,
verifique se o orifício de lubrificação está
alinhado com o eixo. O cubo é montado no
eixo com a face retificada para a face da
engrenagem.

9. Retire os discos e as molas pratos de


pressão, juntamente com o pistão.

- 37 -
SUBSTITUIR OS ROLAMENTOS DE AGULHAS DAS
ENGRENAGENS PLANETÁRIAS
Nota! Nestas condições, o suporte das 3. Ao montar, procure deixar as marcas
planetárias já foi desmontado. (setas) das engrenagens apontando para o
1. Com um punção adequado e um martelo, centro da engrenagem central.
retire os pinos de pressão dos eixos das Monte o eixo nas engrenagens e fixe com
engrenagens, em seguida retire as os pinos elásticos e travas, usando um
engrenagens e os anéis espaçadores. punção adequado.

2. Efetue a montagem dos novos rolamentos 4. Retire o rolamento traseiro do suporte das
utilizando graxa. Coloque o rolamento e o planetárias, com um extrator universal.
anel de trava em cada engrenagem. 5. Monte o rolamento novo com a ferramenta
(ET 893 420).
Nota! Se tiver que trocar o rolamento da placa
final, faça empurrando para dentro. O
rolamento novo deve ser adicionado depois
que o eixo estiver montado no multitorque.
6. Montagem do Multitorque.

- 38 -
MONTAGEM DO EIXO TRANSMISSOR E CONJUNTO DOS
DISCOS
Nota! Antes de montar, verifique as condições 6. Monte a tampa de modo que os dentes do
dos retentores do pistão, se necessário troque- prato de pressão e o disco de aço fiquem
os. alinhados. Monte o prato final. Verifique se
1. Coloque o pistão de fechamento e verifique os dentes coincidem com as ranhuras do
a flexibilidade das molas prato, a qual deve prato final.
ser entre 6,90 a 7,02 mm.

2. Monte as molas prato e o anel trava.


3. Gire o suporte das planetárias para que o
pistão fique bem centralizado e coloque os
6 parafusos na flange. Insira as molas prato
com o interior alinhado uma com a outra. 7. Coloque os discos de fechamento no
Monte o pistão. suporte das planetárias. Coloque o eixo
4. Insira o anel trava de fixação. transmissor junto com o cubo do disco.
Verifique se o cubo coincide com as estrias
dos discos.
8. Levante a tampa completa com a parte
dianteira do suporte das planetárias e
monte no eixo transmissor/suporte das
planetárias. Aperte os parafusos com o
torque de 23 Nm.

5. Monte o rolamento dianteiro com a


ferramenta especial ET893420. Fixe o
rolamento com um anel de trava. Monte os
anéis de vedação do pistão.

- 39 -
MONTAGEM DO EIXO TRANSMISSOR E CONJUNTO DOS
DISCOS
9. Coloque o anel de trava atrás do rolamento 11. Monte o conjunto na carcaça e verifique se
no eixo e monte-o com a ferramenta as molas prato estão bem colocadas (a
especial ET 893 62. Coloque o anel de trava distância entre a tampa e a carcaça é de
na frente do rolamento. 5 mm, quando a engrenagem apoia sobre
10. Coloque um novo retentor do eixo e proteja as molas). Se a distância for maior,
as estrias com uma fita de plástico. Aperte verifique a posição das molas e aperte os
os parafusos com um torque de 23 Nm. parafusos da tampa a um torque de 23 Nm.
Não aperte demasiadamente.
12. Monte o Multitorque no trator e verifique a
pressão de funcionamento que deverá ser
de 20 à 30 Kg/cm2. (caso for necessário
faça a regulagem da pressão). Após a
montagem completa, verifique o
funcionamento do Multitorque.

SUBSTITUIR A VÁLVULA SOLENÓIDE DO MULTITORQUE


1. Retire o tapete e a tampa do piso e faça a substituição do solenóide. Não aperte
demasiadamente os parafusos do solenóide, o torque deve ser de 2,5 a 3,5 Nm. Verifique seu
funcionamento.

Dados técnicos
Tipo ........................................................................................................................Epicicloidal
Relação de redução para modelos (4x2) .........................................................i= 5,2
Relação de redução para modelos (4x4) .........................................................i= 5,6
Ajustes
Folga axial do eixo traseiro ..............................................................................0, 025 a 0,075 mm
Torques de apertos
Bujão de dreno do óleo do sistema da TDP e do hidráulico ...........................150 Nm
Parafuso de ajuste da folga axial do rolamento do eixo traseiro ...................5 Nm (0,5 mkgf)
Porca de fixação da roda .................................................................................530 Nm (53 mkgf

- 40 -
DESCRIÇÃO DA REDUÇÃO FINAL
A redução final é composta por um conjunto de engrenagens responsável pela redução final do
sistema de transmissão. A redução final possibilita uma transformação da potência disponível
(fornecida pelo motor através da caixa de câmbio) numa capacidade de carga maior (maior
torque) e uma velocidade menor (menor rotação).
A proporção desta mudança é obtida pela relação de redução do engrenamento, eliminando-se
as perdas devidas ao atrito interno do conjunto.
Nos modelos antigos (número chassis até 657975) a relação de transmissão é de i=5,2 e nos
modelos novos a relação é de i=5,6. A transmissão é efetuada através de semi-eixo, reduções
planetárias e eixo traseiro.
A estrutura da redução final é composta de duas partes, a primeira fixada ao câmbio denominada
de carcaça do freio e a segunda que serve de elo entre a carcaça de freio e a roda denominada
carcaça tubular.
A carcaça tubular também é constituída de ferro fundido e aloja o engrenamento final e o eixo
traseiro.
Há uma diferença entre os modelos antigos e novos, pois para o primeiro caso a carcaça tubular
e a engrenagem externa constituem numa só peça visto que é prensada em sua sede na
carcaça.
Já para os tratores atuais a engrenagem é independente da carcaça tubular e é fixada através de
parafusos entre a carcaça tubular e do freio.
Redução final para tratores 4x4 (antigos), chassis até 1. Engraxadeira (engraxar os
657975 rolamentos a cada
100 horas de trabalho).
2. Coloque arame expansor.
3. A folga do rolamento
deve ser ajustada
apertando o parafuso
central entre 3-5 Nm.
4. Bujão de drenagem.
5. Usar silicone preto para
vedação.

Redução final para tratores atuais 1. Engraxadeira (engraxar os


rolamentos a cada
100 horas de trabalho).
2. Coloque arame expansor.
3. A folga do rolamento
deve ser ajustada
apertando o parafuso
central entre 3-5 Nm.
4 Bujão de drenagem.
5. Usar silicone preto para
vedação.

- 41 -
TOMADA DE POTÊNCIA
Dados Técnicos
- TDP 540 RPM standard
- TDP 540/1000 RPM opcional
- Tipo 1 eixo de 6 estrias (540 RPM) e 21
estrias (1000 RPM)
- Diâmetro 35 mm (1 3/8’’) para eixo 6 estrias
- Diâmetro 44 mm (1 3/4’’) para eixo 21
estrias
- Rotação nominal 540@1860 RPM motor
- Rotação nominal 1000@2038 RPM motor
- Relação de transmissão 3,44: 1 em TDP de 540 RPM
- Relação de transmissão 2,04: 1 em TDP de 1000 RPM
- Acionamento Hidráulico por alavanca
- Embreagem (4x2) Simples ou opcional com
embreagem independente de
acionamento independente
- Embreagem da tomada de potência Totalmente independente com
separação multidiscos e
acionamento eletrohidráulico.
- Sistema de lubrificação Misto: imersão e borrifo, eixo
estriado da TDP é lubrificado pelo
retorno do sistema hidráulico
- Óleo lubrificante Multifuncional TOU (SAE 80 /
API GL-4)
- Volume do óleo (4x2) 68 litros
- Volume do óleo (4x4) 66 litros
Ajustes
- Folga axial do eixo da TDP 0,25-0,75 mm
Torque de aperto
- Parafusos de fixação da tampa dianteira 23 Nm (2,3 mkgf)
- Parafusos de fixação da arruela de trava do garfo seletor 23 Nm (2,3 mkgf)
- Porcas de fixação da carcaça traseira (sextavado 19 mm) 120-140 Nm (12-14 mkgf)
- Porcas de fixação da carcaça traseira (sextavado 24 mm) 270-330 Nm (27-33 mkgf)
- Parafusos de fixação da TDP 50 Nm (5 mkgf)
- Parafusos de fixação da tampa traseira 42-50 Nm (4,2-5,0 mkgf)

DESCRIÇÃO DA EMBREAGEM DA TOMADA DE POTÊNCIA


A transmissão de potência é realizada através do eixo acionador que aciona o eixo estriado, onde
se encontra a engrenagem acionadora Z18 a qual está acoplada com a engrenagem Z62 do eixo
da tomada de potência.
A relação de transmissão é de i = 0,29, ou seja, quando o acoplamento é efetuado através da
alavanca de comando do operador, a tomada de potência gira à rotação nominal de 540 RPM,
com o motor a 1860 RPM.
O mecanismo da tomada de potência se encontra incorporado na carcaça traseira, a qual é
construída de ferro fundido de alta resistência.
A lubrificação dos componentes de TDP utiliza o mesmo óleo da caixa de câmbio, sendo do tipo
misto: imersão e borrifo.
O eixo estriado que serve para o acionamento da engrenagem Z62 é suportado através de
rolamentos de esferas.
Já o eixo da tomada de potência é suportado através de rolamentos cônicos.

- 42 -
DESMONTAGEM DA EMBREAGEM DA TOMADA DE POTÊNCIA
1. Retirar as travas internas e externas, 3. Remover o anel de segurança interno, as
remover a tampa frontal, retirar a molas pratos e as molas helicoidais.
engrenagem central e o conjunto de
discos.

4. Remover o pistão.

2. Remover a carcaça da embreagem.

DESMONTAGEM DO EIXO DA TOMADA DE POTÊNCIA


1. Retirar a tampa frontal, com o tarugo de 3. Com a ferramenta 903220 remover a bucha
bronze retirar o eixo da tomada de e rolamento dianteiro do eixo.
potência.

2. Com o extrator universal, retirar o 4. Com auxilio de um punção, remover o pino


rolamento superior. e alavanca seletora do garfo.

- 43 -
REMOÇÃO DO EIXO ESTRIADO
1. Remover o eixo com um tarugo de bronze. 2. Com um extrator universal, remover os
dois rolamentos do eixo estriado.

INSPEÇÃO E CONSIDERAÇÕES GERAIS DE MONTAGEM


Efetuar a limpeza das peças com um solvente adequado. Limpe os rolamentos com querosene,
removendo todo o óleo lubrificante.
Enxugue os rolamentos com ar comprimido seco, sem girá-los com força, pois isso poderá
danificar os rolos e a pista do rolamento.
Verificar se os rolamentos apresentam os seguintes defeitos: Folgas, pistas marcadas e gaiolas
amassadas ou quebradas. Substituir os rolamentos que apresentarem qualquer um desses
defeitos.
Após a lavagem, lubrificar os rolamentos com óleo novo da mesma classificação utilizado no
sistema.
Engrenagens e estrias que apresentarem qualquer um dos defeitos deverão ser substituídos:
- Desgaste irregular nas faces de contato dos dentes (canais ou rebarbas)
- Quebra total ou parcial dos dentes
- Destacamento da camada dos dentes das engrenagens ou estrias
- Pipocamento nas faces de contato dos dentes ou estrias. Eixos de transmissão que
apresentarem os assentos de rolamentos gastos ou com alguma evidência de cisalhamento,
deverão ser substituídos.
Efetuar a montagem na ordem inversa da desmontagem.

REMOÇÃO E INSTALAÇÃO DA TOMADA DE POTÊNCIA


Proceda da seguinte forma:
- Drenar o óleo do sistema da TDP e do hidráulico;
- Remover o conjunto do gancho de tração;
- Remover os garfos superiores dos braços do elevador;
- Remover os cilindros de levantamento;
- Retirar as articulações das alavancas de comando do hidráulico;
- Desconectar as tubulações do sistema hidráulico;
- Soltar o anel de segurança e remover a engrenagem da embreagem da tomada de potência,
nos modelos (4x4) e (Turbo);
- Soltar o anel de segurança da bucha estriada e removê-la, no modelo (4x2);
- Remover o eixo acionador interno;
- Remover as porcas de fixação da carcaça da caixa traseira;
- Remover a carcaça da caixa traseira.

- 44 -
DESMONTAGEM DA CAIXA DO DIFERENCIAL DO EIXO
DIANTEIRO ZF
1. Remover os parafusos de fixação e a carcaça 3. Remover o conjunto da caixa do
do eixo dianteiro. diferencial.

2. Com o extrator EVA-11025 (equivalente


904440), remover a capa do rolamento da sua
sede na carcaça do eixo dianteiro. Juntamente 4. Com o extrator EVA-11025 (equivalente
com a capa do rolamento, soltar os calços de 904440), retirar a capa do rolamento da
ajuste da pré-carga. sua sede na carcaça do eixo dianteiro.
A remoção da capa, somente deverá ser Juntamente com a capa do rolamento,
efetuada se houver necessidade de trocar os soltar os calços de ajuste da pré-carga
rolamentos. dos rolamentos.

- 45 -
DESMONTAGEM DA CAIXA DO DIFERENCIAL
1. Soltar os parafusos de fixação da carcaça do 3. Com o auxílio de um punção remover os
diferencial e a coroa. Remover os parafusos, cones dos rolamentos (remover apenas
as chapas de encostos e a carcaça do se forem substituídos ou em caso de
diferencial. substituição da coroa).

2. Remover as engrenagens satélites e 4. Com o auxílio de uma prensa, (remover a


planetárias. Manter a posição relativa dos coroa somente em caso de substituição).
discos de fricção para evitar que se
eventualmente forem reaproveitados não
sejam montadas em posição diferente da
original.

- 46 -
DESMONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO
1. Com um alicate, retirar a trava da porca do 5. Remover o eixo cônico do pinhão,
eixo cônico do pinhão. juntamente com o cone do rolamento e
anel de ajuste da pré-carga dos
rolamentos.

2. Com a ferramenta EVA-11027 (equivalente


904170) fixada com os parafusos do flange,
travar o eixo cônico do pinhão e remover a 6. Com espátula, remover o retentor do
porca de fixação com o soquete EVA-11165 eixo cônico do pinhão de sua sede na
(equivalente 904340). Remover a arruela de carcaça do eixo dianteiro e retire o
encosto. rolamento com auxílio de um extrator
de impacto.

3. Remover o flange do cardan. 7. Com o extrator EVA-11092 (equivalente


901470) e o par de tirantes 905370,
remover o cone do rolamento interno
de sua sede no eixo cônico do pinhão.

4. Com um martelo plástico ou tarugo de bronze,


bater na ponta do eixo cônico do pinhão, a fim
de soltar de sua sede.

- 47 -
REGULAGEM DA PROFUNDIDADE DO EIXO CÔNICO DO
PINHÃO
1. Posicionar o anel EVA-11028 (equivalente 4. A medida “A” pode ser, por exemplo:
905310) na ferramenta EVA-11029 (equivalente 237,4 mm.
904410).

2. Posicionar no alojamento do conjunto do


5. Com paquímetro de profundidade,
diferencial, o dispositivo EVA-11029
determinar a medida “B” entre a face
(equivalente 904410).
externa da carcaça do eixo dianteiro e a
superfície de encosto da capa do
rolamento.

3. Com paquímetro de profundidade, determinar


à medida A entre a face externa da carcaça do
eixo dianteiro e a superfície do eixo do 6. A medida B pode ser, por exemplo:
dispositivo EVA-11029 (equivalente 904410). 126,4 mm.

- 48 -
REGULAGEM DA PROFUNDIDADE DO EIXO CÔNICO DO
PINHÃO
7. Num desempenho, determinar a largura 9. A seguir, anotar a medida “D “gravada na
“C” do rolamento, da seguinte maneira: cabeça do eixo cônico do pinhão, por
exemplo: 98,0 mm. Com as medidas
Posicionar 2 calços padrões e determinar a
anteriormente determinadas, proceder ao
medida ilustrada na figura, por exemplo:
cálculo final da espessura dos calços de
59,6mm.
regulagem:
Subtrair B de A:
237,4 - 126,4 = 111,0 mm.
A esse resultado, adicionar 20 mm
correspondente ao raio do eixo do
dispositivo 904410 / EVA-11029.
111,0 + 20 = 131,0 mm.
E finalmente deste resultado subtrair as
medidas “C” e “D”:
131,0 - 98,0 - 31,8 = 1,20 mm
No exemplo acima a espessura do calço
8. Posicionar o rolamento (capa + cone) e deverá ser de: 1,20 mm.
determinar a medida ilustrada na figura,
por exemplo: 27,8 mm. A largura “C” do
rolamento seria então:
C = 59,6 - 27,8 = 31,8 mm.

- 49 -
MONTAGEM DO DIFERENCIAL
1. Montar os demais discos de forma alternada 4. Observar a posição correta dos anéis de
de tal forma que o conjunto montado encosto com a carcaça do diferencial,
contenha um anel de encosto, 5 discos de verificando se a trava dos anéis de
fricção externos e 4 discos de fricção internos encosto encaixa adequadamente no
conforme ilustrado na figura ao lado. rasgo da carcaça conforme
demonstrado na figura.

5. Montar o outro eixo com anéis de


encosto e engrenagens satélites.
Verificar se os rasgos de ambos os eixos
encaixam adequadamente.

2. Posicionar o conjunto anteriormente montado,


observando que os discos de fricção externos
encaixem adequadamente nos rasgos da
caixa do diferencial.

6. Prensar a coroa na carcaça do


diferencial como auxílio da ferramenta
903640 (guiar com o auxílio dos
parafusos).

3. Montar o conjunto do eixo (com rasgo),


satélites e anéis de encosto na carcaça do
diferencial.

- 50 -
MONTAGEM DO DIFERENCIAL
7. Posicionar a engrenagem planetária Por outro lado, se a folga for menor que a
juntamente com o pacote de discos de fricção folga nominal mínima, trocar o disco de
(montados da mesma forma anteriormente fricção por outro de menor espessura para
ilustrada). obter a folga nominal.
Após a determinação da folga dos discos de
fricção, continuar o processo de montagem
conforme segue.

8. Montar as carcaças do diferencial, verificando


que as marcas de ambas as carcaças
coincidam conforme as marcas de montagem
das carcaças do diferencial. 11. Posicionar as chapas de encosto e fixar
os parafusos com torque de aperto de
69 Nm (6,9 mkgf) com o torquímetro
905010 / EVA-11039.

9. Fixar as carcaças com 4 parafusos


posicionados opostos, e com calibre de
lâminas, medir a folga entre o pacote de 12. Posicionar e fixar os cones dos
discos de fixação e a parede da carcaça do rolamentos no diferencial com o auxílio
diferencial. da ferramenta 900220 / EVA-11024.

10. Remover um disco de fricção externo e medir


sua espessura, se a folga encontrada for maior
que a especificada, trocar o disco de fricção
externo anteriormente medido por outro de
maior espessura a fim de alcançar a folga
nominal.

- 51 -
DETERMINAR A PRÉ-CARGA DOS ROLAMENTOS DO CONJUNTO
DO DIFERENCIAL
1. Selecionar um calço de ajuste da pré-carga Entretanto, verifique se a engrenagem
de 1,2 mm de espessura. planetária está girando em falso sem
arrastar a caixa do diferencial, neste caso,
trave a planetária com as engrenagens
satélites utilizando um pino pequeno
localizado entre os dentes das engrenagens.

2. Fixar o conjunto com a capa do rolamento


utilizando a ferramenta EVA-11031
(equivalente 905270). Posicionar o conjunto
do diferencial no seu alojamento.

6. Nesta condição, apertar um pouco mais


a porca do dispositivo EVA-11049
(equivalente 904380) e verificar
novamente o torque de giro. Com esse
procedimento, determinar o aperto da
porca que corresponda a um torque de
giro aproximado de 2,5 Nm (0,25 mkgf).
Torque de giro nominal: 1 a 4 Nm
3. Posicionar na sede do dispositivo EVA-11049 (0,10 a 0,40 mkgf).
(equivalente 904380) a capa do outro
rolamento do mancal.

7. Determinado o aperto da porca


correspondente à pré carga nominal,
4. Apertar com a força da mão, a porca do retirar o dispositivo e com barra paralela
dispositivo EVA-11049 (equivalente 904380). de precisão, calços padrões e
paquímetro de profundidade, determinar
a medida A entre a face de apoio do
dispositivo e a face de apoio da capa do
rolamento.

5. Introduzir a ferramenta 905340 nas estrias da


engrenagem planetária e verificar o torque de
giro do conjunto. Se o conjunto do diferencial
girar com um torque menor que 2,5 Nm
(0,25 mkgf), significa que a pré-carga está
menor do que o especificado.

- 52 -
DETERMINAR A PRÉ-CARGA DOS ROLAMENTOS DO CONJUNTO
DO DIFERENCIAL
8. A seguir, com o mesmo procedimento,
determinar a medida “B” entre a face de apoio
da respectiva carcaça do eixo dianteiro e a
face de encosto da capa do rolamento.
Calcular a espessura dos calços da seguinte
maneira:
medida B - medida A = espessura dos calços.
A espessura anteriormente calculada + o calço de
1,2 mm que foi colocado na carcaça do eixo
dianteiro, determina o total de chapas de calço
correspondente à pré-carga nominal.
A seguir remover o conjunto do diferencial e
proceder à montagem do eixo cônico do pinhão.
Após a montagem do eixo cônico do pinhão,
completar a montagem do diferencial.

MONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO


1. Posicionar na ferramenta EVA-11164 3. Com a ferramenta EVA-11164
(equivalente 904330) o calço de regulagem da (equivalente 904330), fixar a capa do
profundidade do eixo pinhão e a capa do rolamento externo utilizando o outro
rolamento interno. complemento da ferramenta conforme
ilustra a figura.

2. Posicionar a guia (complemento da ferramenta


EVA-11164) no alojamento do retentor e o 4. Com a ferramenta EVA-11036
parafuso da ferramenta, fixá-los no seu (equivalente 903180), fixar o cone do
alojamento na carcaça do eixo dianteiro. rolamento interno na sua sede do eixo
cônico do pinhão.

- 53 -
MONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO
5. Posicionar o anel de ajuste da pré-carga dos 10. Posicionar a arruela de encosto da
rolamentos no seu alojamento do eixo cônico porca do eixo cônico do pinhão.
do pinhão.

11. Com a ferramenta EVA-11027


(equivalente 904170), travar o flange do
6. Calçar a cabeça do eixo pinhão com um calço cardan e utilizando o soquete
de madeira e utilizando a ferramenta EVA- EVA-11165 (equivalente 904340) com
11162 (equivalente 904290), fixar o cone do torquímetro ajustado para 105 Nm
rolamento externo do eixo cônico do pinhão. (10,5 mkgf) e o multiplicador de torque
7. Posicionar o encosto do retentor no flange. EVA-11053 (equivalente 905360), aplicar
na porca do eixo cônico do pinhão um
torque de aperto de 420 Nm (42,0 mkgf).

12. A seguir prepare o torquímetro de baixa


8. Fixar o encosto do retentor no flange com a carga (0 a 7 mkgf) e juntamente com os
ferramenta 891900 / EVA-11026. adaptadores e soquete EVA-11165
(equivalente 904340), verifique o torque
de giro do eixo cônico do pinhão.
13. Se o eixo cônico do pinhão girar com
torque de giro abaixo de 1,0 Nm
(0,1 mkgf) significa que a pré-carga está
abaixo do especificado.
14. Neste caso, substituir o calço de ajuste
anteriormente selecionado por outro de
menor espessura.

9. Posicionar o flange juntamente com os


parafusos e porcas de fixação do cardan
juntamente com a ferramenta EVA-11027
(equivalente 904170).

- 54 -
MONTAGEM DO EIXO CÔNICO DO PINHÃO
15. Por outro lado, se o torque de giro encontrado 18. Posicionar o retentor do flange do
for maior que 2,0 Nm (0,2 mkgf), substituir o cardan no seu alojamento na carcaça do
calço por outro de maior espessura. eixo dianteiro e fixar com a ferramenta
16. Após a troca do anel de ajuste, proceder EVA-11161 (equivalente 904280).
novamente à medição do torque de giro. 19. Montar o flange do cardan, arruela de
17. Determinado o calço de ajuste da pré-carga, encosto e porca do pinhão. Apertar a
remover a porca do pinhão, arruela de porca do pinhão com torque de aperto
encosto e flange do cardan. de 420 Nm (42 mkgf) conforme
instruções anteriormente descritas.
20. Posicionar a trava da porca do eixo
cônico do pinhão e fixá-la com a
ferramenta 904250.
21. Travar a porca utilizando punção.

MONTAGEM FINAL DO CONJUNTO DIFERENCIAL E


DETERMINAÇÃO DA FOLGA
1. Ajustar a porca (encosto da capa do 3. Montar o conjunto do diferencial e fixar
rolamento) do dispositivo EVA-11049 o dispositivo EVA-11049.
(equivalente 904380) exatamente a mesma 4. Retirar o bujão de dreno do diferencial e,
medida da respectiva carcaça do eixo através de seu furo posicionar um
dianteiro. relógio comparador com sua haste
perpendicular ao dente da coroa.
5. Com a ferramenta 905340, movimentar
o conjunto do diferencial para medir a
folga entre dentes.
Nota! Folga nominal: 0,10 - 0,25 mm, se a
folga encontrada for menor do que a
nominal, transferir calços do dispositivo para
o lado contrário e vice-versa.

2. Posicionar os calços no dispositivo


EVA-11049, porém, sem o calço de 1,2 mm
que deverá ser montado com a capa do
rolamento do lado contrário do dispositivo.

- 55 -
MONTAGEM FINAL DO CONJUNTO DIFERENCIAL E
DETERMINAÇÃO DA FOLGA
6. Determinada a folga entre dentes, 8. Posicionar a carcaça do eixo dianteiro e fixá-
remover o dispositivo EVA-11049 la com seus respectivos parafusos com um
(equivalente 904380) e posicionar os torque de aperto de 230 Nm (23,0 mkgf).
calços do lado do dispositivo na sede da
respectiva carcaça do eixo dianteiro.
7. Posicionar a capa do rolamento e fixar
com a ferramenta EVA-11031
(equivalente 905270).

DETERMINAR A FOLGA DA PONTA DO SEMI-EIXO COM O


SUPORTE DAS PLANETÁRIAS
1. Fixar a porca do cubo da roda com um 2. Fixar a ferramenta EVA-11047
torque de aperto de 1200 -1400 Nm (equivalente 904160) e com o torquímetro
(120 - 140 mkgf). determinar o torque de giro do conjunto.
Nota! Para aplicar esse torque, utilizar o Torque de giro nominal: 20 - 24 Nm (2,0 -
multiplicador EVA-11053 (equivalente 2,4 mkgf).
905360) e o torquímetro ajustado para
330 Nm (33 mkgf).
Observar que o multiplicador amplia 4 vezes
o torque ajustado no torquímetro.
Após aplicação do torque, girar várias vezes
o cubo da roda.

3. Se o torque de giro encontrado for


diferente que o especificado, substituir o
anel seletivo.
Nota! É recomendável efetuar a medição
do anel para facilitar na seleção do novo
calço.

- 56 -
DETERMINAR A PRÉ-CARGA DOS ROLAMENTOS DO CUBO DA
RODA
4. Retornar a fazer a medição. NOTA! Nunca desaperte a porca do cubo
para acertar a posição da trava.
6. Fixar a trava com os 2 parafusos com
torque de aperto de 37 Nm (3,7 mkgf).

5. Posicionar a trava da porca do cubo da roda.


Caso não haja coincidência entre o rasgo da
porca e a trava, apertar a porca do cubo da
roda até conseguir o posicionamento
correto.

DETERMINAR A FOLGA DA PONTA DO SEMI-EIXO COM O


SUPORTE DAS PLANETÁRIAS
1. Utilizando uma barra paralela de precisão e 2. Com a barra paralela de precisão e
paquímetro de profundidade, determinar a paquímetro de profundidade, determinar
medida “A” da ponta do semi-eixo à face do a medida “B” da face do suporte das
cubo da roda. planetárias à face de apoio da arruela de
Nota! Para essa medição, o cubo da roda encosto.
deverá ser posicionado de tal maneira que o Exemplo:
semi-eixo fique alinhado com o eixo de Medida A = 111,4 mm
simetria do diferencial. Medida B = 109,4 mm
Folga encontrada: 111,4 - 109,4 = 2,0 mm
Folga nominal: 0,3 - 0,6 mm
Espessura da arruela de encosto:
2,0 - 0,4 (valor médio) = 1,6
Portanto, as arruelas de espessura mais
próximas são 1,5 ou 1,7 mm.

- 57 -
DETERMINAR A FOLGA DA PONTA DO SEMI-EIXO COM O
SUPORTE DAS PLANETÁRIAS
3. Posicionar a arruela de encosto selecionada 6. Posicionar o anel de encosto.
no seu alojamento.
Nota! Após a secagem da cola, trave a
arruela de encosto com punção,
deformando o fundido do suporte das
planetárias em 2 pontos diametralmente
opostos.

7. Posicionar a arruela de encosto.

4. Com a ferramenta 904200, fixar o conjunto


das engrenagens planetárias e rolamentos
de agulhas.

8. Com o alicate de bico reto, fixar o anel de


trava no respectivo rasgo do semi-eixo.

5. Com um alicate de bicos retos, fixar o anel


de trava das engrenagens planetárias no seu
respectivo rasgo do suporte das planetárias. 9. Posicionar o suporte das planetárias
Montar as outras 3 engrenagens planetárias montado e fixá-lo com os 2 parafusos
da mesma forma. allen com torque de aperto de 49 Nm
(4,9 mkgf).

- 58 -
SISTEMA HIDRÁULICO
Sistema hidráulico de levantamento tipo controle de posição, profundidade, tração, reação e
velocidade de descida.
categoria do sistema de 3 pontos II com estabilizadores reguláveis
- capacidade de levantamento 25.400 Nm (2590 Kgf) a 610 mm do olhal
(4400 Kgf nos olhais)
- pressão máxima 18 MPa (180 kgf/cm²)
- vazão máxima 51,8 litros por minuto
- controle remoto 1 ou 2 válvulas de dupla ou simples ação
com engate rápido
- bomba hidráulica dupla de engrenagens, vazão constante
- acionamento da bomba hidráulica por engrenagens, através do comando de
válvulas do motor
- vazão nominal 11 + 22,5 cm³/rpm
- válvula limitadora de pressão 180 bar
- Válvula de segurança dos cilindros 220 bar
- folga do pino de pressão da válvula de alívio dos 0,4 a 0,5 mm
cilindros

DESCRIÇÃO DO SISTEMA HIDRÁULICO


O sistema hidráulico pode ser considerado como um conjunto de 2 circuitos principais e suas
ramificações.
As ramificações do circuito de baixa pressão são:
1. Circuito para lubrificação da caixa de câmbio.
2. Circuito para acionamento da embreagem da TDP (modelo 4x4).
3. Circuito auxiliar para descida dos braços de levantamento inferiores.
As ramificações do circuito de alta pressão são:
1. Circuito de levantamento para três pontos.
2. Circuito para o controle remoto de cilindros externos.

- 59 -
COMPONENTES PRINCIPAIS
Ambos os circuitos principais utilizam como fluido hidráulico o óleo lubrificante do sistema de
transmissão de potência. Portanto, o sistema hidráulico não possui reservatório próprio.

Tubulações
As tubulações são os condutos que servem de meio de transporte do óleo hidráulico entre os
diversos componentes do sistema.

Tubulação de sucção
Esta tubulação é a de maior diâmetro, construída de aço e tem como função transportar o óleo
hidráulico do sistema de transmissão (mais precisamente da caixa de câmbio) para as câmaras
de admissão das bombas hidráulicas. Para possibilitar a alimentação simultânea das duas
bombas, a tubulação de sucção é bifurcada em seu extremo.
O deslocamento do óleo é realizado pelo vácuo criado nas câmaras de admissão das bombas e
pela ação da pressão atmosférica presente no reservatório através da tampa de abastecimento
do sistema de transmissão de potência.

Tubulação de pressão
Esta tubulação é a de menor diâmetro, tendo função transportar o óleo hidráulico da bomba para
o filtro de pressão e deste para o corpo da válvula. O filtro de pressão é ligado tanto como corpo
da válvula quanto com a tubulação de pressão através de mangueiras do tipo de alta pressão.
Do corpo da válvula, o óleo hidráulico é direcionado para o sistema de válvulas.

- 60 -
SISTEMA HIDRÁULICO
Tubulação de retorno
A tubulação de retorno tem como função, transportar o óleo hidráulico dos cilindros para o
sistema de válvulas e deste para o reservatório.
O retorno dos cilindros de levantamento para o sistema de válvulas é realizado através das
próprias mangueiras de pressão.

Filtros do sistema hidráulico


Os componentes do sistema hidráulico são construídos com alta precisão mecânica e são
afetados por impurezas quer procedentes do próprio desgaste natural de seus componentes,
quer por elementos procedentes de sistemas hidráulicos externos.
Para evitar o desgaste prematuro e problemas funcionais provocados pela presença de sujeira ou
partículas metálicas, o sistema hidráulico é provido com os seguintes filtros:

FILTRO DE RESPIRO
O filtro do respiro é do tipo de elemento de papel e encontra-se selado na própria tampa de
abastecimento do sistema de transmissão de potência.
A função principal desse filtro é evitar a entrada de
impurezas provenientes do meio ambiente e garantir
ao mesmo tempo, as funções de respiro do sistema.
A tampa de abastecimento e consequentemente o
filtro, deverá ser substituído por ocasião da troca do
óleo do sistema de transmissão de potência. Isso é
necessário, pois, o filtro não admite processos de
limpeza e também porque com o passar do tempo, o
mesmo é saturado de sujeiras e do próprio óleo
lubrificante.
As consequências imediatas da obstrução do filtro
são: elevação da pressão interna do reservatório,
superaquecimento do óleo, possíveis falhas de
retentores e cavitação nas bombas hidráulicas.

FILTRO DE SUCÇÃO
1. Placa de fixação
2. Elemento filtrante de tela
3. Tampa
4. Retentores

O filtro de sucção é do tipo provido de elemento filtrante de tela lavável. Sua função é proteger as
bombas hidráulicas, separando as partículas de maior tamanho que eventualmente estejam
presentes no óleo procedente da caixa de câmbio.
Na manutenção desse filtro, deve-se tomar o cuidado de não danificar ou montar
impropriamente os elementos de vedação (retentores), pois, a entrada de ar na sucção provoca
problemas de superaquecimento nas bombas hidráulicas e consequentemente o seu desgaste
prematuro.

- 61 -
FILTRO DE PRESSÃO
O filtro de pressão é do tipo provido de elemento filtrante de papel substituível. A sua função
principal é proteger o sistema de válvulas das partículas de menor tamanho.
O filtro é provido de uma válvula de segurança que evita o bloqueio do fluxo de óleo quando por
qualquer motivo, existir um entupimento do elemento filtrante.
1. Válvula de segurança
2. Retentor
3. Carcaça
4. Elemento filtrante de papel

FILTRO DE RETORNO DA DIREÇÃO HIDRÁULICA E VÁLVULAS


1. Corpo
2. Elemento filtrante
3. Válvula de desvio 18 bar(1,8 MPa)
4. Válvula limitadora de pressão 2,3 bar
(0,23 MPa)
5. Válvula de alívio 3 bar (0,3 MPa)
6. Válvula de segurança

BOMBA HIDRÁULICA TANDEM (DUPLA)


1. Arrastador
2. Anel de vedação
3. Buchas do mancal traseiro da 1ª unidade
4. Buchas do mancal traseiro da 1ª unidade
5. Eixo acionado
6. Retentores
7. Flange
8. Carcaça da 1ª unidade
9. Tampas
10. Buchas do mancal dianteiro da 2ª unidade
11. Carcaça da 2ª unidade
12. Engrenagem
13. Buchas do mancal traseiro da 2ª unidade
14. Anel de vedação
15. Tampa

- 62 -
SISTEMAS DE VÁLVULAS

1. Reservatório de óleo hidráulico


2. Cilindro de levantamento
3. Para cilindros de controle remoto
4. Mecanismo de válvulas
5. Válvula limitadora de pressão
6. Filtro de pressão
7. Bomba hidráulica
8. Filtro de sucção

No esquema apresentado, pode-se observar a seleção das diversas vias de ligação:


Comunicação entre as linhas de pressão e as câmaras dos cilindros hidráulicos (ciclo de
levantamento).
Comunicação entre as câmaras dos cilindros hidráulicos e a linha de retorno (ciclo de descida).
Comunicação entre a linha de pressão e a linha de retorno (condição neutra do sistema).
Comunicação entre a linha de pressão e a linha de pressão de um circuito hidráulico externo
(comando de cilindros de controle remoto).
Comunicação entre a linha de retorno de um circuito hidráulico externo e a linha de retorno do
sistema hidráulico (comando de cilindros de controle remoto).
As permutações na seleção das vias de ligação anteriormente mencionadas são as que
determinam na prática as diversas funções do sistema hidráulico.

CORPO DA VÁLVULA

1. Placa
2. Válvula de segurança
3. Calços de regulagem
4. Mola da válvula
5. Corpo
6. Pistão
7. Conexão para medição da pressão

O corpo da válvula não é mais do que uma placa distribuidora que interliga a entrada do fluxo de
óleo provindo do filtro de pressão com o corpo de válvulas e a saída deste com os 2 cilindros de
levantamento.
No corpo da válvula encontra-se a válvula de segurança dos cilindros de levantamento. Essa
válvula tem como função aliviar pressões extremas nos cilindros de levantamento, provocadas
por impactos transmitidos pelos implementos acoplados no sistema de engate de 3 pontos.
A válvula de segurança dos cilindros de levantamento é regulada para começar a atuar com
20 Mpa (200 bar) de pressão.

- 63 -
CONJUNTO DE VÁLVULAS DIRECIONAIS E VÁLVULA
LIMITADORA DE PRESSÃO

1. Tampão
2. Calços de regulagem
3. Calços de regulagem
4. Mola da válvula
5. Pistão da válvula

A função desta válvula consiste em limitar a pressão máxima de trabalho do sistema hidráulico
de levantamento a fim de evitar sobre cargas que danificariam os diversos componentes do
sistema.
A válvula limitadora de pressão utilizada nos tratores Valtra Linha BM é do tipo de ação direta e
possui como característica funcional a reação de abertura rápida e independente das variações
de fluxo da bomba hidráulica.
A válvula limitadora de pressão é regulada com uma pressão de abertura de 18 Mpa (180 bar) e,
quando a pressão do sistema ultrapassa esse valor; a válvula se abre dando escape de óleo para
o reservatório através da respectiva mangueira.
Os valores de pressão encontrados durante o ciclo de levantamento são diretamente
proporcionais aos valores da carga aplicada (peso dos implementos). Por essa característica e
pelo uso de uma bomba hidráulica de vazão constante, o sistema hidráulico dos tratores Valtra é
classificado dentro do tipo denominado centro aberto.

CORPO DE VÁLVULAS
O conjunto básico contém as 2 válvulas principais no controle do fluxo:
- válvula de alívio dos cilindros;
Ambas as válvulas são piloteadas hidraulicamente por válvulas de esferas e estas, por sua vez,
mecanicamente pela placa de comando do corpo de válvulas.
As válvulas de alívio da bomba e dos cilindros podem ser classificadas como válvulas direcionais,
isto é, abrem ou fecham vias de ligação. Para melhor compreensão do funcionamento dessas
válvulas, explicamos a seguir o funcionamento da válvula de alívio da bomba.
1. Placa de comando
2. Válvula piloto
3. Corpo do conjunto básico
4. Válvula de alívio da bomba
5. Corpo do conjunto regulador de
fluxo
6. Válvula estranguladora
7. Válvula amortecedora
8. Válvula reguladora de fluxo
9. Válvula de alívio dos cilindros
10. Válvula piloto da válvula de alívio
dos cilindros.

- 64 -
FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA DE ALÍVIO NA POSIÇÃO DE
ABERTURA
1. A placa de comando é acionada de tal
forma que empurra pino de pressão.
2. A esfera é então afastada de seu
assento pelo pino de pressão.
3. Com a abertura da válvula piloto, cria-se
um fluxo de óleo através do pequeno
furo que interliga as faces externa e
interna da válvula de alívio. Isso tem,
como consequência, a queda da
pressão na parte interna da válvula.
4. A diferença de pressão atuante na face
externa, vence a resistência da mola
abrindo a válvula de alívio da bomba.
5. O óleo então é direcionado para o
retorno.

FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA DE ALÍVIO NA POSIÇÃO DE


FECHAMENTO
1. A placa de comando é acionada de tal forma
que alivia o pino de pressão da válvula piloto.
2. Com o fechamento da esfera da válvula piloto
a depressão na parte interna da válvula de
alívio desaparece.
3. Havendo equilíbrio de pressões, a mola fecha
a válvula de alívio, selecionando a via que liga
com os cilindros através do conjunto regulador
de fluxo.

- 65 -
CONJUNTO REGULADOR DE FLUXO
1. Na condição neutra do sistema, a
válvula estranguladora fecha a
passagem que liga com os cilindros.
2. No mesmo instante em que se inicia o
ciclo de levantamento, a válvula
estranguladora começa abrir a
passagem.
3. A pequena abertura da válvula
estranguladora estabelece uma
depressão na parte interna da válvula
amortecedora.
4. A diferença de pressão atuante na face
externa, vence a resistência da mola
abrindo a válvula amortecedora.
5. Parte do fluxo de óleo é então
direcionado para o retorno,
amortecendo assim o impacto inicial do
fluxo de óleo.
6. A válvula estranguladora que é ligada
na placa de comando, continua abrindo
a passagem conforme o movimento da
placa de comando.
7. Logo após o breve instante do início do
ciclo de levantamento, a válvula
estranguladora tem uma abertura tal,
que elimina a depressão na parte
interna.
8. Havendo o equilíbrio de pressões, a
mola fecha a válvula amortecedora.
9. O óleo hidráulico liberado pela bomba
hidráulica é então direcionado na sua
totalidade para os cilindros de
levantamento.
10. Durante o controle da sensibilidade da
tração, a válvula estranguladora regula
o fluxo de óleo conforme o
posicionamento da placa de comando.
Por sua vez, a placa de comando é
controlada pelo sistema da alavancas
do apalpador.

- 66 -
CICLO DE LEVANTAMENTO
1. A alavanca de controle de posição através do
sistema interno de alavancas, afasta a placa de
comando do pino de pressão da válvula piloto.
2. Nesta condição e conforme explicado
anteriormente, a válvula de alívio da bomba
fecha a via de retorno, selecionando a via que
liga os cilindros de levantamento através do
conjunto regulador de fluxo.

CONDIÇÕES NEUTRAS
3. No instante em que o implemento
atinge a posição definida pela alavanca
de controle de posição, o excêntrico do
eixo do elevador, por sua vez, empurra
o pino de pressão da válvula piloto.
4. Com a abertura da válvula piloto, a
válvula de alívio da bomba seleciona a
via de retorno. A condição neutra é
determinada.
5. A válvula piloto da válvula de alívio do
cilindro permanece na sua condição de
fechamento devido à folga de
regulagem existente entre o pino de
pressão e a placa de comando.
6. Consequentemente a válvula de alívio
do cilindro também encontra-se em
posição de fechamento.

- 67 -
CICLO DE DESCIDA
1. Quando a alavanca de controle de
posição é acionada para um ciclo de
descida, a placa de comando empurra o
pino de pressão da válvula de alívio do
cilindro.
2. A válvula de alívio do cilindro então,
abre via retorno.
3. No instante em que o implemento
atinge a posição definida pela alavanca
de controle de posição, o excêntrico do
eixo do elevador hidráulico atua na
placa de comando, de tal forma que
alivia o pino de pressão da válvula
piloto.
A condição neutra é novamente
determinada.

FUNCIONAMENTO DAS ALAVANCAS DO SISTEMA HIDRÁULICO


Ciclo de Levantamento
A alavanca de controle de posição (4) é deslocada para trás.
O eixo da alavanca de controle de posição (5) gira em sentido horário.
A alavanca (6) é deslocada para trás e com seu movimento, a alavanca intermediária (7)
pivoteada no pino (9), provoca o movimento para frente da alavanca de regulagem (10), que por
sua vez, atua no pino (11) da placa de comando do corpo de válvulas fazendo-a girar em torno do
eixo (12) no sentido anti-horário.
Com a ação anterior, o pino de pressão da válvula piloto da válvula de alívio da bomba deixa de
ser pressionado e consequentemente, inicia-se o ciclo de levantamento.

Condição Neutra após o Ciclo de Levantamento


O eixo do elevador (13) e o excêntrico (14) giram no sentido anti-horário.
A alavanca do excêntrico (8) acompanha o movimento do excêntrico (14), pivoteando no ponto
(15), o que provoca o deslocamento para trás da barra intermediária (7) e da alavanca de
regulagem (10).
Pela ação da mola (16), o pino (11) da placa de comando desloca-se para trás provocando o giro
em sentido horário da placa de comando, acionando o pino de pressão da válvula piloto da
válvula de alívio da bomba, determinar assim a condição neutra do sistema.

Ciclo de Descida
A alavanca de controle é deslocada para frente.
O eixo da alavanca de controle de posição (5) gira em sentido anti-horário.
A alavanca (6) é deslocada para frente e com seu movimento, a alavanca intermediária (7)
pivoteando no pino (9), provoca o movimento para trás da alavanca de regulagem (10), que por
sua vez, deixa de acionar o pino (11) da placa de comando.
Pela ação da mola (16), a placa de comando articulando no eixo (12) gira no sentido horário
acionando o pino de pressão da válvula piloto da válvula de alívio dos cilindros, iniciando-se
assim o ciclo de descida.

- 68 -
FUNCIONAMENTO DAS ALAVANCAS DO SISTEMA HIDRÁULICO

- 69 -
REGULAGEM DAS ALAVANCAS DE CONTROLE DE POSIÇÃO E
CURSO DOS CILINDROS

Desligue a haste (1) da alavanca intermediária (2) retirando a trava do terminal.


Determine a posição em que a alavanca intermediária (2) fica a 90 graus em relação ao plano
horizontal.
Faça um risco entre a carcaça da TDP e a alavanca intermediária para determinar esse ponto.
Posicione a alavanca de controle de posição (3) totalmente para trás.
Ajuste o comprimento da haste (1) girando o terminal, de tal maneira que a alavanca
intermediária (2) posicionada a 90 graus em relação à horizontal, coincida com seu ponto de
articulação.
Definida essa posição, gire 2 voltas de rosca do terminal em sentido da parte traseira do trator e,
fixe-o com a alavanca intermediária colocando a respectiva trava.
Solte a contra porca (4) do excêntrico (5) de tal maneira que fique 1 fio de rosca separada da
superfície da carcaça da TDP. O eixo do excêntrico deverá ficar posicionado de tal forma que a
superfície da cabeça fique a 20,7 - 22,3 mm da superfície da carcaça da TDP e o ponto de
referência fique na posição de meio conforme ilustrado na figura.
Dê partida no motor e, através da alavanca de controle de posição, coloque os braços de
levantamento na sua posição mais baixa.
A seguir, utilizando uma régua metálica de precisão, meça o curso dos cilindros de levantamento
no ponto indicado na figura, acionando totalmente para trás a alavanca de controle de posição.
O curso dos cilindros na vertical deverá estar entre 165-170 mm.
Se for necessário, ajuste o curso dos cilindros através do excêntrico (5) conforme a especificação
anteriormente mencionada.
Para aumentar o curso, gire o excêntrico para o sentido dianteiro do trator e para diminuí-lo, gire
no sentido traseiro.
Observe que um pequeno giro do excêntrico modifica sensivelmente o curso dos cilindros.
Aperte firmemente a contra porca do excêntrico.

- 70 -
REGULAGEM DAS ALAVANCAS DE CONTROLE DE POSIÇÃO E
CURSO DOS CILINDROS
Após a regulagem, faça as seguintes verificações:
Coloque a alavanca de controle de posição totalmente para frente e verifique se os cilindros
estão no comprimento mínimo.
Coloque a alavanca de controle de posição totalmente para trás e verifique se os cilindros de
levantamento não estão enforcados. Isso é facilmente observado através do barulho
característico da posição de abertura da válvula limitadora de pressão.
Em ambas as situações, faça as correções necessárias através de nova regulagem com o
excêntrico.

REGULAGEM DAS ALAVANCAS DE CONTROLE DA


SENSIBILIDADE DA TRAÇÃO
Dê partida no motor e posicione as alavancas de controle de posição (3) e de sensibilidade da
tração (6) totalmente para trás. Nessa condição, os braços do elevador deverão estar na posição
superior de levante (verifique o curso total dos cilindros conforme a instrução anterior).
Verifique se a pressão da mola (7) do apalpador, mantém totalmente recuado o suporte do 3º
ponto, encostando o rasgo oblongo com o pino de articulação conforme ilustra a figura.
Se houver folga entre o extremo do rasgo oblongo e o pino de articulação, utilize calços (16)
n.º 80680200 conforme a necessidade, no local indicado na figura.
A seguir, ajustar a medida (122 - 124 mm) da alavanca do apalpador (10) tomando como
referência a superfície da TDP e o centro do furo da alavanca.
Para isso, solte a contra porca (8) e acione a porca de regulagem (9) até obter a medida
especificada. Trave a porca de regulagem (9) com a contra porca (8).
Deixe livre a alavanca intermediária soltando o terminal do cabo (11) da alavanca de controle da
sensibilidade da tração.
A seguir pressione a alavanca intermediária em sentido da parte dianteira do trator o suficiente
para contatar o pino de articulação (12) da placa de comando do corpo de válvulas (folga zero).
Nessa condição, ajuste o cabo da alavanca através do terminal, de tal maneira que a alavanca
intermediária (11) fique deslocada no sentido dianteiro do trator 5 voltas da rosca do terminal.
Fixe a alavanca intermediária com o terminal utilizando a respectiva trava.

A seguir faça a seguinte verificação da regulagem:


Coloque a alavanca de controle da sensibilidade (6) totalmente para frente.
Dê partida no motor e movimente a alavanca de controle de posição no sentido traseiro. Com
essa ação, os braços do elevador se levantarão.
A seguir desloque a alavanca de controle da sensibilidade da tração totalmente para trás.
Os braços do elevador deverão permanecer no mesmo lugar.
Mantenha a alavanca de sensibilidade na máxima e movimente a alavanca de posição para frente
(abaixar), os braços devem descer livremente.

- 71 -
REGULAGEM DOS PINOS DAS VÁLVULAS PILOTOS DO CORPO
DE VÁLVULAS

Posicione a placa de comando (13) na sua posição horizontal.


Nessa condição o pino de pressão da válvula piloto da válvula de alívio da bomba deverá estar
com folga zero em relação à superfície de contato da placa de comando.
Com um calibre de lâminas, meça a folga entre o pino de pressão da válvula piloto da válvula de
alívio do cilindro e a superfície de contato da placa de comando.
A folga deverá estar entre 0,4 a 0,5 mm.
Se as folgas anteriormente mencionadas não forem encontradas, proceda ao seu ajuste, através
da seleção de pinos de pressão de comprimentos diferentes.
Os pinos de pressão seletivos, possuem os seguintes comprimentos:
pino de pressão da válvula piloto da válvula de alívio da bomba: 18,9 mm e 19,0 mm
pino de pressão da válvula piloto da válvula de alívio do cilindro: 18,2mm - 18,3mm - 18,4mm -
18,5mm - 18,6mm - 18,7mm - 18,8mm.

- 72 -
SISTEMA HIDRÁULICO DE LEVANTAMENTO

- 73 -
MONTAGEM DO SISTEMA DE ARTICULAÇÕES DO SISTEMA
HIDRÁULICO
1. Passar vaselina de uso industrial nos canais 5. Introduzir o pino de pressão no orifício da
da alavanca e posicionar os anéis alavanca.
retentores (KH4046).

2. Posicionar a alavanca na carcaça da TDP. 6. Passar Loctite 222 na rosca M22x1,5 da


carcaça.

7. Rosquear o eixo excêntrico na rosca com


Loctite 222.
3. Rosquear o parafuso na carcaça.

8. Observar a regulagem da profundidade do


eixo de 21,5 +/- 0,8 mm em relação à face
4. Posicionar a alavanca na extremidade da da carcaça.
alavanca anteriormente montada.

- 74 -
MONTAGEM DO SISTEMA DE ARTICULAÇÕES DO SISTEMA
HIDRÁULICO
9. Posicionar e apertar a porca com um 13. Passar vaselina de uso industrial no canal
torque de 150 Nm (15 mkgf). do eixo de redução e posicionar o retentor
(KH4005).

14. Posicionar o eixo de redução na carcaça.


10. Rosquear o eixo de apoio na rosca da
carcaça.

15. Posicionar a alavanca limitadora


acoplando-a com o eixo de redução e com
o eixo excêntrico.
11. Posicionar a alavanca do excêntrico no
eixo.

16. Fixar a alavanca limitadora no eixo de


redução com o grampo de segurança
12. Fixar a alavanca do excêntrico com o anel. (KG9138) e o eixo excêntrico através do
grampo de segurança (KG9157).

- 75 -
MONTAGEM DO SISTEMA DE ARTICULAÇÕES DO SISTEMA
HIDRÁULICO
17. Passar vaselina de uso industrial no canal 21. Montar a alavanca intermediária com a
do eixo da alavanca e posicionar o anel alavanca de regulagem e fixá-lo através do
retentor. grampo de segurança (KG9138).

22. Montar a extremidade chanfrada da


18. Posicionar a alavanca no furo da carcaça e alavanca intermediária com a alavanca de
no rasgo da alavanca limitadora. regulagem através de 2 grampos de
segurança (KG9138) e um pino.

19. Posicionar a arruela no pino da alavanca


atrás do rasgo da alavanca limitadora. 23. Posicionar as três alavancas montadas
anteriormente da seguinte maneira:
- o furo da extremidade da alavanca de
regulagem deverá ser posicionado no pino
da alavanca e o furo do meio da alavanca
intermediária no pino da alavanca do
excêntrico.

20. Fixar o grampo de segurança (KG9138).

- 76 -
MONTAGEM DO SISTEMA DE ARTICULAÇÕES DO SISTEMA
HIDRÁULICO
24. Fixar o grampo de segurança (KG9138) no 28. Posicionar a alavanca intermediária na
pino da alavanca. alavanca.

25. Colocar a mola entre a alavanca de


regulagem e o eixo de apoio. 29. Fixar a alavanca intermediária com o pino
de pressão (JE9077).

26. Posicionar a alavanca de regulagem no eixo


de redução. 30. Colocar a mola entre o eixo de apoio e a
alavanca intermediária.

27. Fixar a alavanca de regulagem com o pino


de pressão (JE9077).

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ALAVANCAS DE CONTROLES
1. Para melhor entendimento observar a 2. Caso haja dificuldade na montagem da
montagem das articulações conforme alavanca de sensibilidade e apalpador,
figura abaixo. observar a figura abaixo.

TESTE DA PRESSÃO DE ABERTURA DA VÁLVULA LIMITADORA


1. Quando o trator está equipado com 3. Empurre a alavanca intermediária que está
válvulas de controles remoto, o manômetro ligada com a haste do apalpador e efetue
é colocado em um dos engates rápidos das simultaneamente a leitura da pressão de
válvulas de controle remoto. Coloque o abertura no manômetro.
motor a aproximadamente 1800 rpm e Em ambos os casos a pressão de abertura
acione a alavanca da válvula de comando nominal deverá ser: 17 Mpa (170 bar).
de tal forma a direcionar o óleo hidráulico
para o engate rápido onde está acoplado o
manômetro e, rapidamente efetue a leitura
da pressão.

4. Caso o valor obtido na medição for


diferente da nominal, remover a válvula
limitadora de pressão e fazer o ajuste
conforme os seguintes critérios:
2. Coloque o manômetro 892020 / EVA-11156 - pressão acima da nominal, diminuir a
no orifício do bujão da placa da válvula e a espessura dos calços.
rotação do motor a aproximadamente - pressão abaixo da nominal, aumentar a
1800 rpm. espessura dos calços.

- 78 -
TESTE DO SISTEMA DO APALPADOR
1. Coloque a rotação do motor a 1700 rpm 3. Empurre a alavanca intermediária do
aproximadamente e posicione os braços do sistema do apalpador 3 mm em sentido da
elevador na sua posição horizontal parte dianteira do trator. No instante em
utilizando a alavanca de controle de que a alavanca intermediária é empurrada,
posição. o sistema hidráulico deverá iniciar a
correção do levantamento. Se não for
obtido o efeito desejado, efetue a
verificação das regulagens básicas do
sistema do apalpador.

2. Coloque a alavanca de controle da


sensibilidade da tração totalmente para
trás.

TESTE DA VÁLVULA DE SEGURANÇA DOS CILINDROS DE


LEVANTAMENTO
1. Retire uma das mangueiras do corpo da 2. Coloque no lugar da mangueira um bujão
válvula ligada num dos cilindros de para tampar a saída do corpo da válvula.
levantamento. O bujão deverá vedar completamente a
saída do corpo da válvula para evitar
posteriormente leituras erradas.

- 79 -
TESTE DA VÁLVULA DE SEGURANÇA DOS CILINDROS DE
LEVANTAMENTO
3. Solte a mangueira do outro cilindro deixando- 5. Bombeie óleo até preencher os canais vazios
a fixa no corpo da válvula. do corpo da válvula e conseguir abrir a
válvula de segurança.
Nesse instante, faça a leitura da pressão no
manômetro 892020.
Pressão especificada: 21 Mpa (210 bar).
Para um novo reajuste, aplique os mesmos
critérios utilizados para a válvula limitadora
de pressão.

4. Ligue na extremidade solta da mangueira do


cilindro uma bomba manual de alta pressão
provida com o manômetro 892020 / EVA-
11156.
O óleo contido na bomba deverá estar limpo
e ser do mesmo tipo de óleo utilizando no
trator.

REGULAGEM DAS ALAVANCAS DE CONTROLE DE POSIÇÃO E


CURSO DOS CILINDROS
Desligue a haste (1) da alavanca intermediária (2) retirando a trava do terminal.
Determine a posição em que a alavanca intermediária (2) fica a 90 graus em relação ao plano horizontal.
Faça um risco entre a carcaça da TDP e a alavanca intermediária para determinar esse ponto.
Posicione a alavanca de controle de posição (3) totalmente para trás.
Ajuste o comprimento da haste (1) girando o terminal, de tal maneira que a alavanca intermediária (2)
posicionada a 90 graus em relação à horizontal, coincida com seu ponto de articulação.
Definida essa posição, gire duas voltas de rosca do terminal no sentido da parte traseira do trator e,
fixe com a alavanca intermediária colocando a respectiva trava.
Solte a contra porca (4) do excêntrico (5) de tal maneira que fique um fio de rosca separado da
superfície da carcaça da TDP. O eixo do excêntrico deverá ficar posicionado de tal forma que a
superfície da cabeça fique a 20,7-22,3 mm da superfície da carcaça da TDP e o ponto de referência
fique na posição do meio conforme ilustrado na figura.
Dê partida no motor e, através da alavanca de controle de posição, coloque os braços de
levantamento na sua posição mais baixa.
A seguir, utilizando uma régua metálica de precisão, meça o curso dos cilindros de levantamento no
ponto indicado na figura, acionando totalmente para trás a alavanca de controle de posição.
O curso dos cilindros na vertical deverá estar entre 165-170 mm.
Se for necessário, ajuste o curso dos cilindros através do excêntrico (5) conforme a especificação
anteriormente mencionada.
Para aumentar o curso, gire o excêntrico para o sentido dianteiro do trator e para diminuí-lo para o
sentido traseiro.
Observe que um pequeno giro do excêntrico modifica sensivelmente o curso dos cilindros.
Aperte firmemente a contra porca do excêntrico.
Após a regulagem faça a seguinte verificação:
Coloque a alavanca de controle de posição totalmente para frente e verifique se os cilindros estão no
comprimento mínimo.
Coloque a alavanca de controle de posição totalmente para trás e verifique se os cilindros de
levantamento não estão enforcados.
Isso é facilmente observado através do barulho característico da posição de abertura da válvula
limitadora de pressão.
Em ambas as situações, faça as correções necessárias através de nova regulagem com o excêntrico.

- 80 -
TABELA DE DIAGNOSE DO SISTEMA HIDRÁULICO DE
LEVANTAMENTO
A - Falha no Sistema de Levantamento do Hidráulico
1. SOBRE- 2. DEFEITOS NAS 3. DEFEITOS 4. VAZAMENTOS 5. VAZÃO
CARGAS ALAVANCAS NOS INTERNOS INSUFICIENTE DA
DE ACIONA- SISTEMAS DE BOMBA
MENTO VÁLVULAS HIDRÁULICA
Carga muito Placa de A válvula de alívio Assentos do corpo Baixo nível de óleo no
pesada (P1) comando não da bomba não de válvulas e reservatório (P12)
articula apropria- fecha devido à superfícies de
damente, não sujeira no furo de assentamentos das
acionando os interligação dos válvulas com
pinos de pressão espaços desgaste (P6)
das válvulas pressurizados
pilotos (P3) ((P6)/(P7))
Partes A mola da placa A válvula piloto Defeitos em Uso de óleo
móveis de comando está da válvula de retentores das inadequado (P13)
apresentam quebrada ou fora alívio da bomba válvulas:
deforma- do lugar (P4) não fecha, - de alívio da
ções ou possível defeito bomba
engripa- da mola, - de alívio do
mentos (P2) desgaste na cilindro
esfera ou folga
- de controle da
do pino de
velocidade
pressão,
desregulada - de descida de
((P6)/(P7)) segurança dos
cilindros
- limitadora de
pressão nos
pistões dos
cilindros
((P6)/(P10))
Desgaste na Regulagem da Desgaste nos Sucção obstruída
placa de placa de cilindros (P10) (filtro sujo) (P14)
comando e/ou comando fora da
nos pinos de especificação (P3)
pressão (P3)
Alavanca de Válvula limitadora Bomba hidráulica Entrada de ar na
acionamento de pressão gasta (P11) sucção através do
desarticuladas ou defeituosa, filtro (P14)
emperradas (P5) sujeira, mola
quebrada ou
desregulada (P8)
Válvula de Alimentação (sucção)
segurança do defeituosa por espirro
cilindro de do reservatório
levantamento entupido (P15)
desregulada ou
defeituosa (P9)
Desgaste interno da
bomba e/ou com os
seus elementos de
vedação defeituosas
(P11)

- 81 -
TABELA DE DIAGNOSE DO SISTEMA HIDRÁULICO DE
LEVANTAMENTO
1. Vazamento interno 2. Válvula de alívio dos cilindros
não fecha
Válvula de alívio do cilindro com sede gasta ou Regulagem da placa de comando desregulada
anel retentor defeituoso (P6) (P3)
Válvula de alívio do cilindro com sede gasta ou Esfera da válvula piloto com marcas ou
anel retentor defeituoso (P9) desgaste (P6)
Retentores do pistão do cilindro de Mola da válvula piloto defeituosa (P6)
levantamento defeituoso (P10)

C. Superaquecimento do óleo hidráulico


1. SOBRE- 2. COMPO- 3. AR NO 4. BOMBA 5. ÓLEO
CARGAS NENTES SOB SISTEMA HIDRÁULICA HIDRÁU-
PRESSÃO EM (P11) LICO
BY PASS
Carretel da Válvula limitadora Vedação do filtro Nível baixo
válvula de de pressão com de sucção (P12)
controle remoto sujeira, sujeira ou defeituosa (P14)
travada (P20) mola quebrada
desregulada (P8)
Válvula de alívio da Respiro do Óleo hidráulico
bomba e do reservatório não
cilindro com entupido (P15) especificado
sujeira ou molas ((P12/(P13))
defeituosas (P6)
Válvula de Filtro de sucção Óleo hidráulico
segurança do sujo (P14) sujo ((P7)/(P13))
cilindro com
sujeira ou mola
quebrada (P9)
Aberturas Vazamento
contínuas da externo (P17)
válvula limitadora
de pressão
causadas pelo mal
uso das válvulas de
controle remoto
encostando os
pistões externos
no batente (P19)

D. O hidráulico levanta, porém sacode na posição neutra


1. Corpo de Válvulas 2. Óleo Hidráulico
Regulagem básica fora de especificação (P3) Contaminação externa com sujeira que deixa
as válvulas de alívio do cilindro e da bomba em
posição de abertura e fechamento
continuamente ((P13)/(P6))

- 82 -
TABELA DE DIAGNOSE DO SISTEMA HIDRÁULICO DE
LEVANTAMENTO
E. Desgaste ou falha prematura da bomba hidráulica
1. Superaquecimento (Ver 2. Acionamento transmite carga para bomba
item C) hidráulica
Montagem errada da engrenagem de acionamento (P18)
Rolamentos da engrenagem de acionamento defeituosos
(P18)
Providências
P1 Acoplar um implemento cujo peso não exceda a máxima carga permitida. Medir a pressão
da válvula limitadora de pressão e se necessário, efetuar a regulagem correta.
P2 Substituir os componentes deformados ou corrigir a interferência quando for resultante de
má regulagem do sistema de três pontos ou do implemento.
P3 Retirar o corpo de válvulas e inspecionar as condições de desgaste da placa de comando e
dos pinos de pressão. Trocar as peças defeituosas e efetuar as regulagens básicas do
corpo de válvulas. Verificar os pontos de contato dos pinos das válvulas pilotos e o eixo de
articulação.
P4 Retirar o corpo de válvulas e inspecionar as condições da mola. Verificar também as
regulagens básicas do corpo de válvulas.
P5 Remover o corpo de válvulas e verificar o acionamento correto das alavancas de acionamento.
P6 Retirar o corpo de válvulas e desmontar o conjunto das válvulas, inspecioná-las quanto ao
desgaste, trocar as peças defeituosas e efetuar as regulagens básicas. Verificar as
condições do filtro de óleo do sistema e trocá-lo se necessário. Verificar vazamentos de
óleo no circuito hidráulico.
P7 Verificar no reservatório as condições de limpeza do óleo hidráulico. Se for constatada a
contaminação, remover o sistema completo e efetuar a limpeza geral. Inspecionar os
componentes quanto ao desgaste e trocá-los se necessário. Verificar as condições do filtro
de óleo do sistema e trocá-lo, se necessário.
P8 Efetuar o teste da pressão de abertura da válvula limitadora de pressão e se estiver fora do
especificado, efetuar a regulagem correta. Se necessário, troque o conjunto da válvula
limitadora de pressão.
P9 Efetuar o teste da pressão de abertura da válvula de segurança do cilindro. Se a pressão
estiver correta, verifique então os retentores do cilindro de levantamento.
P10 Remover o cilindro de levantamento e inspecionar os retentores e a superfície do cilindro.
Reajustar as regulagens básicas do sistema.
P11 Fazer o teste de pressão de desempenho da bomba hidráulica ou colocar uma bomba
nova para fazer o teste comparativo.
P12 Verificar o nível do óleo hidráulico e completar, se necessário.
P13 Verificar o óleo hidráulico quanto à aparência e viscosidade, em caso de dúvidas, drenar o
sistema e abastecê-lo com o óleo especificado.
P14 Desmontar o filtro de sucção e proceder a limpeza do elemento e verificar as condições das
juntas de vedação. Verificar os pontos de união nos tubos e mangueiras do circuito de sucção.
P15 Limpar o respiro trocar a tampa de abastecimento.
P16 Remover o corpo de válvulas e trocar elementos de vedação.
P17 Verificar as conexões, abraçadeiras, pontos onde existem juntas de vedação.
P18 Retirar a bomba hidráulica e verificar a engrenagem e rolamentos do acionamento da
bomba hidráulica.

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2000
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+55114727-2049

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